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Declaro que este Trabalho de Diploma nunca foi apresentado na sua essência para a obtenção
de qualquer grau académico, e, ele constitui o resultado da minha pesquisa pessoal.
_________________________________
I
DEDICATÓRIA
“Este trabalho é dedicado aos meus pais Maria Sambo e Manuel Bento minha fonte de
inspiração”.
II
AGRADECIMENTOS
Em primeiro agradecer a Deus Pai todo-poderoso pelo dom da vida, pela força e coragem,
pela inspiração concedida. A família pela força e todo apoio dado durante esta longa
caminhada. De igual modo, a minha gratidão e reconhecimento vai para todos aqueles que me
apoiaram de tal maneira que este sonho se tornasse realidade.
III
LISTA DE ABREVIATURAS
DF = Demonstrações Financeiras,
IV
LISTA DE TABELAS
V
RESUMO
A presente pesquisa tem como tema “ A Importância do uso do Fluxo de caixa na gestão de
Pequenas e Médias Empresas, caso da Tongaat Hulett Lda no período de 2014 a 2016” Ao
realizar este trabalho, procurou-se demonstrar a real importância do fluxo de caixa, no dia-a-
dia da empresa. O objectivo deste trabalho é organizar a situação financeira da empresa
Tongatt Hulett Lda, através da implementação de ferramentas de gestão, o fluxo de caixa. O
objectivo central do trabalho é Explicar a importância do uso do fluxo de caixa na gestão
eficiente e eficaz de caixa, definiu – se como objectivos Específicos. (i) Mostrar a evolução
do fluxo de caixa da empresa no horizonte temporal estudado, (ii) Explicar como o fluxo de
caixa pode ajudar na gestão da empresa e Identificar as decisões tomadas em função do fluxo
de caixa da empresa. Desta maneira, a empresa cumprira-as suas obrigações com mais
responsabilidade e obterá o resultado real do negócio, podendo investir com maior segurança
e até mesmo ampliar as suas operações, uma vez que a mesma possuirá rápido acesso as
informações necessárias para tomadas de decisões. Referir que trata-se de um estudo de caso
que se realizou na Tongaat Hulett Lda, localizada em Xinavane Distrito de Manhiça,
província de Maputo. Para a materialização da pesquisa recorreu-se a pesquisa bibliográfica
para o suporte teórico. Trata-se de um estudo de caso em que recorreu-se a pesquisa
exploratória e os instrumentos usados para a colecta de dados foram a revisão bibliográfica e
o questionário respectivamente que foi dirigido aos trabalhadores da empresa em estudo.
Com isso é esperado que o proprietário consiga exercer uma administração mais eficiente,
separando questões pessoais com as profissionais. A necessidade de se fazer a pesquisa na
empresa Tongaat Hulett Lda, deve-se ao facto desta se limitar ao uso dos instrumentos
contabilísticos casos concreto do fluxo de caixa para tomada de decisões. Sabendo que o
comércio é uma das actividades principais que gera empregos, valor, renda na economia e
contribui significativamente no aumento do produto interno bruto do País (PIB), devido ao
elevado nível da concorrência é importante que as pequenas e micro empresas busquem
instrumentos de controlo e gestão para atender a demanda do mercado. Monitorar a empresa.
VI
ABSTRSCT
This research has the theme "The Importance of the use of cash Flow in the management of
Small and Medium Enterprises, case of Tongaat Hulett Lda in the period 2014 to 2016"
When doing this work, we will try to demonstrate the real importance of cash flow, in the
day-to-day Company. The objective of this work is to organize the financial situation of the
company Tongaat Hulett Lda, through the implementation of management tools, most
notably the cash flow. The main objective of the work is to explain the importance of the use
of cash flow in efficient and effective cash management, defined as Specific objectives. (i)
Show the evolution of the company's cash flow in the time Horizon studied, (ii) Explain how
the cash flow can help in the management of the company and identify the decisions taken
according to the cash flow of the company. . In This way, the company fulfilled its
obligations with more responsibility and will obtain the real result of the business, being able
to invest with increased security and even expanding its operations, since it will have quick
access to the information needed for decision-making. Note that this is a case study carried
out at Tongaat Hulett, Lda. located in Xinavane District of Manhiça, province of Maputo. For
the materialization of the research, the bibliographic research was used for the theoretical
support. Exploratory research and the instruments used to collect data were the bibliographic
review and the questionnaire that was addressed to the workers of the company under study
in this case study. This is expected that the owner can exercise a more efficient
administration, separating personal issues from the professionals. The need to do research in
the company Tongaat Hulett, Lda. is because this is limited to the use of accounting
instruments concrete cases of cash flow for decision-making. Knowing that trade is one of the
main activities that generates jobs, value, income in the economy and contributes
significantly to the increase in the gross domestic product of the Country (GDP), due to the
high level of competition it is important that small and micro Companies seek control and
management tools to meet market demand. Monitor the Company.
VII
Índice
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.............................................................................................................1
1.1. Contexto.........................................................................................................................................1
1.2. Descrição do problema...................................................................................................................2
1.3. Objectivos.......................................................................................................................................2
1.3.1. Objectivo Geral............................................................................................................................2
1.3.2. Objectivos Específicos.................................................................................................................2
1.4. Hipóteses........................................................................................................................................3
1.5. Justificativa.....................................................................................................................................3
1.6. Abordagem Espacial.......................................................................................................................3
1.6.1. Abordagem Temporal..................................................................................................................3
1.7. Estrutura do Trabalho.....................................................................................................................4
CAPÍTULO II. REVISÃO DA LITERATURA....................................................................................5
2.1. Gestão Financeira...........................................................................................................................5
2.1.1. Finanças.......................................................................................................................................5
2.1.1.1. Fluxo de Caixa..........................................................................................................................6
2.1.1.2. Empresas..................................................................................................................................6
2.1.2. Evolução das Demonstrações Financeiras...................................................................................7
2.1.3. Pequenas e Médias Empresas......................................................................................................7
2.1.4. Organização Financeira de Pequenas e Médias Empresas...........................................................8
2.1.5. PME’s Moçambicanas.................................................................................................................9
2.2. Ciclo de conversão de caixa............................................................................................................9
2.3. Orçamento de Tesouraria..............................................................................................................10
2.4. Controlo Interno...........................................................................................................................11
2.5. Demonstrações Financeiras (DF’s)...............................................................................................11
2.6. Balanço patrimonial......................................................................................................................12
2.7. Demonstração de Resultados (DR)...............................................................................................13
2.7.1. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)................................................................................13
2.8. Mapa de Origem e Aplicação de Fundos (MOAF).......................................................................14
2.9. Relação existente entre Balanço, a DR e a DFC...........................................................................14
3. Fluxo de Caixa como instrumento de Gestão Financeira.................................................................14
3.1. Componentes dos Fluxos de Caixa...............................................................................................15
3.2. Actividades operacionais..............................................................................................................16
3.2.1. Actividades de investimento......................................................................................................16
2.8.3. Actividades de financiamento....................................................................................................17
2.9. Método para Elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa..................................................17
2.9.1. Características do Método directo..............................................................................................17
2.9.2. Características do Método Indirecto..........................................................................................18
2.10. ASPECTOS GERAIS SOBRE O FLUXO DE CAIXA..............................................................19
2.10.1. Conceito de Fluxo de Caixa.....................................................................................................19
2.10.2. Factores que afectam o fluxo de caixa.....................................................................................22
2.10.3. Factores Internos que afectam o Fluxo de Caixa......................................................................22
2.10.4. Factores Externos que afectam o Fluxo de Caixa....................................................................22
2.11. Os Objectivos do Fluxo de Caixa...............................................................................................23
2.12. Relevância da Demostração dos Fluxos de Caixa.......................................................................24
2.13. Políticas de Administração do Fluxo de Caixa...........................................................................24
2.14. Razão para manter o fluxo de caixa na Empresa.........................................................................26
2.15. Planeamento e Elaboração do Fluxo de Caixa............................................................................26
2.16. Vantagens e desvantagem do uso do Mapa dos Fluxos de Caixa................................................29
2.17. Implicações das Contas a Receber para o Equilíbrio do Caixa...................................................30
2.18. Implicações das Contas a Pagar para o Equilíbrio do Caixa.......................................................30
2.19. O uso de Capital de Terceiros e Capital Próprio no equilíbrio de Caixa.....................................31
2.20. Mapa de Demonstração de Origem e de Aplicação de Fundos versus DFC...............................32
2.21. Actividades que aumentam o saldo de Caixa..............................................................................32
2.22. Actividades que diminuem o saldo de Caixa..............................................................................32
CAPÍTULO III. METODOLOGIA.....................................................................................................34
3.1. Tipo de Pesquisa...........................................................................................................................34
3.2. Método de procedimento..............................................................................................................34
3.3. Método de abordagem..................................................................................................................34
3.4. Técnicas de Recolha de Dados......................................................................................................35
3.5. Limitações da pesquisa.................................................................................................................36
CAPÍTULO IV. APRESENTAÇÃO E DISCUNSSÃO DOS RESULTADOS...................................38
4.1. Breve Historial da Empresa..........................................................................................................38
4.1.1. Visão..........................................................................................................................................38
4.1.2. Missão.......................................................................................................................................38
4.1.3. Valores......................................................................................................................................38
4.2. Processo de Anάlise do uso do fluxo de caixa e a sua incidência no processo de tomada de
decisão da empresa..............................................................................................................................38
4.3. Apresentação do Balanço Patrimonial..........................................................................................40
4.4. Demonstrações Financeiras da Tongaat Hulett.............................................................................42
4.5. Análise das Origens e Aplicações de fundos................................................................................45
4.6. Mapa de Variação de Fundos Circulantes.....................................................................................45
4.7. Mapa de Origens e Aplicação de Fundo.......................................................................................46
4.8. Apresentação do Mapa de Demonstração dos Fluxos de Caixa....................................................48
CAPÍTULO V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES..................................................................51
5.1. Conclusões....................................................................................................................................51
5.2. Recomendações............................................................................................................................52
Referências Bibliográficas...................................................................................................................53
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Contexto
A gestão dos fluxos de caixa não se limita apenas em analisar a tabela na qual se encontram
distribuídos valores relativos a recebimentos e pagamentos. Fazer o agrupamento desses
valores por categoria é apenas uma parte do trabalho. Nas empresas, é bastante comum os
administradores terem duas visões diferentes, porém complementares.
Uma visão é aquela que se preocupa em medir o nível da lucratividade da empresa, e essa
informação é dada pela demonstração de resultados (DRE). A outra visão é quanto ao
controle do dinheiro da empresa de referir que esta visão é dada através da análise dos caixas
e bancos portanto, fazer a gestão do dinheiro que entra e sai do caixa é extremamente
importante quanto saber se as suas actividades são lucrativas ou causam prejuízos. São
actividadeslucrativastodas aquelas que aumentam o património líquido da empresa.
As pequenas e médias empresas, pela sua dimensão na maior parte das vezes são geridas
pelos seus respectivos proprietários e alguns desses, não tem muito domínio da matéria de
gestão, facto que pode de um modo contribuir para falência prematura das empresas contudo,
algumas empresas suportam gastos elevados que a sua capacidade de gerar caixa.
Silva (1986) defende que “a gestão adequada dos recursos financeiros é um dos requisitos
básicos para a sobrevivência e sucesso de qualquer empresa, principalmente as pequenas,
devido as suas limitações em conseguir recursos no mercado financeiro, quando tiver
necessidade de caixa para respeitar os vários compromissos assumidos”.
Este estudo foi desenvolvido com o intuito de analisar a importância do uso das
demonstrações de fluxos de caixa na empresa Tongaat Hulett, Lda. num período
compreendido entre 2014 a 2016.
0
1.2. Descriçãodo problema
“As demonstrações de fluxos de caixa evidenciam as alterações históricas de caixa e seus
equivalentes, identificando as entradas e saídas do período provenientes de actividades
operacionais, de investimento e de financiamento” (Lopes, 2013).
Um dos problemas que afecta a Tongaat Hulett ė a falta de uma contabilidade organizada e o
não uso dos instrumentos de controlo financeiros este factor é apontado como um dos grandes
factores comuns que conduzem à falência prematura das pequenas e médias empresas
Moçambicanas.
Igualmente o uso da Demonstração de Fluxos de Caixa pelas PME’s não é prático. Muitas
delas apenas produzem os Balanços e Demonstrações de Resultados. Neste sentido, o uso da
Demonstração do Fluxo de Caixa para tomada de decisões relativamente ao investimento ou
financiamento não é verificada. O gestor da empresa toma decisões financeiras de forma
empírica sem se basear na informação produzida pela Contabilidade. A Contabilidade é vista
apenas para efeitos tributários.
“Até que ponto a Demonstração dos fluxos de caixa assegura uma boa gestão de Caixa nas
Pequenas e Médias Empresas, caso da Tongaat Hulett, Lda. no período de 2014 a 2016?”
1.3. Objectivos
Para dar resposta à pergunta de pesquisa foram definidos os seguintes objectivos:
1
1.4. Hipóteses
H0: A demonstração do fluxo de caixa não é um instrumento utilizado pela a Tongatt Hulett,
Lda. para assegurar uma gestão eficaz e eficiente de caixa.
H1: A demonstração do fluxo de caixa é um instrumento utilizado pela Tongatt Hulett, Lda.
para assegurar uma gestão eficaz e eficiente de caixa.
1.5. Justificativa
O tema para pesquisa foi escolhido devido a relevância do uso da demonstração do fluxo de
caixa para gestão das pequenas e médias empresas, a curto, médio e longo prazo, pelo facto
de este ser um dos métodos de controlo interno que permite dar a conhecer a postura
financeira da empresa, se esta se encontra numa situação de risco ao realizar certas
actividades que não aumentam o valor de caixa, se a empresa está em condições de cumprir
com as suas obrigações e financiar seus projectos, a demonstração do fluxo de caixa
determina as principais fontes e aplicações de recurso na empresa e dá a conhecer se ela está
a gerar resultados operacionais ou não.
2
1.7.Estrutura do Trabalho
A presente pesquisa contempla 5 (cinco) capítulos, respeitando a seguinte ordem:
3
CAPÍTULO II. REVISÃO DA LITERATURA
Neste capítulo, procura-se apresentar a literatura central para a elaboração do trabalho.Esta
parte do estudo tem como objectivo apresentar alguns estudos que foram desenvolvidos em
torno do tema que versa sobre a importância do uso do fluxo de caixa na gestão de pesquisas
de pequenas e medias empresas e teremos como objecto de análise a empresa Tongatt Huett
Lda. De salientar que a pesquisa científica necessita de um apoio para o seu desenvolvimento,
para o efeito a fundamentação teórica serve de base para sua realização. De modo a permitir
maior compreensão sobre o tema abordado são trazidas neste capítulo várias ideias de
diversos autores bem como a definição dos principais conceitos.
2.1.1. Finanças
De acordo com Gitman (2010), finanças pode ser entendida como a arte e a ciência de
administrar o dinheiro ou seja diz respeito ao processo, às instituições aos mercados e aos
instrumentos envolvidos na transferência de dinheiro entre pessoas ou empresa e outras
entidades.
Para Groppelli (2002), “finanças são a aplicação de uma série de princípios económicos e
financeiros para maximizar a riqueza ou o valor de um negócio”.
Gitman (2010), diz que as finanças podem ser divididas em várias áreas e uma das principais
é a administração financeira.
4
Brigham e Ehrhardt (2006), defendem que a administração financeira é importante para todos
os tipos de negócios, inclusive bancos e outras instituições financeiras, assim como empresas
industriais e comerciais, tem grande importância nas operações governamentais, como
escolas, hospitais. Uma boa administração financeira é de vital importância para a saúde
econômica das empresas e tem como objectivo ajudar a maximizar o valor de uma empresa,
que é determinado por resultados revelados nas demonstrações financeiras.
Para Zdanowicz (2000), fluxo de caixa é o instrumento que permite demostrar as operações
financeiras que foram realizadas pela empresa, facilitando a análise e a decisão de
comprometer os recursos financeiros, de relacionar as linhas de crédito menos onerosas, de
determinar o quanto a organização dispõe de capitais próprios, bem como utilizar
disponibilidades da melhor forma possível.
Demonstração de fluxo de caixa é descrita por Bruni e Fama (2006), como sendo “uma
representação dos movimentos de caixa da empresa. Ela se preocupa em analisar a variação
da conta com maior liquidez no grupo dos activos circulantes: a conta caixa”. O fluxo de
caixa para além de ser um instrumento de planeamento é também um instrumento de controlo
devido a sua capacidade de oferecer dados relativamente às entradas e saídas do dinheiro em
caixa.
2.1.1.2. Empresas
Segundo Gullo (2016), “A empresa é uma organização capaz de produzir e ofertar produtos
(bens e serviços), que possam satisfazer as necessidades das pessoas, e com isto, alcançar
seus objectivos, sua sobrevivência e sustentabilidade”.
Chiavenato (2004), refere que as Empresas “são organizações sociais que exploram um
negócio específico visando alcançar um determinado objectivo. O objectivo final pode ser o
5
lucro assim como pode ser o atendimento de determinadas necessidades e demanda da
sociedade sem a preocupação prévia com o lucro”.
As empresas na óptica dos autores são agentes que produzem e oferecem bens e serviços
para satisfação das necessidades de quem os demandam. Elas podem ter como objectivo
principal o lucro ou não, dependendo da sua natureza. As necessidades dos clientes variam a
cada dia que passa para tal, as empresas devem estar a altura de corresponder com
asmudanças do mercado assim como fazer o uso dos meios de administração para alavancar
a sua economia.
“No século XIV, o resumo de contabilidade passou a ser parte integrante do livro
contabilístico sob a forma do balanço patrimonial, e com o crescimento dos
empreendimentos no século XVI passaram a ter muitos investidores exigindo que fossem
promovidas cópias para o conhecimento dos aplicadores” (Lennon e Sousa, 2007).
Portanto, podemos verificar que dos tempos passados até hoje a contabilidade não perdeu
seus princípios, ou seja, ela foi criada com o intuito de garantir o controlo das organizações e
esta prática pode ser verificada na actualidade.
6
2.1.3. Pequenas e Médias Empresas
Na perspectiva de Longenecker e Moore (2010), para definir as pequenas e médias empresas
são usados critérios como o número de trabalhadores, o volume de vendas e o valor dos seus
activos.
Para aferir o tamanho de uma empresa as normas são basicamente arbitrárias e se adoptam
para servir a um propósito particular. Por exemplo: os legisladores em algumas ocasiões
excluem as empresas com menos de 10 ou 15 trabalhadores de certos regulamentos, para
evitar impor um fardo financeiro ao proprietário de uma empresa muito pequena”
(Longenecker & Moore, 2010).
Partindo da ideia descrito no relatório acima citado, a questão da dimensão das empresas
sobretudo as pequenas e médias, é julgada pelos legisladores para o cumprimento de um
propósito particular. Oque significa que não há critérios comuns universalmente aceites que
definam as pequenas e médias empresas.
Tracy (1994), afirma que qualquer empresa, seja de que porte for, deve nortear suas acções
financeiras baseadas em três vertentes: gerar lucro, gerar caixa e controlar a situação
financeira. Muitas empresas nascem através de empreendedores que trabalharam por muitos
anos em determinado segmento, tem conhecimento do processo operacional e dominam o
negócio, entretanto, quando o assunto é finanças para PME’s, por muitas vezes falta o
7
conhecimento necessário, ou ainda, o negócio expande rapidamente e a administração das
finanças não acompanha esse crescimento por não possuir a estrutura necessária ou pelo
demasiado envolvimento com a produção.
Loddi (2008), refere que todas as ferramentas utilizadas para atender a essas acções de
demonstração do resultado, demonstração do fluxo de caixa e balanço patrimonial,
geralmente adoptadas em grandes empresas, deveriam também ser utilizadas pelas pequenas
empresas, visto que contribuem na tomada de decisões, no controle e no planeamento.
2.1.5.PME’s Moçambicanas
De acordo como o relatório da SEBRAE (2011) “As PME’s Moçambicanas representam
cerca de 98,7% do número total 26.624 de empresas registadas em Moçambique,
empregando 24,1% (121.036) da força de trabalho formal total do país. Apesar de seu
reconhecido potencial como motor de crescimento, a contribuição das PME’s para o produto
interno bruto (PIB) é baixa, por conseguinte tem níveis de produtividade ainda baixos. As
microempresas correspondem a 79,%, as pequenas a 9, 6% e as médias empresas 9,1% e
volume de negócios 33,4 % (131.572 milhões).
Ciclo de Conversão de Caixa = Prazo de conversão de estoques + prazo de recebimentos – Prazo de pagamento
Fonte: Vieira (2005).
Importa referir que quanto maior for o prazo de estocagem e o prazo concedido aos clientes,
maior será o ciclo e, consequentemente, o volume de investimentos no activo circulante o que
acaba criando uma situação de desequilíbrio do caixa da empresa. O inverso acontece quando
a empresa dilata o prazo de pagamento negociado com os seus fornecedores.
Segundo Gittman (2009), algumas empresas estabelecem uma meta para o ciclo de conversão
de caixa, e então monitoram e gerenciam o ciclo efectivo para aproximar-se da meta
8
estabelecida. Um ciclo de caixa positivo significa que a empresa usa passivos negociados
(como empréstimos bancários) para sustentar seus activos operacionais. Os passivos
negociados apresentam um custo explícito, de modo que a empresa beneficia-se ao
maximizar o seu uso para manter activos operacionais. Para uma gestão de CCC (ciclo de
conversão de caixa) na óptica deste autor devem ser consideradas as seguintes estratégias:
1. Gerar o estoque dos produtos mercantis o mais rápido possível, sem faltas que resultem em
vendas perdidas;
2. Cobrar as contas a receber o mais rápido possível sem perder vendas por conta de
cobranças muito agressivas;
3. Liquidar as contas a pagar a fornecedores o mais lentamente possível, mas sem prejudicar
o rating de créditos da empresa.
Caiado (2015), define o orçamento de uma empresa como sendo “um documento
formalmente escrito para os planos da gestão a desenvolver no futuro”. Indica o curso da
acção futura, servindo as principais funções da gestão, do mesmo jeito que os desenhos do
arquitecto ajudam o construtor e o plano de voo auxilia um piloto.
Numa organização o orçamento pode ser global, no sentido deste poder cobrir todas as
actividades num período. É provável que a empresa faça uso de orçamentos parciais que
correspondem a um determinando departamento ou actividade. Ė de salientar que o controlo
do orçamento de uma empresa é um dos caminhos para o sucesso empresarial. De referir que
9
o mesmo evita a possibilidade de ocorrência de desvios de aplicação, desvios do capital de
giro operacional (fundo de maneio) que podem comprometer o alcance dos objectivos da
empresa (Caiado, 2015).
“O controlo interno é qualquer acção empreendida pela gestão, pelo conselho e outras entidades para
aperfeiçoar a gestão de risco e melhorar a possibilidade do alcance dos objectivos e metas da entidade”
(Morais e Martins, 2013).
Na óptica do Weil (2009), “As empresas preparam as demonstrações financeiras para vários
usuários externos: proprietários, credores, órgãos reguladores e para seus empregados. As
demonstrações financeiras tentam apresentar informação relevante sobre as actividades por
elas desenvolvidas”. Segundo este autor, os principais instrumentos das demonstrações
financeiras são:
Balanço patrimonial;
Demonstração do Resultado;
Demonstração do Fluxo de caixa.
Para Vieito e Maquieira (2010), “no balanço os activos e passivos encontram-se divididos em
correntes e não correntes”. São activos correntes quando:
Se espera que sejam realizados ou, detidos para venda ou consumo no decurso
normal do ciclo operacional da empresa.
Se detenha primordialmente para finalidades de negociação e se espera que essa
operação ocorra dentro de doze meses a partir da data do balanço;
11
For um activo de caixa, ou seu equivalente, que não esteja restringindo a sua
utilização.
Um passivo deve ser classificado como corrente segundo o autor supracitado quando:
Na óptica de Marion (2009), “o resultado do exercício pode ser lucro ou prejuízo. O prejuízo
é uma situação efémera, e passageira (ninguém sobrevive muito tempo com constantes
prejuízos), enquanto o lucro assume característica permanente”.
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Bruni e Famá (2006), salientam que:“A demonstração dos fluxos de caixa é uma representação dos movimentos
de caixa da empresa, que se preocupa em analisar a variação da conta com maior liquidez no grupo dos
activos circulantes: a conta caixa”. Na ideia dos autores supracitados, o fluxo de caixa para além de ser um
instrumento de planeamento é também um instrumento de controlo devido a sua capacidade de oferecer dados
relativamente as entradas e saídas do dinheiro em caixa.
Na ideia dos autores supracitados, o fluxo de caixa para além de ser um instrumento de
planeamento é também um instrumento de controlo devido a sua capacidade de oferecer
dados relativamente as entradas e saídas do dinheiro em caixa.
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Entretanto “algumas pessoas organizadas têm o seu fluxo de caixa obtido através de um
extracto recebido do banco, ou de cartão de crédito e outras fazem anotações em sua agenda
ou planilhas no laptop” (Marion, 2009). Este autor ainda afirma que as principais razões de
insucesso ou falência das empresas, uma delas é a falta de planeamento financeiro ou a
ausência total do fluxo de caixa e previsão de fluxos de caixa. Sem um fluxo de caixa
projectado a empresa não sabe antecipadamente quando precisará de um financiamento.
Para Costa & Alves (2008), “Os fluxos de caixa devem ser classificados de acordo com o tipo
de actividades que os originou. Na elaboração da respectiva demonstração são identificadas
três classes de actividades:
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Actividades operacionais,
Actividades Investimento,
Actividades Financiamento,Cujo conteúdo e importância se apresentam
seguidamente.
15
Recebimentos de caixa por venda de alguns activos fixos tangíveis, intangíveis e
outros activos de longo prazo;
Pagamento de caixa para aquisição de instrumentos de capital próprio ou de divida de
outas entidades e de interesses em empreendimentos conjuntos.
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2.9.1. Características do Método directo
O método directo segundo Costa e Alves (2008),“é aquele divulga as principais componentes
dos recebimentos de caixa e dos pagamentos de caixa, em termos brutos, permitindo aos
utentes compreender o modo como a empresa gera e utiliza os meios de pagamento. Neste
método, os recebimentos e os pagamentos podem ser obtidos directamente dos registos
contabilísticos mediante a existência de um subsistema de informação apropriado, como é o
caso da utilização das demonstrações financeiras tradicionais. Sendo adoptada esta
modalidade, a determinação dos recebimentos e pagamentos é efectuada através do
ajustamento das rubricas da demonstração dos resultados”.
A demonstração pelo método directo facilita ao usuário avaliar a solvência da empresa, pois
evidencia toda a movimentação dos recursos financeiros, a origem dos recursos de caixa e
onde foram aplicados.
17
estimativas sobre os futuros fluxos de caixa. Oque não é possível pela mera utilização do
método indirecto” (Costa &Alves, 2008).
Apresentar baixo custo, pois basta utilizar dois balanços patrimoniais (o do início
e do final do período),
Permite a demonstração de resultados e algumas informações adicionais são
obtidas na contabilidade;
Permite a conciliação do lucro contabilístico com o fluxo de caixa operacional
líquido mostrando como se compõe a diferença.
O fluxo de caixa apresenta-se como um dos instrumentos mais eficazes na gestão financeira
das empresas, permitindo ao administrador planear, organizar, coordenar, dirigir e controlar
os recursos financeiros para um determinado período, influenciando o processo de tomada de
decisão. Possibilita também ao gestor, programar e acompanhar as entradas e as saídas de
recursos financeiros, de forma que a empresa possa operar de acordo com os objetivos e as
metas determinadas, a curto e a longos prazos (Matarazzo, 2003).
Para Braga e Marques (2001), o fluxo de caixa possui como uma das suas finalidades, servir
de instrumento para avaliação da liquidez da organização, ou seja, sua capacidade e garantia
de pagamento das dívidas nas datas de vencimento, através das medidas de desempenho.
Estas medidas podem ser classificadas como avaliadoras do grau de suficiência ou eficiência
do negócio, ou ainda medidoras da capacidade de pagamento e do nível de retorno associado
a um determinado elemento patrimonial.
Matarazzo (2003), destaca como principais objectivos do fluxo de caixa, avaliar alternativas
de investimento, avaliar e controlar ao longo do tempo as decisões importantes que são
tomadas na empresa, com reflexos monetários, avaliar as situações presente e futura do caixa
na empresa, posicionando-a para que não chegue a situações de liquidez, e certificar que os
excessos momentâneos de caixa estão sendo devidamente aplicados.
Esta utilização estratégica do fluxo de caixa, acaba ficando quase que restrita às empresas de
médio e grande porte, pois o processo de implantação e manutenção do fluxo de caixa
projectado é uma das principais dificuldades dos administradores financeiros de pequenas
19
empresas, que geralmente, são leigos em contabilidade, o que dificulta até mesmo a
compreensão e diferenciação de resultado contábil e financeiro, ou fluxo de caixa projectado
com planeamento financeiro.
Conforme Sá (2006), o fluxo de caixa projectado é o produto final da integração das contas a
receber com as contas a pagar. Seu objectivo é identificar as faltas e os excessos de caixa, as
datas em que ocorrerão, por quantos dias e em que montantes. É a partir do fluxo de caixa
projectado que se faz o planeamento financeiro, que é um conjunto de operações de resgate
de aplicações financeiras, de captação e de aplicação de recursos, seleccionado entre várias
opções possíveis para conduzir aos melhores resultados.
Para Ross et all. (2002), o fluxo de caixa é uma das informações financeiras mais importantes
que podem ser extraídas de demonstrações financeiras. Indica a diferença entre o número de
dólares recebidos e os que saíram da empresa”. O fluxo de caixa da empresa é um dos
eventos mais fundamentais nos quais são baseadas as mensurações contabilísticos. Os
gestores e os investidores em particular estão bastante interessados no fluxo de caixa gerado
pelos activos da empresa. Este fluxo de caixa não é somente o problema central de
sobrevivência da empresa, mas é essencial para que os objectivos da empresa sejam
alcançados (Figueiredo; Caggiano, 1997).
Silva (1996), afirma que o fluxo de caixa é considerado um dos principais instrumentos de
análise, propiciando identificar o processo de circulação do dinheiro, pois, ele tem a
capacidade de examinar as entradas e saídas de dinheiro que transitaram pela empresa, assim
como o que ainda não aconteceu, mas que está projectado para o futuro. Assim, entre os
vários relatórios contabilísticos, a Demonstração de Fluxo de Caixa tornou-se uma ferramenta
indispensável para uma boa gestão de qualquer negócio.
20
2.10.2. Factores que afectam o fluxo de caixa
Segundo Silva (2008), “existem factores internos e externos que afectam o fluxo de caixa, o
que ocasiona diferenças acentuadas entre o previsto e o realizado. Comprometendo a eficácia
do sistema, bem como a sua liquidez”:
Para que estes problemas não aconteçam para o comprometimento do fluxo de caixa, é
necessário que haja uma ligação muito forte entre os sectores, para que antes da tomada de
decisões, haja um debate para que as propostas dadas sejam analisadas pelo administrador
financeiro.
21
2.11. Os Objectivos do Fluxo de Caixa
Conforme Neto & Silva (2002), o fluxo de caixa descreve diversas movimentações
financeiras da empresa em determinado período de tempo, e sua administração tem por
objectivo preservar uma liquidez imediata, essencial à manutenção das actividades da
empresa. Por não incorporar explicitamente um retorno operacional, o seu saldo deve ser o
mais baixo possível, o suficiente para cobrir as várias necessidades associadas aos fluxos de
recebimentos pagamentos.
Deve-se ter em conta que saldos mais reduzidos de caixa podem provocar, entre outras
consequências, perda de descontos financeiros vantajosos pela incapacidade de efectuar
compras à vista junto aos fornecedores, por outro lado, posições de mais elevada liquidez
imediata, ao mesmo tempo em que promovem segurança financeira para empresa, apura-se
um maior custo de oportunidade.
O objectivo fundamental para o gerenciamento dos fluxos de caixa é atribuir maior rapidez as
entradas de caixa em relação aos desembolsos ou, da mesma forma, optimizar a
compatibilidade entre a posição financeira de uma empresa e suas obrigações correntes.
Os demais objectivos do fluxo de caixa são também relevantes que são: (Neto & Silva, 2002)
22
2.12. Relevância da Demostração dos Fluxos de Caixa
Segundo Gil (2004), o fluxo de caixa é uma ferramenta imprescindível para a tomada de
decisões, pois é através dos resultados que obtém do caixa que a empresa iráactuar,
destacando a importância do planeamento no controlo financeiro. Sendo um instrumento de
gerência que permite apoiar o processo decisório, as informações devem estar orientadas pelo
fluxo de caixa.
Para Borges (2007), pode-se considerar que o fluxo de caixa reflecte e prevê o que irá
acontecer com as finanças da organização num determinado período de tempo. Da forma
mais usada pelas empresas, devido ao seu fácil entendimento e também por conter
informações exactas da situação financeira da empresa, o fluxo de caixa é um facilitador para
tomada de decisões.
Segundo Neves (2002), o fluxo de caixa serve para orientar o administrador financeiro sobre
a situação real da empresa, indicando sobra ou carência de recursos num determinado
período, de forma que as decisões tomadas com o fluxo de caixa contribuam para a
organização.
Segundo Gitman (1997), o planeamento de caixa é espinha dorsal da empresa. Sem ele não se
saberá se haverá caixa suficiente para sustentar as operações quando se necessita de
financiamento bancários. As empresas que continuamente tenham falta de caixa e que
necessitam de empréstimo de última hora, poderão perceber como é difícil encontrar bancos
que poderão providenciar o financiamento.
23
sendo que pode haver sobras e faltas de dinheiro, que obrigará o administrador financeiro a
encontrar soluções para resolver situações dessa natureza.
Ainda, de acordo com Lemes et all. (2002), existem formas para melhorar o ciclo de caixa da
empresa, tais como:
24
As despesas que são provisionadas devem ser ajustadas de acordo com o período em
que o fluxo de caixa é favorável, através de negociações para definição das datas de
pagamento.
Na perspectiva de Brigham & Ehrhardt, podem ser consideradas outras razões para manter
caixas as seguintes:
Por precaução e para especulação os fluxos de entrada e saída de caixa são imprevisíveis,
com o grau de previsibilidade variando entre as empresas e sectores. Deste modo, as
empresas precisam de manter alguns valores de reserva para flutuações imprevistas e
aleatórias nos fluxos de entrada e saída de caixa. Esses saldos de segurança são denominados
de precaução. E quanto menos previsíveis os fluxos de caixa de uma empresa, maiores devem
ser esses saldos.
25
de períodos menores. Neste caso, ele é conhecido como previsão de caixa ou projecção de
fluxo de caixa”.
“Geralmente o fluxo de caixa não é uniforme durante o mês, pois apresenta períodos
sazonais. Então, a projecção deve ser demonstrada diariamente para períodos próximos.
Quanto maior for o período de projecção maior serão as incertezas a ele ligadas, não fazendo
sentido apresentar o fluxo de caixa de períodos mais distantes” (Silva, 2008).
O autor supracitado sugere a projecção do fluxo de caixa dia a dia para os primeiros 30 dias,
para o segundo ou terceiro mês pode ser apresentado por semana ou quinzena, e do quarto ao
sexto mês pode ser apresentado por mês. No acto da elaboração, deve se analisar primeiro a
qualidade da informação antes do lançamento no fluxo de caixa. Para elaboração do fluxo de
caixa, torna-se necessário considerar possíveis oscilações que irão ampliar ajustes dos valores
projectados mantendo-se a flexibilidade desse instrumento de trabalho.
É importante ressaltar, que o planeamento mostra como o administrador pode aproveitar uma
grande oportunidade, pois, quando se planea, pode-se visualizar cada parte da empresa. Ao
mesmo tempo, o planeamento permite ver a empresa como um todo, o que vai ajudar a
26
desenvolver métodos e estratégias eficientes para o crescimento do negócio. Deste modo
pode-se concluir que o planeamento é o processo de decisão dos objectivos da empresa.
Através do planeamento os administradores poderão tomar decisões correctas e no momento
certo para que se possam realizar os objectivos de uma gestão eficaz da empresa.
Para uma perfeita análise das informações o Fluxo de Caixa de uma organização deve
apresentar uma estrutura com determinado grau de detalhamento, para que o administrador
possa analisar, entender e decidir adequadamente sobre a sua liquidez.
Para Silva (1996), os Fluxos Operacionais representam todos os gastos relacionados com a
produção e comercialização dos bens e serviços da empresa, deve conter como entradas a
cobrança das vendas dos produtos/serviços gerados e comercializados; como saídas os
elementos que estão ligados à geração, administração e comercialização de tais produtos
como: pagamentos a fornecedores, gastos com serviços públicos, etc.
Evitar falta de recursos e consequente crise de liquidez nas empresas ou, através do seu
conhecimento, de forma antecipada, minimizarseus efeitos, representa uma das principais
funções do fluxo de caixa.
Facilitar a análise e o cálculo na selecção das linhas de crédito a serem obtidas junto
às instituições financeiras;
28
Programar os ingressos e os desembolsos de caixa, de forma criteriosa, permitindo
determinar o período em que deverá ocorrer carência de recursos e o montante,
havendo tempo suficiente para as medidas necessárias;
Permitir o planeamento dos desembolsos de acordo com as disponibilidades de caixa,
evitando-se o aumento de compromissos avultados em épocas de pouco encaixe;
Determinar quanto de recursos próprios a empresa dispõe em dado período, e aplicá-
los de forma mais rentável possível, bem como analisar os recursos de terceiros que
satisfaçam as necessidades da empresa;
Proporcionar o intercâmbio dos diversos departamentos da empresa com a área
financeira; desenvolver o uso eficiente e racional do disponível; financiar as
necessidades sazonais ou cíclicas da empresa.
Para Hoji (2009), as contas a receber são geradas pelas vendas a prazo, que são feitas após a
concessão de crédito. As vendas a prazo geram despesas com análise de crédito, cobrança e
recebimento, mas alavancam as vendas, isto é, aumentam o volume de vendas e
consequentemente, o lucro.
contas a receber
PMR=
vendas a prazo anuais /360 dias
29
2.18. Implicações das Contas a Pagar para o Equilíbrio do Caixa
Para Menezes (2008), A gestão de pagamentos de fornecedores tem forte impacto sobre os
fluxos de caixa da empresa. A empresa deve ter um mapa de gestão corrente de tesouraria
onde estejam evidentes os pagamentos a efectuar durante o exercício. “Os fornecedores
correntes (matérias-primas e materiais diversos) geralmente proporcionam à empresa um
determinado volume de crédito normal (titulado ou não titulado), que não origina quaisquer
custos explícitos e revela um elevado grau de permanência (renovabilidade).
A negociação periódica das condições de pagamento junto dos fornecedores correntes exige
uma constante colaboração entre os responsáveis pelas áreas do aprovisionamento e
financeira da empresa, sendo aconselhável a celebração de contractos, sobre tudo com os
principais fornecedores; desta forma, facilitar-se-á o planeamento e o controlo dos
pagamentos de exploração e evitar-se-á a degradação da imagem de crédito da empresa”.
(Menezes, 2008). Este autor, acrescenta que a gestão e fornecedores c/c deve envolver
constante actuação sobre os seguintes aspectos:
contas a pagar
PMP=
compras a prazo /360 dias
Esta situação tem efeitos a nível da tesouraria provocando aumento de fluxos das actividades
operacionais para financiar os investimentos, no entanto, em termos de estrutura financeira é
incorrecta, pois o curto prazo vai exercer pressões sobre a tesouraria que poderão colocar
problemas sobre ela, como o aumento do risco de insolvência se esta não tiver capacidade de
obtenção de crédito.
A demonstração dos fluxos de caixa não releva esta situação a qual é evidenciada pelo mapa
de origem e aplicação de fundos (MOAF). Este mapa obtém-se a partir da demonstração de
resultados dos balanços consecutivos do exercício (Lopes et all., 2013).
32
CAPÍTULO III. METODOLOGIA
Do ponto de vista da abordagem do problema foi uma pesquisa quantitativa porque ela
baseia-se em documentos contabilísticos elaborados pela empresa e recorre a linguagem
matemática para descrever as causas de um fenómeno e as relações entre variáveis.
Quanto aos procedimentos teóricos foi uma pesquisa bibliográfica e pesquisa documental. A
presente pesquisa foi feita com base ao material já publicado em relação ao tema abordado. E
ainda se considera pesquisa documental porque se baseou nos dados produzidos pela
empresa.
Quanto aos seus objectivos é uma pesquisa exploratória, pois, segundo Gil (2002) estas
pesquisas tem como objectivo proporcionar maior familiaridade com o problema tornando o
explícito ou construindo hipóteses sobre ele.
33
3.4. Técnicas de Recolha de Dados
As técnicas de recolha de dados devem estar em conformidade com problema pesquisado a
fim de se dar resposta aos objectivos da pesquisa. Para o efeito foi usada como a principal
fonte de aquisição de informação a observação dos dados referentes as entradas e saídas do
dinheiro em caixa juntamente com os registros das contas a pagar (fornecedores). Também
foi usado o método de entrevista para poder se saber com o gestor da empresa quais as
movimentações dos recursos financeiros que acontecem no seu quotidiano.
Entrevista aberta
Segundo Marconi e Lakatos (2008), “entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de
que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma
conversação de natureza profissional”. Deste modo a entrevista foi feita ao contabilista e ao
proprietário da Empresa. As questões colocadas a cada uma das partes foram aleatórias para
permitir a abertura dos mesmos.
Questionário
Para obtenção de algumas respostas foi feita um questionário ao grupo alvo “intervenientes
na pesquisa” que de acordo com Gil (2008) “questionário constitui uma técnica de
investigação composta por uma série de questões que são submetidas a pessoas com o
objectivo de obter informações sobre conhecimentos, crenças, sentimentos, valores e
interesses.” O questionário foi dirigido ao proprietário da Empresa.
População e amostra
2
σ :nível de confiança expresso emunidade de desvio padrão ,
N: tamanho da população,
n: tamanho da população.
34
Equação
2
σ xPxQxN
n= 2 2
E ( N −1 )+ σ xPxQ
2
196 ∗0.5∗0.5∗13
n=
0.05 ∗( 13−1 )+196 2∗0.5∗0.5
2
124.852
n=
96.07
n=12,99
De acordo com os cálculos feitos, o tamanho de amostra para o estudo foi de 13 elementos.
Análise e interpretação
Credibilidade
O processo de análise e interpretação de dados desta pesquisa foi efectuado com fiabilidade.
Para obtenção das demonstrações financeiras da empresa Tongaat Hulett foi imitida uma
credencial juntamente com uma carta de pedido de recolha da informação contabilística para
efeitos da realização da pesquisa.
35
A indisponibilidade de balanços consecutivos para além de dois exercícios que não
permitiu uma análise exaustiva ou seja utilização de balanços apenas de três períodos
não tendo permitido fazer uma análise exaustiva da dinâmica dos Fluxos de Caixa da
empresa.
O período de 2014-2016 o mundo de negócios ficou muito comprometido em
particular em Moçambique devido a desvalorização acentuada da moeda e asempresas
passaram a necessitar de uma gestão eficaz que impedisse conduzir as mesmas a
falência.
A falta das notas explicativas das Demonstrações Financeiras;
O uso inadequado das contas do PGC-NIRF pela parte da empresa.
36
CAPÍTULO IV. APRESENTAÇÃO E DISCUNSSÃO DOS RESULTADOS
4.1.1. Visão
Fornecer produtos derivados da agricultura com uma qualidade ao nivel dos padrões
internacionais,
Expandir a empresa a diferentes pontos do país.
4.1.2. Missão
Proporcionar produtos de qualidade ao mercado no sector de comercialização, criando
sinergia positiva com nossos clientes, através de produtos de qualidade e uma colaboração
eficiente com instituições do ramo das actividades agrícolas e de processamento de cana-de-
açúcar.
4.1.3. Valores
Simpatia com os nossos colaboradores,
Pontualidade e flexibilidade na disposição dos produtos prestados,
Atendimento ao cliente com elevados padrões de valores éticos.
R: Para o Director da empresa o Fluxo de caixa é uma ferramenta que controla todas as
transacções de um negócio desde que seja mantida a empresa e clareza dos dados. E serve
37
para uma empresa funcionar como deve ser, funcionar com clareza ou serve para orientar o
administrador financeiro sobre a situação real na qual a empresa se encontra.
R: De acordo com o director da empresa não controla o fluxo de caixa diário, pois é feito uma
programação para pagamentos com cheque de terceiros aos fornecedores, o que sobra, são
realizados depósitos na conta corrente da empresa.
R:Segundo o director da empresa afirma o seguinte, para as empresas quem tem os controlos
financeiros bem organizados, a preparação do fluxo de caixa é fácil. Entretanto se a empresa
ainda não tiver controlos de forma organizada que é ocaso desta, é sim difícil preparar o fluxo
de caixa porque existe uma dificuldade enorme de prepala-lo.
R: A contabilidade na empresa é vista apenas para efeitos tributários, assim sendo a decisão
sobre os pagamentos depende dos proprietários e não da informação da contabilidade, facto
que confirma a H0- o fluxo de caixa pode ser um instrumento gerencial utilizado pela
Tongaat Hulett para uma gestão eficaz e eficiente de caixa porque traz muita morosidade no
processo de tomada de decisão. E refuta a H1- o fluxo de caixa pode ser um instrumento
gerencial que fornece informações fiáveis para uma gestão eficiente e eficaz do caixa para a
Tongaat Hulett.
38
4.3. Apresentação do Balanço Patrimonial
Tabela 1 :Balanço da Tongaat Hulett, Lda. (2014-2016),
Balanço Patrimonial da Tongaat Hulett, Lda. Em 31 de Dezembro de 2014-2016
Imposto a
recuperar
Sub- 10,215,563.00 10,838,434.19 13,085,758.08 -22%
total………….
TOTAL DO 24,131,339.27 24,497,924.98 26,394,751.97 -9%
ACTIVO
Capital Social 20,000.00 20,000.00 20,000.00 0%
40
O Balanço evidencia que no período de 2014 á 2016 os activos tangíveis aumentaram em
606,782.32Mt, o que significa que a empresa aplicou o seu capital na compra de activos. Os
inventários tiveram uma redução significativa entre 2014 á 2016 e a conta caixa e banco
reduziu o seu valor, o que significa que houve um aumento da conta clientes (dividas a
receber). Uma vez se deparado com esta situação de vendas a prazo a empresa precisa
negociar prazos curtos e recebimentos com vista manter um saldo suficiente para suprir as
suas necessidades.
A empresa usa os fundos próprios e por vezes recorre ao capital de terceiros para poder
equilibrar o seu caixa. No ano de 2016 empresa contraiu empréstimos com vista financiar
suas actividades num valor de 3,867, 715.93Mts contra os 2,570, 334.96.Mts do ano de 2014.
A empresa tem-se empenhado na redução das dívidas segundo mostram os dados na tabela
em anexo1
Analise
Código Descrição 2016 2015 2014 Horizontal
(%2014\2016)
7.1 Vendas 11,342,898.43 13,657,913.63 21,571,448.78
Vendas de
7.2 7,148,996.56 3,956,849.72
serviços
Custo das
6.1 venda do 19,471,495.75 18,383,360.00 17,432,225.98 12%
serviços
41
Resultado
4,434,857.24 4,202,978.64 4,139,222.80 7%
Bruto
Outros
7.6
rendimentos
Gastos com
6.2 1,120,969.34 47%
Pessoal
Fornecimento de
6.3 serviços de 3,217,868.95 -3%
terceiro
Outros gastos
6.8 3,325.47 99%
operacionais
Gastos
6.9 20,516.59 -83%
Financeiros
Resultados antes
das 72,176.89 -222%
amortizações
Resultado do
períododas -875,296.18 -942.891.73 1,006,634.46 -13%
operação
Lucro a
8.8 disposição dos
Sócios
Lucro/prejuízos
8.1 finais do -875,296.18 -942.891.73 -1,006,634.46 -13%
período
42
Para uma análise prévia de fluxos de caixa da empresa Tongaat Hulett, irei fazer uma breve
análise das suas demonstrações financeiras. Na tabela 01consta o balanço anual da empresa
entre 2014 a 2016. Nos activos cerca de 42% em 2016 correspondia ao activo corrente e os
restantes 58% os activos não correntes. Os activos não correntes constituídos pelos activos
tangíveis aumentaram em cerca de 5%. No entanto os não correntes tiveram uma redução de
22% resultantes da diminuição do caixa e bancos em cerca de 66%. Este facto pode ter sido
resultado do pagamento de passivos correntes na rubrica de outras contas a pagar que não tem
relação com fornecedores. Também podemos constatar que no balanço reportado pela
empresa não estão evidenciadas dívidas ligadas a fornecedores. Isso pode afectar o caixa da
empresa porque elaesta a funcionar apenas com recurso ao Caixa com fortes implicações no
objecto do presente estudo.
Entre 2014 a 2016 houve uma redução dos inventários em cerca de 18% e um aumento da
rúbrica de clientes em cerca de 473%. Isso significa que em termos de caixa o aumento de
clientes diminui as entradas de valores na empresa e pode constituir um problema o para o
cumprimento das suas obrigações de curto prazo. Em relação aos inventários a redução pode
significar uma fraca rotação de stocks.
Em relação aos capitais próprios da empresa nota-se uma redução dos prejuízos resultantes
do resultado do exercício corrente em cerca de 13%. Houve um agravamento dos prejuízos
em cerca de 51%. Neste caso, a empresa deveria optar em aumentar o seu capital social para
reduzir os seus prejuízos. Esta situação pode comprometer a autonomia financeira da empresa
apesar de não afectar directamente o caixa.
43
4.5. Análise das Origens e Aplicações de Fundos
Esta demonstração segundo a ideia de Alves descrita na literatura é elaborada com base em
elementos obtidos no balanço, da demonstração dos resultados, do correspondente anexo, e
eventualmente de registros contabilísticos. Assim sendo, depois da análise feita do balanço e
da demonstração de resultados segue-se a uma análise do mapa de origem e aplicações de
fundos. Este mapa evidencia as principais origens e as principais aplicações de fundos na
empresa.
Em termos práticos podemos verificar onde sai dinheiro (Fontes) e onde é aplicado o
dinheiro (usos). Inicialmente vou apresentar na tabela 3 o mapa das variações dos fundos
circulantes. Entre 2014 a 2016 houve um aumento dos fundos circulantes resultantes dos
activos circulantes no valor de 1.519.026,16Mts como resultado de aumento de clientes e
uma redução do passivo circulante no valor de 2,696,710.51Mts. Estas duas rubricas segundo
Alves (2008) constituem aplicações de fundos os aumentos do activo e a diminuição do
passivo.
44
Em relação às origens podemos destacar a redução dos activos circulantes ocasionados pelos
inventários no valor de 1.557.100,37Mts e um aumento do passivo circulante no valor de
1.308.593,99 Mts resultante dos empréstimos obtidos e impostos a pagar. Geralmente, a
literatura defende que quando há um aumento dos activos circulantes existe provavelmente
uma aplicação dos recursos e quando há uma diminuição talvez isso provoque uma origem de
recursos. Ao passo que um aumento do passivo circulante significa que a empresa aumentou
seus activos circulantes e a redução da mesma conta implica a diminuição do caixa, pois se
trata de pagamento de dívidas aos seus fornecedores. Outra análise a respeito do aumento e
diminuição do activo circulante pode nos conduzir a uma ideia de que a empresa consegue
girar o estoque em menos tempo e assim sendo, podemos concluir que isso significa que a
mesma consegue manter um bom ritmo do ciclo de conversão de caixa. A construção do
mapa de origem e aplicação de fundos de acordo com a literatura exige o cálculo dos fundos
gerados pelas operações, a compra dos activos fixos (investimentos), vendas de activos fixos
(desinvestimento) e o cálculo dos dividendos. Os valores das origens e aplicações constam da
tabela 04.
45
1.4. Perda da venda do 3.1.Credores
Imobilizado Diversos
1.4.1 Equipamentos 3.2. Letras a
Pagar
1.5. Imobilizações 3.3.Antecipações
Passivas
Financeiras 3.4.Outros 2,696,710.51 48%
Passivos de Curto
Prazo
Total de fundos (59,204.16) -1% 4.Compra do 1,554,255.45 28%
gerados pelas Imobilizado
operações da empresa
1. Variação do activo
Circulante
1.1. Clients Diversos
2.2. Mercadorias 1,557,100.37 -1%
3. Variação do passivo
circulante
3.1. Empréstimos 1,297,380.97 23% 5. Pagamento de
Obtidos Dividendos
3.2. Impostos a Pagar 11,213.02 0% 5.1. Resultados
acumulados 2016
3.3. Antecipações 5.2.Resultados do (191,381.05) -2%
passivas exercício
3.4. Outros passivos de 5.3. Resultados
curto prazo Acumulados
2015
4. Disponibilidades
4.1. Caixa e Bancos 2,832,120.87 50%
Total das Origens de 5,578,611.07 100% Total das 5,578,611.07 100%
Fundos Aplicações de
Fundos
Fonte: Relatórios da Tongaat Hulett, Lda. (2014-2016)
46
O Mapa de Origens e Aplicação de Fundo teve no seu ano de exercícioum prejuízo de
1,006,634.46Mt. os dados indicam que as actividades da empresa não geram fundos
satisfatórios e isto pode de certa forma comprometer o caixa não podendo esta estar em
condições de honrar com seus compromissos.
Também a partir deste mapa podemos constatar que a principal origem é o caixa. Seguido de
mercadorias e empréstimo obtidos. Esta situação evidencia que a empresa não esta a gerar
fundos a partir das suas operações. As suas aplicações resultam fundamentalmente do caixa
gerado em exercícios anteriores.
Neste mapa pode-se também verificar o equilíbrio entre as origens e aplicações de fundos,
sendo o total das origens de fundos igual ao total das aplicações. Em condições normais as
origens devem ser sempre superiores relativamente as aplicações para se considerar que a
empresa gera proveitos.
47
Mais ou menos valias na venda de activos tangíveis e
intangíveis
Aumento/ redução de activos biológicos
Redução de inventários 1,557,100.37
Aumento de clientes e outras contas a receber (1,519,026.16)
Aumento/ redução de outros activos correntes 0
Aumento/ redução de fornecedores 0
Aumento de outros credores e contas a pagar 1,308,593.99
Aumento/ redução de outros passivos correntes (2,696,710.51)
Caixa liquida gerada pelas actividades operacionais (1,277,866.13)
Fluxos de caixa das actividades de investimento
Pagamentos respeitantes a: (1,554,255.45)
Aquisição de activos tangíveis e intangíveis
Recebimentos respeitantes a:
Venda de activos tangíveis e intangíveis 0
Venda de outros investimentos
Dividendos
Outros recebimentos
Caixa liquida usada nas actividades de (1,554,255.45)
investimento
Fluxos de caixa das actividades de Financiamento
Recebimentos respeitantes a:
Empréstimos e outros financiamentos obtidos (1,297,380.97)
Realização de aumentos de capital social e de outras
contribuições dos sócios
cobertura de prejuízos pelos detentores de capital
Pagamentos respeitantes a:
Reembolso de empréstimos e outros financiamentos
obtidos
Juros e gastos similares (290,285.65)
Dividendos 191,381.05
Reembolso de capital social e de outras contribuições
dos sócios
48
Outras operações de financiamento
Caixa liquida usada nas actividades de financiamento 1,456,285.57
Variação de caixa e equivalentes de caixa (4,288,407.15)
Caixa e equivalentes de caixa no início do período 4,288,407.15
Caixa e equivalentes de caixa no fim do período 1,456,286.28
Fonte: Relatórios da Tongaat Hulett 2014-2016.
No ano de 2016 a empresa teve um resultado líquido de exploração negativo num valor de
875, 296.89Mt e uma amortização num valor correspondente á 947,473.07Mt. Estas
amortizações aplicam-se nos activos tangíveis como equipamento fabril e instalações.
A Tongaat Hulett não elabora a Demonstração de Fluxos de Caixa pelo que apresentamos a
respectiva demonstração pelo Método Indirecto para visualizar a geração do caixa da
empresa. A melhor DFC é aquela que é apresentada pelo Método Directo. Não havendo
informações para tal elaborou-se a DFC pelo método indirecto segundo a tabela a cima.
Pode-se também a partir deste método verificar que os resultados das actividades
operacionais apresentam valores negativos de cerca de 1.277.866,13 Mts. Em relação as
actividades de investimento, empresa teve um prejuízo de 1,554, 225.45 Mts.
49
CAPÍTULO V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1. Conclusões
Feita a pesquisa chegou-se a conclusão de que o fluxo de caixa permite uma gestão eficiente
e eficaz nas empresas, embora muitas delas não se apoiem neste instrumento para efeitos da
tomada de decisões tornando este instrumento válido apenas para efeitos tributários. De
referir que a Tongaat Hulett,Lda.sendo uma empresa de dimensão média não elabora os
mapas dos fluxos de caixa, o que significa que o gestor desta instituição toma decisões sem
precisar se auxiliar na informação produzida pela contabilidade.
Foi evidente que a empresa Tongaat Hullet,Lda. usa caixa e banco para fazer face aos seus
pagamentos o que pode manter pressão no caixa causando um desequilíbrio e
consequentemente limitar o cumprimento das suas obrigações.
Durante o período em análise, a empresa não gerou caixa apesar de apresentar um saldo em
bancos elevado. O que garante os pagamentos da empresa são os fluxos gerados em
exercícios anteriores ao nosso horizonte temporal estudado.
O gestor da empresamuita das vezes toma decisões sem recorrer a informação produzida pelo
sector de contabilidade e esta prática contribui bastante para o desequilíbrio do fluxo de caixa
da empresa.
50
5.2. Recomendações
De acordo com as conclusões tiradas recomenda-se o seguinte:
51
Referências Bibliográficas
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VIEIRA, Marcos Villela. (2005). Administração Estratégica do capital de Giro. São Paulo.
Atlas editora.
Sites consultados
http://www.ipeme.gov.mz/index.php/en/
Http://www. ois.sebrae.com.br/wp-content/uploads/2012/12/Moçambique.
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APÊNDICE
Apêndice I
Excelentíssimos Senhores
Agradeço a disponibilidade