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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

CONTABILIDADE, PERICIA E AUDITORIA

JURACI FERNANDES DE OLIVEIRA JUNIOR

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


CONTABILIDADE, PERICIA E AUDITORIA
JURACI FERNANDES DE OLIVEIRA JUNIOR

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


CONTABILIDADE, PERICIA E AUDITORIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como
requisito parcial para a obtenção do título de pós
graduação Contabilidade,Pericia e Auditoria.

Professores Orientadores do TCC:


Eber Fernando Costa

Vitória da Conquista
2018
Vitória da Conquista
2018
Ao meus professor principalmente ao
orientador deste Trabalho de Conclusão de
Curso o amigo Jadilson Lourenço Lima, o qual
imensamente contribuiu em minha formação.
E especialmente aos meus pais e minhas
amadas irmãs que comemoram cada vitória
alcançada em minha vida.
Aminha esposa Ednalva que acredita no meu
potencial e sempre ao meu lado para o que der
e vier.
AGRADECIMENTOS

A Deus por tudo que me proporciona na vida. À minha mãe e meu


pai, os quais amo muito, pelo exemplo de vida em família. A minhas irmãs por tudo
que me contribuíram até hoje. À minha amada esposa Ednalva, pelo carinho,
compreensão e companheirismo. Aos meu “filhos” Daniel, Camila, Isabela e Naiana
pela presente alegria e harmonia que convivemos em família.
Ao Prof. Jadilson Lourenço Lima , meu orientador e amigo de todas
as horas, que acompanhou...e motivou para que alcançasse esta vitória.

A todos Funcionários do campo de Vitória da Conquista, desta

Meu muito Obrigado!


"Há homens que lutam um dia e são bons.
Há outros que lutam um ano e são melhores.
Há os que lutam muitos anos e são muito bons.
Porém, há os que lutam toda a vida.
Esses são os imprescindíveis."
Bertolt Brecht
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 7
2. CONTABILIZAÇÃO DA EMPRESA DENTAL SUDOESTE COMÉRCIO DE
PRODUTOS ODONTOLÓGICOS LTDA.....................................................................6
2.1 MEMÓRIAS DE CALCULOS................................................................................6
2.1.1. ESTRUTURA DE CAPITAL SOCIAL..........................................................6
2.1.2 EMPRÉSTIMO.............................................................................................6
2.1.3 BENS NECESSARIOS PARA O DESENVOLVIMENTOS DA ATIVIDADE 7
2.1.4 ESTOQUE INICIAL......................................................................................7
2.1.5 FOLHA DE PAGAMENTO...........................................................................8
2.1.6 RELAÇÃO DAS COMPRAS DE MERCADORIAS....................................18
2.1.7 RELAÇÃO DAS VENDAS DE MERCADORIAS, PRODUTOS E
SERVIÇOS......................................................................................................... 23
2.1.8 CONTROLE DE ESTOQUE......................................................................34
2.1.9 ITENS NECESSÁRIOS PARA DESENVOLVIMENTO DA EMPRESA.....44
2.1.10 BOLETIM DE CAIXA / BANCOS.............................................................45

2.2 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO MÊS FEVEREIRO E MARÇO DE 2012........49


2.3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.....................................................................50
2. 4 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS...........................................59
2.5 RELATÓRIO GERENCIAL..................................................................................67
2.6 CONCLUSÃO......................................................................................................70
REFERÊNCIAS.........................................................................................................71
ANEXOS....................................................................................................................72
1. INTRODUÇÃO

No mundo globalizado, em que a competição faz parte do


cotidiano das organizações, há uma sucessiva necessidade de se tomar
decisões corretas contribuindo para uma assídua evolução da organização e
para o crescimento sustentável. Administrar uma organização, hoje, exige
conhecimentos, habilidades, competências, visão estratégica e, principalmente,
mecanismos que possibilitem um amparo ao processo de tomada de decisão.
As organizações estão a remodelar-se, a reformular-se e a
passar por transformações de reengenharia para mudarem as suas metas e os
seus processos com vista a responder de forma adequada a um fascinante em
constante variação. Neste quadro de mudança e de crescente competição em
todos os segmentos de mercado, as organizações têm que aperfeiçoar os seus
métodos de gestão, que se atualizem de forma simples e lógica, para que
possa colher ganhos de produtividade, competitividade e rentabilidade.
A auditoria, em sentido amplo, pode constituir um importante
instrumento ao serviço da gestão para a continuação desses objetivos. No
entanto, para tomar em consideração as necessidades da gestão das
organizações, tornou-se necessária uma atuação mais periódica da auditoria,
com maior grau de profundidade e visando outras áreas da organização.
A sociedade, majoritariamente constituída numa perspectiva
de economia de mercado, exige que a função de auditoria seja cada vez mais
participante no diagnosticar de determinadas situações, como é o caso da
viabilidade da empresa, na denúncia de fraudes e de atos ilícitos, na
apreciação da economia, eficiência e eficácia das organizações. Neste sentido,
o papel desempenhado pela auditoria interna é um reflexo das necessidades e
expectativas da organização como um todo para sobreviver e atravessar numa
dada fase de desenvolvimento.
Os auditores internos tornam-se facilitadores da mudança ao
fornecerem conhecimentos sobre o verdadeiro estado da organização e sobre
a velocidade da mudança que está a ter lugar nos processos da organização.
Nesta perspectiva, o posicionamento da auditoria interna, numa visão atual do
seu funcionamento, reúne a sua atenção, não na auditoria aos setores da
empresa, mas às atividades que esta exerce. Contudo, o alcance e objetivos
de auditoria interna variam e dependem do tamanho e estrutura da
organização, bem como dos requisitos da gestão.
Neste contexto, torna-se de grande importância aprofundar
acerca da seguinte questão: qual a contribuição da auditoria interna para a
gestão eficaz das organizações?
Para responder adequadamente a questão, traçaram-se os
seguintes objetivos específicos:
• compreender o comportamento dos auditores internos e da
gestão da organização;
• analisar o entrosamento do plano de auditoria interna com os
demais planos empresariais;
• compreender a elaboração do planejamento anual das
atividades de auditoria interna e a sua dinâmica no contexto
organizacional;
• compreender a supervisão da qualidade dos trabalhos de
auditoria interna;
• identificar contribuições que possam ser prestadas pela
auditoria interna ao Elemento de Gestão;
• avaliar o reconhecimento por parte da gestão em relação à
função de auditoria interna.
Entende-se que através das técnicas e métodos do controle
interno e auditoria, podem-se prevenir informações distorcidas que podem
gerar conclusões erradas e danosas para o processo de tomadas de decisões
nas empresas. Para abordar o tema central da pesquisa será tratada a
utilização do controle interno e auditoria como ferramenta eficaz de Gestão,
apresenta-se os assuntos de Auditoria, Controle Interno, aplicabilidade do
Controle Interno, Erros e Fraudes e Pericia Contábil.
2. AUDITORIA
O conceito de auditoria não tem sido singular nem estático,
embora algumas das definições conhecidas tenham aceitação mais ou menos
universal. Existem diversos conceitos de auditoria, e em face desta situação
houve a preocupação de dar à auditoria uma definição que tivesse uma
aceitação generalizada.
Auditoria, em sentido amplo, pode ser entendida como um
processo de investigação cuidadosa em que são obtidas e analisadas
comprovações que permitam ao auditor pronunciar-se sobre a conformidade de
uma situação vigente com os critérios de comparação selecionados e
comunicar os resultados aos gestores e interessados da Organização.
De acordo com Almeida (2003), o termo auditoria vem do latim
audire, utilizado pelos ingleses na contabilidade revisional que, com passar dos
anos, passou a ser mais abrangente. Essa expressão passou a ser utilizada no
vocábulo local, assim como outros termos técnicos absorvidos de outras
línguas.
Para Sá (2000, p. 25),
Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame dos
registros demonstrações e de quaisquer informes ou elemento de
consideração contábil, visando a apresentar opiniões, conclusões, crítica e
orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais da riqueza aziendal,
pública ou privada, quer ocorridos, quer por ocorrer ou prospectados e
diagnosticados.

O conceito de auditoria tem evoluído com o passar do tempo,


refletindo não só nas mudanças empregadas no desenvolvimento das
organizações e na cautela dos interesses em jogo mas também nos propósitos
cada vez mais amplo que vêm surgindo a serem fixados. Se no inicio visava a
descoberta de erros e fraudes, passou depois a ampliar-se a outros domínios e
a assumir formas específicas. Daí que, a evolução histórica dos conceitos
permite-nos verificar a forma como a auditoria foi reflexo das mudanças
econômicas e sociais que se foram surgindo desde que se institucionalizou
como ramo do saber até à atualidade, passando não só a evidenciar a natureza
dos fatos já passados e por consequências históricas, mas também a
desempenhar uma função de prevenção e orientação.
Segundo Franco e Marra (2000), as primeiras auditorias eram
denominadas auditorias corretivas e o seu objetivo era assegurar aos
proprietários que os empregados contratados controlavam corretamente as
contas, que não faltava nenhum bem e que os valores eram exatos. Estas
auditorias abarcavam todas as operações e registros contábeis.
A auditoria ao executar uma função estratégica na realização
da informação com lisura, proporcionada pelas demonstrações financeiras e
atribuída a grande responsabilidade social. A dimensão social da auditoria está
comprovada na utilização do termo nas mais diferentes atividades, tais como
na saúde, na educação, entre outras, sempre que tenha de ser efetuada uma
verificação ou apreciação. A expansão do termo está ligada à noção de
responsabilidade e transparência, noções de elevada importância na sociedade
contemporânea.
A auditoria, como tantos outros setores, está em constante
mudança, motivada pela revolução tecnológica e do mercado global. Desde a
separação dos campos de auditoria face à consultoria, as novas questões
éticas.
Com o surgimento de empresas da nova economia, a auditoria
expandiu o seu campo de atuação, desenvolvendo novos serviços sendo
necessário o desenvolvimento de novas funções. Os riscos das transações
online ou por internet, especificamente, as condições de comercialização,
privacidade, segurança, garantias de assistência pós-venda e a validação da
assinatura eletrônica, a contabilidade destas empresas, pedem uma
certificação feita por entidades independentes, a uma velocidade maior, e esta
é uma nova área a ser desempenhada pela auditoria. Abrindo um leque de
opções para um profissional de auditoria qualificado pode oferecer aos seus
clientes, a solução poderá estar no novo mercado gerado com o
desenvolvimento da nova economia e no aperfeiçoamento de serviços, que não
estejam em desacordo com a profissão.
Nesse sentido, surgiu a necessidade de novas atividades para
atender as diversas áreas do mercado: auditoria operacional; auditoria de
gestão; auditoria de sistemas; auditoria governamental; auditoria ambiental;
auditoria de qualidade; entre outras.
Para reforçar este conceito, Chambers (1981, p. 45), afirma
que:
“um modo de decidir o que é que deve ser auditado, é aderir à
máxima de que onde existe uma política de empresa há sempre qualquer coisa
para ser auditada: nomeadamente os procedimentos que existem para
executar essa política”.
Logo, considera-se que os cuidados com a auditoria devem
passar pelo desempenho mais ativo e muito mais atuante na busca por
soluções que levem à melhoria da posição competitiva e o sucesso das
organizações.
Nas grandes empresas do mercado atual, a auditoria tem a
importante papel na garantia da integridade, das demonstrações financeiras, da
identificação com os regulamentos e legislações aplicáveis, das boas práticas
no cumprimento dos procedimentos estabelecidos, com princípios de rigor,
isenção e independência de quaisquer interesses semelhantes. A realização
dos trabalhos de auditoria obedece a princípios, normas e diretrizes que lhe
dão consistência e que resulta declarar.
2.2. MÉTODOS E TÉCNICAS DE AUDITORIA
A complexidade e o volume das operações realizadas pelas
empresas fazem com que sejam desenvolvidas técnicas de auditoria
específicas, aplicadas por meio de provas seletivas, testes e amostragem. O
auditor, na execução do seu trabalho, emprega-se de um amplo agrupamento
de métodos que o auxiliam na formação de uma opinião e que variam
consoante o tipo de trabalho a ser realizado, podendo identificar em gerais e
específicos. Os métodos gerais são os que têm aplicação em várias fases da
execução do exame e compreendem as seguintes técnicas de verificação:
• inspeção;
• observação;
• entrevista;
• confirmação;
• análise;
• cálculo.
Os métodos específicos são os que têm apenas aplicação em
certas áreas e tipos de auditoria. A opinião do auditor precisa estar
fundamentada em casos atestados balizados na realidade e dados corretos. O
auditor precisa avaliar cada elemento quanto à precisão, importância,
juridicidade e confiabilidade. De uma forma geral, e independentemente dos
seus objetivos e da organização por ela responsável, qualquer auditoria
desenvolve-se sempre por três grandes fases sequenciais, cuja a observação
seja determinante para o respectivo sucesso.são elas: planejamento,
execução, conclusão e encerramento.
2.2.1 FASE DO PLANEAMENTO
As ações tomadas no momento anterior a realização da
auditoria são determinantes para o sucesso dos trabalhos. O
planejamento começa com a realização de uma estratégia, que irá
direcionar a aplicação da auditoria. Essa estratégia deverá apresentar
todas as atividades numa linha do tempo, além do objetivo, com
processos, departamentos ou produtos que serão auditados. Nesta etapa
também é importante que o auditor identifique toda a documentação
relacionada, tais como políticas ou procedimentos de qualidade. Ainda
nesta etapa, pode ser elaborada a lista que precede as pessoas que
serão entrevistadas.
2.2.2 PREPARAÇÃO
Este é o momento em que os auditores poderão conhecer um
pouco mais sobre o SGQ (Sistema de Gestão da Qualidade) da empresa,
examinando mais afundo a documentação do sistema. É importante que cada
membro da equipe de auditoria esteja preparado para a atividade, com acesso
ao check-list de verificação. O checklist é fundamental para orientar o auditor
de modo a não esquecer nenhum detalhe a ser avaliado, assim como para
registrar as constatações e observações.

2.2.3 EXECUÇÃO

A execução da auditoria acontece por meio da coleta de


dados, que estabelecem se o setor em questão está cumprindo os
critérios e os dispositivos de controle da qualidade determinada. Nesta
fase, o auditor entrevista as pessoas, questionando e fazendo as
respectivas anotações das apurações. De acordo com o que for
verificado, os planos de auditoria e checklists podem ter sua meta
expandida, e podem ser submetidas a uma avaliação mais profunda.
É neste momento que serão registradas as inconformidades, ou seja,
situações que ocorreram em desacordo com o processo e procedimento
padronizado.

2.2.4 ENCERRAMENTO

Depois de concluída a aplicação da auditoria é que o trabalho


de fato, começa. O grupo de auditores se reúne para revisar as áreas
problemáticas, e apontar as recomendações a fim de que possa corrigir
problemas de qualidade. Essas informações irão compor o relatório de
Resultados da Auditoria. O relatório é um serviço importante para as reuniões
estratégicas realizadas pelas lideranças. Ele contribui na avaliação dos
resultados e a definir como executar as ações de melhoria sugeridas pela
equipe de auditores.

3. - AUDITORIA INTERNA

A auditoria interna é um tema demasiadamente pesquisado,


levando em consideração a imensa dificuldade das organizações, que
precisam cada vez mais de mecanismos que facilitem o controle. Jund (2004,
p. 27), ressalta:
“A auditoria interna é uma atividade de avaliação independente e de
assessoramento da administração, voltada para o exame e avaliação da
adequação, eficiência e eficácia dos sistemas de controle, bem como da
qualidade do desempenho das áreas, em relação ás atribuições e aos
planos, ás metas, aos objetivos e ás políticas definidos para as mesmas.”
A auditoria interna, quanto a sua forma, difere da auditoria
independe no nível da relação envolvida entre as partes. A auditoria interna é
realizada por profissionais ligados à organização ou empresa, conforme
definem Franco e Marra (1995,p 175):
A auditoria interna é aquela exercida por funcionário da própria empresa,
em caráter permanente. Apesar de seu vínculo à empresa, o auditor interno
deve exercer sua função com absoluta independência profissional,
preenchendo todas as condições necessárias ao auditor externo, mas
também exigindo da empresa o cumprimento daquelas que lhe cabem. Ele
deve exercer sua função com total obediência às normas de auditoria e o
vínculo de emprego não lhe deve tirar a independência profissional, pois sua
subordinação à administração da empresa deve ser apenas sob o aspecto
funcional.

Neste sentido, espera-se que a auditoria interna seja,


basicamente um instrumento de apoio à gestão e que contribua com a
organização para atingir os seus objetivos. À medida que as necessidades da
organização vão mudando com o tempo, a função da auditoria vai erguendo o
valor da sua contribuição no ajustamento do seu papel à satisfação das novas
solicitações de uma organização em constante mutação.
Deste modo, a auditoria interna auxilia os gestores na detecção
dos pontos fracos do controle na empresa, recomendando as devidas
mudanças a fim de que as metas da empresa não sejam prejudicadas. O
objetivo principal da função de auditoria funciona como um estrategista da
gestão, que lhe permita servir de assessor e consultor da mesma na
identificação dos riscos e propor possíveis mecanismos de ação que consistem
à um melhor desempenho dentro do sector econômico.
Cabe ressaltar, que a sua meta não é a descoberta de fraude
(atos praticados com a intenção de lesar alguém), ou de erro (ato cometido
sem intenção), entretanto, não se pode ignorar a probabilidade de, no decorrer
do trabalho, deparar-se com tais circunstâncias. Neste caso, cabe à auditoria
encaminhar o caso às instâncias administrativas adequadas para a que se
tome as devidas providências.
Hoje em dia, acredita-se que a auditoria interna deve atuar em
toda a estrutura da organização, analisando a eficácia dos seus resultados em
relação aos recursos colocados à disposição, bem como a economicidade e
eficiência dos controles internos existentes para a gestão dos recursos.
Conforme Marques, (1999, p.13): “a finalidade principal da
auditoria interna é a de assessorar e apoiar a gestão, quanto à organização e
funcionamento e ao controlo estratégico e operacional das diferentes atividades
da organização, através das suas avaliações independentes no âmbito das
auditorias que realiza e da sua prestação de serviços/assessoria ao conselho
de administração ou equivalente e demais gestores de topo.”
Nessa perspectiva, e segundo o estudo de Salinas (2001), a
atuação do auditor interno no futuro passará por:
- possuir conhecimento na área de segurança dos dados, para
auxiliar as organizações em relação aos possíveis riscos dos sistemas de
informação;
- verificar se as organizações estão em conformidade com
regulamentos legais e governamentais relacionados com o emprego, a
segurança e o meio ambiente, ou seja, a auditoria interna leva em
consideração os princípios e culturas presentes nos ambientes das
organizações;
- o aumento da competitividade entre empresas e as condições
econômicas encontradas no mercado atual fazem com que as auditorias
internas sejam mais produtivas na condução das auditorias financeiras,
incluindo a atividade de consultoria, a fim de acrescentar valor à organização;
- as organizações estão a passar permanentemente por
mudanças relativas a estruturas hierárquicas tradicionais e responsabilidades
de gestão. Os auditores internos são um recurso valioso para a consolidação
da mudança e o desenvolvimento das novas competências de gestão, vitais
para o desenvolvimento sustentável da empresa onde se inserem.
Observa-se então que o auditor, para se adaptar às novas
vocações deve buscar a ser eficiente e tolerante em adaptar novas aptidões
que agreguem valor ao cliente. Tal tolerância facilita a comunicação com as
partes interessadas das empresas.
O sucesso e a junção positiva da atividade de auditoria interna
numa organização dependem, em grande parte, das condições em que se
levou a cabo a sua criação.
3.1 AUDITORIA INTERNA: SUA IMPORTÂNCIA NUM AMBIENTE
GLOBALIZADO E COMPETITIVO
Muito se tem mencionado sobre o atual período pelo qual
passa a função do auditor interno nas organizações de todo o mundo. É
contestada a sua real necessidade nas organizações, como uma atividade que
realmente incorpore valor ao negócio e viabilize rentabilidade e segurança
sobre as operações aos acionistas.
Incorporar valor, é um conjunto de interesses internos e
externos que possibilitam um lucro, não necessariamente o monetário, que se
bem aplicados favorecem a administração da organização como amplitude.
Outro ponto fundamental para a boa gestão dos trabalhos de
auditoria interna é a manifestação entre os colaboradores da organização em
que mantém uma atividade de auditoria interna. Sobre a atuação e participação
do auditor interno compreende-se que este profissional se encontra na
organização como reforço na execução das tarefas dentro da filosofia da
organização, e não como um “complicador” que está presente apenas para
indicar erros, até porque ambos são parceiros na procura de um resultado
comum.
Nesse aspecto, o perfil existente do auditor interno não pode
ser o mesmo do passado, onde era visto como um indivíduo sistemático,
desagradável, distante das dificuldades futuras, dedicando-se apenas sobre os
dados transcorridos.
Ao auditor interno vem sendo pleiteado uma série de
entendimentos diferenciados para a boa execução das suas obrigações:
contabilidade, domínio de técnicas de gestão, qualidade total, marketing,
organização e métodos, planejamento estratégico, informática, relações
humanas, entre outras.
O auditor interno deve ser um integrante dinâmico do
mecanismo da gestão interna, fazendo as suas interpretações recolhidas nos
trabalhos de campo, sejam úteis e essenciais na procura de uma adequada
gestão de recursos. A sua convicção e interpretação crítica dos processos,
deve estar embasada em fundamentos que propiciem aos gestores a correta
valoração das técnicas utilizadas na gestão do negócio, onde a admissão de
mudanças de rumos por parte da gestão poderá depender da forma de
expressão oral e escrita do trabalho desenvolvido pelo auditor.
Nesse sentido, o auditor interno deve executar a sua atividade
com visão ampla e eficiente, antecipando-se aos fatos, de modo que o seu
conceito seja de primordial importância nos rumos da organização. Ao mesmo
tempo, deverá estar atento a novas vocações no mercado em que a sua
organização atua. A sua atuação na gestão operacional das organizações deve
ir muito além de uma “inspeção” sobre os procedimentos, atuando em
harmonia com as demandas do mercado, com metas e estratégias bem
definidas, que é fundamental para a sobrevivência empresarial.
Hoje em dia, inclusive o perfil do administrador que utiliza de
um quadro de auditores internos deve ser outro propiciando a este profissional
uma plena independência, confiando-lhe informações atuais, não sendo
necessário apurar determinados fatos após a sua ocorrência.
3.2 INFORMAÇÕES E DECISÕES
No cotidiano, as decisões são tomadas quase a todo o
momento. Umas vezes decisões simples, outras vezes mais complexas. Para
as decisões mais simples não são necessárias de muitas informações, já para
as mais complexas deve-se obter um número maior de informações, de forma
a minimizar o risco de uma escolha errada. Os dados para a tomada de
decisão devem ser necessários, relevantes, fidedignos e tempestivos, para que
os resultados planejados pelo gestor sejam atingidos, pois este procura a
decisão de excelência para a sua organização.
Os administradores envolvem-se diariamente com o sistema
decisório nos seus negócios. Afinal, gerir é tomar decisões, devendo portanto,
optar por estratégias, mercados, produtos, processos, políticas, pessoas,
preços, e outros; decisões que envolvem muitas vezes grandes investimentos,
expansão ou redução de negócios, reduções de custos e/ou aumentos de
preços, contratação e demissão de funcionários, financiamento de atividades,
entre outros.
Observando que, para todas essas decisões, são necessárias
informações pertinentes e incontestáveis para atingir a perfeição na perspicácia
da análise das possibilidades apresentadas, o gestor poderá fundamentar
melhor as suas escolhas dispondo de uma gama maior de informações
oportunas com o fim de evitar dúvidas na sua tomada de decisão.
A informação é de fundamental importância para o processo de
tomada de decisão, já que é a responsável pelas mutações praticadas pelos
gestores. As decisões que os gestores tomam são impulsionadas pelas
informações que eles recebem por meio da própria estrutura organizacional.
3.3 TRANSPARÊNCIA E CONFIABILIDADE DE UMA ORGANIZAÇÃO
Tem sido crescente o número de clientes que necessitam de
dados das organizações para tomar decisões. Este fato, exige, a cada dia, um
maior grau de confiabilidade da parte dos gestores, pois informações
distorcidas podem ocasionar prejuízos a terceiros, assim como levar a um
desconfiança geral de todo o grupo envolvido no negócio.
Neste sentido, não se pode negar que o termo confiabilidade
está diretamente relacionado com o sistema de transparência das
organizações, pois, a informação que proceda de um exame criterioso
conduzido por profissionais do trabalho de auditoria, quando divulgada, terá um
forte grau de fiabilidade por parte daqueles que a utilizam para justificar suas
decisões.
3.4 USUÁRIOS DAS INFORMAÇÕES DE UMA ORGANIZAÇÃO
As instâncias que buscam informações junto das organizações
podem classificar-se em dois grupos de usuários:
1. internos – acionistas, conselho de administração, conselho
fiscal, gestores e empregados;
2. externos – entidades governamentais, sindicatos, entidades
sociais, fornecedores e clientes, financiadores, investidores, agentes do
mercado de ações.
3.5 AUDITORIA INTERNA E GESTÃO EFICIENTE
Diante de um futuro desconhecido, num mundo em mutação
com um andamento por vezes muito acelerado, as organizações têm de
investigar de forma cuidadosa e ininterruptamente o seu meio convidativo,
observando a evolução dos mercados e identificar ameaças e oportunidades,
detectar a sua situação interna e diferenciar os seus pontos fortes e pontos
fracos, definir os seus objetivos estratégicos, as suas estratégias e políticas
globais e analisar sistematicamente os resultados que vão obtendo.
Para alcançarem uma posição competitiva, vantajosa e
sustentada, para serem rentáveis e até mesmo para sobreviverem, as
organizações precisam de ser geridas com eficiência, de modo a que os
objetivos apontados sejam alcançados e, para isso, a auditoria interna
desempenha um papel importante.
Rego (2001, p. 19) considera que: “a auditoria interna
preocupa-se, também, com a melhor rentabilização dos recursos disponíveis
assim como com o cumprimento dos objetivos previamente fixados, servindo as
organizações na sua globalidade e não apenas os seus gestores.”
Neste sentido, as aditividades de auditoria interna deverão ser
planejadas, programadas e desenvolvidas tendo em conta as
responsabilidades e prioridades da administração e em concordância com os
objetivos, estratégias e políticas globais definidos, contribuindo para uma
gestão eficiente.
3.6 RELATÓRIO DE AUDITORIA INTERNA
A face concreta da atividade da auditoria interna é o relatório.
Ele é o resultado das apurações, estudos e análises efetuadas durante o
trabalho de campo e conclui apresentando por escrito o conceito sobre a área
auditada e as suas orientações. O processo de preparação dos relatórios de
auditoria interna é complexo e delicado. É fundamental ter presente que eles
especifiquem deficiências e falhas de controles, método e procedimentos de
que são responsáveis, em última instância, os mais altos níveis da direção das
organizações. Incluem ainda sugestões e recomendações de como eliminar
tais falhas e deficiências.
O trabalho a desenvolver por qualquer auditor quer interno ou
externo, inclui a avaliação do controlo interno, embora essa avaliação e análise
possam ser desenvolvidas em perspectivas diferentes.
4. - CONTROLE INTERNO
A relevância do sistema de controle interno é determinado por
uma série de dispositivos, métodos que assegurem a proteção do patrimônio,
exatidão e confiança dos dados, eficiência operacional, organização das
posições administrativas e o cumprimento de objetivos definidos. Todas as
empresas possuem um sistema de controle interno, algumas de forma
adequadas outras nem tanto.

Almeida (1996, p. 50) ressalta:


“O controle interno representa em uma organização o conjunto de
procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos,
produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução
ordenada dos negócios da empresa.”
Na realidade pode-se afirmar que controle interno é todo o
sistema avançado dentro de uma empresa para que a mesma possa funcionar
de forma adequada e organizada, envolvendo todos os setores; administrativo,
compras, vendas, faturamento, tesouraria, completando assim melhores
resultados com menores gastos.
Segundo Mosimann e Fisch (2008, p.70),
“A função do controle interno configura-se como um instrumento
administrativo exigido pela complexidade das empresas a fim de atingir um
bom desempenho. A descentralização e a delegação de poderes a diversos
colaboradores em vários departamentos. Ocorreram em troca da prestação
de informações periódicas, da submissão ás criticas dos superiores quanto
as decisões tomadas e da obediência aos parâmetros estabelecidos para
decisões futuras.”
O crescimento das organizações, de uma forma global, aliada
as constantes transformações que acontecem em seu universo, tem conduzido
os gestores a agirem com suas tarefas com apreensão e apurando de forma
conjunta as conseqüências das suas realizações.
4.1 OBJETIVOS DO CONTROLE INTERNO
O controle interno tem como objetivos salvaguardar os ativos,
elaborar as informações contábeis confiáveis e ajudar a gestão na tomada de
decisões corretas.
Segundo Attie (2000, p. 117) “O conceito, a interpretação e a
importância do controle interno envolvem imensa gama de procedimentos e praticas
que, em conjunto, possibilitam a consecução de determinado fim, ou seja, controlar”
O mesmo autor ressalta que, em regra geral o controle interno tem
quatro objetivos básicos:
 A salvaguarda dos interesses da empresa;
 A precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios
contábeis, financeiros e operacionais;
 O estimulo à eficiência operacional; e
 A aderência às políticas existentes.
De acordo com D’ Ávila e Oliveira (2002, p. 33), ressaltam que os
objetivos do controle interno são:
 Eficácia e eficiência operacional;
 Mensuração e desempenho e divulgação financeira;
 Proteção de ativos; e
 Cumprimento de leis e regulamentações.
4.1.2 PRINCIPIOS BÁSICOS DOS CONTROLES INTERNOS
Os procedimentos de controles se agrupam em uma imensa
gama de informações dos processos. Assim para interpretar o todo, há
necessidade de serem exercitados os princípios básicos referentes a ele, pois
correspondem a medidas que devem ser adotadas e termos de política,
método e organização. Sà (2002, p. 107) diz que são considerados princípios
fundamentais:
a) Existência de um plano de organização com uma adequada distribuição
de responsabilidades;
b) Regime de autorização e de registros capazes de assegurar um controle
contábil sobre os investimentos, financiamentos e sistema de resultados da
empresa (custos e receitas), ou de metas da instituição (orçamentos);
c) Zelo do elemento humano no desempenho das funções a ele atribuídas;
d) Qualidade e responsabilidade do pessoal, em nível adequado.
A auditoria interna é encarregada pela confiabilidade dos
controles internos, ou seja, retificação e qualificação das regras, operações e
registros implantados na empresa. Mesmo que haja um excelente controle
interno é necessária esta verificação, para se haver a certeza de que as
normas estão sendo realmente seguidas e se há a necessidade de fixação de
novas regras.
Segundo Sà (2002, p. 108) para que haja a eficiência do
controle se faz necessário ocorrer o seguinte conjunto de procedimentos:
 Funções operacionais, compreendendo atividades de compras,
produção e venda de produtos, para cada grupo os serviços devem ter
funcionamentos distintos, porém coordenados, ou seja, serviços de
compras, serviços de vendas, serviços de pessoal, serviços de produção
etc.
 Funções de proteção, assumidas pelos que se tornam responsáveis
pela consignação de bens e valores, como tesouraria, almoxarifado etc.
 Funções de registro, quem tem por objetivo guardar na memória
todos os fatos que ocorrem no patrimônio.
O conjunto com esses componentes devem ser
desempenhados para que a organização consiga um método eficaz de controle
capaz de atender as necessidades da gestão.
5 CONCEITO DE FRAUDES E ERROS
Fraudes e erros são problemas que ocorrem e estão presente,
em todos os tipos de organizações dos países desenvolvidos e emergentes,
sejam publicas ou privadas, independente do ramo que atuem. No universo das
transações comerciais é um ambiente que se encontra em permanente
mutação, e de um mercando de incessante competição global. O que exige que
as organizações procurem sempre a se aprimorar e se adaptar a elas, por meio
de investimento em desenvolvimento tecnológico e aprimoramento em seus
controles e procedimentos internos.
Os prejuízos provocados por fraudes em uma empresa vão
além das perdas, refletindo na estabilidade financeira e ameaçando a imagem
da empresa diante; do mercado, dos acionistas, dos investidores, clientes, etc.
As fraudes são abundantes e ocorre de varias formas e modos,
das inúmeras classificações geralmente se divide em três categorias;
Como apresenta Attie (1998, p. 127):
Não encobertas: são aquelas em que o autor não considera necessário
esconder, porque o controle interno é muito fraco. Um exemplo seria a
retirada de dinheiro do caixa, sem efetuar nenhuma contabilização.
Encobertas temporariamente: são feitas sem afetar os registros contábeis;
por exemplo, retirar dinheiro proveniente das cobranças, omitindo o registro
delas de modo que seu montante possa ser coberto com o registro de
cobranças posteriores.
Encobertas permanentemente: nesses casos, os causadores
da anormalidade preocupam-se em modificar o dado contido nos registros e
outros arquivos, para assim encobrir a irregularidade. Por exemplo, o
recolhimento inadequado de dinheiro recebido de clientes poderia ser
encobertas, falsificando-se as somas dos registros de cobranças; porém, isto
não bastaria, pois, como o valor a creditar aos clientes não poderia ser alterado
sem o risco de futuras reclamações, deve-se procurar outro artifício.
Geralmente as fraudes decorrem nos registros contábeis,
através do desvio de valores em espécie do caixa sem realizar a apuração
contábil e na maioria das vezes na alteração dos valores das contas
patrimoniais. Ela pode ser definida pela falsificação ou alteração de registros ou
documentos, por práticas indevidas, sendo impulsionada pelo propósito de
lesar ou favorecer os interesses de outrem.
Sá (1997, p. 25) define fraude “uma ação premeditada para
lesar alguém. A fraude corresponde ao dolo, ou seja, aquela ação premeditada
que visa ao proveito de alguma forma para si ou terceiros”.
Deste modo, se alguém de forma deliberada transgredi uma
regra, falsifica ou adultera qualquer documento, demonstrações ou registros,
este está cometendo fraude.
A produção imprópria de registros e documentos se cometida
de forma não intencional, entende-se como erro. “Uma ação involuntária, sem o
intuito de causar dano” (Sá, 1997, p. 27).
5.1 ERRO
O erro trata-se de um ato não intencional, que pode ser
realizado por ignorância ou distração, má interpretação ou omissão; também
pode ser contábil, operacional e financeiro. Além disso, pode ser empregado
em transações, operações e documentos contábeis.
Conforme Sá (1997, p.24),
Erro contábil é um ato involuntário que prejudica as escrituração e
/ou as demonstrações contábeis. Constatado o erro e sendo ele relevante, o perito
precisa investigar os fatos que lhe deram causa e /ou a origem. Deve assim
proceder para certificar-se que se trata de um erro (involuntário) e não de uma
fraude com a intenção de iludir outrem.
Attie (1998, p. 127) conceitua erro:

a. De interpretação como, por exemplo, a aplicação errônea dos


princípios contábeis geralmente aceitos na contabilização de
transações;

b. De omissão por não aplicar um procedimento prescrito nas


normas em vigor;

c. Decorrente da má aplicação de uma norma ou procedimento.

O erro tem por característica na escrituração contábil e nas


demonstrações contábeis, aplicação incorreta de normas contábeis e interpretação
errada das variações patrimoniais.
5.2 COMO PREVENIR FRAUDES
A maior ocorrência de fraudes se dá no que diz respeito a
procedimentos que envolvem dinheiro, estoques e créditos a receber. Com o
propósito de inibir a ocorrência de fraudes, as empresas precisam evitar que a
pratica e permissão de pagamento sejam realizadas pela mesma pessoa. Caso
isso não aconteça, o auditor contábil quando da consumação do seu trabalho,
indicará que há indícios de probabilidade de fraude na organização. Daí a
grande responsabilidade do trabalho do auditor que deve identificar estes fatos
e recomendar que sejam tomadas as medidas corretivas necessárias. Para
precaver esse tipo de conduta alguns cuidados podem ser tomados:
- A cautela contra fraudes deve começar a partir da contratação
dos empregados, buscando saber nas empresas por onde já trabalharam, a
conduta em que tinham. Os setores mais alcançado pelos desvios são os
setores de compras, financeiro, de recursos humanos, como também a área de
tecnologia da informação;
- Investigar se a contabilidade está apropriada ou se as
realizações estão sendo registradas;
- É melhor que as auditorias externa e interna trabalhem de
forma integrada, aplicando sistemas de precaução, não sendo aconselhável
que seja colocado apenas a auditoria externa, pois mesmo que esta identifique
um crime corporativo, raramente seus profissionais saberão lidar com o
problema, já que lhes faltam subsídios de perícia contábil para trabalhar com
caso judicial;
- Vistorias procedimentos de folha de pagamento, de contas a
pagar e contas a receber é uma tarefa importante;
- O Contador deve congregar conhecimentos das Leis e
Códigos Processuais, de Criminologia, de Sociologia, de Psicologia e,
principalmente, de Auditoria e de Perícia Contábil. Os ensinamentos sobre
Criminologia, Sociologia e Psicologia irão ajudar o contador acrescentando sua
eficiência de reconhecer padrões de conduta alterada e indícios de distúrbios.
Esses conhecimentos darão ao Contador Investigador de Fraudes condições
de propor alternativas e penalidades para se acautelar a atuação dos
fraudadores;
- Outro dispositivo de precaução seria a instalação de câmeras
e a infiltração de investigadores nas equipes, os chamados “funcionários
espiões”;
- finalmente, as organizações precisariam trabalhar na
formação de informações estratégicas para o crescimento dos seus negócios,
como também se prevenir da ação criminosa de seus colaboradores ou de
terceiros.
Mecanismos de Controle e Prevenção:
- Crescimento da base de risco do negócio;
- Efetivação do controle interno, gerenciamento e treinamento
de equipes de auditoria interna;
- Verificação constante dos controles internos, fiscalização da
equipe de auditoria, análise de risco de fraude;
- Revisão da característica do ambiente de negócio, enfocando
aspectos tais como: cultura empresarial, ética do trabalho, revisão de
funcionários, estrutura de recursos humanos e controle de informação;
- Assistência e comedimento dos investimentos em atividades
críticas, tais como: construção, logística e manutenção;
- Planejamento e conferências de treinamento antifraude
destinados a equipes de auditoria;
- Seminários e palestras para os departamentos: comercial,
financeiro, administrativo, suprimento e logística.
Serviços de apuração de Fraudes:
- Apuração de fraudes financeiras;
- Investigação de fraudes gerenciais e comerciais, tais como:
logística e relacionamento com o cliente;
- Auditoria de verificação, coleta, análise de documentos e de
dados financeiros;
- Perícia em computadores e servidores, recuperação de
arquivos e de dados “deletados”;
- Mensuração, cálculo financeiro de perdas e prejuízos
causados por fraudes;
- Perícia e tabulação de documentos, analisando e informando
os resultados de investigação de forma objetiva e coerente com a empresa;
- Relatórios preparados para suporte e litígios.
Avaliação das perdas financeiras:
- Perícia contábil dos valores em litígio, apresentando o cálculo
financeiro;
- Cálculo dos danos causados pela fraude, tais como: valor
presente dos recursos desviados, cálculo do lucro cessante e custos de
oportunidade;
- Revisão independente dos valores pagos a fornecedores e
parceiros comerciais;
- Revisão independente de contas a receber e conciliação
contábil;
- Revisão independente dos contratos e cláusulas comerciais.
Percebe-se que estes são mecanismos importantes, os quais as organizações
devem considerar para desenvolver suas atividades de forma segura,
oferecendo conseqüentemente, confiança a seus clientes e obter, com isso,
bons resultados

6 REALIZAÇÃO DA PERÍCIA CONTÁBIL


Para SÁ (1994), “Perícia contábil é a verificação de fatos
ligados ao patrimônio individualizado visando oferecer opinião, mediante
questão proposta. Para tal opinião realizam-se exames, vistoria, arbitramentos,
em suma, todo e qualquer procedimento necessário à opinião”.
É indagável a relevância do conceito do perito contábil, pois
este possui um conhecimento tarimbado sobre a realidade patrimonial tanto
nos aspectos físicos, qualitativos e quantitativos, como nas causas e efeitos.
A perícia contábil é, por sua vez, uma ferramenta fundamental
na investigação de fraudes e erros contábeis, pois pratica mecanismos, de
acordo com as normas técnicas, a fim de fundamentar o laudo pericial, tais
como: a apuração, que constitui a análise de livros e documentos; a vistoria,
que consiste na constatação e comprovação de situação, coisa ou fato, de
forma circunstancial; a indagação, que trata de obtenção de testemunho
daqueles que tem ou que deveriam ter conhecimento da matéria periciada; a
investigação, que é a pesquisa visando trazer ao laudo o que está oculto por
quaisquer circunstancias; o arbitramento, que trata da determinação de valores
ou solução de controvérsias por critérios técnicos; a avaliação, que consiste no
ato de determinar valor de coisas, bens, direitos, obrigações, despesas e
receitas; e a certificação, que é a informação trazida ao laudo pelo perito
contábil, de caráter afirmativo, cuja autenticidade é reconhecida pela fé pública
atribuída ao profissional.
CONCLUSÃO
No universo econômico e financeiro propício a frequentes mudanças, o
mercado está cada vez mais exigente e competitivo por ampla concorrência,
colocando o auditor interno como protagonista e importante membro no
desenvolvimento das organizações, pois o mesmo deverá estar preparado para
apresentar soluções rápidas e eficientes através de atividades e controles
gerenciais sofisticados e informatizados, a qual estas soluções farão toda
diferença no que se refere à vantagem, agregando valor, sucesso e a
competitividade da organização no mercado
Para se obter um resultado positivo, diante do mercado interno
e externo, as organizações também vêm se adequando, começando por
investir na base de suas operações, desde a mais simples até a mais complexa
através da utilização de um controle interno, que deve ser bem criado,
desenvolvido e adequado ao seu ramo de atividade, se tornando um
instrumento que auxilia a gestão na busca de reduzir as falhas no processo,
diminuindo custos, obtendo relatórios consistentes e a possibilidade de planejar
o futuro.
No ramo da contabilidade, com suas várias aplicações e
variáveis mudanças, a necessidade de conhecimento específico e resultados
padrões e objetivos tem se tornado frequente. A primordialidade de um
conhecimento aprofundado da administração das organizações torna
imprescindível a presença de um auditor interno, no auxílio do mecanismo de
gestão para conduzir a auditoria interna e gerar informações fidedignas aos
gestores.
Este trabalho mostra o quanto é imprescindível a qualificação
de um profissional da área contábil para o seu melhor desempenho no
mercado global, podendo atuar como ferramenta de planejamento, controle e
perícia nas respostas necessárias para tomada de decisões das entidades.
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