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Orientado Por:
________________________
(Mestre Pedro Fazenda)
II
ÍNDICE
DECLARAÇÃO DE HONRA..................................................................................................III
DEDICATÓRIA.......................................................................................................................IV
AGRADECIMENTO.................................................................................................................V
RESUMO................................................................................................................................VII
ABSTRACT...........................................................................................................................VIII
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO.................................................................................................9
1.1. Contextualização..........................................................................................................9
1.2. Problematização.........................................................................................................10
1.3. Justificativa e Relevância...........................................................................................11
1.4. Objectivos...................................................................................................................12
1.4.1. Geral....................................................................................................................12
1.4.2. Específicos..........................................................................................................12
1.5. Questões de Investigação...........................................................................................12
1.6. Delimitação do Tema.................................................................................................12
1.7. Estrutura do Projecto..................................................................................................13
CAPÍTULO 2: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................13
2.1. Evolução dos Conceitos.................................................................................................13
2.2. Objectivo da Auditoria...................................................................................................14
2.3. Tipos de Auditoria Financeiro.......................................................................................15
2.3.1. Auditoria Interna.....................................................................................................15
2.3.2. Auditoria Externa...................................................................................................16
2.4. Normas de Auditoria Financeira....................................................................................16
2.5. Procedimentos e Técnicas da Auditoria Financeira.......................................................17
2.5.1. Testes de observância.............................................................................................17
2.5.2. Testes substantivos: demonstrativos.......................................................................18
2.6. Importância da auditoria nas Organizações sem fim Lucrativos...................................18
2.7. Necessidade da Auditoria Nas Organizações sem fim Lucrativos................................19
2.8. Estudos Realizados.....................................................................................................20
CAPÍTULO 3: METODOLOGIA DA PESQUISA.................................................................22
CAPÍTULO 3: METODOLOGIA DA PESQUISA.................................................................22
3.1. Abordagem da Pesquisa.................................................................................................22
3.2. Quanto aos Objectivos...................................................................................................22
3.3. Quanto aos Procedimentos Técnicos.............................................................................22
3.4. Técnicas e Instrumentos de Colecta de Dados...............................................................23
3.4.1. Entrevista.......................................................................................................................23
3.4.2. Análise Documental.......................................................................................................23
3.5. População e Participantes..............................................................................................24
3.5.1. População................................................................................................................24
3.5.2. Participantes............................................................................................................24
3.6. Quadro de Categorias.....................................................................................................25
3.7. Análise de Conteúdo......................................................................................................25
3.8. Aspectos Éticos..............................................................................................................25
CAPÍTULO 4: ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS.........................................................27
4.1. Conceito de Auditoria do ponto de vistas das organizações sem fins lucrativos...........27
4.2. Tipos de auditoria financeira realizadas na ESTAMOS................................................28
4.3. Diferença entre a Auditoria Interna e Externa...............................................................28
4.4. Número de auditorias na empresa no período de 2016 a 2019......................................30
4.5. Áreas Abrangentes a Auditoria na Organização............................................................30
4.6. Período Estabelecido para a Realização da Auditoria Interna e Externa na Organização
31
4.7. Importância da Auditoria para a Organização...............................................................31
4.8. Documentos utilizados para a realização de uma Auditoria na Organizada..................32
CAPITULO 5: COM CLUSÕES E RECOMENDAÇÕES......................................................33
5.1. Conclusões.........................................................................................................................33
5.2. Recomendações..................................................................................................................34
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................35
II
DECLARAÇÃO DE HONRA
————————————————
(Stefelina Amado Taibo)
————————————————
(Mestre Pedro Fazenda)
III
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha mãe Deolinda Muzé Braimo e ao meu Pai que em Vida
Respondia por Amado Mussa Taibo de quem tanto me orgulho, devo a sabedoria e por me
terem mostrado a realidade da vida.
IV
AGRADECIMENTO
Primeiramente a Deus, de seguida aos meus Pais em Especial a Minha Mãe Deolinda Musé
Braimo, pela força, amor, carinho, compreensão, por ter depositado confiança em mim, pela
oportunidade proporcionada de estudar, por terem oferecido todas as condições para que
pudesse fazê-lo com sucesso e pelo apoio dado diante dos obstáculos que enfrentei.
Outrossim, ao meu Esposo Isildo Isac Lucas Mandava, ao meu supervisor Mestre Pedro
Fazenda e a todos que directa ou indirectamente motivarão a minha caminhada ate aqui.
V
APÊNDICE
"O sucesso é mais difícil de ser trabalhado do que o fracasso, o risco do sucesso é enterrar
nossos sonhos e se tornar uma máquina de trabalhar". Augusto Cury em o Vendedor de
Sonhos
VI
RESUMO
A presente obra é intitulada “Aplicabilidade da Auditoria Financeira nas Organizações sem Fins
Lucrativos: Estudo de Caso na ESTAMOS - na Cidade de Lichinga (2016-2019)”, a pesquisa teve
como objectivo Analisar a aplicabilidade da Auditoria Financeira na organização nas Organizações
sem fins lucrativos na Cidade de Lichinga, visando responder a questão de investigação, Ate que
ponto a Auditoria Financeira é aplicado para prestação de contas nas organizações sem fins lucrativos
na Cidade de Lichinga? Quanto a abordagem a pesquisa é de natureza qualitativa, quanto a objectivo é
exploratória e quanto ao procedimento técnico é pesquisa de caso. Para a recolha de dados aplica a
entrevista e a análise documental. A pesquisa conclui que a organização X, tem a consciência do valor
do trabalho do auditor traz a organização, ela reduz o índice de não cumprimento dos princípios
básicos e normas vigentes na contabilidade. Realizada auditoria interna e externa, não disponibiliza as
demostrações financeiras auditadas e o parecer. Admitindo que a organização guarda em seus arquivos
os documentos auditados e os relatórios, sabendo que compartilhando os seus recursos aplicados
mostrarão mais transparência, sendo mais-valia para a organização assim mostra na realidade onde foi
empregues os recursos, conquistando assim mais financiadores e a sociedade. Portando a auditoria é
importância e de interesse para os financiadores da organização que procuram actuar, colectiva e
formalmente, para o bem-estar de uma comunidade ou sociedade. A pesquisadora constata que a
organização sem fins lucrativos, não diferem muito das demais quando se trata dos factores de
avaliação e concretização dos objectivos, recomendando aos futuros investigadores a investigação
comparativa da aplicação da auditoria financeiras nos três sectores organizacionais (publico, privado e
sem fins lucrativos), de forma a conhecer os objectivos de aplicação da auditoria em cada um destes
sectores.
Palavras-chave: Auditoria. Procedimentos da Auditoria Financeira. Organizações sem fim
Lucrativos.
VII
ABSTRACT
The present work is entitled "Applicability of Financial Audit in Non-Profit Organizations: Case Study
at ESTAMOS - in the City of Lichinga (2016-2019)", the research aimed to analyze the applicability
of Financial Audit in the organization in non-profit organizations in the City of Lichinga, in order to
answer the research question, To what extent is Financial Auditing applied to accountability in non-
profit organizations in the City of Lichinga? The research approach is qualitative in nature, the
objective is exploratory and the technical procedure is case research. For data collection, apply the
interview and document analysis. The research concludes that organization X, is aware of the value of
the auditor's work brings the organization, it reduces the rate of non-compliance with basic principles
and regulations in force in accounting. An internal and external audit is carried out, it does not provide
the audited financial statements and the opinion. Admitting that the organization keeps the audited
documents and reports in its files, knowing that sharing its applied resources will show more
transparency, being an added value for the organization, so it actually shows where the resources were
used, thus conquering more funders and society. Therefore, the audit is important and of interest to the
organization's funders who seek to act, collectively and formally, for the well-being of a community or
society. The researcher finds that the non-profit organization does not differ much from the others
when it comes to the factors of assessment and achievement of objectives, recommending future
researchers to comparative research on the application of financial auditing in the three organizational
sectors (public, private and non-profit profit), in order to know the objectives of application of the
audit in each of these sectors.
Keywords: Audit. Financial Audit Procedures. Endless Profitable Organizations.
VIII
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
Neste sentido, Attie (2009), diz que a auditoria financeira surgiu devido a necessidade de
controlo ou exame de contas, relatórios, demonstrações, ou demais documentos financeiras
dentro de determinada entidade, algo que relevasse os números e resultados, bem como a
situação económica e financeira apresentada aos administradores de uma empresa.
Do ponto de vista de Costa (2017), a Auditoria Financeira surge no mundo pela necessidade
da avaliação constante, do património das entidades com vista a certificar a existência física
dos itens, ou artigos registados pela contabilidade, numa altura em que diversas organizações
encontravam-se em declínio pela falta de um instrumento que os ajudasse na detenção de
erros ou fraudes existentes. Dessa forma, a auditoria Financeira resume-se em controlar as
áreas-chave nas empresas, a fim de evitar situações que propiciem adulteração, desfalques e
cumprimento, através de testes regulares nos controles internos específicos de cada
organização.
A auditoria Financeira é também aplicada nas organizações sem fins lucrativos, realidade
está, que torna-se a base para a realização do presente estudo, objectivando Analisar a
aplicabilidade da Auditoria Financeira nas Organizações sem fins lucrativos na Cidade de
Lichinga, com vista a compreender a temática em estudo no ponto de vista real e no seu
campo de actuação, recorrendo-se ao enfoque qualitativo e quanto ao procedimento técnico, o
estudo de caso simples.
9
1.2. Problematização
Em nossa sociedade, a influência e atuação de entidades sem fins lucrativos vem se ampliando
a cada dia, seja para atender demandas especificas, seja para assumir um papel que, muitas
vezes deveria ser de iniciativa do estado, como prover serviços de saúde, edução, treinamento
profissional entre outros. Elas surgem a partir de grupos de pessoas que se organizam com o
fim específico de atender interesses em comum sem a finalidade de lucro.
De acordo com Nabais (1993), a grande dificuldade das organizações sem fins lucrativos é
que não se realiza um agenciamento a fim de saber qual o retorno para a sociedade. As
Organizações sem Fins Lucrativos, fazem parte de uma parcela de mercado que é operado, em
grande maioria, por uma massa voluntaria que aplica seu tempo como investimento em um
projecto no qual acredita.
Para Almeida (2017), afirma que, as organizações sem fins Lucrativos devem garantir
transparência na utilização dos recursos recebidos de seus financiadores, assegurando que
esses sejam aplicados nas finalidades para as quais foram solicitados.
Para Drucker (1994), as organizações sem fins lucrativos vêm acompanhadas de falhas em
processos, gestão e principalmente, controle financeiro e contabilidade que acabam
implicando directamente no desenvolvimento da instituição.
Nesta afirmação sintetiza-se a um dos maiores objectivos do uso da auditoria financeira e suas
técnicas de modo a reunir dados relevantes e verídicos para melhor transparência para a
prestação de contas para os interessados na informação.
Neste conjunto de abordagens, a presente pesquisa surge com vista a discutir ideias narradas
pelos autores e as que realmente se deparam no campo, diante de falta de tais evidências sobre
o que realmente tem acontecido, escolhemos a organização ESTAMOS, de uma forma
aleatória para ajudar-nos a responder a seguinte questão de partida:
Ate que ponto a Auditoria Financeira é aplicado para a Prestação de Contas nas
organizações sem fins lucrativos na Cidade de Lichinga?
Na visão das organizações sem fins lucrativos, a pesquisa revela a importância da auditoria
financeira dentro das mesmas e o benefício de se manter o hábito de avaliação período dos
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instrumentos financeiros dentro da organização, não só, como a necessidade da existência de
uma contabilidade organizada.
As organizações poderão espelhar-se a partir desta obra de forma a melhor desenharem suas
estratégias de gestão, melhorando sua percepção sobre a situação contabilística.
1.4. Objectivos
1.4.1. Geral
Analisar a aplicabilidade da Auditoria Financeira para prestação de contas nas
Organizações sem fins lucrativos na Cidade de Lichinga.
1.4.2. Específicos
Definir a auditoria financeira do ponto de vistas das organizações sem fins lucrativos
da cidade de Lichinga;
Identificar as técnicas de auditoria financeira sem fins lucrativos;
Discutir a importância da auditoria financeira para as organizações sem fins lucrativos;
Qual é o ponto de vista das organizações sem fins lucrativos no que concerne a definição
de auditoria financeira?
Quais são as técnicas das auditorias financeiras nas organizações sem fim lucrativos na
cidade de Lichinga?
Que importância exerce a Auditoria financeira para as organizações sem fins lucrativos na
cidade de Lichinga?
12
Temporal: A pesquisa vai analisar o período 2016 a 2019, recorreu-se a este período pelo
facto ser correspondeu aos últimos períodos económicos mais recentes e capazes de
fornecerem dados mais recentes possível para se analisar na presente pesquisa.
13
A auditoria é o ramo da contabilidade que verifica a autenticidade das demonstrações
financeiras, examina os critérios e procedimentos contabilísticos adoptados em sua
elaboração, e se estes estão de acordo com os princípios fundamentais de Contabilidade e com
as normas de Contabilidade aceites (Franco & Marra 1992).
Attie (2010) instrui que a auditoria é uma especialização contabilística voltada a testar a
eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objectivo de expressar uma
opinião sobre determinado dado.
Neste sentido, os autores comungam nas ideias, cingindo que a auditoria se relaciona com a
revisão e verificação de documentos contabilísticos, registos, livros e listagens de contas,
utilizadas no processo de captação, representação e interpretação da realidade económico-
financeira da empresa.
14
Essas normas exigem que o auditor afirme se, em sua concepção, as demonstrações
financeiras estão apresentadas de acordo com princípios fundamentais de contabilidade e se
esses princípios foram aplicados de forma consistente em relação ao período anterior.
Para Crepaldi (2000), em outras palavras, “o objectivo da auditoria é investigar a precisão dos
registos contabilísticos e das demonstrações contabilísticos nos fatos que alteram o património
e a representação desse património” (p.36).
Casando os pensamentos dos autores pode-se debruçar que a auditoria é uma técnica
contabilística, que objectiva avaliar ou examinar os documentos financeiros na empresa ou
organização, podendo ser entendida como ramo da Contabilidade. Por outra, a auditoria
financeira faz com que o auditor emita uma opinião sobre as demonstrações financeiras que
estão razoavelmente apresentadas, de acordo com os princípios de contabilidade geralmente
aceitas.
"Auditoria é uma técnica autónoma entre as técnicas da Ciência Contabilística, razão pela
qual tem objecto perfeitamente identificado e definido, sendo este não apenas único, mas
também múltiplo, conforme o entendimento unanimemente consagrado nos dias de hoje."
(Jund, 2004, p. 26).
Os dois autores comum nas ideia no ponto de vista que a auditoria interna e aquela feita pelo
funcionário da mesma empresa de modo a assegurar se o que foi plasmado como normas
estão sendo seguidas ou não.
15
2.3.2. Auditoria Externa
Constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem como objectivo a emissão do parecer
sobre a adequação com que estes representam à posição patrimonial e financeira, o resultado
das operações, as mutações do Património Líquido e as origens e aplicações de recursos da
entidade auditada consoante as normas brasileiras de contabilidade (p. 07).
Compõe em uma formação de uma serie de procedimentos técnicos que tem como propósito a
emissão do parecer sobre adequação com que estes representam à posição patrimonial e
financeira da empresa auditada.
Neste sentido a diferença existente entre a auditoria Interna e Externa esta centrado em quatro
aspectos; primeiro a extensão do trabalho: a auditoria Interna e determinado pelos gestores da
empresa, ao passo que na Auditoria Externa e determinado pelas leis, normas, e princípios que
regulam a actividade ou exigidas no Pais. Segundo aspecto tem a ver com a direcção, a
auditoria interna o seu trabalho é conduzido para que o sistema de controlo interno e
contabilístico funcione correctamente, afim de os fatos apresentarem fidedignidade para,
assim, demonstrar aos administradores e gerência enquanto a auditoria Externa é determinado
pelo seu dever de cumprir uma data, os resultados obtidos no decorrer de todo o seu trabalho
examinado, para que estas informações representem aos terceiros (investidores, accionistas,
fornecedores, entre outros), a real situação contabilístico da empresa. O terceiro aspecto,
Responsabilidade, a auditoria Interna e um funcionário da empresa que trabalha em prol aos
resultados para apresentar aos seus superiores hierárquicos, ao passo que a auditoria externa e
um profissional independente, contratado para um determinado fim ou objectivo. E por fim o
aspecto metodológico, na auditoria Interna segue os procedimentos e normas internas, pois
como o mesmo é o funcionário, ele já conhece a cultura da empresa, ao passo que na auditoria
externa verifica se a empresa está trabalhando em consonância com as normas, princípios e
leis.
16
Segundo Franco e Marr (1992):
Normas de auditoria são entendidas como regras estabelecidas pelos órgãos reguladores da
profissão contabilístico, em todos os países, com o objectivo de regulamentar o exercício da
função do auditor, estabelecendo orientações e directrizes a serem seguidas por esses
profissionais no exercício de suas funções (p. 51).
Crepaldi (2013), afirma que a auditoria interna deve estar estruturada em procedimentos
técnicos, objectivos, sistemáticos e disciplinados, pois assim consegue agregar o valor ao
resultado da organização, apresentando suporte para o aprimoramento dos processos de gestão
e dos controles internos, por meio de orientações de soluções para as não conformidades
demonstradas nos relatórios.
2.5. Procedimentos e Técnicas da Auditoria Financeira
Para a realização dos procedimentos, se faz necessária a colecta de informações e a observação de
tudo o que ocorre dentro da empresa para, então, proceder o parecer técnico, nos relatórios de
auditoria.
Crepaldi (2013), conceitua que “os procedimentos de auditoria são o conjunto de técnicas que
permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes para fundamentar sua opinião
sobre as demonstrações contabilísticas auditadas e abrangem os testes de observância e os
substantivos” (p. 399).
Neste caso, os testes de observância conduzem a obter segurança dos controles internos
estabelecidos pela administração da empresa, verificando se estes estão em efectivo
funcionamento. Verifica também o cumprimento dos funcionários e administradores, devendo
ser considerados os procedimentos de: inspecção, observação, confirmação e investigação.
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Segundo (Crepaldi, 2013). Testes de observância são “os procedimentos empregados pelo auditor,
a fim de determinar se cumprem correctamente certos procedimentos de controlo interno,
estabelecidos pelo sistema da empresa” (p. 419).
A finalidade do teste de observância é contribuir com uma aceitável segurança quanto à
concretização utilizada nos procedimentos previstos nos controles internos administrativos.
Previamente apontado pela administração das normas internas, o teste de observância visa a
alcançar a segurança dos controles internos da entidade e as boas condições para seu cumprimento
e funcionamento.
Segundo Crepaldi (2013) enfatiza que a finalidade dos testes substantivos, em sua maioria, é
garantir a existência dos elementos patrimoniais, direitos e obrigações em certa data, a
veracidade de ocorrência dos fatos, a verificação dos registos e, por último, a mensuração,
apresentação e divulgação de todas as informações analisados em conformidade com as
Normas Brasileiras de Contabilidade.
Rodrigues e Muller (2013) expõem que, na auditoria financeira, os principais objectivos são
revisar e avaliar o controlo, acompanhar e monitorar o efectivo cumprimento das directrizes
adoptadas pela empresa, controlar e resguardar o património da entidade.
Attie (2010), entende que “o trabalho de auditoria financeira deve ter como objectivo geral
assessorar a administração no desempenho eficiente de suas funções, fornecendo-lhe a
análise, avaliações, recomendações e comentários sobre as actividades auditadas” (p. 198).
Assim, conforme Pinheiro (2005), o sucesso da auditoria financeira passa por um processo de
transformação, incorporando auditores motivados e comprometidos com a conquista da
empresa, tendo a responsabilidade de contribuir para a manutenção de um controle interno
sadio e sustentando os principais objectivos da empresa. Neste conjunto de procedimentos, o
desempenho da auditoria interna constituirá um ponto de excelência para formar quadros
altamente qualificados, garantindo um sistema de controlo, activo na empresa, além de uma
conduta ética irrepreensível.
De acordo com Unerman e O´Dwyer (2010), "as ONGs desempenham uma actividade
essencial para promover a sustentabilidade social, económica e ambiental como auxiliar os
mais pobres da sociedade a lidar com os impactos desproporcionais que a insustentabilidade
pode ter sobre eles".
Portanto, existe a necessidade da auditoria nas ONGs, para a verificação do controlo interno e
para assegurar os saldos demonstrados pela organização. Essa auditoria tem o intuito de testar
a eficiência e eficácia do património da organização, e ela pode auxiliar o processo de
divulgação de certas informações financeiras, para aumentar ou zelar pela credibilidade da
organização perante a sociedade e na prestação de contas aos doadores.
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CAPÍTULO 3: METODOLOGIA DA PESQUISA
A aplicação deste enfoque de pesquisa foi vantajosa para a pesquisa pois auxiliou a mesma na
maior aproximação dos pesquisadores ao campo de estudo de forma a colher os dados
directamente no local de sua actuação.
A tipologia de pesquisa quanto aos objectivos será exploratória, que segundo Ramos e
Naranjo (2014), este tipo de estudo:
Efectuam-se normalmente, quando o objectivo é examinar um tema ou problema de
investigação, pouco estudado ou que não foi abordado antes. Isto é, quando a revisão da
literatura revelou que a unicamente pistas não investigadas e ideias vagamente relacionadas
com um problema em estudo (p.53).
Segundo Diehl e Tatim (2004), a pesquisa exploratória é aplicada em temáticas em que não se
tem dados aprofundados, ou seja, um assunto que não se sabe descrever, assim o pesquisador
procura se familiarizar e fazer a descoberta do fenómeno.
Quanto ao procedimento técnico para a pesquisa foi aplicada a pesquisa de caso simples que
segundo Yin (2001), é uma investigação empírica que indica um fenómeno no seu ambiente
real.
22
Segundo Gil (2000), o Estudo de Caso consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou
poucos objectos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento.
Para Ludke e Andre (1999), o estudo de caso se assemelha mais a uma abordagem
metodológica de pesquisa que a um tipo de procedimento. E composto de três fases: um
exploratório; outra de sistematização de colecta de dados e delimitação do estudo e a última
de análise e interpretação das descobertas.
Trata-se, como os termos indicam, do estudo decerto caso singular visando descoberta de
fenómenos em determinado contexto. Enfatiza a interpretação de fenómeno específico e busca
retratar a realidade de maneira complexa e profunda.
Sendo a entrevista uma técnica de compilação de informação com base em interacções com os
gestores das empresas, sendo que possibilitou uma interacção directa e também houve a
possibilidade de criar-se novas questões durante conversa.
Para Carmo e Salvador (1978) a análise documental é um processo que envolve selecção,
tratamento e interpretação da informação existente em documentos (escritos, áudios ou
vídeos) com o objectivo de eduzir algum sentindo. No processo de investigação é necessário
23
que o investigar recolha informação de trabalhos anteriores, acrescente algum valor e
transmita a comunidade científica para que os outros possam fazer o mesmo no futuro.
3.5.1. População
3.5.2. Participantes
Do ponto de vista de Segundo Gil (2000), participantes consistem numa parcela retirada da
população de forma a reduzir o numere de entrevistados numa pesquisa, sendo esta parte,
representativa da população em estudo.
Assim sendo, para a presente pesquisa, a amostra é formada pelo chefe do sector – o
profissional responsável na cedência da informal. Todavia o critério ou método utilizado na
selecção dessa amostra foi o julgamento (amostragem intencional e não probabilística), uma
vez considerado pelo pesquisador, que as informações necessárias à realização da pesquisa
estão na posse dessas pessoas, tendo em vista que se trata de informações disponibilizadas
pela Contabilidade e requeridas via credencial para a administração das empresas.
24
3.6. Quadro de Categorias
É bom auxiliar na apresentação dos dados, uma vez que facilita, ao leitor, a compreensão e
interpretação rapidamente a massa de dados, podendo, apenas com uma olhada, apreender
importantes detalhes e relações. Todavia seu propósito mais importante é ajudar o
investigador na distinção de diferenças, semelhanças e relações, por meio da clareza e
destaque que a distribuição lógica e a apresentação gráfica oferecem às classificações No
quadro de categorias iram-se apresentar de forma sistematizadas informações colectadas
dentre as subcategorias, as questões aplicadas e número de entrevistados que responderão as
questões.
Segundo Salvador (1978), salientam que, “qualquer plano de análise de conteúdo pressupõe a
elaboração de um conjunto de procedimento que permitam a segurar a sua fidedignidade e
validade” (p.109).
Deste o modelo de análise de conteúdo será aplicado a partir do momento que o pesquisador
vai procurar analisar as respostas dos entrevistados, por meio de comparações, avaliação da
fala dos entrevistados, e a relação dos dados com as teorias.
Segundo Dubrin (2003), “a ética pode ser o estudo dos juízos de apreciação referentes a
conduta humana, do ponto de vista do bem e do mal”. Ou ainda, segundo o mesmo autor, um
conjunto de normas e princípios que norteiam a boa conduta do ser humano.
25
Já para Dubrin (2003, pag.69), “define a ética como as escolhas morais que uma pessoa faz é
o que essa pessoa deveria fazer. E o que ela considera como certo e errado ou como bom ou
mau”.
26
CAPÍTULO 4: ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS
4.1. Conceito de Auditoria do ponto de vistas das organizações sem fins lucrativos
Segundo – é o sector privado, que se caracteriza por assuntos individuais e em como meta
principal o alcance de lucros; e
Terceira – é composto pelas organizações não governamentais e sem fins lucrativos, também
designadas por sociedade civil que possuem particularidades como o de gerar serviços de
carácter público, ou seja, configura uma junção entre o primeiro e o segundo sector buscando
resolver as carências sociais, melhorando a qualidade de vida de das pessoas.
Conforme Araújo (2005, cit. em Bomfim, 2013, p. 17), as organizações sem fins lucrativos
são agentes não económicos e não estatais que procuram actuar, colectiva e formalmente, para
o bem-estar de uma comunidade ou sociedade.
Ainda de acordo com Bomfim (2013), cada um dos sectores acima citados usam da auditoria
Financeira de forma a atender os seus objectivos.
27
grau de correspondência entre esses asserções e os certeiros estabelecidos, comunicando os
resultados aos utilizadores da informação financeira (p. 3).
De acordo com Almeida (2017), existem uma variedade de auditórios realizáveis dentro de
uma organização sendo que a auditoria financeira ocorrem de duas grandes maneiras, a
indicar:
Como se pode observar as organizações sem fins lucrativos tal como as demais organizações
exercer os dois grandes tipos de auditoria, a interna pelos profissionais e funcionários da
empresa e a externa pelos profissionais enviados pelos financiadores.
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Concernente a diferença entre a contabilidade interna e contabilidade externa, do ponto de
vista o objecto de pesquisa:
A auditoria externa difere da auditoria interna pelo simples facto de a interna ser realizada por
um profissional ou conjunto de profissionais funcionários da empresa auditada, exercendo no
sentido de minimizar prováveis erros nas demonstrações financeiras, por outro lado, a
auditoria externa é exercida por profissionais ou empresas contratada que não tenham
directamente algum laço com a empresa (Almeida, 2017).
Alencar (1984, cit. em Valério, 2003), auditoria interna é aquela, executa por iniciativa
própria ou por meio de departamentos específicos dentro de uma empresa ou organização. Na
visão do mesmo autor, no sector público, a auditoria interna é efectuada por meio dos órgãos
de controlo interno.
29
A auditoria externa, é aquela executada por intermédio de profissionais habilitados ou
organização especializada sem vinculação com a empresa auditada (Valério, 2003).
Neste conjunto de ideias fica definido que quando os serviços de auditoria são prestados por
funcionarios da empresa auditada ‘e definida por auditoria interna e sera externa quando o
serviço de auditria for prestada por um alguem fora da empresa.
Neste período foram realizadas 04 (quatro) auditoria, para cada final do ano ou
princípio do ano é realizada uma auditoria referente ao período subsequente.
A auditora financeira tal como as demonstrações financeiras devem ser exercida pelo menos
uma vez em cada período económico de forma a certificar que o período económico anterior
esteja devidamente dentro das normas estabelecidas, subforma de preventiva (Almeida, 2017).
Neste conjunto de ideias percebe-se que a auditoria pode abranger a diversas áreas da empresa
e a organização ESTAMOS, implementa a mesma na área financeira, de forma a espelhar a
30
realidade dos gastos realizados para a concretização dos seus objectivos aos olhos dos
financiadores.
Por outro lado questionamos o período estabelecido para a realização da auditoria externa,
sendo dito que o período é “anual”.
O período para realização da auditoria pode ser mensal, trimestral, semestral ou anual de
acordo com as politicas estabelecidas pela organização (Valério, 2003). Desta feita,
determinamos que a organização ESTAMOS, realiza as auditorias internas semestralmente,
enquanto a realização da auditoria externa acontece de forma anual.
De acordo com Paulo (1999, cit. em Hames, 2004), a auditoria é de grande importância para a
entidade por que é parte essencial do sistema global do sistema interno, levando ao
conhecimento da alta administração no retrato fiel do desempenho da empresa, seus
problemas, pontos críticos e necessidades de providências, sugerindo soluções para as
mesmas.
31
Neste conjunto de ideias a auditoria financeira para as organizações sem fins lucrativos é
indispensável para a garantir a compreensibilidade, a relevância, a fiabilidade e a
comparabilidade das informações financeiras, servindo ainda como forma preventiva de erros
que poderão causar declínio para a organização prejudicando ou igualando a zero os esforços
dos financiadores que pretendem ajudar a sociedade civil no seu bem-estar.
Para Borges, Mota, Oliveira e Pontes (2018), o objecto de estudo da auditoria financeira são
os processos, bancos de dados e a servidores financeiros instalados e mantidos na
organização. De acordo com os mesmos autores, a realização da auditoria deve ser delimitada
ao que foi definido no objectivo e documentado no programa de trabalho, com a aplicação das
técnicas e testes previamente definidos. O Plano Anual de Auditoria é detalhado que se
destina a estabelecer a natureza, extensão, profundidade e oportunidade dos comportamentos
a adoptar, com vista a atingir o nível de segurança desejável, tendo em conta a determinação
do risco da auditoria e a definição dos limites de materialidade.
Neste conteste definiu-se que o objecto de auditoria financeira na ESTAMOS são os relatorios
financeiros elaborads no decurso do periodo anual, como as reconciliacoes bancarias,
extractos bancarios e balancetes.
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CAPITULO 5: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1. Conclusões
No que tange ao segundo objectivo “Identificar as auditorias realizadas nas organizações sem
fim lucrativos” a partir da questão “Quais são as auditorias realizadas nas organizações sem
fim lucrativos na cidade de Lichinga?” determinamos que as organizações sem fins lucrativos
exercem as auditorias internas para a minimização dos erros prováveis nos relatórios
contabilísticos feita a partir de funcionários da organização e a auditoria externa exercida por
profissionais sem ligação a organização do interesse dos financiadores destas organizações e
dos seus projectos.
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que poderão causar declínio para a organização prejudicando ou igualando a zero os esforços
dos financiadores que pretendem ajudar a sociedade civil no seu bem-estar.
5.2. Recomendações
Uma vez conhecida a importância da auditoria para as organizações sem fins lucrativos,
podemos constatar que estas organizações não diferem muito das demais quando se trata dos
factores de avaliação e concretização dos objectivos, por outro lado, a investigação em apenas
uma organização pode limitar o processo de generalização dos resultados, por ser verdade,
recomendamos aos futuros investigadores a investigação comparativa da aplicação da
auditoria financeiras nos três sectores organizacionais (publico, privado e sem fins lucrativos),
de forma a conhecer os objectivos de aplicação da auditoria em cada um destes sectores.
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ANEXO
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APÊNDICE
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