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Programa de Gestão Atmosférica – EFC e Porto Norte

PRO-023480, Rev.: 03-07/04/2021

Diretoria Emitente: Diretoria - Corredor Norte


Responsável Técnico: Luciana Schmegel, Matrícula: 01509657, Área: Gerencia de Meio Ambiente Porto EFC
Público Alvo: Todos os empregados envolvidos na Gestão de Qualidade do Ar nas unidades de São Luis e ao
longo da EFC.
Necessidade de Treinamento: (X) SIM ( ) NÃO

Resultados Esperados:

 Atender às legislações vigentes;


 Atender o Programa de Controle de Emissões Atmosférica e Monitoramento da Qualidade do Ar;
 Estabelecer as diretrizes e orientações para o monitoramento, medição e controle de poluentes
atmosféricos no Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (TMPM) e Terminal Ferroviário Ponta da
Madeira (TFPM);
 Estabelecimento de medidas de prevenção e mitigação dos impactos das operações.

1. OBJETIVO

Estabelecer um Programa de Gestão e Controle de Emissões Atmosférica e monitoramento da qualidade do


ar nas áreas de abrangência do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (TMPM) e Terminal Ferroviário
Ponta da Madeira (TFPM). Descrever como se dá a gestão, monitoramento e controle das emissões
atmosféricas de qualidade do ar nas operações da Vale, atribuindo responsabilidade e competências
deliberativas, determinando medidas específicas para a eliminação/minimização de emissões de poluentes
atmosféricos e efetivando a manutenção do programa, de forma a atender os requisitos legais e normativos
aplicáveis, atendimento do plano básico ambiental de qualidade do Ar do TMPM e TFMP, além de
consequentemente, contribuir para o equilíbrio ambiental nos processos da empresa.

2. APLICAÇÃO

Este documento aplica-se ao Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (TMPM), Terminal Ferroviário de Ponta
da Madeira (TFPM), Estrada de Ferro Carajás (EFC) e Ramal Ferroviário do Sudeste do Pará (RFS11D),
abrangendo as localidades nos estados do Maranhão e Pará, incluindo as suas empresas contratadas.

3. REFERÊNCIAS

 DECRETO Nº 99.280, DE 06 DE JUNHO DE 1990 – “Promulgação da Convenção de Viena para a


Proteção da Camada de Ozônio e do Protocolo de Montreal sobre Substâncias que destroem a
Camada de Ozônio”;
 RESOLUÇÂO CONAMA Nº 491 de 21 de Novembro de 2018 – “Estabelece padrões de qualidade
do ar e critérios para elaboração de planos de controle de emissões atmosféricas.”
 RESOLUÇÃO CONAMA N.º 382 de 26 de dezembro de 2006 - “Estabelece os Limites Máximos de
Emissão de Poluentes Atmosféricos para Fontes Fixas”;
 Resolução CONAMA Nº 018/86 – “Dispõe sobre a criação do Programa de Controle de
Poluição do Ar por veículos Automotores – PROCONVE”;
 Resolução CONAMA Nº 005/89 – “Dispõe sobre o Programa Nacional de Controle da
Qualidade do Ar – PRONAR”;
 DECRETO Nº 181, DE 24 DE JULHO DE 1991 – “Promulga os Ajustes ao Protocolo de
Montreal sobre Substâncias que destroem a Camada de Ozônio, de 1987”;
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 PORTARIA IBAMA Nº 85, de 17 de outubro de 1996 - "Dispõe sobre a emissão de fumaça por
veículos movidos a óleo diesel";
 CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. Relatório de qualidade do ar no
Estado de São Paulo. São Paulo, 2002;

4. DEFINIÇÕES

 CSMQA - Centro Supervisório de Monitoramento da Qualidade do Ar;


 CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente;
 CPM - Complexo de Ponta da Madeira;
 TMPM – Terminal Maritimo Ponta da Madeira
 TFPM – Terminal Ferroviário Ponta da Madeira
 EFC - Estrada de Ferro Carajás;
 RFS11D – Ramal Ferroviário do S11D;
 IQAR - Índice de Qualidade do Ar;
 RAMQAM-SL - Rede Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar de São Luís-MA;
 RAMQAM-EFC - Rede Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar da Estrada de Ferro
Carajás;
 RAMP-CPM - Rede Automática de Monitoramento de Partículas da Vale no Complexo Ponta da
Madeira.

5. CONCEITOS BÁSICOS
5.1. POLUENTES ATMOSFÉRICOS

Poluentes atmosféricos são aquelas formas de matéria ou energia com suficiente intensidade e em
quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos, e ainda que
tenham características para tornar o ar prejudicial à saúde da população, fauna, flora, dentre outros danos,
como aqueles causados aos materiais e ao bem estar em geral.

Os poluentes atmosféricos englobados no cálculo do Índice de Qualidade do Ar (IQAR) utilizado pela Vale
são particularmente comuns nos centros urbanos e industriais (Quadro 1). A razão da seleção desses
poluentes como indicadores de qualidade do ar está ligada à sua maior frequência de ocorrência e aos
efeitos adversos que causam ao meio ambiente. Dos poluentes listados no Quadro 1, as partículas, em
especial PTS, tem-se destacado no monitoramento realizado no CPM e EFC, devido às atividades que são
desenvolvidas nessas unidades como, por exemplo, movimento, transporte e estocagem de minério de ferro.
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Quadro 1 - Fontes dos poluentes englobados no Índice de Qualidade do Ar da Vale

Poluente Fontes
Monóxido de carbono - Tráfego (especialmente veículos sem catalisador)
(CO) - Indústrias
Dióxido de nitrogênio - Tráfego
(NO2) - Setor industrial (resultado da queima de combustíveis)
- Setor industrial (especialmente refinarias, caldeiras queimando
Dióxido de enxofre
combustíveis com altos teores de enxofre - p.ex. óleo combustível,
(SO2)
indústria química e de papel)
- Forma-se ao nível do solo como resultado de reações químicas (na
Ozônio presença de luz solar) que se estabelecem entre alguns poluentes
(O3) primários provenientes de: tráfego, indústrias, aterros sanitários, tintas e
solventes, florestas.
- Tráfego
- Setor industrial (cimenteiras, indústria química, refinarias, siderurgias,
Partículas
pastas de papel, extração de madeiras)
(PI e PTS)
- Obras de construção civil
- Processos agrícolas (ex. aragem dos solos)

Devido à variedade de substâncias que são encontradas na atmosfera, é complexa a classificação dos
poluentes. Uma das classificações mais utilizadas é aquela que divide os poluentes em duas categorias,
sendo:

 Poluentes Primários: são emitidos diretamente das fontes para a atmosfera. São exemplos de
poluentes primários os gases provenientes do tubo de escape de transportes movidos a
combustíveis fósseis ou de chaminés de fábricas (monóxido de carbono - CO, óxidos de nitrogênio -
NOx, dióxido de enxofre - SO2 ou partículas em suspensão).

 Poluentes Secundários: são resultantes de reações químicas que ocorrem na atmosfera e onde
participam alguns poluentes primários. Exemplos: ozônio troposférico (O 3) ou os compostos
orgânicos voláteis.

5.2. Qualidade do ar e padrões de qualidade

São parâmetros relevantes no processo de contaminação atmosférica: as fontes de emissão, a concentração


dos poluentes e suas interações do ponto de vista físico (diluição, que depende do clima e condições
meteorológicas) e químico (reações químicas atmosféricas e radiação solar) e ainda o grau de exposição
dos receptores (ser humano, outros animais, plantas e materiais).

Destaca-se que, mesmo mantidas as emissões, a qualidade do ar pode mudar em função das condições
meteorológicas, as quais determinam maior ou menor diluição dos poluentes. É por esse motivo que a
qualidade do ar piora durante o período seco, quando as condições meteorológicas são desfavoráveis à
dispersão dos poluentes.
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A Resolução CONAMA 03/90 vigorou por mais de 20 anos, quando foi revogada em 21 de novembro de
2018 em decorrência da publicação da Resolução CONAMA nº 491/2018 (Quadro 3). A estratégia da nova
resolução é a definição de padrões intermediários como metas para que, em longo prazo, seja alcançado os
valores guia definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Resolução CONAMA nº 491 de 21/11/2018 estabelece padrões de qualidade do ar e critérios para


elaboração de planos de controle de emissões atmosféricas, relatórios anuais de qualidade do ar e planos
para episódios críticos de poluição do ar com o objetivo de evitar graves e iminentes riscos à saúde da
população, sob responsabilidade dos órgãos ambientais estaduais e distrital. Estabelece também que os
padrões de qualidade do ar vigentes serão adotados sequencialmente em quatro etapas pré-definidas:

 Padrão Intermediário PI-1: Valores de concentração de poluentes atmosféricos que devem ser
respeitados a partir da publicação da Resolução;
 Padrão Intermediário PI-2: Valores de concentração de poluentes atmosféricos que devem ser
respeitados subsequentemente ao PI-1;
 Padrão Intermediário PI-3: Valores de concentração de poluentes atmosféricos que devem ser
respeitados subsequentemente ao PI-2;
 Padrão Final PF: Valores de concentração de poluentes atmosféricos que devem ser respeitados
subsequentemente ao PI-3.

Para todas as etapas, caso não seja possível a migração para o padrão subsequente, prevalecerá o padrão
já adotado. As etapas não se aplicam aos poluentes Monóxido de Carbono - CO, Partículas Totais em
Suspensão - PTS e Chumbo – Pb, para os quais deverá ser adotado diretamente o padrão de qualidade do
ar final.

Quadro 2 – Padrões de qualidade do ar – Resolução CONAMA nº 491/2018

Nota:
(1) média aritmética anual (2) média horária (3) máxima média móvel obtida no dia
(4) média geométrica anual (5) chumbo contido nas PTS
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5.3. FONTES DE EMISSÃO DE POLUENTES

As fontes de poluição atmosférica são quaisquer processos naturais ou antropogênicos que liberam ou
emitem matéria e/ou energia para a atmosfera, deste modo tornando-a poluída ou contaminada. Existem
diversas classificações na literatura quanto aos tipos de fontes de poluentes atmosféricos.

5.4. EFEITOS DOS POLUENTES ATMOSFÉRICOS

Dentre os efeitos que decorrem da poluição do ar destacam-se:


 Danos à saúde humana: problemas no sistema respiratório e cardiovascular;
 Danos nos ecossistemas e patrimônio construído;
 Acidificação;
 Deterioração da camada de ozônio estratosférico;
 Aquecimento global – alterações climáticas.

Os efeitos dos poluentes atmosféricos variam em função do tempo e das suas concentrações. São
classificados como efeitos crônicos aqueles relacionados à exposição prolongada no tempo e níveis de
concentração baixos; como efeitos agudos aqueles associados a altas concentrações de um dado poluente
podendo ter consequências imediatas no receptor e ainda em problemas gerados a uma escala local.

6. RESPONSABILIDADES
6.1. ÁREA CORPORATIVA DE MEIO AMBIENTE

 Dar suporte às áreas de Meio Ambiente operacionais na gestão do processo de qualidade do ar nas
unidades de negócio da Vale.

6.2. ÁREAS DE MEIO AMBIENTE

 Elaborar os planos de monitoramento da qualidade do ar e emissões atmosféricas;


 Executar o monitoramento da qualidade do ar e emissões atmosféricas;
 Avaliar os relatórios técnicos ambientais;
 Gestão dos contratos vinculados às atividades de monitoramento de qualidade do ar e estudos
ambientais;
 Elaborar relatórios ambientais;
 Realizar a interface com o órgão ambiental;
 Dar suporte técnico às áreas operacionais;
 Capacitar os pontos focais/facilitadores das áreas operacionais e empresas contratadas;
 Gerenciar o cumprimento do programa de Gestão Atmosférica.
 Gerenciar o inventário de emissões atmosféricas (enviado pelas áreas operacionais);

6.3. ÁREA OPERACIONAL

 Elaborar o inventário de emissões atmosféricas;


 Implementar, operar e manter os sistemas de controle de emissão de poluentes atmosféricos
operantes;
 Realizar o monitoramento de fumaça preta em equipamentos e veículos movidos a diesel (Vale e
Contratada);
 Fazer acompoanhamento e gestão da aplicação dos controles de emissão de particulados;
 Consolidar e enviar as ações de controles operacionais de emissão de particulados mensalmente
para gerência de meio ambiente ;
 Garantir orçamento para implementação das ações necessárias para eliminação ou mitigação de
emissões de particulados;
 Implementar ações de prevenção, mitigação e melhorias para o controle de emissõe de particulados;
 Enviar as evidencias dos controles operacionais para compor relatório técnicos de meio ambiente.
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 Garantir a aplicação e cumprimento deste programa para a equipe das contratadas de sua
responsabilidade;
 Garantir a aplicação e cumprimento deste programa para a equipe Vale;
 Capacitar os trabalhadores das áreas operacionais e empresas contratadas de sua
responsabilidade;
 Cumprir o programa de gestão atmosférica;

7. PROGRAMA DE GESTÃO ATMOSFÉRICA

7.1. INTRODUÇÃO

Ações de gestão necessárias à prevenção ou redução das emissões de poluentes atmosféricos e dos efeitos
da degradação do meio, já demonstraram ser compatíveis com o desenvolvimento econômico e social. A
gestão da qualidade do ar envolve, assim, medidas mitigadoras que tenham como base a definição de
limites permissíveis de concentração dos poluentes na atmosfera, restrição de emissões, bem como um
melhor desempenho na aplicação dos instrumentos de comando e controle, entre eles o licenciamento e o
monitoramento.

A Vale desenvolveu uma série de instrumentos para melhor gestão da qualidade do ar na cidade de São
Luís, ao longo da EFC e no Ramal Ferroviário do S11D (RFS11D), que englobam procedimentos, sistemas
de monitoramento da qualidade do ar e emissões fugitivas de partículas, sistemas de controle de emissões
atmosféricas, dentre outros. Tais instrumentos serão descritos a seguir.

7.2. MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR E DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

O monitoramento da qualidade do ar é um dos principais instrumentos de gestão atmosférica nas áreas da


Vale em São Luís e ao longo da EFC. A seguir será descrito como é composta a estrutura da rede e como é
realizado o monitoramento.

7.2.1. INVENTÁRIO E ESTUDOS DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

O Inventário de Emissões Atmosféricas tem por finalidade obter uma compilação qualitativa e quantitativa
das emissões atmosféricas de uma determinada unidade operacional com informações a respeito da
operação (fluxograma, mapa, fontes de emissão etc.) e deve conter, no mínimo:

 Atualização do inventário de emissões atmosféricas;


 Caracterização da área de estudo;
 Compilação e processamento de dados meteorológicos;
 Modelagem da dispersão atmosférica;
 Análise de resultados, com a identificação das potenciais concentrações de poluentes na área de
estudo.

Em 2012 foi realizado estudo na EFC cujos principais objetivos a elaboração do diagnóstico e prognóstico de
qualidade do ar da região de estudo, bem como a reavaliação da configuração e do arranjo da RAMQAR-
EFC. Em 2020/21 está previsto a revisão do estudo, incluindo a atualização das fontes de emissões
atmosféricas (fixas, móveis, pontuais ou difusas) e avaliação a rede atual de monitoramento de qualidade do
ar nas localidades da EFC e RFS11D.

Em 2018 foi realizado o estudo de dispersão atmosférica e revisão da rede de monitoramento da qualidade
do ar do Complexo de Ponta da Madeira, onde foram contempladas o inventário das fontes de emissões e o
levantamento quantitativo das fontes de emissões com cenário projetado até 240 Mt/ano. Em 2021 está
previsto a revisão do estudo, incluindo a atualização das fontes de emissões atmosféricas (fixas, móveis,
pontuais ou difusas) e avaliação da rede atual de monitoramento de qualidade do ar do TPPM.
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7.2.2. Composição da Rede de Monitoramento de São Luís e EFC

A Vale tem elaborado estudos com o objetivo de modernizar a rede de monitoramento da qualidade do ar,
além de caracterizar e monitorar as emissões de poluentes atmosféricos no TPPM e ao longo da EFC e
RFS11D.

A partir desses estudos, surgiram os seguintes projetos:

 Rede Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar e Meteorologia de São Luís - MA


(RAMQAM-SL) com quatro estações de monitoramento no Porto de Itaqui – EMAP, Vila Maranhão,
Bacanga e YBacanga.
 Rede Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar e Meteorologia da EFC (RAMQAM-EFC)
com cinco estações de monitoramento sendo duas em Açailândia, duas em Marabá e Ramal
Ferroviário do S11D (RFS11D) na cidade de Parauapebas.
 Rede Automática de Monitoramento das Emissões Difusas de Partículas (RAMP) da Vale em São
Luís – com quinze estações de monitoramento de partículas fugitivas no Pátio Norte, dez estações
monitoramento de partículas fugitivas no Pátio Sul e quatro estações monitoramento de partículas
fugitivas na Usina de Pelotização.
 Rede Automática de Monitoramento das Emissões Difusas de Partículas (RAMP) da Vale em
Açailandia com seis estações de monitoramento de partículas fugitivas no pátio do Entreposto de
minério.

7.2.2. ESTRUTURA DAS INSTALAÇÕES

A rede de monitoramento das emissões atmosféricas é composta por dois projetos de monitoramento:

 Rede Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar e Meteorologia de São Luís - MA –


RAMQAM-SL: composta por quatro estações automatizadas no TMPM (EMAP, Vila Maranhão,
Bacanga e YBacanga). Temos também a rede Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar e
Meteorologia ao longo da EFC - RAMQAM- EFC: Composta por cinco estações automatizadas no
TFPM (ADM-Açailândia, SAAE-Açailândia, ADM-Marabá, Entreposto Marabá e RFS11D-
Parauapebas). As estações fornecem dados de material particulado (PTS, MP10 MP2,5) e dados
meteorológicos de precipitação pluviométrica, direção e velocidade dos ventos, as condições
meteorológicas interagem com os processos de emissão de poluentes atmosféricos e também com
sua dispersão no ambiente, desde modo, a análise dos dados de material particulado deve levar em
consideração as variáveis meteorológicas.
 Rede Automática de Monitoramento das Emissões Difusas de Partículas – RAMP da Vale em São
Luís: composta por 29 estações de monitoramento de partículas fugitivas no interior do Terminal
Marítimo de Ponta da Madeira –TMPM e também no Pátio de Açailândia composta de 6 estações de
monitoramento. Trata-se de uma rede de monitoramento de emissões atmosféricas instaladas na
área do TMPM como ferramenta interna de gestão e apoio nos direcionamentos dos controles
internos. As RAMPs são compostas por estações de perfilhadoras verticais de material particulado,
capaz de detectar em tempo real e informar a cada 15 minutos a taxa de emissão de poeira (kg/h)
que está ocorrendo no TMPM, de maneira total ou setorizada por área. Além das estações de
medição, a RAMP é formada e por um complexo sistema de comunicação e processamento dos
dados, o qual fornece base para o conhecimento das taxas de emissão de poeira. Como as taxas de
emissão de poeira são calculadas pelo sistema a partir dos gradientes de concentrações de
Partículas Totais em Suspensão e do fluxo de ar, medidos no TMPM.
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7.2.3. REDE DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR DE SÃO LUÍS

Atualmente a RAMQAM-SL monitora os parâmetros partículas totais em suspensão (PTS), partículas


inaláveis menores que 10 μm (PM10) e partículas inaláveis menores que 2,5 μm (PM2,5). Além desses
parâmetros, são monitoradas as seguintes variáveis meteorológicas: direção do vento (DV), velocidade do
vento (VV) e precipitação pluviométrica (PP). No Quadro 4 estão apresentadas as estações e os parâmetros
que são monitorados por elas.

Os atuais locais de monitoramento da qualidade do ar da RAMQAM - SL são: Estação EMAP, Estação


Bacanga, Estação Y-Bacanga e Estação Vila Maranhão. A quadro 3 apresenta os parâmetros monitorados
em cada uma dessas estações.

Quadro 3 - Atual Configuração das estações de monitoramento que compõem a RAMQAM SL

Coordenadas (WGS 84) Qualidade do Ar Meteorologia


Estação
Latitude Longitude PTS PM10 PM2,5 DV VV PP
EMAP -2,576258° -44,366131° X X X X X X
Y-Bacanga -2,561539° -44,336019° X X X X X X
Bacanga -2,565634° -44,320521° X X X X X X
Vila Maranhão -2,624927° -44,316160° X X X X X X

Legenda:
PTS – Partículas Totais em Suspensão DV – Direção do Vento PP – Precipitação Pluviométrica
PM10 – Partículas Inaláveis <10 µm VV – Velocidade do Vento

As estações de monitoramento da RAMQAM-SL estão posicionadas em locais estratégicos para avaliar a


qualidade do ar com a influência das atividades do TMPM, e de todas as outras atividades que contribuem
para a alteração da qualidade do ar. A Figura 1 apresenta a localização das Estações de Monitoramento da
RAMQAM-SL.

Figura 1 - Localização das estações de monitoramento que compõem a RAMQAM SL


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7.2.4. Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar da EFC

A RAMQAM EFC é composta por cinco estações totalmente automatizadas (duas no município de
Açailândia, duas no município de Marabá e uma na cidade de Parauapebas). Todas estas estações
monitoram 24 horas por dia as concentrações de poluentes da atmosfera (PTS, PM 10 e PM2,5) e condições
meteorológicas de superfície.

As estações de monitoramento da RAMQAM EFC estão posicionadas em locais estratégicos para avaliar a
qualidade do ar com a influência das atividades da EFC, conforme mostrado abaixo na Figura 2.

Figura 2 - Localização das estações de monitoramento que compõem a RAMQAM EFC

Os locais de monitoramento da qualidade do ar da RAMQAM EFC são: estação Açailandia SAAE, estação
Açailândia Administrativo, estação Marabá Administrativo, estação Marabá Entreposto e estação
Parauapebas Nova Carajás (RFS11D). O Quadro 5 abaixo apresenta os parâmetros monitorados em cada
uma dessas estações.
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Quadro 5 - Atual Configuração das estações de monitoramento que compõem a RAMQAM EFC

Coordenadas (WGS 84) Qualidade do Ar Meteorologia


Estação
Latitude Longitude PTS PM10 PM2,5 DV VV PP
Açailândia SAAE -4.901564 -47.405689 X X X X X X
Açailândia
-4.914687 -47.409951 X X X X X X
Administrativo
Marabá
-5.413017 -49.096474 X X X X X X
Administrativo
Marabá Entreposto -5.421871 -49.096474 X X X X X X
Parauapebas Nova
-6.097129° -49.830585° X X X X X X
Carajás (RFS11D)

Legenda:
PTS – Partículas Totais em Suspensão DV – Direção do Vento PP – Precipitação Pluviométrica
PM10 – Partículas Inaláveis <10 µm VV – Velocidade do Vento

7.2.5. Rede Automática de Monitoramento das Emissões Difusas de Partículas - RAMP

RAMP – PÁTIO NORTE (VERSÃO 2)

O projeto da RAMP, implantado pela Vale durante os anos de 2013 e 2014 no Pátio Norte e tem como
principais objetivos:

 Quantificar em tempo real a taxa de emissão global de material particulado por fontes difusas no
CPM, com registro da série histórica em banco de dados;
 Conhecer continuamente as concentrações de partículas na área industrial do CPM e das condições
de vento de superfície (direção e velocidade) em pontos estratégicos da área industrial do CPM;
 Verificar a relação entre as emissões de material particulado e os efeitos de curto prazo na qualidade
do ar do entorno do complexo, com foco nas estações de qualidade do ar integrantes da Rede
Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar e Meteorologia de São Luís (RAMQAM),
notadamente na estação Porto de Itaqui (EMAP);
 Acompanhar as emissões de material particulado no complexo e seus efeitos de curto e de longo
prazo na qualidade do ar da área de influência, baseando-se nos dados históricos gerados pela
RAMP-CPM.

A RAMP é constituída de um conjunto de instrumentos especiais de medição contínua de partículas


(medição óptica por difração de luz e reflexão), acoplados a mecanismos de transmissão e armazenamento
de dados, além de software de interpretação e integração de informações, especificamente desenvolvidos
para os objetivos propostos, sendo todas as ferramentas integradas e interativas. A soma de tais
instrumentos e suas funções compõe o ciclo operacional do CRIMAV (Centro de Recepção de Informações
de Monitoramento Ambiental da Vale) e o fluxo de dados da RAMP, conforme representado na Figura 3
abaixo (Fluxo de Dados da RAMP).

As estações internas da RAMP permitem monitorar as taxas de emissões difusas de poeira advindas dos
processos produtivos na área interna da Vale, através do Sistema Supervisório de Emissões Difusas
(SSED). O SSED consiste em software adquirido pela Vale para análise contínua dos dados gerados pela
RAMP, que opera de forma integrada ao CRIMAV (Centro de Recepção de Informações de Monitoramento
Ambiental da Vale) e SIA Atmos (Sistema de Informações Ambientais – Módulo Monitoramento) na Vale/MA.
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Figura 3 – Ciclo Operacional do CRIMAV - Fluxo de Dados da RAMP

As 15 estações internas de monitoramento de partículas da RAMP são estrategicamente localizadas,


possibilitando o monitoramento contínuo (com médias de 15 min, 24 horas por dia) e simultâneo das
concentrações de partículas a barlavento (montante) e a sotavento (jusante) das principais áreas de emissão
identificadas no Complexo Ponta da Madeira. Por se tratarem de estações perfiladoras verticais, as estações
internas possibilitam a tomada de amostras de ar em diferentes alturas, possibilitando a integração das
concentrações e determinação do fluxo de emissão de partículas em cada um dos perfiladores, visto que
simultaneamente são registradas as condições de direção e velocidade do vento que flui na camada
adjacente ao solo de toda a área do Complexo Ponta da Madeira (campo de ventos).

A Figura 4 ilustra apenas de forma esquemática a disposição de um sistema de medição RAMP através do
método do perfil de exposição, enquanto que a equação 1 representa a integração da distribuição espacial
do fluxo de massa (perfil de exposição), a partir das concentrações e velocidades do vento medidas.
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Figura 4 – Esquema de Medição – Método do Perfil de Exposição

R=∫ C (h ,w )u (h ,w)dhdw
A
Equação 1, onde:

R = Taxa de emissão [g/s];


C = Concentração total amostrada [g/m3];
u = Velocidade do vento [m/s];
h = Coordenada da distância vertical [m];
w = Coordenada da distância horizontal [m];
A = Área transversal efetiva da pluma [m2].

As estações perfiladoras são compostas basicamente de:

 Unidade automatizada de coleta, tratamento e análise contínua de partículas, dotada de sistema de


comunicação e transmissão de dados através de modem GPRS (General Packet Radio Service);
 Torre de amostragem (20 m de altura), contendo sonda com 5 pontos de coleta;
 Sensores de direção e velocidade do vento (em algumas estações perfiladoras);

Para fornecer leituras confiáveis, o analisador deve ser calibrado em relação a um padrão rastreável, em
intervalos regulares, bem como ser ajustado por um fator K para corrigir o sinal bruto lido pelo equipamento.
Para tal confiabilidade, segue-se um programa de manutenção periódica das estações, conforme disposto a
seguir.

 Verificação geral de limpeza do analisador, sondas e captores;


 Calibração do fluxo de amostragem;
 Calibração de zero e span;
 Checagem de vazamentos;
 Checagem de bomba de vácuo, bomba de ar zero e filtros.
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A Figura 5 apresenta uma estação perfiladora de partículas da RAMP em operação na Vale/MA, enquanto
que a Figura 6 apresenta a localização das 15 estações internas Pátio Norte, seguido das principais áreas
da Vale onde ocorrem o monitoramento sistemático das emissões difusas de MP. O quadro 6 apresenta os
parâmetros monitorados nas Estações da RAMP-CPM Pátio Norte.

Figura 5 – Esquema de Medição – Método

Figura 6 – Localização das Estações Perfiladoras de Partículas da RAMP-CPM Pátio Norte.


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Quadro 6 - Parâmetros Monitorados nas Estações da RAMP-CPM Vale/MA Pátio Norte.

Qualidade do Ar Meteorologia Controle Operacional


Estação
PTS DV VV DDV P TA C BV

01 X X X X X X X X

02 X X X X X X X X

03 X X X X X

04 X X X X X

05 X X X X X

06 X X X X X X X X

07 X X X X X

08 X X X X X X X X

09 X X X X X X X X

10 X X X X X

11 X X X X X

12 X X X X X X X X

13 X X X X X

14 X X X X X X X X

15 X X X X X

Legenda
PTS - Partículas Totais em Suspensão [µg/m3];
DV – Direção do Vento [º];
VV – Velocidade do Vento [m/s];
DDV – Desvio Padrão da Direção do Vento [º];
P – Pressão Interna [kPa];
TA – Temperatura Atmosférica Interna [º C];
C – Condensação [];
BV – Tensão Elétrica [Volt].

RAMP – PÁTIO SUL, USINA DE PELOTIZAÇÃO E AÇAILÂNDIA (VERSÃO 4)

As RAMP´s Pátio Sul, Usina de Pelotização e Açailândia são constituída de um conjunto de instrumentos especiais
de medição contínua de partículas, acoplados a mecanismos de transmissão e armazenamento de dados, além de
software de interpretação e integração de informações, especificamente desenvolvidos para os objetivos
propostos, sendo todas as ferramentas integradas e interativas.
As 10 estações internas que integram a RAMP Pátio Sul, as 04 estações instaladas na Usina de Pelotização e as
6 estações em Açailândia permitem monitorar a taxa de emissão difusa de poeira advinda dos processos
produtivos na área interna do Pátio Sul, das operações da Usina de Pelotização e Açailândia, através do Sistema
Supervisório de Emissões Difusas (SSED). O SSED consiste em software projetado para análise contínua dos
dados gerados pelas estações da RAMP, que opera de forma integrada ao CRIMAV (Centro de Recepção de
Informações de Monitoramento Ambiental da Vale. A Figura 7 apresenta localização das 10 estações internas do
pátio Sul sob imagem de satélite, a figura 8 apresenta a localização das 4 estações da usina de pelotização e a
figura 9 as apresenta as 6 estações localizadas em Açailândia.
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PRO-023480, Rev.: 03-23/12/2020
Figura 7 – Localização das 10 Estações da RAMP Pátio Sul da Vale

Figura 8 – Localização das 04 Estações da RAMP Usina de pelotização

Figura 9 – Localização das 06 Estações da RAMP Açailândia


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Cada uma das estações de monitoramento de partículas possuem uma torre de amostragem contendo monitores
contínuos e automáticos de Partículas Totais em Suspensão (PTS) especialmente projetados para medir em
tempo real a concentração de partículas no ar ambiente próximo a fontes fugitivas de poeira, instalados em três
alturas diferentes desde o nível do solo até o topo da torre de amostragem. O sensor de direção e velocidade do
vento também está instalado na torre a 10 metros de altura em algumas estações. As concentrações de PTS são
lidas diretamente por cada monitor nas diferentes alturas sendo os dados transmitidos para o datalogger (coletor e
gerenciador de dados interno ao sensor de 9 m).
Da mesma forma, os dados são coletados, armazenados e enviados via GPRS para o SSED a cada 15 minutos.
As estações perfiladoras versão 4 são compostas basicamente de:
 Torre de amostragem, contendo 3 analisadores contínuos e automáticos de PTS instalados ao longo da
torre (3 m, 9 m e 16 m de altura);
 Sensores de direção e velocidade do vento;
 Datalogger Interno;
 Fonte autônoma fotovoltaica de energia e bateria.

A Figura 10 apresenta composição esquemática de uma estação automática perfiladora de PTS da RAMP Versão
4 com painel solar. A Figura 11 apresenta algumas estações perfiladoras de partículas da RAMP Versão 4 em
operação na Vale/MA. O quadro 7 apresenta os parâmetros monitorados nas Estações da RAMP Açailândia.

Figura 10- Composição Esquemática de uma Estação Automática Perfiladora de Partículas Totais em Suspensão – RAMP
Versão 4 Com Painel Solar.
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Quadro 7 - Parâmetros Monitorados nas Estações da RAMP-CPM Pátio Sul, Pelotização e Açailândia.

Qualidade do Ar Meteorologia Controle Operacional


Estação
PTS DV VV Temp. Umidade Tensão
016 X X X X
017 X X X X X X
018 X X X X
019 X X X X
020 X X X X X X
021 X X X X
022 X X X X X X
023 X X X X
024 X X X X X X
025 X X X X
026 X X X X
027 X X X X X X
028 X X X X
029 X X X X
01* X X X X X
02* X X X X
03* X X X X
04* X X X X
05* X X X X X X
06* X X X X
*Ramp´s 01 a 06 localizadas em Açailândia.

Figura 11 (a e b) – Estações Perfiladoras de Partículas da RAMP Versão 4 em Operação na Área Interna da Vale/MA.

(a) – RAMP 22 (b) – RAMP 25


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A Vale pensando na melhoria do monitoramento das suas emissões no Pátio Sul devido a sua expansão também
irá aumentar a sua rede em mais 3 estações perfiladoras Versão 4.

7.2.6. Medição de Fumaça em Veículos com Motor a Diesel

O objetivo deste item do plano de gestão é avaliar a emissão de fumaça preta dos veículos a diesel, através da
utilização da escala Ringelmann, na Figura 12 abaixo, assegurando o atendimento à legislação ambiental e às
Normas Técnicas pertinentes.

Figura 12 – Escala Ringelmann

Assim como os demais itens, é aplicado a todas as áreas do Complexo Ponta da Madeira – CPM e ao longo da
Estrada de Ferro Carajás (EFC).

Segue abaixo as responsabilidades do referido programa:

Área de Meio Ambiente: Comunicar a área operacional sobre a necessidade da realização da medição da
fumaça dos veículos sobre sua responsabilidade seja durante contratação de serviço, Análise Ambiental do
Serviço, abertura de OS etc. Cabe também a área de meio ambiente, treinar as áreas operacionais e quando
necessário realizar inspeções e auditorias ambientais. Sempre que possível, poderá também ministrar treinamento
para as empresas contratadas em caso de solicitação.

Áreas Operacionais: Realizar a medição de fumaça dos veículos a diesel sobre sua responsabilidade em
conformidade com a frequência e diretrizes constantes neste procedimento. Cabe a área operacional fazer a
aquisição da escala Ringelmann e manter em seus arquivos a planilha com as medições realizadas em seus
veículos. É de responsabilidade da área operacional treinar as empresas contratadas de sua área. Assim como,
exigir a apresentação dos resultados das medições e quando ocorrer desvios, exigir as correções necessárias
para atender este padrão. A área operacional deverá elaborar e executar um plano de manutenção dos veículos,
conforme orientação do Fabricante.

Empresas Contratadas: Cabe a empresa contratada fazer a aquisição da Escala Ringelmann, assim como
realizar a medição do nível de fumaça dos seus veículos. A Cópia da planilha com os resultados da medição
deverá ser enviada ao gestor do contrato, assim como esses resultados deverão ser mantidos arquivados para
apresentação em eventuais auditorias ou fiscalização dos órgãos competentes.

Segurança Empresarial: É de responsabilidade da segurança empresarial proibir a entrada de veículos na área


da Vale que estejam apresentando sinais de emissão de fumaça preta acima do permitido por lei. Neste caso, o
veículo deverá ser submetido a uma medição antes da liberação de entrada realizado pela portaria. É de
responsabilidade da segurança empresarial registrar todas as liberações de acesso dos veículos à diesel
aprovados na medição de fumaça. A segurança empresarial deve enviar o relatório consolidados das protarias
para equipe de meio ambiente com frequencia mensal e anual, consolidado ou sempre que solicitado contendo as
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informações dos veículos à diesel liberados para acessar a área da vale, bem como aprovados na mediaçãode
fumaça preta evidenciado no ato da vistoria do veículo, conforme fluxo de acompanhamento (Figura 13).
Nota: Para realização da medição de fumaça deverá utilizar o Anexo “1” deste procedimento (Controle de medição
de fumaça preta).

Figura 13 – Fluxo de acompanhamento da área de MA nas medições de fumaça preta

Segue abaixo as descrições e critérios sucintos da medição de fumaça em veículos com motor a diesel:

Frequência de Medição: As medições de fumaça preta deverão ser realizadas em todos os veículos a diesel da
Vale e das contratadas a cada 06 (seis) meses. É obrigatório essa medição, em todos os veículos a diesel ao
iniciar as suas atividades na área da Vale (Vale e contratada).

Condições Gerais do Ensaio: O veículo deve estar parado e o seu motor deve estar em condições estabilizadas
e normais de operação. Caso o motor não se encontre nas condições acima, o mesmo deverá ser submetido à
manutenção para posterior avaliação. A alavanca da caixa de mudanças deve estar na posição neutra e o pedal
da embreagem não pressionado. O sistema de escapamento deve ser inspecionado quanto à ocorrência de
vazamentos do gás de escapamento e/ou entradas de ar. Na ocorrência de tais anomalias essas devem ser
sanadas antes da realização do ensaio.

Descrição do Ensaio: Com o motor em marcha lenta, o acelerador deve ser acionado rapidamente até o final de
seu curso, de modo a se obter situação de débito máximo no sistema de injeção de combustível. Esta posição
deve ser mantida até que atinja, nitidamente, a máxima velocidade angular do motor, estabelecida pelo regulador
da bomba injetora. Aliviar o acelerador até que o motor volte à velocidade angular de marcha lenta. A sequência
de operação descrita acima deve ser repetida 10 (dez) vezes consecutivas; entre uma sequência e outra, o
período de marcha lenta não deve ser inferior a 2 (dois) segundos e nem superior a 10 (dez) segundos. A partir do
4º ciclo, devem ser registrados os valores máximos observados durante as acelerações, através da Escala de
Ringelmann Reduzida.
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Medição: O observador deve estar a uma distância de 20 a 50 metros do veículo a ser avaliado e se posicionar de
tal forma a não olhar em direção à luz do Sol . O observador deve segurar a Escala Ringelmann Reduzida com o
braço esticado, e avaliar o grau de enegrecimento da fumaça de escapamento no ponto de medida, através do
orifício da Escala, contra um fundo claro, preferencialmente branco. Conforme a Figura 14 abaixo, o observador
deve determinar qual dos padrões da Escala mais se assemelha à tonalidade da fumaça emitida.

Figura 14 – Observador determinando o padrão da escala Ringelmann

Os valores de cada medição devem ser anotados no Anexo 1, controle das medições e dos dados do veículo.

Resultados: O ensaio é considerado válido quando a diferença entre a maior e a menor medição não for
superior a 01 (uma) unidade da Escala de Ringelmann. O valor considerado como sendo o grau de
enegrecimento é aquele mais frequente dentre as 7 (sete) medições observadas. Será considerado não
conforme o veículo, cujo resultado de medição for superior ao padrão 2 (dois) da Escala Ringelmann
Reduzida.

Ações: Para os veículos não conformes, as seguintes medidas devem ser tomadas: O responsável pela
medição deverá contactar o responsável pela manutenção ou contrato do veículo para realização de
manutenção. Nestas condições o veículo não será aceito para circulação nas áreas da Vale. Deverá ser
efetuada nova medição no veículo após seu retorno da manutenção.

Nota: Conforme a RESOLUÇÃO CONAMA nº 16, de 13 de dezembro de 1995, publicada no DOU no 249 , de
29 de dezembro de 1995, Seção 1, páginas 22877-22878, as medições de opacidade poderão ser feitas com
qualquer opacímetro que atenda à Norma NBR-12897 - Emprego do Opacímetro para Medição do Teor de
Fuligem de Motor Diesel - Método de Absorção de Luz, desde que correlacionável com um opacímetro de
amostragem com 0,43 m de comprimento efetivo da trajetória da luz através do gás.

7.3. LICENCIAMENTO AMBIENTAL

No ato do licenciamento ambiental, é comum o estabelecimento de condicionantes pelos diversos órgãos


ambientais. Várias dessas condicionantes são relacionadas à emissão de poluentes e qualidade do ar. A Gerência
de Meio Ambiente Corredor Norte possui uma equipe específica para tratar do licenciamento ambiental tanto em
São Luís, quanto ao longo da EFC. Esta equipe é responsável por gerenciar e garantir o cumprimento de todas as
condicionantes estabelecidas pelos órgãos ambientais, estabelecendo assim que a Vale esteja sempre alinhada
com os princípios da sustentabilidade e critérios legais vigentes. Além disso, o licencimaneto também prevê que
seja estabelecido e cumprido um programa específico visando promover uma adequada gestão da qualidade do ar
do empreendimento.
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7.4. MEDIDAS DE CONTROLE AMBIENTAL

O controle das emissões atmosféricas é realizado no CPM e ao longo da EFC pelas diversas ações, descritas a
seguir.

7.4.1. Lavagem e umectação de vias e acessos pavimentados

Mesmo nas vias pavimentadas ocorre o acúmulo de material particulado que é novamente lançado no ar devido à
circulação de veículos e ação dos ventos. Para minimizar/eliminar a emissão de particulados realiza-se a limpeza
e umectação por meio de caminhão pipa, Figura 15.

Figura 15 – Lavagem e Umectação de Vias

7.4.2. Umectação de vias e acessos não-pavimentados

As vias não pavimentadas são muito propícias à emissão de material particulado, devido principalmente à ação
dos ventos e tráfego de veículos. Para minimizar a emissão de particulado realiza-se a umectação de tais vias por
meio de caminhão pipa, com rotas pré-definidas. Na área do Porto de Ponta da Madeira os caminhões pipa são
abastecidos diretamente nas bacias de decantação do TPPM, com água de reuso, por meio de bombas e com
adição do produto químico.

7.4.3. Controle de velocidade em vias de tráfego

É realizado o controle da velocidade dos veículos em todas as vias de tráfego das áreas da Vale em São Luís e ao
longo da EFC, sejam elas pavimentadas ou não. Tal medida visa diminuir a ressuspensão de material particulado
oriundo dessas vias.

7.4.4. Sistema de aspersão nos viradores de vagões em são luís


Para operação de finos de minério, o giro do vagão é acionado automaticamente o sistema de aspersão que
consiste na pulverização de água por bicos aspersores na direção do descarregamento formando uma névoa a
qual confina o particulado e acelera a deposição do mesmo, (Figura 16).

Figura 16 – Sistema de aspersão nos viradores de vagões.


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7.4.5. Umectação de Pilhas de Minério com Uso de Polímero Aglomerante em São Luís

A redução das emissões nos pátios de minério oriundas das pilhas de minérios de finos é feita por meio da
umectação com mistura de água e polímero aglomerante. Esse polímero reage com a água criando uma camada
sobre a pilha a qual reduz o arraste de material pela ação dos ventos (Figura 17). O Quadro 8 especifica o controle
ambiental utilizado nas pilhas de minério.

Figura 17 – Umectação de Pilhas com Polímeros Aglomerantes.

Quadro 7 – Equipamentos de controle de emissões das pilhas de minério.

Aspersão de pilhas de armazenagem de minério com caminhão pipa e adição


Tipo de Equipamento
de polímero aglomerante.
Os caminhões pipa são abastecidos diretamente nas bacias do TMPM, com
Operação
água de reuso, por meio de bombas e adicionados o polímero aglomerante.
A aspersão de pilhas é feita através de um prévio planejamento, dependendo
Logística
do tempo de permanência da pilha no pátio afim de não desperdiçar produto.

7.4.6. Controle Ambiental em Máquinas de Pátio (Empilhadeiras e Recuperadoras)

O empilhamento de material ou a recuperação de material armazenado no pátio são operações que promovem a
emissão de poluentes atmosféricos, com variados graus de emissão, dependendo do tipo e umidade do material
movimentado.
Levando-se em consideração a magnitude das emissões, a existência de padrões regulatórios, o potencial de
impacto em suas áreas de influência e as facilidades de controle, as fontes mais significativas dentre as máquinas
estabelecidas nos pátios, em caso de necessidade de conter a emissão de material particulado, pode-se fazer uso
de caminhões pipas.

7.4.7. Controle Ambiental em Correias Transportadoras

No Porto Norte, as casas de transferências entre os transportadores do embarque, pátio e descarga são potenciais
fontes de emissão de poluentes para a atmosfera devido à movimentação de minério com queda de nível. As
linhas onde passam com frequência os tipos de materiais que necessitam de controle de emissão (com pouca
umidade, ou muito fino) apresentam sistemas de aspersão com bicos injetores.
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7.5. OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE CONTROLE

Para que os equipamentos de controle de emissão de poluentes atmosféricos mantenham os níveis de


desempenho necessários, devem ser adequadamente projetados e construídos e posteriormente operados e
mantidos dentro dos padrões especificados.
O pessoal envolvido na operação e manutenção dos equipamentos de controle deve ser adequadamente treinado
e capacitado para tal atividade.
Afim de garantir a manutenção dos níveis de desempenho dos equipamentos de controle de emissões é realizada
periodicamente uma avaliação de operacionalidade de tais equipamentos de controle, mantida uma base de
inspeções e alimentado um indicador estabelecido para garantir a conformidade e operacionalidade dos sistemas.

7.6. INSPEÇÕES DO AR

Semanalmente, no período seco (agosto a dezembro), ou com frequência aleatória no período chuvoso (janeiro a
julho), acontecem as inspeções do ar para verificar as oportunidades de melhoria, não conformidades e/ou pontos
positivos nas diversas áreas do CPM e EFC. Essas inspeções são programadas e agendadas pela equipe da
Gerência de Meio Ambiente Corredor Norte, incluindo ou não outras áreas. Após a inspeção, a Gerência fica
responsável pela elaboração e/ou indicação do elaborador do relatório de inspeção a ser apresentado para as
áreas interessadas ou relacionadas.

7.7. DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES

A disseminação de informações torna-se importante instrumento para a gestão da qualidade do ar. Os dados de
monitoramento são enviados diariamente, exceto nos finais de semana e feriados, pela Gerência Meio Ambiente
Corredor Norte às áreas interessadas e/ou responsáveis por processos da empresa. Dessa forma, todos são
cientes da situação da qualidade do ar nas diversas áreas monitoradas, podendo tomar providências em caso de
desvios.

7.8. PLANO DE CONTINGÊNCIA

A equipe gerenciadora do centro supervisório deve garantir o controle das emissões do poluentes, na ocorrência
de aumento da emissão dos poluentes, durante o período de supervisão, a mesma deve enviar imediatamente
essa informação via e-mail por meio de gráficos às áreas geradoras, responsáveis pelos controles opracionais e à
Gerência de Meio Ambiente Corredor Norte. Essa estratégia torna-se importante para agilizar as atividades de
controle contra a emissão de poluentes.

7.9. TRATAMENTO DOS DESVIOS E AÇÃO CORRETIVA

Os desvios identificados durante as inspeções realizadas no período seco ou chuvoso, em auditorias internas ou
externas e deverão ser tratadas conforme procedimentos padrões:
 PRO-022630 - Gerenciamento de não conformidades, ações preventivas e corretivas;
 PRO-025622 - Realizar Inspeção em Saúde, Segurança e Meio Ambiente Corredor Norte.

8. ANEXOS

Anexo 1 – Controle de Medição de Fumaça Preta


Anexo 2 – Orientações Medição de Fumaça Preta

9. ELABORADORES
Luciana Schmegel Mat.: 01509657 Gerência Meio Ambiente EFC e Porto Norte

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