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AUDITORIA INTERNA:
UM INSTRUMENTO FUNDAMENTAL PARA TOMADA DE
DECISÃO EMPRESARIAL
BRASÍLIA
2020
DHESSICA CRISTINE LOPES LIMA
AUDITORIA INTERNA:
UM INSTRUMENTO FUNDAMENTAL PARA TOMADA DE
DECISÃO EMPRESARIAL
BRASÍLIA
2020
DHESSICA CRISTINE LOPES LIMA
AUDITORIA INTERNA:
BANCA EXAMINADORA
RESUMO
ABSTRACT
The objective of this work is to understand the benefits and contributions of the
internal audit, in the decision-making of business management. The methodology
used in this research was the bibliographic review, in which books, dissertations and
scientific articles were selected through data search (books, database sites, etc.).
Internal audit, internal control and decision making. The period of articles researched
was the works published in the last 20 years. Internal auditing has become a
comprehensive control tool for managers, for systematic verification of the
effectiveness and efficiency of operating activities and identification of all internal
processes and policies defined by the company, as well as accounting and internal
control systems, which are effectively being followed and that the transactions carried
out are reflected in the accounts in accordance with the previously defined criteria.
1. INTRODUÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------09
2. AUDITORIA-----------------------------------------------------------------------------------------11
2.1 HISTÓRICO----------------------------------------------------------------------------------------11
2.2 CONCEITO-----------------------------------------------------------------------------------------15
2.3 TIPOS DE AUDITORIA-------------------------------------------------------------------------16
2.3.1 Auditoria Externa-------------------------------------------------------------------------------16
2.3.2 Auditoria Governamental---------------------------------------------------------------------17
2.3.3 Auditoria Ambiental----------------------------------------------------------------------------17
2.3.4 Auditoria Interna--------------------------------------------------------------------------------19
3. AUDITORIA INTERNA---------------------------------------------------------------------------20
3.1 OBJETIVOS DA AUDITORIA INTERNA---------------------------------------------------20
3.2 A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA---------------------------------------------20
3.3 PLANEJAMENTO DA AUDITORIA INTERNA--------------------------------------------21
3.4 FUNÇÕES DA AUDITORIA INTERNA------------------------------------------------------22
3.5 FASES DO PROCESSO DE AUDITORIA INTERNA-----------------------------------24
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS---------------------------------------------------------------------39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS-------------------------------------------------------------41
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1. INTRODUÇÃO
2. AUDITORIA
2.1 HISTÓRICO
É muito difícil dizer com exatidão a data em que foi feito o primeiro procedido
de auditoria no Brasil, mas em um século exatamente, o balanço da São Paulo
Tramway Light & Power Co., relativo ao período compreendido entre junho de 1899
e 31 de dezembro de 1902, foi certificado pela empresa canadense de Auditoria
Clarkson & Cross – atualmente Ernst & Young.
A palavra (auditing) é inglesa e deriva do termo auditor, no que corresponde
a “aquele que ouve”. Falava-se que quando um emissário era mandado pelo
rei tinha a finalidade de notificar algum súdito sobre alguma divida nessa
época o papel e a imprensa não era utilizada ainda, assim acompanhava
uma pessoa que tinha como missão comprovar súdito estaria ciente da sua
situação, desta forma esse era o auditor. Infere-se que a palavra deste tem
fé publica servi de prova perante terceiros levando posteriormente a
aplicação de uma nomenclatura para que o profissional passasse a atuar no
exame de contas, assim seu testemunho podendo ser utilizado em juízo.
(PINHO, 2007, p. 5-6)
Nos fins do Século XIII a auditoria passou a ser exercida por associações
profissionais na Europa: o Tribunal de Contas de Paris, o Collegio dei Raxonati e a
Academia dei Ragionieri na Itália, ou nos Conselhos Londrinos.
Em 1314, o cargo de Auditor foi criado na Inglaterra. Em fins do Século XV,
expedições marítimas em forma de joint ventures era financiadas por príncipes,
empresários, reis e bancários de Portugal, Inglaterra, França, Espanha e Holanda,
necessitando de prestar contas das receitas e das despesas das expedições às
Índias, Ásia e Américas.
Em 1756 na Inglaterra houve a Revolução Industrial e expansão do
capitalismo, deu um impulso maior para a profissão, pelo fato do surgimento das
primeiras fábricas com o uso intensivo de capital, geograficamente fora da jurisdição
dos proprietários, tendo assim necessidade de uma delegação de funções e
atividades e atribuições de responsabilidades quanto ao uso dos recursos produtivos
e comerciais.
No ano de 1880, foi criada a Associação dos Controladores Públicos
Certificados na Inglaterra (Institute of Chartered Accountants in England and Wales).
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No âmbito das leis, somente em 1965, pela primeira vez, foi introduzida a
figura do Auditor Independente em um diploma legal. Esse foi um marco de enorme
importância para a evolução da profissão e das práticas contábeis.
Desde então, tanto as práticas de Auditoria quanto seu ensino acadêmico se
consolidaram no país, de forma a atender seu principal objetivo: opinar a respeito da
adequação das demonstrações contábeis publicadas, no que diz respeito aos seus
aspectos mais relevantes.
No ambiente acadêmico, a disciplina auditoria, inicialmente denominada
Revisão e Perícia Contábil, foi introduzida oficialmente nos currículos dos Cursos
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2.2 CONCEITO
A Auditoria ficou mais presente no Brasil há, mais ou menos um século, mas
a função das características legalistas do país, só foi regulamentada a partir de
1965. Assim antecipou uma tendência que viria a se consolidar nos anos seguintes,
profissionais de contabilidade e acadêmicos, começaram a publicar os primeiros
ensaios sobre o assunto, desde 1928.
Segundo Crepaldi (2007, p.3), defini auditoria como o levantamento, estudo e
avaliação sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das
demonstrações financeiras de uma entidade.
A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de
procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre sua
adequação, consoante os Princípios Fundamentais de Contabilidade e pertinente à
legislação específica.
Desta forma se consiste em controlar as áreas mais importantes nas
empresas com o propósito de evitar situações que propiciem fraudes, desfalques e
subornos, através de testes regulares nos controles internos específicos de cada
organização.
O objetivo do exame das demonstrações financeiras é expressar a opinião da
propriedade das mesmas e assegurar que elas representem adequadamente a
posição patrimonial e financeira, o resultado de suas operações e as origens e
aplicações de recursos correspondentes aos períodos em exame, de acordo com os
princípios fundamentais da contabilidade, aplicados com uniformidade durante os
períodos.
O exame de auditoria deve ser efetuado de acordo com as normas usuais de
auditoria, inclusive quanto às provas nos registros contábeis e aos procedimentos de
auditoria julgados necessários nas circunstâncias.
Auditoria, segundo o Audibra (1991, p.33), é uma atividade de avaliação
independente e de assessoramento da administração, voltada para o exame e
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subordinado àqueles cujo trabalho examina. Além disso, o auditor interno não deve
desenvolver atividades que ele possa vir um dia a examinar, para que não interfira
em sua independência.
Importa informar que, em alguns grupos de companhias, os auditores internos
são subordinados diretamente à sociedade holding. Nesse caso, apenas a
administração de empresa investidora pode admitir ou demitir auditores internos de
sociedades controladas e coligadas.
Mello (2008, p.1-2), por sua vez, define Auditoria Interna como:
A Auditoria Interna é uma atividade de avaliação independente e de
assessoramento da administração, voltada para o exame e avaliação da
adequação, eficiência eeficácia dos sistemas de controle, bem como da
qualidade de desempenho das áreasem relação às atribuições e aos
planos, metas, objetivos e políticas definidas para asmesmas.
3. AUDITORIA INTERNA
A auditoria interna, para Attie, tem uma objetividade para cada setor da
empresa, para administração, fiscalizar a eficiência e eficácia dos controles internos
e gestores, aponta falhas, oferecendo melhores adequações. Para investidores,
demonstra a real situação econômica, patrimonial e financeira da empresa. Para o
fisco, a exatidão das demonstrações contábeis e situação geral da empresa. Para
sociedade da credibilidade e assegura a veracidade das informações, garantindo
empregos.
Para Attie (1992, p.29), a Auditoria Interna tem por objetivo:
· examinar a integridade e fidedignidade das informações financeiras e
operacionais e os meios utilizados para auferir, localizar, classificar e
comunicar essas informações;
· examinar os sistemas estabelecidos, para certificar a observância às
políticas, planos, leis e regulamentos que tenham, ou possam ter, impacto
sobre operaçõese relatórios, e determinar se a organização está em
conformidade com asdiretrizes;
· examinar os meios usados para a proteção dos ativos e, se necessário,
comprovar sua existência real;
· verificar se os recursos são empregados de maneira eficiente e
econômica;
· examinar operações e programas e verificar se os resultados são
compatíveis com os planos e se essas operações e esses programas são
executados de acordocom o que foi planejado; e
· comunicar o resultado do trabalho de auditoria e certificar que foram
tomadas as providências necessárias a respeito de suas descobertas.
proprietário não tem condições de supervisionar as etapas das atividades dos seus
negócios.
O Auditor externo, também pode emitir um relatório com soluções, para as
atividades da empresa, mas como se passe pouco tempo dentro da empresa. É
necessário um auditor a conhecer melhor as atividades e se aprofundar as diversas
áreas e atividades da organização.
Para Crepaldi (2013, pág. 66) a auditoria interna é importante para a entidade
principalmente no que tange:
à aplicabilidade e adequação de controles internos, financeiros e
operacionais; revisando e avaliando a correção, adequando e aplicando os
controles contábeis, financeiros e outros de natureza operacional,
propiciando controles eficazes a um custo razoável;
à extensão do cumprimento das diretrizes, planos e procedimentos;
determinando o grau de atendimento;
à salvaguarda dos ativos quanto à estruturação, guarda e perdas de todas
as espécies; determinando o grau de controle dos ativos da empresa quanto
à proteção contra perdas de qualquer tipo;
à avaliação da qualidade e desempenho na execução das
responsabilidades delegadas determinando a fidelidade dos dados
administrativos originados na empresa;
à recomendação de melhorias operacionais.
A Dimensão da entidade;
O sector de atividade a que pertence;
O correto tratamento das informações;
A filosofia de gestão quanto as políticas gerais (proativas ou
não);
A situação econômica- financeira da entidade;
A identificação das funções mais relevantes dentro da entidade e
os problemas críticos (riscos) que possam afetar.
2ª Fase: Preparação da Auditoria: A preparação da Auditoria inclui um
programa de trabalho que é um plano detalhado de práticas comuns de Auditoria e
avaliação prévia do controlo interno e da gestão de risco, baseada nas normas e
políticas estabelecidas pela entidade e nas normas internacionais de auditoria
interna geralmente aceites.
O programa de auditoria é uma orientação, um guia para a consecução do
trabalho da atividade de Auditoria Interna. A sua aplicação não assenta em critérios
rígidos, podendo a equipa de Auditoria usá-lo com uma razoável flexibilidade,
ajustando-o aos fatos ocorridos.
O programa de trabalho recolhe as linhas gerais de atuação da atividade de
Auditoria Interna, em função do tipo de auditoria, como por exemplo:
Programa de trabalho para Auditoria contabilístico-financeiro –
esta intimamente relacionado com o objetivo de controlo, risco e fiabilidade
das demonstrações financeiras;
Programa de trabalho para Auditoria operacional – visa medir e
avaliar a economia, a eficiência e a eficácia da gestão das diferentes áreas,
processos ou atividades funcionais da entidade.
3ª Fase: Exame Preliminar: A fim de conhecer bem a entidade ou área sujeita
a Auditoria, o auditor interno tem necessidade de efetuar as deslocações,
observações, reuniões, recolha documental, etc., que lhe permita obter a descrição
preliminar do sistema, da atividade ou do processo, e acordo com o trabalho a
realizar. Pode efetuar uma revisão analítica se considerar necessário.
A primeira reunião deve ser com o responsável a área sujeita a auditoria e no
local a auditar, a fim de poder efetuar o primeiro esboço do trabalho a executar.
Deve também efetuar a recolha e verificação dos documentos básicos que lhe
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alcançadas, pois atingindo estes objetivos estará efetuando a melhor decisão para a
empresa.
A informação é uma ferramenta essencial para o procedimento de tomada de
decisão, uma vez que a mesma é responsável pelas alterações implementadas pela
gestão.
Para o processo de tomada de decisão, o órgão de gestor, pode usar
modelos de decisão, como ferramentas de gestão, utilizados para encontrar o curso
de ações futuras. Também são utilizados, para descrever ou representar os dados
necessários de um processo e as suas inter-relações.
A partir da escolha de um grupo de variáveis e uma especificação das suas
inter-relações, projetadas para representar um processo ou sistema real, total ou
parcialmente, um modelo é a descrição do funcionamento de um sistema,
representando uma construção em particular, utilizando-se da teoria, a qual lhe
serve como suporte comercial. (BEUREN, 2000, p.17).
Desta forma, um modelo deve ser desenhado de uma forma que, apresente a
sua estrutura da melhor maneira possível, mostrando cada detalhe da operação
para que o seu auxílio, venha a ser utilizado de maneira eficiente e eficaz, não
confundindo com o processo de tomada de decisão.
O modelo de decisão é uma forma para se atingir os objetivos, já o processo
decisório é bem mais amplo, pois tem etapas definidas e necessárias em níveis
administrativos diferentes.
A maior dificuldade na tomada de decisão, é a incerteza quanto ao futuro,
mas esta incerteza pode ser diminuída com um bom modelo de decisão, que capture
informações fieis, adequadas e oportunas, para assim oferecer dados favoráveis e
aceitáveis acerca de uma decisão, a auditoria interna é quem vai auxiliar na captura
destes dados.
A concepção de um sistema de informações que auxilie o gestor a melhorar
as suas decisões não depende apenas da identificação dos modelos decisórios dos
gestores e das necessidades informativas. Muitas vezes, torna-se necessário
repensar o próprio modelo de decisão, além de utilizar informação adicional para
determinar a probabilidade de ocorrência de cada estado da natureza, a fim de
reduzir o problema da incerteza. (BEUREN, 2000, p.21).
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A auditoria interna deve estar a par do modelo de gestão utilizado pelo órgão
de gestão da organização, passando aos mesmos informações úteis para o objetivo
traçado, para que com estas informações a tomada de decisão seja executada pela
gestão de forma eficaz. Se aproveitando de que a auditoria interna é conhecedora
dos fatos ocorridos no passado de uma organização, pode presumir o efeito com a
escolha de determinada decisão e, portanto, cabe à auditoria interna desempenhar
de forma eficaz as suas responsabilidades no processo de tomada de decisão,
auxiliando os gestores com as informações disponíveis, sejam quantitativas ou
qualitativas.
Podemos concluir que a atividade de auditoria interna na questão da
assessoria à gestão, vendo a execução das suas normas, vem ajudando de muitas
formas a concretizar os resultados das organizações, tornando possível a redução
dos riscos a que as empresas estão expostas no atual cenário empresarial,
agregando valor.
Gestão de Risco é: um processo desenvolvido pela administração, gestão e
outras pessoas, aplicado na definição estratégica ao longo da organização,
desenhado para identificar potenciais eventos que podem afetar a entidade, e gerir
os riscos para níveis aceitáveis, fornecendo uma garantia razoável de que os
objetivos da organização serão alcançados. (COSO, 2004, p.4)
Os riscos nas organizações crescem cada vez mais, visto que temos
ambientes instáveis e muito competitivos com tecnologias sofisticadas e com ciclos
de vida cada vez mais curto, e com acesso á informação global generalizado.
Devido a estes acontecimentos, temos a necessidade de um controle
moderno que beneficie o desempenho e a competição, em divergência com os
controles de conformidade do passado, sendo o seu foco principal assegurar à
economia e a boa utilização dos recursos e a eficácia das organizações.
Mas se valorizam outras perspectivas do controle interno, a auditoria interna,
como atividade de supervisão, também sente a necessidade de novos
desenvolvimentos e novas perspectivas, para responder eficazmente às novas
atividades de controle e a um aumento de risco generalizado nas organizações, que
põe em causa nomeadamente o próprio principio going concern. (COSO, 2004, p.20)
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2007.
GEORGINA & MARTINS, Isabel. Auditoria Interna: Função e processo, (3ª ed.).
Lisboa: Áreas. 2007.
SÁ, A.L. Ética Profissional. 4 ed. rev. e ampliada. São Paulo: Atlas, 2001.