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DELEGAÇÃO DE GAZA
DELEGAÇÃO DE GAZA
1.1.Objectivos..................................................................................................................................2
1.1.1.Geral.......................................................................................................................................2
1.1.2.Específicos..............................................................................................................................2
1.2.Metodologia de pesquisa...........................................................................................................2
2.0.Revisão da Literatura.................................................................................................................3
2.1.Definição de depreciação...........................................................................................................3
2.2.Cálculo da Depreciação.............................................................................................................4
3.0.Conclusão................................................................................................................................10
4.0.Referências Bibliográficas.......................................................................................................11
1.0.Introdução
A depreciação de um activo começa a partir do momento em que esteja apto a ser utilizado, ou
seja, quando estiver na localização e condição necessárias para que seja capaz de operar na forma
pretendida. Por sua vez, a depreciação cessa na data que ocorrer mais cedo entre a data em que o
ativo for classificado como detido para venda e a data em que o activo for abatido
Porém, Weygandt, Kieso e Kimmel (2005, p. 119) definem depreciação com um “processo de
alocação do valor de um bem em despesa, ao longo da vida útil do bem, de modo racional e
sistemático”.
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1.1.Objectivos
1.1.1.Geral
1.1.2.Específicos
1.2.Metodologia de pesquisa
Para alcançar os objectivos acima, este trabalho está voltado ao uso dos métodos bibliográficos.
A consulta bibliográfica, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de
estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, livros, pesquisas, monografias, teses,
material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética
audiovisuais: filmes e televisão.
Sua finalidade é colocar o pesquisador em contacto directo com tudo o que foi escrito, dito ou
filmado sobre determinado assunto, inclusive conferencias seguidas de debates que tenham sido
transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas (MARCONI & LAKATOS,
2003:108).
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2.0.Revisão da Literatura
2.1.Definição de depreciação
A abordagem económica é definida por Wright (1964) como a soma dos fluxos de serviços
futuros trazida a valor presente, em uma determinada data, por uma taxa de desconto
preestabelecida.
Bodie, Kane e Marcus (2000) a definem como um valor do fluxo de caixa operacional que deve
ser reinvestido na empresa para que seja possível manter seus fluxos a níveis actuais. Para essa
abordagem, o custo do activo é irrelevante, seu foco está na sua capacidade de geração de
serviços futuros.
Depreciação como um processo de alocação do custo de aquisição do activo, que deve ser
distribuído durante sua vida de forma sistemática e racional (WRIGHT, 1964).
Depreciação de um activo com vida útil superior a um ano como o reconhecimento,
em um determinado período, de sua perda de valor, que se dá em função de: seu desgaste,
provocado pelo uso decorrente da prestação de serviços deste para a entidade em certo
período de tempo; perda de sua utilidade ou obsolescência em razão de avanços
tecnológicos; seu declínio do valor de mercado durante o período em que seu serviço está
sendo consumido.
Depreciação como um fundo de poupança que a empresa se apropria, periodicamente,
para que, ao final da vida útil do activo seja possível realizar sua substituição. Beulke e
Bertó (2001) e Sá (2002) alertam para o fato de que a simples apropriação da depreciação
não garante que a empresa possua recursos disponíveis para a reposição do bem ao final
da depreciação. Assim, esses autores sugerem que a depreciação seja considerada como
uma espécie de reserva para a reposição do activo.
A depreciação está relacionada com a perda de valor de um bem decorrente do seu uso, da
obsolescência técnica ou comercial e do desgaste normal.
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O activo começa a ser depreciado quando ele está no local, instalado e em condição de uso de
acordo com o planejado pela empresa. Termina quando o ativo é classificado como mantido para
venda ou quando ele é baixado.
Dessa forma, o valor dessa perda é reconhecido pela empresa em sua contabilidade a cada
período. Quando a depreciação está relacionada a uma atividade de produção, o valor da perda é
contabilizado como custo; caso contrário, será contabilizado como despesa.
Hendriksen e Van Breda (1999) conceituam depreciação como um processo de alocação do custo
original ou corrigido de um ativo fixo aos vários períodos nos quais se espera obter benefícios
em função de seu uso.
2.2.Cálculo da Depreciação
Para ser efetuado o seu cálculo, será preciso conhecer o valor contabilístico do bem tangível e
seu tempo de vida útil. Em alternativa poderá ser conhecida a taxa de depreciação
correspondente.
A norma contábil trata ainda, que o valor final de um bem após o seu uso e terminada a sua vida
útil será considerado como Valor Residual e não estará suscetível à depreciação. Nesta análise se
nota que o valor contábil de um bem será formado pelo seu valor de aquisição, o valor histórico e
descontada a sua depreciação até aquela data, que em remota hipótese este valor será zero, tendo
em vista a possibilidade sempre de recuperação do valor residual com a eventual venda de um
ativo imobilizado usado.
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Existem vários métodos de depreciação, onde se incluem o da linha recta (débito constante pelo
número de anos esperado), do saldo decrescente (débito decrescente) e o das unidades de
produção (baseado no uso/produção esperados), devendo ser escolhido o que melhor se adequa
ao modelo esperado de consumo dos futuros benefícios económicos associados a esse activo. O
método de depreciação a usar deve estar directamente ligado ao reconhecimento dos benefícios
económicos futuros que estejam associados ao activo a depreciar, devendo ser aplicado
consistentemente (Cravo et al,.2009).
Também conhecido como método linear, o mais utilizado nas demonstrações contábeis pela sua
simplicidade e facilidade de compreensão. Consiste na divisão do custo total do ativo (valor de
aquisição menos valor residual estimado) pela sua vida útil estimada. Esse método ignora a
intensidade de utilização do activo.
Lamden, Gerboth e McRae (1977) comentam que sobre os métodos de depreciação utilizados
pelas empresas, o da linha reta tem um percentual maior que a soma de todos os demais métodos
utilizados e apresentados na pesquisa. A fórmula abaixo demonstra como esse método de
depreciação é calculado:
Por se tratar de depreciação linear, tem-se como pressuposto que a utilização do activo se dá de
forma constante no tempo, ou seja, que não há a ocorrência de sazonalidade em sua utilização.
Se o activo em questão não apresenta esse padrão (uniformidade) de utilização, a depreciação
alocada no período não estará reflectindo o custo do serviço prestado pelo activo, gerando
distorções nos custos ou despesas e, consequentemente, no resultado geral da empresa.
Esse método considera a existência da sazonalidade na utilização do activo, uma vez que a
depreciação é distribuída aos produtos e não aos períodos. É necessário estimar o total de
unidades a serem produzidas ou consumidas durante toda a vida útil do activo. Após a
determinação do valor da Depreciação por Unidade Produzida ou consumida (DUP), o mesmo é
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alocado conforme o volume de produção. O método é denominado de linha recta baseada na
produção, porque o custo de depreciação para cada unidade de produto é constante. A
depreciação, nesse caso, pode ser calculada por meio da seguinte fórmula:
De acordo com Hendriksen e Van Breda (1999), Stickney e Weil (2001) e Weygandt, Kieso e
Kimmel (2005), esse método acaba por considerar a depreciação como uma despesa variável, o
que pode ser razoável, quando o activo em questão está mais susceptível a factores de desgaste
físico em detrimento a obsolescência imprevista.
Contudo, estimar a vida útil em termos temporais é demasiadamente difícil. Estimá-la em termos
de volume de prestação total de serviço pode ser igualmente ou ainda, mais complexo.
Entretanto, sendo possível tal estimativa e havendo considerável variação na taxa de utilização
do activo durante sua vida útil, esse método torna-se adequado.
Conforme Hendriksen e Van Breda (1999), esse método possibilita uma boa aproximação do
ritmo de utilização do activo, com a vantagem adicional de considerar as variações da receita por
unidade. Porém, possui todas as desvantagens do método de linha recta baseada na produção.
Ele, ainda, não é aplicável nos casos em que os bens produzidos são estocados e em que a receita
global não pode ser atribuída aos activos especificamente. A contribuição à receita líquida é
definida como a receita gerada pelo activo, menos as despesas operacionais, incluindo os custos
de manutenção e reparos.” O cálculo é realizado por meio de um índice, que pode ser obtido pela
fórmula a seguir:
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Onde: m é o quociente entre custo histórico e contribuição total à receita líquida esperada; C é o
custo do activo menos o valor residual; e, Rt é a contribuição à receita esperada por ano (t),
durante a vida útil do activo.
De acordo com Stickney e Weil (2001) e Weygandt, Kieso e Kimmel (2005), o método do saldo
declinante é fornecido mediante a determinação de uma taxa de depreciação no início de cada
período. O lançamento da depreciação irá cessar no momento em que o valor contábil líquido do
ativo for igual ao valor residual estabelecido para este.
Nesse método, o valor do activo, no primeiro período, será o valor do custo de aquisição, ou seja,
não é descontado o valor residual estimado. Considera-se, também, que o valor contábil líquido
de um activo, à medida que a depreciação é apropriada, tende a reduzir e o valor da depreciação
deste, a cada novo período, tenderá, igualmente, a decrescer.
Onde: n é a quantidade de períodos da vida útil restantes; s é o valor residual estimado do ativo;
e, c é o saldo do valor do activo.
Nesse método, normalmente, aplica-se uma taxa que corresponde, na maioria das vezes, a
aproximadamente o dobro da taxa aplicada no método de linha recta.
O objectivo desse novo método é apropriar um valor de depreciação maior no início da vida útil
do activo e não no final. Configura-se, também, como um método de depreciação acelerada.
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Segundo Stickney e Weil (2001), o número de períodos que receberá a taxa dupla não é fixo,
sendo determinado pela empresa. Para os períodos finais, a taxa a ser utilizada é a determinada
pelo método da linha recta. Os autores indicam como ponto de ruptura, entre a utilização de uma
taxa e a outra, o momento em que o método da taxa dupla produzir um valor de depreciação
menor que o fornecido pelo método da linha recta. Para calcular o valor da depreciação pelo
método de linha recta, nesse caso, calcula-se a cada novo período: valor contábil líquido, menos
o valor residual estimado (500), dividido pela quantidade de períodos estimados restantes.
Percebe-se que esse método, igualmente, tem a vantagem de promover a depreciação acelerada
nos primeiros anos de vida do activo, mesmo que o valor das últimas parcelas seja igual.
Entretanto, a determinação dessa taxa como sendo o dobro da taxa do método linear e o fato de o
ponto de ruptura se situar entre um sistema e outro, é arbitrado sem nenhuma base lógica. Esse
procedimento pode ser questionado ou até mesmo revisto para aplicações práticas.
O método da soma dos dígitos dos anos é sugerido por Stickney e Weil (2001), e consiste na
determinação de uma taxa estipulada e calculada a partir de uma fracção decrescente dentro do
tempo de vida útil residual.
Nesse caso tem-se: T como a taxa calculada para cada período; VR como vida útil residual
estimada; e, n representando os períodos residuais durante os quais o bem ainda será utilizado.
Esse método apresenta-se como uma alocação decrescente da depreciação a ser computada.
Igualmente, é favorável para casos em que o activo sofrerá maior desgaste nos primeiros anos de
sua vida estimada, uma vez que se caracteriza como depreciação acelerada.
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2.3.7.Método da depreciação crescente
Segundo Anthony e Govindarajan (2002), por esse método o cálculo da lucratividade mostra o
valor económico agregado (EVA) e o retorno do investimento correto. Isso, porque o valor da
depreciação conjuga-se como a recuperação do investimento implícita ao cálculo do valor
presente. Esse método difere dos demais porque ele retorna um valor baixo de depreciação nos
anos em que o investimento é alto e aumenta gradativamente conforme o valor do investimento
diminui. Dessa forma a taxa de retorno permanece constante.
O método do saldo decrescente é calculado sobre o saldo restante do activo no final do período
contabilístico. Ele permite descontar maiores quantias em depreciação nos primeiros anos,
representando uma maior economia em impostos sobre o lucro líquido.
Para efectuar o cálculo, a depreciação em cada ano contabilístico é aplicada sobre o saldo do
activo imobilizado no início do período.
Outro ponto importante é que nesta técnica é comum adoptar o dobro da taxa de depreciação que
seria utilizada em quotas constantes.
No último período, o saldo restante deve representar o valor residual do activo.
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3.0.Conclusão
Por meio do levantamento bibliográfico foram identificados sete métodos de cálculo da parcela
da depreciação. Os métodos de depreciação identificados foram: linha recta baseada no tempo;
linha recta baseada na produção ou utilização; contribuição à receita líquida; saldo declinante ou
decrescente; taxa dupla; soma dos dígitos dos anos; depreciação crescente.
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4.0.Referências Bibliográficas
BEULKE, R.; BERTÓ, D.J. Estrutura e análise de custos. São Paulo: Saraiva, 2001.
Cravo, D., Grenha, C., Baptista, L. & Pontes, S. (2009). Sistema de Normalização
Contabilística Comentado. Alfragide: Texto Editora.
BODIE, Z.; KANE, A.; MARCUS, A.J. Fundamentos de investimentos. 3.ed. Porto Alegre:
Bookman, 2000.
HENDRIKSEN, E.S.; VAN BREDA, M.F. Teoria da contabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas,
LAMDEN, C.W.; GERBOTH, D.L.; McRAE, T.W. Accounting for depreciable assets. The
Accounting Review. v.52, issue 2, apr. 1977.
STICKNEY, C.P.; WEIL, R.L. Contabilidade financeira: uma introdução aos conceitos,
métodos e usos. São Paulo: Atlas, 2001.
WEYGANDT, J.J; KIESO, D.E.; KIMMEL, P.D. Contabilidade financeira. 3.ed. São Paulo:
LTC, 2005
WILLETT, R.; LANE, J. Depreciation need not be arbitrary. Accounting and Business
Research. V.27, n.3, 1997.
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