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Propagação Ionosférica

Introdução

Existem instituições de pesquisa que são normalmente financiados por governos e universidades,
que se dedicam ao estudo em tempo real das condições do espaço sideral, do Sol, da ionosfera e
do campo magnético da Terra, que são críticos para o mapeamento da qualidade das comunicações
através das ondas do rádio. Devemos lembrar que as ondas de rádio são responsáveis pelas
comunicações vitais do mudo atual, se iniciando pela radiodifusão até os sofisticados sistemas de
navegação baseados em satélite como o GPS, estão sujeitos aos fenômenos da atividade solar e
propagação das ondas eletromagnéticas.

O descritivo da propagação ionosférica, é baseado nas informações publicadas do instituto IPS


Radio & Space Services da Austrália.

Glossário ( clique nas figuras)

1 - A Ionosfera

1.1 - As regiões da ionosfera

Em uma região que se estende de uma altitude de aproximadamente 50 km até mais de 500
km, algumas das moléculas da atmosfera são ionizadas pela radiação do Sol para produzir um gás
ionizado. Esta região é chamada de ionosfera.

A ionização é o processo no qual elétrons, os quais são carregados negativamente, são removidos
( ou anexados ) de átomos neutros ou moléculas para formar íons carregados positivamente ( ou
negativamente ) e elétrons livres. São estes íons que fornecem o nome a ionosfera, mas são os
muito mais leves e livres elétrons em mutação que são importantes em termos de propagação de
ondas de rádio de alta frequência ( HF : 3 à 20 MHz ). Geralmente, quanto maior o número de
elétrons, mais altas frequências podem ser usadas.

Durante o dia podem existir quatro regiões presentes chamadas: D, E, F1 e F2. As regiões e suas
faixas de alturas aproximadas são:

D de 50 a 90 km
E de 90 a 140 km
F1 de 140 a 210 km
F2 acima de 210 km

Durante o dia, a "Esporádica E ( seção 1.6 ), é algumas vezes observada na região E, e em


algumas determinadas vezes durante o ciclo solar a região F1 pode não ser distinta de F2, e sim,
se juntarem para formar a região F. À noite, as regiões D, E e F1 se tornam muito vazias de elétrons
livres, deixando apenas a região F2 disponível para comunicações; entretanto não é raro ocorrer a
região Esporádica E durante a noite.

Apenas a E, F1 e Esporádica E quando presentes, e a região F2 refratam ondas de alta frequência


( HF ). A região D também é importante, porque apesar de não refratar ondas de rádio, ela absorve
ou as atenuam ( seção 1.5 ). A região F2 é a mais importante para a propagação das ondas de
rádio HF devido a :
• está presente 24 horas do dia;
• sua alta altitude permite os mais longos caminhos de comunicação;
• geralmente refrata as mais altas frequências na faixa de HF

O tempo de vida dos elétrons é maior na região F2 o qual é uma razão de porquê estar presente
a noite. Tempos típicos de vida de elétrons nas regiões E, F1 e F2 são 20 segundos, 1 minuto e 20
minutos, respectivamente.

Estrutura diurna e noturna da ionosfera


1.2 - Produção e perda de elétrons na ionosfera

A radiação solar causa a ionização no que chamamos de ionosfera. Os elétrons são produzidos
quando esta radiação colide com átomos e moléculas não carregadas (neutras eletricamente).
Desde que este processo requer radiação do Sol, a produção de elétrons apenas ocorre durante o
hemisfério iluminado de dia da ionosfera.

Produção (topo) e perdas (em baixo)

1.3 - Observando a ionosfera

A mais importante característica da ionosfera em termos de rádio comunicação é sua habilidade


de refletir ondas de rádio. Entretanto, apenas aquelas ondas dentro de determinados intervalos de
frequência serão refletidas. O intervalo de frequências neste caso dependera de um numero de
fatores ( seção 1.4 ). Vários métodos tem sido usados para investigar a ionosfera e o instrumento
mais amplamente usado para este propósito é a "ionosonda". Note que muitas referências a
comunicações ionosféricas falam de reflexão de ondas. É, entretanto, um processo de refração.

A ionosonda é um radar de alta frequência que envia para a ionosfera pulsos muito curtos de
energia de rádio verticalmente. Se a frequência de rádio não for tão alta, os pulsos são refratados
de volta direcionados para o chão. A ionosonda registra o retardo entre a transmissão e recepção
de pulsos. Através da variação da frequência dos pulsos, um registro é obtido do tempo de atraso
em diferentes frequências.
Operação da Ionosonda

Frequências menores do que 1.6 MHz são interferidas por estações de rádio difusão AM locais.
Com o aumento na frequência, aparecem ecos primeiro da região baixa E e subsequentemente,
com maior atraso de tempo, das regiões F1 e F2. É claro, que à noite os ecos são retornados apenas
da região F2 e possivelmente pela Esporádica E, considerando que as outras regiões já perderam
a maioria de seus elétrons livres.

Atualmente, a ionosfera é "iluminada" não apenas por sinais enviados com incidência vertical.
Sinais oblíquos de energia de rádio são enviados à ionosfera (o transmissor e receptor são
separados por alguma distancia). Este tipo de sinal pode monitorar a propagação em um circuito
particular e fazer as observações dos vários modos sendo suportados pela ionosfera. Os ionosondas
de "retro dissipação" ( backscatter ) se baseiam nos ecos refletidos a partir do chão e retornados
ao receptor, o que pode ou não ser do mesmo lugar que o transmissor. Este tipo de pesquisa é
usado para radar além-do-horizonte.

1.4 - Variação da ionosfera

A ionosfera não é o meio estável o qual permite o uso de uma frequência ao longo do ano, ou
até durante 24 horas. A ionosfera varia com o ciclo solar, as estações, o circuito e durante qualquer
dia em questão. Então, uma frequência poder prover propagação com sucesso agora, e pode não
ser o mesmo uma hora depois.
1.4.1 - Variações devidas ao ciclo solar

O Sol passa através de um período de elevação e queda em sua atividade o qual afeta as
comunicações em HF; o ciclo solar varia em duração de 9 a 14 anos. Na atividade mínima, apenas
as frequências mais baixas da banda de HF serão suportadas pela ionosfera, enquanto na máxima
as frequências mais altas serão propagadas com sucesso. Isto se deve a existência de mais radiação
emitida pelo Sol no período de pico, o que produz mais elétrons na ionosfera o que permite o uso
de frequências mais altas.

O ciclo solar e a dependência sazonal das frequências da Região E e F para uma incidência vertical de uma onda
celeste no hemisfério sul.

Existem outras consequências para o ciclo solar. Em torno do pico máximo solar existem
maiores incidências de labaredas solares. As labaredas são grandes explosões no Sol que emitem
radiações e ionizam a região D causando maior absorção de ondas de HF. Considerando que a
região D é presente apenas durante o dia, apenas os caminhos de comunicação que passam através
do dia serão afetados. A absorção de ondas de HF que viajam através da ionosfera depois da
ocorrência das labaredas é chamada de desvanecimento das ondas curtas ( seção 3.1 ).
Desvanecimentos ocorrem instantaneamente e afetam baixas frequências em sua maioria. As
frequências mais baixas são as últimas a se recuperarem. Se for suspeitado ou confirmado que um
desvanecimento aconteceu, pode ajudar tentar usar uma frequência mais alta. Entretanto, se uma
labareda é muito grande, o espectro inteiro da HF pode se tornar inutilizado. A duração de
desvanecimentos pode variar entre 10 minutos até uma hora dependendo da intensidade e duração
da labareda.

1.4.2 - Variações sazonais

As frequências da região E são maiores no verão do que no inverno, entretanto, a variação


nas frequências da região F são mais complicadas. Em ambos hemisférios, as frequências de fim
de tarde da região F geralmente atingem picos em torno dos equinócios (março e setembro). Em
torno do mínimo solar, as frequências dos fins de tarde no verão são, como esperadas, geralmente
maiores do que as do inverno, mas, em torno do máximo solar, as frequências de inverno em
alguns locais, podem ser maiores do que as do verão. Adicionalmente, frequências próximas aos
equinócios (março e setembro) são maiores do que aquelas no verão ou inverno para ambas
situações de máximo e mínimo solar. A observação das tardes, das frequências de inverno serem
geralmente maiores do que as de verão é chamado de anomalia sazonal (isto não está observado
na figura).
1.4.3 - Variações com a latitude

A figura indica as variações nas frequências das regiões E e F a tarde e meia noite a partir
dos pólos ao equador geomagnético. Durante o dia e com a crescente latitude, a radiação solar
ataque a atmosfera mais obliquamente, logo a intensidade da radiação e a produção de densidade
de elétrons decaem em direção aos pólos.

Representação de variações de latitude

Note na figura como os picos de frequência da região F diurna não se localizam no equador
magnético, e sim, ao redor de 15 a 20 graus norte e ao sul deste. Isto é chamado de anomalia
equatorial. À noite, as frequências alcançam um mínimo de 60 graus latitude norte e sul do equador
geomagnético. Grandes distúrbios podem ocorrer na proximidade destes fenômenos os quais
podem levar a variações no intervalo das ondas celestes que tem pontos de reflexão próximos.

1.4.4 - Variações diurnas

As frequências de operação são normalmente maiores durante o dia e menores a noite. Com
o amanhecer, a radiação solar causa a produção de elétrons na ionosfera e as frequências aumentar
alcançando o seu máximo próximo da tarde. Durante a tarde, as frequências começam a cair devido
a perda de elétrons e com o anoitecer, as regiões D, E e F1 se tornam insignificantes. As
comunicações de HF em ondas celestes durante a noite é entretanto através da região F2 e a
absorção de ondas de rádio é menor por causa da falta da região D. Através da noite, as frequências
diminuem alcançando o mínimo imediatamente antes do amanhecer.
Frequências das camadas E e F para o circuito de Singapura a Ho Chi Minh durante um ciclo solar

1.5 - Variações na absorção

A região D, a qual se torna insignificante a noite, atenua as ondas quando estas passam através
desta. A absorção foi discutida na seção 1.4.1 quando foi descrito como as labaredas solares podem
causar distúrbios ou degradações aos caminhos de comunicação os quais passam através durante
a luz do dia. A absorção na região D também varia com o ciclo solar, sendo maior em torno do
máximo solar. A absorção de sinal é maior no verão e durante o meio do dia. Existe uma variação
na absorção conforme a latitude, com mais absorção ocorrendo próximo ao equador e diminuindo
na direção dos pólos, sendo que certos eventos solares poderão significativamente aumentar a
absorção nos pólos. Frequências menores são absorvidas em uma extensão maior, logo, é
aconselhável usar a mais alta frequência possível.

Exemplo de variações diurnas e sazonais na absorção em Sydney, Austrália, em 2.2 MHz


Ao redor das regiões polares a absorção pode afetar as comunicações dramaticamente as vezes.
Algumas vezes prótons de alta energia ejetados do Sol durante grandes labaredas solares se
moverão para as linhas do campo magnético da Terra e as regiões polares. Estes prótons podem
causar acréscimo na absorção de ondas de rádio de HF quando passam através da região D. Esta
absorção elevada pode durar um número de dias que é um evento chamado de Absorção da Calota
Polar - Polar Cap Absorption PCA, seção 3.2.

1.6 - Esporádica E

A Esporádica E pode se formar a qualquer momento. Ocorre a altitude entre 90 a 140 km (dentro
da região E), e pode se espalha a uma grande área ou ser confinada a uma pequena região. É difícil
saber onde e quando ocorrera e quanto tempo irá persistir. A Esporádica E poder ter uma densidade
de elétrons comparada com a região F, implicando que pode refratar frequências comparáveis a
região F. A Esporádica E, entretanto, pode ser usada para comunicações de HF em frequências
mais das altas que seriam normalmente usadas para a comunicação para as camadas E
eventualmente. Algumas vezes uma camada Esporádica E é transparente e permite que a maioria
das ondas de rádio a atravessem até a região F, entretanto, em outras vezes a camada Esporádica
E obscurece a região F totalmente e o sinal não alcança o receptor. Se a camada Esporádica E é
parcialmente transparente, a onda de rádio parece ser refratada as vezes da região F e em outras
ocasiões da Esporádica E. Isto pode conduzir a transmissões parciais do sinal ou desvanecimento.

Alguns caminhos possíveis quando a Esporádica E está presente

- - - - Sinal parcialmente transmitido pela Esporádica E e parcialmente pela camada F. Qualquer sinal recebido pode
ser fraco ou irregular
------ Ondas passam através da Esporádica E e são refratadas pela camada F

A Esporádica E nas baixas e medias latitudes ocorrem com mais frequência durante o dia e no
início da noite, e se prevalece mais durante os meses de verão. Em altas latitudes, a Esporádica E
tende a se formar a noite.

1.7 - Espalhamento F

O espalhamento F ocorre quando a região F se torna difusa devido a irregularidades naquela


região que dispersa a onda de rádio. O sinal recebido é a superposição de um numero de ondas
refratadas de diferentes alturas e localizações na ionosfera em curtos momentos diferentes. Em
baixas latitudes, o espalhamento F ocorre principalmente durante as horas noturnas e próximo aos
equinócios. Em medias latitudes, o espalhamento F é menos propenso a ocorrer que em baixas e
altas latitudes. Aqui é mais propicio a ocorre a noite e no inverso. Em latitudes maiores que 40
graus aproximadamente, o espelhamento F tende a ser um fenômeno do período noturno,
aparecendo mais próximos aos equinociais, enquanto em torno dos pólos magnéticos, o
espalhamento F é geralmente observado tanto de dia quanto à noite. Em todas as latitudes existe
uma tendência para a espalhamento F ocorrer quando existe um decréscimo nas frequências da
região RF. Isto é, o espalhamento F está geralmente associado com tempestades ionosféricas
(seção 3.3).

2 - Comunicações em HF

2.1 - Tipos de propagação de HF

Os sinais de rádio de alta frequência (3 a 30 MHz) podem se propagar a um receptor distante,


através de:

• onda terrestre: próximo ao chão para distancias curtas, em torno de 100 km sobre a terra
e 300 km sobre o mar. Este alcance da onda depende da altura da antena, polarização,
frequência, tipo de solos, vegetação, estado do terreno/mar;
• onda direta ou de linha-de-visada: esta onda pode interagir com a onda refletida de terra
em separação terminal, frequência e polarização;
• ondas celestes: refratadas pela ionosfera, todas as distancias.

Tipos de propagação de HF

2.2 - Limites de frequência das ondas celestes

Nem todas as ondas de HF são refratadas pela ionosfera, existem limites superiores e inferiores
de frequências para comunicações entre dois terminais. Se a frequência é muito alta, a onda irá
penetrar na ionosfera, e se for muito baixa, a potência do sinal será atenuada devido a absorção
da região D. O intervalo de frequências utilizáveis poderá variar:

• ao longo do dia;
• com as estações;
• com o ciclo solar
• de lugar para lugar
• depende na região da ionosfera usada para comunicações.
Enquanto o limite superior das frequências variam principalmente com estes fatores, os limites
inferiores são também dependentes do ruído do lugar de recepção, a eficiência da antena, potência
do transmissor, entelamento da camada E ( seção 2.6 ) e absorção pela ionosfera.

2.3 - O intervalo de frequências utilizáveis

Para qualquer circuito existe uma Máxima Frequência Utilizável - Maximum Usable Frequency
(MUF) - a qual é determinada pelo estado da ionosfera na proximidade da área(s) de refração e
comprimento do circuito. A MUF é refratada a partir da área da máxima densidade de elétrons.
Entretanto, frequências mais altas que a MUF para uma região em particular irá penetrar naquela
região. Durante o dia é possível se comunicar com ambas camadas E e F usando diferentes
frequências. A mais alta frequência suportada pela camada E é a EMUF, enquanto aquela suportada
pela camada F é denominada FMUF.

A MUF da região F em particular varia durante o dia, sazonalmente e com o ciclo solar. Dados
de coletados ao longo do tempo indicam um intervalo de frequências observadas e algumas
predições espelham as observações. Um intervalo MUF da região F é provido nas previsões e este
intervalo se estende a partir do mais baixo décimo percentil do MUF (denominado de Ótima
Frequência de Operação - OWF) através da MUF mediana até o percentil superior da MUF. Estas
MUFs têm chances de 90%, 50% e 10% respectivamente de serem suportadas pela ionosfera,
respectivamente as predições geralmente cobrem um período de um mês, logo, a OWF deve prover
propagação com sucesso 90% do tempo ou 27 dias no mês. A MUF mediana deve prover
comunicações 50% ou 15 dias do mês e o percentil superior da MUF 10% ou 3 dias no mês. O
percentil superior da MUF é a mais alta frequência do intervalo das MUFs e se parece mais propicia
a penetrar na ionosfera.

Intervalo de frequências utilizáveis. Se a frequência, f, é próxima a ALF então a onda pode sofrer absorção na região
D. Se a frequência é acima da MUF então a propagação é através da região F. Acima da FMUF a onda normalmente
penetra na ionosfera.

As chances de propagação bem sucedida discutida acima dependem das previsões mensais da
atividade solar da IPS serem corretas. Algumas vezes eventos não previstos ocorrem no Sol
resultando em predições mensais incorretas. Um dos papeis do Australian Space Forecast Centre (
ASFC ) - Centro de Previsão de Espaço Australiano - é prover correções as previsões mensais,
alertando clientes de mudanças nas condições de comunicação.
A região D não permite que todas as frequências sejam usadas devido as frequências mais baixas
serem mais propicias a serem absorvidas. A Frequência Limitante de Absorção - Absorption Limiting
Frequency (ALF ) é provida como um guia para o limite inferior da banda de frequência utilizável.
O ALF é significante apenas para circuitos com pontos de refração no hemisfério iluminado pelo Sol.
À noite, o ALF é zero, permitindo frequências que não são utilizáveis durante o dia se propagarem
com sucesso.

2.4 - Comprimento do pulo

O comprimento do pulo é a distância no chão coberta por um sinal de rádio após ter sido refratado
a partir da ionosfera e retornado a Terra. O limite superior do comprimento do pulo é determinado
pelo comprimento da ionosfera e a curvatura da Terra. Para as alturas de 100 km e 300 km das
regiões E e F, os comprimentos máximos dos pulos com um angulo de elevação de 4 graus, são
1800 km e 3200 km, respectivamente. Distancias maiores que estas irão requerer mais que um
pulo. Por exemplo, a distância de 6100 km iriam requerer um mínimo de 4 pulos pela região E e 2
pulos via região F com tal angulo de elevação. Mais pulos podem ser necessários com ângulos de
elevação de antenas maiores.

Comprimento de pulos baseados no angulo de elevação da antena de 4 graus e alturas de 100 km e 30 km,
respectivamente para as camadas E e F

2.5 - Modos de propagação

Existem muitos caminhos ou modos por onde uma onda celeste pode viajar do transmissor para
o receptor. O modo para uma camada em particular a qual requer o menor número de pulos entre
o receptor e o transmissor é denominado "modo de primeira ordem". O modo que requer mais um
pulo extra é chamado de "modo de segunda ordem". Para um circuito com comprimento de caminho
de 5000 km, o modo de primeira ordem de F irá requerer pelo menos dois pulos ( 2F ), enquanto
o modo de segunda ordem de F irá requere três pulos ( 3F ). O modo de primeira ordem de E possui
o mesmo número de pulos que o modo de primeira ordem de F. Se isto resultar em um comprimento
de pulo maior que 2050 km, o que corresponde a um angulo de elevação de 0 graus, o modo E não
é possível. Isto também se aplica ao modo de segunda ordem de E. É claro, que os modos da
região E estarão apenas disponíveis em circuitos durante a luz do dia.

Modos simples são aqueles propagados por uma região, digamos a região F na figura abaixo.
Modos mais complicados consistindo de combinações de refrações das regiões E e F, modos de
tubulação e arco são também possíveis, conforme mostra a figura na sequência.
Exemplos de simples modos de propagação

Modos de arco e tubulação envolvem um número de refrações da ionosfera sem reflexões


intermediários vindos do chão. Existe uma tendência a se pensar que as regiões da ionosfera como
sendo homogêneas, entretanto, a ionosfera move e se ondula, com ondas passando através desta
o qual pode afetar a refração do sinal. As regiões da ionosfera podem falhar e quando isto acontece
os modos de arco e tubulação podem acontecer. Falhas na ionosfera são mais comuns na
proximidade da anomalia equatorial, através da latitude mediana e nos setores de pôr do sol e
nascer do sol. Quando estes tipos de modos ocorrem efetivamente, os sinais podem ser fortes
devido as ondas gastam menos tempo transpassando a região D e sendo atenuadas durante as
reflexões de chão.

Alguns outros modos de propagação

Por causa da alta densidade da ionosfera diurna na proximidade de 15 graus do equador


magnético (próximo a anomalia equatorial), os caminhos trans equatoriais podem usar estes
aprimoramentos para propagar em frequências mais altas. Qualquer falha da atmosfera pode
resultar em modos de arco, produzem sinal com boa intensidade através de longas distancias.
A tubulação pode resultar se falhas ocorrem e as ondas se tornam capturadas entre as regiões
de refração da ionosfera. Isto é mais comum de ocorrer na ionosfera equatorial, perto da zona
aurora e através da latitude mediana. Distúrbios à ionosfera, tais quais distúrbios de viagem de
ionosfera ( seção 2.9 ), também podem contabilizar propagação de modo de arco e tubulação.

2.6 - Entelamento da camada E

O entelamento da camada E ocorre se as comunicações requeridas pelo modo 1F e a frequência de operação são
próximas ou abaixo da EMUF para o modo 2E. Repare nos caminhos através da região de absorção D.

Uma Esporádica E pode também transportar uma onda a partir da região F. Algumas vezes a
Esporádica E pode ser discretamente transparente, permitindo que quase a onda inteira passe
através desta. Em outras ocasiões irá parcialmente entelar a região F levando a uma situação de
sinal fraco ou desvanecendo, enquanto outras vezes a Esporádica E pode obscurecer totalmente a
região F com o resultado possível de que o sinal não atinja o receptor ( seção 1.6 ).

2.7 - Freqüência, alcance e angulo de elevação

Para propagação obliqua, existem três variáveis dependentes:

• freqüência
• alcance ou comprimento do caminho
• angulo de elevação da antena

O diagrama abaixo ilustra as mudanças nos raios dos caminhos quando cada um deles é fixo em
voltas.
Angulo de elevação fixo

Angulo de elevação fixo:

• conforme a frequência aumenta em direção ao MUF, a onda é refratada mais alta dentro da
ionosfera e o alcance aumenta; caminho 1 e 2;
• na MUF para o determinado angulo de elevação, o alcance máximo é alcançado, caminho 3;
• acima da MUF, a onda penetra a ionosfera, caminho 4.

Comprimento do caminho fixo

Comprimento do caminho fixo (circuito ponto-a-ponto):


• Conforme a frequência é aumentada em direção ao MUF, a onda é refratada a partir de mais
alto dentro da ionosfera. Para manter o circuito de comprimento fixo, o angulo de elevação
deve ser por sua vez aumentado, caminhos 1 e 2;
• Na MUF, o angulo de elevação critico é alcançado, caminho 3. O angulo de elevação critico
é o angulo de elevação para uma frequência em particular, a qual, se aumentada, poderia
causar penetração na ionosfera;
• acima da MUF, o raio penetra na ionosfera, caminho 4.

Frequência fixa

Frequência fixa:

• em ângulos de elevação baixos os comprimentos dos caminhos são maiores, caminho 1;


• conforme o angulo de elevação é incrementado, o comprimento do caminho decresce e o
raio é refratado a partir de mais alto na ionosfera, caminhos 2 e 3;
• se a frequência irá retornar quando enviada verticalmente acima para a ionosfera, então a
distância de pulo ( zona de silencio ou zona de sombra ) é zero . Entretanto, se este não é
o caso, então, conforme o angulo de elevação aumenta, o alcance diminui. Se o angulo de
elevação é aumentado abaixo do angulo de elevação crítico para aquela frequência, então
a onda penetra na ionosfera e existe uma área em torno do transmissor na qual nenhuma
comunicação de onda celeste pode ser recebida, caminho 4. Para se comunicar dentro da
zona de pulo, a frequência deve ser abaixada.

2.8 - Zonas de pulo ( Zona de sombra )

Um caminho de propagação irá consistir de raios de ângulos altos e baixos correspondendo a


propagação de ondas a partir da antena transmissora em um alcance de ângulos. O raio alto é
transmitido em um angulo alto a partir da antena. Estes raios podem viajar por diferentes caminhos
através da ionosfera. A fronteira da zona de pulo corresponde aos raios altos e baixos pegando o
mesmo caminho através da ionosfera, com o sinal resultante sendo geralmente mais forte. Dentro
da zona de pulo o sinal se desvanece devido as ondas penetrarem na ionosfera.

Na figura anterior, o caminho 3 corresponde aos raios altos e baixos pegando o mesmo caminho
através da ionosfera, isto corresponde ao MUF. Conforme aumenta a frequência em direção ao
MUF, a altura da refração do raio de angulo baixo aumenta e a altura da refração do raio de angulo
alto diminui até que ambos sejam refratados no mesmo ponto dentro da ionosfera.
As zonas de pulo podem ser comumente usadas para se obter vantagens, se é desejado que as
comunicações não sejam ouvidas por um receptor em particular. Selecionado uma frequência
diferente irá alterar o comprimento da zona de pulo e se o receptor estiver dentro desta zona e
fora do alcance da onda terrestre, então, é pouco provável que este irá receber a comunicação.
Entretanto, fatores tais como espalhamento lateral, onde os resultados da reflexão a partir da Terra
fora da zona de pulo na transmissão da onda dentro da zona de pulo pode afetar a confiabilidade
desta.

As zonas de pulo variam em comprimento durante o dia, com as estações, e com a atividade
solar. Durante o dia, o Máximo solar e ao redor dos equinócios, as zonas de pulo geralmente são
menores em área. A ionosfera nestas horas apresenta densidade de elétrons elevada e assim é
capaz de suportar frequências mais altas.

2.9 - Desvanecimento

Os desvanecimentos de múltiplos caminhos resultam da dispersão do sinal pela antena


transmissora. Um número de modos propaga-se os quais apresentam variações em fase e
amplitude. Estas ondas podem interferir entre si se as mesmas alcançam o receptor.

Desvanecimento de múltiplos caminhos. O sinal pode viajar par um número de caminhos os quais, se eles chegam ao
receptor e são similares em amplitude com atraso de tempo, podem interferir e causa desvanecimento.

Distúrbios conhecidos como "Distúrbios Ionosféricos Viajantes" - TID Travelling Ionospheric


Disturbances - pode causar a falha de uma região, resultando no sinal sendo focado ou desfocado,
figura abaixo. Períodos de desvanecimento da ordem de 10 minutos ou mais podem estar
associados com estas estruturas. As TIDs viajam horizontalmente de 5 a 10 km/minuto com uma
bem definida direção afetando frequências mais altas primeiro. Alguns se originam nas zonas de
aurora seguindo um evento no Sol e estes podem viajar por grandes distancias. As TIDs podem
causar variações em fase, amplitude, polarização e angulo de chegada de uma onda.

O desvanecimento da polarização resulta de mudanças na polarização da onda ao longo caminho


de propagação. A antena receptora é incapaz de receber partes do sinal; este tipo d desvanecimento
pode durar por uma fração de segundos até alguns segundos.

O desvanecimento de pulo pode ser observado em torno do nascer do sol e pôr do sol em
particular, quando a frequência de operação é próxima ao MUF, ou quando a antena de recepção é
posicionada próxima à fronteira da zona de silêncio. Nestas horas do dia, a ionosfera é instável e
a frequência pode oscilar acima e abaixo da MUF causando o desvanecimento para cima e para
baixo do sinal. Se o local de recepção for próximo da fronteira da zona de silencio, conforme a
ionosfera oscilar, as fronteiras da zona de silencia também flutuam.

Efeitos de foco e fora de foco causados por falhas e distúrbios na ionosfera.

2.10 - Ruído

O ruído de rádio chega a partir de origens internas e externas. O ruído interno ou térmico é
gerado dentro do sistema de recepção e é geralmente desprezível quando comparado as fontes
externas de ruído. O ruído de rádio externo se origina na natureza (atmosfera e espaço sideral) e
nas fontes gerada pelo homem (ambiente).

O ruído atmosférico, o qual é causado por tempestades, é normalmente o maior contribuinte


para o ruído de rádio na banda de HF e irá degradar em especial os circuitos passando através do
terminador dia-noite. O ruído atmosférico é maior nas regiões equatoriais do planeta e diminuem
com a latitude crescente. Seu efeito é também maior em frequências menores, assim se apresenta
geralmente como um problema maior em torno do mínimo solar e à noite quando frequências mais
baixas são necessárias.

Os ruídos cósmicos chegam vindo da galáxia. As antenas de recepção são mais afetadas nas
altas frequências.

Os ruídos gerados pelo homem incluem ruídos de ignição, sinais de néon, cabos elétricos, linhas
de transmissão de potência e maquinas em geral. Este tipo de ruído depende da tecnologia usada
pela sociedade e sua população. A interferência pode ser de alta intensidade, tal qual "jamming" -
forte ruído continuo parecido com serra elétrica -conforme as condições de propagação ou como
resultado de outros trabalhando na mesma frequência.
Os ruídos gerados pelo homem tendem a ser verticalmente polarizados, logo, selecionando uma
antena polarizada horizontalmente (com um lóbulo na direção da fonte de transmissão e o nulo na
direção da force indesejada de ruído), irá também auxiliar na redução dos efeitos do ruído. A
escolha do local de recepção de baixo ruído e a determinação das principais fontes de ruído são
importantes fatores no estabelecimento de um sistema de comunicações.

2.11 - VHF e propagação de 27 MHz

A faixa de VHF e 27 MHz são usadas para linha-de-visada ou comunicações de ondas diretas,
por exemplo, navio-a-navio ou navio-a-costa. As bandas de frequência são divididas em canais e
um canal é normalmente tão bom quanto o próximo. Isto é um contraste em relação a média
frequência ( 200 kHz a 3 MHz ) e a HF onde a escolha do canal de frequência pode ser crucial para
as boas comunicações.

Porque VHF e 27 MHz operam principalmente através da linha-de-visada, é importante montar


a antena o mais alto possível e livre de obstruções. Estações terrestres são geralmente localizadas
no topo de colinas para prover o Máximo alcance, mas mesmo o mais alto lugar não prove cobertura
muito maior que 80 km devido a curvatura da Terra.

As antenas para VHF e 27 MHz devem concentrar a radiação em ângulos baixos (em direção ao
horizonte) devido a radiação direcionada a altos ângulos serem normalmente passados acima das
antenas de recepção, exceto quando ocorre comunicação com aeronaves. VHF e 27 MHz não sofrem
normalmente de ruídos com exceção durante tempestades elétricas severas. A interferência pode
resultar de muitos usuários que desejam usar o número limitado de canais, o que pode ser um
problema em áreas densamente povoadas.

Em 27 MHz e em frequências mais baixas na faixa de VHF, pode-se, de vez em quando, se


propagar através de longas distancias, bem acima das limitações da linha-de-visada. Existem três
formas que isto pode ocorrer:

• em torno do Máximo solar e durante o dia, a região F da ionosfera irá comumente suportar
comunicações de ondas celestes de longa distância em 27 MHz e acima;
• as camadas Esporádicas E podem geralmente suportar propagação de 27 MHz e mais baixas
frequências de VHF através de circuitos de aproximadamente 1000 a 2000 km em
comprimento. Este tipo de propagação é mais comum ocorrer em latitudes médias, durante
o dia no verão;
• Os 27 MHz e VHF podem também se propagar através de inversão de temperatura em
altitudes de poucos quilômetros. Sob estas condições, as ondas são gradualmente curvadas
pela inversão de temperatura para acompanhar a curvatura da Terra. Distancias de diversas
centenas de quilômetros podem ser cobertos desta forma.

2.12 - Propagação de ondas celestes em Frequência Média ( MF )

Ambas as faixas de medias frequências (MF) e HF podem ser usadas para comunicações de longa
distância em ondas celestes à noite. Durante a noite a região D desaparece, logo a absorção cai
para níveis muito baixos. Este é o motivo das estações de rádio difusão que operam nas bandas de
MF e 4 MHz serem ouvidas à noite.

2.13 - Ondas terrestre de Frequências Medias ( MF ) e propagação de Alta Frequência ( HF )

É possível se comunicar até a distancias de diversas centenas de quilômetros em bandas de


MF/HF no mar através do uso da propagação de onda terrestre.

A onda terrestre segue a curvatura da Terra e seu alcance não depende da altura da antena.
Entretanto, o alcance depende efetivamente da potência do transmissor e também da frequência
de operação. As baixas frequências viajam mais longe que as altas frequências. Logo em condições
ideais de baixo ruído, é possível se comunicar até distancias de aproximadamente 800 quilômetros
em 2 MHz através do uso de um transmissor de 100 W. Em 8 MHz, sob as mesmas condições e
usando a mesma potência de transmissão, o alcance Máximo é reduzido a aproximadamente 250
quilômetros.

Repare que a propagação de onda terrestre é muito menos eficiente acima da terra do que acima
do mar por causa da menor condutividade do chão e outros fatores. Consequentemente, alcances
através da terra são enormemente reduzidos em comparação com alcances acima da água do mar.

As comunicações de onda terrestre variam dia a dia com as estações. Excelentes alcances de
comunicação são atingidas durante a hora do dia no inverno devido aos menores níveis de ruídos
de fundo durante estas horas.

As comunicações bem sucedidas de ondas terrestres através de centenas de quilômetros podem


ser apenas atingidas se as antenas transmissoras e receptores foram escolhidas para direcionar e
receber radiações em ângulos baixos. Antenas verticais altas são ideais para este propósito.

3 - Os efeitos dos distúrbios solares

3.1 - Desvanecimento total das ondas curtas (SWF - Short Wave Fade-out )

Também chamados de afegão diurno ou distúrbios repentinos da ionosfera. A radiação do Sol


durante as grandes labaredas solares causa aumento na ionização da região D o que resulta em
maior absorção de ondas de rádio de HF, figura abaixo. Se a labareda é grande o bastante, o
espectro inteiro da HF pode se tornar inutilizável por um período de tempo. Estes desvanecimentos
totais são mais comuns de acontecerem em torno do Máximo solar e na primeira parte do declínio
do mínimo solar.

Desvanecimento afeta apenas aqueles circuitos onde as ondas passam através da região D. Isto é, circuitos com
setores diurnos. Circuitos noturnos não são afetados pelos desvanecimentos.

As principais características dos SWF são:

• apenas circuitos com setores diurnos serão afetados;


• afagues geralmente duram a partir de poucos minutos para algumas vezes duas horas, com
o estabelecimento rápido e recuperação demorada. A duração do afegão dependera da
intensidade e duração da labareda;
• a magnitude do afegão irá depender do tamanho da labareda e da posição do Sol relativa
ao ponto onde a onda de rádio passe através da região D. O mais alto que Sol esteja em
relação aquele ponto, maior a quantidade da absorção;
• a absorção é maior em frequências mais baixas, as quais são as primeiras a serem afetadas
e as últimas a se recomporem. As frequências mais altas são normalmente menos afetadas
e podem permanecer usáveis, figura abaixo.

Desvanecimentos afetam frequências mais baixas primeiro e são as últimas a se recuperarem. Frequências mais
altas são menos afetadas.

3.2 - Eventos de absorção de calota polar (PCA)

Os PCAs são atribuídos aos prótons de alta energia os quais escapam do Sol quando grandes
labaredas ocorrem e se movem ao longo das linhas do campo magnético da Terra para as regiões
polares. Lá ionizam a região D, causando atenuação das ondas de HF passando através da região
polar D. Os PCAs são mais comuns de ocorrerem em torno do Máximo solar, entretanto, eles não
são tão frequentes quando os desvanecimentos totais.

• os PCAs podem começar tão logo passem 10 minutos após as labaredas e durar até 10 dias;
• os efeitos dos PCAs podem algumas vezes se sobreporem através da entrega de mensagem
em circuitos os quais não requerem pontos de refração polar;
• mesmo a zona polar de inverno (uma região de sombra) pode sofrer de efeitos dos PCAs.
As partículas do Sol podem realmente produzir uma região D noturna.

3.3 - Tempestades ionosféricas

Devido aos eventos no Sol, algumas vezes o campo magnético da Terra se torna perturbado. O
campo geomagnético e a ionosfera são interligados em formas complexas e os distúrbios no campo
magnético podem frequentemente causar um distúrbio na ionosfera.

Estes tempestades ionosféricas algumas vezes começam com elevada densidade de elétrons
permitindo frequências mais altas serem suportadas, seguidos por um decréscimo na densidade de
elétrons levando ao uso com sucesso de apenas frequências mais baixas que as normais para a
região F. Um aprimoramento normalmente não irá considerar o comunicador em HF, mas a
depressão pode causar que as frequências normalmente usadas para comunicação sejam muito
altas com os resultados que levam a onda a penetrar na ionosfera.

As tempestades na ionosfera podem durar um número de dias e noites e as altas latitudes são
afetadas mais que as baixas latitudes, geralmente. Diferente de desvanecimentos, frequências mais
altas são mais afetadas por estas tempestades. Para reduzir estes efeitos, uma frequência mais
baixa deve ser usada quando possível.

As tempestades ionosféricas podem ocorrer através do ciclo solar e estão relacionadas as ejeções
de massa coronal e buracos coronais no Sol. A figura abaixo mostra como uma tempestade
ionosférica causou as frequências principais serem deprimidas em Canberra, Austrália. As
frequências mais altas teriam provavelmente tido sucesso ao longo desta hora.

Canberram Australia - Depressões significantes nas frequências da região F ocorridas entre 24 e 28 de setembro de
1998 devido a atividade solar.

Glossário

Daytime Ionosphere Ionosfera diurna


Free electron Elétron livre
Uncharged molecule Molécula não carregada
Night Ionosphere Ionosfera noturna
Maximum Usable Frequency Freqüência Máxima Utilizável
D region Região D
E layer Camada E
Sporadic E Esporádica E
Meteor Meteoro
Pulse Pulso
Sky wave Onda celeste
Solar flare Labareda solar
Sun Spot Mancha solar
Communication path Caminho de comunicação
Equatorial anomally Anomalia equatorial
Summer verão
Winter inverno
Groundwave onda terrestre
Directwave onda direta
ALF Absorption Limiting Freqüência Limitante de
Frequency Absorção
Chance of success Chance de sucesso
Hop Pulo
Fading Desvanecimento
Fade out Desvanecimento total, apagão
Skip distance Distancia de pulo ou omitida
Skip distance Zona de silencio ou sombra
Ducted mode Modo tubular
Chordal mode Modo de arco
Complex mode Modo complexo
Upper Superior
Median Mediano
Lower Inferior

Fontes

IPS Radio & Space Services - Sydney - Australia

Fonte desse arquivo coletado do site do amigo Sarmento Campos:


http://www.sarmento.eng.br/Propagacao.htm

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