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AUDITORIA

INDICADORES EM OSCIPs
DE AUDITORIA OPERACIONAL

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Aplicado às Unidades de Auditoria Setorial e Seccional


dos Órgãos e Entidades do Poder Executivo
do Estado de Minas Gerais
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
AUDITORIA-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Governador do Estado de Minas Gerais


Aécio Neves da Cunha

Auditora-Geral do Estado
Maria Celeste Morais Guimarães

Auditor-Geral Adjunto
Henrique Hermes Gomes de Morais

Superintendência Central de Auditoria de Gestão


Diretor da Superintendência
José Márcio Rocha de Oliveira

Diretoria Central de Auditoria em Contratos de Gestão


Diretor
Francisco Moreira de Miranda Júnior

Elaboração
Carlos Alberto Antão Siqueira
Henderson Márcio Gomes Domingos
Wettna Márcia Lages Ferreira

Colaboração
Janaína Mourão Bastos

Revisão Técnica
Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento

Minas Gerais
Auditoria-Geral do Estado

Auditoria em OSCIPs
Belo Horizonte
Outubro de 2008
3ª Revisão
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 005/2008, DE 29 DE SETEMBRO DE 2008

Aprova o Manual de Auditoria em


Organizações da Sociedade Civil de
Interesse Público – OSCIP.

A Auditora-Geral do Estado de Minas Gerais, no uso de suas atribuições e tendo


em vista o disposto nos art. 2º e 3º da Lei Delegada nº. 133, de 25 de janeiro de 2007; e

considerando a necessidade de promover a normatização, a sistematização e a


padronização das normas e procedimentos de auditoria no âmbito do Sistema Central de
Auditoria Interna; e

considerando a necessidade de coordenar, supervisionar e orientar, normativa e


tecnicamente, as atividades desenvolvidas pela Unidade Central de Auditoria e pelas
Unidades de Auditoria Setorial e Seccional dos órgãos e entidades do Poder Executivo do
Estado de Minas Gerais;

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar, na forma de anexo desta Instrução Normativa, o Manual de


Auditoria em Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP.

Art. 2º Compete à Superintendência Central de Auditoria de Gestão adotar as


providências necessárias à implantação e utilização do Manual e dos procedimentos nele
contidos, junto ao Sistema Central de Auditoria Interna.

Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 29 de setembro de 2008.

MARIA CELESTE MORAIS GUIMARÃES


Auditora-Geral do Estado
APRESENTAÇÃO

Este trabalho, intitulado Manual de Auditoria em OSCIPs, visa orientar,


uniformizar procedimentos e estabelecer fundamentação técnica para a Superintendência
Central de Auditoria de Gestão, Superintendência Central de Auditoria de Operacional e as
unidades integrantes do Sistema Central de Auditoria Interna, com vistas ao
monitoramento da celebração, execução e prestação de contas de termos de parceria entre
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público e os órgãos ou entidades do Poder
Executivo.

Tendo em vista que este modelo de parceria representa um dos eixos do Projeto
Estruturador “Choque de Gestão”, buscando promover a melhoria da qualidade e a redução
de custos dos serviços públicos, mediante a reorganização e modernização do arranjo
institucional e do modelo de Gestão do Estado, os procedimentos de auditoria apresentados
objetivam aprimorar o processo de celebração e implementação dos Termos de Parceria.

Este manual, elaborado em Dezembro de 2007 e revisto em Junho de 2008, orienta


as ações de auditoria em três momentos específicos da parceria: a celebração do termo, seu
aditamento e sua execução propriamente dita. Em cada um dos referidos momentos são
estabelecidos procedimentos específicos de auditoria operacional e de auditoria de gestão a
serem aplicados.

Além da apresentação dos objetivos, metodologia e procedimentos de auditoria


com vistas à análise e à avaliação dos processos vinculados à celebração e execução do
Termo de Parceria, integram este manual a descrição dos fundamentos sob os quais se
estabelece o modelo de parceria, a legislação básica, os checklists de verificação e os
modelos de notas técnicas e relatórios para apresentação dos resultados de trabalhos de
auditoria.

Apresentado sob a forma de orientações e modelos, este manual deverá ser, tanto quanto
possível, aplicado e adequado aos instrumentos sob análise, utilizando-se técnicas de
auditoria apropriadas que evidenciem as constatações do trabalho.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 6
2. CONTEXTUALIZAÇÃO .................................................................................... 7
2.1 CONCEITUAÇÃO ............................................................................................................ 7
2.2 QUALIFICAÇÃO ............................................................................................................. 7
2.2.1 REQUISITOS .................................................................................................................... 7
2.2.2 PROCEDIMENTOS ........................................................................................................ 10
2.2.3 CONTROLE .................................................................................................................... 11
2.3 CELEBRAÇÃO DO TERMO DE PARCERIA – TP ..................................................... 12
2.3.1 REQUISITOS .................................................................................................................. 12
2.3.2 PROCEDIMENTOS ........................................................................................................ 12
2.4 EXECUÇÃO DO TERMO DE PARCERIA ................................................................... 13
2.4.1 FOMENTO ÀS ATIVIDADES DAS OSCIPs ................................................................ 13
2.4.2 ACOMPANHAMENTO, FISCALIZAÇÃO E AVALIAÇÃO....................................... 14
2.5 PRESTAÇÃO DE CONTAS........................................................................................... 16
3. AUDITORIA....................................................................................................... 18
3.1 TERMO DE PARCERIA ................................................................................................ 18
3.1.1 CELEBRAÇÃO............................................................................................................... 18
3.1.2 ADITAMENTO............................................................................................................... 24
3.2 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA DA EXECUÇÃO DO TP................................... 26
3.2.1 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA OPERACIONAL ............................................... 29
3.2.2 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA DE GESTÃO ..................................................... 34
3.3 AUDITORIA DA EXECUÇÃO DO TERMO DE PARCERIA ..................................... 37
3.3.1 AUDITORIA OPERACIONAL ...................................................................................... 37
3.3.2 AUDITORIA DE GESTÃO ............................................................................................ 45
3.4. RELATÓRIO DE AUDITORIA ..................................................................................... 48
4. LEGISLAÇÃO BÁSICA ................................................................................... 48
5. GLOSSÁRIO ...................................................................................................... 49
6. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ............................................................... 51
APÊNDICE A CHECKLIST – CELEBRAÇÃO DO TERMO DE PARCERIA........... 52
APÊNDICE B CHECKLIST – CELEBRAÇÃO DE TERMO ADITIVO .................... 57
APÊNDICE C CHECKLIST – EXECUÇÃO DO TERMO DE PARCERIA ............... 59
APÊNDICE D CHECKLIST – REGULAMENTO DE COMPRAS (RC) .................... 65
APÊNDICE E MATRIZ REGULAMENTO DE COMPRAS ...................................... 67
APÊNDICE F MODELO DE NOTA TÉCNICA REFERENTE A CELEBRAÇÃO DE
TERMO DE PARCERIA ...................................................................... 68
APÊNDICE G MODELO DE NOTA TÉCNICA REFERENTE A CELEBRAÇÃO DE
TERMO ADITIVO................................................................................ 71
APÊNDICE H MODELO DE RELATÓRIO DE AUDITORIA DE TERMO DE
PARCERIA ........................................................................................... 74
APÊNDICE I FLUXOGRAMA DE PROCESSO DE AUDITORIA DE OSCIP ....... 82
ANEXO A TAMANHO DE AMOSTRA – FÓRMULA DE CÁLCULO ............. 86
ANEXO B INDICADOR DE APLICAÇÃO DO REGULAMENTO DE
COMPRAS – ARC FÓRMULA DE CÁLCULO ................................ 86
ANEXO C INDICADOR “SUSTENTABILIDADE DA ORGANIZAÇÃO – SO”
FÓRMULA DE CÁLCULO ................................................................. 86
1. INTRODUÇÃO

As Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIPs – pessoas jurídicas de


direito privado e sem fins lucrativos, foram regulamentadas no âmbito da União pela
Lei Federal nº 9.790, de 1999. Em Minas Gerais, esta normatização se deu com a
Lei nº 14.870, de 2003, constituindo um dos pilares do “Choque de Gestão”, instituído pelo
Governo de Minas Gerais.

A atuação das OSCIPs, voltada para a promoção do bem-estar social, complementarmente


às atividades do Estado, é formalizada por intermédio da celebração de Termos de
Parceria, em que o Poder Público fomenta a realização de ações sociais e os parceiros se
comprometem a utilizar os recursos públicos recebidos de forma a atingir os objetivos
propostos.

Apesar da existência de requisitos legais, que vão desde a qualificação da entidade como
OSCIP até a prestação de contas dos recursos utilizados e dos resultados alcançados, os
Termos de Parceria são caracterizados pelo aumento da autonomia dada às entidades
parceiras para a gestão financeira dos recursos públicos. Assim, não apenas prescindem da
observância da Lei de Licitações e Contratos, como também possuem a competência para a
elaboração de regulamento próprio de compras.

Visando a buscar, então, a eficiência e efetividade dos Termos de Parceria celebrados entre
o Estado e as OSCIPs, atribuiu-se à Auditoria-Geral do Estado de Minas Gerais – AUGE,
por meio do Decreto nº 44.655, de 2007, a competência não apenas de verificar a
conformidade dos gastos realizados, mas também de avaliar a forma como se dá a gestão
dessas entidades e o alcance dos objetivos com elas pactuados, ratificando a importância da
realização concomitante de auditorias de gestão e operacional.

Portanto, a AUGE necessita de uma metodologia que comporte tanto a auditoria de gestão
quanto a auditoria operacional das OSCIPs, tornando possível a todo o Sistema Central de
Auditoria Interna de Minas Gerais acompanhar a execução dos Termos de Parceria e
opinar quanto a sua conformidade.

Este manual, elaborado pela Superintendência Central de Auditoria de Gestão, com


colaboração da Superintendência Central de Auditoria Operacional e orientação da
Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento, apresenta diretrizes para a realização de
auditorias nas parcerias firmadas entre o Estado e as OSCIPs, orientando desde a análise
do processo de celebração dos Termos iniciais até a prestação de contas realizada após a
conclusão dos Termos de Parceria.

2. CONTEXTUALIZAÇÃO

2.1 CONCEITUAÇÃO

OSCIP refere-se à qualificação concedida pelo Estado à pessoa jurídica de direito privado
sem fins lucrativos, nos termos da lei civil, e em atividade, cujos objetivos sociais e normas
estatutárias atendam ao disposto na Lei nº 14.870, de 2003, e normas correlatas, como
requisito obrigatório para a assinatura de Termo de Parceria – TP – entre o poder público
estadual e ente privado. Para este fim, considera-se sem fins lucrativos a pessoa jurídica de
direito privado que não distribui, entre seus sócios ou associados, conselheiros, diretores,
empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos,
dividendos, participações ou parcelas de seu patrimônio auferidos mediante o exercício de
suas atividades e que os aplica integralmente na consecução de seu objetivo social.

2.2 QUALIFICAÇÃO

2.2.1 REQUISITOS

a) Áreas de Atuação das OSCIPs

A OSCIP deverá conter em seus objetivos sociais, pelo menos, uma das seguintes
atividades:

assistência social;

cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;

ensino fundamental ou médio gratuitos;

saúde gratuita;
segurança alimentar e nutricional;

defesa, preservação e conservação do meio ambiente, gestão de recursos hídricos e


desenvolvimento sustentável;

trabalho voluntário;

desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;

experimentação não lucrativa de novos modelos sócioprodutivos e de sistemas


alternativos de produção, comércio, emprego e crédito;

defesa dos direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica


gratuita;

defesa da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros


valores universais;

estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias, produção e divulgação de


informações e conhecimentos técnicos e científicos;

fomento do esporte amador;

ensino profissionalizante ou superior.

Observação: A comprovação do exercício das atividades citadas, por parte da organização,


dar-se-á pela apresentação de projetos, programas ou planos de ação executados diretamente
ou pela prestação de serviços intermediários de apoio a outras organizações sem fins
lucrativos e a órgãos do setor público que atuem em áreas afins.

b) Vedações para Qualificação como OSCIP

A qualificação como OSCIP não é autorizada para as organizações que sejam:

sociedade comercial;

sindicato, associação de classe ou representativa de categoria profissional;

instituição religiosa ou voltada para a disseminação de credo, culto ou prática


devocional e confessional;

organização partidária e assemelhada, e suas fundações;

entidade de benefício mútuo destinada a proporcionar bens ou serviços a um círculo


restrito de associados ou sócios;
entidade ou empresa que comercialize plano de saúde e assemelhados;

instituição hospitalar privada não gratuita e sua mantenedora;

escola privada dedicada ao ensino fundamental e médio não gratuitos, e sua


mantenedora;

cooperativa;

fundação pública;

organização creditícia que tenha vinculação com o sistema financeiro nacional;

entidade desportiva e recreativa dotada de fim empresarial.

c) Requisitos para Estatuto de OSCIP

É requisito para a qualificação de OSCIP a existência, no estatuto da organização, de


normas que contemplem:

observância, para aplicação de recursos públicos e gestão dos bens públicos, dos
princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da
economicidade, da razoabilidade e da eficiência;

duração igual ou inferior a três anos para o mandato dos membros dos órgãos
deliberativos;

adoção de práticas de gestão administrativas necessárias e suficientes para coibir a


obtenção de benefícios ou vantagens pessoais em decorrência de participação nas
atividades da respectiva pessoa jurídica;

constituição de conselho fiscal ou órgão equivalente;

transferência, em caso de dissolução da entidade, do respectivo patrimônio líquido a


outra pessoa jurídica qualificada como OSCIP, ou, na falta desta, ao Estado;

transferência, em caso de perda da qualificação, do acervo patrimonial adquirido com


recursos públicos durante o período em que esteve qualificada e de excedentes
financeiros a outra pessoa jurídica qualificada como OSCIP ou, na falta desta, ao
Estado;

limitação da remuneração dos administradores, gerentes e diretores aos valores


praticados pelo mercado da região de atuação;
é requisito a existência de normas que contemplem definição de normas de prestação
de contas que contemplem:

obediência aos princípios fundamentais de contabilidade e às normas brasileiras de


contabilidade;
publicidade do relatório de atividades e das demonstrações financeiras da entidade,
bem como das certidões negativas de débitos do INSS e FGTS;
realização de auditoria por auditores externos independentes da aplicação dos
eventuais recursos objeto do termo de parceria;
prestação de contas de todos os recursos e bens de origem pública recebidos pela
OSCIP;
finalidade não lucrativa da entidade, com a obrigatoriedade de investimento de seus
excedentes financeiros no desenvolvimento das próprias atividades;

atribuições da diretoria executiva ou do diretor executivo;

aceitação de novos associados;

proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido;

natureza social dos objetivos da entidade relativos à respectiva área de atuação.

2.2.2 PROCEDIMENTOS

A qualificação de entidade como OSCIP é de responsabilidade da Secretaria de Estado de


Planejamento e Gestão – SEPLAG. O procedimento de qualificação de entidade como
OSCIP está apresentado no fluxograma apresentado na Fig. 1, adiante.

O requerimento de qualificação emitido pela entidade interessada deverá ser acompanhado


de cópia da seguinte documentação:

estatuto registrado em cartório;

ata de eleição ou documento de nomeação dos membros dos órgãos deliberativos;

inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ;

documentos que comprovem a experiência mínima de dois anos da entidade1 na


execução das atividades indicadas no estatuto social;
Entidade SEPLAG
Início

Não
Aprova
Requere solicitação
qualificação (30 dias)

Sim

Emite certificado

Publica diário
Término oficial (15 dias)

Figura 1 – Procedimento de Qualificação de Entidade como OSCIP


Fluxograma

declaração de que a entidade não mantém agente público ativo de qualquer dos entes
federados exercendo cargo de direção na entidade, exceto se cedido;

declaração de que a entidade não possui como dirigente ou conselheiro parente


consangüíneo ou afim até terceiro grau do Governador ou do Vice-Governador do
Estado, de Secretário de Estado, de Senador ou de Deputado Federal ou Estadual.

Nota: (1) A entidade poderá utilizar, até 31 de dezembro de 2009, em substituição a essa
exigência, a comprovação da experiência de seus dirigentes na execução das atividades
indicadas em seu estatuto social. Neste caso, exige-se a aprovação de 2/3 (dois terços) dos
membros do conselho de política pública da área de atuação da entidade para celebração de
termo de parceria.

Observação: O formulário de Requerimento de Qualificação deverá ser assinado pelo


dirigente máximo ou pelo representante legal da entidade, conforme disposto na ata de
eleição da diretoria, no estatuto da entidade ou em outro documento que comprove a
nomeação.

2.2.3 CONTROLE

A OSCIP submete-se à fiscalização do Ministério Público, bem como da Assembléia


Legislativa com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado. Neste sentido, a OSCIP poderá
ser desqualificada, mediante decisão proferida em processo administrativo instaurado na
SEPLAG ou processo judicial, por iniciativa popular ou do Ministério Público, se:

dispuser de forma irregular dos recursos públicos;

incorrer em irregularidade fiscal ou trabalhista;


descumprir os requisitos e procedimentos previstos na Lei nº 14.870/03.

2.3 CELEBRAÇÃO DO TERMO DE PARCERIA – TP

2.3.1 REQUISITOS

São requisitos necessários para a celebração de TP:

a entidade escolhida como parceira estar qualificada como OSCIP e disponibilizar a


documentação constante do item 1 do Anexo A deste Manual, apresentando-se regular;

o órgão estatal parceiro ter elaborado a Minuta do TP e Programa de Trabalho,


contendo o Cronograma de Desembolso e o quadro de Previsão de Receitas e
Despesas.

2.3.2 PROCEDIMENTOS

Constituem procedimentos obrigatórios para a celebração de Termo de Parceria – TP:

consulta ao Conselho de Política Pública da área de atuação da entidade;

elaboração da minuta do TP, que disporá, obrigatoriamente, sobre os seguintes itens:

os direitos, as responsabilidades e as obrigações das partes signatárias;

objeto do termo de parceria, acompanhado de programa de trabalho;

especificação técnica do bem, do projeto, da obra ou do serviço a ser obtido ou


realizado;

metas e resultados a serem atingidos pela OSCIP com os prazos de execução ou


cronogramas;

critérios de avaliação de desempenho a serem utilizados mediante a incorporação


de indicadores de resultados;

previsão de receitas e despesas, em nível sintético, a serem realizadas;

obrigações da OSCIP, dentre as quais a de apresentar, ao término de cada exercício,


relatório de execução contendo comparativo das metas propostas com os resultados
alcançados e prestação de contas contábil;
publicação, a cargo do órgão estatal parceiro, no órgão oficial do Estado, do extrato
do termo de parceria e do extrato de execução física e financeira;

rescisão do TP.

consulta à AUGE;

apresentação da minuta do TP à Câmara de Coordenação-Geral, Planejamento, Gestão


e Finanças – CCGPGF;

publicação do extrato da minuta do termo no órgão oficial dos poderes do Estado.

2.4 EXECUÇÃO DO TERMO DE PARCERIA

2.4.1 FOMENTO ÀS ATIVIDADES DAS OSCIPs

As OSCIPs, para execução do TP, poderão receber do Órgão Estatal Parceiro recursos
orçamentários, bens públicos e servidores.

Para a consecução da cessão de bens, o Termo de Parceria deverá conter cláusula expressa
contendo a relação dos itens cedidos em anexo ou emitir termo de permissão de uso, nos
casos de a cessão ocorrer posteriormente à celebração da parceria.

Na hipótese de aquisição de bens com recursos do TP, a OSCIP deverá obter autorização
prévia junto ao órgão estatal parceiro, além de adotar os seguintes procedimentos,
conforme o caso:

aquisição de bens imóveis: o bem há que ser afeto ao objeto do termo, gravado com
cláusula de inalienabilidade e transferido ao Estado ao término de sua vigência;

aquisição de bens móveis: o bem deverá ser transferido ao Estado ao término da


vigência do TP, se a depreciação acumulada for menor que 60% (sessenta por cento)
do seu valor original.

Mediante avaliação prévia e autorização expressa do poder público, os bens móveis


públicos permitidos para uso da OSCIP poderão ser permutados por outros de igual ou
maior valor, os quais integrarão o patrimônio do Estado.

No tocante à cessão especial de servidor, que poderá ser com ônus ou sem ônus para o
órgão de origem, é necessário que se atendam os seguintes requisitos:
haver anuência do servidor;

não haver incorporação aos vencimentos ou à remuneração de origem do servidor de


qualquer vantagem que vier a ser paga pela OSCIP;

não haver pagamento de vantagem pecuniária permanente por OSCIP com recursos do
TP, exceto adicional relativo ao exercício de função temporária de direção e
assessoramento;

não haver a necessidade de substituição do servidor cedido, nem de nomeação ou


contratação de novos servidores para o exercício de função idêntica ou assemelhada.

2.4.2 ACOMPANHAMENTO, FISCALIZAÇÃO E AVALIAÇÃO

A execução do Termo de Parceria será acompanhada pelo órgão estatal parceiro - OEP,
pelo Conselho de Política Pública da respectiva área de atuação e por comissão de
avaliação específica para este fim. A função de acompanhamento e fiscalização por parte
do OEP será exercida por um supervisor designado, com poder de veto, das decisões da
OSCIP relativas ao TP. A designação do supervisor deverá ser feita por meio de ato
formal, publicado no Órgão Oficial de Imprensa.

O supervisor, apoiado por servidores indicados da Assessoria Jurídica e da Contabilidade e


Finanças, deverá realizar checagens amostrais periódicas, com intervalo máximo de três
meses, de documentos fiscais, trabalhistas e previdenciários, contratos e extratos bancários
da OSCIP, observando o cumprimento do regulamento de compras e contratações e a
adequação das despesas. É obrigação do supervisor, ainda, atestar o alcance dos resultados
pactuados e emitir parecer sobre os aspectos técnicos e qualitativos das ações
empreendidas pela OSCIP em cada período avaliatório, com base nos dados apresentados
nos Relatórios Gerenciais.

A Comissão de Avaliação – CA – responsável pela avaliação dos resultados atingidos pela


parceria, no mínimo semestralmente1, é composta por especialista da área em que se
enquadra o objeto do TP, não integrante da Administração Pública estadual, indicado pelo
dirigente máximo do órgão estatal parceiro, e por um representante indicado pelo dirigente
máximo de cada ente a seguir::

SEPLAG;
órgão estatal parceiro (supervisor do termo);

OSCIP;

Conselho de Políticas Públicas;

eventuais intervenientes2.

Notas:
(1) Em relação ao prazo estipulado, a CA deverá avaliar os resultados do termo de parceria
no prazo máximo de seis meses, caso o próprio termo não estabeleça intervalos menores.
(2) Eventuais Intervenientes: órgãos públicos que assinam em conjunto com o órgão estatal
parceiro os Termos de Parceria e têm, em geral, como missão, apoiar a elaboração de
políticas e diretrizes que contribuam para a consecução da parceria. Normalmente, a
inclusão de órgão interveniente ocorre quando o TP é assinado entre uma OSCIP e uma
autarquia ou fundação pública. Neste caso, a Secretaria de Estado a qual a autarquia ou
fundação está vinculada participa como interveniente.

A CA deverá emitir relatório conclusivo, para cada período avaliatório, a ser encaminhado
ao órgão estatal parceiro e ao Conselho de Política Pública. Para subsidiar a avaliação da
CA, a OSCIP encaminhará, no mínimo, a cada seis meses1, Relatório Gerencial contendo:

comparativo entre as metas propostas e os resultados alcançados, acompanhado de


justificativas para todos os resultados não alcançados e propostas de ação para
superação dos problemas enfrentados;

demonstrativo integral da receita e despesa realizadas, em regime de caixa e de


competência;

comprovantes de regularidade fiscal, trabalhista e previdenciária.

O Decreto nº 44.914/08 define os procedimentos e os prazos para realização do processo


de avaliação da execução do TP, conforme Figura 2:
Figura 2: Fluxo de Avaliação da Execução do TP

O Decreto nº 44.914/08 estabelece, ainda, a obrigatoriedade por parte da OSCIP, de


realizar auditoria externa independente para a verificação da aplicação dos recursos no TP,
cujo valor seja igual ou superior a R$ 600.000,00. A empresa contratada para este fim
deverá ser credenciada pela AUGE e realizar o trabalho pelo menos a cada doze meses.

2.5 PRESTAÇÃO DE CONTAS

A OSCIP que tenha TP celebrado com órgão ou entidade do Estado deverá prestar contas
referentes à comprovação do alcance dos resultados e da correta aplicação de todos os
recursos, bens e pessoal de origem pública, ao término de cada período avaliatório (pelo
menos uma vez a cada semenstre), ao término de cada exercício, ao final da vigência do
termo e a qualquer momento, por solicitação do OEP. As prestações de contas anuais serão
realizadas sobre a totalidade das operações patrimoniais e resultados da OSCIP. Os
seguintes documentos devem acompanhar a prestação de contas:

relatório gerencial de execução de atividades;

demonstração de resultados do exercício;


balanço patrimonial;

demonstração das origens e aplicações de recursos;

demonstração das mutações do patrimônio social;

notas explicativas das demonstrações contábeis, caso necessário;

fluxo de caixa consolidado, demonstrando integralmente as receitas e as despesas


efetivamente realizadas na execução, em regime de caixa e em regime de competência,
e relatório de execução orçamentária em nível analítico;

extrato da execução física e financeira;

inventário geral dos bens.

O Decreto nº 44.914/08 define os procedimentos e os prazos para consecução da prestação


de contas anual, conforme Figura 3:

Figura 3 – Fluxo da Prestação de Contas Anuais


Para prestação de contas ao final do TP, exige-se da OSCIP os seguintes documentos, além
dos exigidos para a prestação de contas ao final do exercício:

inventário dos bens cedidos e adquiridos;

cópia dos recibos e notas fiscais que comprovem todas as despesas realizadas com
recursos do TP;

comprovantes de despesas reembolsadas;

extratos bancários da conta específica do Termo;

comprovantes da homologação das demissões e de rescisões trabalhistas;

comprovantes de regularidade fiscal, trabalhista e previdenciária;

outros documentos solicitados pelo OEP.

3. AUDITORIA

3.1 TERMO DE PARCERIA

3.1.1 CELEBRAÇÃO

Os procedimentos relativos à auditoria prévia que se aplica sobre a celebração do Termo de


Parceira encontram-se discriminados em “Auditoria Operacional” e “Auditoria de Gestão”,
a seguir. Os resultados decorrentes das análises da documentação necessária para a
celebração do TP expressam-se por meio de Nota Técnica - NT, que subsidiará a decisão
da Câmara de Coordenação-Geral, Planejamento, Gestão e Finanças – CCGPGF –
pela consecução ou não da parceria.

a) Auditoria Operacional

A auditoria operacional, quanto à celebração do TP, visa a verificar a regularidade do


instrumento jurídico e da organização da parceira.

Nesta fase da auditoria deverão ser observados os seguintes procedimentos:

Análise da adequação do Termo de Parceria à legislação específica


Procedimento consistente na análise da adequação do TP às exigências da
legislação vigente, tendo como objetivo verificar a conformidade da documentação
e dos procedimentos exigidos na legislação para celebração do termo.

Os pontos a serem observados quando da análise do TP estão dispostos no checklist


constante no Anexo A. O auditor deverá apontar, na aplicação das questões do
checklist, quanto ao item analisado, S (sim) para existência de adequação, N (não)
para inadequação ou N/A (não aplicável), quando o item não se enquadra ao objeto
em análise.

Análise da previsão de receitas e despesas

Procedimento consistente em:

verificação da correta totalização dos valores apresentados no Quadro de


Previsão de Receitas e Despesas;

verificação da existência de memória de cálculo que subsidiou a definição dos


valores apresentados no Quadro de Previsão de Receitas e Despesas e sua
adequação com os valores apresentados na minuta;

Nota: O auditor poderá requerer os orçamentos que subsidiaram a referida


memória de cálculo, observando critério de valor, natureza da despesa ou
característica específica do objeto do TP.

análise da pertinência dos itens de receita e despesas apresentados com o objeto


do TP;

verificação da existência de detalhamento das remunerações e dos benefícios de


pessoal a serem pagos a seus diretores e empregados com recursos oriundos do
TP ou a ele vinculados;

comprovação da adequação das remunerações e dos benefícios de pessoal a


serem pagos a seus diretores e empregados em relação ao mercado de trabalho,
solicitando-se à OSCIP a apresentação de documentação que justifique os
valores demonstrados.

Observação: Para o desenvolvimento desta fase do trabalho, o auditor deverá


analisar a documentação apresentada e, quando necessário, utilizar a técnica de
entrevista buscando esclarecimentos acerca dos itens de despesa e valores
demonstrados no Quadro de Previsão de Receitas e Despesas.
Verificação da existência física da OSCIP

Procedimento realizado mediante visita técnica, in loco, à OSCIP, e consistente em:

certificação da correlação entre o endereço apresentado na minuta do TP


confere e o endereço do CNPJ;

comprovação da existência física da OSCIP;

descrição e análise da estrutura da OSCIP relativas à viabilidade de execução


do objeto do termo, quando aplicável.

b) Auditoria de Gestão

A auditoria de gestão referente à celebração dos Termos de Parceria baseia-se,


principalmente, no Programa de Trabalho, a partir do qual deverão ser analisados o
objeto do TP, o quadro de indicadores e metas, e as ações estruturantes.

Para tanto, deverão ser observados os seguintes procedimentos:

Verificação da correspondência entre o objeto constante no Programa de Trabalho e


aquele descrito no instrumento contratual;

Verificação do alinhamento dos indicadores e metas com o objeto do termo;

Avaliação da clareza e objetividade da descrição dos indicadores

A descrição dos indicadores fornece informações relevantes para seu pleno


entendimento, motivo pelo qual deverá o auditor verificar se nela se encontram
especificados:

objetivo e natureza do indicador (insumo1, processo2 ou resultado3);

Notas:
(1) Insumo: matéria-prima e recursos necessários para a realização do
produto;
(2) Processo: atividade executada na utilização dos recursos e na transformação
da matéria-prima em produto final
(3) Resultado: produto final obtido pelo processamento da matéria-prima
Observação:
Exemplo: “A exploração comercial do eucalipto requer constante
reflorestamento das florestas de produção. Para que ocorra este
reflorestamento são necessárias novas mudas de eucalipto e assistência técnica
para seu plantio correto.”
Neste caso, relativamente a sua natureza, podemos identificar indicadores de
insumo, de processo e de resultado, a saber:
Indicador de insumo: % de mudas produzidas em função da demanda
Indicador de processo: % de assistência técnica prestada em função da demanda
Indicador de resultado: % de reflorestamento efetivado em função da demanda

objeto da mensuração;

finalidade da mensuração;

origem dos dados que subsidiarão a mensuração;

Observação: Quando as fontes são preestabelecidas, os avaliadores já sabem,


previamente, quais documentos deverão ser analisados quando do planejamento
e execução de auditoria.

forma de mensuração – valores absolutos1 ou relativos2;

Notas:
(1) Valores absolutos são descritos em unidades e prejudicam o pleno
entendimento do resultado do indicador. A existência de indicadores
preponderantemente absolutos, apesar de não representar inconformidade,
não é aconselhável, tendo em vista que indicadores devem propiciar a
compreensão exata do quanto se pretende atingir em relação ao todo.
Portanto, no caso de indicadores expressos em valores absolutos, é essencial
que haja, na descrição, a informação do todo (universo), de modo a
proporcionar a análise comparativa ou incremental do que se pretende como
resultado.
(2) valores relativos são descritos em percentual. Nesse caso a comparação é
inerente, não carecendo de maiores esclarecimentos, e garante uma análise
efetiva do resultado. Deverá, contudo, ser definida sua fórmula de cálculo.

Observação: Indicadores sem descrição ou com descrição incompreensível


deverão ser criticados.

Verificação da definição dos pesos dos indicadores

A definição do peso de indicadores é determinante para a pontuação global a ser


atingida pela OSCIP. Os pesos devem ser compatíveis com a natureza do indicador,
valorando com menor pontuação os indicadores de insumos, com pontuação
mediana os indicadores de processos e com maior pontuação os indicadores de
resultados e efetividade. Essa análise é fundamental para que a avaliação da OSCIP
reflita fidedignamente se sua atuação será compensatória para o Estado, posto que a
pontuação global encontra-se diretamente relacionada com o peso definido para
cada indicador;

Observação: A supervalorização de indicadores de insumos ou processos, em


detrimento dos indicadores de resultados ou efetividade, pode gerar uma visão
distorcida da real efetividade da OSCIP na execução do Termo de Parceria.

Verificação da definição dos valores de referência dos indicadores

O valor de referência (V0) servirá como base para a estipulação das metas a serem
atingidas. Em regra, metas devem ser desafiadoras, porém, factíveis. Essa análise
só poderá ser feita pela comparação entre as metas estipuladas e o V0.
Portanto, é importante verificar se há necessidade de esforço adicional para o
cumprimento da meta estabelecida;

Observação: O valor de referência (V0) não existirá caso o indicador se refira a


uma atividade inovadora ou quando não se tenham registros anteriores.

Verificação da definição das metas dos indicadores

Metas são os resultados a serem atingidos por cada indicador e devem contemplar:

quantidade que se pretende alcançar;

natureza dos valores (unidade ou percentual);

prazo para o alcance de cada meta;

Observação: Nem todos os indicadores precisam ter metas estipuladas para o


período inicial. Pode ocorrer a definição de metas, já no Termo Inicial, para
períodos avaliatórios futuros.

Verificação da adequação da fórmula de cálculo à descrição do indicador;

Verificação do alinhamento das ações com o Termo de Parceria;

Há ações que poderão subsidiar o cumprimento das metas dos indicadores de


resultado previstos no Termo de Parceria. Nesse caso, elas devem ser executadas
antes do prazo de cumprimento das metas dos indicadores a que se referem.
Pode, ainda, haver ações estruturantes que não estejam diretamente vinculadas à
execução de nenhum indicador especificamente, mas, simplesmente, à estruturação
da OSCIP para a execução do TP como um todo.

Em ambos os casos, a análise das ações deve contemplar:

descrição clara e objetiva (nos mesmos moldes da análise de indicadores);

peso (nos mesmos moldes da análise de indicadores);

previsão de início e término;

resultado da ação (produto acabado).

Observação: Importante salientar a diferença entre ação e procedimento


operacional. É comum o entendimento equivocado de que procedimentos rotineiros
podem ser considerados como ações. A fragmentação do processo em atividades
não gera ações, uma vez que não apresentam como resultado um “produto
acabado”. Portanto, caso o plano de trabalho da OSCIP apresente tal equívoco, o
auditor deverá criticar e recomendar a exclusão de tais procedimentos operacionais
da lista de ações.
Exemplo de Ação: “Padronização de formulários dos Jogos do Interior de Minas -
JIMI” – ação prévia, necessária para a execução dos trabalhos, que apresenta como
“produto acabado” os formulários padronizados;
Exemplo de procedimento operacional: “Recebimento de fichas de inscrição dos
municípios” – procedimento operacional, componente do processo de realização do
produto, qual seja, a “execução do JIMI”, e que, por não se tratar de ação, não
apresenta um produto acabado como resultado.

Análise, mediante visitas in loco, das condições de realização das atividades


propostas em face da capacidade operacional da OSCIP, e avaliação de sua
superestimação ou subestimação frente ao prazo previsto para sua consecução.

Observação: Caso as metas dos indicadores e prazos das ações estruturantes não sejam
considerados adequados, o auditor deverá sugerir sua adequação e notificar os gestores
da OSCIP de que as metas e prazos por eles propostos subsidiarão as avaliações a serem
realizadas futuramente. Portanto, é na fase de celebração que se devem considerar todos
os aspectos que possam representar ameaça ao sucesso da execução do TP.
3.1.2 ADITAMENTO

Os procedimentos relativos à auditoria prévia que se aplica sobre o aditamento do


Termo de Parceira encontram-se discriminados em “Auditoria Operacional” e
“Auditoria de Gestão”, a seguir.

a) Auditoria Operacional

Nesta fase da auditoria deverão ser observados os seguintes procedimentos:

Análise da adequação do Termo de Aditamento à legislação específica

O aditamento do TP deverá ser analisado pelo auditor mediante verificação da


adequação do Termo de Aditamento às exigências da legislação.

Este trabalho também poderá ser subsidiado mediante a aplicação do checklist 1,


constante no Apêndice B, que informa a documentação indispensável para sua
celebração, considerando inclusive a regularidade fiscal e previdenciária da
organização.

Nota: (1) Para cada item do checklist, o auditor deverá informar “S” (sim) no caso
de existência de adequação, “N” (não) no caso de não adequação, ou “N/A” (não
aplicável) quando o item não se guarda relação com o objeto em análise.

Observação: O auditor deverá também analisar a compatibilidade de mudança de


cláusulas frente ao TP original, de forma a não descaracterizar os objetivos prévios
da parceria.

Análise da previsão de receitas e despesas

Procedimento consistente em:

verificação da correta totalização dos valores apresentados no


“Quadro de Previsão de Receitas e Despesas”;

verificação da existência de memória de cálculo que subsidiou a definição dos


valores apresentados no “Quadro de Previsão de Receitas e Despesas”
e sua adequação com os valores apresentados na minuta;
Nota: Quanto a este procedimento, o auditor poderá, observando critério de
valor, natureza da despesa ou característica específica do objeto do TP, requerer
os orçamentos que subsidiaram a referida memória de cálculo.

análise da pertinência dos itens de receita e despesa apresentados com


o objeto do TP;

verificação da existência de detalhamento das remunerações e dos benefícios de


pessoal a serem pagos a seus diretores e empregados com recursos oriundos do
TP ou a ele vinculados;

comprovação da adequação das remunerações e dos benefícios de pessoal a


serem pagos a seus diretores e empregados ao mercado de trabalho, solicitando
à OSCIP que apresente documentação que justifique os valores propostos;

análise da justificativa apresentada para a eventual redução de receita e (ou)


aumento de despesa,

análise comparativa entre a previsão de receitas e despesas do aditamento sob


análise, o valor previsto no aditivo anterior ou no TP original, conforme o caso,
e o valor efetivamente realizado;

avaliação da efetividade de ações promovidas pela OSCIP em resposta a


recomendações relativas à gestão financeira do TP eventualmente existentes em
relatórios da Comissão de Avaliação, bem como de sua contribuição para a
melhoria do desempenho financeiro da organização.

Observação: Para efeito de análise da previsão de receitas e despesas, o auditor


poderá utilizar-se da técnica de entrevista, buscando esclarecimentos acerca dos
itens de despesa e valores demonstrados no Quadro de Previsão de Receitas e
Despesas.

b) Auditoria de Gestão

O aditamento do Termo de Parceira implica sua renovação e a revisão de suas metas,


motivo pelo qual o auditor deverá observar, nesta fase, os mesmos procedimentos
realizados durante o trabalho de auditoria prévia aplicado sobre a celebração do TP.
Em acréscimo, deverá ainda o auditor analisar o Relatório de Execução – RE,
elaborado pela OSCIP, e o Relatório de Avaliação – RA 1, elaborado pela CA,
observando os seguintes procedimentos:

avaliação do cumprimento das metas e ações contidas no RE;

Observação: Nesta fase dos trabalhos, não cabe ao auditor verificar a veracidade
das informações contidas no RE, mas tão-somente analisar a pertinência da
avaliação da CA, por meio do confronto entre o RE e o RA.

análise da pertinência de justificativas apresentadas no RE, na hipótese de não


cumprimento de metas e (ou) ações;

verificação do aceite das justificativas contidas no RA, por parte da CA;

Observação: Na hipótese de a CA haver aceitado justificativas consideradas


insuficientes, compete ao auditor apresentar críticas a tal aceite.

verificação de eventual liberação de recursos adicionais no aditamento do TP,


vinculados a metas não cumpridas no Termo inicial, e prorrogadas.

Observação: Nessa hipótese, o auditor deve criticar o incremento de recursos, uma


vez que as metas deveriam ter sido cumpridas com os recursos originalmente
repassados.

Nota: (1) O Relatório de Execução e o Relatório de Avaliação deverão ser solicitados


ao Órgão Estatal Parceiro

Para a efetivação do aditamento do TP, é necessário que o resultado do período


avaliatório seja considerado satisfatório pela CA (conforme critérios definidos no
próprio TP), e que haja manifestação do auditor, que opinará por meio de NT, após a
realização dos trabalhos descritos, favorável ou desfavoravelmente à assinatura do
aditivo.

3.2 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA DA EXECUÇÃO DO TP

A fase de planejamento do trabalho de auditoria consiste na definição dos seguintes


componentes do plano de auditoria:
Termo de Parceria a ser auditado;

Objetivo geral:

Propósito da atividade programada, ou seja, a expressão do que se deseja obter com a


auditoria. Constituem tipos de objetivos básicos de auditoria:

prevenir ocorrências que possam interferir no alcance dos resultados previstos;

acompanhar processos operacionais e gerenciais; e

avaliar os resultados financeiros e patrimoniais;

avaliar os resultados de gestão e sociais;

Objetivos específicos:

Detalhamento do objetivo geral, mediante restrição da abrangência da auditoria e


estabelecimento dos limites de sua atuação. A definição de objetivos específicos
torna-se necessária quando o trabalho a ser realizado apresenta um maior grau de
complexidade;

Escopo do trabalho:

Delimitação estabelecida para a implementação dos programas de trabalho, que


consiste na identificação das atividades a serem examinadas, relacionadas com o
objetivo da auditoria. Para a definição do escopo, os seguintes elementos devem ser
considerados:

abrangência: universo auditável, ou seja, o que deve ser auditado;

oportunidade: período no qual será realizado o exame, considerando-se a;


tempestividade do trabalho;

extensão: quantidade de exames programados, ou seja, quanto deve ser


examinado;

profundidade: grau de detalhamento do exame, ou seja, como deve ser realizado o


exame;

Equipe de auditores:

Definição da quantidade de auditores necessária à realização dos trabalhos, em face de


sua abrangência, oportunidade, extensão e profundidade

Período de trabalho:
Previsão de duração dos trabalhos, considerando-se sua abrangência, oportunidade,
extensão e profundidade;

Metodologia:

Conjunto de procedimentos e técnicas de auditoria, e de sua combinação, utilizados


com vistas ao alcance dos objetivos previstos no plano de trabalho, e à obtenção das
evidências necessárias à formação de juízo de valor e da conclusão de auditoria.

Procedimentos de auditoria

Investigações técnicas que, tomadas em conjunto, permitem a formação fundamentada


da opinião do auditor sobre o trabalho realizado. Constituem procedimentos aplicáveis
nas auditorias de termos de parceria:

análise dos indicadores;

análise das ações;

análise comparativa do desempenho da atividade sob a gestão do órgão público


(entidade) e sob a gestão da OSCIP, no tocante aos resultados;

Observação: A análise comparativa poderá considerar, ainda, OSCIPs que


desempenharam o mesmo objeto do TP, bem como entre períodos distintos trabalhados
pela mesma OSCIP.

análise dos sistemas de informações, relativamente a registros do desempenho de


indicadores e ações, e ao controle financeiro-patrimonial;

verificação do cumprimento dos requisitos formais previstos na legislação aplicável;

verificação da situação de servidores cedidos para a OSCIP (condições e


procedimentos);

verificação da situação patrimonial, considerando os bens cedidos e os bens


adquiridos durante a vigência do termo de parceria;
análise do cumprimento do regulamento de compras elaborado e publicado pela
OSCIP;

análise da realização da receita, se possível fazendo abordagem comparativa com


período anterior à celebração do Termo; e

análise da realização da despesa, abordando inclusive sua pertinência com o objeto


do TP e, se possível, fazendo abordagem comparativa com período anterior à
celebração do Termo;
Técnicas de auditoria:

Constituem técnicas usualmente aplicadas em auditorias em OSCIPs:


Entrevista – aplicação de questionário 1;
exame físico 2;
conferência de cálculos 3;
análise documental 4;
circularização 5;
observação; e
amostragem;

Notas:
(1) A entrevista escrita é mais adequada para o trabalho de auditoria, por
conferir maior credibilidade às informações prestadas;
(2) O principal objetivo do exame físico consiste na verificação da existência e
das condições de bens móveis e imóveis;
(3) Análise da exatidão dos cálculos efetuados pela entidade quando do
lançamento financeiro;
(4) Verificação da legalidade e regularidade de documentos apresentados, e da
fidedignidade de dados apresentados em relatórios;
(5) Técnica utilizada em face da necessidade de confirmação de dados junto às
fontes externas;

Recursos necessários:
Recursos humanos, materiais e financeiros necessários à execução dos trabalhos de
auditoria.

Observação: O processo de auditoria em OSCIP encontra-se retratado no fluxograma


apresentado no Apêndice I, que contempla suas fases, desde a demanda pela realização do
trabalho até seu encerramento, traduzido pela emissão do relatório de auditoria.

3.2.1 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA OPERACIONAL

O planejamento da auditoria, considerados os objetivos e o escopo da auditoria,


compreende a definição dos procedimentos e técnicas a serem aplicados na execução do
trabalho. A auditoria operacional em OSCIP permite a utilização dos seguintes
procedimentos:
Verificação do cumprimento das exigências legais

Levantamento (solicitação) da seguinte documentação a ser considerada na aplicação


do checklist constante do Apêndice C:

publicação de portaria, emitida pelo órgão (entidade) parceiro, responsável pela


nomeação dos membros da comissão de avaliação;

relatórios gerenciais emitidos pela OSCIP;

relatórios gerenciais emitidos pela Comissão de Avaliação;

ofícios de encaminhamento de relatório gerencial para o órgão (entidade) parceiro e


para o Conselho de Política Pública da respectiva área de atuação;

relatório de prestação de contas emitido pela OSCIP, acompanhado da


documentação expressa no item 8 do Apêndice C;

ofício de encaminhamento de relatório conclusivo de prestação de contas anual


elaborado pela Comissão de Avaliação para o órgão (entidade) parceiro;

publicação de demonstrativo da execução física e financeira do Termo de cada


exercício;

pareceres emitidos pelo conselho fiscal ou órgão equivalente da OSCIP sobre os


relatórios de desempenho financeiro e contábil e sobre as operações patrimoniais;

relatórios de auditoria independente, se houver;

ata de posse de conselho de administração e fiscal, ou equivalente, da OSCIP.

Análise do cumprimento do regulamento de compras 1

O planejamento deste procedimento considera as seguintes iniciativas:

elaboração, a partir do regulamento de compras, de checklist2 conforme


modelo constante do Apêndice D, a ser utilizado na verificação, em cada
processo de aquisição ou contratação de serviço, do cumprimento dos requisitos
formais exigidos;

levantamento da relação de processos de aquisição ou contratação de serviço


realizados;

definição da amostra dos referidos processos a ser examinada, mediante aplicação


da fórmula constante do Anexo A.
Nota: (1) O regulamento de compras tem como objetivo o ajuste dos procedimentos
necessários à contratação de obras, serviços e compras de bens pela OSCIP. Devido ao
fato de tais entidades não se submeterem às determinações da Lei nº 8.666/93 (Lei de
Licitações), o regulamento de compras constituirá o instrumento hábil para que o
auditor verifique se as aquisições da entidade observaram o pactuado no Termo de
Parceria.

Análise da realização da receita

O planejamento deste procedimento considera as seguintes iniciativas:

levantamento da conta corrente que movimenta recursos decorrentes do TP;

identificação das fontes existentes e (ou) previstas de entrada de recursos na


OSCIP, tanto as advindas de repasses de terceiros, quanto as provenientes de
arrecadação direta;

verificação da previsão de entrada de recursos por valor e período;

solicitação da conciliação e do extrato bancário da conta corrente que movimenta


recursos decorrentes do TP, referentes ao período analisado, com detalhamento de
toda a movimentação financeira, inclusive das aplicações dos recursos.

As informações obtidas a partir das iniciativas acima determinarão a necessidade e (ou)


oportunidade de realização dos seguintes exames:

certificação da conformidade da realização da receita durante o período de vigência


do TP, a .partir do levantamento do universo da documentação comprobatória da
realização da receita (notas fiscais e extratos bancários) e da definição de amostra
da documentação comprobatória a ser analisada, quando for o caso;

análise do desempenho na captação de receita durante o período 1 de vigência do TP


em comparação com período em que o Estado executava a atividade ora delegada,
mediante definição prévia do tipo de análise comparativa a ser realizada, ou seja, se
por tipo de serviço, por natureza do cliente 2 ou por cliente;

Notas:
(1) Os períodos sob análise devem ser similares, e sua definição deverá observar
eventuais sazonalidades que possam influenciar os resultados;
(2) A análise comparativa por natureza de cliente permite, sobretudo, evidenciar o
desempenho da OSCIP na captação de recursos junto à iniciativa privada,
minimizando assim a dependência de recursos públicos
avaliação da eficiência da gestão financeira 1, com vistas à identificação de
mecanismos de controle aplicados sobre a movimentação dos recursos financeiros
que propiciem conhecimento tempestivo das disponibilidades da entidade e à
previsão de ingressos futuros para efeito de assunção de compromissos financeiros.

Nota: (1) Consultar item referente à avaliação da eficiência da gestão financeira em


roteiro desenvolvido pela AUGE para subsidiar os trabalhos de auditoria relativos à
prestação de contas de exercício.

Análise da execução da despesa

O planejamento deste procedimento considera as seguintes iniciativas:

verificação da conformidade da execução da despesa durante o período de vigência


do TP, incluídos os gastos incorridos para a manutenção do órgão estatal parceiro,
mediante definição e levantamento prévios dos seguintes dados:

- itens de despesa a serem analisados;


- intervalo de tempo a ser analisado;
- universo da documentação comprobatória da execução da despesa (a exemplo de
notas fiscais, faturas, duplicatas, recibos de pagamento de autônomos – RPA,
guias de arrecadação de tributos, extratos bancários, contratos de
prestação de serviço);
- amostra da documentação comprobatória a ser analisada, quando for o caso,
calculada conforme fórmula constante do Anexo A;
análise do desempenho na execução da despesa durante o período 1 de vigência do
TP em comparação com período em que o Estado executava a atividade ora
delegada;

Nota: (1) Os períodos sob análise devem ser similares, e sua definição deverá
observar eventuais sazonalidades que possam influenciar os resultados;

avaliação comparativa da execução de processos de compras e de contratação de


serviços, quanto à celeridade do procedimento de aquisição e economicidade, entre
o período de vigência do TP e o período anterior a sua celebração, definindo a
quantidade e qualidade de produtos e serviços a serem objeto da comparação;

Observação: Os produtos e serviços cujos processos de compra e contratação serão


comparados devem ser similares nos períodos considerados
avaliação da eficiência da gestão financeira 1, mediante identificação de
mecanismos de controle aplicados sobre a movimentação dos recursos financeiros,
com vistas à verificação da segurança e a fidedignidade dos respectivos registros.

Nota: (1) Consultar item referente à avaliação da eficiência da gestão financeira em


roteiro desenvolvido pela AUGE para subsidiar os trabalhos de auditoria relativos à
prestação de contas de exercício.

Verificação de cessão de servidor

O planejamento deste procedimento prevê a solicitação da seguinte documentação:

termo de anuência assinado por servidor referente a sua cessão para OSCIP;

publicação de ato do dirigente máximo de órgão (entidade) parceiro(a) referente à


cessão de servidor;

ofício emitido por órgão (entidade) parceiro(a), informando à SEPLAG a cessão de


servidor;

comprovantes de pagamento a servidor cedido emitidos pela OSCIP;

relatório emitido pelo SISAP referente a pagamentos feitos a servidor durante o


período de sua cessão à OSCIP;

comprovantes mensais de freqüência do servidor cedido, no caso de cessão com


ônus para o órgão de origem;

relatórios de avaliação de desempenho de servidor cedido;

documento de homologação de avaliação de desempenho do órgão/entidade


parceiro(a);

declaração emitida pelo dirigente máximo do órgão (entidade) parceiro(a)


informando a situação do servidor cedido, durante o período de cessão, quanto a
cumprimento de estágio probatório, ocupação de cargo de provimento em comissão
ou função gratificada, ou existência de processo administrativo disciplinar.

Verificação da situação patrimonial dos bens cedidos e (ou) adquiridos1

O planejamento deste procedimento prevê, para efeito de verificação do cumprimento


das exigências legais, a solicitação da seguinte documentação:

relação dos bens cedidos e (ou) adquiridos;


termo de permissão de uso de bens públicos cedidos durante a vigência do TP;

escritura e registro de bens imóveis adquiridos com recursos do Termo;

relatório de avaliação de bens móveis para permuta entre o Poder Público e a


OSCIP;

ato de autorização emitido pelo Poder Público para permuta de bens móveis com a
OSCIP; e

notas fiscais de aquisição de bens móveis pela OSCIP durante a vigência do Termo.

Nota: (1) Em se tratando de prestação de contas, o auditor deverá solicitar os


documentos comprobatórios da devolução dos bens cedidos e adquiridos com recursos
do TP para o órgão estatal parceiro, contendo a relação do que efetivamente foi
Observação:
devolvido paraaconferência.
Para subsidiar verificação da situação patrimonial, é importante o auditor:
(a) Levantar junto à OSCIP, previamente, a existência de trabalhos realizados relativos
ao levantamento/acompanhamento dos bens cedidos e/ou adquiridos, bem como
relatórios de inventários e/ou de controle interno realizados.
(b) Definir, se for o caso, amostra dos bens cedidos/adquiridos para conferência in loco.

3.2.2 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA DE GESTÃO

O planejamento da auditoria, considerados os objetivos e o escopo da auditoria,


compreende a definição dos procedimentos e técnicas a serem aplicados na execução do
trabalho. A auditoria de gestão em OSCIP considera a utilização dos seguintes
procedimentos:

Análise prévia dos relatórios de execução e de avaliação

Com o objetivo de conhecer os indicadores e ações contidas no TP, bem como o


posicionamento da Comissão de Avaliação, deverão ser solicitados ao órgão estatal
parceiro, respectivamente, o Relatório de Execução, e o Relatório de Avaliação, a partir
dos quais se deverão analisar previamente os seguintes itens:

quantidade de indicadores e ações contidas no TP;

informações acerca do cumprimento das metas dos indicadores e prazos de


execução das ações, por meio do RE;

posicionamento da CA, por meio do RA;


existência de trabalhos anteriores de auditoria;

efetividade das recomendações constantes em trabalhos anteriores de auditoria 1


(Ex: Nota Técnica para celebração e/ou aditamento do TP).

Nota: (1) Nota Técnica para celebração e (ou) aditamento do TP, por exemplo.

Observação: Caso a OSCIP não tenha passado pelos procedimentos de auditoria


constantes dos tópicos de Celebração e Aditamento do TP, é importante que o
planejamento contemple, também, os procedimentos lá descritos.

Determinação dos indicadores e ações a serem auditados:

Uma auditoria de gestão completa e abrangente exige uma análise de todos os


indicadores e ações. Contudo, na hipótese de o universo auditável ser extenso, poder-
se-á definir uma amostra para a realização dos trabalhos de auditoria. Neste caso,
adotam-se os seguintes critérios de seleção de amostra, na ordem que se segue:

um indicador de cada Área de Resultados, pelo menos;

indicadores com maior peso;

indicadores com maiores percentuais de execução da meta relatados no RE.

Observação: A eleição complementar de indicadores não contemplados pelos critérios


mencionados é prerrogativa do auditor, especialmente nas hipóteses de a OSCIP não
haver passado pelos procedimentos de auditoria por ocasião da celebração e (ou)
aditamento do TP, e de não acatamento de recomendações de auditoria.

Relativamente às ações contidas no TP, a amostra deverá considerar todas aquelas


cujo prazo final de cumprimento esteja previsto para até o último mês do
período de avaliação.

Estudo preliminar acerca dos insumos, processos e produtos da OSCIP:

A definição de questionamentos preliminares e, mesmo, a identificação prévia de


eventuais fraquezas e potenciais inconformidades demandam a análise criteriosa da
documentação encaminhada pela OSCIP, fundamental para o conhecimento de sua
organização e de seu trabalho.
Definição da documentação a ser solicitada e questionamentos a serem feitos por meio
de entrevista

Com base em definição prévia da própria OSCIP, realizada à época da celebração e


(ou) aditamento do TP, deverá ser relacionada toda a documentação a ser solicitada,
comprobatória de cumprimento das metas dos indicadores selecionados, bem como os
questionamentos a serem apresentados durante entrevistas, com o objetivo de obtenção
de informações complementares àquelas presentes no RE, necessários ao desfazimento
de dúvidas existentes.

Observação: Na hipótese de a rastreabilidade dos indicadores, com identificação da


documentação comprobatória, não haver sido definida pela OSCIP quando da
celebração e (ou) aditamento do TP, o auditor deverá fazer essa observação e,
posteriormente, solicitar à OSCIP o fornecimento de documentação que comprove as
informações constantes no RE.

Análise da viabilidade de realização de análise comparativa:

A possibilidade de realização de análise comparativa entre resultados alcançados pela


OSCIP e os obtidos pelo órgão (entidade) estatal anteriormente incumbido da execução
de seu objeto, ou ainda por outras entidades que desempenhem atividades correlatas,
deve ser avaliada a partir do levantamento de disponibilidade de informações que a
subsidiem. Para tanto, deverá ser investigado o histórico da atividade atualmente
desenvolvida pela OSCIP e dos programas e (ou) projetos sob sua incumbência, bem
como de iniciativas similares existentes, por intermédio da(s) resposta(s) 1 às seguintes
questões:

“O objeto do TP já vinha sendo executado anteriormente por outra entidade?”;

“Há outro TP firmado com outra OSCIP que trate do mesmo objeto, ou de objeto
similar?”;

“Há histórico de resultados anteriores?”.

Nota: (1) Resposta(s) positiva(s) a uma ou mais das questões apresentadas é (são)
indicativa(s) da viabilidade da análise comparativa.
3.3 AUDITORIA DA EXECUÇÃO DO TERMO DE PARCERIA

3.3.1 AUDITORIA OPERACIONAL

A execução da auditoria operacional consiste na aplicação dos procedimentos, técnicas e


exames definidos na fase de planejamento, a saber:

Verificação do cumprimento das exigências legais

Aplicação do checklist constante do Apêndice C, com base na documentação levantada


na fase de planejamento da auditoria.

Observação: A observância, pela OSCIP, dos procedimentos exigidos pela legislação


deverá ser objeto de verificação.

Análise do cumprimento do regulamento de compras

A execução deste procedimento considera as seguintes iniciativas:

Aplicação, em cada processo de aquisição ou contratação de serviço, de


checklist 1 elaborado conforme modelo constante no Apêndice D, para efeito de
verificação do cumprimento dos requisitos formais exigidos;

Nota: (1) Para cada item do checklist, o auditor deverá informar “S” (sim) no caso
de existência de adequação, “N” (não) no caso de não adequação, ou “N/A” (não
aplicável) quando o item não se guarda relação com o objeto em análise.

Observação: Deve constar obrigatoriamente do check list quesito que permita ao


auditor verificar se o Conselho Fiscal da OSCIP tem aprovado as despesas superiores
a R$ 15.000,00.

Análise da característica de eventuais ocorrências de inconformidade,


se pontuais ou sistêmicas, mediante elaboração, ao final da verificação
de conformidade de cada processo, da Matriz do Regulamento de Compras, na qual
se relaciona a situação de cada processo a cada item do checklist constante
do Apêndice E.
Cálculo, após preenchimento da Matriz do Regulamento de Compras, do indicador
de processo “Aplicação do Regulamento de Compras – ARC” (conforme fórmula
constante do Anexo B), com o objetivo de medir o grau de conformidade dos
processos de compras e de contratação de serviços ao Regulamento de Compras.

Classificação da OSCIP quanto ao status de conformidade, conforme resultado do


indicador “Aplicação do Regulamento de Compras – ARC”, apurado nos termos do
subitem supra, e comparado às seguintes faixas de percentual:

99% : elevado grau de conformidade;

95 e < 99% : aceitável grau de conformidade;

< 95% : baixo grau de conformidade.

Observações:
(1) Deve-se observar a existência de publicação de alteração do regulamento de compras,
certificando-se, inclusive, de que o regulamento analisado é o vigente à epoca da
execução do processo de compra selecionado;
(2) Na hipótese de alteração do regulamento de compras, deve-se apontar as
modificações aplicadas e identificar a existência de justificativa.

Análise da realização da receita

A certificação da conformidade da realização da receita compreende os seguintes


exames relativos a procedimentos da OSCIP:

Análise de conciliações e extratos bancários com vistas à certificação de que a


movimentação de recursos repassados em virtude do TP realizou-se mediante
utilização de conta bancária única e específica;

Verificação, a partir de consulta ao Armazém-SIAFI realizada por meio do


aplicativo Business Objects® – BO, do recebimento dos repasses previstos no TP
e em seus aditivos, nos prazos e valores determinados;

Verificação da existência de aplicação financeira dos recursos repassados, quando


não utilizados no prazo de 30 dias subseqüentes à liberação;

Verificação da aplicação das receitas financeiras e receitas diretamente


arrecadadas1 na execução do objeto do TP;

Nota: (1) As receitas financeiras e as receitas diretamente arrecadadas devem


constar das prestações de contas parciais e finais.
Análise dos documentos comprobatórios da realização da receita (notas fiscais e
documentos equivalentes), com vistas à certificação de sua correta emissão:

Observação: A análise de notas fiscais e documentos equivalentes deve


compreender a verificação de:
- existência de rasuras;
- conformidade da seqüência numérica das notas fiscais com as datas de sua emissão
(cronologia da emissão);
- adequação dos valores expressos nas notas fiscais aos valores determinados na
contratação do serviço.

A análise comparativa do desempenho na captação de receita diretamente arrecadada 1


compreende os seguintes procedimentos:

apuração da receita realizada em determinado período 1, quando competia ao Estado


a execução da atividade atualmente sob responsabilidade da OSCIP, mediante
consulta ao Armazém-SIAFI com utilização do aplicativo Business Objects® –
BO, ou análise de notas fiscais emitidas;

Nota: (1) A definição do período cuja realização de receita será objeto de apuração
deve observar as instruções apresentadas no tópico relativo ao planejamento do
procedimento de análise da realização da receita, supra.

apuração da receita realizada em determinado período 1 inserido no prazo de


vigência do TP, mediante análise dos balancetes mensais ou das notas fiscais
emitidas pela OSCIP;

Nota: (1) A definição do período cuja realização de receita será objeto de apuração
deve observar as instruções apresentadas no tópico relativo ao planejamento do
procedimento de análise da realização da receita, supra.

cálculo do indicador de resultado “Sustentabilidade da Organização – SO”


(conforme fórmula constante do Anexo C), com o objetivo de se avaliar a
capacidade da organização de arcar com suas despesas, considerando-se a receita
diretamente arrecadada em cada um dos períodos objetos de comparação.

comparação das receitas realizadas no período anterior e no posterior à celebração


do TP.
Observação: A análise comparativa poderá considerar, ainda, OSCIPs que
desempenharam o mesmo objeto do TP, bem como entre períodos distintos trabalhados
pela mesma OSCIP.

A avaliação da eficiência da gestão financeira do TP, no tocante à receita, compreende


os seguintes procedimentos:

verificação da pontualidade dos recebimentos, observando-se, quando aplicável, a


cobrança de multas contratuais e juros de mora;

Observação: A pontualidade dos recebimentos é comprovável mediante


comparação da data de emissão de notas fiscais e faturas com a dos depósitos
informados nos extratos bancários.

verificação da aplicação financeira de recursos vinculados disponíveis e, na


hipótese de sua não aplicação, avaliação de sua potencial rentabilidade;

análise do planejamento da alocação de recursos, mediante utilização pela entidade


de sistema de fluxo de caixa com vistas à previsão e ao controle de suas receitas;

análise da adoção do princípio de segregação de funções nas atividades de venda,


marketing, captação de recursos, contas a receber e tesouraria.

Análise da execução da despesa

Preliminarmente, a certificação da conformidade da execução da despesa compreende a


análise da efetividade da observância de eventuais recomendações apresentadas em
relatórios da Comissão de Avaliação, bem como a realização, pela equipe de auditoria,
dos seguintes exames relativos a procedimentos da OSCIP:

verificação da disponibilidade dos documentos comprobatórios da execução da


despesa (a exemplo de notas fiscais e RPA), observando-se em seu conteúdo:

- legalidade e validade do documento;


- identificação da OSCIP (denominação social, endereço e CNPJ);
- existência de rasuras;
- possibilidade de leitura de seu conteúdo (legibilidade);
- preenchimento da data de sua emissão.
verificação da existência de realização de despesas com recursos do TP antes da
publicação do regulamento de compras e contratações, e em finalidade diversa
daquela estabelecida no TP, mesmo em caráter de emergência.

observância da pertinência e relevância do gasto em relação ao objeto do TP;

realização dos pagamentos em conformidade com os valores expressos nos


documentos comprobatórios de venda de bem ou contratação de serviço;

realização dos pagamentos em conformidade com os valores decorrentes do


processo de cotação, conforme regras estabelecidas no regulamento de compras;

execução de despesas em adequação ao Quadro de Previsão de Receitas e Despesas


constante do TP e de seus aditivos;

realização de gastos com multas, juros, atualização monetária e demais custos


decorrentes de atraso em pagamentos com recursos do TP;

verificação de documento comprovante de que a OSCIP prestou informação quanto


ao remanejamento entre as rubricas do quadro de Receitas e Despesas;

verificação da existência de checagens amostrais periódicas, com intervalo de até


três meses, de documentos fiscais, trabalhistas e previdenciários, dos contratos e
extratos bancários, observando o cumprimento do regulamento de compras e
contratações e a adequação das despesas, por parte do supervisor e dos servidores
indicados da Assessoria Jurídica e da Contabilidade e Finanças.

Relativamente à análise comparativa da execução da despesa, deverão ser observados


os seguintes procedimentos:

apuração da execução da despesa em determinado período 1, quando competia ao


Estado a execução da atividade atualmente sob responsabilidade da OSCIP,
individualizada por item da “classificação econômica da despesa”, mediante
consulta ao Armazém-SIAFI realizada por meio do aplicativo Business Objects®;

Nota: (1) A definição do período cuja realização de receita será objeto de apuração
deve observar as instruções apresentadas no tópico relativo ao planejamento do
procedimento de análise da realização da receita, supra.

apuração da despesa executada em determinado período 1 inserido no prazo de


vigência do TP, mediante análise dos balancetes mensais;
Nota: (1) A definição do período cuja realização de receita será objeto de apuração
deve observar as instruções apresentadas no tópico relativo ao planejamento do
procedimento de análise da realização da receita, supra.

confrontação dos valores apurados em tais períodos e, na hipótese de constatação


de evolução atípica, solicitação à OSCIP de justificativa, cuja pertinência deverá
ser analisada.

Observações:
1) Para que se realize a comparação da execução da despesa é necessária a
compatibilidade da qualidade da despesa nos períodos distintos considerados, motivo
pelo qual os itens de despesa extraídos do BO devem espelhar aqueles extraídos dos
balancetes.
Exemplos:
- Depreciação: Na hipótese de o Estado não considerar a depreciação na valoração de
seus ativos, despesas correlatas constantes dos demonstrativos contábeis da OSCIP
deverão ser desconsiderados na comparação;
- Investimento: Desembolsos considerados como investimento pelo Estado e não
contemplados nos demonstrativos da OSCIP não deverão ser contemplados na análise
comparativa.
2) A análise comparativa poderá considerar, ainda, OSCIPs que desempenharam o
mesmo objeto do TP, bem como entre períodos distintos trabalhados pela mesma
OSCIP.

Relativamente à análise comparativa dos processos de despesa propriamente ditos


(processos de compra e – ou – de contratação de serviços) executados pela OSCIP e
aqueles realizados anteriormente à celebração do TP, devem ser observados os
seguintes procedimentos:

avaliação da contratação sob o aspecto da celeridade, mediante:

- levantamento, em cada processo sob análise e em cada período examinado, do


tempo decorrido entre a solicitação da compra ou contratação de serviço pela área
interessada e a autorização transmitida ao fornecedor (ou prestador) do bem
(ou serviço) relativa a sua entrega (prestação);
- levantamento do tempo médio necessário à realização dos processos de compra
em cada período;
- comparação dos desempenhos (tempo médio) nos períodos considerados;

avaliação da contratação sob o aspecto da economicidade, mediante:

- levantamento do custo unitário dos itens analisados em cada período examinado;


- estabelecimento do percentual de variação de preço, considerados o período atual
e o anterior à celebração de TP.

Observação: A análise de economicidade deve considerar eventuais efeitos


sazonais que influenciam o preço dos produtos, tais como a variação do dólar,
entre-safras de produtos agrícolas ou, ainda, impactos inflacionários.

Relativamente à despesa com pessoal, deverão ser observados os seguintes


procedimentos:

verificação da eventual utilização de recursos destinados a contratação de


profissionais autônomos, ou de cooperativas de trabalho, na prestação de serviços
que apresentem, concomitantemente, os requisitos de subordinação, onerosidade,
não-eventualidade e pessoalidade, conforme art. 3º da Consolidação das Leis
Trabalhistas – CLT;

solicitação da documentação comprobatória da despesa (a exemplo de folhas de


pagamento e contra-cheques), com vistas à confirmação, tanto quanto possível, da
adequação dos salários de seus administradores e demais empregados aos valores
praticados no mercado;

observância da existência de justificativa formal da OSCIP e aprovação do OEP, no


caso do aumento de gastos com pessoal previstos no quadro de Receitas e
Despesas.

Finalmente, em relação à conformidade das contratações realizadas pela OSCIP


deverão ser analisados os instrumentos jurídicos contratuais, com vistas à certificação
de que:

o preâmbulo do contrato apresenta a identificação da OSCIP nos termos do


conteúdo do TP;

a data de assinatura do contrato encontra-se informada;

a assinatura do contrato é realizada por representante legal da OSCIP;

as cláusulas contratuais do instrumento contemplam:

- definição clara do objeto da contratação, com especificação detalhada dos


produtos ou serviços a serem fornecidos;
- especificação do valor total do objeto da contratação;
- informação da periodicidade de pagamento;
- previsão da vigência do contrato;

Observação: A consolidação da análise dos contratos deve contemplar a comprovação


(inclusive material, se for o caso) do efetivo fornecimento do bem ou da execução do
serviço.

Verificação de cessão de servidor

A execução deste procedimento considera os seguintes procedimentos:

aplicação do item 13 do checklist constante do Apêndice C, com base na


documentação levantada na fase de planejamento da auditoria;

certificação da não ocorrência de:

- cumulatividade do exercício de atividades pelo servidor, no órgão (entidade)


parceiro(a) e na OSCIP;
- substituição, pelo órgão (entidade) parceiro(a), em seu quadro de pessoal, do
servidor cedido à OSCIP

Verificação da situação patrimonial dos bens cedidos e (ou) adquiridos

A execução deste procedimento considera os seguintes procedimentos:

aplicação dos itens 9 a 12 do checklist constante do Apêndice C, com base na


documentação levantada na fase de planejamento da auditoria, objetivando a
verificação do cumprimento das exigências legais.

levantamento da existência dos bens, por meio de verificação in loco, a partir de


amostra calculada conforme fórmula constante do Anexo A,;

avaliação da eficácia da gestão patrimonial1, observando-se os seguintes aspectos:

- utilização: utilização adequada do patrimônio, pertinente com a finalidade da


entidade, com os objetivos das políticas públicas de sua responsabilidade e com o
fim a que se destina o bem;
- conservação: estado de conservação dos bens patrimoniais, de forma a se permitir
sua utilização conforme sua funcionalidade e objetivo.

Nota: (1) Eficácia da Gestão Patrimonial – Definição: “Alcance dos objetivos em


razão dos quais o patrimônio se estabelece, considerando, simultaneamente, sua
utilização e sua conservação”, conforme Roteiro de Trabalho de Auditoria,
desenvolvido pela AUGE para subsidiar os trabalhos relativos à Prestação de Contas
de Exercício Financeiro.
verificação da pertinência da cessão ou aquisição do bem, relativamente a ao seu custo
e a seu efetivo uso;

avaliação, quando possível, da relação custo-benefício das alternativas de aquisição e


de locação do bem

avaliação da eficiência da gestão patrimonial1, observando-se os seguintes aspectos:

- administração: previsão expressa e observância de política de administração do


ativo imobilizado, contendo mecanismos de controle que permitam assegurar a
guarda, conservação, preservação e melhor utilização do patrimônio público,
consistentes em controle de cargas patrimoniais, elaboração de inventário a fim
de testar os controles individuais, bem como sua localização, com o devido ajuste
nas distorções identificadas, controles efetuados por pessoas devidamente
treinadas e mediante observância do princípio da segregação de funções, guarda
de bens em locais apropriados, definição de procedimentos para a transferência e
baixa de bens, etc.;
- planejamento: existência de planejamento da aquisição de bens, e sua
observância;
- conservação e guarda: instauração de processos para fim de apuração de
responsáveis por danos e desaparecimento de bens;
- controle contábil: existência de conciliação e realização de ajustes dos respectivos
saldos contábeis, com vistas à demonstração da fidedignidade e consistência das
informações sobre o patrimônio da entidade;

Nota: (1) Eficiência da Gestão Patrimonial – Definição: “Conhecimento tempestivo


do patrimônio da entidade, no que se refere a sua composição e a sua utilização”,
conforme Roteiro de Trabalho de Auditoria, desenvolvido pela AUGE para
subsidiar os trabalhos relativos à Prestação de Contas de Exercício Financeiro.

3.3.2 AUDITORIA DE GESTÃO

A execução da auditoria de gestão consiste na aplicação dos seguintes procedimentos,


técnicas e exames definidos na fase de planejamento, aliada à análise das informações
obtidas:
Entendimento acerca dos insumos, processos e produtos da OSCIP

A plena compreensão dos trabalhos realizados pela OSCIP e de seu fluxo de trabalho é
requisito para a execução da auditoria. Para tanto, o procedimento a ser adotado
consiste em entrevista com os gestores da OSCIP, buscando exaurir os
questionamentos e dirimir quaisquer dúvidas a respeito dos processos e produtos
acordados no TP, bem como eventuais dúvidas levantadas na análise da documentação,
na fase de planejamento. Esse entendimento é fundamental para que se confirmem os
questionamentos levantados preliminarmente, eventuais fraquezas e potenciais
inconformidades.

Observação: As informações obtidas por intermédia da entrevista com os gestores da


entidade poderão ensejar a revisão do planejamento e, se necessário, sua adequação, a
depender da relevância de informações que não tenham sido contempladas na fase de
planejamento.

Análise dos resultados apresentados no Relatório de Execução

A execução deste procedimento considera as seguintes iniciativas:

solicitação da documentação comprobatória da execução dos indicadores


selecionados para auditoria e ações da OSCIP;

solicitação da documentação comprobatória das informações contidas no RE;

Observação: Na hipótese de o indicador já haver sido auditado ou possuir fonte de


informações determinada, a rastreabilidade e o acesso a tais informações são
facilitados. Entretanto, não havendo definição prévia da fonte das informações, a
solicitação da documentação à OSCIP deverá ser providenciada. Nesse caso, o
auditor deverá criticar a falta de critério do indicador, tendo em vista que sua
rastreabilidade restará comprometida, face à ausência de definição da fonte de
informação.

análise da fidedignidade das informações contidas no RE, a partir da verificação do


cumprimento de metas, das justificativas e da veracidade das informações
prestadas, por meio dos seguintes procedimentos:

- análise documental;
- entrevistas;
- análise física.
verificação da conformidade da pontuação atribuída à OSCIP no RA e do aceite da
CA quanto às justificativas para possíveis descumprimentos de metas ou ações,
mediante confrontação dos relatórios de execução e dos de avaliação;

Observação: Como a Comissão de Avaliação emite o RA com base no RE, seu


relatório baseia-se, exclusivamente, nas informações contidas no relatório elaborado
pela OSCIP. Porém, não é papel da CA apenas dar aceite ao que for informado pela
OSCIP. Compete à comissão verificar o real cumprimento das metas dos
indicadores e apontar divergências acaso existentes. Contudo, não é incomum o
aceite da CA sem a devida conferência das informações, hipótese em que tal aceite
deverá ser objeto de crítica por parte da auditoria.

Análise comparativa de resultados

A análise comparativa entre os resultados obtidos pela OSCIP e outros que lhes sirvam
de referência, quando viável, compreende os seguintes procedimentos:

identificação e aplicação de técnicas de auditoria apropriadas à coleta de


informações que subsidiem a análise, a exemplo de 1:

- análise documental;
- visitas in loco;
- observação direta;
- entrevistas;
- questionários.

Nota: (1) A relação de técnicas apresentadas não é excludente de outras cuja


aplicação o auditor julgue necessária ou oportuna.

definição de amostra estatística 1 significativa, representativa do universo


de beneficiários do objeto do TP, calculada conforme fórmula constante do
Anexo A;

Nota: (1) A amostra é utilizada na hipótese de utilização das técnicas de entrevistas


e questionários junto a pessoas alcançadas pelo programa ou projeto sob
incumbência da OSCIP.

tabulação e análise dos dados obtidos mediante aplicação das técnicas supra;

realização da análise, mediante comparação dos dados relativos ao desempenho


atual da OSCIP na consecução de metas e ações do TP com aqueles advindos da
fonte de referência;
Observação: A análise comparativa deve se acercar de cuidados para que se evitem
distorções em seu resultado, a exemplo de:
- equanimidade na eleição de fontes de referência;
- distinção entre insumos, processos e produtos;
- consideração de fatores externos determinantes do desempenho e de improvável
previsão.

apresentação dos resultados, preferencialmente mediante utilização de recursos


gráficos, de forma a se facilitarem a visualização e a compreensão de seu conteúdo.

Observação: Mesmo na hipótese de inexistência de memória anterior que possibilite


a análise comparativa objetiva entre a atuação da OSCIP e a atuação direta do Estado,
podem-se utilizar técnicas que viabilizem tal comparação, ainda que menos objetiva.
Exemplo: - Questionários que contemplem a variação da satisfação do beneficiário do
objeto do TP, antes e depois dos trabalhos da OSCIP.

Apresentação de recomendações e sugestões de melhorias

A apresentação de recomendações e sugestões de melhoria deve-se realizar com vistas


à agregação de valor aos resultados da OSCIP, mesmo na hipótese de inexistência de
inconformidades.

3.4. RELATÓRIO DE AUDITORIA

As análises decorrentes das auditorias de gestão e operacional referentes à execução ou


prestação de contas do TP têm seus resultados apresentados na forma de Relatório de
Auditoria. No Apêndice H, apresenta-se modelo de relatório de auditoria de OSCIP.

4. LEGISLAÇÃO BÁSICA

MINAS GERAIS. Lei estadual n. 14.870, de 16 de dezembro de 2003 e alterações.

MINAS GERAIS. Decreto n. 44.914, de 3 de outubro de 2008.


5. GLOSSÁRIO

ACESSIBILIDADE-RASTREABILIDADE – .
Critério que permite o registro e a adequada manutenção e disponibilidade
dos dados, resultados e memórias de cálculo, incluindo os responsáveis
envolvidos.

AÇÕES ESTRUTURANTES – .
Ações que proporcionarão à OSCIP realizar suas atividades e alcançar os
objetivos do Termo de Parceria.

AG – Auditoria de Gestão.

AO – Auditoria Operacional.

ARMAZÉM-SIAFI – .
“Armazém de Informações”, que compreende banco de dados importados
do SIAFI-MG, orientado por assunto, integrado, não volátil e histórico,
criado para dar suporte ao processo de tomada de decisão 1

AUGE – Auditoria-Geral do Estado.

BO – Business Objects. Software para extração de dados dos Armazéns de


Informações SIAFI e SIAD.

CA – Comissão de Avaliação, responsável pela avaliação das atividades


realizadas pela OSCIP, ao fim de cada período determinado no Termo de
Parceria. A CA é composta por: um membro da SEPLAG; um membro do
Órgão Estatal Parceiro; um membro da OSCIP; um membro do Conselho de
Políticas Públicas; um membro do Órgão Interveniente; um especialista da
área que constitui objeto do Termo de Parceria.

CCGPF – Câmara de Coordenação-Geral, Planejamento, Gestão e Finanças. É uma


câmara temática, conforme disposto nos Decretos 43.145 e 43.391, de 2003,
e que possui, entre outras, as atribuições de estabelecer diretrizes para o
planejamento, coordenação, a gestão efetiva e o acompanhamento das ações
governamental e de modernização institucional e administrativa.

1
Conforme definição de “Armazém de Informações” por Willian H. Inmon - 1990
CONSELHO DE POLÍTICAS PÚBLICAS – .
Instrumento de controle social e de gestão compartilhada, composto por
representantes governamentais e da sociedade civil.

CONSELHO FISCAL – .
Conselho que deve ser constituído por meio do Estatuto da OSCIP.

ECONOMICIDADE – .
Atingimento dos resultados propostos da melhor maneira possível, ou seja,
conforme a solução economicamente mais adequada.

EFETIVIDADE – .
Alcance dos objetivos planejados a partir da realização de determinada
atividade.

EFICÁCIA – Alcance da meta proposta.

EFICIÊNCIA – .
Realização das atividades propostas, conforme o planejamento realizado, e
com os menores custos possíveis.

IMPACTO – Ocorrência futura, causada indiretamente pela atividade realizada. Os


impactos podem ser previstos ou não, positivos ou negativos.

NT – Nota Técnica, documento a ser emitido pelo auditor previamente à


celebração e aditamento dos Termos de Parceria e que subsidiará a
assinatura de tais compromissos.

ÓRGÃO ESTATAL PARCEIRO – .


Órgão, Autarquia ou Fundação que celebra o Termo de Parceria com a
OSCIP.

ÓRGÃO INTERVENIENTE – .
Órgão que, em conjunto com o Órgão Parceiro, é responsável pela definição
das políticas e diretrizes para a consecução de um determinado Termo de
Parceria.

OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.

QUADRO DE INDICADORES DE RESULTADO – .


Quadro que contém os indicadores relacionados diretamente ao alcance do
objeto do Termo de Parceria.
RA – Relatório de Avaliação, elaborado pela CA.

RE – Relatório de Execução, elaborado pelas OSCIPs.

RPA – Recibo de Pagamento de Autônomos.

SEPLAG – Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão.

SIAFI-MG – Sistema Integrado de Administração Financeira do Estado de Minas Gerais

SISAP – Sistema de Administração de Pessoal do Estado de Minas Gerais

SUSTENTABILIDADE – .
Relação entre o que se arrecada e o que se gasta. Quando a arrecadação em
relação aos gastos previstos é igual ou maior a um, significa que a entidade
é auto-sustentável.

TP – Termo de Parceria, tipo de contrato celebrado entre Órgãos Estatais e as


OSCIPs, para que estas realizem atividades não-exclusivas do Estado. Os
TPs também são chamados de Contratos de Gestão.

6. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

BARBETTA, Pedro Alberto. Estatística aplicada às ciências sociais. 4° ed.


Florianópolis: Ed. UFSC, 2001.

NUNES, Andrea. Terceiro Setor: controle e fiscalização. São Paulo: Editora Método,
2006. 2. edição.

REGULES, Luis Eduardo P. Terceiro Setor: regime jurídico das OSCIPs. São Paulo:
Editora Método. 2006.

TAKASHINA, Newton Tadachi e FLORES, Mário C. X. Indicadores da qualidade e do


desempenho: como estabelecer metas e medir resultados. Rio de Janeiro: Qualitymark
Ed., 1996.
APÊNDICE A CHECKLIST – CELEBRAÇÃO DO TERMO DE PARCERIA

DADOS BÁSICOS DO TERMO DATA: _____ / _____ /_______


Órgão/Entidade Parceiro(a): CNPJ:

OSCIP: CNPJ:

Órgão Interveniente: CNPJ:

Número do Termo de Parceria:


Objeto:
Data de assinatura:
Data de publicação do extrato:
Signatário pelo órgão (entidade):
Período de vigência:
Dotação Orçamentária:
Valor:
Nº Parcelas:
Valor das Parcelas:
Valor Pago:
Conta Bancária nº:
Programa de Trabalho SIM NÃO
ITEM PROCEDIMENTOS E (OU) DOCUMENTOS A VERIFICAR: BASE LEGAL S N N/A REF

1 Constam, no processo encaminhado, os documentos seguintes, e estes se encontram Art. 12, II (Lei 14.870/2003) e
regulares: Art. 15 (Dec. 44.914/2008)

Minuta do Termo de Parceria – TP

Manifestação do Conselho de Política Pública da área de celebração do TP


(parecer técnico)

CND do INSS

CND de FGTS

CND da Receita Federal

CND da Receita Estadual

CND da Receita Municipal

Inscrição no CNPJ (exclusão)

Relatório circunstanciado comprovando a experiência da OSCIP por dois anos na


execução de atividades na área do objeto do TP1.
Declaração de isenção de Imposto de Renda, de balanço patrimonial e de
demonstrativo dos resultados financeiros do último exercício
Parecer técnico do órgão estatal parceiro contendo justificativa da escolha da
OSCIP, especificando as credenciais técnicas, a experiência, competência,
idoneidade, regularidade e a qualificação de seu corpo de profissionais, bem
como as vantagens decorrentes da celebração
Previsão de receitas e despesas em nível analítico, estipulando, item por item, as
categorias contábeis usadas

Previsão de receitas e despesas em nível sintético


Detalhamento das remunerações e dos benefícios de pessoal a serem pagos a seus
dirigentes e trabalhadores, com recursos oriundos do TP ou a ele vinculados,
comprovando a compatibilidade dos valores propostos com os valores de
Minuta de regulamento de compras e contratações

Aprovação prévia de dois terços dos membros do conselho estadual de política


pública da área objeto da parceria, quando a entidade houver sido qualificada com
base na experiência de seus dirigentes
ITEM PROCEDIMENTOS E (OU) DOCUMENTOS A VERIFICAR: BASE LEGAL S N N/A REF

2 O termo de parceria dispõe sobre:

Objeto do termo de parceria, restrito às áreas indicadas no estatuto social da


OSCIP parceira;

Especificação técnica detalhada do bem, do projeto, da obra ou do serviço a ser


obtido ou realizado;

Direitos e obrigações das partes signatárias;

Origem e forma de gestão de recursos financeiros destinados à execução do TP,


bem como a dotação orçamentária;

Normas relativas à prestação de contas dos recursos e bens de origem pública,


constantes do TP; Art. 13 (Lei 14.870/2003) e Art. 20
(Dec. 44.914/2008)
Critérios objetivos de avaliação de desempenho a serem utilizados mediante a
incorporação de indicadores de resultados;
A obrigação da OSCIP de apresentar, ao término de cada exercício, relatório
sobre a execução do objeto do termo de parceria, contendo comparativo
específico das metas propostas com os resultados alcançados e da prestação de
contas contábeis;
A publicação, no órgão oficial de imprensa do Estado, a cargo do órgão público
signatário, do extrato do termo de parceria e do extrato de execução física e
financeira;

Período de vigência e formas de prorrogação do instrumento celebrado;

Aspectos relativos à rescisão e modificação do instrumento celebrado;

Aspectos relativos à cessão de recursos humanos e bens do OEP.


ITEM PROCEDIMENTOS E (OU) DOCUMENTOS A VERIFICAR: BASE LEGAL S N N/A REF

3 O Programa de Trabalho deve conter:

Objeto do TP;

Quadro de Indicadores, contendo as metas a serem atingidas pela OSCIP, com


seus respectivos prazos de execução e descrições detalhadas;

Quadro de produtos e suas descrições detalhadas, quando necessário; Art. 21 (Dec. 44.914/2008)

Quadro de receitas e despesas, contendo previsão de receitas e despesas em nível


sintético, e incluindo as remunerações e benefícios de pessoal, compostas
minimamente nas categorias de salários, encargos e benefícios, a serem pagos
com recursos do TP;
Cronograma de desembolso e condições para realização de repasses.

4 Existindo previsão de cessão de bens, verifica-se:

Art. 18, § 1º (Lei 14.870/2003)


Cláusula expressa de cessão constante na minuta do TP;

Anexo à minuta do TP que relaciona e identifica os itens a serem cedidos

Nota: (1) A entidade poderá utilizar até 31 de dezembro de 2009, em substituição a essa exigência, a comprovação da experiência de seus dirigentes na execução das
atividades indicadas em seu estatuto social. Nesta hipótese, a OSCIP que deixar de comprovar o requisito de experiência mínima de dois anos de seus dirigentes perde,
automaticamente, o título concedido.
APÊNDICE B CHECKLIST – CELEBRAÇÃO DE TERMO ADITIVO
DADOS BÁSICOS DO TERMO DE PARCERIA DATA: _____ / _____ /_______

Órgão/Entidade Parceiro(a): CNPJ:


OSCIP: CNPJ:
Órgão Interveniente: CNPJ:
Número do Termo de Parceria:
Objeto:
Data de assinatura:
Data de publicação do extrato:
Signatário pelo órgão/entidade:
Período de vigência:
Dotação Orçamentária:
Valor:
Nº Parcelas:
Valor das Parcelas:
Valor Pago:
Conta Bancária nº:
Programa de Trabalho SIM NÃO
TERMOS DE ADITAMENTO
OBJETO SIGNATÁRIO PELO ÓRGÃO/ENTIDADE
Nº TA DATA
Nº Cláusula Alterada Conteúdo Alterado

RELATÓRIOS GERENCIAIS - OSCIP RELATÓRIOS DA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO


PERÍODO DE EXECUÇÃO DATA PERÍODO DE AVALIAÇÃO DATA PONTUAÇÃO GERAL
ITEM PROCEDIMENTOS/DOCUMENTOS – VERIFICAR: BASE LEGAL S N N/A REF
1 Constam os documentos seguintes, e estes se encontram regulares:
Minuta do TP;
Parecer técnico elaborado pelo OEP contendo a justificativa do aditamento;
CND do INSS;
CND de FGTS;
CND da Receita Federal;
CND da Receita Estadual;
Art. 12, II (Lei 14.870/2003), Art. 28,
CND da Receita Municipal; § 6º e Art. 29 (Dec. 44.914/2008)
Previsão das receitas e despesas em nível analítico, estipulando, item por item, as
categorias contábeis usadas;
Previsão de receitas e despesas em nível sintético;
Detalhamento das remunerações e dos benefícios de pessoal a serem pagos a seus
dirigentes e empregados com recursos oriundos do TP ou a ele vinculados,
comprovando que os valores propostos estejam compatíveis com os valores de
mercados;
Relatórios gerenciais e da comissão de avaliação que tiverem sido elaborados até
a data do aditamento.
Novas ações e metas e novos prazos e custos envolvidos, na hipótese de
aditamento para prorrogação da vigência.
APÊNDICE C CHECKLIST – EXECUÇÃO DO TERMO DE PARCERIA
DADOS BÁSICOS DO TERMO DE PARCERIA DATA: _____ / _____ /_______

Órgão/Entidade Parceiro(a): CNPJ:


OSCIP: CNPJ:
Órgão Interveniente: CNPJ:
Número do Termo de Parceria:
Objeto:
Data de assinatura:
Data de publicação do extrato:
Signatário pelo órgão/entidade:
Período de vigência:
Dotação Orçamentária:
Valor:
Nº Parcelas:
Valor das Parcelas:
Valor Pago:
Conta Bancária nº:
Programa de Trabalho SIM NÃO
TERMOS DE ADITAMENTO
Nº TA DATA OBJETO SIGNATÁRIO PELO ÓRGÃO/ENTIDADE

RELATÓRIOS GERENCIAIS - OSCIP RELATÓRIOS DA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO


PERÍODO DE EXECUÇÃO DATA PERÍODO DE AVALIAÇÃO DATA PONTUAÇÃO GERAL
ITEM PROCEDIMENTOS/DOCUMENTOS – VERIFICAR: BASE LEGAL S N N/A REF

1 Existência de manifestação favorável da CCGPGF Art. 18 (Dec. 44.914/2008)

2 Publicação do extrato do TP, no Órgão Oficial de Imprensa de MG:

no prazo máximo de 15 dias de sua assinatura; Art. 23, IV (Dec. 44.914/2008)

contendo o nome do supervisor e do responsável pela boa gestão dos recursos por
parte da OSCIP.

3 Publicação do extrato dos termos aditivos, no Órgão Oficial de Imprensa de MG:


Art. 23, IV (Dec. 44.914/2008)
no prazo máximo de 15 dias de sua assinatura.

4 O OEP efetuou os repasses conforme cronograma de desembolso previsto no TP. Art. 23, III (Dec. 44.914/2008)

5 Publicação, no Órgão Oficial de Imprensa de MG, de ato do dirigente máximo do


OEP, contendo, no mínimo, os seguintes integrantes da Comissão de Avaliação:

Um supervisor indicado pelo órgão estatal parceiro;

Um membro indicado pela SEPLAG;


Art. 14, § 1º (Lei 14.870/2003) e
Um membro indicado pela OSCIP; Art. 44, I a VI (Dec. 44.914/2008)

Um membro indicado pelo Conselho de Política Pública da área de atuação


correspondente, quando houver.

um membro indicado por cada interveniente, quando houver;

Um especialista da área não integrante da administração estadual.


ITEM PROCEDIMENTOS/DOCUMENTOS – VERIFICAR: BASE LEGAL S N N/A REF
6 Apresentação, pela OSCIP à CA, até 15 dias após o final do período avaliatório,
Relatório Gerencial contendo os seguintes documentos:

Comparativo entre as metas propostas e os resultados alcançados e as justificativas Art. 45, § 2º I a III
acerca do eventual não-cumprimento; (Dec. 44.914/2008)

Demonstrativo integral da receita e despesa realizadas na execução do termo;

Comprovantes de regularidade trabalhista e previdenciária.


7 Assinatura do supervisor no Relatório Gerencial final, atestando a veracidade e a
Art. 45, § 3º (Dec. 44.914/2008)
fidedignidade das informações prestadas.

8 Elaboração, por parte da comissão de avaliação, após cada reunião avaliatória, de


relatório conclusivo sobre os resultados obtidos no período, contendo sua avaliação das
Art. 46 (Dec. 44.914/2008)
justificativas apresentadas pela OSCIP, suas recomendações, suas críticas e sugestões
de alterações.

9 Encaminhamento, por parte da comissão de avaliação, de relatório conclusivo ao


Art. 47 (Dec. 44.914/2008)
dirigente máximo do OEP.

10 Existência de prestação de contas anual efetuada pela OSCIP ao Poder Público,


Art. 62, I a IX (Dec. 44.914/2008)
contendo os seguintes documentos:
Relatório gerencial de execução de atividades;
Demonstração dos resultados do exercício;
Balanço patrimonial;
Demonstração das origens e aplicações de recursos;
Demonstração das mutações do patrimônio social;
Notas explicativas das demonstrações contábeis, caso necessário;
ITEM PROCEDIMENTOS/DOCUMENTOS – VERIFICAR: BASE LEGAL S N N/A REF
Fluxo de caixa consolidado, demonstrando integralmente as receitas e despesas
efetivamente realizadas na execução, em regime de caixa e de competência;
Relatório de execução orçamentária em nível analítico;
Extrato da execução física e financeira, no órgão oficial de imprensa dos Poderes
do Estado;
Inventário geral dos bens.
11 Realização de auditoria externa independente para a verificação da aplicação dos
recursos nos TP cujo valor anual seja igual ou superior a R$ 600.000,00:
Art. 50 (Dec. 44.914/2008)
por pessoa jurídica credenciada pela AUGE;
a pelo menos a cada 12 meses.
12 Publicação na imprensa oficial do Estado, por parte do órgão estatal parceiro, de
extrato da execução física e financeira do termo, no prazo máximo de 80 dias após o Art. 62, § 5º (Dec. 44.914/2008)
término de cada exercício financeiro.

13 Existência de parecer do OEP aprovando a prestação de contas ou solicitando correções


e esclarecimentos à OSCIP, emitido após 30 dias do recebimento da documentação da Art. 62, § 3º (Dec. 44.914/2008)
OSCIP.

14 Existência de permissão de uso no caso de bens públicos cedidos durante a vigência do


Art. 56, § 1º (Dec. 44.914/2008)
termo de parceria.

15 Existência de prévia avaliação de bens móveis e expressa autorização do Poder Público Art. 19, parágrafo único
no caso de permuta de bens. (Lei 14.870/2003)

16 Presença de cláusula de inalienabilidade e afetação às atividades e aos objetivos sociais


Art. 18, § 2º (Lei 14.870/2003)
da OSCIP no caso de bens imóveis adquiridos pelo termo.
17 Atendimento, no caso de cessão de servidor público, aos seguintes quesitos:

Anuência do servidor; Art. 20 (Lei 14.870/2003)


Ato do dirigente máximo do órgão estatal parceiro, no caso de cessão durante a
Art. 27, § 1º (Dec. 43.749/2004)
vigência do termo, publicado e informado à SEPLAG;
Não pagamento ao servidor cedido de vantagem pecuniária permanente com
Art. 20, § 2º (Lei 14.870/2003) e
recursos provenientes do TP, salvo em exercício de função temporária de direção e
Art. 58, § 4º (Dec. 44.914/2008)
assessoramento;
Supressão de pagamento de prêmio concedido a título de produtividade ou trabalho
Art. 58, § 2º (Dec. 44.914/2008)
desenvolvido em condições especiais pelo órgão (ou entidade) de origem;
Não ocorrência de necessidade de reposição de servidor no órgão ou entidade de Art. 20, § 5º (Lei 14.870/2003) e
origem; Art. 58, § 7º (Dec. 44.914/2008)
Apresentação mensal de comprovante de freqüência enviado pela OSCIP ao órgão
Art. 58, § 3º (Dec. 44.914/2008)
(ou entidade), no caso de servidor com ônus para órgão de origem;
Não ocupação, por parte de agente público, de cargo de direção da OSCIP,
Art. 58, § 8º (Dec. 44.914/2008)
excetuando-se os cedidos;
Não existência de servidores cedidos que estejam em estágio probatório, ou
ocupem cargo de provimento em comissão ou função gratificada ou estejam Art. 58, § 10 (Dec. 44.914/2008)
respondendo processo administrativo ou disciplinar.
18 Existência de parecer emitido pelo conselho fiscal ou órgão equivalente sobre
Art. 5º, Inc. IV (Lei 14.870/2003)
relatórios de desempenho financeiro e contábil e sobre as operações patrimoniais.

19 Participação de servidor público ou ocupante de função pública na composição de


conselho da OSCIP, sob condição de não percepção de remuneração ou subsídio de Art. 5º, § 1º (Lei 14.870/2003)
qualquer título.

20 Movimentação de recursos do TP em conta bancária única e exclusiva. Art. 22, IX (Dec. 44.914/2008)

21 Obediência ao cronograma de desembolso previsto no TP, no tocante à liberação de


Art. 23, III (Dec. 44.914/2008)
recursos para a OSCIP, por parte do OEP.
22 Publicação, em jornal de grande circulação, de regulamento de compras e contratações, Art. 17 (Lei 14.870/2003) e
no prazo máximo de dez dias contados da assinatura do TP. Art. 22, VI (Dec. 44.914/2008)

23 Disponibilização pela OSCIP, em seu sítio eletrônico, de seu estatuto, certificado de


qualificação como OSCIP Estadual, do conteúdo doTermo de Parceria, na íntegra, e de
seus aditamentos, bem como de todos os Relatórios Gerenciais com demonstrativos Art. 22, XI (Dec. 44.914/2008)
financeiros consolidados, e dos Relatórios da CA, no prazo de 15 dias após a
formalização dos referidos documentos.

24 Disponibilização pelo OEP, em seu sítio eletrônico, do conteúdo doTermo de Parceria,


na íntegra, e de seus aditamentos, bem como de todos os Relatórios Gerenciais e da CA Art. 23, IX (Dec. 44.914/2008)
no prazo de 15 dias da assinatura dos referidos documentos.

25 Disponibilização pelo OEP, em seu sítio eletrônico, do conteúdo doTermo de Parceria,


na íntegra, e deseus aditamentos, bem como de todos os Relatórios Gerenciais e da CA, Art. 24, III (Dec. 44.914/2008)
no prazo de 15 dias da assinatura dos referidos documentos.

26 Existência de regulamento interno, elaborado pela OSCIP, contendo normas para


Art. 22, XVII (Dec. 44.914/2008)
concessão de diárias e procedimentos de reembolso.

27 Publicação de ato do dirigente máximo do OEP, contendo o nome de um integrante da


Art. 23, parágrafo único
Assessoria Jurídica e outro da área de Contabilidade e Finanças, para assessorarem o
(Dec. 44.914/2008)
Supervisor no acompanhamento e fiscalização do TP
APÊNDICE D CHECKLIST – REGULAMENTO DE COMPRAS (RC)

DADOS BÁSICOS DO TERMO

Órgão Parceiro: CNPJ:


OSCIP: CNPJ:
Órgãos Intervenientes:
Número do Termo de Parceria:
Objeto:
Data de assinatura do RC:
Data de publicação do extrato do RC:
Signatário do RC:

ALTERAÇÕES DO RC
Data Data
Nº Objeto Signatário
Assinatura Publicação
Base
Item 1
Procedimentos/Documentos – Verificar: 2 Normativa – S N N/A REF
RC3
1

10...

Notas:
(1) Numeração seqüencial;
(2) Descrição sintética do dispositivo do regulamento de compras a ser verificado na análise da conformidade de sua aplicação;
(3) Referência à alínea, inciso, parágrafo e artigo, conforme dispositivo descrito.
APÊNDICE E MATRIZ REGULAMENTO DE COMPRAS

Processo
TOTAL
Item
01
02
03
04
05
06
...

TOTAL

Orientações de preenchimento:
a) A primeira linha da matriz deve ser preenchida com o número de cada processo analisado pelo auditor. Este número é aquele utilizado pela OSCIP
na sua rotina de compra/contratação de serviços;
b) A primeira coluna refere-se aos itens expressos no checklist do regulamento de compras elaborado pelo auditor. Neste caso, deve-se utilizar a
mesma numeração seqüencial do checklist em questão;
c) A coluna denominada “Total” representa os totais de ocorrência de inconformidade em cada item do checklist, permitindo ao auditor concluir pela
incidência de irregularidade pontual ou sistêmica;
d) A linha denominada “Total” representa o número de ocorrência de inconformidades por processo, permitindo visualizar a amplitude de
irregularidade de um processo;
e) O preenchimento das células da matriz obedece ao mesmo critério do checklist, ou seja, S para adequação, N para inadequação e N/A para não
aplicável.
APÊNDICE F – MODELO DE NOTA TÉCNICA REFERENTE A
CELEBRAÇÃO DE TERMO DE PARCERIA

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APÊNDICE G – MODELO DE NOTA TÉCNICA REFERENTE A
CELEBRAÇÃO DE TERMO ADITIVO

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Quando o Termo Aditivo implicar aumento de despesas, o auditor deverá apontar nesta parte da
NT a existência de justificativa e sua pertinência.

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Nesta parte da Nota Técnica, o auditor deverá apontar, em relação à execução do Termo no
período anterior, as metas não atingidas, suas justificativas e seu acatamento pela Comissão de
Avaliação, opinando sobre sua pertinência.

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$ = F

Nesta parte da Nota Técnica, o auditor deverá apontar, em relação à execução do Termo no
período anterior, as ações não cumpridas, suas justificativas e seu acatamento pela Comissão de
Avaliação, opinando sobre sua pertinência.

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APÊNDICE H – MODELO DE RELATÓRIO DE AUDITORIA DE TERMO
DE PARCERIA

RELATÓRIO DE AUDITORIA N. [inserir nº. conforme Instrução Normativa 01/2003 SCAO-


AUGE]

Em atendimento à solicitação do [inserir órgão ou entidade solicitante], procedemos à auditoria do


Termo de Parceria celebrado entre o [inserir nome e sigla do órgão ou entidade estatal parceiro(a)] e
a [inserir nome, sigla e endereço da OSCIP].
Nossos exames foram realizados consoante normas e procedimentos de auditoria, incluindo,
conseqüentemente, provas em registros e documentos correspondentes na extensão julgada necessária,
segundo as circunstâncias, à obtenção das evidências dos elementos de convicção sobre as ocorrências
detectadas.

1 – OBJETO

Os trabalhos realizados pela [Superintendência Central de Auditoria de Gestão – SCAG] e/ou pela
[Superintendência Central de Auditoria Operacional – SCAO] tiveram como objetivo o desempenho
da gestão e/ou a conformidade dos procedimentos administrativos da [inserir sigla da OSCIP] frente
ao Termo de Parceria – TP celebrado com [inserir sigla do órgão ou entidade estatal parceiro(a)],
nos seguintes aspectos:
Efetividade da gestão;
Análise dos indicadores;
Análise das ações estruturantes;
Adequação à legislação vigente;
Situação dos servidores cedidos;
Situação dos bens patrimoniais;
Adequação dos processos de compra;
Realização da receita; e
Execução da despesa.

Selecionar e escrever apenas os aspectos que foram abordados no trabalho de auditoria.

2 – METODOLOGIA

Considerando a natureza dos serviços, nossos exames foram realizados a partir das seguintes técnicas
de auditoria:
Análise documental;
Observação in loco;
Entrevista;
Questionário;
Circularização;
Conferência de cálculos;
Exame físico; e
Amostragem.

Selecionar e escrever apenas as técnicas que foram aplicadas no trabalho de auditoria.

No processo de auditoria, avaliaram-se os seguintes documentos:

[relacionar documentos utilizados no trabalho de auditoria].

3 – LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

Lei estadual n. 14.870, de 16 de dezembro de 2003 e suas alterações.


Decreto n. 44.914, de 3 de outubro de 2008.

4 – SÍNTESE DO TERMO DE PARCERIA

Quadro 1
[nº. de] indicadores
Atributos
[nº. de] ações estruturantes
Vigência [inserir mês e ano de início] até [inserir mês e ano de término]
Período Auditado [inserir mês e ano de início] até [inserir mês e ano de término]

Quadro 2 [quando houver]


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Neste item, deverá ser informado, também, os nomes dos membros da Comissão de Avaliação e
do supervisor do TP.

5 - AUDITORIA DE GESTÃO

5.1 INDICADORES
Situação Geral dos Indicadores

Situação Encontrada
Nome do Indicador
[inserir conforme a situação:
Meta Cumprida, Meta em
Andamento, Meta não
Cumprida]

5.1.1 [Inserir nome do indicador]

Quadro [nº. conforme ordem seqüencial do texto]


SÍNTESE DO INDICADOR ANALISADO
INDICADOR META META PERCENTUAL
PESO
DESCRIÇÃO ACORDADA ATINGIDA ALCANÇADO
[conforme [conforme [conforme [meta atingida /
[Inserir detalhamento da descrição do
programa de programa de relatório meta acordada *
indicador]
trabalho] trabalho] gerencial] 100]

Neste momento, o auditor deverá expor, caso entenda como relevante para o entendimento do
indicador e dos resultados apresentados, algumas considerações, tais como definições utilizadas
para termos da descrição, a forma de levantamento dos dados apurados, a análise da
documentação comprobatória e sua relação com o objetivo geral do termo. Cabe, ainda, ao
auditor verificar, comparativamente, a evolução do indicador ao longo do tempo, com base nas
avaliações da Comissão de Avaliação.

Constatações
[inserir constatações];

Inconformidades

[inserir inconformidades];

Recomendações

[inserir recomendações];

5.2 AÇÕES ESTRUTURANTES


Situação Geral das Ações Estruturantes

Situação Encontrada
Nome da Ação Estruturante
[inserir conforme a situação:
Ação Cumprida, Ação em
Andamento, Ação não
Cumprida]

5.2.1 [Inserir nome da ação estruturante]


Neste momento, o auditor deverá expor, caso entenda como relevante para o entendimento da
ação estruturante e de sua realização, algumas considerações, tais como os esclarecimentos
sobre seus objetivos, a análise da documentação comprobatória e sua relação com o objetivo
geral do termo.

Constatações

[inserir constatações];

Inconformidades

[inserir inconformidades];

Recomendações

[inserir recomendações];

5.3 ANÁLISE COMPARATIVA – EFETIVIDADE DA GESTÃO

Por se tratar de uma análise não padronizada entre um termo de parceria e outra forma de
execução, o auditor possui autonomia na redação desta parte do relatório. No entanto, como regra
geral, a análise comparativa decorre de pesquisa junto a um público específico, por meio de
questionário ou entrevista. Sendo assim, é necessário citar qual a população pesquisada, o tamanho
da amostra calculada, a margem de erro e a forma de cálculo desta amostra. Como forma de
melhor visualização dos resultados decorrentes da pesquisa, poderão ser inseridos gráficos e/ou
tabelas, no texto do relatório ou em anexo.

6 – AUDITORIA OPERACIONAL
6.1 ADEQUAÇÃO À LEGISLAÇÃO

Constatações

[inserir constatações];

Inconformidades

[inserir inconformidades];

Recomendações

[inserir recomendações];

6.2 REGULAMENTO DE COMPRAS

O Regulamento de Compras - RC, objeto avaliado nesta auditoria, foi emitido em [inserir dia, mês e
ano] e publicado, no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais, em [inserir dia, mês e ano].
A análise do RC, para fins de avaliação da conformidade de seu cumprimento, ocorreu com base na
amostra de [inserir nº. de processos de compra analisados] processos de compra do total de [inserir o
nº. total de processos de compra realizados], escolhidos aleatoriamente, referentes ao período de
[inserir mês] a [inserir mês] de [inserir ano].

Neste momento, o auditor ainda deverá justificar a escolha do período analisado.

Com base em checklist previamente elaborado, foram observados o procedimento de compra, a


sistemática de contratação e as etapas formais de recebimento e pagamento, previstos no RC.

Constatações

[inserir constatações];

Inconformidades

[inserir inconformidades];

Recomendações
[inserir recomendações];

6.3 SERVIDORES CEDIDOS

Constatações

[inserir constatações];

Inconformidades

[inserir inconformidades];

Recomendações

[inserir recomendações];

6.4 PATRIMÔNIO

Constatações

[inserir constatações];

Inconformidades

[inserir inconformidades];

Recomendações

[inserir recomendações];

6.5 REALIZAÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA

6.5.1 Da Receita

Constatações
[inserir constatações];

Inconformidades

[inserir inconformidades];

Recomendações

[inserir recomendações];

6.5.2 Da Despesa

Constatações

[inserir constatações];

Inconformidades

[inserir inconformidades];

Recomendações

[inserir recomendações];

6.6 ANÁLISE COMPARATIVA

A análise comparativa, no tocante à auditoria operacional, busca medir a eficiência na execução


do TP em diversos aspectos e em múltiplas relações:
a) aspectos: análise da receita e da despesa, gestão do patrimônio, celeridade dos processos,
resolução de inconformidades, economicidade nas compras, entre outros;
b) relações: entre períodos diferentes da mesma OSCIP, entre OSCIPs que desempenharam o
mesmo objeto, entre OSCIP e o Estado quando executor da atividade do TP, entre outras.
No corpo do relatório, o auditor deverá justificar a escolha dos aspectos comparados e as
relações escolhidas.

7 – CONCLUSÃO

Durante o período de [inserir período de realização dos trabalhos de auditoria], foi realizada
auditoria da execução do Termo de Parceria celebrado entre o(a) [inserir nome da OSCIP] e (o)a
[inserir nome do órgão ou entidade estatal parceiro(a)], sendo o(a) [inserir nome do órgão
interveniente,quando houver] interveniente.
Desde sua assinatura, em [inserir dia, mês e ano de assinatura do TP], o Termo inicial foi alterado
por [inserir nº. de termos aditivos assinados, se houver] Termos Aditivos e contou com [inserir nº. de
avaliações realizadas] avaliações trimestrais [ou semestrais, conforme o TP] pela Comissão de
Acompanhamento e Avaliação, cujas pontuações foram [inserir pontuação alcançada em cada
avaliação], respectivamente.

Das análises procedidas, pôde-se inferir:

Neste momento, o auditor deverá destacar, de forma sintética, os aspectos mais críticos decorrentes
dos trabalhos de auditoria que comprometem o melhor desempenho do Termo de Parceria. Em caso
de desempenho satisfatório, o auditor deve apontar os elementos que contribuíram para este
resultado. Na seqüência, também deverá destacar as recomendações mais relevantes para a
mitigação dos problemas apontados.

Para o fechamento do relatório, o auditor poderá optar, conforme o resultado apurado, por uma das
três conclusões seguintes:

(1) Considerando os resultados apresentados por esta auditoria, concluímos que o(a) [inserir nome da
OSCIP] tem desempenhado seus trabalhos alinhados com o objeto do Termo, cumprindo
satisfatoriamente as metas estabelecidas, com regularidade na alocação dos recursos públicos
recebidos. [ou]
(2) Considerando as inconformidades levantadas, entendemos que a continuidade e o melhor
desempenho da execução do Termo de Parceria dependerão da implementação, por parte do(a)
[inserir nome da OSCIP], das recomendações sugeridas e de um melhor monitoramento pelo(a)
[inserir nome do órgão ou entidade estatal parceiro(a)], de forma a evitar o risco futuro de
interrupção da parceria. [ou]
(3) Considerando a ocorrência de inconformidades de forma sistemática e de alto impacto sobre os
resultados da parceria, concluímos que o(a) [inserir nome do órgão ou entidade estatal parceiro(a)]
deve avaliar a continuidade ou rescisão do Termo, tendo em vista o risco da alocação de recursos
públicos dissociados dos objetivos originais da parceria.

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Auditor-Geral do Estado
APÊNDICE I - FLUXOGRAMA DE PROCESSO DE AUDITORIA DE OSCIP

INICIO

DCACG recebe
solicitação de auditoria

Celebração
ou NÃO PLANEJA
Aditamento AUDITORIA
?

Define Plano de
SIM Auditoria 1

Verifica confo rmidade AG AO


legal (AO)

So licita documentação
Analisa previsão de Realiza procedimentos NÃO Há NT2 cumprimento
receita/despesa (AO) AG ref. Celeb./Adt. Cel/Adt? exigên cia legal

SIM Solicita Regulamento


de Compras
Aditamen SIM
to? Solicita RE e RA

Prepara análise de
Realização Receita
NÃO
Define Ind. e Ações
Estrut. a auditar
Verifica existência Prepara análise de
física da OSCIP (AO) Execução da Despesa

A2 A3
A A1
A A1 A2 A3

Estuda processos da Prepara verificação de


Verifica SINFO OSCIP cessão de servidor
Fin./Patr. (AO)

Define documentação Prepara verificação de


Verifica adequação do comprobat. a solicitar situação patrimonial
objeto ao TP (AG)

Verifica viabilidade de
análise comparativa
Analisa Indicadores e
Metas (AG)

NÃO Análise
Analisa Ações viável?
Estruturantes (AG)

SIM

Verifica capacidade Define procedimentos


operacional (AG) a aplicar

Aditamen SIM Verifica cumprimento Planej. SIM EXECUTA


to? de metas (AG) Adequado AUDITORIA
?
AG AO3
NÃO
Analisa justificativas NÃO
não cumprim. (AG) Solicita documentação Aplica checklist –
Revisa planejamento
comprobatória de ANEXO C –
cumprimento de metas Verificação da
Analisa aceite da CA e ações estruturantes exigência legal
por meio do RA (AG)

B2 B3
B B1
B B1 B2 B3

Verifica cumprimento Aplica checklist –


Analisa recursos de metas e ações estr. ANEXO D –
adicionais (AG) Verificação Regulam.
de Compras

Emite Nota Técnica NÃO Existe RA


da CA? Analisa realização da
Receita

FIM
Analisa execução da
SIM
Despesa
Analisa conformidade
da pontuação Aplica checklist –
ANEXO C item 12 –
Verificação cessão de
Analisa aceite das servidor
justificativas

Elabora4 Aplica checklist –


recomendações e ANEXO C itens 9 a
sugestões de melhoria 11 – Verificação
Situação Patrimonial

Haverá
NÃO Avaliação
comparativa
?

SIM

C C1 C2
C C1 C2

Define amostra

Aplica procedimentos

Tabula os dados

Gera gráficos

Emite Relatório de
Auditoria e Sumário
Executivo

FIM

OBS.: AO = Auditoria Operacional


AG = Auditoria de Gestão

NOTAS: 1 – Plano global, conforme item 3.2 do manual.


2 – NT (ou Relatório de Auditoria) proveniente da SCAG.
3 – Não é necessário seguir o fluxo do processo na ordem em que se apresenta, os trabalhos podem ser realizados em ordem diversa, ou mesmo, simultaneamente.
4 – Via de regra, além de elaborar, deve-se apresentar as recomendações e sugestões de melhoria simultaneamente à execução da auditoria, objetivando maior efetividade da auditoria.
Nesse caso, é importante documentar as melhorias provenientes de recomendações do auditor, por meio de documentação comprobatória e declaração do auditado.
ANEXO A
TAMANHO DE AMOSTRA – FÓRMULA DE CÁLCULO 2

N x n° 1
n = em que n° =
N + n° Eo²

n = Tamanho da amostra.
N = Tamanho da população.
n° = Primeira aproximação para o tamanho da amostra.
Eo = Erro amostral tolerável (Sugestão: 5%)

ANEXO B
INDICADOR DE APLICAÇÃO DO REGULAMENTO DE COMPRAS – ARC
FÓRMULA DE CÁLCULO

ARC = [ 1 - ( OI / IA )] x 100

OI = Total das ocorrências de inconformidades apuradas na matriz do regulamento de compras,


decorrentes dos processos de compras/contratação de serviços selecionados;
IA = Somatório dos itens aplicáveis por processo de compra/contratação de serviços selecionados.

ANEXO C
INDICADOR “SUSTENTABILIDADE DA ORGANIZAÇÃO – SO”
FÓRMULA DE CÁLCULO

SO = (RDA/DT) x 100

RDA = Receita diretamente arrecadada. Refere-se a todo recurso captado pela OSCIP, exceto os repasses
do termo de parceria;
DT = Despesa total do período analisado

2
BARBETTA, Pedro Alberto. Estatística aplicada às ciências sociais. 4° ed. Florianópolis: Ed. UFSC, 2001.

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