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Eu, Sílvia Lucas Cuamba declaro por minha honra, que esta monografia é da minha autoria e é
resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é
original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na
bibliografia final.
Declaro ainda que esta monografia não foi apresentada em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.
Assinatura
____________________
I
COMPROMISSO
Eu, Abílio Simão Muchanga, com competências científicas e académicas para o devido fim,
assumo o compromisso de exercer nos meses de Janeiro à Julho de 2020, a orientação de
monografia do Curso de Contabilidade e Auditoria, da estudante Sílvia Lucas Cuamba
responsabilizando-me por:
a) Apresentar um relatório bimensal sobre a produção do orientando, conforme
cronograma;
b) Cumprir as disposições normativas inerentes ao Regulamento de Monografia
correspondente a critérios de avaliação, frequência e procedimentos vigentes no Instituto
Superior de Comunicação e Imagem de Moçambique;
c) Comunicar à Coordenação do Curso quaisquer problemas referentes ao desenvolvimento
da Monografia.
_____________________________________________
Orientador (a)
II
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho, à minha mãe, Hanifa Motichande, ao meu irmão, Charles Mbule, pelo
amor, admiração, gratidão, dedicação, ensinamentos, pelo apoio incondicional em todos os
momentos da minha vida e por fazerem-me acreditar que tudo é possível, basta perseguir os
sonhos.
III
AGRADECIMENTOS
Primeiro, agradeço a ALLAH S.T. por me ter dado forças, iluminando o meu caminho, para
que pudesse concluir mais uma etapa da minha vida;
O agradecimento é extensivo, e de forma especial, à minha família que, durante este período,
deu-me força e coragem para continuar, mesmo reconhecendo as limitações financeiras a que
estava sujeita.
A minha maior gratidão vai para todos os docentes do curso de Contabilidade e Auditoria,
colegas da turma, grupo de estudo, em especial, pela paciência, dedicação e ensinamentos
disponibilizados nas aulas. Cada um contribuiu, de forma especial, para a conclusão deste
trabalho e, consequentemente, para a minha formação profissional;
Ao meu Supervisor, o Dr. Abílio Simão Muchanga, pelo apoio incondicional para a melhor
compreensão e apreensão das matérias.
Ainda agradeço à minha mãe, Hanifa Motichande, às minhas amigas e colegas da ADEF, aos
representantes máximos da ADEF e a todos que, directa ou indirectamente contribuíram para a
minha formação.
IV
EPIGRAFE
(Walters, Graham)
V
RESUMO
O presente trabalho tem como tema, “Modelos de Gestão de Risco de Crédito e seu Impacto na
Rentabilidade do PERPU - Estudo de caso do Município da Matola (2011-2018) ”. A
abordagem tem com especial enfoque a Vereação de Finanças, em especial o Sector de PERPU
– Comissão Técnica de Avaliação de Projectos, o trabalho procura responder o seguinte
problema: até que ponto os modelos de gestão de risco de crédito no âmbito do PERPU tem
impacto no nível de reembolso do fundo do PERPU? Tem como objectivo principal Analisar o
impacto dos modelos de gestão de risco de crédito no nível de reembolso no âmbito do PERPU.
As hipóteses levantadas consideram que, os modelos de gestão de risco de crédito tem impacto
positivo na rentabilidade do Plano Estratégico de Redução da pobreza Urbana. Quanto à
metodologia da pesquisa, foi adoptada a qualitativa, tendo sido feita a revisão da bibliografia
com base em algumas obras, legislações para ver como diferentes autores discutem o tema como
é o caso de Recuero, R. (2009) e Kotler, P. & Keller, K. L. (2006) entre outros autores, tendo
sido efectuado um estudo de caso no Sector do PERPU, colectando-se dados através de
entrevistas. As ilações conclusivas aferiram que as Os Modelos de Gestão de Risco de Crédito e
seu Impacto na Rentabilidade do PERPU no Conselho Municipal da Cidade da Matola são mais
do que meios de colecta dos reembolsos. Eles têm um papel de transformação e respectivos
procedimentos para a concessão de crédito a nível da instituição e seu impacto é rentável.
VI
ABSTRACT
The present work has as its theme, “Credit Risk Management Models and their Impact on
Profitability of PERPU - Matola Municipality Case Study (2011-2018)”. The approach focuses
in particular on the Finance Council, especially in the PERPU Sector - Project Evaluation
Technical Commission, the work seeks to answer the following question: to what extent do
credit risk management models within the PERPU have impact on the repayment level of the
PERPU fund? Its main objective is to analyze the impact of credit risk management models on
the repayment under the PERPU. The hypotheses raised consider that; Credit risk management
models have a positive impact on the profitability of the Strategic Urban Poverty Reduction
Plan. As for the methodology, the research adopted the qualitative one, the literature was
revised based on some works, legislations to see how different authors discuss the theme as
Recuero, R. (2009) and Kotler, P. & Keller, KL (2006) among other authors, having been made
a case study in the PERPU Sector, collecting data through interviews. The concluding
conclusions show that the Credit Risk Management Models and their Impact on Profitability of
PERPU in the Municipal Council of Matola are more than means of collecting repayments.
They have a transformative role and related institutional lending procedures and its impact is
profitable.
VII
LISTA DE TABELAS
VIII
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
IX
ÍNDICE
DECLARAÇÃO.................................................................................................................I
COMPROMISSO.............................................................................................................II
DEDICATÓRIA..............................................................................................................III
AGRADECIMENTOS....................................................................................................IV
EPIGRAFE........................................................................................................................V
RESUMO.........................................................................................................................VI
ABSTRACT....................................................................................................................VII
LISTA DE TABELAS..................................................................................................VIII
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS....................................................................IX
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO..........................................................................................1
1.1. Contextualização......................................................................................................1
1.2. Justificativa...................................................................................................................2
1.3. Problematização...........................................................................................................3
1.4. Hipóteses......................................................................................................................4
1.5. Objectivos.....................................................................................................................4
1.5.1 Objectivo geral...........................................................................................................4
1.5.2 Objectivos Específicos...............................................................................................4
1.6. Delimitação do Tema...................................................................................................4
1.7. Estrutura do trabalho....................................................................................................5
CAPÍTULO II: REVISÃO LITERÁRIA............................................................................6
2.1. Conceito de Crédito......................................................................................................6
2.2. Evolução histórica do crédito.......................................................................................7
2.2.1. Risco de crédito.........................................................................................................9
2.3. Modelos de Gestão do Risco de crédito.....................................................................11
2.3.1 Modelo CreditRisk...................................................................................................13
2.3.2 Credit Portfólio View...............................................................................................14
2.3.3 CreditMetrics............................................................................................................14
2.3.4 Modelo KMV...........................................................................................................14
2.4 Estudos sobre gestão de risco de crédito e o nível de reembolso................................15
CAPÍTULO III: METODOLOGIA...................................................................................18
3.1. Tipos de Pesquisa.......................................................................................................18
3.2. Método de colecta de dados.......................................................................................19
X
3.2.1. Análise documental.................................................................................................19
3.2.2. Estratégia de recolha de dados................................................................................20
3.4. População e Amostra..................................................................................................21
CAPÍTULO IV: ESTUDO DO CASO..............................................................................22
4. Apresentação da área do estudo.....................................................................................22
4.1. Caracterização do Município da Cidade da Matola....................................................22
2.1 Evolução do PERPU....................................................................................................23
2.1.1 Funcionamento do PERPU.......................................................................................24
2.1.2 Procedimentos para aceder ao crédito no âmbito do PERPU...................................26
CAPÍTULO V. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS..................................28
5.1. Análise descritiva dos resultados do campo...............................................................28
5.1.1. Beneficiários do fundo do PERPU (2011 – 2018)..................................................28
5.1.2. Factores que determinaram o nível de reembolsos do PERPU...............................29
5.1.3. Impacto da Gestão de Risco de Crédito na Rentabilidade do PERPU....................31
CAPÍTULO VI: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES..............................................34
6.1. CONCLUSÕES..........................................................................................................34
6.2. RECOMENDAÇÕES.................................................................................................35
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...............................................................................36
XI
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
Moçambique é considerado um dos países mais pobres do mundo. Deste modo, políticas
de âmbito social com enfoque no combate a pobreza, tem sido adoptadas com o intuito de
reduzir este fenómeno. Para o efeito, o Estado moçambicano tem-se desdobrado na
arquitectura de estratégias que possam garantir o combate à pobreza.
Segundo Caouette, Altman E Narayanan (1998), a procura por mecanismos mais eficientes
de administração das operações de crédito representa um dos principais problemas
enfrentados pelas instituições financeiras desde o início de suas actividades na cidade
italiana de Florença há mais de 700 anos. Isso ocorre porque as instituições financeiras têm
como uma de suas principais funções a intermediação de recursos entre agentes deficitários
e superavitários, sendo o banco responsável pelos pagamentos dos recursos captados
desses últimos.
Assaf Neto E Silva (1997) definem crédito como sendo uma troca de bens presentes por
bens futuros. Assim, pode-se definir uma operação de crédito como aquela na qual se
troca um valor actual pela promessa de pagamento futuro.
Nas operações de crédito bancárias a instituição financeira troca recursos monetários
presentes pela promessa de pagamento futuro que pode ser expressa por contratos, títulos
negociáveis, notas promissórias, etc.
O ciclo de vida de uma operação de crédito envolve dois grandes grupos de actividades.
O primeiro é representado pelo processo de avaliação da capacidade financeira dos
clientes e pela concessão dos recursos. O segundo está associado ao processo de
acompanhamento da transacção efetuada e pela recuperação do crédito inadimplente.
Para Caouette, Altman E Narayanan (1998), o processo de avaliação da capacidade
financeira do cliente pode ser comparada à actividade de um alfaiate, ou seja, feita sob
medida para as características do comprador.
Quando acontece uma concessão de recursos, a instituição financeira passa a possuir o
chamado Risco de Crédito. Segundo Jorion (1997), este risco pode ser definido como
sendo a possibilidade da contraparte não cumprir as obrigações monetárias contratuais
1
relativas às transacções financeiras. Esse não cumprimento das obrigações contratuais é
chamado de inadimplência.
Toda operação de crédito apresenta inadimplência esperada. Todavia, o risco de crédito
pode ser melhor definido como a perda inesperada decorrente de erro no processo de
avaliação da probabilidade de inadimplência do agente contratante do negócio.
Para Saunders (1996), esse erro na avaliação da inadimplência esperada pode ser
classificado em dois tipos. O primeiro está associado à ocorrência de não pagamento de
um determinado agente, sendo este tipo de erro chamado de risco de crédito específico.
O segundo tipo de erro está associado às alterações ocorridas nos níveis gerais de
inadimplência da economia, sendo este tipo de erro chamado de risco de crédito
sistemático e sua ocorrência afecta todas as instituições financeiras.
O objectivo central do presente trabalho consiste em analisar o impacto do modelo de
gestão do risco de crédito no nível de reembolso no âmbito do fundo do Programa
Estratégico de Combate de Pobreza Urbana (PERPU). Procuramos analisar as
características dos modelos desenvolvidos pelo PERPU, avaliando a possibilidade da
aplicação consistente.
1.2. Justificativa
Na vertente pessoal, o facto de a autora possuir certa afeição por assuntos de gestão e
económicos, como o ora na abordagem, e a sua relação com aspectos ligados com
financiamento de projectos, determinam em grande medida a escolha desse tema. Ademais,
Os modelos de gestão de risco de crédito buscam avaliar o risco de um tomador ou
operação, atribuindo uma medida que representa a expectativa de risco de default,
geralmente expressa na forma de uma classificação de risco (rating) ou pontuação (escore).
2
Os modelos de classificação de risco são utilizados pelas instituições financeiras em seus
processos de concessão de crédito.
1.3. Problematização
3
1.4. Hipóteses
Em torno da problemática levantada, apresentam-se as seguintes hipóteses:
1.5. Objectivos
4
1.7. Estrutura do trabalho
5
CAPÍTULO II: REVISÃO LITERÁRIA
De acordo com Silva (2000), existe um grande número de definições de crédito, contudo é
importante conhecer seu sentido etimológico. A palavra crédito vem do latim creditu,
significando eu acredito ou confio. A confiança não representa uma actividade unilateral,
ocorrendo tanto por parte do vendedor, que acredita na capacidade ou desejo do comprador
de honrar os compromissos assumidos, como do adquirente em acreditar na qualidade do
produto comprado.
Para Silva (2000) essa confiança representa um dos elementos necessário, porem não
suficiente, para uma decisão de crédito. Para ele, crédito representa a entrega do bem
presente mediante uma promessa de pagamento. Essa definição serve tanto ao chamado
crédito comercial ou industrial, no qual o bem entregue é representado por um activo
físico, quanto ao crédito bancário, no qual o bem entregue é representado pelos recursos
financeiros disponibilizados.
Para Perera (1998), a história do crédito demonstra que sua evolução acompanhou o
próprio desenvolvimento económico da sociedade procurando desenvolver instrumentos
necessários para satisfação das necessidades e anseios da humanidade.
Além disso, o crédito usado adequadamente, tanto por governos, quanto por empresas,
como forma de gestão do consumo, continua a mostrar vigor notável, graças ao papel
importante que desempenha no quotidiano da humanidade como instrumento provocador e
facilitador das transacções de bens e serviços.
6
levar a economia a um processo de desaparecimento em decorrência de retracções das
fontes financiadoras.
Para Perera (1998, p. 7), “o conceito demasiado estreito, rígido e até pecaminoso que os
povos antigos tinham das operações de crédito tornava impossível o desenvolvimento
regular das instituições de crédito”. Ele observa que sua origem pode ser associada à
antiga Assíria, Fenícia e Egipto, onde foram descobertas diversas classes de instrumentos
de crédito. Todavia, as operações de crédito, em seu verdadeiro carácter, somente foram
encontradas na Grécia e em Roma.
Assim, com o objectivo de atrair novos depositantes começaram a pagar uma remuneração
pelo aluguer dos recursos, que hoje é conhecido como taxa de juros. Os bancos pagavam
7
taxas aos seus depositantes e cobravam taxas maiores dos tomadores de empréstimos,
ficando com a diferença.
Segundo Perera (1998), durante a Idade Média a doutrina cristã não incentivou as
operações de crédito por considerar que os juros sobre os empréstimos eram proibidos,
contudo, é importante destacar a distinção entre juros e usura. Para a igreja a proibição era
contra a usura, na qual é cobrado mais do que foi dado.
Como a palavra latina usura significa uso de qualquer coisa, a usura representava o valor
pago pela utilização dos recursos emprestados. Já o verbo latim intereo, que tem forma
substantiva interisse e se desenvolveu na forma moderna interesse (interest, em inglês,
representa juros), significa estar perdido. Assim, a palavra interest (juro) pode ser
considerada como compensação, devida ao credor, pela perda da utilização do bem que
ocorre quando se emprestam os recursos.
8
Para evitar os riscos e custos do transporte dos recursos a ser recebido pela venda a prazo
entre localidades surgiu a chamada Letra Cambial, que representava um título de
reconhecimento de dívida pelo comprador das mercadorias. Outra vantagem das letras
cambiais é a possibilidade de recebimento antecipado, por parte do credor, dos seus
recursos através da venda desses títulos. As operações de recebimento antecipado das
letras cambiais apresentam grande semelhança ao desconto bancário actual.
O conceito de crédito pode ser analisado sob diversas perspectivas. Para uma instituição
financeira, crédito refere-se, principalmente, à actividade de colocar um valor à disposição
de um tomador de recursos sob a forma de um empréstimo ou financiamento, mediante
compromisso de pagamento em uma data futura. O crédito geralmente envolve a
expectativa do recebimento de um valor em um certo período de tempo. Nesse sentido,
Caouette, Altman e Narayanan (1999, p.1) afirmam que "o risco de crédito é a chance de
que essa expectativa não se cumpra".
9
De forma mais específica, o risco de crédito pode ser entendido como a possibilidade de o
credor incorrer em perdas, em razão de as obrigações assumidas pelo tomador não serem
liquidadas nas condições pactuadas. Segundo Bessis (1998, p.81), o risco de crédito pode
ser definido pelas perdas geradas por um evento de default do tomador ou pela
deterioração da sua qualidade de crédito.
Para Perera (1998), há diversas situações que podem caracterizar um evento de default de
um tomador. O autor cita como exemplo o atraso no pagamento de uma obrigação, o
descumprimento de uma cláusula contratual restritiva (covenant), o início de um
procedimento legal como a concordata e a falência ou, ainda, a inadimplência de natureza
económica, que ocorre quando o valor económico dos activos da empresa se reduz a um
nível inferior ao das suas dívidas, indicando que os fluxos de caixa esperados não são
suficientes para liquidar as obrigações assumidas.
Segundo Silva (2000) O risco de crédito pode ser avaliado a partir dos seus componentes,
que compreendem o risco de default, o risco de exposição e o risco de recuperação. O risco
de default está associado à probabilidade de ocorrer um evento de default com o tomador
em um certo período de tempo, o risco de exposição decorre da incerteza em relação ao
valor do crédito no momento do default, enquanto o risco de recuperação se refere à
incerteza quanto ao valor que pode ser recuperado pelo credor no caso de um default do
tomador.
Como refere Assaf Neto & Silva (1997), risco de recuperação depende do tipo do default
ocorrido e das características da operação de crédito, como valor, prazo e garantias. O risco
de default é também tratado por “risco cliente”, pois está vinculado às características
intrínsecas do tomador de crédito. Os riscos de exposição e de recuperação são tratados por
10
“risco operação”, uma vez que estão associados a factores específicos da operação de
crédito.
Os modelos estocásticos de risco de crédito são aqueles que têm por objectivo avaliar o
comportamento estocástico do risco de crédito ou das variáveis que o determinam. Esses
modelos são utilizados pelas instituições financeiras principalmente para precificar títulos e
derivativos de crédito.
11
entre os activos da carteira. Os modelos de risco de portfólio, também, são utilizados para
cálculo do capital económico a ser alocado pela instituição.
Entre os modelos de classificação de risco, têm sido objecto de especial atenção por parte
de pesquisadores os chamados modelos de previsão de insolvência. Os modelos de
previsão de insolvência são aqueles que têm por objectivo principal medir a probabilidade
de um indivíduo ou empresa incorrer em um evento de default ao longo de um certo
período de tempo. Esses modelos são construídos a partir de uma amostra de casos
históricos de empresas tomadoras de crédito, divididas em dois grupos: um que engloba as
que incorreram em eventos de default, chamadas de insolventes, e outro que compreende
as que não incorreram em default, chamadas de solventes.
A partir das características das empresas da amostra, são identificadas as variáveis que
melhor discriminam as empresas que se tornaram insolventes e as que permaneceram
solventes no período analisado. O conjunto de variáveis seleccionadas é, então, utilizado
para classificar as empresas proponentes de novas operações de crédito como prováveis
solventes ou prováveis insolventes.
12
não se irá usar modelos de regressão ( linear ou multivariada) devido às limitações de
dados para o efeito.
AUNDERS (1999), citado por Laszlo, C. L (2009) no seu trabalho sobre modelos de
gestão de risco de crédito em instituições financeiras, indica quatro modelos de
mensuração do Risco de Crédito, nomeadamente KMV (modelo desenvolvido pela KMV
Corporation), CreditMetrics: (Modelo desenvolvido pelo banco JPMorgan Inc), CreditRisk
+ ( Modelo desenvolvido pelo Credit Suisse Financial Products-CSFP) e
CreditPortfólioView (Modelo desenvolvido pela consultoria McKinsey)
Este modelo trata de risco de default (risco de inadimplência), isto é, o risco de o devedor
não honrar com as suas obrigações. Os devedores são classificados em faixas de qualidade
de crédito, cada qual associada a uma probabilidade de ocorrência de default
(probabilidade de não pagamento de uma dívida). O modelo assume que todos os contratos
de empréstimo são levados ao vencimento, ou seja, o pagamento ou o default ocorre
apenas na data de vencimento do contrato de crédito.
1
Valor estimado para cobrir qualquer perda entre a esperada (montante de empréstimos ponderado pelas
probabilidades de ocorrência de default) e o percentual desejado para a taxa de solvência (liquidez) do
detentor.
13
2.3.2 Credit Portfólio View
2.3.3 CreditMetrics
A ideia geral deste modelo é a precificação (dar um valor justo) considerando que a
empresa tomadora do crédito pode ser considerada como uma opção (financeira), mais
especificamente uma opção de venda. Para Caoquette, Altaman & Narayanan (1998), uma
das principais vantagens que o KMV tem sobre modelos concorrentes é que o material de
base para calcular as probabilidades de default é o preço das acções da empresa tomadora
14
de empréstimo (devedor). O KMV não utiliza dados estatísticos de agências de rating e
apresenta melhores resultados quando a empresa está cotada numa bolsa de valores, o que
não são os casos dos mutuários do PERPU. Assim, este modelo também mostra-se
ineficiente para o presente trabalho.
Fernando, L.T (2004) analisou o impacto da gestão de risco na rentabilidade dos bancos
em Portugal, nomeadamente o Banco Espírito Santo, Caixa Geral de Depósitos, Banco
Comercial Português, Banco Português de Investimento e Santander Totta (BST) tendo
recorrido à uma metodologia aplicada fundamentalmente quantitativa de carácter
exploratório. Para estimar o impacto da gestão de risco sobre a rentabilidade, o autor usou
o modelo de regressão linear onde a variável explicativa foi o rácio de crédito em
incumprimento (indicador de gestão de risco de crédito) e a variável dependente foi o
indicador de rentabilidade. Os resultados da regressão mostram que a gestão do risco de
crédito tinha um impacto na rentabilidade com um nível de significância bastante
significativo entre os cinco bancos, isto é a cada unidade adicional no incumprimento, a
rentabilidade dos bancos decrescia em 3,766 unidades monetárias em todos os bancos.
Marta, P.P.O (2015) também analisou a gestão de risco operacional e seu impacto na
rentabilidade do banco central português, tendo aplicado o método qualitativo para a
análise de risco. Segundo Sousa e Baptista (2012) citado pelo mesmo autor, na
investigação qualitativa o investigador não se preocupa tanto com a dimensão da amostra
bem como na generalização dos resultados tal como acontece com a investigação
quantitativa.
Estudo de sistemas de análise e avaliação de risco de crédito, feito por Rosário, R.C (2016)
usou métodos quantitativos e qualitativos para a sua análise. Refere que o uso dos métodos
qualitativos é uma forma de complementar à análise quantitativa, e ocorre quando a
avaliação de risco de crédito bancário resulta da análise de informação de natureza
qualitativa. Segundo Sousa (2012), citado pelo mesmo autor, existem diversos factores
qualitativos que são alvo de análise, nomeadamente factores relacionados com
15
características internas da empresa e factores relacionados com o meio externo que envolve
a empresa. Também usou-se o modelo de rating que segundo Caiado (1998), o método do
rating tem vindo a adquirir uma importância crescente na avaliação do risco de crédito
bancário, utilizando-se, substancialmente, nas fases de concessão e de monitorização do
crédito. Contudo, no âmbito do PERPU não se usa o modelo de rating para a avaliação do
risco e para o presente estudo, a combinação dos métodos qualitativos e quantitativos será
um meio para o alcance dos objectivos preconizados. Conforme esclarece Bastardo (1992),
a notação de rating pode ser expressa através de símbolos, letras, números, sinais ou
índices que explicam o grau de risco subjacente a determinada organização. Assim é
possível concluir que as notações de rating são próprias de cada agência de rating e de
cada entidade bancária.
Oliveira, M.P.P (2015) estudou a gestão de risco operacional nos bancos centrais. Também
usou métodos quantitativos em combinação com os métodos qualitativos (como
complemento). Deste estudo concluiu-se que a gestão do risco é, cada vez mais, um tema
pertinente no seio de qualquer organização. No contexto do sector bancário, esta assume
uma relevância acrescida. Matias (2012) refere que a crise financeira, a instabilidade e a
volatilidade que caracterizam o actual momento tornam a gestão do risco essencial.
Os mesmos autores indicam que a análise de crédito é realizada com base em informações
qualitativas (identificação, idade, sexo do mutuário, BI, NUIT, entre outros.) e quantitativa
(aspectos económico-financeiros), para avaliar de forma mais fiel possível a capacidade
dos clientes honrarem seus compromissos. O fluxo de análise de crédito tem início com o
recebimento das propostas e todo ele é gerido por um sistema automatizado que permite
16
aos envolvidos o acompanhamento de todas as etapas. O caso do PERPU, também o
modelo usado tem em conta a confiança e as necessidades locais.
Portanto, o estudo de caso está totalmente inserido na metodologia que foi desenhada para
esta pesquisa, uma vez que foram adoptados procedimentos que tiveram como foco um
caso específico: Modelos de Gestão de Risco de Crédito e seu Impacto na Rentabilidade do
PERPU- Estudo de caso do Município da Matola
17
3.2. Método de colecta de dados
18
3.2.2. Estratégia de recolha de dados
19
fundo. De modo diverso, os funcionários do sector do PERPU preencheram-no sem
nenhum problema.
d) Área do estudo
Este estudo de caso foi realizado na província de Maputo, mais precisamente no Conselho
Municipal da Cidade da Matola – no sector do PERPU.
Para a selecção da amostra, foi utilizado o método por clusters ou por conglomerados, que
“é especialmente útil quando o universo estatístico é formado por populações de grande
dimensão e dispersas por vastas áreas” Sousa & Baptista (2011, p. 76); enquanto, para os
técnicos da área PERPU foi uma amostra causal simples na qual “cada elemento da
população tem igual oportunidade de ser incluído na amostra” Reis (2010, p.77).
20
CAPÍTULO IV: ESTUDO DO CASO
Grupos Étnicos e Línguas - São caracterizados por uma miscelânea de grupos étnicos
pertencentes ao grupo dos Tsongas onde são faladas as seguintes línguas: Chitsonga
predominante da região da Matola, seguida pela língua Portuguesa que é falada nas zonas
urbanas e semi-urbanas. Ainda são faladas as línguas xiChope, biTonga e xiTswa.
Administrativamente encontra-se dividido em três Postos Municipais a saber: Matola Sede,
Machava e Infulene com um total de 42 Bairros e 10 Vereações das quais destacam-se:
Finanças e Administração Municipal, Actividades Económicas e Serviços, Planeamento
Territorial e Urbanização, Transporte, Mercados e Feiras, Obras e Infra-estruras
Municipais, Salubridade, Ambiente, Parques e Jardins Municipais, Acção Social e
Sociedade Civil.
Referir ainda que o município é considerado o maior parque industrial do país, onde são
desenvolvidas várias actividades de âmbito político, social e económico, dada sua
21
autonomia administrativa, financeira e patrimonial. Essas actividades estão direccionadas
para concretização dos objectivos da sua criação tendo em conta as atribuições que lhes são
conferidas pelo Decreto-lei nᵒ2/97 de 18 de Fevereiro, que aprova o quadro jurídico para
implantação das autarquias locais.
Em resposta aos comandos da Lei n° 08/2003 que define o Distrito como unidade
territorial principal de organização e funcionamento da administração local do Estado e
base de planeamento do desenvolvimento económico, social e cultural, o governo
moçambicano decidiu alocar fundos de investimento aos governos distritais, cumprindo-se
assim com o preceito do Distrito como unidade orçamental. Nesta perspectiva o governo
de Moçambique instituiu, no ano 2006, o Orçamento de Investimento de Iniciativa Local
(OIIL) com a finalidade de induzir transformações na economia rural de forma a tornar os
distritos unidades orçamentais e centros dinâmicos de promoção da economia
multifuncional e que contribuíssem para fazer do distrito o efectivo polo de
desenvolvimento do país.
Assim, os governos distritais passaram então a ser responsáveis pela execução do OIIL em
projectos de produção de alimentos, geração de renda com impacto junto às populações
locais. Para essa organização (DNPDR, 2011), a necessidade de transformação do OIIL em
FDD baseou-se na criação de mecanismos flexíveis apropriados e legalmente enquadrados
que assegurassem a gestão criteriosa, transparente e autónoma de recursos do orçamento
do Estado, dos reembolsos dos empréstimos e dos fundos concedidos por instituições
22
nacionais ou internacionais, na aferição de maior dinâmica económica e financeira no nível
local e na criação de um fundo vocacionado à promoção de actividades económicas através
da captação, disponibilização e recuperação de recursos.
O FDD era um fundo destinado aos distritos considerados não urbanos, pois presumia-se
que estes é que apresentavam elevados índices de pobreza. Passados alguns anos da
implementação do FDD, constatou-se que nas zonas urbanas também havia elevado índice
de pobreza, o que fez com que o Governo introduzisse a partir de 2011 o Plano Estratégico
de Redução da Pobreza Urbana, uma extensão do FDD sob ponto de vista de
funcionamento.
23
● Propor os limites de afectação de recursos para cada Distrito Municipal e
/ou Posto Administrativo Municipal a serem aprovados pela Assembleia
Municipal;
● Assegurar o envio de relatórios de progresso à Direcção Nacional para o
Desenvolvimento Autárquico no Ministério da Administração Estatal
(tutela);
● Assegurar a prestação de contas (execução financeira) a entidades
competentes.
2. Assembleia Municipal
● Aprovar os limites de recursos afectos à para cada Distrito Municipal Ou
Posto Admirativo Municipal;
● Estudar as melhores formas de aplicar os recursos de apoio à Redução de
pobreza Urbana;
● Avaliar o impacto social e económico dos projectos financiados;
● Divulgar e promover outras acções de advocacia em prol do PERPU a nível
do Município.
3. Conselho Consultivo de Distritos Urbano
● Verificar a consistência dos projectos com os objectivos de
desenvolvimento do Distrito Municipal;
● Deliberar em sessão plenária sobre os projectos seleccionados;
● Monitorar, fazer a supervisão e acompanhar a execução dos projectos na sua
área de jurisdição.
4. A Comissão técnica de Avaliação de projectos
● É responsável na elaboração dos contratos;
● Verificar se toda a documentação exigida esta completa;
● Assegurar a tramitação e análise dos pedidos de empréstimo;
● Fazer o acompanhamento, supervisão e monitoria dos projectos
financiando;
● Apesentar relatórios financeiros, da carteira de crédito e da actividade em
geral, de forma regular;
● Fazer a verificação da autenticidade dos mesmos.
24
2.1.2 Procedimentos para aceder ao crédito no âmbito do PERPU
A. Grupo Alvo
● Jovens;
● Mulheres chefes de agregados familiares, incluindo viúvas;
● Pessoas empreendedores, em geral, com prioridade para os sem acesso ao
financiamento formal e;
● Pessoas portadoras de deficiência com capacidade de trabalhar.
B. Critérios de elegibilidade
25
● As associações devem operar no Distrito municipal onde se pretende implementar o
projecto;
● As associações devem ser constituídas por cidadãos;
● Possuir NUIT.
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CAPÍTULO V. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
27
Tabela 1. Beneficiários do PERPU na Cidade da Matola (2011-2018)
Dados da tabela 2 abaixo indicam que em termos de reembolsos, dos entrevistados, apenas
20% é que reembolsou na totalidade os empréstimos recebidos no âmbito deste fundo.
Cerca de 70% dos entrevistados, já pagou uma parte da dívida e 10% ainda não iniciou
com o pagamento das prestações. Outro aspecto de interesse tem a ver com o facto de a
maior parte dos que efectuaram os reembolsos na totalidade ou em curso são homens,
perfazendo cerca de 60% dos mutuários entrevistados.
Dados resultantes das entrevistas feitas aos mutuários do PERPU, apontam como
principais factores para deficiente nível de reembolso a falta de mercado, fraco nível de
produção e produtividade, baixa precipitação (caso de projectos de produção agrícola),
fraco poder de compra resultante dos problemas económicos e financeiros do país.
Tabela-2 Nível de Reembolso do PERPU- (2011-2018)
Homen Total
Variável s % Mulheres %
Reembolsado 4 15% 1 5% 4 20%
Em curso 9 45% 5 25% 14 70%
Não reembolsado 1 5% 1 5% 2 10%
Total 13 65% 7 35% 20 20%
28
Fonte: Elaboração do autor a partir dos dados do campo
Em relação à idade, dos entrevistados, 11 tem idade igual ou superior a 45 anos (55%) e 9
tem idade inferior 45 anos (45%). Estudo feito por Monteiro e Teixeira (2009) indicam que
a idade também é um factor de risco na concessão de crédito, elemento não observado na
concessão de crédito no âmbito do PERPU, embora os mesmos autores defendam a
confiança como um dos elementos a considerar na concessão do crédito.
Como se pode constatar, os créditos são concedidos com base na confiança (atestado de
idoneidade) como principal garantia. Este modelo de decisão viola os princípios aplicados
na Banca Comercial, onde para além dos documentos acima arrolados, são exigidos ao
proponente a apresentação do colateral (objecto de garantia), avalista (caso de empréstimos
em que o desconto é feito na fonte o avalista é a entidade empregadora), capacidade de
solvência de pagamento de seguro de crédito.
Nesta componente, Tarcisio A. (1999) refere que na análise de crédito deve-se ter em conta
os seguintes pressupostos:
(i) O Carácter, que revela o histórico do proponente do projecto no que concerne
ao cumprimento das suas obrigações financeiras, contratuais e morais;
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(iii) O Capital, os projectos não podem necessariamente ser medidas pelo
facturamento, mas sim pelo capital, pelo património e pelos recursos próprios
que constituem um óptimo determinante para a concessão do crédito;
50%
40%
ROE (%)
30%
20%
ROE
10%
0%
2012 2013 2014 2015 2016
ANO
2
Return on Equity
3
Non Performing Loan Ratio
30
Fonte: Elaboração do autor a partir dos dados do campo
60%
40%
NPLR
20%
0%
2012 2013 2014 2015 2016
ANO
A partir das figuras 1 e 2 acima constata-se que o ROE tem uma tendência decrescente ao
longo do tempo em análise, embora tenha se verificado um certo abrandamento no período
de 2014 a 2016 enquanto isso, o rácio de inadimplência mostrava uma tendência crescente
no período de 2012 a 2016. Este comportamento pode revelar que existe uma relação
inversa entre o nível de inadimplência e a rentabilidade do PERPU. Resultados similares
foram encontrados por Tchicoco, F.L (2014) quando analisou o impacto da gestão de risco
de crédito na rentabilidade dos bancos portugueses.
Rentabilidade=0,272−2,26 Inadiplência
com R2=0,92
A equação de regressão acima indica que há uma relação negativa entre as variáveis do
modelo. Isto é, a NPLR afecta negativamente o ROE do PERPU revelando que existe uma
relação inversa entre as variáveis. Um aumento de 1% da inadimplência, a rentabilidade do
31
PERPU reduz em 2,26%; um aumento superior ao dobro. No que diz respeito ao
coeficiente linear (0,227), este indica que a relação linear entre as variáveis é fraca o que é
testemunhado pelo valor de p-value que é superior ao p-value crítico (5%). Também
observa-se que o modelo é robusto em virtude de o coeficiente de determinação ser igual a
92% o que implica que a variável NPLR explica a variável ROE em 92% o que nos
permite afirmar que o modelo escolhido é seguro. Factores colaterais como valores
desembolsados aos mutuários inferiores aos solicitados, mitigação dos desvios de
aplicação entre outros podem estar ligados ao alto nível de inadimplência e por
conseguinte a baixa rentabilidade.
32
CAPÍTULO VI: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
6.1. CONCLUSÕES
Os Modelos de Gestão de Risco de Crédito e seu Impacto na Rentabilidade do PERPU no
Conselho Municipal da Cidade da Matola são mais do que meios de colecta dos
reembolsos. Eles têm um papel de transformação e respectivos procedimentos para a
concessão de crédito a nível da instituição e seu impacto é rentável. É nesse contexto que o
Conselho Municipal da Cidade da Matola aplica os modelos de gestão de risco de crédito
para garantir o retorno do fundo:
33
6.2. RECOMENDAÇÕES
Em face das conclusões acima, o estudo recomenda que a gestão de risco de crédito seja
um elemento a se ter em conta na análise dos financiamentos. Sem exigir colaterais, a
integração destes fundos nos bancos comerciais ou instituições macrofinanceiras pode
minimizar os riscos ligados aos baixos reembolsos (riscos de inadimplência) que impactam
sobre a rentabilidade do PERPU.
Neste sentido, pode-se potenciar o acesso ao sistema bancário, sendo esta a premissa base
para o desenvolvimento do crédito numa economia, assim, identificar-se-ia uma entidade
que se responsabilizasse pela dinamização do crédito por sector (agrícola, pecuária,
indústria, extracção, entre outros) ou avaliasse a criação de uma agência dedicada ao
crédito por sector, que asseguraria a centralização da gestão das linhas de crédito por
sector.
34
actividades, assegurando a materialização dos objectivos pelos quais foi introduzido o
PERPU.
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
OBRAS CONSULTADAS
● Bessis, J. Risk Management In Banking. (1998) Chichester: John Wiley & Sons.
● Caouette, John B., Altman, Edward. I. E Narayanan, Paul. Managing Credit Risk -
The next Great Financial Challenge, New York: John Wiley & Son Inc., 1998.
35
● Laudon, K.C e J.P. Laudon (2007), Management Information Systems:
● Managing the digital firm, Tenth Edition. Pearson Prentice Hall.
● Ludke, M.& André, E.D.A. (1986) Pesquisa em educação: abordagens
qualitativas. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária.
● Lakatos, E.M. & Marconi, A.M. (2003), Fundamentos de Metodologia Científica.
5ª Edição, Editora Atlas, S.A, S.Paulo.
● Liebenau, Jonathan e J.Backhouse (1990), Understanding Information:
Introduction. Palgrave Macmillan.
LEGISLAÇÃO CONSULTADA
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Decreto n° 11/2005, de 10 de Junho de 2005- Aprova o Regulamento da Lei dos Órgãos
Locais do Estado. BR n°23, Iª Série, 2°Suplemento.
37