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Resultados Esperados:
1. OBJETIVO
2. APLICAÇÃO
Este documento aplica-se ao Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (TMPM), Terminal Ferroviário de Ponta
da Madeira (TFPM), Estrada de Ferro Carajás (EFC) e Ramal Ferroviário do Sudeste do Pará (RFS11D),
abrangendo as localidades nos estados do Maranhão e Pará, incluindo as suas empresas contratadas.
3. REFERÊNCIAS
PORTARIA IBAMA Nº 85, de 17 de outubro de 1996 - "Dispõe sobre a emissão de fumaça por
veículos movidos a óleo diesel";
CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. Relatório de qualidade do ar no
Estado de São Paulo. São Paulo, 2002;
4. DEFINIÇÕES
5. CONCEITOS BÁSICOS
5.1. POLUENTES ATMOSFÉRICOS
Poluentes atmosféricos são aquelas formas de matéria ou energia com suficiente intensidade e em
quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos, e ainda que
tenham características para tornar o ar prejudicial à saúde da população, fauna, flora, dentre outros danos,
como aqueles causados aos materiais e ao bem estar em geral.
Os poluentes atmosféricos englobados no cálculo do Índice de Qualidade do Ar (IQAR) utilizado pela Vale
são particularmente comuns nos centros urbanos e industriais (Quadro 1). A razão da seleção desses
poluentes como indicadores de qualidade do ar está ligada à sua maior frequência de ocorrência e aos
efeitos adversos que causam ao meio ambiente. Dos poluentes listados no Quadro 1, as partículas, em
especial PTS, tem-se destacado no monitoramento realizado no CPM e EFC, devido às atividades que são
desenvolvidas nessas unidades como, por exemplo, movimento, transporte e estocagem de minério de ferro.
Programa de Gestão Atmosférica – EFC e Porto Norte
PRO-023480, Rev.: 03-07/04/2021
Poluente Fontes
Monóxido de carbono - Tráfego (especialmente veículos sem catalisador)
(CO) - Indústrias
Dióxido de nitrogênio - Tráfego
(NO2) - Setor industrial (resultado da queima de combustíveis)
- Setor industrial (especialmente refinarias, caldeiras queimando
Dióxido de enxofre
combustíveis com altos teores de enxofre - p.ex. óleo combustível,
(SO2)
indústria química e de papel)
- Forma-se ao nível do solo como resultado de reações químicas (na
Ozônio presença de luz solar) que se estabelecem entre alguns poluentes
(O3) primários provenientes de: tráfego, indústrias, aterros sanitários, tintas e
solventes, florestas.
- Tráfego
- Setor industrial (cimenteiras, indústria química, refinarias, siderurgias,
Partículas
pastas de papel, extração de madeiras)
(PI e PTS)
- Obras de construção civil
- Processos agrícolas (ex. aragem dos solos)
Devido à variedade de substâncias que são encontradas na atmosfera, é complexa a classificação dos
poluentes. Uma das classificações mais utilizadas é aquela que divide os poluentes em duas categorias,
sendo:
Poluentes Primários: são emitidos diretamente das fontes para a atmosfera. São exemplos de
poluentes primários os gases provenientes do tubo de escape de transportes movidos a
combustíveis fósseis ou de chaminés de fábricas (monóxido de carbono - CO, óxidos de nitrogênio -
NOx, dióxido de enxofre - SO2 ou partículas em suspensão).
Poluentes Secundários: são resultantes de reações químicas que ocorrem na atmosfera e onde
participam alguns poluentes primários. Exemplos: ozônio troposférico (O 3) ou os compostos
orgânicos voláteis.
Destaca-se que, mesmo mantidas as emissões, a qualidade do ar pode mudar em função das condições
meteorológicas, as quais determinam maior ou menor diluição dos poluentes. É por esse motivo que a
qualidade do ar piora durante o período seco, quando as condições meteorológicas são desfavoráveis à
dispersão dos poluentes.
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A Resolução CONAMA 03/90 vigorou por mais de 20 anos, quando foi revogada em 21 de novembro de
2018 em decorrência da publicação da Resolução CONAMA nº 491/2018 (Quadro 3). A estratégia da nova
resolução é a definição de padrões intermediários como metas para que, em longo prazo, seja alcançado os
valores guia definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Padrão Intermediário PI-1: Valores de concentração de poluentes atmosféricos que devem ser
respeitados a partir da publicação da Resolução;
Padrão Intermediário PI-2: Valores de concentração de poluentes atmosféricos que devem ser
respeitados subsequentemente ao PI-1;
Padrão Intermediário PI-3: Valores de concentração de poluentes atmosféricos que devem ser
respeitados subsequentemente ao PI-2;
Padrão Final PF: Valores de concentração de poluentes atmosféricos que devem ser respeitados
subsequentemente ao PI-3.
Para todas as etapas, caso não seja possível a migração para o padrão subsequente, prevalecerá o padrão
já adotado. As etapas não se aplicam aos poluentes Monóxido de Carbono - CO, Partículas Totais em
Suspensão - PTS e Chumbo – Pb, para os quais deverá ser adotado diretamente o padrão de qualidade do
ar final.
Nota:
(1) média aritmética anual (2) média horária (3) máxima média móvel obtida no dia
(4) média geométrica anual (5) chumbo contido nas PTS
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As fontes de poluição atmosférica são quaisquer processos naturais ou antropogênicos que liberam ou
emitem matéria e/ou energia para a atmosfera, deste modo tornando-a poluída ou contaminada. Existem
diversas classificações na literatura quanto aos tipos de fontes de poluentes atmosféricos.
Os efeitos dos poluentes atmosféricos variam em função do tempo e das suas concentrações. São
classificados como efeitos crônicos aqueles relacionados à exposição prolongada no tempo e níveis de
concentração baixos; como efeitos agudos aqueles associados a altas concentrações de um dado poluente
podendo ter consequências imediatas no receptor e ainda em problemas gerados a uma escala local.
6. RESPONSABILIDADES
6.1. ÁREA CORPORATIVA DE MEIO AMBIENTE
Dar suporte às áreas de Meio Ambiente operacionais na gestão do processo de qualidade do ar nas
unidades de negócio da Vale.
Garantir a aplicação e cumprimento deste programa para a equipe das contratadas de sua
responsabilidade;
Garantir a aplicação e cumprimento deste programa para a equipe Vale;
Capacitar os trabalhadores das áreas operacionais e empresas contratadas de sua
responsabilidade;
Cumprir o programa de gestão atmosférica;
7.1. INTRODUÇÃO
Ações de gestão necessárias à prevenção ou redução das emissões de poluentes atmosféricos e dos efeitos
da degradação do meio, já demonstraram ser compatíveis com o desenvolvimento econômico e social. A
gestão da qualidade do ar envolve, assim, medidas mitigadoras que tenham como base a definição de
limites permissíveis de concentração dos poluentes na atmosfera, restrição de emissões, bem como um
melhor desempenho na aplicação dos instrumentos de comando e controle, entre eles o licenciamento e o
monitoramento.
A Vale desenvolveu uma série de instrumentos para melhor gestão da qualidade do ar na cidade de São
Luís, ao longo da EFC e no Ramal Ferroviário do S11D (RFS11D), que englobam procedimentos, sistemas
de monitoramento da qualidade do ar e emissões fugitivas de partículas, sistemas de controle de emissões
atmosféricas, dentre outros. Tais instrumentos serão descritos a seguir.
O Inventário de Emissões Atmosféricas tem por finalidade obter uma compilação qualitativa e quantitativa
das emissões atmosféricas de uma determinada unidade operacional com informações a respeito da
operação (fluxograma, mapa, fontes de emissão etc.) e deve conter, no mínimo:
Em 2012 foi realizado estudo na EFC cujos principais objetivos a elaboração do diagnóstico e prognóstico de
qualidade do ar da região de estudo, bem como a reavaliação da configuração e do arranjo da RAMQAR-
EFC. Em 2020/21 está previsto a revisão do estudo, incluindo a atualização das fontes de emissões
atmosféricas (fixas, móveis, pontuais ou difusas) e avaliação a rede atual de monitoramento de qualidade do
ar nas localidades da EFC e RFS11D.
Em 2018 foi realizado o estudo de dispersão atmosférica e revisão da rede de monitoramento da qualidade
do ar do Complexo de Ponta da Madeira, onde foram contempladas o inventário das fontes de emissões e o
levantamento quantitativo das fontes de emissões com cenário projetado até 240 Mt/ano. Em 2021 está
previsto a revisão do estudo, incluindo a atualização das fontes de emissões atmosféricas (fixas, móveis,
pontuais ou difusas) e avaliação da rede atual de monitoramento de qualidade do ar do TPPM.
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A Vale tem elaborado estudos com o objetivo de modernizar a rede de monitoramento da qualidade do ar,
além de caracterizar e monitorar as emissões de poluentes atmosféricos no TPPM e ao longo da EFC e
RFS11D.
A rede de monitoramento das emissões atmosféricas é composta por dois projetos de monitoramento:
Legenda:
PTS – Partículas Totais em Suspensão DV – Direção do Vento PP – Precipitação Pluviométrica
PM10 – Partículas Inaláveis <10 µm VV – Velocidade do Vento
A RAMQAM EFC é composta por cinco estações totalmente automatizadas (duas no município de
Açailândia, duas no município de Marabá e uma na cidade de Parauapebas). Todas estas estações
monitoram 24 horas por dia as concentrações de poluentes da atmosfera (PTS, PM 10 e PM2,5) e condições
meteorológicas de superfície.
As estações de monitoramento da RAMQAM EFC estão posicionadas em locais estratégicos para avaliar a
qualidade do ar com a influência das atividades da EFC, conforme mostrado abaixo na Figura 2.
Os locais de monitoramento da qualidade do ar da RAMQAM EFC são: estação Açailandia SAAE, estação
Açailândia Administrativo, estação Marabá Administrativo, estação Marabá Entreposto e estação
Parauapebas Nova Carajás (RFS11D). O Quadro 5 abaixo apresenta os parâmetros monitorados em cada
uma dessas estações.
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Quadro 5 - Atual Configuração das estações de monitoramento que compõem a RAMQAM EFC
Legenda:
PTS – Partículas Totais em Suspensão DV – Direção do Vento PP – Precipitação Pluviométrica
PM10 – Partículas Inaláveis <10 µm VV – Velocidade do Vento
O projeto da RAMP, implantado pela Vale durante os anos de 2013 e 2014 no Pátio Norte e tem como
principais objetivos:
Quantificar em tempo real a taxa de emissão global de material particulado por fontes difusas no
CPM, com registro da série histórica em banco de dados;
Conhecer continuamente as concentrações de partículas na área industrial do CPM e das condições
de vento de superfície (direção e velocidade) em pontos estratégicos da área industrial do CPM;
Verificar a relação entre as emissões de material particulado e os efeitos de curto prazo na qualidade
do ar do entorno do complexo, com foco nas estações de qualidade do ar integrantes da Rede
Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar e Meteorologia de São Luís (RAMQAM),
notadamente na estação Porto de Itaqui (EMAP);
Acompanhar as emissões de material particulado no complexo e seus efeitos de curto e de longo
prazo na qualidade do ar da área de influência, baseando-se nos dados históricos gerados pela
RAMP-CPM.
As estações internas da RAMP permitem monitorar as taxas de emissões difusas de poeira advindas dos
processos produtivos na área interna da Vale, através do Sistema Supervisório de Emissões Difusas
(SSED). O SSED consiste em software adquirido pela Vale para análise contínua dos dados gerados pela
RAMP, que opera de forma integrada ao CRIMAV (Centro de Recepção de Informações de Monitoramento
Ambiental da Vale) e SIA Atmos (Sistema de Informações Ambientais – Módulo Monitoramento) na Vale/MA.
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A Figura 4 ilustra apenas de forma esquemática a disposição de um sistema de medição RAMP através do
método do perfil de exposição, enquanto que a equação 1 representa a integração da distribuição espacial
do fluxo de massa (perfil de exposição), a partir das concentrações e velocidades do vento medidas.
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R=∫ C (h ,w )u (h ,w)dhdw
A
Equação 1, onde:
Para fornecer leituras confiáveis, o analisador deve ser calibrado em relação a um padrão rastreável, em
intervalos regulares, bem como ser ajustado por um fator K para corrigir o sinal bruto lido pelo equipamento.
Para tal confiabilidade, segue-se um programa de manutenção periódica das estações, conforme disposto a
seguir.
A Figura 5 apresenta uma estação perfiladora de partículas da RAMP em operação na Vale/MA, enquanto
que a Figura 6 apresenta a localização das 15 estações internas Pátio Norte, seguido das principais áreas
da Vale onde ocorrem o monitoramento sistemático das emissões difusas de MP. O quadro 6 apresenta os
parâmetros monitorados nas Estações da RAMP-CPM Pátio Norte.
01 X X X X X X X X
02 X X X X X X X X
03 X X X X X
04 X X X X X
05 X X X X X
06 X X X X X X X X
07 X X X X X
08 X X X X X X X X
09 X X X X X X X X
10 X X X X X
11 X X X X X
12 X X X X X X X X
13 X X X X X
14 X X X X X X X X
15 X X X X X
Legenda
PTS - Partículas Totais em Suspensão [µg/m3];
DV – Direção do Vento [º];
VV – Velocidade do Vento [m/s];
DDV – Desvio Padrão da Direção do Vento [º];
P – Pressão Interna [kPa];
TA – Temperatura Atmosférica Interna [º C];
C – Condensação [];
BV – Tensão Elétrica [Volt].
As RAMP´s Pátio Sul, Usina de Pelotização e Açailândia são constituída de um conjunto de instrumentos especiais
de medição contínua de partículas, acoplados a mecanismos de transmissão e armazenamento de dados, além de
software de interpretação e integração de informações, especificamente desenvolvidos para os objetivos
propostos, sendo todas as ferramentas integradas e interativas.
As 10 estações internas que integram a RAMP Pátio Sul, as 04 estações instaladas na Usina de Pelotização e as
6 estações em Açailândia permitem monitorar a taxa de emissão difusa de poeira advinda dos processos
produtivos na área interna do Pátio Sul, das operações da Usina de Pelotização e Açailândia, através do Sistema
Supervisório de Emissões Difusas (SSED). O SSED consiste em software projetado para análise contínua dos
dados gerados pelas estações da RAMP, que opera de forma integrada ao CRIMAV (Centro de Recepção de
Informações de Monitoramento Ambiental da Vale. A Figura 7 apresenta localização das 10 estações internas do
pátio Sul sob imagem de satélite, a figura 8 apresenta a localização das 4 estações da usina de pelotização e a
figura 9 as apresenta as 6 estações localizadas em Açailândia.
Programa de Gestão Atmosférica – Corredor Norte
PRO-023480, Rev.: 03-23/12/2020
Figura 7 – Localização das 10 Estações da RAMP Pátio Sul da Vale
Cada uma das estações de monitoramento de partículas possuem uma torre de amostragem contendo monitores
contínuos e automáticos de Partículas Totais em Suspensão (PTS) especialmente projetados para medir em
tempo real a concentração de partículas no ar ambiente próximo a fontes fugitivas de poeira, instalados em três
alturas diferentes desde o nível do solo até o topo da torre de amostragem. O sensor de direção e velocidade do
vento também está instalado na torre a 10 metros de altura em algumas estações. As concentrações de PTS são
lidas diretamente por cada monitor nas diferentes alturas sendo os dados transmitidos para o datalogger (coletor e
gerenciador de dados interno ao sensor de 9 m).
Da mesma forma, os dados são coletados, armazenados e enviados via GPRS para o SSED a cada 15 minutos.
As estações perfiladoras versão 4 são compostas basicamente de:
Torre de amostragem, contendo 3 analisadores contínuos e automáticos de PTS instalados ao longo da
torre (3 m, 9 m e 16 m de altura);
Sensores de direção e velocidade do vento;
Datalogger Interno;
Fonte autônoma fotovoltaica de energia e bateria.
A Figura 10 apresenta composição esquemática de uma estação automática perfiladora de PTS da RAMP Versão
4 com painel solar. A Figura 11 apresenta algumas estações perfiladoras de partículas da RAMP Versão 4 em
operação na Vale/MA. O quadro 7 apresenta os parâmetros monitorados nas Estações da RAMP Açailândia.
Figura 10- Composição Esquemática de uma Estação Automática Perfiladora de Partículas Totais em Suspensão – RAMP
Versão 4 Com Painel Solar.
Programa de Gestão Atmosférica – Corredor Norte
PRO-023480, Rev.: 03-23/12/2020
Quadro 7 - Parâmetros Monitorados nas Estações da RAMP-CPM Pátio Sul, Pelotização e Açailândia.
Figura 11 (a e b) – Estações Perfiladoras de Partículas da RAMP Versão 4 em Operação na Área Interna da Vale/MA.
A Vale pensando na melhoria do monitoramento das suas emissões no Pátio Sul devido a sua expansão também
irá aumentar a sua rede em mais 3 estações perfiladoras Versão 4.
O objetivo deste item do plano de gestão é avaliar a emissão de fumaça preta dos veículos a diesel, através da
utilização da escala Ringelmann, na Figura 12 abaixo, assegurando o atendimento à legislação ambiental e às
Normas Técnicas pertinentes.
Assim como os demais itens, é aplicado a todas as áreas do Complexo Ponta da Madeira – CPM e ao longo da
Estrada de Ferro Carajás (EFC).
Área de Meio Ambiente: Comunicar a área operacional sobre a necessidade da realização da medição da
fumaça dos veículos sobre sua responsabilidade seja durante contratação de serviço, Análise Ambiental do
Serviço, abertura de OS etc. Cabe também a área de meio ambiente, treinar as áreas operacionais e quando
necessário realizar inspeções e auditorias ambientais. Sempre que possível, poderá também ministrar treinamento
para as empresas contratadas em caso de solicitação.
Áreas Operacionais: Realizar a medição de fumaça dos veículos a diesel sobre sua responsabilidade em
conformidade com a frequência e diretrizes constantes neste procedimento. Cabe a área operacional fazer a
aquisição da escala Ringelmann e manter em seus arquivos a planilha com as medições realizadas em seus
veículos. É de responsabilidade da área operacional treinar as empresas contratadas de sua área. Assim como,
exigir a apresentação dos resultados das medições e quando ocorrer desvios, exigir as correções necessárias
para atender este padrão. A área operacional deverá elaborar e executar um plano de manutenção dos veículos,
conforme orientação do Fabricante.
Empresas Contratadas: Cabe a empresa contratada fazer a aquisição da Escala Ringelmann, assim como
realizar a medição do nível de fumaça dos seus veículos. A Cópia da planilha com os resultados da medição
deverá ser enviada ao gestor do contrato, assim como esses resultados deverão ser mantidos arquivados para
apresentação em eventuais auditorias ou fiscalização dos órgãos competentes.
Segue abaixo as descrições e critérios sucintos da medição de fumaça em veículos com motor a diesel:
Frequência de Medição: As medições de fumaça preta deverão ser realizadas em todos os veículos a diesel da
Vale e das contratadas a cada 06 (seis) meses. É obrigatório essa medição, em todos os veículos a diesel ao
iniciar as suas atividades na área da Vale (Vale e contratada).
Condições Gerais do Ensaio: O veículo deve estar parado e o seu motor deve estar em condições estabilizadas
e normais de operação. Caso o motor não se encontre nas condições acima, o mesmo deverá ser submetido à
manutenção para posterior avaliação. A alavanca da caixa de mudanças deve estar na posição neutra e o pedal
da embreagem não pressionado. O sistema de escapamento deve ser inspecionado quanto à ocorrência de
vazamentos do gás de escapamento e/ou entradas de ar. Na ocorrência de tais anomalias essas devem ser
sanadas antes da realização do ensaio.
Descrição do Ensaio: Com o motor em marcha lenta, o acelerador deve ser acionado rapidamente até o final de
seu curso, de modo a se obter situação de débito máximo no sistema de injeção de combustível. Esta posição
deve ser mantida até que atinja, nitidamente, a máxima velocidade angular do motor, estabelecida pelo regulador
da bomba injetora. Aliviar o acelerador até que o motor volte à velocidade angular de marcha lenta. A sequência
de operação descrita acima deve ser repetida 10 (dez) vezes consecutivas; entre uma sequência e outra, o
período de marcha lenta não deve ser inferior a 2 (dois) segundos e nem superior a 10 (dez) segundos. A partir do
4º ciclo, devem ser registrados os valores máximos observados durante as acelerações, através da Escala de
Ringelmann Reduzida.
Programa de Gestão Atmosférica – Corredor Norte
PRO-023480, Rev.: 03-23/12/2020
Medição: O observador deve estar a uma distância de 20 a 50 metros do veículo a ser avaliado e se posicionar de
tal forma a não olhar em direção à luz do Sol . O observador deve segurar a Escala Ringelmann Reduzida com o
braço esticado, e avaliar o grau de enegrecimento da fumaça de escapamento no ponto de medida, através do
orifício da Escala, contra um fundo claro, preferencialmente branco. Conforme a Figura 14 abaixo, o observador
deve determinar qual dos padrões da Escala mais se assemelha à tonalidade da fumaça emitida.
Os valores de cada medição devem ser anotados no Anexo 1, controle das medições e dos dados do veículo.
Resultados: O ensaio é considerado válido quando a diferença entre a maior e a menor medição não for
superior a 01 (uma) unidade da Escala de Ringelmann. O valor considerado como sendo o grau de
enegrecimento é aquele mais frequente dentre as 7 (sete) medições observadas. Será considerado não
conforme o veículo, cujo resultado de medição for superior ao padrão 2 (dois) da Escala Ringelmann
Reduzida.
Ações: Para os veículos não conformes, as seguintes medidas devem ser tomadas: O responsável pela
medição deverá contactar o responsável pela manutenção ou contrato do veículo para realização de
manutenção. Nestas condições o veículo não será aceito para circulação nas áreas da Vale. Deverá ser
efetuada nova medição no veículo após seu retorno da manutenção.
Nota: Conforme a RESOLUÇÃO CONAMA nº 16, de 13 de dezembro de 1995, publicada no DOU no 249 , de
29 de dezembro de 1995, Seção 1, páginas 22877-22878, as medições de opacidade poderão ser feitas com
qualquer opacímetro que atenda à Norma NBR-12897 - Emprego do Opacímetro para Medição do Teor de
Fuligem de Motor Diesel - Método de Absorção de Luz, desde que correlacionável com um opacímetro de
amostragem com 0,43 m de comprimento efetivo da trajetória da luz através do gás.
O controle das emissões atmosféricas é realizado no CPM e ao longo da EFC pelas diversas ações, descritas a
seguir.
Mesmo nas vias pavimentadas ocorre o acúmulo de material particulado que é novamente lançado no ar devido à
circulação de veículos e ação dos ventos. Para minimizar/eliminar a emissão de particulados realiza-se a limpeza
e umectação por meio de caminhão pipa, Figura 15.
As vias não pavimentadas são muito propícias à emissão de material particulado, devido principalmente à ação
dos ventos e tráfego de veículos. Para minimizar a emissão de particulado realiza-se a umectação de tais vias por
meio de caminhão pipa, com rotas pré-definidas. Na área do Porto de Ponta da Madeira os caminhões pipa são
abastecidos diretamente nas bacias de decantação do TPPM, com água de reuso, por meio de bombas e com
adição do produto químico.
É realizado o controle da velocidade dos veículos em todas as vias de tráfego das áreas da Vale em São Luís e ao
longo da EFC, sejam elas pavimentadas ou não. Tal medida visa diminuir a ressuspensão de material particulado
oriundo dessas vias.
7.4.5. Umectação de Pilhas de Minério com Uso de Polímero Aglomerante em São Luís
A redução das emissões nos pátios de minério oriundas das pilhas de minérios de finos é feita por meio da
umectação com mistura de água e polímero aglomerante. Esse polímero reage com a água criando uma camada
sobre a pilha a qual reduz o arraste de material pela ação dos ventos (Figura 17). O Quadro 8 especifica o controle
ambiental utilizado nas pilhas de minério.
O empilhamento de material ou a recuperação de material armazenado no pátio são operações que promovem a
emissão de poluentes atmosféricos, com variados graus de emissão, dependendo do tipo e umidade do material
movimentado.
Levando-se em consideração a magnitude das emissões, a existência de padrões regulatórios, o potencial de
impacto em suas áreas de influência e as facilidades de controle, as fontes mais significativas dentre as máquinas
estabelecidas nos pátios, em caso de necessidade de conter a emissão de material particulado, pode-se fazer uso
de caminhões pipas.
No Porto Norte, as casas de transferências entre os transportadores do embarque, pátio e descarga são potenciais
fontes de emissão de poluentes para a atmosfera devido à movimentação de minério com queda de nível. As
linhas onde passam com frequência os tipos de materiais que necessitam de controle de emissão (com pouca
umidade, ou muito fino) apresentam sistemas de aspersão com bicos injetores.
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7.5. OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE CONTROLE
7.6. INSPEÇÕES DO AR
Semanalmente, no período seco (agosto a dezembro), ou com frequência aleatória no período chuvoso (janeiro a
julho), acontecem as inspeções do ar para verificar as oportunidades de melhoria, não conformidades e/ou pontos
positivos nas diversas áreas do CPM e EFC. Essas inspeções são programadas e agendadas pela equipe da
Gerência de Meio Ambiente Corredor Norte, incluindo ou não outras áreas. Após a inspeção, a Gerência fica
responsável pela elaboração e/ou indicação do elaborador do relatório de inspeção a ser apresentado para as
áreas interessadas ou relacionadas.
A disseminação de informações torna-se importante instrumento para a gestão da qualidade do ar. Os dados de
monitoramento são enviados diariamente, exceto nos finais de semana e feriados, pela Gerência Meio Ambiente
Corredor Norte às áreas interessadas e/ou responsáveis por processos da empresa. Dessa forma, todos são
cientes da situação da qualidade do ar nas diversas áreas monitoradas, podendo tomar providências em caso de
desvios.
A equipe gerenciadora do centro supervisório deve garantir o controle das emissões do poluentes, na ocorrência
de aumento da emissão dos poluentes, durante o período de supervisão, a mesma deve enviar imediatamente
essa informação via e-mail por meio de gráficos às áreas geradoras, responsáveis pelos controles opracionais e à
Gerência de Meio Ambiente Corredor Norte. Essa estratégia torna-se importante para agilizar as atividades de
controle contra a emissão de poluentes.
Os desvios identificados durante as inspeções realizadas no período seco ou chuvoso, em auditorias internas ou
externas e deverão ser tratadas conforme procedimentos padrões:
PRO-022630 - Gerenciamento de não conformidades, ações preventivas e corretivas;
PRO-025622 - Realizar Inspeção em Saúde, Segurança e Meio Ambiente Corredor Norte.
8. ANEXOS
9. ELABORADORES
Luciana Schmegel Mat.: 01509657 Gerência Meio Ambiente EFC e Porto Norte