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Orientado por:
A Estudante
–––––––––––––––––––––––
Sofia Severino Muacirola
I
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ser essencial em minha vida, pós sem ele não
teria forças para essa longa caminhada.
De forma grata e grandiosa dedico aos meus queridos pais, irmãos, toda minha família a quem
eu rogo todas noites minha existência.
II
AGRADECIMENTOS
Agradecer a Deus em primeiro lugar por ter dado saúde e força para superar as dificuldades.
Aos meus pais por terem dado a vida, pelo amor e incentivo incondicional, aos meus irmãos.
À Universidade, seu corpo docente, pelo ambiente criativo e amigável, a minha supervisora,
Mestre Delfina Maria das Neves pela orientação, pelo apoio na elaboração deste trabalho.
A todos que directa ou indirectamente fizeram parte da minha formação, o meu muito
obrigado.
III
LISTA DE TABELA
IV
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
EP Empresa Pública
V
LISTA DE GRÁFICOS
VI
RESUMO
A presente pesquisa tem como tema “Auditoria Externa como Ferramenta de Detecção de
fraudes, nas organizações da Cidade de Lichinga”. Tem como probblema: De que forma a
Auditoria Externa pode contribuir no Processo de Detecção de Fraudes, dentro das
organizações na Cidade de Lichinga? A sociedade, encontra-se maioritamente estruturada
numa óptica económica de mercado, o que exige, a função de auditoria seja cada vez
interveniente no diagnosticar de determinadas situações, como é caso da viabilidade da
empresa, na denúncia de fraudes e em actos ilegais, na apreciação da economia, eficiência e
eficácia das organizações. Assim sendo, para responder ao problema traçou-se seguinte
objectivo geral: analisar a contribuição da Auditoria Externa como Instrumento no Processo
de detecção de Fraudes nas organizações da cidade de Lichinga. A pesquisa adoptou a
abordagem qualitativa de carácter exploratório e descritivo, com as técnicas de recolha de
dados como o questionário e entrevista. Faz a população deste estudo um total de (6)
colaboradores da Empresa em estudo na Cidade de Lichinga, assim sendo a pesquisa de
campo chegou a seguintes resultados, a eficiência do sistema do controlo interno como um
todo deve permitir detectar não somente irregularidade de actos intencionais, como também
erros de actos não intencionais. As fraudes provocam, além de altas perdas financeiras, outras
consequências por mais devastas, provocam um clima de insegurança e desconfiança entre os
colaboradores e suas chefias. Sugere-se a organização, a necessidade de maior rigor no
acompanhamento do grau de cumprimento de recomendações deixadas pelos auditores.
Também se recomenda a responsabilização dos infractores.
Palavras-Chave: Auditoria, Fraude, Organizações.
VII
ABSTRACT
This research has as its theme "External Audit as a Fraud Detection Tool, in the organizations of the
City of Lichinga". Problems: How can the External Audit contribute to the Fraud Detection Process,
within organizations in the City of Lichinga? The society is mostly structured in an economic market
perspective, which requires the audit function to be increasingly involved in diagnosing certain
situations, such as the company's viability, in reporting fraud and in illegal acts, in appreciation of the
economy, efficiency and effectiveness of organizations. Therefore, in order to answer the problem, the
following general objective was outlined: to analyze the contribution of the External Audit as an
Instrument in the Fraud Detection Process in organizations in the city of Lichinga. The research
adopted an exploratory and descriptive qualitative approach, with data collection techniques such as
the questionnaire and interview. The population of this study makes a total of (6) employees of the
Company under study in the City of Lichinga, therefore the field research reached the following
results, the efficiency of the internal control system as a whole should allow not only to detect
irregularities in acts intentional, as well as errors of unintentional acts. Fraud causes, in addition to
high financial losses, other consequences, even more devastating, cause a climate of insecurity and
distrust among employees and their managers. It is suggested the organization, the need for greater
rigor in monitoring the degree of compliance with recommendations left by the auditors.
Accountability of offenders is also recommended.
Keyword: Audit, Fraud, Organizations.
VIII
EPIGRAFE
“Forjar números e maquiar balanço contabilísticos não virou moda. Sem foi. Empresas
fraudam, executivos mentem, auditores omitem, analistas recomendam. Como diz o velho
adagio popular, papel aceita tudo”.
Tom Coelho
IX
Índice
DEDICATÓRIA.....................................................................................................................................II
AGRADECIMENTOS..........................................................................................................................III
LISTA DE TABELA............................................................................................................................IV
LISTA DE GRÁFICOS.........................................................................................................................VI
RESUMO.............................................................................................................................................VII
ABSTRACT........................................................................................................................................VIII
EPIGRAFE............................................................................................................................................IX
1.1. Contextualização.....................................................................................................................1
1.2. Problematização......................................................................................................................2
1.3. Justificativa.............................................................................................................................3
2.1. Conceptualização.........................................................................................................................6
2.6. Auditoria Externa Como Ferramenta eficaz para as Organizações no Combate à Fraude..........11
4.3. Mecanismos Usados para Reduzir as Fraudes nas Organizações da Cidade de Lichinga..........30
5.1. Conclusões.................................................................................................................................33
5.2. Sugestões...................................................................................................................................34
Referências Bibliográficas....................................................................................................................36
APÊNDICES........................................................................................................................................40
II
CAPÍTULO I: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
1.1. Contextualização
Nos últimos anos, é notório o aumento do nível de competitividade entre às organizações,
associado as estruturas financeiras cada vez mais sofisticadas das empresas, exercendo uma
pressão significativa nos executivos para obtenção de lucros no curto prazo, favorecendo a
distorção intencional das informações presentes nas Demonstrações Financeiras sobre fraudes
na contabilidade da empresa.
Wells (2009), no seu estudo recente, afirma que “vieram à tona vários casos de escândalos
corporativos envolvendo a prática de fraudes financeiras, e que provoca uma gama de efeitos
negativos tanto para próprias entidades, mais que alguns casos, entraram inesperadamente em
processo de falência, como para a sociedade como um todo”. Indicando que nenhuma
entidade está totalmente protegida dos efeitos adversos que as fraudes podem causar sobre as
actividades.
A fraude vem se tornando um procedimento comum com o passar dos anos principalmente
pelo crescente volume de transacções da empresa e o enfraquecimento do controlo interno. É
um processo que pode acometer todos os níveis de hierarquia das organizações e depende
exclusivamente da intenção e necessidade do fraudador. As fraudes podem ocorrer de várias
maneiras e são diversas as contas que podem ser afectadas.
1
Os registos alterados resultam na divulgação de informações distorcidas quanto a situação
patrimonial da companhia, e consequente tomada de decisões equivocadas por parte de
investidores, instituições financeiras e fornecedores.
Neste contexto, o presente estudo, será desenvolvido em uma organização do sector privado,
que actua no desenvolvimento económico da província do Niassa, que por motivos sigilosos
não iremos apresentar o nome, porém, será tratar de Empresa B para salvaguardar a entidade e
o seu bom nome.
1.2. Problematização
Uma vez tratando-se de uma organização do sector privado, como também organização
impulsionadora de desenvolvimento da economia local, a sua permanência é de suma
importância, portanto, torna-se pertinente implantar um sistema de controlo interno robusto,
capaz de detectar fraudes com maior facilidade.
A fraude é um mal que afecta a componente financeira de uma organização e não só, está
também pode afectar a economia local. Esta é uma actividade de difícil correcção, visto que é
difícil adoptar um sistema de controlo interno a 100%, por tanto, é necessário adoptar sistema
que detectem fraudes pelo menos em 70%. Pois, podemos considerar viáveis empresas que
com o uso de medidas anti-fraude conseguem alcançar os seus objectivos a 90%. Porém, o
uso da auditoria externa considera-se como sendo um dos elementos que contribui na solução
destes problemas que afectam as empresas, queiram elas por senários desejáveis ou não.
Pelo que nos leva a compreender que as fraudes financeiras se desencadeiam com a
participação e omissão de Demonstrações Financeiras por parte dos colaboradores, através de
actos, comportamentos ou atitudes inadequadas dentro da organização, facilitando deste modo
a ocorrência do acto ilícito, ocorridos muitas vezes, sem a devida análise das consequências
dessas acções para a entidade. As fraudes podem ainda criminalizar pessoas envolvidas, assim
como inviabilizar as actividades e os objectivos da organização.
2
Além da manipulação das informações financeiras, as fraudes ainda são propiciadas por
controlos internos inadequados, crescente uso de tecnologia e pela conivência, colocando em
questão a integridade moral destes últimos. Perante a existência de lacunas relativamente a
utilização de mecanismos de auditoria externa na prevenção de fraudes na empresa do Ramo
Florestal, urge a pertinência de questionar: De que forma a Auditoria Externa pode
contribuir no Processo de Detecção de Fraudes, dentro das organizações na Cidade de
Lichinga?
1.3. Justificativa
O estudo é relevante porque vai enriquecer e ampliar o conhecimento acerca do tema proposto
e contribuirá para a actuação contabilística e também para a sociedade em geral. A fraude é
um assunto complexo e abrangente, qualquer conhecimento e entendimento sobre o tema são
relevantes.
Por outro lado, a temática é importante para o profissional contabilista, pois, com esta
ramificação, a auditoria torna-se cada vez mais indispensável em uma organização. Ela é a
principal ferramenta para combater erros, fraudes e possíveis falhas na empresa, dando o
suporte necessário aos executivos para auxiliar na melhoria de negócios, identificando áreas
problemáticas e sugerindo correções, tudo para ampliar as chances de melhores resultados e
minimizar desperdícios para a organização como um todo no trato das questões patrimoniais e
financeiros.
Sob ponto de vista académico, está servirá como base para compreensão do tema em estudo e
dos conceitos que o incorporam, permitindo que os pesquisadores sintonizem a realidade no
que tange a auditoria externa como instrumento de prevenção de fraudes e servirá de alicerce
para novas pesquisas na área.
Quanto a motivações pessoais para escolha deste tema, primeiramente estão inclinadas a área
de formação académica e profissional (Contabilidade e Auditoria), por outro lado, nos
identificamos com este tema, existe muitos manuais que aborda sobre esta problemática em
análise.
3
1.4. Objectivos do Estudo
O objectivo diz respeito a um fim que se quer atingir, para concretização desta pesquisa
estabelecemos, o objectivo geral e específicos.
5
CAPÍTULO II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Conceptualização
2.1.1. Empresas
Segundo Crepaldi (1998), uma empresa é “uma associação de pessoas para a exploração de
um negócio que produz ou oferece bens e serviços, com vista em geral, a obtenção de lucros”.
Por outro lado, Franco (1991) cit. In Ramos (2007), a empresa pode ser definida como “uma
unidade decisória de que, organizada, controla a produção de bens e serviços”, (p.20).
De acordo com os autores, entende-se por empresa toda entidade constituída sob qualquer
forma jurídica para a exploração de uma actividade económica, seja mercantil, industrial,
agrícola ou de prestação de serviços.
Podemos intender que tanto pelo significado da palavra assim como ao seu conceito, existe
uma convergência situacional que é o exame. Como qualquer um pretende provar, assim
como o objectivo de uma determinada actividade.
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Segundo International Organization of Supreme Audit Institutions (INTOSAI, 1999),
“Auditoria é exame das operações, actividades e sistemas de determinada entidade, com vista
a verificar se são executados ou funcionam em conformidade com determinados objectivos,
orçamentos, regras e normas”.
A auditoria segundo Santos e Pagliato (2007:02), é “uma parte da contabilidade com o fim de
expor um ponto de vista sobre os sistemas operacionais da empresa e da situação económico-
financeira, esta última por meio de verificação documental.
Por sua vez Almeida (2014), a Auditoria é “um processo objectivo e sistemático, efectuado
por um terceiro independente, de obtenção e avaliação de provas em relação às asserções
sobre acções e eventos económicos, para verificar o grau de correspondências entre essas
asserções e os critérios estabelecidos, comunicando os resultados aos utilizadores da
informação financeira.
Constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objecto a emissão do parecer sobre
a adequação com que estes representam a posição patrimonial e financeira, o resultado das
operações, as mutações do património líquido e as origens e aplicações de recursos da entidade
auditada consoante as normas de contabilidade de relato financeiro.
7
Por sua vez, Jund (2001), “a auditoria externa ee uma das práticas utilizadas pela
contabilidade, ou seja, aquela proposta a examinar a escrituração e demonstrações financeiras,
com a finalidade de confirmar a sua adequação” (p.26).
Portanto destaca-se, a precisão do auditor extermo, ser um profissional sem qualquer tipo de
vínculo empregatício com a empresa, como já outrora mencionado, uma que sua função ee
realizar um trabalho sem qualquer analise pessoal, mas sim restritamente profissional da
situação actual em que a organização se encontra. Basicamente, este apresenta os dados
obtidos através dos registos contabilísticos, com o intuito de confirmar a veracidade destes
dados.
Enquanto Hoog e Carlin (2000, p.61), a Auditoria Interna aquela em que o serviço é praticado
empregados da organização, associações e fundações, que os contratam para tal. A aplicação
dos trabalhos tem fundamento na validação e avaliação dos controlos internos e demais
procedimentos, pois, devido à falta de independência, uma vez que o profissional é
empregado, está impedido o mesmo de dar uma opinião para interessados ou usuários
externos, sobre a adequação das demonstrações financeiras encerradas.
Perante os estudos feitos pelos autores acima descritos, percebe-se que a auditoria interna tem
por finalidade desenvolver um plano de acção que auxilie a organização a alcançar seus
objectivos adoptando uma abordagem sistemática e disciplinada para avaliação e melhoria da
eficácia dos processos de gerenciamento de riscos com o objectivo de agregar valor a uma
organização.
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um processo que pode acontecer em todos os níveis hierárquicos das organizações e depende
exclusivamente da intenção e necessidade do fraudador. As fraudes podem ocorrer de
variadas maneiras e são diversas as contas que podem ser afectadas, na perspectiva de
(Cassaro, 1997, p.378).
Viera (2000, p.228), apontam como principais ocorrências o desvio de dinheiro, despesas
fictícias, desvios de mercados, recebimento de crédito sem dar baixa, adulterações de
documento e falsificação de documentos. Os registos alterados resultam na divulgação de
informações distorcidas quanto à situação patrimonial da companhia e, consequente tomada
de decisão equivocada por parte de investidores, e fornecedores,
Portanto, torna-se pertinente trazer conceitos sobre a fraude:
O termo fraude tem a sua origem Latina “fraus ou fraudis”, e foi usado no seu sentido
próprio, para afirmar, “dano feito a alguém”, (Sá, 1982, p. 15).
Wells (2007) explica que o triângulo da fraude representa uma hipótese colocada por Donald
R. Cressey, que defendia o seguinte:
As pessoas, em que se confia, tornam-se violentas desta mesma confiança quando imaginam
que têm um problema financeiro impossível de partilhar e que acreditam pode ter secretamente
resolvido, através da violação da confiança financeira, sendo capazes de aplicar à sua conduta,
naquela situação, justificações que lhes permitem ajustar o conceito, que têm de si próprios, de
pessoas de confiança de utilizadores dos fundos ou propriedades que lhes foram confiados.
9
Este tipo fraude acontece quando intencionalmente se publica informação errada, de qualquer
dimensão, nas DF’s. Normalmente é a gerência que comete este tipo de crime, de modo a
melhorar a aparência económica da empresa.
A gerência pode beneficiar deste tipo de fraude directamente através do vender estoques,
receber gratificações de desempenho, ou ainda, ao utilizar um relatório falso para encobrir
outras actividades ilegais. E, também pode beneficiar indirectamente, quando a activa é usada
para obter financiamento em nome da empresa ou inflacionar o preço de venda da mesma, no
dizer de (Wells, 2009).
A fim de cumprir todas as formas de actuação de auditoria, criou algumas ferramentas que
determinarão o sucesso de seus trabalhos, os quais pode-se elencar a seguir:
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Neste procedimento, existe uma acção conjunta entre a auditoria e o auditado, pois sem
colaboração e a realização das solicitações aos seus parceiros de negócio, auditoria não
poderá confirmar os saldos e valores constantes nos demonstrativos elaborados pelo auditado.
2.5.1.2. Inventariação
Crepaldi (2002), explica que, outro tipo de confirmação disponível aos trabalhos de auditoria
são as contagens físicas, ou os inventários. Trata-se de um procedimento aplicável a itens
tangíveis que expressem algum valor para o património da empresa, geralmente são
denominados de inventários físicos, contagens físicas ou confirmações de quantidades.
2.4.4. Inspecção
Inspecção é a técnica de auditoria de que o auditor se utiliza para examinar a comprovação
documental das transacções. Basicamente as transacções entre empresas e pessoas envolvem
tipo de documento, que serve de explicação para os detalhes sobre o que foi feito e que
consequências se esperam deste facto. Uma transacção, em verdade, quase sempre se origina
de um documento, a inspecção compreende a verificação da legitimidade do documento em
primeiro lugar e consequentemente da transação, referem (Franco e Marra, 2000).
Por tudo quanto foi mencionado, até então, tem-se a impressão de que, um bom sistema de
controlo interno, constitui garantia absoluta contra a ocorrência de fraudes ou irregularidades.
11
Bons controlos internos previnem contra a fraude e minimizam os riscos de erros e
anormalidades, porque, por si só, não basta para evitá-los.
Assim, por exemplo, a segregação de uma operação em fases distintas, confiadas a diversas
pessoas reduz o risco de irregularidades, porém não podem evitar que estas ocorram se as
diversas pessoas que intervém no processo se puserem de acordo para cometer algum acto
fraudulento.
Não obstante isso, os outros elementos do sistema podem, em alguns, actuar como controlos
internos independentes que relevam a manobra segundo (Attie, 1998:126).
Através do exposto compreende-se que a auditora interna através do controlo interno é uma
actividade de supervisão e regularização de processos, revisando todas as etapas e planos de
acções empresarias.
Evidencia-se ainda que muitas organizações, sofrem com problemas de fraude por não possuir
uma auditoria interna eficaz, segundo (Franco e Marra, 2001). Desfalque e outras formas de
fraude e irregularidades têm sido comuns a maioria das organizações. Embora muitos motivos
possam ser atribuídos a essa situação, todas essas ocorrências parecerem ter um ponto em
comum.
Tendo como seu universo 5 empresas do comércio exterior e seus participantes 5 profissionais
da área de contabilidade, 5 da área fiscal e 3 do controlo interno, que consistia na verificação
de ambientes mais propícios para a ocorrência de fraudes. Este estudo concluiu que existe a
necessidade de um controlo interno mais efectivo em todos os departamentos, o que
dificultaria a acção de pessoas mal-intencionadas que venham burlar o sistema. A actuação
efectiva da auditoria interna com propósito de verificar o andamento dos controlos efectuados
em cada área, inibiria também acções dolosas contra a empresa. A fraude em si não for
detectada, mas existem muitas lacunas para que a mesma ocorra.
Lima, Silveira e Barbosa (2012) com o tema “a importância da Auditoria para a Prevenção de
erros e fraudes na organização” com o objectivo principal de verificar sistemática a eficácia e
eficiência actividades das operacionais. Estudo realizado em Portugal. Para a sua
concretização adoptou a qualitativa e quanto ao objectivo trata-se de uma pesquisa descritiva
e explicativa, uma vez que busca apresentar os tipos e adequações da auditoria em uma
organização, coibindo irregularidades. O estudo conclui que a auditoria é a principal
ferramenta para mensurar a adequação e a confiabilidade dos registos e das demonstrações
financeiras, que é muito importante para o profissional a área, pois obedece às leis e os
princípios de contabilidade geralmente aceites.
O estudo muito se familiariza com esta pesquisa, por elas focarem no uso da auditoria na
prevenção e detecção de fraudes nas organizações com vista a consolidação dos controlos
internos. Não obstante, é neste contexto que se torna necessário o uso da auditoria externa
para detecção de fraudes nas organizações, como um contributo e ou visão externa.
O auditor tem como principal missão identificar os riscos que a actividade empresarial abarca
e propor acções que reforcem os controlos internos.
O estudo se assemelha a esta pesquisa por se tratar do uso da auditoria para reforçar os
controlos internos devido a grandeza no nível de operações realizadas em ambas empresas e
por tratar de empresas como investem muito capital financeiro. O estudo de João foca-se no
papel da auditoria interna para reforçar os controlos internos da EDM, enquanto esta pesquisa
faz o uso da auditoria externa para avaliar se os controlos internos são capazes de detectar
fraudes sem que necessário tenha que se realizar muitos procedimentos e testes de auditoria.
Junior (2014) em sua pesquisa com o tema “Controlos Internos: Ferramenta de Eficiência
Institucional”. Tendo como objectivo de responder a seguinte questão: Quais os benefícios
trazidos pela implantação de controlos internos em instituições financeiras, conforme
regulamentado nacionalmente e internacionalmente? Para a sua realização adopta o enfoque
qualitativo, com tipo de pesquisa quanto ao objectivo exploratório e descritivo. Tendo como
instrumento de colecta de dados através da observação. Portanto, os resultados revelam que
apesar da extrema melhoria de eficiência no processo de controlo e tomada de decisão nas
empresas, é necessário realizar testes contínuos para avaliar se o sistema de controlo se
adequa aos parâmetros da organização.
Um sistema de Controlo interno, bem concedido e aplicado com eficiência oferece razoável
segurança para que erros sejam evitados ou prontamente descobertos no curso normal das
operações rotineiras, de forma a serem corrigidos imediatamente.
Sendo assim, quando o auditor entende que o sistema de controlo interno estará realmente
funcionando, ele possui a comprovação de que as informações fornecidas por esse sistema
merecem confiança.
Está de Júnior se familiariza com este estudo por focarem no uso da Auditória na prevenção
contra fraudes e erros nas organizações, porém a pesquisa de Júnior está inclinada aos
controlos internos nas instituições financeiras.
14
O estudo que melhor se encaixa com esta pesquisa, é a pesquisa de Lima et al (2012), que
aborda sobre “a importância da auditoria para a prevenção de erros e fraudes na organização”.
As duas pesquisas fazem o uso da Auditoria no combate a fraudes nas organizações com vista
na consolidação dos controlos internos. A auditoria proporciona ao usuário dados e
informações necessárias para um melhor controlo, clareza e transparência das várias entidades
empresariais. É uma técnica contabilista que pode ser adoptada como ferramenta estratégica, e
tem como objectivo normalizar, supervisionar, fiscalizar e avaliar os dados contabilísticos,
financeiros, orçamentários, operacionais e patrimoniais, visando facilitar a gestão de entidades
com ou sem fins lucrativos.
15
CAPÍTULO III. METODOLOGIA DE PESQUISA
Neste capítulo, iremos presentar os métodos que foram usados para o desenvolvimento da
pesquisa, assim como as técnicas e procedimentos adequados para a recolha de dados de
campo, estes elementos são fundamentais pois, ajudaram a pesquisadora no observar, intender
e descrever os fenómenos e eventos que ocorreram na área de estudo.
Comungando as ideias dos autores acima, por método, entende-se como sendo o processo
investigativo que levará sempre a pesquisa a alcançar o objectivo ou objectivos
preestabelecidos, ou seja, o caminho a ser percorrido para a realização da pesquisa.
16
3.2.2. Quanto aos Objectivos
O tipo de pesquisa quanto ao objectivo é exploratório e descritivo. A utilização destes
metodos contribuiram na efectuação da descrição da realidade do objecto, que ajudaram a
proporcionar uma visão geral e aproximada do objecto de estudo.
Segundo Vilelas (2009, p.119), o estudo exploratório tem como principal finalidade “a
formação de conceitos e ideias, capazes de tornar os problemas mais precisos e de formular as
hipóteses para os estudos posteriores”.
Com base neste método, foi possível aprofundar o conhecimento no contexto na vida real
sobre o pesquisado. Através suporte da técnica de entrevistas e experiências práticas da
organização para responder o problema da pesquisa, assim como analisar informações
17
referentes ao tema em estudo, facto que representa a realidade do uso da auditoria externa nas
organizações da cidade de Lichinga.
3.3.1. Entrevista
Na concepção de Sousa e Baptista (2011), a entrevista é um método de recolha de dados que
consiste em conversas orais, individuais ou de grupo, com várias pessoas cuidadosamente
seleccionadas, cujo grau de pertinência, validade e fiabilidade é analisado na perspectiva
dos objectivos da recolha de informações, (p.79).
Foi usado uma entrevista semiestruturada, que permitiu uma liberdade dos entrevistados em
expressar o seu ponto de vista sobre o tema em pesquisa.
Assim, a presente pesquisa auxiliou-se desta técnica de pesquisa documental como forma de
buscar dados para a sustentabilidade da abordagem. No entanto, usou-se a técnica de pesquisa
de documentação directa, que constitui em fazer o levamento de dados sobre a organização e
sua composição, seu perfil e de seus participantes.
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dos factos relacionados com o fenómeno em estudo, adoptou-se o uso dos seguintes
instrumentos:
Os dados também foram recolhidos com base em um formulário com perguntas fechadas, no
qual serviu como instrumento orientador, durante a interacção entre o pesquisador e o objecto
de estudo. Com isso, trouxe maior familiaridade a respeito da Auditoria externa como
instrumento de detecção de fraudes.
Portanto, para esta pesquisa realizou com base num conjunto de perguntas fechadas
direccionadas aos participantes seleccionados. Esta técnica constituiu uma vantagem pois com
base numa bateria de questões, foi possível concretizar a pesquisa de forma célere e rápida na
presença do pesquisador.
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A cidade de Lichinga, é abrangida por uma aérea de 290 km2, situando-se no extremo oeste da
província do Niassa, com cerca de 50 km da margem leste do Lago Niassa, entre as
coordenadas 13.18 de altitude e 34,13 longitude leste, a uma altitude de 1.358 metros. Em
termos de limites é contornada totalmente pelo distrito de Chimbunila.
A cidade de Lichinga está organizada em postos administrativos de urbano de Sanjala,
Chiuaula, Massenger e Lulumile.
De acordo com as projecções do Instituto Nacional de Estatistica [INE] (2017), estima-se que
até o ano 2017 a população seja constituída por 235.224 habitantes e por três grupos étnicos
como Yao, Nyanja e Macua.
21
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS
Este capítulo é reservado a apresentação dos resultados da pesquisa. Nele se faz análise sobre
auditoria externa com ferramenta de detecção de fraude tendo em conta o depoimento dos
entrevistados, assim como as diferentes teória e os conceitos apresentados para a pesquisa.
Portanto, a análise dos dados de campo revelou uma série de peculiaridades relativas à
percepção de ferramentas de detecção de fraudes.
O questionário apresentado a empresa em estudo, foi dividido em duas partes: primeira parte,
dados sociodemográficos para caracterização da população consultada e a segunda parte
relativa aspectos ligados a auditoria externa e detecção de fraude.
22
Tabela 01: Caracterização do Objecto de Estudo
17%
Mulher
Homens
83%
23
Gráfico 02: Faixa etária dos entrevistados.
70
60
66%
50
Série
40
18 a 30 anos
%
20
10
0
Faixa etaria dos entrevistados.
17%
E1 E2
50% 17%
E3 E4
17%
24
4.1.2. Realização e Frequência da Auditoria na Empresa
No que tange a realização de auditoria, em unanimidade os entrevistados afirmam que a
empresa tem realizado dois tipos de auditoria, das quais interna e externa. Geralmente tem
sido realizado uma auditoria interna no final de cada exercício económico, isto é, em
dezembro de cada ano. Dado este período existindo a disponibilidade financeira de
contratação para uma auditoria externa que pode ser realizada em cada três (3) anos.
A norma ISO 9001 (2015) refere que a organização deve realizar auditorias internas a
intervalos planejados para prover informações sobre os sistemas de gestão da qualidade, assim
sendo não existe um período definido na norma.
Segundo Crepaldi (2012), compreende o controlo interno como o plano de organização, todos
métodos e medidas adoptadas na empresa para salvaguardar seus activos, e verificar a
exatidão e fidelidade dos dados contabilísticos, desenvolver a eficiência nas operações e
estimular o seguimento das políticas administrativas prescritas. (p. 376).
Desta afirmação, pode se entender que a auditoria externa é muito importante e constituem
uma feramenta indispensável em uma organização, pois possibilitam a detecção de fraude.
Das respostas obtidas de um modo geral, percebeu-se que, os participantes entendem sobre a
quem recai a responsabilidade pela detecção de fraude e controlo interno da organização, com
vista ao alcance dos objectivos pretendidos.
Silva (2007), segundo as normas de contabilidade, o auditor interno não é responsável e nem
pode ser responsabilizado pela prevenção de fraudes ou erros”. No entanto, o seu trabalho
deve ser planeado de forma preventiva, analisando a probabilidade de detectar erros ou
fraudes dentro da organização empresarial que prejudique a exatidão das demonstrações
financeiras.
26
financeiras, por isso é de grande importância haver uma comunicação clara entre os
responsáveis pela administração e o auditor, facilitando a descoberta de fraudes.
Com base na análise e relacionada com os autores, conclui-se que, o auditor e conselho de
administração da empresa devem trabalham em consonância, assim o auditor tem o dever de
deixar a parte administrativa da organização sempre informada por escrito de toda e qualquer
irregularidade observada na empresa, e sugerindo medidas por parte do gerenciamento.
Portanto este não ee responsável, nem pode ser responsabilizado pela prevencoa de fraudes ou
erros. Entretanto este deve planear o seu trabalho, avaliado o risco de sua ocorrência de forma
a ter grande probabilidade de detectar aqueles que impliquem efeitos relevantes nas
demonstrações financeiras.
Com base nas respostas dos entrevistados, percebe-se que a auditoria deve seguir
procedimentos para a sua realização e para se evitar eventualidade e necessário colocar a
organização informada sobre uma possível auditoria, assim para estes prepararem toda
informação necessária.
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No outro fórum explicou E1, “toda a auditoria interna realizada nesta organização é orientada
por uma matriz de riscos, na qual são identificados os aspectos críticos que possivelmente
poderão ocorrer nos processos de gestão”.
E2: “Contribui para que os colaboradores tenham mais familiaridade com os processos
de uma auditoria e com auditores”
Tal como defende Martins (2014, p.11), “a auditoria interna deve ser encarada como o
instrumento que permite os responsáveis agirem com maior segurança e controlar com mais
conhecimento”.
Em síntese, o que o traz em seu conceito, o trabalho de auditoria interna permite reduzir erros
de processos contabilísticos, tal que, quando a auditoria externa aparece, estes já possuem os
processos instruídos. Isso contribui de certa forma para a transparência e prestação de contas.
Com base nas respostas dos participantes, percebeu-se que existe noção dos benefícios da
auditoria nas organizações, porem estes vão muito além, do que os participantes afirmaram,
pois, a auditoria não existe so para apontar defeitos: ele também serve para encontra os pontos
28
fortes da empresa e potencializa-los. Ao localizar os pontos de melhoria em de suas
actividades, a empresa tem a chance de aperfeiçoar seu ambiente de trabalho.
Assim sendo Furtado (2009), as principais vantagens da auditoria são “fiscalizar a eficiência
dos controlos internos, assegurar maior correção dos registos contabilísticos, opinar sobre a
adequação dos DF’s, dificultar desvios de activos e pagamentos indevidos, contribuir para a
obtenção de melhores informações sobre a real situação da entidade, apontar falhas na
organização administrativa e nos controlos internos, garantir maior atenção e rigor dos
colaboradores contra erros e evita fraudes.
Em suma, alinhado a concepção dos autores acima, quando as falhas são minimizadas, o
clima dentro de uma organização tende a ficr mais agradável, isto porque os colaboradores
assumem o compromisso de eliminar aqueles problemas roptineiros. Por outra, os benefícios
impactam positivamente no desempenho geral da organização.
Com base na exposição acima, a realização da auditória deve incluir alguns passos
importantes para que o a rotina de trabalho seja bem-sucedido.
Para Silva & Viera (2015, p.10) cit in Castro (2010), o auditor deve fazer um planeamento
geral, que se resume em três principais razões: mudar uma realidade, cumprir uma finalidade
ou organizar uma actividade.
Com base neste autor, a disseminação de boas práticas é valorizada durante a auditoria. Todos
os funcionários são convidados a participar activamente. Essa é uma excelente oportunidade
para membro da equipa sinta-se importante, pois quaisquer deles podem dar óptimas
sugestões para melhorar o próprio desempenho e o das colegas.
29
4.2.1. Mudanças no processo de Mellhoria da gestão dos recursos na Empresa
Neste ponto, perguntou-se aos participantes, será que a auditoria interna trouxe alguma
mudança na melhoria da gestão dos recursos na organização, as respostas foram as seguintes:
E1: “O trabalho de auditoria ajuda a organização a produzir informações em
momentos oportunos no processo de assistência de prevenção de perdas”
Com base nos resultados obtidos durante a entrevista, fica evidente que após a realização
ocorreram várias mudanças na organização alvo desta pesquisa, como espelha:
Gil (1999), devido ao conhecimento que a área pode obter, ela tem total capacidade de
“fornecer assistência e aconselhamento a todos níveis da empresa”, e esse papel e o alcance
da auditoria interna passam a ser reconhecidos de tal forma que não é mais possível admitir
uma gestão de riscos empresariais sem levar em conta o envolvimento da função como meio
de identificação dos pontos fracos, e até mesmo, de auxílio à implementação de processos
tanto de correção quanto de melhoria continua, (p. 22).
Enquanto Crepaldi (2012, p.69), deve a área da auditoria interna auxiliar “a organização a
alcançar seus objectivos, adoptando uma abordagem sistemática para a avaliação e melhoria
da eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, de controlos e governança corporativa.
30
E2: Medidas tomadas pela organização para evitar erros contabilísticos na execução
orçamental.
Com base nas respostas acima, percebeu-se que os participantes têm noção do que deve ser
feito para se prevenir da ocorrência de fraudes na organização, visto que assim garante a
continuidade da organização, porém, estudos apontam que a melhor de prevenção de fraudes e
sem dúvidas através de implantação de controlos internos.
Como refere Almeida (2014), o controlo interno tem por objectivo a medição de padrões,
avaliação de desempenho, a comparação de metas, com o intuito e corrigir informações,
detectar desvios ou anormalidades através de resultados obtidos em suas análises no intuito de
simplificar rotinas diárias passiveis de erros ou fraudes.
Sendo assim, com base nos resultados acima, a falta de controlos internos ou sua fragilidade,
acarretam, frequentemente, em erros involuntários, desperdícios e facilitam inclusive a
incidência de fraudes. Um bom sistema de controlo interno previne o acontecimento de
fraudes e minimiza os erros, mas não é suficiente para erradica-los. O sistema deve permitir
detectar todas as irregularidades, oferecendo possibilidades de pronta identificação de fraudes.
A eficiência do sistema do controlo interno como um todo deve permitir detectar não somente
irregularidade de actos intencionais, como também de actos não intencionais. Segundo Attie
(1988, p.204), esses erros podem ser:
31
De interpretação como, por exemplo, aplicação errónea dos princípios de
contabilidade geralmente aceites na contabilização das transacções;
De omissão por não aplicar um procedimento prescrito nas normas em vigor;
Decorrentes da má aplicação de uma norma ou procedimento.
De acordo com Almeida (2014), um sistema de controlo interno permite prever os erros e
irregularidades que possam vir a acontecer, e também com ela é possível verificar se o
sistema de controlos detecta imediatamente a ocorrência de erros ou fraudes.
Em síntese, a prevenção de fraudes tem como base a gestão da governança de uma empresa. É
a partir dos líderes que possibilidades sustentáveis, acções afirmativas e soluções criativas
devem ser implantadas para o bem comum.
E2: “Não existe técnicos para arrumação, controlo e monitoria dos pagamentos e
apropriação indébita”
Portanto esse resultado muito se familiarizado com as literaturas que abordam sobre a
temática:
Attie (1998, p.215-216), a fraude assume múltiplas modalidades. Das diversas classificações
históricas de fraudes, já efectuada, reveste-se de interesse a que as dividem em: Não
encobertas, encobertas temporariamente, encobertas permanentemente.
Por outro lado, Rasmussen (1988), explica que os “as fraudes sempre começam em
quantidades pequenas e aumentam sucessivamente com a confiança do delinquente, pois não
existem sistema de controlos internos, a auditoria é naturalmente uma justiça severa que puna
estes actos”, (p. 14).
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Em suma, as fraudes ou erros frequentes nas organizações são desvios de aplicação de
despesas, furto de pequena dimensão. Ee necessário tomar consciencai dos males de acções
fraudulentas nas empresas, pois cada erro, falha, desvio ou mesmo desperdícios sera um fardo
cada mais pesado e difícil da organização suportar.
33
CAPÍTULO V: CONCLUSÕES E SUGESTÕES
5.1. Conclusões
A auditoria é a principal ferramenta para mensurar a adequação e a confiabilidade dos registos
e das demonstrações financeiras, que é muito importante para o profissional da área, pois
obedece às leis e normas de contabilidade. Para verificação sistemática da eficácia e eficiência
das actividades operacionais, minimizando e evitando assim a ocorrência de fraudes, erros e
possíveis falhas dentro das entidades, A auditoria se tornou uma ferramenta de ampla
monitoria para os gestores. O procedimento de auditoria são direcionados para que as
demonstrações financeiras estejam apresentadas de acordo com a legislação vigente global e
baseadas nas normas internacionais de Contabilidade (NRCF), a fim de que as informações
empresariais divulgadas sigam um mesmo padrão e, assim, possam ser comparados os
resultados de diversas empresas, mantendo uma fidelidade quanto á realidade encontrada nas
organizações.
Quanto ao objectivo que visava apresentar mecanismos usados para reduzir ou minimizar as
fraudes nas organizações na Cidade de Lichinga, a pesquisa conclui-se, que a prevenção de
fraudes envolve a criação de uma cultura organizacional de honestidade e de comportamento
ético, que deve ser reforçada por uma supervisão activa da governança corporativa e de
mecanismos de controlo eficazes.
34
A fraude pode ocorrer em vários níveis em qualquer organização, e é essencial que as técnicas
preventivas e de detenção de fraude sejam apropriadas e estejam implementadas. A prevenção
de fraude exige esforço activo e continuo, esse processo visa mitigar possíveis riscos de
fraude, e os seus impactos.
No atinente ao objectivo geral, conclu-se que auditoria constitui um instrumento inprescidivel
para o controlo organizacional, é considerada como o controlo dos controlos. Esta tornou-se
ferramenta de suma importância e necessária para uma efectiva e eficiente administrcao. Esta
da segurança a empresa, preserva os interesses da empresa.
Com este estudo chegou-se as seguintes conclusões, que a fraude poderia ocorrer tanto por
falta de sincronia dos colaboradores, desde o nível operacional até o tático ou estratégico e
também por conta de disfunções que o sistema de informação que a empresa possui, criando
assim um ambiente propicio para que pessoas mal-intencionadas sem serem percebidas.
5.2. Sugestões
5.2.1. Para a Empresa em estudo
Para que a auditoria interna, assim como a auditoria externa desempenhe um papel de
destaque no processo de detecção de fraudes na empresa alvo deste estudo, é necessário tomar
em consideração o seguinte:
36
Referências Bibliográficas
Almeida, M. C. (1996). Auditoria: Um Curso Moderno e Completo, (5ª ed.). São Paulo: Atlas
Editora.
Attie, W. (1998). Auditoria, Conceitos e Aplicaҫões (3ª ed.). São Paulo: Atlas Editora.
Castro, J. (2010). Auditoria Interna: Uma ferramenta de gestão dentro das organizações. Rio
de Janeiro: Redeca editora.
Crepaldi, S. A. (1998). Contabilidade Gerencial, Teoria e Pratica. São Paulo: Atlas Editora.
Crepaldi, S. A. (2002). Auditoria Contábil: Teoria e Pratica, (6ª ed.). São Paulo: Atlas
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Crepaldi, S. A. (2007). Auditoria Contábil: Teoria e Pratica, (4ª ed.). São Paulo: Atlas
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37
Crepaldi, S. A. (2012). Auditoria Contábil: Teoria e Pratica. São Paulo: Atlas Editora.
Eisenhardt, K. M. (1989). Building theories from case study research. Missipi, Mass:
Academy of Management Review.
Franco, H. & Marra, E. (2001). Auditoria contábil, (4ª ed.). São Paulo: Atlas Editora.
Furtado, D. (2009). Auditoria Interna e suas Vantagens. São Paulo: Revista Administradores.
Recuperado>em:http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/auditoria-interna-e-
suas-vantagens/90910Acesso em 13 jun 2009.
Gil, A. C. (2002). Como Elaborar Projecto de Pesquisa. São Paulo: Atlas Editora.
Gil, A. C. (2008). Metódos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas Editora.
Gil, A. de L. (1999). Como evitar fraudes, pirataria e conivência, (2ª ed.). São Paulo: Atlas
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Hoog, Z. & Carlin, B. (2009). Manual de Auditoria Contabilistica (3ª ed). Curitiba, Brasil:
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International for Standardization [ISO] (2015). A norma 9001. Geneva: ISSO Survey
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Marconi, M. & Lakatos, E. (2003). Fundamentos de metodologia científica (5ª ed.). São
Paulo: Editora Atlas.
Migliavacca, P. N. (2002). Controlos Internos nas Organizações, (1ª ed.). São Paulo: Edicta
Editora.
39
Rasmussen, U.W (1988). Desvios Desfalques e Fraudes nas Transacções de Compras nas
empresas. Curitiba-Brasil: Aduaneiras Editora.
Sá, A. L. (1982). Fraudes Contábeis, (2ª ed.). Rio de Janeiro: Tecno print Editora.
Santos, A. G. & Pagliato, W. (2007). Curso de Auditoria. Rio de Janeiro: Freitas Bastos
Editora.
Vieira, T. C. (2000). Contadora incrimina Luiz Estevão: Jornal do Brasil. Rio de Janeiro.
Wells, J. T (2009). Manual de Fraude na Empresa: Prevenção de Detecção, (2ª ed.). São
Paulo: Almedina Editora.
Yin, R. K. (2013). Applications of Case Study Research, (3rd ed.). New York: Sage
Publications.
40
APÊNDICES
41
Apêndice 1: A tabela abaixo, descreve as respostas apresentadas pelos colaboradores da empresa alvo deste estudo
Categorias Sob Categorias Questões Respostas dos Entrevistados
Analisar a influência da Influência da Auditoria A organização tem realizado E1: “no Plano de actividades desta
Auditoria Externa no Externa no Processo de auditorias internas e organização está prevista a realização de 1
processo de detecção de Detecção de Fraudes na externas? Se sim. Qual é a auditoria interna seguido de uma Externa,
Fraudes na Empresa Empresa Em estudo frequência? E em que após término do exercício económico”.
Florestal consistem? A auditoria E2: Sem resposta
externa influência no
processo de detecção de
fraudes?
Responsabilidade pela A quem a recai a E1: Gestor
Prevenção de Fraudes responsabilidade pela E2: Contabilista
prevenção e detecção de
fraudes?
Auditoria e sua influência no A auditoria influência no E1: “A auditoria aumenta o nível para
processo de detecção de processo de detecção de detecção de fraudes nas organizações”
Fraudes. fraudes? E2: “É através da implantação de
controlos internos que é possível detectar
erros ou fraudes nas organizações”
Descrever os procedimentos Como proceder no momento de Como é que a organização E1: “Trabalhamos com um plano anual de
utilizados para a Realização uma auditoria procede a quando de actividades”
de Auditorias nas realização de uma E2: “Formalizamos os processos,
Organizações auditoria? preparamos a auditoria interna
classificamos os controlos internos”
0
Avaliação dos colaboradores Como é que os E1: “Como todo processo de avaliação, as
em termos da Auditoria colaboradores enxergam a vezes gera um pouco de ansiedade,
auditoria interna? especialmente para que actuam em áreas
mais administrativas”
E2: “Contribui para que os colaboradores
tenham mais familiaridade com os
processos de uma auditoria e com
auditores
A auditoria benefícios para A auditoria produz E1: “Sim, a auditoria sempre proporciona
empresa informações consistentes para a empresa a possibilidade de
em relação ao desempenho enxergar o que pode ser melhorado”
da gestão? De que forma E2: “A auditoria possibilita monitoração
isso beneficia a empresa? de acções correctivas e preventivas e
permite que um olhar externo mostrando
oportunidades de melhoria”.
Medidas aplicadas Quais são as medidas E1: “Ter uma auditoria de prevenção de
depois de detectadas de aplicadas após a detecção fraudes, correção dos pontos fracos da
fraudes de fraudes? organização, e treinamento dos
colaboradores.
E2: “Monitorar processos e identificar os
erros para a prevenção de fraudes”
2
Estratégias para Tem alguma visão E1: “Mantenha um fluxo de caixa
impulsionar a sobre dos estratégica que, se usada, saudável, gaste melhor o dinheiro da sua
serviços prestados venha a impulsionar a organização”
melhoria sobre os serviços E2: “Escalabilidade e crescer também a
prestados pela sua presença online”
organização?
3
Apêndice 2
Guião de Entrevista
Tipo de sociedade:
Volume de negócio anual:
Ramo de actividade:
Número de trabalhadores:
9. Será que a auditoria interna trouxe alguma mudança na melhoria na gestão dos recursos da
organização? Se sim, quais são?
10. Alguma vez a organização detectou alguma fraude no processo de auditoria? Se sim, que
procedimentos e normas foram utilizados durante este processo?
13. Tem alguma visão estratégica que, se usada, venha impulsionar a melhoria sobre os
serviços prestados pela organização?
Muito obrigada!