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7.

“A luz como elemento central na produção e partilha de conhecimento ao serviço da


humanidade”

Existe uma explicação “universal” sobre o que é luz? 

Quando abrimos a janela do quarto pela manhã, a luz indica-nos que já é dia. Essa é a
luz do Sol. Na verdade, é uma parte da luz do Sol, esta é a luz que conseguimos ver. O termo
"luz", entretanto, refere-se de maneira geral à energia que se propaga no espaço na forma de
radiação eletromagnética. A radiação que nos traz o sinal da televisão e do rádio. A radiação
que aquece a nossa comida nos fornos de micro-ondas. Todos esses tipos de radiação fazem
parte do que chamamos de luz.

O chamado “espectro eletromagnético” cobre todas as faixas de energia que vão desde
radiação de baixa energia, como ondas de rádio, até alta energia, como raios gama. Mas do que
é feita a luz? Aí temos duas definições diferentes e igualmente importantes. Ela pode ser
explicada como um conjunto de partículas elementares de energia, os fotões. Ou pode ser
constituída por ondas eletromagnéticas que se propagam no espaço.

Será que já paramos para pensar como seria o mundo sem a luz? É difícil imaginar,
ainda mais diante da enormidade de benefícios, possibilidades de aplicação e funções que ela
exerce em diversas áreas. Comum no quotidiano de bilhões de pessoas, a luz deixa a sua
marca, seja na simples iluminação de ambientes, na produção agrícola que, como a da
fotossíntese, oferecendo-nos vários alimentos, na obtenção de energia através dos painéis
fotovoltaicos que captam a luz do Sol, no seu uso para a descontaminação da água ou até
mesmo na rede de fibra óptica que permite a nossa comunicação com qualquer pessoa do
planeta pela internet. Os impactos das propriedades da luz na nossa rotina são incontáveis e
contribuem para a melhoria das condições de vida da população com tecnologias que hoje
moldam a sociedade.

Mas, afinal, o que é luz? Como o satélite Sentinel 5p ajudou na descoberta dos poluentes que
cobrem a superfície terrestre?

Luz, segundo a física, é uma radiação eletromagnética que se propaga através de


diferentes meios materiais, como o ar ou a água, mas também através do vazio. Para que ver a
luz e entender como ela interage com o meio, é preciso que haja matéria. “Foi dessa maneira
que Maxwell constatou e conseguiu provar, através da teoria eletromagnética, que a luz é uma
onda de eletricidade. E por a luz ser uma onda, o que muda basicamente é sua frequência, que
faz dos raios X e da radiação gama também tipos de luz.” Como vimos a luz é uma das
ferramentas que ajudará o mundo a atingir os objetivos presentes na Agenda 2030 para o
Desenvolvimento Sustentável, e uma das aplicações mais fantásticas foi o lançamento do
satélite Sentinel-5P que apresentou as suas primeiras imagens da poluição do ar.

Esta nova missão promete fotografar os poluentes atmosféricos com mais detalhes do
que nunca. E, embora estes primeiros resultados demonstram a sofisticação do instrumento do
satélite, certamente colocam em destaque a questão da poluição do ar. Uma destas primeiras
imagens mostra o dióxido de azoto sobre a Europa. Causado em grande parte pelo tráfego e
pela combustão de combustíveis fósseis em processos industriais, as altas concentrações deste
poluente do ar podem ser vistas em partes da Holanda, na área de Ruhr, no oeste da
Alemanha, no Vale Po em Itália e em partes da Espanha.
Alguns dos primeiros dados foram utilizados para criar um mapa global de monóxido
de carbono. A animação mostra altos níveis deste poluente do ar em partes da Ásia, África e
América do Sul. O Sentinel-5P também revela os altos níveis de poluição das centrais elétricas
na Índia.

Josef Aschbacher, Diretor de Programas de Observação da Terra da ESA, disse: “O


Sentinel-5P é o sexto satélite do programa de monitorização ambiental da CE Copernicus, mas
o primeiro dedicado à monitorização da nossa atmosfera” ,“Estas primeiras imagens oferecem
um vislumbre tentador do que nos espera e não são apenas um marco importante para a
missão Sentinel-5P, mas também um marco importante para a Europa”, “Dados como os que
vemos aqui, irão apoiar o Serviço de Monitorização da Atmosfera Copernicus e serão usados
para emitir previsões e, em última instância, serão valiosos para ajudar a colocar as políticas de
mitigação apropriadas.”

O Sentinel-5P possui o sensor mais avançado do seu género até à data: Tropomi. Este
instrumento de última geração pode cartografar poluentes como dióxido de azoto, metano,
monóxido de carbono e aerossóis, todos os quais afetam o ar que respiramos e o nosso clima.
Depois do satélite ter sido lançado, Tropomi passou por um processo de descontaminação
planeado. A porta que o manteve fechado durante este período foi aberta recentemente,
permitindo a entrada da luz e a obtenção das primeiras imagens.

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