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Cristino Naricha
Nampula
1
2019
(UNIVERSIDADE)
Curso de Administração Pública
Nampula
2
2019
Índice
Introdução..........................................................................................................................3
Objectivos..........................................................................................................................3
Geral..................................................................................................................................3
Específicos:........................................................................................................................3
Metodologia.......................................................................................................................3
1. Risco no Processo de Auditoria Interna........................................................................4
1.1.Breve conceitos sobre o tema......................................................................................4
1.1.1.Auditoria Interna......................................................................................................4
1.1.2.Risco de Auditoria....................................................................................................4
1.2.Objectivos da Auditoria Interna..................................................................................5
1.3.Auditoria interna Vs. Controlo Interno.......................................................................7
1.3.1.Controlo Interno.......................................................................................................7
1.4.Relação entre controlo interno e Auditoria interna...................................................10
1.5.O Risco no Processo de Auditoria Interna e a Influência do Risco na orientação da
auditoria...........................................................................................................................11
1.6.Factores de Risco, Avaliação e Medição do Risco....................................................12
Conclusão........................................................................................................................15
Bibliografia......................................................................................................................16
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Introdução
Para que uma empresa obtenha uma boa governança, é necessário que o seu gestor
possua conhecimentos a fim de fazer com que ela venha a definir e alcançar seus
objetivos, já que o comportamento da empresa é refletido pelo comportamento de seus
executivos. No entanto, torna-se relevante que eles venham a identificar, além das
oportunidades, os riscos, já que eles influenciam no fracasso ou sucesso do
empreendimento.
Os riscos podem afetar os objetivos e as metas da organização, e quando isso ocorre a
mesma precisa investir em programas de prevenção e minimização de riscos. Nesse
sentido, podem ser adotados controles de gestão que permitem visualizar se a empresa
está indo de encontro ao que foi estabelecido.
Para que a empresa possua uma gestão adequada, ela deve ter uma cultura de controle
interno forte, e para que isso ocorra é aconselhada a existência de uma auditoria interna,
já que esta pode aprimorar a visualização dos riscos que interferem no negócio.
Nos dias que correm, diretores têm tido uma maior responsabilidade de governança de
gestão de risco e controle; com isso, estão contando com auditoria interna para ajudá-los
com essas responsabilidades.
É portanto, a partir desta perspectiva que o presente trabalho visa fazer uma abordagem
sobre Risco no Processo de Auditoria Interna, onde far-se-á uma abordagem
minuciosa sobre o controlo interno, os factores de risco, avaliação e medição do risco; a
influência do risco na auditoria interna.
Objectivos
Geral
Compreender os riscoms no processo de auditoria interna.
Específicos:
Descrever o controlo interno;
Destacar os objectivos da auditoria interna;
Explicar o risco no processo de auditoria interna e a influência do risco na
orientação da auditoria
Identificar os factores de risco, Avaliação e Medição do risco.
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Metodologia
Para o desenvolvimento do presente trabalho usou-se o método bibliográfico, que
consistiu na leitura de diversas obras referentes ao tema em estudo.
1. Risco no Processo de Auditoria Interna
1.1.Breve conceitos sobre o tema
1.1.1.Auditoria Interna
De acordo com LÉLIS & PINHEIRO (2012:214) a “auditoria interna é uma actividade
independente e objetiva, que presta serviços de avaliação e consultoria e tem como
objetivo adicionar valor e melhorar as operações de uma organização”.
Por sua vez, o Instituto de Auditores Internos (AII) afirma que a auditoria interna pode
ser definida como “a função de auditoria interna que deve fornecer resultados completos
e independentes, oportunando e objetivando testes quantitativos e qualitativos para a
gerência, e, em essência, ajudar a avaliar a gestão de risco organizacional”
(BASIOULDS, 2012:2).
Assim, percebe-se que a auditoria interna á uma área de suporte que trabalha
especificamente com intuito de fazer uma análise técnica da empresa sobre o que pode
estar afetando o seu resultado.
1.1.2.Risco de Auditoria
BEJA, (2004) define risco como, “ estar exposto à possibilidade de um resultado
negativo. Gerir o risco significa tomar acções deliberadas para mudar as probabilidades
em favor próprio aumentando as probabilidade de resutados positivos e reduzindo as
probabilidade de resultados negativos.”
MORAIS & MARTINS (2007:34), consideram o, “risco como a quantificação de
incerteza, pois no processo de negócio a incerteza está associada à concretização dos
objectivos organizacionais. As consequências podem ser positivas (oportunidades) ou
negativas (apenas riscos).”
Neste sentido, podemos aferir que o risco não só se apresenta como um limitador, mas
também como uma oportunidade de crescimento, porque a partir da compreensão do
mesmo, melhor se conhece o negócio, e as decisões tomadas consequentemente terão
maior probabilidade de sucesso.
Segundo MORAEAU (2003:57), um risco empresarial pode ser definido como uma
“ameaça de um acontecimento, uma acção ou uma inacção afectar a capacidade de a
empresa atingir os seus objectivos estratégicos e comprometer a criação de valor.”
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Portanto ALMEIDA (1996) apud BORGES (2009:203) afirma que o controlo interno
representa em uma organização o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com
os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contabilísticos confiáveis e ajudar os
administradores na condução ordenada dos negócios da empresa.
Uma das definições mais conhecidas sobre controlo interno e fornecida pela AICPA
(American Institute of Certified Public Accountants) diz que:
Controlo interno é plano de organização e todos os métodos e
medidas, adotadas numa empresa para proteger seu ativo, verificar a
exatidão e a fidedignidade de seus dados contabilísticos, a eficiência
operacional e promover a obediência às diretrizes administrativas
estabelecidas (MOTTA, 1992, Apud BORGES, 2009:206).
Neste sentido, com esta abordagem aferimos que se trata de um plano que a organização
possui através de dados adotados na empresa para poder proteger seu ativo.
JUND (2001) apud SANTOS (2007:109) entende por controlo interno todos os
instrumentos da organização destinados à vigilância, fiscalização e verificação
administrativa que se verifica dentro da empresa e que produzem reflexos em seu
património.
MARÇAL & MARQUES (2011) destacam que o controlo interno é uma forma de
organização que pressupõe a existência de um plano e de sistemas coordenados
destinados a prevenir a ocorrência de erros e irregularidades ou minimizar as suas
consequências e maximizar o desempenho da entidade em que se insere.
Neste sentido, pode se perceber que o controlo é qualquer ação aplicada pela gestão
para reforçar a possibilidade de que os objetivos e metas estabelecidas são atingidos.
Assim, o controlo é o resultado do planeamento, organização da gestão.
Por sua vez, MORAIS e MARTINS (2007:58) afirmam que o COSO define Controlo
interno como “um processo levado a cabo pelo Conselho de Administração, Direção e
outros membros da entidade com o objetivo de proporcionar um grau de confiança
razoável na concretização desses objetivos: eficácia e eficiência dos recursos;
fiabilidade da informação financeira; cumprimento das leis e normas.”
Assim, de acordo com este organismo a definição integra os seguintes conceitos
fundamentais:
Processo – o objetivo é transmitir que o controlo interno é um meio para atingir
um fim e não um fim em si mesmo. É constituído por um conjunto de ações que
envolve todas as atividades, processos e tarefas da entidade;
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Levado a cabo por pessoas – o objetivo é transmitir que o controlo interno não é
somente um manual de políticas e documentos, mas também de pessoas em cada
nível da entidade. O sistema de controlo interno é concebido e implementado
por pessoas, afetando a atuação de todos os membros da entidade;
Confiança razoável – o objetivo é transmitir que por muito bem que esteja
concebido o sistema de controlo interno, somente pode proporcionar um certo
grau de segurança à entidade. Não oferece uma segurança total, uma vez que não
consegue eliminar a totalidade dos riscos, apenas os minimiza;
Concretização dos objetivos – o objetivo é transmitir que o controlo interno é
concebido para permitir a consecução dos objetivos, gerais e específicos, nas
diferentes categorias e que devem ser consistentes e coerentes.
Em conclusão podemos dizer que o controlo interno são todas as políticas e
procedimentos adotadas pela entidade com o intuito de alcançar os objetivos pré-
estabelecidos.
No que tange aos objectivos do controlo interno, MARÇAL & MARQUES (2011:106),
afirmam que o IIA estabelece que os objetivos do controlo interno visam:
A confiança e a integridade da informação;
A conformidade com as políticas, planos, procedimentos, leis e regulamentos;
A salvaguarda dos ativos; a utilização económica e eficiente dos recursos;
A realização dos objetivos estabelecidos para as operações ou programas.
Na mesma linha de pensamento, NABAIS (2007:109) acrescenta que o controlo interno
compreende o plano de organização e todos os métodos e procedimentos adoptados
numa empresa e que têm como objectivos principais:
• Salvaguardar os activos da empresa;
• Comprovar a exactidão e a veracidade dos registos contabilísticos e das
demonstrações financeiras.
• Promover a eficiência da empresa,
• Comprovar a exactidão e a veracidade dos registos contabilísticos e das
demonstrações financeiras,
• Promover a eficiência da empresa,
• Motivar o elemento humano para o seguimento dos métodos estabelecidos pela
direcção, o Assegurar a confiança e a integridade da informação.
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Conclusão
Após o desenvolvimento do trabalho pode se concluir que a auditoria interna é uma
peça importante e tem como principal objetivo contribuir para que os objetivos da
entidade onde se desenvolve o seu trabalho sejam atingidos com eficiência e eficácia e
numa relação custo/benefício.
Ela pode contribuir para um melhor desempenho dos processos, melhoria da estrutura
dos controles internos e uma mais eficiente gestão de riscos. Assim, o facto de a
auditoria interna beneficiar a empresa quebra o paradigma da punição; não obstante,
muitos verificaram que o processo de auditoria ocasionou melhorias na gestão e
consequentemente melhores resultados futuros.
Assim sendo, empresas necessitam cada vez mais conhecer os seus riscos, e podem
conhecê-los através da auditoria interna, e quem executa esse papel de auditoria interna
são os auditores. Entretanto, nem sempre auditores e auditados possuem a mesma
opinião sobre o que foi investigado.
Por sua vez, percebeu-se que nem todos os auditores internos avaliam com
profundidade os riscos e objetivos estratégicos do negócio, embora tanto auditores como
auditados julguem importante uma análise profunda sobre os riscos do negócio. Porém,
eles devem auxiliar a gestão e o comitê de auditoria, analisando, avaliando, relatando e
recomendando melhorias na adequação e eficácia dos processos de gestão de risco, em
que devem apontar e avaliar riscos significativos ao negócio. Eles precisam identificar e
avaliar os riscos existentes no negócio, sendo que essa identificação pode ser
classificada como riscos graves e prováveis e, assim, desenvolver uma metodologia de
melhor conhecer os riscos pertinentes.
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Bibliografia
TEIXEIRA, P. H. Manual Prático de Auditoria Gerencial. 3ª Ed. São Paulo, 2004
DA COSTA, C. B. Auditoria Financeira – Teoria e Prática. 8ª edição, Editora Rei dos
Livros. 2007.
MARÇAL, N. e MARQUES, F.L. Manual de Auditoria e Controlo Interno no Sector
Público. Lisboa.2011.
MORAIS, G. e MARTINS, I. Auditoria Interna, função e processos. 3ª edição, Áreas
Editoras. Lisboa. 2007.
BORGES, J. V. Auditoria e Controlo Interno de contas a pagar – Centro Universitário
FEEVALE.2009.
DA COSTA, A. Auditoria nos Municípios Portugueses – Faculdade de Economia da
universidade de Coimbra, Coimbra.2008.
SANTOS, M.I. Auditoria Interna como instrumento formador da eficiência e eficácia
dos resultados organizacionais – Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ.2007.
DE JESUS, J.O. A importância de Auditoria Interna nas empresas. Jornal de
Contabilidade – Boletim de Associação Portuguesa de Técnicos de Contabilidade
(APOTEC), Instituição de utilidade Pública.1999.
NABAIS, C. O processo de Auditoria Interna. 4ª Ed. Lisboa. 2007.