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CURSO SUPERIOR DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

7º SEMESTRE

Michelle Aparecida Varas Soto de Souza, RA: 9919164288


Regina Estela Escócia Ribeiro Zan, RA: 6020481011
José Adalberto de Souza, RA: 5981376471
Marcus Aurélio Medeiros De Alvarenga, Ra : 5981376444
José Victor Vendramini de Paula, RA :2083630730
Bruno Nogueira Godoi, RA: 3450142329

DESAFIO PROFISSIONAL 7º SEMESTRE

PINDAMONHANGABA- SP
2017
Michelle Aparecida Varas Soto de Souza, RA: 9919164288
Regina Estela Escócia Ribeiro Zan, RA: 6020481011
José Adalberto de Souza, RA: 598137647
Marcus Aurélio Medeiros De Alvarenga, Ra : 5981376444
José Victor Vendramini de Paula, RA :2083630730
Bruno Nogueira Godoi, RA: 3450142329

DESAFIO PROFISSIONAL 7º SEMESTE

Desafio Profissional

AUDITORIA, CONTROLADORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÕES


GERENCIAIS, CONTABILIDADE AVANÇADA II, INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E
MERCADO DE CAPITAIS, PERÍCIA, ARBITRAGEM E MEDIAÇÃO.

Trabalho de Pesquisa relacionado aos Cursos


Superiores de Ciências Contábeis apresentados à
Universidade Anhanguera, como requisito parcial
para obtenção de média bimestral nas disciplinas de
AUDITORIA, CONTROLADORIA E SISTEMAS
DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS,
CONTABILIDADE AVANÇADA II,
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E MERCADO
DE CAPITAIS, PERÍCIA, ARBITRAGEM E
MEDIAÇÃO.
Orientado: Prof (a) .: Eyonir Barbosa

Pindamonhangaba - SP
2017
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................01
PASSO 1.......................................................................................................................02
1.1 Origem e evolução da auditoria.............................................................02
1.2 Objetivos da auditoria.............................................................................03
1.3 Auditor......................................................................................................03
1.4 Auditoria interna......................................................................................04

PASSO 2 -Pericia..........................................................................................................07
PASSO 3 –COSO..........................................................................................................09
3.1 Controles...................................................................................................09
3.2 Controles Internos....................................................................................10
3.3 O que é COSO?........................................................................................11
PASSO 4 – Contabilidade avançada II......................................................................13
4.1 Lançamentos.............................................................................................13
4.2 Razonetes.................................................................................................14
PASSO 5- Instituições financeiras e Mercados de capital.......................................15
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................24
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................24
1

Introdução:

Os Profissionais de Contabilidade tiveram grandes avanços técnicos através de


produções intelectuais nas diversas áreas de trabalho do Contador, especialmente a Auditoria,
ocasionada pelo interesse da sociedade nas informações contábeis das empresas.
A aplicabilidade das normas e rotinas das atividades de Auditoria e Perícia exige pleno
conhecimento das mesmas, com o intuito de evitar impactos e deficiências que possam
ocorrer em algumas organizações.
Devido às incertezas em relação ao futuro e a grande concorrência e, até a
globalização, faz-se necessário que o gestor detenha uma vasta gama de informações
autênticas e confiáveis para sua tomada de decisão.
Os investidores sabem da importância das informações contidas nos demonstrativos
contábeis publicados pelas empresas que buscam ampliar seus capitais próprios e de seus
investidores, profissionalizando sua administração focada nos controles para elevar o
desempenho de suas operações.
O sistema de controle interno, baseado no modelo COSO, é uma ferramenta de alta
significância para a verificação dessas informações.
Com o auxílio da auditoria interna, os gestores podem obter essas informações por
meio da observação, aconselhamento, esclarecimentos, possibilitando a implantação de ações
corretivas. A auditoria interna é um instrumento de apoio a gestão, pois, através dela, pode-se
verificar as rotinas de trabalho e confirmar a consistência técnica e física dessas informações.
2

Passo 1
O mercado exige que as empresas busquem eficácia em seus processos
organizacionais para testar e validá-los para que se efetuem os ajustes necessários exigidos
pelas relações de mercado ou com seus colaboradores, clientes, fornecedores, governos e
investidores.
Essa necessidade fez com que as instituições dessem maior importância ao
profissional de Auditoria, a fim de dar maior credibilidade e confiança aos investidores e aos
demais interessados por saber sobre a saúde financeira das mesmas.
A Auditoria, como profissão, apresentou grande evolução nos últimos anos,
possibilitando, aos que trabalham nessa área, um acréscimo substancial de conhecimentos em
todos os campos que envolvem, de forma direta ou indireta, a contabilidade e os demais
setores de uma organização.

1.1 Origem e Evolução de Auditoria

A Auditoria, segundo o pesquisador brasileiro Sá (2010, p.21), surgiu por volta do ano
4.500 antes de Cristo (a. C.), na Suméria.
Evoluiu com o advento da Revolução Industrial, decorrente da evolução do sistema
industrial e comercial, tendo seu ápice na Inglaterra, e de lá, influenciando outros países por
ela colonizados, como os Estados Unidos, por exemplo.
A palavra Auditoria, de acordo com Lins (2014), origina-se do latim “audire”, que
significa “ouvir”. Na realidade, provém do verbo inglês to audit (examinar, ajustar, corrigir,
certificar); conforme ATTIE (2011, p.7).
A estrutura conceitual de Asseguração, para a NBC TA é:
“Trabalho de asseguração é o trabalho no qual o Auditor independente visa obter
evidências apropriadas e suficientes para expressar sua conclusão, de forma a aumentar o grau
de confiança dos usuários previstos sobre o resultado da mensuração ou avaliação do objeto,
de acordo com os critérios que sejam aplicados”. (CFC, 2015), que é o gênero e Auditoria a
espécie.
De acordo com Yoshitake (2009) a American Accounting Association (AAA), em
1973, definiu Auditoria como:
“Auditoria é um processo sistemático de objetivamente obter e avaliar a evidência
considerando as afirmações a respeito de ações e eventos econômicos para assegurar o grau
3

de correspondência entre aquelas afirmações e estabelecidos critérios de comunicação de


resultados para usuários interessados.”. (AAA) (1973) apud YOSHITAKE. 2009, p. 12).
“A Auditoria é o exame de demonstrações e registros administrativos. O auditor
observa a exatidão, integridade e autenticidade de tais demonstrações, registros, documentos”.
(HOLMES, Arthur W., Auditing principles and procedures – 4ª edição, Homewood, R D.
Irwin, Inc.: 1956).
Podemos dizer, então que, Auditoria é o uso de técnicas apropriadas na revisão da
contabilidade e das demonstrações contábeis que visam aumentar o grau de confiabilidade das
informações, conforme Araújo (2016, p. 5).
No período de 4.500 a. C. até 1.400 d. C. existia somente o controle do crescimento do
patrimônio das empresas, hoje temos o controle das contabilidades das mesmas para aferir
maior segurança para os investidores.
Os investidores colocam seu dinheiro nos investimentos com a finalidade de obter
retorno da aplicação com lucros esperados. Para isso, é necessário um mecanismo como a
Auditoria para tornar as prestações de contas confiáveis. Isso fez surgir a necessidade de um
controle externo e independente, de onde pode ter nascido a Auditoria independente.
1.2 Objetivos da Auditoria

Conforme a NBC TA 200/09, o objetivo da Auditoria é:


“O objetivo da Auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis
por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor
sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.” (CFC, 2009, item 3).
1.3 Auditor

Conforme NBC TA 200, “Auditor é usado em referência à pessoa ou pessoas que


conduzem a auditoria, geralmente o sócio do trabalho ou outros integrantes da equipe de
trabalho, ou, como aplicável, à firma”. (CFC, 2009).
Perez Junior (2012, p. 2), define: “Auditor é o profissional que, possuindo
competência legal, como contador, e conhecimentos em áreas correlatas à Contabilidade”,
emitirá sua opinião a respeito das demonstrações contábeis. Araújo, (2016, p. 6).
Somente os bacharéis em Contabilidade podem se habilitar para ser auditor.
Auditor Independente
Para ser um Auditor Independente o candidato deve: passar pelo exame de suficiência,
estar inscrito no CRC, comprovar o exercício da prática de auditoria por cinco anos no
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mínimo e comprovar educação continuada; ser aprovado no Exame de Qualificação Técnica,


regulado pela NBC PA 13 (R2), para o registro no Cadastro Nacional dos Auditores
Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), a partir da data da
publicação do resultado no Diário Oficial da União.
Os órgãos reguladores da profissão de Auditor no Brasil são:
- Conselho Federal de Contabilidade (CFC): é o órgão máximo que regula o exercício
da profissão do contabilista no Brasil, no caso específico de auditoria; - Comissão de
Pronunciamentos Contábeis (CPC): órgão que expede Normas Brasileiras de Contabilidade,
Técnica de Auditoria (NBC TA); - Comissão de Valores Mobiliários (CVM): conforme o
artigo 1° da Instrução CVM nº 308/1999, o auditor independente, para exercer atividade no
âmbito do mercado de valores mobiliários, deverá ter registro na CVM; - Instituto dos
Auditores Independentes do Brasil (IBRACON), é o órgão de classe dos auditores, trabalha na
defesa dos interesses dos auditores e na manutenção da qualidade da profissão; - Banco
Central do Brasil (BCB), expede normas específicas para auditoria nas instituições
financeiras; Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), expede normas específicas para
auditoria nas instituições de seguros.
Auditor Interno
Normalmente, o Auditor Interno é funcionário da organização, contratado e incluído
no organograma funcional da empresa. Deve atuar de forma independente no seio da
organização e reportar diretamente ao mais alto grau de hierarquia existente na empresa
(presidência, por exemplo), possibilitando imparcialidade na sua auditoria.
O Auditor Interno analisa os riscos e controles dos processos organizacionais, verifica
suas conformidades com os procedimentos definidos pela empresa e indica as ações corretivas
para a prática de melhorias.
1.4 Auditoria Interna
A Auditoria Interna é uma atividade independente e objetiva de garantia e consultoria,
concebida para adicionar valor e melhorar as operações de uma organização, conforme o The
Institute of Internal Auditors – The IIA, representado no Brasil pelo IIA. Ela auxilia a
organização no atingimento de seus objetivos de forma sistemática e disciplinada para avaliar
e melhorar a efetividade dos processos de gerenciamento de riscos, controle e governança.
“A atividade da Auditoria Interna está estruturada em procedimentos, com enfoque
técnico, objetivo, sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar valor ao resultado
da organização. Apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e
dos controles internos, por meio da recomendação de soluções para as não conformidades
5

apontadas nos relatórios.”, segundo o Conselho Federal de Contabilidade e sua Resolução


CFC nº 986/03.
A Auditoria Interna não atua exclusivamente de forma investigativa. Sua missão
também é definir um planejamento estratégico de trabalhos, de forma harmônica com os
aspectos negociais mais significativos da organização, de acordo com a pretensão dos
acionistas e da alta administração, viabilizando soluções para o atingimento das principais
expectativas da empresa.
A auditoria interna é um importante aliado na redução de custos e na maximização
dos resultados. Sua finalidade é agregar valor ao resultado das organizações.
Podemos dizer que o grande objetivo da área de Auditoria Interna é a execução da
atividade da empresa auditada da melhor forma possível, assegurando-lhe a melhor
rentabilidade dentro do melhor nível de segurança possível quanto a integridade e exatidão de
suas atividades.
O Auditor Interno, para exercer suas funções de maneira eficaz, deve possuir as
seguintes características:
- independência – atuar de forma desvinculada da área auditada, com total
imparcialidade;
- responsabilidade – quando o auditor apresenta os seus resultados e sugere as ações
que deverão ser tomadas, sua responsabilidade aumenta, pois podem causar mudanças
significativas e materiais para a empresa, que se mal elaboradas comprometem todo o
trabalho feito.
- foco – cuidado para não fugir do alvo estabelecido no trabalho devido ao volume de
informações obtidas;
- concentração – por ser um trabalho minucioso e detalhista é necessário total
concentração para sua eficácia;
- observação – o auditor deve ser muito observador e reparar nos mínimos detalhes dos
processos auditados;
- busca pelo conhecimento – buscar seu aperfeiçoamento profissional, independente
do tempo de sua experiência ou nível de conhecimento já adquirido;
- boa redação – apresentar redação clara, concisa e direta de forma que não haja
dúvidas em suas análises;
- busca pela evidência dos fatos – o auditor deve suportar suas conclusões em seus
papéis de trabalho dando todos os exemplos ou provas adquiridas;
6

- auto avaliação – para garantia da eficácia de seu trabalho, o auditor deve fazer uma
avaliação contínua de seu trabalho.
O Planejamento de auditoria interna constitui-se por:
- Exames preliminares da Entidade para definir a amplitude do trabalho a ser realizado
de acordo com as diretrizes estabelecidas pela administração.
- Fatores relevantes na execução dos trabalhos, principalmente:
a) o conhecimento detalhado dos sistemas contábil e de controles internos da empresa
e seu grau de confiabilidade;
b) a natureza, a oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria interna a
serem aplicados;
c) a existência de empresas associadas, filiais e partes relacionadas que estejam no
âmbito dos exames da auditoria interna;
d) o uso do trabalho de especialistas e outros auditores;
e) os ciclos operacionais da Entidade relacionados com volume de transações e
operações;
f) o conhecimento das atividades operacionais da empresa, como suporte para a
análise eficaz dos procedimentos e sistemas de Contabilidade de Custos que estão sendo
aplicados para acompanhar e controlar o uso e o consumo de recursos, visando verificar a
existência de desvios em relação às rotinas preestabelecidas;
g) o conhecimento da execução orçamentária, tanto operacional como de
investimentos, no sentido de verificar a exatidão de apropriação de valores, se os desvios
estão sendo controlados e se as consequentes ações corretivas estão sendo aplicadas.
O auditor interno deve documentar seu planejamento e preparar, por escrito, o
programa de trabalho, detalhando o que for necessário à compreensão dos procedimentos que
serão aplicados, em termos de natureza, oportunidade e extensão.
Os programas de trabalho, estruturados de forma a servir de guia e meio de controle,
devem ser revisados e ou atualizados quando necessário.
O auditor interno deve documentar, através de papéis de trabalho, todos os elementos
significativos dos exames realizados, que evidenciem ter sido a auditoria interna executada de
acordo com as normas aplicáveis.
Os papéis de trabalho são o conjunto de documentos e apontamentos com informações
e provas coligadas pelo auditor interno que consubstanciam o trabalho executado. Eles devem
ser elaborados, organizados e arquivados de forma sistemática e racional.
7

Ao se utilizar de análises, demonstrações ou quaisquer outros documento, o auditor


interno deve certificar-se de sua exatidão, sempre que integrá-los aos seus papéis de trabalho.

Com referência a empresa Modelo S/A, pela Auditoria Interna, faz-se necessário a
contratação de serviço de perícia contábil extrajudicial.

Passo 2 - PERÍCIA
A palavra Perícia, vem do latim “Peritia”, que significa conhecimento, experiência.
Perícia, conforme Magalhães (2009, p.4) é trabalho de notória especialização, feito
com o objetivo de obter prova ou opinião, para orientar uma autoridade formal no julgamento
de um fato, ou desfazer conflito em interesses de pessoas.
A Perícia Contábil Judicial pode ser solicitada para auxiliar o Juiz de Direito no
julgamento de uma lide. “Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou
científico, o Juiz será assistido por perito...” (CPC, art. 145).
A Associação dos Peritos Judiciais do Estado de São Paulo, ao aprovar as primeiras 30
Normas de Perícia Judicial (NPPJ), fornece algumas conceituações sobre perícia. Por exemplo:
NPPJ-2: “A perícia judicial, quando pertinente a profissões
regulamentadas, será exercida por profissionais legalmente habilitados,
com títulos registrados nos órgãos fiscalizadores do exercício de suas
profissões, requeridas ainda, reconhecida idoneidade moral, capacidade
técnica e experiência profissional.”
A escolha dos Peritos, conforme art. 145 do CPC, §§ 1º e 2º devem recair sobre
“profissionais de nível universitário, devidamente inscrito no órgão de classe competente [...]
comprovarão sua especialidade [...] mediante certidão no órgão profissional em que estiverem
inscritos”.
A perícia contábil, conforme a Norma Brasileira de Contabilidade (NBC-13), aprovada
por Resolução CFC, conceitua-se como:
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“conjunto de procedimentos técnicos e científicos destinados a levar a


instância decisória, elementos de prova necessários a subsidia à justa
solução do litígio, mediante laudo pericial contábil ou parecer pericial
contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais, e a
legislação específica no que for pertinente”.
Estabelece, também, que “A Perícia Contábil Judicial, Extrajudicial e Arbitral, é de
competência exclusiva de Contador [...]”.
O conceito mais recente de Perícia Contábil, de acordo com Magalhães (1991, p. 28-32)
e:
“Trabalho que exige notória especialização no seio das Ciências
Contábeis, com o objetivo de esclarecer ao Juiz de Direito, ao
Administrador Judicial (Síndico ou Comissário) e a outras autoridades
formais, fatos que envolvam ou modifiquem o patrimônio de entidades nos
seus aspectos quantitativos”.
Na Perícia, trabalha-se com margens de riscos, que, se mal avaliadas, podem levar a uma
opinião errônea, produzindo efeitos contrários aos desejados; provocando, com isso, prova falsa,
lesionando direitos de terceiros.
Perito é o contador, regularmente registrado em Conselho Regional de Contabilidade, que
exerce a atividade pericial de forma pessoal, devendo ser profundo conhecedor, por suas
qualidades e experiências, da matéria periciada.
O Perito não pode errar; para tanto ele deve se ater aos procedimentos necessários para
efetuar uma perícia de alto grau de confiabilidade.
Planejamento de perícia:
O planejamento do trabalho pericial é fundamental. É etapa que antecede as diligências,
pesquisas, cálculos e respostas aos quesitos, onde o perito estabelece a metodologia dos
procedimentos periciais que serão adotados.
O planejamento da perícia deve iniciar-se pelo conhecimento e a finalidade da mesma,
permitindo que os procedimentos adotados revelem a verdade sobre ela, a qual subsidiará o
juízo, o árbitro ou o interessado na tomada de decisão sobre a lide.
Deve, ainda, definir a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos que
devem ser aplicados em conformidade com o objeto da perícia; estabelecer condições para
cumprimento do trabalho dentro do prazo estipulado; identificar potenciais problemas e riscos
que possam ocorrer durante o trabalho da perícia; identificar fatos importantes para a solução da
demanda, para que nenhum fato passe despercebido ou não recebam atenção necessária; agir
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sempre dentro da legislação aplicável ao objeto da perícia; dividir as tarefas entre os membros da
equipe de trabalho quando precisar de auxiliares e facilitar a execução e a revisão dos trabalhos.
Procedimentos de Perícia:
Os procedimentos periciais são:
Exame: análise de livros, registros das transações e documentos;
Vistoria: diligência para verificação e constatação de situação. Coisa ou fato, de forma
circunstancial;
Indagação: busca de informações por meio de entrevista com conhecedores do objeto ou
de fatos relacionados à perícia;
Investigação: pesquisa de dados que estejam ocultos por quaisquer circunstâncias;
Arbitramento: determinação de valores ou solução de controvérsia por critério técnico-
científico.
Mensuração: qualificação e quantificação física de coisas, bens, direitos e obrigações;
Avaliação: estabelecimento do valor de coisas, bens, direitos, obrigações, despesas e
receitas;
Certificação: atestado e autenticação de informação trazida ao laudo ou parecer, pelo
perito.

Passo 3 - COSO
Controles
Controlar é verificar o andamento dos trabalhos e das realizações comparando com
aquilo que tínhamos em vista (nossos objetivos, metas, orçamentos, etc.) e, quando detectado
alguma inadequação ao que pretendemos e (os resultados atingidos estão menos favoráveis)
tomar as medidas para correção dos rumos atuais e futuros que se fizerem necessárias. O
controle se faz mediante avaliação, comparação de números (quantidades, valores,
percentagens, etc.).
Existem três tipos de controles:
a) Prévio: - exercido a partir da projeção dos dados reais e a comparação dos resultados
prováveis contra aqueles que pretendemos atingir;
b) Durante o fato:- é exercido no momento da ocorrência dos desvios, fraudes ou falhas;
c) Após o fato:- o máximo que podemos fazer é tomar medidas para que fato semelhante
não corra mais.
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Controles Internos
Controle Interno pode ser definido como o planejamento organizacional e todos os
métodos e procedimentos utilizados por uma organização a fim de salvaguardar seus ativos,
verificar a adequação e o suporte de dados contábeis, promover a eficiência operacional e
encorajar aceitação e colocação em prática das políticas definidas pela direção, com a
finalidade de evitar fraudes, erros, ineficiências e crises nas organizações.
A auditoria gerencial avalia o nível se segurança dos controles internos existentes na
empresa, propõe correção, implementação e/ou melhoramentos de mecanismos internos de
prevenção. Também procura identificar a inexistência, deficiência, falha ou não cumprimento
do controle interno. Para tanto, o Auditor deve domínio da funcionalidade e a aplicação
desses mecanismos na empresa.
Em aspectos gerais, os controles internos devem ser:
Úteis:- salvaguardar os ativos da empresa, promover o bom desempenho dos negócios,
proteger as empresas e as pessoas que nela trabalham;
Práticos:- devem ser proporcionais ao tamanho da empresa e ao porte das operações;
ser objetivos nos controles e simples na sua aplicação;
Econômicos:- o benefício de mantê-los devem ser maiores que o seu custo
(custo/benefício).
A importância dos controles internos é:
Salvaguardar o Ativo:- proteger o ativo de eventuais roubos, perdas, uso
indiscriminado ou danos morais (imagem da empresa);
Desenvolvimento do negócio:- possuir um controle interno que permita a
administração ter agilidade e segurança nas tomadas de decisões;
Resultado das operações:- fornecer à administração, informações úteis para o
aproveitamento de todas as oportunidades de bons negócios, redução de custos e aumento da
confiabilidade dos clientes e funcionários da empresa;
Para que a organização cumpra seus conceitos e finalidades são necessárias três
diretrizes:- a) cumprir seu objetivo social – lucro, bem-estar da comunidade, formação
política, etc.; b) atender às necessidades e expectativas de seus clientes; c) proporcionar
ambiente rico e saudável para os funcionários, dando condições para que elas aprimorem suas
habilidades técnico-profissionais e humanas, recompensando-as pelo desempenho (através de
elogios, prêmios ou promoções).
O ambiente ideal para um bom controle interno inclui:
- princípios éticos, retidão e integridade da empresa e dos funcionários;
11

- estrutura organizacional adequada;


- comprometimento com a competência e eficiência;
- formação de uma cultura organizacional;
- estilo e atitude exemplar dos administradores;
- políticas e práticas adequadas de RH;
- sistemas adequados.
O controle é exercido através de cinco atividades básicas:
- Segurança e proteção dos ativos e arquivos de informação;
- Documentação e registros adequados;
- Segregação de funções;
- Procedimentos adequados de autorização para o processamento das transações;
- Verificações independentes.
De acordo com a Exposição de Normas de Auditoria nº 29 (ENA 29), os controles
internos dividem-se em dois grupos: os de natureza contábil e os de natureza administrativa.
Os controles contábeis compreendem o plano de organização e todos os sistemas,
métodos e procedimentos relativos à: - salvaguarda dos bens, direitos e obrigações; -
fidedignidade dos registros financeiros.
Os controles administrativos compreendem o plano de organização, os sistemas, os
métodos e procedimentos definidos pela direção a fim de proporcionar – eficiência e eficácia
operacional; - obediência às diretrizes, políticas, normas e instruções da administração. Em
geral, incluem controles como análises estatísticas, relatórios de desempenho, orçamentos,
estudos de tempo e movimento, programas de desenvolvimento pessoal, etc.
O que é COSO?
Segundo DIAS, (2015, p. 95), em 1985, foi criada, nos Estados Unidos, a National
Commission on Fraudulent Financial Reporting (Comissão Nacional sobre Fraudes em
Relatórios Financeiros), uma iniciativa independente, para estudar as causas da ocorrência de
fraudes em relatórios financeiros/contábeis. Era formada por representantes das principais
associações de classe de profissionais da área financeira e seu objeto de estudo foram os
controles internos.
Em 1992, publicou o trabalho Internal Control –Integrated Framework (Controles
Internos – Um Modelo Integrado) que tornou-se referência mundial para o estudo e aplicação
dos controles internos.
Posteriormente, a Comissão transformou-se em Comitê, conhecido como COSO – The
Comitee of Sponsoring Organizatiosn (Comitê das Organizações Patrocinadoras).
12

O COSO é uma entidade sem fins lucrativos, dedicada à melhoria dos relatórios
financeiros através da ética, efetividade dos controles interno e governança corporativa,
conforme DIAS, (2015, p. 95). É patrocinado por cinco principais associações de classe de
profissionais da área financeira nos Estados Unidos, mas trabalha com total independência em
relação as suas entidades patrocinadoras.
O ponto de partida do trabalho do COSO é a definição de controle interno, que assim
se apresenta: “controle interno é um processo desenvolvido para garantir, com razoável
certeza, que sejam atingidos os objetivos da empresa”, nas seguintes categorias:
- eficiência e efetividade operacional (objetivos de desempenho ou estratégia):
relacionada com os objetivos básicos da entidade, objetivos e metas de desempenho e
rentabilidade, segurança e qualidade dos ativos;
- confiança nos registros contábeis/financeiros (objetivos de informação): todas as
transações devem ser registradas, registros de transações reais, consignadas pelos valores e
enquadramentos corretos;
- conformidade (objetivos d conformidade): com leis e normativos aplicáveis à
entidade e sua área de atuação.
Segundo o COSO, o controle interno é um processo constituído de cinco elementos,
que estão inter-relacionados e presentes em todo o controle interno:
- ambiente de controle: é a consciência de controle da entidade, sua cultura de
controle;
- avaliação e gerenciamento de riscos: é a identificação e análise dos riscos associados
ao não cumprimento das metas e dos objetivos operacionais, de informação e de
conformidade. Esse conjunto é a base para a definição de mos estes riscos serão gerenciados;
- atividade de controle: são atividades que, quando executadas a tempo e de forma
adequada, permitem a redução ou administração dos riscos;
- informação e comunicação: a comunicação é essencial para o bom funcionamento
dos controles. Informações sobre planos, ambiente de controle, riscos, atividades de controle e
desempenho devem ser transmitidas a toda a entidade. O processo de comunicação pode ser
formal ou informal.
O processo formal ocorre por meio de sistemas internos de comunicação e é
importante para a obtenção de informações para o acompanhamento dos objetivos
operacionais, de informação e de conformidade. O processo informal ocorre através de
conversas e encontros com clientes, fornecedores, autoridades e empregados e é importante
para a obtenção das informações para a identificação de riscos e oportunidades;
13

- monitoramento: é a avaliação dos controles internos ao longo do tempo. É o melhor


indicador para saber se os controles internos estão sendo efetivos ou não. São feitos através da
auto avaliação, revisões eventuais e auditoria interna.

Passo 4
Considerando que a empresa Modelo S/A não está com sua situação regularizada,
porque não fez uso da equivalência patrimonial, necessita de uma análise mais detalhada.
Diante da situação de prejuízos acumulados apurados pela coligada ou controlada, o
valor de seu Patrimônio Líquido passa a ser negativo, ocasionando um “Passivo a
Descoberto” (quando o BP passa a apresentar valor total com obrigações para com terceiros,
superior ao dos ativos).
Faz-se necessário o procedimento contábil na investidora onde deve-se registrar,
normalmente, a equivalência patrimonial, diluindo-se o valor do investimento, até que este
seja “zerado”, não se registrando qualquer parcela a título de investimento negativo.
Mas, para fins de controle, pois o investimento não deve ser baixado; sugere-se a
criação de uma conta redutora da conta de investimento respectivo, de forma que o valor
contábil do investimento seja anulado.
Lançamentos:
01/06/X2
D – Participação em outras empresas
C – Caixa/Bancos.........................................................................9.600.000,00.

31/12/X2
D – Participação em outras empresas
C – Ganho na avaliação por equivalência patrimonial................. 424.000,00.
(530.000;00 X 80%)

31/12/X2
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D – Lucros a receber (RLP)


C – Participação em outras empresas............................................424.000,00.

31/03/X3
D – Caixa/Bancos
C- Lucros a receber (RLP)................................................................424.000,00.

Razonetes :
01 /06/X2
D - Participação em Outras
Empresas C - Caixa/Bancos
R$
9.600.000,00
31/12/X2
D - Participação em Outras C - Ganho na Avaliação por Equivalência
Empresas Patrimonial
R$
424.000,00
(530.000,00 x 80%)
31/12/X2
D - Lucros a Receber (RLP) C - Participação em Outras Empresas
R$
424.000,00

31 /03/X3
D - Caixa/Bancos C - Lucros a Receber (RLP)
R$
424.000,00
15

Passo 5: Instituições Financeira e Mercados de Capitais

 INSTITUIÇÃO FINANCEIRA é uma organização cuja finalidade é otimizar a alocação


de capitais financeiros próprios e/ou de terceiros, obedecendo uma correlação de risco, custo e
prazo que atenda aos objetivos dos seus patrocinadores (no sentido da palavra inglesa
stakeholder, incluindo pessoas físicas ou jurídicas que tenham interesses em sua operação
como acionistas, clientes, colaboradores, cooperados, forneceras, agências reguladoras do
mercado onde a organização opere.

A Instituição Financeira opera administrando um equilíbrio delicado entre moedas,


prazos e taxas negociados para os capitais que capta (passivos) e para os que aplicam (ativos)
no mercado, respeitando os critérios e normas estabelecidos pelas agências
reguladoras/supervisoras de cada mercado onde atue.

Um complicador para a governança do Sistema Financeiro é a taxa de


alavancagem entre os passivos e ativos da Instituição Financeira, a qual exige um contínuo
monitoramento, e pode levar a eventuais intervenções pelas agência reguladoras ou
supervisoras, visando administrar o risco sistêmico.

De acordo com a classificação do Banco Central do Brasil (www.bcb.gov.br), as


instituições que compõe o SFN são divididas quanto aos seus órgãos normatizadores e
supervisores, e também quanto as suas operações. Sob as normas do Conselho Monetário
Nacional e a supervisão do BCB estão as instituições financeiras propriamente ditas, que
atuam nos mercados monetário, de crédito, de capitais e de câmbio.

O primeiro grupo refere-se às instituições monetárias, que podem realizar a captação de


depósitos à vista, ou seja, depósitos em conta corrente.

 Banco comercial: Instituição privada ou pública especializada em operações de curto e médio prazos,
que oferece capital de giro para o comércio, indústria, empresas prestadoras de serviços e pessoas
físicas, bem como concedem crédito rural.
 Cooperativa de crédito: Instituição privada, com personalidade jurídica própria, especializada em
propiciar crédito e prestar serviços a seus associados, constituída sob a forma de sociedade de pessoas
de natureza civil. Podem se originar da associação de funcionários de uma mesma empresa ou grupo
16

de empresas, de profissionais de determinado segmento, de empresários ou mesmo adotar a livre


admissão de associados em uma área determinada de atuação, sob certas condições.
 Banco múltiplo com carteira comercial: Instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as
operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das
seguintes carteiras: comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de
arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento. Para captar depósito a vista deve ter
a carteira comercial.

As instituições financeiras que não são autorizadas a captar depósitos à vista, chamadas
de não monetárias, estão dispostas abaixo. Entre elas também se inclui oos bancos múltiplos
sem carteira comercial.

 Agência de fomento: Instituições que possuem como objeto social a concessão de financiamento de
capital fixo e de giro associado a projetos na Unidade da Federação onde tenham sede. Devem estar
sob o controle de Unidade da Federação, sendo que cada Unidade só pode constituir uma agência.
 Associação de poupança e empréstimo: São associações civis, sendo de propriedade comum de seus
associados, que tem por objetivo propiciar a aquisição de casa própria aos seus associados, captar e
disseminar o hábito da poupança.
 Banco de câmbio: Instituições autorizadas a realizar, sem restrições, operações de câmbio e operações
de crédito vinculadas às de câmbio, como financiamentos à exportação e importação e adiantamentos
sobre contratos de câmbio, e ainda a receber depósitos em contas sem remuneração, não
movimentáveis por cheque ou por meio eletrônico pelo titular.
 Banco de desenvolvimento: Instituições controladas pelos governos estaduais, e têm como objetivo
precípuo proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamento, a
médio e a longo prazos, de programas e projetos que visem a promover o desenvolvimento econômico
e social do respectivo Estado.
 Banco de investimento: Instituições privadas especializadas em operações de participação societária de
caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e
de administração de recursos de terceiros.
 Companhia hipotecária: Instituições financeiras constituídas sob a forma de sociedade anônima, que
têm por objeto social conceder financiamentos destinados à produção, reforma ou comercialização de
imóveis residenciais ou comerciais aos quais não se aplicam as normas do Sistema Financeiro da
Habitação (SFH).
17

 Cooperativa central de crédito: Formadas por cooperativas singulares, organizam em maior escala as
estruturas de administração e suporte de interesse comum das cooperativas singulares filiadas,
exercendo sobre elas, entre outras funções, supervisão de funcionamento, capacitação de
administradores, gerentes e associados, e auditoria de demonstrações financeiras.
 Sociedade de crédito, financiamento e investimento: Conhecidas por financeiras, são instituições
financeiras privadas que têm como objetivo básico a realização de financiamento para a aquisição de
bens, serviços e capital de giro.
 Sociedade de crédito imobiliário: Instituição que se destina à realização de operações imobiliárias
relativas a incorporação, construção, venda ou aquisição de habitação. Os recursos são obtidos através
de depósitos de poupança, emissão de letras hipotecárias e imobiliárias, além de depósitos
interfinanceiros.
 Sociedades de crédito ao microempreendedor: Entidades que têm por objeto social exclusivo a
concessão de financiamentos e a prestação de garantias a pessoas físicas, bem como a pessoas jurídicas
classificadas como microempresas, com vistas a viabilizar empreendimentos de natureza profissional,
comercial ou industrial de pequeno porte. São impedidas de captar, sob qualquer forma, recursos junto
ao público, bem como emitir títulos e valores mobiliários.

Além destes, existem outros intermediários ou auxiliares financeiros, que também estão
sob a supervisão do BCB e são considerados instituições financeiras, embora não captem
recursos diretamente dos poupadores.

 Administradoras de consórcio: Pessoas jurídicas prestadoras de serviços relativos à formação,


organização e administração de grupos de consórcio. Sua constituição deve ser autorizada pelo BCB.
 Sociedade de arrendamento mercantil: Constituídas sob a forma de sociedade anônima, devendo
constar obrigatoriamente na sua denominação social a expressão "Arrendamento Mercantil". Sua
principal atividade é o arrendamento mercantil ou leasing, além de aplicar recursos em títulos da dívida
pública e em CDI.
 Sociedade corretora de câmbio: Tem por objeto social exclusivo a intermediação em operações de
câmbio e a prática de operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes.
 Sociedade corretora de títulos e valores mobiliários: São constituídas sob a forma de sociedades
anônimas ou por cota de responsabilidade limitada. Possuem como atividade principal a intermediação
no mercado de ações (venda, compra e distribuição de títulos e valores mobiliários). Têm acesso
exclusivo ao pregão da bolsa de valores.
18

 Sociedade distribuidora de títulos e valores mobiliários: Essencialmente possuem os mesmos objetivos


das corretoras, mas não são autorizadas a operar no recinto das bolsas de valores e de mercadorias, nem
operam com metais preciosos no mercado físico.

Sob a supervisão exclusiva da Comissão de Valores Mobiliários estão às bolsas de


valores e as bolsas de mercadorias e futuros, que geram um ambiente mais seguro para a
realização de negócios do mercado de capitais. Atualmente no Brasil a Bolsa de Valores de
São Paulo foi fundida com a Bolsa de Mercadorias e Futuros, tornando-se uma única
sociedade.

 Bolsa de mercadorias e futuros: Associações privadas civis, com objetivo de efetuar o registro, a
compensação e a liquidação, física e financeira, das operações realizadas em pregão ou em sistema
eletrônico. Para tanto, devem desenvolver, organizar e operacionalizar um mercado de derivativos livre
e transparente, que proporcione aos agentes econômicos a oportunidade de efetuarem operações de
hedging (proteção) ante flutuações de preço de commodities agropecuárias, índices, taxas de juro,
moedas e metais, bem como de todo e qualquer instrumento ou variável macroeconômica cuja
incerteza de preço no futuro possa influenciar negativamente suas atividades.
 Bolsa de valores: Sociedades anônimas ou associações civis, com o objetivo de manter local ou sistema
adequado ao encontro de seus membros e à realização entre eles de transações de compra e venda de
títulos e valores mobiliários, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado por
seus membros e pela Comissão de Valores Mobiliários.

Mesmo não sendo obrigadas a seguirem o Plano de Contas das Instituições Financeiras
(COSIF), as entidades do ramo de seguros, previdência privada e capitalização são
consideradas instituições financeiras. Como já mencionado, estão sob a supervisão da SUSEP
e da SPC.

Sob a supervisão da SUSEP estão as sociedades seguradoras (que prestam o serviço de


seguros), as resseguradoras (que fazem o resseguro, ou seja, o seguro dos serviços de seguro
prestados pelas seguradoras), as sociedades de capitalização (que emitem títulos de
capitalização) e as entidades abertas de previdência privada (prestando serviços de
previdência privada aberta, ou seja, com adesão livre a qualquer interessado).
19

Já a SPC regula apenas as entidades fechadas de previdência complementar, conhecidas


como fundos de pensão, onde os associados fazem parte de um grupo específico de pessoas,
geralmente empregados da empresa que patrocina o fundo.

2.1 - PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS DO PAÍS

BANCO DO BRASIL: Até janeiro de 1986 o BB assemelhava-se a uma autoridade


monetária mediante ajustamentos da conta movimento do BACEN – Banco Central do Brasil
e do Tesouro Nacional. Hoje, é um banco comercial comum, embora responsável pela
Câmara de Confederação, mas também acumula a função de Banco de Investimento e
Desenvolvimento..

O Banco do Brasil é uma sociedade de economia mista, com seu capital dividido em
ações ordinárias transacionadas em bolsa de valores, sendo a União a maior detentora das
ações negociadas.

No incentivo às atividades produtivas, o Banco do Brasil prioriza três setores:


agropecuária; modernização industrial e comercio exterior. O crédito rural é reconhecido
como ponto forte do banco e seus principais objetivos são aumentar a produção, melhorar o
nível de vida dos agricultores e reduzir o êxodo rural.

O Banco do Brasil, historicamente, sempre ostentou a responsabilidade por dois terços


dos empréstimos concedidos para custeio agrícola no país. Ultimamente, motivado pelas
mudanças na política do governo, sua participação chegou a contribuir com 80%. É ainda o
principal agente viabilizador do processo de crescimento agrícola iniciado em 1991.

O Banco do Brasil atua como Agente Financeiro do Governo Federal. Adicionalmente,


o Banco do Brasil acumula as funções de um Banco de Investimento e Desenvolvimento e de
um Banco Comercial.

BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SOCIAL – BNDES:


ex-autarquia federal criada pela Lei 1.628, de 20 de junho de 1952, foi enquadrado como uma
empresa pública federal, com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio,
pela Lei 5.662, de 21 de junho de 1971. O BNDES é um órgão vinculado ao Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e tem como objetivo apoiar empreendimento
que contribuam para o desenvolvimento do País. Contando com recursos de programas e
20

fundos de fomento, o BNDES é responsável pela política de investimentos de LP do Governo


e, a partir do Plano Collor, também pela gestão do processo de privatização. É a principal
instituição financeira de fomento do Brasil por impulsionar o desenvolvimento econômico,
atenuar desequilíbrios regionais; promover o crescimento das exportações, dentre outras
funções.

Em sua atividade financiadora, o BNDES conta com recursos próprios, oriundos de


aportes do Tesouro Nacional e os decorrentes de empréstimos e doações de entidade nacional
e estrangeira e organismos internacionais, como o Banco Interamericano de
Desenvolvimentos – BID, e os repassa a seus agentes financeiros (Bancos de Investimentos,
Bancos Estaduais de Desenvolvimento, Companhias Estaduais e Regionais de
Desenvolvimento).

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL: criada em 1861, está regulada pelo Decreto-lei nº


759, de 12 de agosto de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda.
Trata-se de instituição assemelhada aos bancos comerciais, podendo captar depósitos a vista,
realizar operações ativas e efetuar prestações de serviços.

A CEF caracteriza-se por estar voltada ao financiamento habitacional e ao saneamento


básico. É um instrumento governamental de financiamento social, priorizando a concessão de
empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas de assistência social, saúde,
educação, trabalho, transportes urbanos e esportes. Além disso, centraliza o recolhimento e
posterior aplicação de todos os recursos oriundos do fundo de Garantia do Tempo de Serviço
– FGTS, integra o sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE, o sistema
Financeiro de Habitação – SFH  e também financia projetos de saneamento básico.

Pode operar com crédito direto ao consumidor, financiando bens de consumo duráveis,
emprestar sob garantia de penhor industrial e caução de títulos, bem como tem o monopólio
de empréstimo sob penhor de bens pessoais e sob consignação e tem o monopólio da venda de
bilhetes de loteria federal.

3 - MERCADO DE CAPITAIS é constituído de um conjunto de instrumentos,


instituições e agentes econômicos cuja missão é mobilizar recursos de poupança financeira de
pessoas físicas, empresas e outras unidades econômicas que tem excedentes financeiros e
21

promover sua alocação eficiente para financiar a produção, a comercialização e o


investimento das empresas e o consumo das famílias.

Do ponto de vista legal, o mercado de capitais no Brasil é o mercado de títulos e valores


imobiliários emitidos pelas empresas e regulado pela CVM. Não fazem parte desse mercado
os títulos da dívida pública e os títulos da dívida emitidos por instituições financeiras, com
exceção dos debentures. Segmentos desse mercado são objetos de auto regulação por
entidades privadas, por delegação da CVM. Alguns exemplos são o mercado de ações e de
derivativos de bolsa, sujeitos, sujeitos a normas emitidas pela BM&FBOVESPA, o registro
transações com títulos de dívida e derivativos transacionados no mercado de balcão
organizado é regulado pela CETIP, enquanto que os processos de emissões primárias de ações
e dívida são reguladas pela ANBIMA.

Desde o Ano 2000, foram realizados importantes avanços institucionais do mercado de


capitais brasileiro, e sua regulação hoje é considerada de boa qualidade e a melhor entre as
economias emergentes. Nesse período foram criados mediante regulamentação da CVM
vários instrumentos e veículos do mercado de capitais, aperfeiçoados vários mecanismos e
normas voltados para proteção ao investidor e para a garantia de condições competitivas no
mercado.

No mercado de ações, além do mercado tradicional, foram criados novos segmentos de


listagem de acordo com os padrões de governança obedecidos pelas empresas ou em função
do seu tamanho. No mercado de dívida, além dos avanços no mercado de balcão organizado,
foram regulamentados o acesso das sociedades anônimas de capital fechado a esse mercado e
vários instrumentos e veículos, como por exemplo, os Certificados de Recebíveis
Imobiliários, os Certificados de Recebíveis do Agronegócio, os Fundos de Investimento em
Participações.

O menor custo de capital das companhias abertas resulta basicamente de alguns


atributos dessas empresas que permitem aos investidores e credores melhor avaliar suas
características de risco e retorno e seu potencial de crescimento e aos seus acionistas
participar ativamente de sua administração.

Em geral, os acionistas de companhias abertas tem liquidez para suas ações. Essa
característica permite, entre outros benefícios, ajustar o perfil de seu patrimônio às suas
22

preferencias pessoais, mediante a adequada diversificação de sua carteira de investimentos em


termos de horizonte de investimento, risco e retorno.

O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários, que tem o


objetivo de proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo
de capitalização.

3.1 – ESTRUTURA DO MERCADO DE CAPITAIS

O Mercado de Capitais é constituído pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e


outras instituições financeiras autorizadas. O mesmo é subdividido em Mercado Primário e
Mercado Secundário.

No Mercado Primário é onde se negocia a subscrição de novas ações ao público, isto é,


onde os valores mobiliários circulam pela primeira vez e onde a empresa obtém o capital para
seus empreendimentos, pois o dinheiro da venda vai para a empresa.

Já o Mercado Secundário são as demais negociações com esses títulos, como simples
trocas de possuidores, pois a empresa emissora já não terá mais contato com o dinheiro
proveniente dessas trocas. Esse último mercado se caracteriza também pelas negociações
realizadas fora das bolsas, em negociações que denominamos como mercado de balcão,
trazendo dessa forma mais liquidez para esses ativos financeiros.

Mercado de Balcão é um mercado sem local físico determinado para a realização de


transações. Elas são realizadas por telefone, entre as instituições financeiras. Neste mercado,
normalmente, são negociadas ações de empresas não registradas na BOVESPA, além de
outras espécies de títulos. O mercado de balcão é dito organizado quando se estrutura como
um sistema de negociações de títulos e valores imobiliários administrados por entidade
autorizada pela CVM.

3.2 CLASSIFICAÇÃO DO MERCADO DE CAPITAIS: PRIMÁRIO E


SECUNDÁRIO

Primário funciona quando uma companhia emite títulos novos para serem colocados no
mercado. A venda primária de valores imobiliários está associada a uma operação
de underwritng, processo pelo qual uma instituição financeira coordena e eventualmente
23

garante a colocação dos títulos junto ao mercado. O coordenador pode ser um banco de
investimento, sociedades corretoras ou distribuidoras de valores imobiliários.

Secundário, quando os valores mobiliários são negociados nos pregões das Bolsas de
Valores, entre os diversos investidores que participam do mercado. Nessas negociações, a
companhia emitente não recebe recursos, e sim o proprietário do título. Entretanto, é o
mercado secundário que oferece importante atributo de liquidez aos investidores que
adquirem os títulos no mercado primário.
24

Considerações finais:
O contador é visto, por muitos empresários, principalmente, pelos micro e pequenos
empresários, como um profissional que apenas traz impostos para os mesmos recolherem. Por
isso, esses empresários, buscam contratar os profissionais de contabilidade apenas visando
somente o preço que eles cobram e não pela qualidade de seus serviços.
Esses empresários não conseguem enxergar que os contadores podem e devem auxiliá-
los na sintetização das informações para a sua tomada de decisão em suas organizações.
Os profissionais de contabilidade, os Contadores, são tão importantes quanto os
administradores, pois possuem visão de negócio, geram relatórios com informações relevantes
para auxiliar na tomada de decisão, seja na compra ou venda de bens móveis e imóveis; na
efetivação de empréstimos de terceiros ou integralização de sócios; bem como, na ampliação
dos negócios, etc..

Bibliografias:
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Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2016.
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