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Geografia

Recursos renováveis- que a natureza repõe à medida da sua utilização.


Recurso não renovável- com reservas limitadas ou de reposição lenta, com ciclos geológicos muito longos.

Recursos do subsolo
Segundo a sua constituição: Subsetores de exploração
Minerais metálicos M. metálicos
Minerais não metálicos; M. industriais
Minerais energéticos; M. construção
Hidrominerais Águas

A indústria extrativa portuguesa tem registado crescimento, destacando-se o Alentejo com maior valor de produção e maior
valor acrescentado(VAB), devido às importantes jazidas de minerais metálicos e de rochas ornamentais.
A IE atrai investimento, gera emprego e dinamiza a economia local e regional.
As reservas e extração dependem da constituição geológica do território.
Unidades geomorfológicas- área com certa homogeneidade geológica e de relevo, da mesma época geológica.

Maciço Hespérico ou Antigo- atravessado pela Cordilheira Central e pelas serras da Estrela, do Açor e da Lousã.
A Norte – conjuntos montanhosos, relevo acidentado e os planaltos de
CO têm duas áreas de relevo contrastante vales profundos, e encaixados.
A Sul – peneplanície alentejana com alguns relevos residuais– erosão
levemente ondulada e baixa altitude. Limitada a sul pelas serras de
Monchique e do Caldeirão.
Maciço Antigo é a unidade morfoestrutural mais antiga e extensa, ocupando cerca de 70% do território continental.
Dominam os granitos e os xistos, encontrando-se aí o maior número de jazidas de minerais metálicos e energéticos e de
rochas ornamentais, bem como a maioria das nascentes de águas minerais.
Orlas Sedimentares, formou-se no mesozoico e no cenozoico, predominam os calcários, as margas e as argilas, assim
como as jazidas de minerais não-metálicos e de rochas ornamentais. Exploram-se os m.industriais e para construção.
 Orla Ocidental – de Espinho à serra da Arrábida – existe granito e basalto.
 Orla Meridional- parte da serra e faixa litoral algarvia.
Bacia do Tejo e do Sado, são dominantes as rochas sedimentares detríticas como o calcário, as areias, as argilas e os
arenitos, explorados sobretudo para fins industriais e construção.
Nos arquipélagos, de origem vulcânica, predominam as rochas magmáticas, sobretudo o basalto e a pedra-pomes.

Minérios Metálicos- cobre, zinco, chumbo, tungsténio/volfrâmio, estanho e titânio. (MA)


Minérios Não-Metálicos- sal-gema, feldspato, talco, caulino e o quartzo. (OS)
Rochas Industriais- calcário, argilas, areias. (OO)
Rochas Ornamentais – mármore, granito e ardósias. (OS)
Águas de Nascente e Termais- engarrafamento – aproveitamento termal (MA)

Nos m. metálicos e industriais destacam-se


 O zinco e o cobre nas minas de Neves Corvo, Aljustrel e da Panasqueira com um grande relevo nas exportações da
indústria extrativa - cerca de metade do valor total
 A areia especial e o caulino que são explorados nas áreas de Leiria, Coimbra e Oeste sobretudo para o mercado
interno e para a indústria da cerâmica e do vidro.
As rochas industriais e ornamentais têm maior valor de importância socioeconómica pelo emprego que geram e pelo valor
de produção.

Hidrominerais/Agua
A tendência crescente da produção e consumo de aguas engarrafadas é maior nas aguas de nascente, este acréscimo resulta
do aumento do consumo interno pelo aumento da exigência dos consumidores na qualidades das aguas, e pelas exportações
para Espanha, Cabo Verde e Angola.
A frequência de termas é geralmente associada a fins terapêuticos e tende a aumentar tal como a venda e o consumo de
águas minerais e de nascente. Estas atividades geram emprego e riqueza, contribuindo para a economia local e regional.

Minerais Energéticos
Em Portugal, não existe exploração de combustíveis fosseis e o subsolo é pobre em minérios energéticos . Grande parte da
energia consumida em Portugal provém dos combustíveis fosseis importados na sua totalidade, criando uma forte
dependência externa com custos elevados para o país.
O petróleo é a principal fonte de energia primária e é importado sobretudo de Angola e da Arábia Saudita.
Grande parte do carvão provém da Colômbia e dos EUA- as nossas reservas esgotaram;
O gás natural da Nigéria e da Argélia, a construção do terminal de gás liquefeito no porto de Sines permitiu diversificar os
países abastecedores.
O uranio há reservas mas não é explorado pelo elevado custo de extração tornando-o pouco competitivo com os países de
custo de produção inferiores, a sua extração apresenta riscos pela sua radioatividade.
A geotermia – calor do interior da Terra. É aproveitada nos Açores, na ilha de S.Miguel devido ao vulcanismo ativo
naquela área resultado da localização do arquipélago junto da Crista Média Atlântica, na confluência de três placas
litoesféricas.(americana, africana e euroasiática). O seu aproveitamento contribui para a descarbonização da economia,
redução da dependência dos combustíveis fosseis- diminuindo assim a sua agravada fatia na balança comercial
A localização das centrais termoelétricas no litoral associa-se à facilidade de obter combustíveis que entra, sobretudo, nos
portos de Sines e Leixões.
O consumo de energia tem vindo a aumentar, sendo transportes o setor consumidor. O consumo de energia é maior nas
regiões do litoral, graças ao fenómeno da litoralização, evidenciando as assimetrias regionais relativas à distribuição da
população e das atividades económicas.
Limitações e riscos
 Localização de reservas de difícil acesso:
Áreas de relevo acidentado – Norte e Centro
Áreas de grande profundidade- custos de produção
Áreas protegidas- limita e inviabiliza a sua exploração
Fundos marinhos- pouco explorados e exige grandes investimentos em investigação tecnológica.
 Fraca competitividade no mercado interno
Mão de obra mais cara (salários, segurança, saúde)
Custos de produção elevada
Mais exigência na segurança e ambiente que outros países não desenvolvidos
Menores apoios à exportação
Pequena dimensão de muitas empresas
Valor do teor de valorização
Fraca ligação à indústria extrativa, que acrescentaria valor aos produtos.
Ambiente e Segurança
A Lei de Base define os princípios e os objetivos da extração de recursos do subsolo, visa garantir um aproveitamento
sustentável.
Porém a atividade extrativa tem sempre impactos territoriais e sociais. (extrai logo polui) a não aplicação desses princípios
pode gerar problemas que podem ser irreversíveis.
Contaminação dos solos e das águas;
Ameaças ao equilíbrio ambiental e à segurança da população;
Degradação da paisagem e dos habitats;
Poluição sonora e atmosférica;
Abandono de minas e de pedreiras.

Riscos dos combustíveis fósseis


 Dependência externa
Possibilidade de falhas no abastecimento – na sequência de problemas ou conflitos nas regiões ou países fornecedores;
Vulnerabilidade na economia – face às oscilações dos preços dos combustíveis, sobretudo do petróleo, com impactos nas
famílias;
Fatura energética elevada – devido à importação dos combustíveis fosseis.
 Distribuição e consumo
Emissão de gases de efeito de estufa- que agrava o aquecimento global e a saúde humana;
Derrames e incêndios- nas refinarias nos oleodutos e gasodutos, em parques de armazenamento e postos de
abastecimento, mais graves nas áreas urbanas;
Acidentes e derrames- no transporte terrestre e marítimo de combustíveis, podendo originar marés negras.
Valorização dos recursos geológicos
Importância no setor minerário na economia nacional vai muito além da sua contribuição para o PIB principalmente pelos
efeitos multiplicadores que gera jusante, nomeadamente na indústria transformadora nas atividades comerciais e
transportes.
Na economia regional para além da criação de riqueza e emprego (diretamente e indiretamente):
 Permite o aproveitamento de recursos endógenos de qualidade reconhecida ou com características diferenciadoras
que os tornam competitivos promovendo a internacionalização da economia regional e nacional;
 Contribui para o bem-estar da população, pois os novos contratos de pesquisa, prospeção e exploração inclui a
obrigatoriedade de aplicar 25% dos royalties em projetos a favor das comunidades locais.
Continuar a promover um aproveitamento seguro e sustentável dos recursos do subsolo através de uma política que
incentive:
 A melhoria das condições de exploração, com aplicação de novos métodos e técnicas de prospeção e investigação;
 A modernização empresarial, estimulando o redimensionamento das empresas;
 Valorização dos recursos do subsolo
 aumentando a ligação à indústria transformadora, com incentivos aos investimentos na região, criar
emprego e induzir novos serviços;
 sendo eficaz na promoção das exportações, como produtos finais da IT.

Planear e ordenar
A concretização destes objetivos exige o cumprimento de todas as normas legais:
 Recursos Minerais
Regras ambientais e de segurança na pesquisa- de modo a garantir a preservação ambiental e a segurança da população;
Gestão dos resíduos- através da redução, reutilização e reciclagem e, em último caso, o aterro e tratamento, para evitar os
efeitos nocivos, na saúde e no ambiente;
Regeneração dos habitats naturais- para preservar o ambiente e a biodiversidade;
Requalificação de minas e pedreiras desativadas- convertendo-os em espaços de lazer e cultura, para continuarem a servir
a população e a economia.
 Recursos Hidrominerais
Estudos hidrológicos- que permitam inventariar melhor os recursos existentes;
Praticas sustentáveis de exploração- respeitando as orientações da politica nacional e comunitária para os recursos hídricos;
Cumprimento das restrições no uso do solo- nos perímetros alargados de proteção dos aquíferos e zonas de captação para
garantir as características da água;
Inovação e modernização- das empresas de captação e engarrafamento, para assegurar a qualidade e a competitividade nos
mercados internacionais,
Valorização das estâncias termais
Melhoria e diversificação da oferta de alojamento e restauração;
Ampliação do período de funcionamento – diminuindo a sazonalidade, para manter o emprego;
Divulgação da oferta termal- para atrair um publico mais vasto.
Potencialização
do setor mineiro
Melhorar as infraestruturas, modernizar a tecnologia, criar incentivos ao investimento, integrar ao processo de
desenvolvimento regional e local, reutilizar e requalificar as áreas de exploração.
das aguas e termas
Garantir a qualidade das águas engarrafadas, diversificar a oferta turística nas áreas de turismo termal, aproveitar o
potencial energético das águas termais.
dos recursos energéticos
Aumentar a eficiência energética, diversificar as Fontes de energia, aproveitar os recursos renováveis e endógenos, fazer
uma boa gestão dos apoios da UE no âmbito da política energética comunitária.

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