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Material Teórico
Atmosfera: estrutura e funcionamento
Revisão Textual:
Profa. Esp. Márcia Ota
Atmosfera: estrutura e funcionamento
·· Esta unidade tem por objetivo analisar as estruturas físicas e químicas da atmosfera
bem como as inter-relações com os outros meios da superfície terrestre e com as
forças astronômicas que regem os processos naturais e dentre eles os que ocorrem
na atmosfera.
Olá,
Nesta unidade, em que trataremos sobre a atmosfera sua estrutura e funcionamento, você terá acesso
a diversos recursos.
Veja o mapa mental que sintetiza a estrutura do assunto tratado neste módulo.
Fique atento aos prazos das atividades que serão colocadas no ar.
Recorra, sempre que possível, às videoaulas e ao PowerPoint narrado para tirar eventuais dúvidas
sobre o conteúdo textual.
Participe do fórum de discussão proposto para o tema.
No seu tempo livre, procure pesquisar as fontes do material complementar.
Além disso, procure pesquisar o máximo que puder sobre o tema “Atmosfera: estrutura e
funcionamento”. Há inúmeros conteúdos na internet que são bastante úteis para o seu estudo e para
a sua formação profissional.
Bom estudo!
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Unidade: Atmosfera: estrutura e funcionamento
Contextualização
Em primeiro lugar, é preciso ter em conta que os pares íons-elétrons da ionosfera são
produzidos pelo efeito fotoelétrico, que ocorre quando determinado tipo de radiação (luz visível,
luz ultravioleta, raios X, entre outros) atinge a superfície de certos materiais, provocando
a ejeção de elétrons. A quantidade desses pares depende da energia e da intensidade da
radiação e das características físico-químicas da camada. Em seguida, os elétrons tomam
direções diferentes dos íons e tornam-se livres.
A atmosfera fica mais rarefeita à medida que cresce a altitude. Portanto, há menos moléculas
disponíveis nas grandes altitudes. Por outro lado, o espectro da radiação solar, que se estende
dos raios X aos raios ultravioleta e é capaz de produzir efeito fotoelétrico, é seletivamente
absorvido ao atravessar a ionosfera. Ou seja, o ultravioleta é preponderantemente absorvido
nas maiores altitudes (região F) e os raios X, mais penetrantes, chegam até a região D.
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O resultado disso é que a distribuição de elétrons atinge seu máximo justamente na parte
intermediária da camada F. Acima, a densidade é menor porque a atmosfera é mais rarefeita,
e abaixo, porque há pouca radiação disponível.
Diante das ondas eletromagnéticas, essa estrutura funciona ora como um espelho, que
reflete a luz, ora como uma lâmina de água, que a refrata. E tanto um quanto o outro fenômeno
são produto da interação da radiação eletromagnética com os elétrons livres da ionosfera.
Esse é o lado favorável da história. Mas as ondas de rádio também podem encontrar
obstáculos à sua transmissão. Um deles resulta da chamada rotação de Faraday, fenômeno em
que a direção de vibração de uma onda eletromagnética é alterada quando essa onda interage
com um campo magnético.
Esse fenômeno varia muito em função da latitude, sendo mais intenso na região equatorial.
Ele está relacionado com o processo de recombinação íon-elétron, em que essas partículas
voltam a se unir na molécula que as originou. Durante o dia, esse processo é menos frequente
do que a produção de pares íon-elétron pela luz solar. Mas, à noite, apenas a recombinação
acontece. Como esse processo deixa muitas irregularidades na distribuição de elétrons, as
cintilações ionosféricas são mais pronunciadas depois do pôr do sol. O efeito desse fenômeno
depende da frequência da onda: é reduzido em sinais de televisão, mas pode afetar bastante
os sinais de GPS.
A alternativa para quem usa esse equipamento é conhecer tais fenômenos e ter consciência
de que deficiências na recepção podem decorrer deles e não da operadora do sinal. A partir
desse conhecimento, é possível adotar algumas estratégias de uso.
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Unidade: Atmosfera: estrutura e funcionamento
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Atmosfera: estrutura e funcionamento
Nesta unidade, você vai conhecer as principais características ambientais da atmosfera, a
camada mais externa de material constituinte da Terra. Vamos analisar a estrutura vertical, as
subdivisões internas e as diversas particularidades físicas e químicas que, ao interagirem com os
aspectos astronômicos, criam e mantêm as condições para a existência das múltiplas formas
de vida na Terra, além de regular a dinâmica dos constituintes inorgânicos que compõem a
superfície terrestre.
Entre as particularidades ambientais mais importantes da atmosfera está o fato de que,
embora, na média, a temperatura na superfície terrestre seja de 15 °C há grandes amplitudes
térmicas entre as máximas e as mínimas observadas, que vão de 45 a -50 ºC, respectivamente.
Na ausência da atmosfera ou se esta apresentasse outra composição, a amplitude entre a mínima
e a máxima na superfície terrestre poderiam oscilar entre algumas centenas de graus Celsius
positivos e negativos. O que inviabilizaria as condições para as formas de vida que conhecemos.
Por fim, analisaremos os principais aspectos astronômicos que caracterizam a Terra e
repercutem em dinâmicas associadas à superfície terrestre em inter-relação com a atmosfera.
Desse modo, daremos início ao estudo da atmosfera, observando seus aspectos estruturais.
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Unidade: Atmosfera: estrutura e funcionamento
É relativamente fácil de notar que o valor das porcentagens de participação dos gases na
composição total da atmosfera seca é significativamente desigual.
Mais de 78% do volume total da atmosfera é composto de nitrogênio (N2), também conhecido
como azoto, e quase 21% de oxigênio (O2). Se somarmos esses dois gases, ambos perfazem cerca
de 99% de toda a composição gasosa do ar.
Do volume residual, há que se destacar o dióxido de carbono (CO2), gás esse que, apesar da
pouca expressividade, tem grande importância nos processos que se desenvolvem na atmosfera e
demais ambientes da superfície terrestre. Ao contrário desse último, tanto o N2 como o O2 têm
pouca importância nos processos que se desenvolvem na atmosfera. Mais à frente, especificaremos
o papel de cada um desses elementos.
Um aspecto ainda pouco esclarecido nos estudos atmosféricos é o seu alcance em termos
de altitude. Há quem defenda que a atmosfera chegue a ter por volta de 1.000 km, mas isso
não é consensual entre os pesquisadores que se dedicam ao estudo desse tema. O fato é que,
independentemente do alcance que a atmosfera venha a ter, o que interessa ao nosso estudo é a
porção na qual ocorrem os fenômenos climáticos.
Cerca de 99% de toda a matéria existente na atmosfera encontra-se concentrada nos primeiros
32 km de altitude.
O nitrogênio (N2)
O nitrogênio do ar é caracteristicamente estável em volume em toda a atmosfera, é inerte e,
ainda que abundante, praticamente inútil aos processos climáticos, à respiração e à fotossíntese,
apesar de ter um papel importantíssimo para os seres vivos. As bactérias nitrificantes existentes na
superfície do solo convertem o nitrogênio em amônia e nitrato, disponibilizando estes diretamente
às plantas e indiretamente aos animais.
Por sua vez, as bactérias diazotróficas, que vivem no interior dos nódulos formados em raízes, caules
e galhos das plantas, também são fixadoras de nitrogênio, transferindo parte deste também às plantas
e ao resto da cadeia alimentar. As plantas absorvem os nitratos e os utilizam para produzir as proteínas.
A devolução do nitrogênio à atmosfera, na forma original de N2, ocorre graças à ação de
outros tipos de bactérias, chamadas Pseudomonas denitrificans (desnitrificantes).
Na ausência de oxigênio atmosférico, essas bactérias usam o nitrato (NO3-) para oxidar
compostos orgânicos (respiração anaeróbia). Com isso, elas transformam os nitratos do solo em
N2 gasoso que volta à atmosfera fechando, assim, o ciclo desse elemento.
O oxigênio (O2)
Apesar de sua porcentagem bem menor do que o N2, sua importância nos processos
climáticos e ambientais é infinitamente mais relevante do que o N2. A fórmula molecular O2 do
oxigênio tem origem biológica decorrente da fotossíntese, realizada pelas plantas clorofiladas,
que utiliza como combustível para este processo o CO2, a ser detalhado em seguida, além de
água, na presença da luz.
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Embora as próprias plantas consumam parte do O2 na sua própria respiração, a quantidade
liberada em forma de gás pode ser de dezenas de vezes mais o volume consumido, compensando
também aquele utilizado na respiração aeróbia, participando na conversão de nutrientes em
energia intracelular dos outros seres vivos ou na decomposição desses e, ainda, na oxidação de
minerais da superfície.
O argônio (Ar)
A origem do Ar deve-se ao decaimento radioativo do isótopo potássio (K), o que promove
a sua migração como gás para a atmosfera desde a formação da Terra a cerca de 4,5 bilhões
de anos. Assim como o N2, o Ar, apesar do volume considerável, é inerte e não participa dos
processos bioquímicos que ocorrem na superfície.
O Ozônio (O3)
O Ozônio (O3) é a forma triatômica do oxigênio que respiramos, que é diatômico (O2).
O O3 tem presença relativamente pequena e distribuição irregular concentrando-se entre 10 e
50 km com um pico a cerca de 25 km. Sua distribuição varia também com a latitude, estação do
ano, horário e padrões de tempo, podendo estar ligada a erupções vulcânicas e atividade solar.
A importância do O3, apesar de sua baixíssima percentagem de ocorrência, apenas
0,000007% do volume total da atmosfera seca, ele é considerado relevante, pois oferece um
obstáculo à radiação ultravioleta do Sol, altamente perigosa aos organismos vivos na superfície.
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Unidade: Atmosfera: estrutura e funcionamento
O ciclo da água
O conceito de ciclo hidrológico representa a ideia de um sistema fechado aplicado às
mudanças de estados físicos da água, a saber: gasoso, líquido e sólido. Entre um estado e o
outro, a água participa de um sem número de processos biológicos e geológico-geomorfológicos
como pode ser observado na Figura 1.
Figura 1. Ciclo hipotético da água
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É necessário ressaltar que os estados da água não estão, nem de longe, equitativamente
representados. O Quadro 2 mostra a distribuição da água na superfície terrestre e sua
distribuição irregular entre os diversos ambientes incluindo a atmosfera.
Reservatório Volume
Rios 0.0001
Atmosfera 0.0010
Solos 0.0050
Lagos salinos e mares interiores 0.0018
Lagos de água doce 0.0080
Água subterrânea 0.6150
(até 4 km de profundidade)
Calotas de gelo e glaciares 2.1500
Oceanos 97.2119
Total 100.0000
Fonte: SKINNER, B. J. & PORTER, S. C. (1987). “Physical Geology”. New York, John Wiley & Sons, p: 240.
Ressalte-se, desde já, que a maioria dos processos químico-físicos e dos fenômenos
atmosféricos se dá devido à inter-relação entre a atmosfera e o Sol. Neste, é que se encontra
a fonte de energia que é transmitida à atmosfera na conversão de hidrogênio em hélio.
A atmosfera não é, como já foi mencionado, uma estrutura compacta e homogênea, pelo
contrário, ele é extremamente variável e dinâmica, quer dizer, o fato de ser um agregado de
gases acaba refletindo as características destes, ou seja, pode apresentar certa volatilidade, é
compressível e tem capacidade de dilatação ou expansão.
O fato de ser compressível, nas suas porções mais próximas da superfície terrestre ocorre
um adensamento muito maior do que nas suas porções mais elevadas. Quanto a isto, Ayoade
afirma que
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Unidade: Atmosfera: estrutura e funcionamento
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Do nível do mar ao limite superior da troposfera, as médias térmicas diminuem cerca de
6,5ºC por km. Seu limite superior é demarcado por uma faixa que alcança a casa dos 16 km
de espessura na faixa sobre o Equador e 8 km sobre os polos, denominada de Tropopausa.
Nesta, as condições de temperatura simplesmente se invertem.
Acima da Tropopausa, encontramos a Estratosfera, que se estende desde o limite com aquela
até uma altitude de 50 km. Ao contrário do que ocorre com a Troposfera, na Estratosfera,
as temperaturas sobem acompanhando a altitude, devido à presença do ozônio (Ozonosfera),
excelente absorvedor de radiação direta.
No limite superior da Estratosfera, ocorre uma camada de transição denominada de
Estratopausa, na qual, segundo Ayoade (1975) tem início o que se denomina de Atmosfera
Superior. Nesta, ocorre a Mesosfera, na qual, assim como ocorre com a Troposfera, as
temperaturas diminuem até o limite de 80 km, quando chegam aos -90ºC.
Entre 80 e 90 km, onde a pressão atmosférica cai para a casa dos 0,01 mb, ocorre um
estrato de nome Mesopausa. A partir dele, encontramos a Termosfera. Como o seu próprio
nome indica, nesse estrato da atmosfera, as temperaturas aumentam significativamente em
relação aos estratos mais baixos decorrentes da absorção da radiação ultravioleta por parte do
O2 atômico. Acima dos 100 km, na Ionosfera, a atmosfera tem baixíssima densidade sofrendo
fortemente a ação da radiação ultravioleta e dos raios-x, resultando em elevada ionização dos
elementos presentes. Essa particularidade favorece as transmissões de rádio que ocupam as
frequências de ondas eletromagnéticas dessa camada da atmosfera.
A partir do limite superiro da Termosfera ocorre o que se tem convencionado chamar de
Exosfera. Uma zona de baixíssima densidade e formada basicamente de nuvens rarefeitas de
hélio, hidrogênio e oxigênio, que tem interface com o espaço sideral propriamente dito.
A Figura 3 representa as subdivisões entre os diversos estratos que compõem a atmosfera
terrestre.
Figura 3. Subdivisão térmica dos estratos da atmosfera terrestre
2012books.lardbucket.org
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Unidade: Atmosfera: estrutura e funcionamento
A área total da superfície da terra é da ordem de 510,1 km². Entretanto, não se trata de
uma esfera perfeita. Enquanto a circunferência equatorial é de 40.075 km, e a do círculo que
passa pelos polos, tem 40.008 km. Geometricamente, podemos afirmar que a Terra é um
sólido elipsoidal, assim como afirmava Newton, em 1687, com achatamento polar.
A superfície terrestre também é caracterizada por uma irregularidade na qual o extremo de
altitude máxima em terras emersas é o Monte Everest com seus 8.848 metros de altitude sobre o
nível do mar. A maior depressão emersa está no Mar Morto, entre Israel, Jordânia e Cisjordânia,
onde temos a altitude de -395 metros. Se considerarmos a superfície como um todo, incluindo
aquelas áreas sob o nível dos oceanos, a maior depressão é a Fossa das Marianas no Pacífico
nordeste com profundidades de –11.022 metros em relação ao nível do mar.
Outro aspecto a ser levado em conta em Cartografia são os movimentos terrestres.
Excetuando-se os mais relativos como a Tectônica de Placas que chega a mover algumas
porções da superfície em até 10 centímetros por ano, temos dois movimentos astronômicos
de grande relevância.
A Rotação ou Revolução: movimento que a Terra faz ao redor de si mesma, no sentido
Oeste-Leste. Esse movimento tem uma velocidade de 1.674 km/h. Uma volta completa da
Terra leva 23 horas, 56 minutos e 4,09 segundos. Esse tempo é chamado de “dia sideral”.
Outro movimento que a Terra faz é a Translação, ou seja, a órbita ao redor do Sol. Esse
movimento tem uma velocidade média de 107.208 km/h. Uma volta completa da Terra ao redor
do Sol é efetuada em 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 45,97 segundos. Este é o “ano sideral”.
Ao contrário do que os números atribuídos à órbita ao redor do Sol poderiam indicar, este
não ocorre sempre na mesma velocidade, pois o movimento de Translação não é um círculo
perfeito, mas de uma órbita elíptica, descoberta por Johannes Kepler (1571 – 1630).
O movimento como um todo pode ser subdividido em duas situações. No Afélio, em julho,
a Terra assume a maior distância em relação ao Sol que é de 152,1 milhões de km. Já no
Periélio, em Janeiro, a Terra encontra-se na menor distância possível em relação ao Sol, que
é de 147,1 milhões de km.
O conjunto do movimento e os estágios mais importantes estão registrados na Figura 4.
Figura 4. Esquema do movimento orbital da Terra
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É claro que, nas duas situações opostas da órbita, a velocidade do movimento também
muda, tornando-se mais lenta no Afélio e mais rápida no Periélio.
Não é exatamente essa a razão das variações climáticas chamadas mudanças de “estações”
sazonalmente observadas a cada três meses. O que determina as variações térmicas na
superfície terrestre são as oscilações na radiação solar sobre a superfície, promovidas pela
mudança de posição da Terra em relação ao eixo da Elíptica e a manutenção da inclinação do
eixo de Rotação em relação àquele (Figura 5).
Figura 5. Relação geométrica entre os ângulos do movimento de rotação e da Órbita da Terra ao redor do Sol.
Note, na Figura 4, que entre o eixo da Rotação e o da Elíptica, há uma diferença de 23°27’ (vinte
e três graus e vinte e sete minutos). Essa diferença de ângulo reflete uma série de fatores ambientais
na superfície terrestre, incluindo as mudanças climáticas entre as estações do ano; a definição de
diversos aspectos socioculturais; referências no calendário mundial entre outros aspectos.
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Unidade: Atmosfera: estrutura e funcionamento
Cada uma dessas mudanças altera o ritmo e o ciclo de diversos gases, principalmente
o vapor d’água, o mais dinâmico e variável dos elementos que compõem a atmosfera.
Nas estações de solstício de inverno, é comum que ocorra a diminuição da evaporação no
hemisfério correspondente. Inversamente, no solstício de verão, devido à maior intensidade da
radiação solar, as taxas de evaporação aumentam. Essas variações também são responsáveis
pela regulação das chuvas em diversas partes da superfície terrestre.
Para exemplificar o significado de cada uma dessas datas, observe a Figura 6. Nela,
simplificamos a relação Terra-Sol em um dado instante dos movimentos de Rotação e Elíptica
da Terra, que corresponderia, hipoteticamente, ao dia 21 de Dezembro, isto é, o Solstício de
Verão no Hemisfério Sul.
Figura 6. Correlação entre os movimentos de rotação e Elíptica da Terra em um dado instante no dia 21 de Dezembro (sem escala).
Adaptado de educacional.com.br
O destaque na imagem (retângulo cinza) foi posicionado ao lado, tendo sofrido uma rotação
de 90°. Note que, na data mencionada anteriormente, a radiação solar forma uma linha
perpendicular à superfície sobre a linha do Trópico de Capricórnio, em um ângulo de 90°
representado pelo triângulo vermelho.
É importante salientar que a Terra tem sua forma arredondada e o seu eixo de Rotação
é inclinado 23°27’ em relação ao eixo da Elíptica. Assim, enquanto o dia 21 de Dezembro
demarca a entrada do Solstício de Verão para todo o Hemisfério Sul, ao mesmo tempo, ele
representa do Solstício de Inverno no Hemisfério Norte.
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O esquema da Figura 5 é o nosso modelo de referência utilizado para demarcar a entrada
do Verão para o Hemisfério Sul. Esse mesmo esquema pode ser considerado para o Solstício
de Inverno e para os Equinócios, nas outras datas correspondentes. Desse modo, utilizando a
Figura 1, podemos considerar que a radiação solar varia de intensidade entre os trópicos ao
longo do ano, alterando o comportamento das pessoas e da natureza como um todo para se
ajustar a cada uma das condições impostas pela mobilidade astronômica da Terra.
Figura 7 A posição da radiação solar em datas de mudança de estação em uma residência ao Sul do Trópico de Capricórnio.
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Unidade: Atmosfera: estrutura e funcionamento
Material Complementar
Caso você queira conhecer um pouco mais a respeito dos assuntos tratados nesta unidade,
seguem algumas sugestões de filmes e leituras:
Sites:
Artigos sobre a climatologia dinâmica:
http://revistageonorte.ufam.edu.br/attachments/013_TEORIA%20E%20METODO%20EM%20CLIMATOLOGIA%20-%20Oficial.pdf
http://www.mercator.ufc.br/index.php/mercator/article/viewFile/289/235
http://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/4248659.pdf
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciTechnol/article/download/5498/5498
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/revistaabclima/article/download/28586/20848
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Referências
SANT’ ANNA NETO, João Lima. Por uma geografia do clima: antecedentes históricos,
paradigmas contemporâneos e uma nova razão para um novo conhecimento. Terra Livre. n.
17, 2°semestre, p. 49-62. São Paulo, 2001.
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Unidade: Atmosfera: estrutura e funcionamento
Anotações
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