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Índice
LISTA DE ABREVIATURAS.......................................................................................................vi
DECLARAÇÃO DE HONRA......................................................................................................vii
DEDICATÓRIA...........................................................................................................................viii
AGRADECIMENTO.....................................................................................................................ix
LISTA DE TABELAS.....................................................................................................................x
RESUMO........................................................................................................................................xi
CAPITULO I: INTRODUÇÃO.....................................................................................................12
1.1.Introdução............................................................................................................................12
1.2.OBJECTIVOS......................................................................................................................13
1.2.1.Objectivo geral..............................................................................................................13
1.2.2.Objectivos específicos...................................................................................................13
1.3.Justificativa..........................................................................................................................14
1.4.Problema..............................................................................................................................14
1.5.Hipótese...............................................................................................................................14
1.6.METODOLOGIA................................................................................................................15
1.6.1.Técnicas de pesquisa.....................................................................................................15
CAPITULO II: REVISÃO DE LITERATURA............................................................................17
2.1.Pequenas e médias empresas................................................................................................17
2.2.Conceito de Pequenas e Médias Empresas..........................................................................17
2.3.Evolução no domínio das PME’s a Nível Geral..................................................................18
2.4.Análise da gestão das PME’s em Nampula.........................................................................19
2.5.AMBIENTE DE NEGÓCIO DAS PME’S EM NAMPULA..............................................20
2.5.1.Oportunidades de Negócios...........................................................................................20
2.5.2.Sector Primário..............................................................................................................21
2.5.3.Sector Secundário..........................................................................................................21
2.5.4.Sector Terciário.............................................................................................................22
2.6.Contribuições das PME’s para a economia:............................................................................22
2.7.As principais características das PME’s..............................................................................23
iv
5.3.Recomendações......................................................................................................................7
Bibliografia..................................................................................................................................9
APÊNDICES..............................................................................................................................10
vi
LISTA DE ABREVIATURAS
Twitter: @HelldriverTLG
DECLARAÇÃO DE HONRA
Declaro que esta monografia que constitui trabalho final do curso de licenciatura em informática
é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é
original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na
bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção
de qualquer grau académico.
____________________________
DEDICATÓRIA
Dedico em primeiro lugar aos meus pais e avós, que cuidaram me na Vida toda. Directa ou
indirectamente prestam atenção nos meus estudos.
Ao meu supervisor que tanto me ajudou, no sentido de que o trabalho tornasse uma realidade.
ix
AGRADECIMENTO
Meu agradecimento especial e particular vai para meu supervisor, que de forma inteligente e
incansável tem vindo a acompanhar este trabalho dando suas opiniões construtivas com toda
honestidade, paciência e humildade. Aos meus pais que indirectamente me acompanham no
processo de ensino e aprendizagem
x
LISTA DE TABELAS
RESUMO
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1.Introdução
Esta monografia tem como tema O crescimento económico das PME’s formadas em Gestão em
Nampula. Na verdade, o ritmo de recuperação da economia de Nampula é baixo e desigual,
tornando-se mais específico de cada distrito. Nampula convive com riscos de inflação baixa
prolongada, sobre oferta e queda de preços das principais commodities, tensões geopolíticas e
incertezas nas conduções de políticas monetárias. As economias avançadas crescerão 1,4% e
2,2% em 2014 e 2015, respectivamente, e as emergentes 3,9% em 2014 e 4,6% em 2015. Por sua
vez, a expansão global será de 3,0% em 2014 e em 2015 tenderá para a média histórica de 3,3%,
observada entre 1970 e 2013.
1.2.OBJECTIVOS
1.2.1.Objectivo geral
MARCONI e LAKATOS (2001:102) referem que os objectivos gerais "estão ligados a uma
visão global e abrangente do tema, relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenómenos
e eventos, quer das ideias estudadas vincula-se directamente a própria significação da tese
proposta pelo projecto."
1.2.2.Objectivos específicos
1.3.Justificativa
E notória a falta de conhecimento das PME’s em matéria essencial para o crescimento do seu
negócio, e uma das ferramentas que elas devem dotar e a gestão de negócio que ajudara bastante
para a elevação dos seus rendimentos.
1.4.Problema
LAKATOS (2001, p. 103) explica que “A formulação do problema prende-se ao tema proposto:
ela esclarece a dificuldade específica com a qual se defronta e que se pretende resolver por
intermédio da pesquisa”.
1.5.Hipótese
1.6.METODOLOGIA
Para que um trabalho Cientifico seja coerente e objectivo é necessário saber identificar as
operações técnicas e mentais que possibilitam a sua verificação que são conjuntos de
procedimentos intelectuais e técnicas adoptadas para chegar a este método é interpretação das
informações. YUNUS et all. (1988)
Trabalho de campo ou seja observação directa: que consistirá contacto directo com os
trabalhadores da CMN de diversos departamentos com vista a colecta de dados sobre o
impacto do sistema de posicionamento global na empresa ou na instituição.
Tipo de pesquisa:
Pesquisa exploratória: uma vez que visa proporcionar maior familiaridade sobre o
crescimento económico das PME’s formadas em Gestão, em diversos departamentos com
vista a torná-lo explícito, usando basicamente o levantamento bibliográfico e entrevista;
Pesquisa descritiva: uma vez que visa a descrever as características básicas vividas no
mundo do sistema de posicionamento global no seio da CMN de Nampula.
1.6.1.Técnicas de pesquisa
Entrevista: Far-se-á uma entrevista face a face de maneiras metódica junto aos gestores
do sistema de posicionamento global e a direcção de Área de Serviços ao cliente de
Nampula de modo a verificar a sua avaliação acerca do crescimento económico das
PME’s formadas em Gestão.
Entende-se por Empresa qualquer entidade que, independentemente da sua forma jurídica, exerce
uma actividade económica. São nomeadamente, consideradas como tal, as entidades que
exercem uma actividade artesanal industrial ou outras actividades a títulos individuais ou
familiares, e ainda as sociedades de pessoas ou associações que exerçam regularmente uma
actividade económica.
A definição das PMEs varia de acordo com a metodologia adoptada por cada país, mais
especificamente, pelo tamanho de cada mercado. O ambiente que caracteriza tais organizações é
xviii
melhor descrito de acordo com a forma de propriedade, grau de informalidade, poder de mercado
e nível de sofisticação tecnológica, que não está sempre correlacionado com o tamanho da firma.
O conceito das PME`s tem sido muito discutido e não existe um consenso entre os autores.
Segundo SILVA (1993, p.47) “a pequena empresa é a que emprega menos de 5 trabalhadores, e
a média empresa a que tem entre 5 e 400 trabalhadores”. Entretanto, existe outros critérios para
classificação das PME`s, como por exemplo, volume de negócio e a independência. De acordo
com os Regulamento quando a classificação é feita com base no volume de negócio são
consideradas as Pequenas Empresas aquelas que tem um volume de negócio inferior a 7 milhões
de meticais ou um balanço anual que não ultrapassem 5 milhões de meticais. E as Médias
Empresas o volume de negócio deve ser inferior a 40 milhões de meticais ou o seu balanço anual
inferior a 27 milhões de meticais”.
A Gestão surgiu como disciplina formal no virar do século, quando a rápida industrialização
começou a exigir uma gestão mais hábil dos recursos naturais, do capital e do trabalho. As várias
abordagens da gestão que se desenvolveram podem ser divididas em dois grupos principais:
xix
A gestão sistemática representou o início do pensamento formal da gestão nos Estados Unidos.
Sublinha a forma como as empresas fabris operavam, porque a maior parte dos problemas da
gestão estavam centrados na fabricação. A gestão científica foi introduzida na viragem do século
por Frederick Taylor, um engenheiro que aplicou método científicos para analisar o trabalho e
determinar a “ a melhor maneira” de realizar tarefas de produção. As abordagens
contemporâneas de gestão, que foram desenvolvidas depois da Segunda Guerra Mundial,
tentaram superar as limitações das abordagens clássicas. Incluem a gestão quantitativa, o
comportamento organizacional, a teoria dos sistemas e a perspectiva contingencial.
A política de gestão da empresa requer sempre passos e decisões acertadas, uma vez que è
influenciada permanentemente pelos fenómenos internos e externos de empresa e até muitas
vezes pelo dinamismo dos corpos dirigentes. Anteriormente a mudança não se operava com
muita rapidez, por exemplo algo acontecia nos EUA.
Entretanto, actualmente devido ao fenómeno da globalização, tudo acontece no tempo real, visto
que todas as comunidades são afectadas pelo que se passa no mundo. Por isso, BULHÕES
(1999, p. 236), afirmou que “a globalização não é uma opção. É uma imposição de progresso
tecnológico nas áreas da comunicação e do transporte”.
De acordo com GONZÁZEL (2004, p. 29) o estudo do INE de 2013, mostra-nos que no período
de 2011 – 2013, o número de empresas, em Nampula, cresceu 4,2%, com um impacto positivo
no volume de negócios. É no sector terciário onde se concentra o maior número de empresas de
negócios e de emprego. Por sector da actividade, nota-se que 81% das empresas estão localizadas
no sector dos serviços. Apesar do peso do sector da construção no Produto Interno Bruto (PIB),
ser superior ao da indústria, este, no entanto, concentra um número superior de empresas
comparativamente ao sector da construção.
A política de gestão da empresa requer sempre passos e decisões acertadas, uma vez que è
influenciada permanentemente pelos fenómenos internos e externos de empresa e até muitas
vezes pelo dinamismo dos corpos dirigentes. Anteriormente a mudança não se operava com
muita rapidez, por exemplo algo acontecia nos Estados Unidos, muitos anos depois passa a ser
aplicado num país de III mundo ou num outro continente.
Entretanto, actualmente devido ao fenómeno da globalização, tudo acontece no tempo real, visto
que todas as comunidades são afectadas pelo que se passa no mundo. Por isso, BULHÕES
(1999, p. 236), afirmou que “a globalização não é uma opção. É uma imposição de progresso
tecnológico nas áreas da comunicação e do transporte”. Pois, não é por acaso, que o mundo é
considerado por muitos estudiosos, como o espaço único e antes como aldeia global. Por
exemplo, a situação da subida constante do preço do petróleo no mundo afecta grandemente o
preço dos combustíveis em Moçambique, o que provoca a inflação e alteração geral a nível
económico e social.
xxi
Posto isto, podemos verificar que Moçambique, esta ser influenciado por este fenómeno, que é
designado como a integração acelerada das economias e das sociedades mundiais. Essa
integração leva a eficiência das leis que regem o mercado, ainda trás opções para o
desenvolvimento das tecnologias e parcerias, trazendo futuro seguro para todos.
2.5.1.Oportunidades de Negócios
Nampula cidade é pequena, complexo por natureza devido a escassez de recursos naturais,
motivo pela qual os promotores devem ser conhecedores do ambiente de negócios, e
oportunidades existentes bem como os apoios e incentivos, para poderem desenvolver e
modernizar o tecido empresarial Moçambicano.
“È crucial que se tenha sempre presente que a actividade negocial nunca deve ser conduzida na
perspectiva de um jogo, em que no fim há sempre um vencedor total e um perdedor absoluto. As
partes envolvidas têm necessidades quer directas, quer indirectas a satisfazer e o sucesso é
conseguido a partir do momento em que sejam consideradas as necessidades de ambas as
partes”. De acordo com SANCHES, (2004, p. 6). No desenvolvimento dos negócios as PME`s
devem manter uma relação profunda com o meio envolvente, pois, o sucesso de uma empresa
depende, acima de tudo, do conhecimento do seu ambiente interno e externo.
2.5.2.Sector Primário
xxii
Dentro deste sector temos Agricultura, pesca e pecuária. Entretanto, dadas as dificuldades e
também alguns constrangimentos ligados ao investimento nestes sectores, verifica-se uma certa
retracção dos investidores. No caso concreto da agricultura, o factor climático tem um peso
relativamente grande. Quanto à pesca, a artesanal revela uma certa ineficácia e voltada apenas
para a sobrevivência. A industrial requer investimento de vulto que nem todos os
empreendedores estão em condições de se aventurar.
Todavia, verifica-se alguns investimentos no domínio das PME’s nas áreas de agricultura como:
fruticultura, horticultura, floricultura e plantas ornamentais. Na área da Pecuária existem
experiências importantes e vários PME’s implantados. Por isso, neste subsector que vai desde da
produção de alimentos para animais, a exploração das mais variadas espécies (bovinos, suínos,
caprinos, exploração avícola), suas transformações e comercializações, consideramos que
existem oportunidades de negócios.
2.5.3.Sector Secundário
Neste sector as oportunidades são inúmeras, indo desde a indústria de vestuário e calçado para
consumo local e para exportação, passando pela indústria de suporte às unidades existentes,
indústrias alimentares, carpintaria, marcenaria, indústrias gráficas e entre outros.
Muitas dessas unidades industriais podem ser instaladas em regime de Joint Ventures,1 entre
empresários Moçambicanos e estrangeiros visando não só o mercado doméstico, que é bastante
exíguo, mas sobretudo o mercado externo, nomeadamente o da Comunidade Económica e
Desenvolvimento dos Estados da África, (CEDEA) e a Capital de Países de Língua Portuguesa
(CPLP). Assim é de concluir que esse sector oferece algumas possibilidades de negócios, que
podem dar origem muitas PME`s de sucesso em Moçambique. Actualmente existe tendência
para o aumento de negócio nesse sector, principalmente na área da construção Civil.
2.5.4.Sector Terciário
turismo de montanha e praia, podem ser explorados hotéis pequenos, tipos pensão e pousadas. É
considerado um sector de maior investimento e, consequentemente, onde se encontram maiores
investimentos e iniciativas empresariais.
Este sector é considerado estratégico para o desenvolvimento do país, uma vez que o subsector
do turismo, constitui um potencial para Nampula, particularmente nas Ilhas, que se evidência
com mais peso e, em todas as outras ilhas em geral, através do turismos de montanha, de praia e
outros. O turismo capta a maior fatia do investimento privado. Na base dessas informações
podemos considerar que o turismo proporciona um excelente negócio, para os nossos operadores
e para economia do país.
A primeira refere-se à criação de novos postos de trabalho e por essa razão, como ponto-
chave para o emprego e redução da pobreza. Em especial, os trabalhos criados pelas
PMEs são mais consistentes em condições de relativa abundância de mão-de-obra e
deficiência de capital.
A segunda contribuição é que as mesmas são fonte de consideráveis actividades de
inovação, o que contribui para o desenvolvimento do talento empreendedor e
competitividade de exportação como base para uma futura expansão industrial.
Finalmente, elas adicionam uma maior flexibilidade à estrutura industrial e promovem
um grande dinamismo na economia.
As PME’s representam uma importante fonte de geração de riqueza para o país, portanto ignorar
o potencial desses empreendimentos significa desvalorizar um importante agente de fomentação
da economia, que contribui de forma significativa para o seu desenvolvimento.
A contribuição das PME’s para economia nacional está, obviamente, relacionada com o seu peso
no investimento, emprego, produção e comércio. No entanto, a riqueza gerada pelas PME’s
pertence às corporações que os possuem e controlam e não à economia como um todo. Portanto,
o impacto da riqueza produzida pelas PME’s na economia nacional é relacionado com o grau de
xxv
retenção e absorção dessa riqueza pela economia e não apenas pela quantidade de riqueza
produzida. Quer dizer, o impacto da fundição de alumínio ou da exploração do gás e das areias
minerais depende de como é que a economia retém e absorve parte do valor de produção e das
vendas dessas empresas. Não basta dizer que o impacto é grande porque as PME’s contribuem
com três quartos das exportações de bens.
O início dos anos 2000 marcou uma forte mudança no comportamento do emprego formal o que
aguçou a percepção de que o desempenho do mercado de trabalho não poderia ser estendido sem
maiores cuidados (LOPES FILHO, 2009). Nesse contexto, passou-se a atribuir uma maior
importância às PME’s por ocasião do surgimento de evidências empíricas do importante papel
desempenhado pelas mesmas na criação líquida de empregos, até mesmo em períodos de
recessão (ARAÚJO, 2008).
Esta análise nos oferece uma explicação do que Keynes (1985) denominou de paradoxo da
pobreza em meio à abundância, pois a simples existência de uma demanda efectiva insuficiente
pode paralisar, e frequentemente paralisar, o aumento do emprego antes de haver ele alcançado o
nível de pleno emprego. A insuficiência da demanda efetiva inibirá o processo de produção, a
despeito do facto de que o valor do produto marginal do trabalho continue superior à desutilidade
marginal do emprego (KEYNES, 1985, p. 33).
O debate actual em torno da importância das PME’s na criação de empregos divide opiniões.
Para Filho et al, (2007) enquanto um grupo acha que o problema do crescente desemprego pode
ser resolvido mediante o estímulo das PME’s, outro grupo acredita que o interesse por esse tipo
de empresa é mais um modismo, motivado pela conjuntura econômica adversa em termos de
criação de postos de trabalho. A expansão do emprego nas PME’s não resulta da simples
mudança sectorial das economias capitalistas, nem pouco dos efeitos do ciclo econômico. As
causas do aumento do emprego nessas empresas decorrem de dois movimentos essenciais:
xxvii
Para que o sector esteja continuamente expandindo suas operações são necessários mecanismos
que permitam que as PME’s, tenham vantagem competitiva em relação às grandes empresas,
principalmente quanto a expansão do crédito, bem como linhas especiais de financiamento,
associadas às garantias, de modo que o governo proporcione condições para que essas empresas
possam buscar melhores condições de empréstimos visando financiar sua produção e seus
serviços.
As PME’s são responsáveis pela grande maioria dos empregos formais em todo o País, segundo
os dados do BM, mais de 3 milhões de trabalhadores, demonstrando a importância de
investimento nas PME´s, associados a políticas publicas voltada para esse sector, visando
aumentar a força e a capacidade de crescimento dessas empresas. Neste em na cidade de
Nampula, as PME’s, representam mais de 60% das empresas instaladas, isso demonstra a força e
a importância que essas PME’s vem desempenhando e contribuindo para o seu desenvolvimento.
Diante do cenário, para que a cidade de Nampula tenha empresas competitivas, seria necessário
um melhor tratamento paras as PME’s, uma carga tributária menor, uma política de incentivo
que atenda com maior amplitude os anseios do sector, bem como realizar uma política de
desburocratização ainda maior e que facilite a abertura de muitas PME’s.
3.MICROFINANÇAS
Existe uma série de actividades com uma lógica de funcionamento semelhante ao microcrédito,
embora tenham a ver com outro tipo de serviços financeiros, pertencendo, assim, à esfera
microfinança, tal como o microcrédito. Interessa, assim, esclarecer os conceitos de microcrédito
e de microfinança, de modo a evitar a confusão entre os conceitos.
xxix
O conceito de Microcrédito nasceu no Bangladesh, nos finais dos anos 70, com o Professor de
Economia Rural, Muhammad Yunus e o Grameen Bank (Índia), “O Banco das ideias” que tinha
como premissa básica, a criação de um sistema bancário baseado no mutualismo, na confiança,
participação e criatividade, concedendo empréstimos de baixo valor a pequenos empreendedores
informais e micro-empresas sem acesso ao sistema de crédito tradicional, principalmente, por
não oferecerem garantias reais.
xxx
O Microcrédito, muitas vezes é utilizado para designar instrumentos diversos como o crédito
agrícola ou rural, o crédito cooperativo, o crédito ao consumo, crédito e empréstimos
associativos ou mutualistas. Segundo Muhammad Yunus e o Grameen Bank, existem varias
classificações e categorias de Micro-Crédito, cujas características são:
Os bancos hoje em dia, já começam a admitir que o microcrédito é viável, desde que as
capacidades da pessoa em causa sejam acima da média, tenha um excelente projecto de negócio
e um eficaz acompanhamento durante os primeiros períodos do negócio, podendo a curto prazo
ter sucesso e gerar rendimentos que permitam pagar os empréstimos contraídos. O Microcrédito
deve ser encarado como instrumento e ferramenta do combate à exclusão social e como factor
impulsionador de desenvolvimento.
O Microcrédito é particularmente destinado a quem não possui garantias que possam servir de
colateral ao empréstimo envolvido. Cabe à Sociedade civil, Bancos, Governos e Organizações
Não Governamentais mentalizarem- -se de que um projecto de Microcrédito não é uma iniciativa
xxxi
de solidariedade, mas sim um projecto que aposta no espírito empreendedor e de inovação das
pessoas economicamente excluídas no âmbito de uma estratégia de responsabilidade social.
Vantagens do microcredito
Area social Politicas empreendedoras
Promove a iniciativa comercial Cria novas empresas
Promove a diminuição da taxa de Cria novos Negócios
desemprego e exclusão social
Promove uma boa imagem dos bancos Cria novos empregos
Promove a formação qualificante dos Cria a sustentabilidade e prosperidade
Beneficiários das populações desfavorecidas
Promove estratégias e medidas alternativas Cria a competitividade e crescimento
para as pessoas desempregadas, da economia local e nacional
inactivas e reformadas
Tabela 2: Vantagens de microcredito
de informações sobre mercados, preços dos produtos agrícolas e a sua disseminação em línguas
locais com o uso das rádios comunitárias.
3.3.Microfinanças em Moçambique
Nesta fase, as microfinanças eram uma variável pouco valorizada associada à transição das
Organizações não governamentais dos programas de emergência para programas de
desenvolvimento que tipicamente abrangiam um número integrado de componentes, tais como
treinamento para negócios, crédito (habitualmente subsidiado), treinamento de habilidades e
extensão agrícola.
O sector bancário formal caracteriza-se por uma forte concentração de quatro bancos (BIM,
Banco Austral, BCI, Standard Bank) que concentram 93% do activo. No sector informal as
famílias tem optado pela prática do (xitique)5, em detrimento do depósitos nos Bancos.
xxxiv
A elevada taxa de mulheres, pode ser um indicativo que as Instituições de Microfinanças estão
abranger as camadas mais pobres e desfavorecidas de Moçambique, ao mesmo tempo que está a
ter um impacto na melhoria das condições de vida dos agregados familiares, em particular dos
agregados chefiados por mulheres.
São motivos para esta maior canalização de microcrédito para as pessoas de sexo feminino, o
seguinte:
dependência em relação aos seus maridos, investiram nas suas casas e reforçaram a nutrição dos
seus filhos. A maior parte destas mulheres são comerciantes informais, pequeno micro-
empresárias do sector industrial e de algumas organizações ligadas ao sector de prestação de
serviços.
4.1.Histórico e caracterização
A Caixa das Mulheres de Nampula (CMN) foi fundada em 1994 por iniciativa de um grupo de
mulheres que desenvolviam pequenos negócios na cidade de Nampula e que eram membros da
Associação das mulheres rurais com apoio técnico da Associação Canadiana de Cooperativas.
Este grupo pretendia responder as necessidades de centenas de mulheres que não conseguiam ter
lugar seguro para as suas poupanças e que enfrentavam barreiras nas instituições bancárias, por
causa das múltiplas exigências para a abertura de uma conta de depósitos, bem como, para ter
acesso ao crédito.
Desde 1994, ano da sua fundação várias mulheres foram aderindo a Caixa e, em 2003 com apoio
financeiro da COCAMO (Cooperação Canadá Moçambique foram desencadeadas uma série de
actividades tais como:
Consultas diversas aos membros e aos parceiros da CMN para discussão de diversas
opções.
Paralelamente a estas acções uma equipe de Consultores trabalhou com a Caixa das Mulheres de
Nampula para identificar as reais necessidades, em termos operacionais, para efeitos de
melhoramento.
A partir de 2006, passos sérios foram dados para transformar a associação para legalizá-la como
Cooperativa de Crédito, por, na sua actividade ter ultrapassado os limites permitidos por Lei a
xxxix
uma associação. Com o crescimento da Caixa das Mulheres de Nampula, as suas operações
tornaram-se semilares a de funcionamento de uma Cooperativa de Crédito.
Em 2005, a Caixa das Mulheres de Nampula já tinha 2702 activos, todos do sexo feminino, e,
possuía de poupança 1.322.821 contos na antiga moeda e uma carteira de crédito num total de
1.181.862,5 contos na antiga moeda.
4.2.1.Localização
E-mail: caixadasmulheres@teledata.mz
Telefone: 26 218412
Cidade de Nampula
Província de Nampula
4.2.2.Missão
Poupar dinheiro em lugar seguro e providenciar crédito aos seus membros para desenvolverem
negócios e outros serviços com vista ao melhoramento da situação sócio – económica.
4.2.3.Visão
Criar uma instituição financeira que forneça serviços de poupança e crédito competitivo e
sustentáveis a mulher com baixo rendimento.
xl
A Cooperativa de Crédito das Mulheres de Nampula (CCMN) tem hoje 2906 depositantes, uma
carteira de depósitos 9.685.827.53 Mts, o seu volume de depósitos decresceu do ano passado em
802.024,50 Mts.
Tem uma carteira de crédito de 6.100.845 Mts e possui 453 mutuários. O seu volume de crédito
decresceu do ano passado 1.201.987,00 Mts.
O valor das acções que um membro deve ter na sua conta e de 100,00 Mts. Como forma de
manter a estabilidade, nenhum membro deve ter na conta de acções abaixo de 100,00 Mts. Esta
medida possibilita que todos membros tenham o mesmo valor de acções, permitindo acima
uniformização na obtenção de dividendos futuramente.
Os membros da Cooperativa são residentes da cidade de Nampula, havendo algumas que fazem
os seus negócios nos distritos circunvizinhos da Província. Nos últimos 3 anos a Cooperativa
investiu de forma significativa para o melhoramento da sua gestão. As operações da Cooperativa
estão todas informatizadas, a COCAMO financiou a aquisição de um Software bancário
concebido para as micro finanças, denominado por “M2” em 2007, para a gestão de poupanças e
créditos.
Para além do Capital Social da Cooperativa, existem outros recursos financeiros provenientes de
doações e jóias, num total de 5.225.511,00 Mts.
4.5.MERCADO MICROFINANCEIRO
Em 2000, já havia cerca de 23000 clientes activos das micro-finanças, incluindo membros dos
grupos de PCR e poupadores juntos da CMN- Caixa das Mulheres Nampula. Por volta de 2005,
o quadro mudou consideravelmente com os operadores a atingirem 66000 tomadores e 63000
poupadores. Este aumento pode ser atribuído principalmente ao crescimento rápido de números
poupadores. A introdução de produtos de poupança desde 2001, e, o sucesso de metodologia de
ASCA/PCR, levaram a um crescimento muito rápido nas contas de depósitos, a tal ponto que, em
2005, o número de poupadores quase que, igualou ao número de tomadores de empréstimo.
O valor total dos empréstimos activos cresceu de 2,2 milhões de USD em 2000, para 16,4
milhões de USD em 2005. Nos últimos tempos, o crédito micro financeiro tem vindo a crescer a
uma média anual de x%.
4.6.1.Principais concorrentes
Na província de Nampula, não existe uma outra Cooperativa de Crédito. Todavia, encontram se a
operar as seguintes instituições de micro finanças, para além da CMN:
AMODER; KULIMA;
GAPI; IRAM;
Procredit; OPHAVELA;
Banco ABC
4.7.INTERPRETAÇÃO DE DADOS
Quadro 1. A participação de microempresas na economia de Nampula
Na produção 48%
Empregos 60%
Salários 42%
Os números ressaltam a importância das micro e pequenas empresas em Nampula. Elas juntas
são responsáveis por um quarto do PIB (Produto Interno Bruto), responsável por quase toda a
área comercial. As microempresas são a maioria, em números, em todos os sectores da
xliv
Quadro 2. Participação das empresas por porte e por setor da economia em 2014.
Segundo a Frente Empresarial pela Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, as
microempresas e empresas de pequeno porte são, hoje, em todo o mundo e também em
Nampula, um segmento extremamente importante para a nossa Economia, por serem agentes
de inclusão económica e social pelo acesso às oportunidades ocupacionais e económicas,
tornando-se sustentáculo da livre iniciativa e da democracia, sendo responsável pela grande
maioria dos postos de trabalho gerados no País.
De acordo com os dados, houve uma melhora da taxa de mortalidade das empresas entre os
triénios 2010-2012 e 2013-2015. Os resultados obtidos na pesquisa realizada pelo Sebrae foram
os seguintes:
Pode-se observar que o percentual de empresas de micro e pequeno porte que fecham com
até 2 anos de existência passou de 49,4% para 22,0%, uma significativa redução de 27,4%.
Esta importante redução pode ser atribuída a dois importantes factores: a maior qualidade
empresarial e a melhora do ambiente económico moçambicano.
A observação e análise destes estudos feitos pelo autor e outros órgãos é para entender as
principais dificuldades no gerenciamento e razões para o fechamento das micro e pequenas
empresas, sendo importante para se desenvolver estratégias que visam diminuir a mortalidade de
tais empresas.
Carga tributária elevada: muitas empresas fecham as portas por não suportarem a
elevada carga tributária Moçambicana. Uma reforma tributária, desde que conduzida
adequadamente, poderia diminuir significativamente a taxa de mortalidade de micro e
pequenas empresas em Nampula.
Políticas públicas e arcabouço legal. Muitas empresas que fecharam as portas
entendem que as políticas públicas e o arcabouço legal Moçambicano dificultam a
operações das empresas em Nampula.
xlvii
5.1.Conclusão
NB: Com este trabalho não pretendo esgotar o objecto da abordagem pelo que acredito na
viabilidade de ser base para futuros estudos. Obrigado.
5.2.Problemas
Em síntese os problemas das Instituições financeiras rurais podem ser agrupados nas seguintes
categorias:
5.3.Recomendações
Para um pais como Moçambique, os bancos deveriam utilizar critérios metodologias fidedignas
específicas, com a avaliação dos riscos baseada em:
xlix
Bibliografia
CHIAVENATO, Idalberto - Recursos Humanos, Editora Atlas S.A, 8ªed.São Paulo, 2004.
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane - Administração de Marketing, Pearson Prentice Hall,
12ª ed. São Paulo, 2006.
LINDON, Denis; LENDREVIE, Jacques - Mercator, Publicações Dom Quixote, 9ªed, Lisboa,
2000.
Leebaert Derek, Como as Pequenas Empresas Contribuem para a Expanção Económica dos
EUA, (http://usinfo.state.gov/journals/ites/0106/ijep/leebaert.htm,consultado em 20/10/2015).
PUMPIN, Cuno - Manual de Gestão para as Pequenas e Médias Empresa, Monitor, 2ªed. Lisboa,
2003.
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APÊNDICES
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Questionários
11. As recomendações feitas pelo departamento de auditoria interna são construtivas para o
CMN?
12. A CMN tem acesso a todos os documentos e informações sem nenhuma restrição dos
clientes?