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3 AUDITORIA ....................................................................................................... 18
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 47
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1 AUDITORIA: CONCEITO
Fonte:www.pt.dreamstime.com
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Dentre as ferramentas que se destacam nesse novo cenário administrativo, a
auditoria tem papel relevante, fornecendo aos seus usuários segurança e controle
sobre o patrimônio das empresas.
Nesse trabalho objetivou-se realizar um estudo da importância da auditoria para
as instituições e também demonstrar os benefícios reais que a auditoria oferece as
organizações.
A auditoria é uma atividade relativamente nova no Brasil, onde em termos de
técnicas, as legislações especificas brasileiras vêm abordando superficialmente o
assunto, sem definir de forma clara e precisa os procedimentos que os profissionais
da área deveriam adotar por ocasião das auditorias das demonstrações financeiras e
auditorias realizadas nas empresas públicas. De forma bastante simples, pode se
definir auditoria como levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações,
procedimentos, e demonstrações de uma entidade.
A auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, com o
propósito para obtenção de informações e confirmações, internas e externas,
relacionadas com o controle do patrimônio, mensurando a exatidão desses registros
e das demonstrações contábeis.
O objetivo do exame das demonstrações financeiras é expressar uma opinião
sobre a propriedade da mesma, assegurando que elas representem adequadamente
a posição patrimonial e financeira. Onde deve ser efetuado de acordo com as normas
usuais de auditoria, inclusive quanto às provas nos registros contábeis e aos
procedimentos de auditoria julgados necessários.
Dessa forma pode ser descrito resumidamente como processo pelo qual o
auditor se certificar da veracidade das demonstrações financeiras preparadas pela
companhia auditada.
O documento utilizado pela auditoria é o conjunto de todos os elementos de
controle do patrimônio administrado, que compreende registros contábeis, papeis
documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem legitimidade dos atos da
administração. Pode a auditoria basear-se em informações obtidas fora da empresa,
tais como relativas à confirmação de contas de terceiros e de saldos bancários, por
exemplo, sendo elas fontes externas que geralmente oferecem melhores
características de credibilidade do que aquelas obtidas dentro da própria entidade
auditada.
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Ao examinar um conjunto de demonstrações contábeis, o primeiro problema
que o auditor enfrenta é o de determinar exatamente o que o conjunto de
demonstrações contábeis pode representar, o auditor deve ser contador bastante
competente, a fim de poder ler as demonstrações contábeis com suficiente
compreensão e habilidade.
A responsabilidade deste trabalho é de total independência, inclusive a
possibilidade de o auditor responder com seus bens pessoais, caso seja acionado por
causar prejuízos a terceiros em razão da não correspondência dos números
certificados da sociedade auditada com a realidade, outro aspecto a ser ressaltado é
o código de ética que rege seus trabalhos, onde é prevista a confidencialidade sobre
informações obtidas durante seu trabalho.
2 EVOLUÇÃO DA AUDITORIA
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Fonte:www.caravellecontabil.com.br
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A auditoria externa de acordo com Attie (2010, p. 5), é ―uma especialização
contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com
o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado.
A auditoria gera vantagens e benefícios para a organização, segundo Oliveira
et al. (2008, p. 8), os benefícios são inegáveis, os gastos com auditorias devem ser
vistos como investimento de grande retorno para a organização, pois é de caráter
preventivo contra possíveis atos lesivos ao patrimônio e imagem da empresa, e
compreende-se que as empresas que são submetidas a auditoria externa contábil, é
de valia a atividade de auditoria interna, pois esta contempla o acompanhamento e
auxílio.
A auditoria interna, com esta denominação específica é uma atividade
relativamente nova. Elucida Crepaldi (2010), que a partir de 1941 é que a auditoria
interna começou a difundir-se, principalmente, entre empresas americanas. Neste
período, foi criado por 24 auditores internos em Nova York o The Institute of Internal
Auditors (THE IIA), que escolheram como lema progress through sharing, em tradução
livre, significa: progresso pelo intercâmbio5. No Brasil, este lema foi adotado em 1967
pelo Instituto dos Auditores Internos do Brasil.
Boynton, Johnson e Kell (2002, p. 932) expõem que conforme o The Institute
of Internal Auditors (THE IIA) a: Auditoria interna é uma atividade independente, de
fornecimento de segurança objetiva e de consultoria que visa acrescentar valor a uma
organização e melhorar suas operações. Trazendo para a organização uma
abordagem sistemática e disciplinada par a avaliação e melhora da eficácia de seus
processos de gerenciamento de risco, controle e governança, ajuda-a a atingir seus
objetivos. Sendo assim, a função de auditoria tem um papel de relevância nas
empresas, pois suas atividades cercam-se de vários procedimentos que dão
confiabilidade às informações. À medida que ocorrem mudanças, são
consequentemente necessários novos controles. Com estes fatores surge a
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necessidade de se ter um auditor interno capacitado para executar suas atividades
dentro da empresa.
Corrobora Crepaldi (2010, p. 29), ao exigido do auditor interno: As
responsabilidades da auditoria interna, na organização, devem ser claramente
determinadas pelas políticas da empresa. A autoridade correspondente deve propiciar
ao auditor interno livre acesso a todos os registros, propriedades e pessoal da
empresa que possam vir a ter importância para o assunto em exame. O auditor interno
deve sentir-se à vontade para revisar e avaliar diretrizes, planos procedimentos e
registros.
De acordo com Macedo (2009), o auditor interno em seu perfil deve possuir
uma visão sistêmica, seja ela do negócio ou do cenário o qual está inserida,
capacidade de síntese, objetivo, inspirar confiança, proativo, imparcial, persistente,
liderança, e acima de tudo ser ético e íntegro. Sua presença remete a imagem de que
são os olhos da administração auditando controle e processos, tornando-se uma
ferramenta importante para o controle administrativo, pois propícia uma auditoria
contínua, e maior segurança ao funcionamento correto das transações de uma
empresa. Conceitua Crepaldi (2010, p. 29) que a auditoria interna ―[...] presta ajuda
à administração, com vistas à possibilidade de eliminar inconvenientes ao
desempenho da gestão.
A auditoria interna utiliza-se dos controles internos da empresa, revisa e
examina em maior profundidade e extensão, dando maior confiabilidade nas
informações. Retrata Almeida (2010), que não adianta a empresa implantar um
sistema de controle interno sem que haja a verificação periódica do cumprimento do
determinado, sendo atividade da auditoria interna verificar se os mesmos são
seguidos, avaliar a necessidade de melhorias ou implantação de novos controles e
processos.
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Fonte:www.farmaceuticas.com.br
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• Risco financeiro. Que decorre da opção por uma determinada estrutura
de passivos, que conduz a um nível de endividamento financeiro e à
necessidade de absorção dos custos fixos financeiros;
• Risco da empresa, que é a combinação do risco operacional com o risco
financeiro. (PADOVEZE, 2011, p. 53).
Fonte: www.insights.la
Fonte: slideplayer.com.br
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aprendizagem necessária para a utilização de sistemas de custeio mais complexos e
de alto custo de implantação.
A implantação de sistemas de custos no setor público requer uma abordagem
inter e multidisciplinar, abrangendo questões relativas à teoria mais atual sobre
administração pública, ciência política, teoria de sistemas e organizações;
As especificidades do setor público requerem a observância de fatores
políticos, institucionais e culturais.
Entre os inúmeros benefícios que a implantação e o uso contínuo de sistemas
de custos propiciariam para o setor público, poderiam ser destacados (SILVA, 1997;
ALONSO, 1998; MACHADO, 2005; HOLANDA, LATTMANN-WELTMAN,
GUIMARÃES, 2010):
O aperfeiçoamento da apreensão (captura) e delimitação dos valores que
contribuirão para o desenvolvimento dos diversos processos e atividades, resultando
nos custos dos vários serviços públicos disponibilizados;
O controle da economicidade das operações. O uso de um adequado
planejamento e acompanhamento das atividades, avaliando a eficácia das operações,
propiciará subsídio ao processo de tomada de decisões, com um efetivo controle de
custos, redução de desperdícios, entre outros;
A melhoria do processo de planejamento. Com o detalhamento dos custos por
centro de custos e a determinação dos custos totais de cada serviço disponibilizado,
o orçamento seria muito melhor utilizado;
O dimensionamento e redução da capacidade ociosa, através da identificação
da capacidade total e do grau de utilização desta pelo órgão ou unidade analisado;
A consequente racionalização dos custos, otimizando a aplicação dos recursos
públicos;
A avaliação, simulação e análise de alternativas, visando otimizar os processos
e atividades de elaboração dos serviços públicos.
Na atualidade, para manterem-se no mercado competitivo, as instituições têm
que aprender a associar baixos custos com excelência de qualidade para os seus
clientes. Consequentemente, as instituições de cuidados de saúde têm sido
compelidas a se organizarem como empresa desenvolvendo visão de negócio para
sobreviverem a estas mudanças no mercado. Esta tendência mundial tem exigido dos
profissionais envolvidos habilidade na análise de custos para a prestação de serviços
de saúde (BICHANGA, 2000).
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A auditoria tem surgido como uma ferramenta importante para mensuração da
qualidade (Auditoria de cuidados) e custos (Auditoria de custos) das instituições de
saúde (GOTO, 2001).
A auditoria pode ser desenvolvida em vários setores da saúde e por diferentes
profissionais; destacam-se entre eles, a auditoria médica e auditoria de enfermagem.
Ambas, dispõem de áreas específicas de atuação, sendo que a característica do
serviço em saúde definirá o papel do auditor, e lembrando que seus objetivos são
sempre os mesmos, ou seja, garantir a qualidade no atendimento ao cliente, evitar
desperdícios e auxiliar no controle dos custos (PAIM e CICONELLI 2010).
Segundo Rodrigues, Perroca, Jerico (2004), anotação de enfermagem é um
dos principais instrumentos de apoio para a análise das contas hospitalares na
Auditoria.
As anotações de enfermagem devem: ―registrar as condições do paciente‖ e
sua atividade; transmitir informações acerca do paciente; prover uma base de
integração e continuidade do plano total de cuidados; mostrar que as prescrições
médicas foram cumpridas com relação à medicação e ao tratamento. As anotações
efetuadas pela enfermagem consistem no mais importante instrumento de prova de
qualidade da atuação da enfermagem e mediante o fato enunciado de que 50% das
informações inerentes ao cuidado do cliente são fornecidas pela enfermagem, é
indiscutível a necessidade de anotação (registros) adequados e frequentes no
prontuário do cliente (CIANCIARULLO, GUALDA, MELLEIRO, ANABUKI, 2008).
A anotação de enfermagem deve relatar o estado geral do paciente, bem como
os cuidados e as intercorrências que venham acontecer no período (CIANCIARULLO,
GUALDA, MELLEIRO, ANABUKI, 2008).
Para a ANVISA (2000) o fundamental é manter registrados todos os
atendimentos realizados aos pacientes no prontuário.
Segundo Motta (2003), boa parte das glosas é justificada por ausência de
anotações; principalmente ações de enfermagem. As ações de Enfermagem são
melhores delineadas quando sistematizadas. O processo de sistematização da
assistência da enfermagem facilita a mensuração das ações e ele é um instrumento
para a auditoria de contas hospitalar cenário atual identifica-se que dentro do processo
de auditoria de contas hospitalares a auditoria hospitalar deve ser preventiva, ou seja,
pela orientação numa linguagem única realizada pelo serviço de auditoria os
profissionais assistirão o paciente com qualidade, com economia e redução de custos.
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As ausências de informações nas anotações efetuadas no prontuário são
frequentes; quando não se tem problemas de compreensão da letra, com isso o índice
de glosas tem sido significativo, aumentando assim as glosas efetuadas, levando a
um valor considerável a instituição (RODRIGUES, PERROCA e JERICÓ, 2004).
Os registros do prontuário do cliente são também utilizados para fins de
faturamento/cobrança, para auditoria interna ou externa, para obtenção de dados
estatísticos sobre as atividades realizadas e para análise institucional (TANJI,
DAHMER, OLIVEIRA e SILVA, 2004).
É de interesse de todos os envolvidos nos processos de análises de
faturamento, tanto do Hospital como do plano de saúde, que sejam anotadas, com
qualidades e exatidão, as informações no prontuário, pois através dela que serão
avaliados os procedimentos realizados entre outros itens, como materiais e
medicamentos. Repercutindo assim a estabilidade financeira nas instituições
(FRANCISCO, 1993).
É indispensável neste processo o pleno conhecimento da equipe, a
padronização do processo de trabalho com protocolos, a capacitação contínua e
sistematizada, reflexão sobre o conteúdo das informações e dos impressos para
anotação (FRANCISCO, 1993).
Diante deste contexto e da incipiente produção científica existente referente à
temática glosa e seu impacto econômico sobre as instituições de saúde justifica-se a
presente investigação a qual objetiva caracterizar os recursos de glosas com relação
a: prevalência ou pequena ocorrência, tipos de materiais glosados, justificativas, local
de ocorrência e custos.
A auditoria hospitalar deve ser preventiva, ou seja, pela orientação numa
linguagem única realizada pelo serviço de auditoria os profissionais assistirão o
paciente com qualidade, com economia e redução de custos (MOTTA, 2003).
A auditoria de contas hospitalares é um processo que vem sendo estabelecido
nas instituições de saúde como um todo, pois trata-se de uma ferramenta controladora
de custos e os profissionais da enfermagem, tem entendido essa questão e trabalhado
para contribuir, de forma que o fluxo e documentos utilizados, sejam adequados,
sendo um deles a anotação de enfermagem (MOTTA, 2003).
Em retrospectiva histórica sobre auditoria encontra-se que os primeiros
registros hospitalares foram encontrados no Antigo Egito, isso comprova que os
prontuários existem há cerca de dois mil anos (RIOLINO e KLIUKAS, 2003).
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Na Grécia Antiga encontraram-se traços de prontuários de hoje, mas foi
Hipócrates quem fez os primeiros registros sobre as doenças de seus pacientes no
ano de 460 antes de Cristo.
Fonte:www.narazzaquihf.com.br
3 AUDITORIA
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Muitas vezes, segundo Cossa (2010) o termo auditoria quase sempre foi
empregado de maneira incorreta, pois se considerava que se tratava de uma
avaliação cujo único fim seria detectar erros e assinalar falhas.
No entanto, segundo Cossa (2010, p. 15 apud CARNEIRO, 2004), o conceito
de auditoria é muito mais amplo, podendo ser referido como um exame crítico que tem
a finalidade de avaliar a eficácia e eficiência de um departamento ou uma instituição.
Pode ainda auditoria ser conceituada como um conjunto de procedimentos
aplicados sobre determinadas ações, objetivando verificar se elas foram ou são
realizadas em conformidade com normas, regras, orçamentos e objetivos. É o
confrontar a condição – situação encontrada – com o critério – situação que deve ser
(ARAÚJO, 1998).
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Diante de todas as mudanças ocorridas ao longo dos tempos, a administração
que hoje se conhece baseia-se em princípios básicos de administração, como
organização, planejamento, comando e controle.
Com a implantação do modelo gerencial há muito já adotado na administração
privada, a ação estatal passou a utilizar uma postura de adoção de serviços voltados
estritamente aos anseios do cidadão com uma maior transparência e ética nos
negócios públicos, tendo como propósitos o aumento da eficácia, eficiência e
efetividade da administração pública (PEREIRA, 2002).
Diante disso, o que se percebe atualmente é que a sociedade não aceita mais
a rotineira denúncia de desvios e facilitações por parte dos atores políticos. Torna-se
necessário, portanto, a consolidação do controle social como premissa básica da
democracia, bem como uma eficaz transparência e accountability na gestão pública.
Desse modo, conforme descrito por Platt Neto et al (2007) é notória a necessidade de
transparência das contas dos entes públicos, sendo esse um tema de relevante
importância social e gerencial.
Fonte: www.mrpauditoria.com.br
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O marco inicial para a divulgação das contas públicas do país na rede mundial
de computadores foi a publicação, em 16 de dezembro de 1998, da Lei nº 9.755 que
dispôs sobre a criação de homepage intitulada Contas Públicas
(www.contaspublicas.gov.br) na Internet, pelo Tribunal de Contas da União, para
divulgação dos dados e informações governamentais. Com o intuito de orientar os
órgãos abrangidos pela referida lei, o TCU editou a Instrução Normativa nº 28, de 05
de maio de 1999 e a Portaria nº 275, de 14 de dezembro de 2000.
Após quase uma década, foi instituída em 30 de junho de 2005, as homepages
Transparência Pública, com o advento do Decreto nº 5.482 que dispõe sobre a
divulgação de dados e informações pelos órgãos e entidades da administração pública
federal, por meio da Rede Mundial de Computadores – Internet e pela Portaria
Interministerial CGU/MPOG nº 140 de 16 de março de 2006 que disciplina a
divulgação de dados e informações pelos órgãos e entidades da Administração
Pública Federal, por meio da rede mundial de computadores – internet, e dá outras
providências.
A partir de então, os órgãos e entidades da administração pública federal ficam
obrigados a repassar informações detalhadas sobre sua execução orçamentária e
financeira, a fim de subsidiar a base de dados do referido portal.
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contas e responsabilidade corporativa, sendo esses também aplicáveis às entidades
públicas governamentais.
Em 04 de maio de 2000 houve a publicação da Lei Complementar nº 101, mais
comumente conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Entre outros
objetivos, a promulgação da LRF teve o intuito de estabelecer normas de finanças
públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, bem como de determinar
punições àqueles que a infrinjam por meio da edição da Lei nº 10.128, de 19 de
outubro de 2000. Os pilares básicos da LRF são a transparência, planejamento,
controle e responsabilização.
A referida lei apresenta, portanto, consonância com as Melhores Práticas de
Governança do IBGC, no tocante à necessidade legal de transparência e
responsabilização, alicerçado por controles eficazes, bem como o cumprimento das
normas emanadas, sob pena de punição aos administradores. No tocante ao termo
transparência, percebe-se os avanços advindos da referida lei, auxiliando assim, no
fortalecimento do controle social e consolidação da cidadania.
Conforme descrito no site, o IBGC é uma entidade cultural de âmbito nacional
sem fins lucrativos e o único órgão do país com foco no desenvolvimento das melhores
práticas de governança. O objetivo maior do IBGC é semear a transparência na gestão
das empresas, a equidade entre os sócios, a prestação de contas e a responsabilidade
corporativa.
Fonte: www.planetaeducacao.com.br
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Em qualquer segmento da economia, a expansão de atividades implica na
necessidade da presença de profissionais que garantam a observação aos controles
implantados e às rotinas de trabalho, e principalmente, que os demonstrativos
contábeis sejam merecedores de confiança.
Segundo Attie (1992, p.28) surge, pois, neste contexto, a Auditoria Interna, uma
função independente de avaliação, criada dentro da organização para examinar e
avaliar suas atividades, a qual propõe-se a auxiliar os membros da administração a
desincumbirem-se eficazmente de suas responsabilidades, por intermédio do
fornecimento de análises, avaliações, recomendações, assessoria e informações
relativas às atividades examinadas.
Nas grandes corporações da iniciativa privada, a auditoria interna é parte
integrante da organização e das funções, segundo as políticas traçadas pela
administração, cujas finalidade, autoridade e responsabilidade devem ser compatíveis
com as Normas para o Exercício Profissional da Auditoria Interna.
De acordo, ainda, com o referido autor, em síntese, pode-se dizer que a
auditoria interna tem por objetivo:
Examinar a integridade e fidedignidade das informações financeiras e
operacionais e os meios utilizados para aferir, localizar, classificar e
comunicar essas informações;
Examinar os sistemas estabelecidos, para certificar a observância às
políticas, planos, leis e regulamentos que tenham, ou possam ter,
impacto sobre operações e relatórios, e determinar se a organização
está em conformidade com as diretrizes;
Examinar os meio usados para a proteção dos ativos e, se necessário,
comprovar sua existência real;
Verificar se os recursos são empregados de maneira eficiente e
econômica;
Examinar operações e programas e verificar se os resultados são
compatíveis com os planos e se essas operações e esses programas
são executados de acordo com o que foi planejado; e
Comunicar o resultado do trabalho de auditoria e certificar que foram
tomadas as providências necessárias a respeito de suas descobertas.
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Finalmente, estabelece o autor que, para que a função da auditoria interna
encontre ressonância na organização, é preciso que esteja firmemente escorada, de
um lado, na aceitação dos administradores e, do outro lado, pela execução de um
serviço contínuo e imaginativo que possa fornecer à administração soluções objetivas
e tempestivas para os problemas.
O aspecto da aceitação da auditoria pelos administradores tem relevante
importância quando se aborda o papel do controle interno na administração pública.
Segundo MUSGRAVE & MUSGRAVE2, as atividades desempenhadas pelo
Estado não são muito suscetíveis à adoção de técnicas e procedimentos que almejem
a racionalização e de novas tecnologias que visem à diminuição de custos.
Observamos, sob essa ótica, que um fenômeno curioso vem ocorrendo após a
promulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal e que se acentuou após a Lei de
Crimes de Responsabilidade Fiscal: o movimento intenso por parte das
administrações em buscar no mercado profissionais que agreguem decisivamente
valor às suas necessidades de enquadramento às novas regras vigentes.
Tendo em vista a impossibilidade de expansão dos gastos além da capacidade
de autofinanciamento, os administradores parecem finalmente entender e aceitar a
importância da estruturação adequada dos controles internos de forma a garantir a
consecução dos objetivos almejados dentro do novo paradigma legal.
A contextualização dessas mudanças oferece um momento raro para que se
discuta sobre o papel a ser desempenhado pela auditoria interna no âmbito das
entidades governamentais e a importância que se lhe pode atribuir como uma das
especializações das Ciências Contábeis.
Lógico que tais alterações fazem por modificar a visão dos administradores
sobre o papel a ser desempenhado pela auditoria. A ela não poderá ser designada a
missão de apurar fatos passados. O contexto econômico-financeiro reservou à
auditoria interna posição relevante na gestão pública municipal, face às necessidades
de reestruturação dos controles internos.
Entretanto, há que se considerar um elemento muito importante para a
aceitação irrestrita da auditoria no âmbito dessas organizações: os custos relativos de
sua implantação.
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É muito comum, quando da instalação de controles na administração pública,
o desvirtuamento de sua finalidade principal, qual seja, auxiliar os membros da
administração a desincumbirem-se eficazmente de suas responsabilidades.
Geralmente, em função de divergências políticas, muito comuns na esfera
municipal, há casos de auditores internos que se desviaram desse objetivo, passando
a preocupar-se muito mais com a apuração de responsabilidades sobre fatos
passados do que com eventos futuros.
Sobre esse aspecto, no artigo intitulado Rethinking Internal Audits
(Repensando a Auditoria Interna), Anita Dennis descreve a experiência de um auditor
geral de uma empresa que, alterando a estratégia da auditoria de fatos passados para
presentes, agregou valor enquanto priorizava os controles.
Sob esse ponto de vista, parece-nos razoável que o auditor, quando da
celebração do contrato com uma entidade pública, faça nele constar o compromisso
da administração de que seus serviços basear-se-ão exclusivamente na estruturação
do controle interno e na prevenção de eventos futuros que possam vir a afetar o seu
desempenho, tanto a nível patrimonial, quanto operacional.
Não obstante, esta garantia, essencial para o desenvolvimento dos trabalhos,
constitui-se, também, em compromisso ético-profissional do auditor no sentido de
evitar que a entidade afaste-se de seus objetivos, o que a oneraria demasiadamente,
sem grandes benefícios para a atual administração.
Nesses casos, seria muito mais interessante deixar a apuração dessas
responsabilidades para as instâncias administrativas internas.
Com certeza, a delimitação das atividades a serem desempenhadas pelo
auditor interno a nível municipal, além de permitir que se concentre na busca de
soluções de impacto econômico-financeiro, não implicaria na elevação exagerada dos
custos do departamento de auditoria interna.
Em síntese, o foco da auditoria interna estaria na busca de alternativas voltadas
para a implantação e atualização dos controles, de modo a impedir a reincidência de
eventos que pudessem trazer danos ao patrimônio dessas entidades ou impedir-lhes
concentração absoluta na consecução dos seus objetivos.
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6 ÁREAS PROPÍCIAS À AUDITORIA INTERNA NA GESTÃO PÚBLICA
MUNICIPAL
Fonte: www.rvtenergia.com.br
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Cumpriria, então, a esse departamento, avocar a controle sobre essa atividade
com vistas à retomada do processo de planejamento, inclusive com vistas à
observância dos prazos legais, motivo, muitas vezes, da perda de mandato de muitos
governantes.
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6.5 Controle do Caixa Municipal
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7 AUDITORIA DA GESTÃO PÚBLICA: AUDITORIA DE ESTADO OU
GOVERNAMENTAL
Fonte: www.cwk.pt
Também pode ser utilizada a auditoria da gestão pública para avaliar se são
aproveitadas todas as oportunidades para serem eficientes, eficazes e econômicas,
com o objetivo de oferecer maior qualidade no serviço prestado e nos produtos
fabricados, de modo a satisfazer as necessidades dos cidadãos, como donos dos
recursos administrados e beneficiários dos produtos e serviços da administração
pública.
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Algumas perguntas têm favorecido o estudo e desenvolvimento da auditoria da
gestão pública:
1) Podem os funcionários e administradores públicos basear a tomada de
decisões nos relatórios e medições tradicionais?
2) São eficientes e efetivas as operações e processos da administração
pública?
3) Existe um adequado controle das operações?
4) São bons os produtos e serviços públicos? Satisfazem as necessidades para
as quais foram criados?
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pelas I.S.A.S. em: Bolívia (1977), Venezuela (1977), Peru (1996), Equador (1994),
Argentina (1993), Honduras e Panamá (1992).
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Nas auditorias internas são muitos importantes nos contextos organizacionais,
pois o auditor executa suas funções na administração e averiguação de todos os
procedimentos internos e políticas definidas pela empresa. Ou seja, por meio desta, é
possível perceber se os sistemas contábeis e de controles internos estão sendo
efetivos e realizados dentro de critérios.
Já a auditoria externa constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem
por objetivo a emissão do parecer sobre a adequação com que estes representam a
posição e o resultado as operações da empresa. Com o mesmo objetivo da auditoria
interna, funciona a auditoria externa ou auditoria independente, porém, em extensões
diferentes. O auditor externo trabalha de forma independente, sem vínculo
empregatício com a empresa. Ele também trabalha em parceria com o auditor interno,
para testar a eficiência dos sistemas utilizados. Normalmente, o auditor externo
funciona como um consultor e tem sua atenção voltada para a confiabilidade dos
registros efetuados na empresa.
Fonte:www.campogrande.ms.gov.br
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objetivo, cabe a Administração pública realizar constante controle sobre eles, se
valendo do seu próprio poder de fiscalização:
Neste sentido afirma Di Pietro (2000):
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dos órgãos de fiscalização externa da Administração; acompanhar e examinar, em
ação articulada com a Procuradoria do Município, as informações e documentos
necessários à prestação de contas junto ao Tribunal de Contas e outras atribuições
que lhe forem determinadas pela Superior Administração ou legislação em vigor.
Portanto, um trabalho minucioso com vistas a evitar erros e fraudes. Lógico,
porém, que só este trabalho não garante a segurança necessária de que tudo está
funcionando perfeitamente, e por isso mesmo a Constituição delegou ao Legislativo
com auxílio do Tribunal de Contas, conforme previsto no artigo 31, §§ 1º e 4º da
Constituição Federal.
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Nesse sentido, afirma Santin (1992) que:
Uma auditoria externa, nada mais é do que um conselho particular, sem poder
vinculante algum e voltada unicamente para a utilização eleitoreira e política,
através da manipulação de dados com este fim. Se a Constituição Federal
vedou expressamente a criação de Tribunais Municipais ou órgãos de
Contas, é lógico que também não é permitido ao administrador a realização
de qualquer gasto do erário público neste sentido. A realização de despesa
com esta finalidade é contrária ao disposto na Carta Magna e fere os
princípios gerais do Direito Administrativo.
Isto porque, quando se contrata uma auditoria externa, para verificar, por
exemplo, atos de pessoal, licitações e contratos administrativos, convênios,
lançamentos contáveis (empenhos e liquidação de despesas), contas públicas,
programas do governo federal, etc., há impossibilidade de um único auditor realizar
todo este trabalho, sendo necessários auditores especializados de diferentes áreas:
contabilidade, economia, administração, advocacia, etc., formando um verdadeiro
conselho, nos moldes colocados por Santin (1992).
Não se pode nem falar em contração de auditorias externas separadas, pois
para cada serviço, pois no final o que se busca é a mesma coisa: uma análise geral
da administração.
Ora, tendo a administração pública já remunerado seus servidores dos órgãos
de controle interno e tendo as contas também passada pelos órgãos de controle
externo, que são o Poder Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas, se mostra
dispendioso financiar auditorias externas pagas com recursos públicos, além de sua
ilegalidade por se constituir um conselho externo de fiscalização. O que pode é o
Administrador, determinar dentro do quadro de servidores e com conhecimentos
técnicos, uma reanálise das contas prestadas pelo antecessor e nos quais pairam, e
caso sejam detectadas falhas a ponto de formar um juízo de que houve
irregularidades, tomar as providencias necessárias com comunicado ao Tribunal de
Contas e ao Ministério Público.
Por isso Santin (1992) afirma:
Tribunal de Contas do Estado, órgão criado e mantido pela população para esta
finalidade, já realizou a apreciação das contas municipais neste período, fato que
desautoriza qualquer despesa para realização de verificação de contas municipais. As
auditorias contratadas são um bis in idem e somente se justificam por motivos
eleitoreiros e escusos, posto que se a intenção fosse a informação sobre a situação
do erário, bastava uma consulta ao Tribunal de Contas do Estado. Persistindo sem
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sanção a ideia de alguns administradores de contratação de tais auditorias, pode estar
sendo criada uma "indústria" de fabricação de laudos e pareceres encomendados,
que, frente ao trabalho desenvolvido pelos Tribunais de Contas, terá duas
consequências:
a) se os laudos forem conflitantes entre a empresa contratada e o Tribunal de
Contas, poder-se-á desacreditar este órgão, que é sério e única garantia da população
contra os maus administradores;
b) se os laudos forem congruentes com os pareceres emitidos pelo Tribunal de
Contas, demonstrado estará, inequivocamente, a desnecessidade daquele gasto do
dinheiro público.
Fonte: www.google.com.br
E a tudo isto se some que os Tribunais de Contas são órgãos estatais que têm
amparo constitucional, na Seção IX, artigos 70 a 75 da Carta Magna, tendo seus
quadros funcionais preenchidos por concurso, com pessoal técnico especializado por
área de atuação, e revestem-se de guardiães do erário público, com a necessária
isenção para apreciação das contas municipais e emissão dos competentes
pareceres.
E não se esconda a contratação das auditorias sob o manto de busca de
apuração da situação da municipalidade, pois o administrador que assume o cargo
público tem o dever constitucional de, tomando conhecimento de qualquer
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irregularidade, denunciá-la ao Tribunal de Contas, a teor do artigo 74 e parágrafos da
CF. Desta forma, deve, através dos órgãos de controle interno, apurar a situação do
município, e, não tendo capacidade para tanto, socorrer-se do órgão financiado pelo
contribuinte para esta finalidade que é o Tribunal de Contas.
Seguindo ainda o mesmo trilhar de raciocínio, Santin (1992, apud SILVA, José
Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo, Editora Malheiros, 1992) ensina que
a fiscalização das contas municipais deve ser realizada pela Câmara Municipal,
mediante o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados, sendo vedada está a
contratação de qualquer serviço que vise à apuração de contas da municipalidade, de
outra forma que não a realizada pelo Tribunal de Contas. A averiguação é realizada
por este órgão estadual e não há necessidade de esbanjar-se dinheiro público com a
contratação de serviços já efetuados.
Finaliza Santin (1992):
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Assim, uma auditoria externa, não passa de um Conselho de Contas, ainda que
por tempo determinado, situação está vedada pela Constituição, sendo estas funções
de controle externo exercido, precipuamente pelo Poder legislativo com auxílio do
Tribunal de Contas, podendo ainda ser realizada pelo Ministério Público ou até mesmo
pelo Judiciário. Nesse sentido a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
Municípios e Tribunais de Contas. A Constituição da República impede que os
Municípios criem os seus próprios Tribunais, Conselhos ou órgãos de contas
municipais (CF, art. 31, § 4º), mas permite que os Estados-membros, mediante
autônoma deliberação, instituam órgão estadual denominado Conselho ou Tribunal
de Contas dos Municípios (RTJ 135/457, Rel. Min. Octavio Gallotti – ADI 445/DF, Rel.
Min. Néri da Silveira), incumbido de auxiliar as Câmaras Municipais no exercício de
seu poder de controle externo (CF, art. 31, § 1º). Esses Conselhos ou Tribunais de
Contas dos Municípios – embora qualificados como órgãos estaduais (CF, art. 31, §
1º) – atuam, onde tenham sido instituídos, como órgãos auxiliares e de cooperação
técnica das Câmaras de Vereadores. A prestação de contas desses Tribunais de
Contas dos Municípios, que são órgãos estaduais (CF, art. 31, § 1º), há de se fazer,
por isso mesmo, perante o Tribunal de Contas do próprio Estado, e não perante a
Assembleia Legislativa do Estado-membro. Prevalência, na espécie, da competência
genérica do Tribunal de Contas do Estado (CF, art. 71, II, c/c o art. 75).” (ADI 687, Rel.
Min. Celso de Mello, julgamento em 2-2-1995, Plenário, DJ de 10-2-2006.).
As contas públicas dos chefes do Executivo devem sofrer o julgamento -- final
e definitivo -- da instituição parlamentar, cuja atuação, no plano do controle externo
da legalidade e regularidade da atividade financeira do presidente da República, dos
governadores e dos prefeitos municipais, é desempenhada com a intervenção ad
coadjuvandum do Tribunal de Contas. A apreciação das contas prestadas pelo chefe
do Poder Executivo -- que é a expressão visível da unidade institucional desse órgão
da soberania do Estado -- constitui prerrogativa intransferível do Legislativo, que não
pode ser substituído pelo Tribunal de Contas, no desempenho dessa magna
competência, que possui extração nitidamente constitucional. ” (Rcl 14.155-MC-AgR,
rel. min. Celso de Mello, decisão monocrática, julgamento em 20-8-2012, DJE de 22-
8-2012.).
O controle externo das contas municipais, especialmente daquelas pertinentes
ao chefe do Poder Executivo local, representa uma das mais expressivas
prerrogativas institucionais da Câmara de Vereadores, que o exercerá com o auxílio
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do Tribunal de Contas (CF, art. 31). Essa fiscalização institucional não pode ser
exercida, de modo abusivo e arbitrário, pela Câmara de Vereadores, eis que –
devendo efetivar-se no contexto de procedimento revestido de caráter político-
administrativo – está subordinada à necessária observância, pelo Poder Legislativo
local, dos postulados constitucionais que asseguram, ao prefeito municipal, a
prerrogativa da plenitude de defesa e do contraditório. A deliberação da Câmara de
Vereadores sobre as contas do chefe do Poder Executivo local há de respeitar o
princípio constitucional do devido processo legal, sob pena de a resolução legislativa
importar em transgressão ao sistema de garantias consagrado pela Lei Fundamental
da República. ” (RE 682.011, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática,
julgamento em 8-6-2012, DJE de 13-6-2012.).
Uma vez que os Tribunais de Contas exercem funções técnicas, opinativas cuja
incumbência é apreciar, opinar e julgar contas, apreciar a legalidade de atos de
admissão e aposentadoria, realizarem inspeções e auditorias e fiscalizar e prestar
informações e que o Poder legislativo também exerce essas funções externas, a
contratação de auditorias externas independentes, além de ser, pelo que
fundamentamos ilegal, acaba por vezes colocando em dúvida o trabalho, tanto das
equipes técnicas especializadas de auditores dos Tribunais de Contas, como o próprio
Poder Legislativo, na fiscalização das contas públicas, uma vez que tinham a
obrigação, ao seu tempo, de utilizar do corpo técnico da própria instituição e fazer a
devida fiscalização.
De qualquer forma, a contratação de auditorias externas independentes com o
uso de recursos públicos não tem respaldo legal face aos princípios constitucionais
que tratam da fiscalização das contas dos municípios por se constituírem um
verdadeiro conselho de contas, que muito embora empreguem técnicas de apuração
baseadas em normas específicas de auditoria, não foram submetidas ao crivo do
contraditório e não podem fundamentar nenhuma decisão ou juízo de valor, pois feita
sempre de modo unilateral. Os únicos beneficiados, nestes casos, são os políticos
que as utilizam como forma de intimidação, depreciação moral frente a população e
num juízo, talvez até precipitado, de barganhas políticas de futuros apoio, deixando
de mostrar ou guardando os resultados a sete chaves para usar, caso necessário,
num momento oportuno, quase sempre em anos de eleições.
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9 AUDITORIA FINANCEIRA
A auditoria financeira tem como objetivo obter uma segurança razoável nas
contas e verificar se as demonstrações financeiras sob análise expressam, em todos
os seus aspectos significativos, a imagem fiel do património, da situação financeira e
do resultado da gestão, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente
aceites. Em Portugal é chamada de certificação legal de contas.
Fonte: www.michaellirapage.no.comunidades.net
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da auditoria pública efetuado pela International Organization of Supreme Audit
Institutions-INTOSAI.
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BIBLIOGRAFIA
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