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AUDITORIA
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1.2. Metodologia.................................................................................................................2
2.7.1. Na organização.....................................................................................................9
2.7.2. Em auditoria.......................................................................................................10
III. CONCLUSÕES.............................................................................................................12
I. INTRODUÇÃO
A palavra Auditoria tem sua origem no latim, vem de "Audire", que significa ouvir; esta faz
referência a um exame analítico e pericial que segue o desenvolvimento das operações
contabilísticas desde o início até o balanço.
A auditoria externa e a auditoria interna são dois dos tipos de auditoria que podemos
encontrar numa entidade contribuindo ambas para a melhoria da fiabilidade da informação
mas com processos e objectivos diferentes.
De acordo com a definição do Institute of Internal Auditors (IIA) 1, a auditoria interna é uma
actividade independente, de avaliação objectiva e de consultoria, que tem como objectivo
acrescentar valor e melhorar as operações de uma organização. Ela pretende ajudar a
organização na prossecução dos seus objectivos através de uma abordagem sistemática e
disciplinada, na avaliação da eficácia da gestão do risco, do controlo e dos processos de
governação.
O presente trabalho é do âmbito académico para a cadeira de Auditoria e tem por tema
´´Sistema de Controlo Interno´´, tem por objectivo principal descrever todos os factos
inerentes ao Sistema Controlo Interno, o mesmo tem como base a pesquisa bibliográfica.
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http://www.theiia.org/guidance/standards-and-guidance/ippf/definition-of-internal-auditing/
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I.1. Objectivos da Pesquisa
I.2. Metodologia
Define-se metodologia como o tipo de processo seguido para a elaboração e um maior
aprofundamento sobre um assunto específico, procurando sempre solucionar o problema
mencionado no assunto de forma clara e objectiva, como também, alcançar os objectivos
estipulados.
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II. REVISÃO DA LITERATURA
Para Pinto (2004), corresponde ao plano da organização e dos métodos e medidas adoptadas
com vista a salvaguardar os activos, a verificar a exactidão e a fidedignidade dos dados
contabilísticos, a promover a eficácia operacional e a estimular o cumprimento das políticas
prescritas pelos gestores.
Por outro lado, Neves (2014), define o controlo interno como um processo integrado,
efetuado pela gestão ou outra entidade da organização, e é concebido para a adequada
gestão do risco organizacional e para proporcionar um grau de confiança razoável na
concretização da missão da entidade e dos objectivos de:
O sistema de controlo interno deve gerar um ambiente de controlo interno forte, o qual
assenta em três factores essenciais (NEVES, 2014):
Integridade;
Valores éticos;
Competência das pessoas.
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A salvaguarda dos activos;
A utilização económica e eficiente dos recursos;
A realização dos objectivos estabelecidos para as operações ou programas
Neves (2014), considera que de acordo com as necessidades da organização, são vários os
tipos de controlos que um Sistema de Controlo Interno (SCI) deve incluir, tais como:
preventivos, detectivos, directivos ou orientativos, correctivos e compensatórios.
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Neste sentido, pode dizer-se que existem controlos de prevenção, que são controlos a priori,
uma vez que têm como objectivo prevenir a ocorrência de factos ou acontecimentos
indesejáveis. Já os controlos de detecção são controlos a posteriori, ou seja, a sua finalidade
é detectar qualquer tipo de facto indesejável que já tenha ocorrido e corrigir os seus efeitos
negativos (NEVES, 2014).
Existem, ainda, os chamados controlos directivos cuja missão é contribuir activamente para
a ocorrência de factos desejáveis, ou seja, encorajar e fazer com que esses factos aconteçam,
isto porque uma orientação positiva evita que ocorram factos indesejáveis. Existem, também,
os controlos correctivos que servem para proceder à rectificação de qualquer tipo de
problema identificado. Finalmente, existem os controlos compensatórios, os quais, como o
próprio nome indica, funcionam como forma de compensação em relação a eventuais
fraquezas ao nível do sistema de controlo que possam existir noutras áreas de actividade
(NEVES, 2014).
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II.4.2. Avaliação de Risco
As entidades estão sujeitas a vários riscos, tanto de origem interna como externa, que são
uma ameaça à concretização dos seus objectivos. Coso (2013), afirma que a avaliação de
risco envolve um processo dinâmico e iterativo para identificar e avaliar os riscos para o
alcance dos objectivos, desencadeado pelo órgão de gestão. Assim, após ser feita a
identificação dos riscos, é crucial avaliar o seu significado, a probabilidade da sua ocorrência
e como devem ser geridos.
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No processo de relato, financeiro, é fundamental que o sistema inclua: o sistema
contabilístico e os procedimentos que permitam iniciar, contabilizar e comunicar as
transacções da entidade e manter os activos devidamente salvaguardados (COSO, 2013).
O monitoramento é importante não só para o órgão de gestão mas também para todos os
colaboradores. No que diz respeito à gestão, é através das actividades de monitorização que é
assegurado, de forma razoável, o alcance dos objectivos definidos para entidade, devendo o
órgão de gestão monitorizar a operacionalidade e eficiência dos controlos para efectuar os
reajustamentos necessários em função dos novos riscos identificados. Em relação aos
colaboradores, é importante que os mesmos tenham conhecimento sobre o monitoramento ao
cumprimento dos controlos e, consequentemente, a detecção do seu não cumprimento
(COSO, 2013).
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i. Segregação de funções (também denominado de separação ou divisão de funções)
separa as funções que são inconciliáveis entre si, evitando que sejam atribuídas à
mesma pessoa as funções de autorização, aprovação, execução, controle e
contabilização com o objectivo de impedir e dificultar a prática de erros,
irregularidades ou a sua simulação;
ii. O controlo das operações (segundo princípio) apoia-se na verificação ou conferência
das operações, respeitando o princípio da segregação de funções, dado que que devem
ser efetuadas por pessoas diferentes das que intervieram na sua realização ou registo;
iii. A definição de autoridade e responsabilidade traduz-se na definição clara e
rigorosa dos níveis de autoridade e de responsabilidade em relação a qualquer
operação. Tal definição deve conter um plano organizativo, com as funções,
autoridades e responsabilidades de todo o pessoal;
iv. A competência do pessoal argumenta que os trabalhadores devem ter as habilitações
literárias e técnicas necessárias e a experiência adequada para a execução das funções
que lhe são atribuídas;
v. O registo dos factos relaciona-se com a forma como as operações são reconhecidas
na contabilidade, tendo em consideração dois requisitos fundamentais: o cumprimento
das regras contabilísticas e ou os comprovativos/documentos justificativos. Estes
documentos devem ser numerados de forma sequencial para, no caso de se
inutilizarem ou serem anulados, lhes ser possível efectuar um controlo. Este princípio
tem ainda outras três finalidades: assegurar uma adequada verificação da ligação entre
os diversos serviços, acelerar o processo de registo de operações e fornecer
informação de forma rápida, precisa e clara aos responsáveis, no exercício da
actividade de gestão.
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Adequação dos objectivos estabelecidos como uma condição prévia ao CI;
Falhas na tomada de decisões, devido ao julgamento humano defeituoso e
tendencioso;
Falhas originadas por erros humanos, como enganos simples;
Capacidade do órgão de gestão de ultrapassar o CI;
Capacidade do órgão de gestão, outros funcionários e/ou terceiros transporem os
controlos através de conluio entre as partes;
Eventos externos fora do controlo da organização.
II.7.1. Na organização
O controlo interno, inserido em uma organização, ajuda-a a mitigar os riscos de não atingir os
objectivos definidos, como é o caso da eficiência nas operações, qualidade dos produtos ou
serviços, ou o próprio cumprimento dos regulamentos e leis a que a actividade se encontra
sujeita (Messier, et al, 2017).
Existem vários riscos que podem comprometer o objectivo da fiabilidade de informação. Por
exemplo, conforme exposto por Johnstone et al (2014), um colaborador na área comercial
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pode ter a tendência a sobrevalorizar as vendas com o intuito de aumentar a probabilidade de
obter um bónus remuneratório.
Por controlo formal entende-se a existência de um manual de controlo interno, o qual compila
as medidas que a gestão ou administração considera adequadas e necessárias para o alcance
dos objectivos previstos para a entidade. Em alternativa, poderá também verificar-se a
existência de regras registadas de forma avulsa face a determinados departamentos ou até
processos específicos (FERREIRA, 2019).
II.7.2. Em auditoria
Enquanto, a nível interno, a entidade pretende assegurar o cumprimento dos seus objectivos,
a função de auditoria preocupa-se com a identificação de factores materiais com origem em
erro ou fraude que possam conduzir os utilizadores da informação financeira a conclusões
incorrectas acerca das mesmas (FERREIRA, 2019).
Desta forma, como parte do planeamento de uma auditoria financeira, o auditor utiliza o seu
julgamento profissional na identificação de riscos materiais. Esta avaliação é baseada no
conhecimento do negócio do cliente e respectivo meio envolvente, incluindo o seu controlo
interno (ISA 315, IFAC, 2015). É este conhecimento que o ajuda a identificar riscos
significativos associados ao negócio, bem como o risco de existirem distorções materiais nas
demonstrações financeiras.
Neste sentido, um bom sistema de controlo interno funciona assim como um “filtro” à
ocorrência e detenção de erros materiais, pelo que, quanto maior for o conhecimento e
confiança sobre os controlos da entidade, menor será o volume de testes de auditoria a
aplicar. Em suma, o risco de distorção nas demonstrações financeiras é tanto menor quanto
mais eficiente forem os controlos da entidade (FERREIRA, 2019).
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Para Costa (2017), o “controlo interno administrativo não influi, em princípio, nas
demonstrações financeiras ao contrário do que acontece com o controlo interno
contabilístico, o qual, podendo afectar significativamente a informação apresentada nas
demonstrações financeiras, deve merecer uma atenção muito especial quer do auditor
interno quer, sobretudo, do auditor externo”. Desta forma, depreende-se que a auditoria se
irá focar sobretudo nos controlos contabilísticos que têm como principal intuito assegurar a
confiança nos registos contabilísticos reflectidos nas demonstrações financeiras.
Existe ainda diferenciação nos objectivos da monitorização do controlo interno para a função
de auditoria interna face à auditoria externa. A nível interno, o auditor faz a sua avaliação
periodicamente, examina e avalia a adequação da estrutura do controlo interno e faz
recomendações para a sua melhoria. No seu plano anual de auditorias, o auditor interno avalia
várias áreas, identifica falhas, sugere melhorias e planeia a sua implementação, bem como
acompanha os resultados (FERREIRA, 2019).
Em outra perspectiva surge a auditoria externa, a qual irá realizar a sua análise periódica com
vista a verificar se o controlo interno implementado é adequado e se tem a capacidade para
servir como base para a prova de auditoria, pelo que dá mais significância aos controlos
directamente associados às demonstrações financeiras que lhe permitam reduzir o volume de
testes substantivos a executar (FERREIRA, 2019).
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III. CONCLUSÕES
Tendo sido cumpridos os objectivos específicos da pesquisa, é chegado o momento de retirar
as principais ilações inerentes ao tema em estudo, pelo que conclui-se:
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA. C. B. Auditoria Financeira – Teoria & Prática. Rei dos Livros. 11.ª Ed. Lisboa,
2017.
IIA: The Institute of Internal Auditors. International Standards for the Professional Practice
of Internal Auditing, 2016.
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