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Leptospermum scoparium 

– “Erica
japonicum”
O Leptosperum é uma árvore Neozelandesa e Australiana que eles
conhecem como sendo a “árvore do chá”. Este nome de “árvore do chá”,
surgiu porque o Capitão Cook usava as folhas para fazer um chá.
Ao contrário do nome que produtores inventaram: “Erica japonicum” ela
não é do Japão. Talvez por a flor se “assemelhar” ao das cerejeiras!?
Nestes países, Neozelandia e Austrália, é uma árvore/arbusto prolífico, de
tal modo que costuma ser o primeiro a aparecer após uma limpeza de
terreno.

Características: Muitos consideram arbusto porque em


média atinge os 2 a 5mt e com aspecto arbustivo, mas outros consideram
ser árvore porque se for reduzido a um tronco este engrossa e pode chegar
aos 6mt.
Tem folha perene e geralmente só fica com as folhas amarelas em casos de
stress para a planta. A folhagem é densa e as folhas têm entre 7mm e
20mm e cerca de 2mm a 6mm de largura com uma ponta curta espinhosa.

As flores podem ser brancas ou rosadas e têm entre 8mm e 15mm, mas
raramente podem ficar maiores até uns 25mm em diâmetro.  As flores têm
geralmente 5 pétalas. Começaram a aparecer recentemente
alguns cultivar com mais, mas são provenientes como o nome diz de
cruzamentos. Algumas, devido aos nutrientes podem variar entre as duas
cores principais, mas mais interessante e mais raro é o facto de algumas
serem quase Lilás.

Pestes: É propensa a ser atacada pelo escaravelho Pyronota festiva. Em Portugal


aparece muitas vezes um fungo preto que pode ser evitado se não molhar os ramos
nem folhas. Combate de fungos pode ser feito com calda bordalesa muito diluída.
.
Luz: Precisa de muita luz, porém quando em vaso tem que se ter cuidado com o sol
directo. É de salientar o clima da Neozelandia: “A Nova Zelândia apresenta climas
temperados, precipitações moderadamente elevadas e muitas horas de sol. Enquanto
o extremo norte tem um clima subtropical durante o verão e as áreas alpinas do
interior de South Island podem ser tão frias chegando a -10°C (14°F) no inverno, a
maior parte do país está localizada perto da costa, o que significa
temperaturas amenas.
A temperatura média da Nova Zelândia diminui conforme você viaja para o sul.
Janeiro e fevereiro são os meses mais quentes e julho é o mês mais frio do ano. No
verão, a média das faixas de temperatura máxima varia entre 20 a 30 ºC (70-90 °F) e
no inverno entre 10 a 15 ºC (50 a 60 °F).”

(Lamento mas não tenho a fonte desta informação, encontrando, coloco)

No interior: o Leptospermum não gosta de luzes fluorescentes.

Temperatura: Não gostam de temperaturas abaixo dos 5ºC mas prefere


ambientes mais frescos, entre os 10 e os 17ºC, pelo que em interiores
aquecidos começará a ter problemas.

Fertilização: Aplicação de um fertilizante mais ácido mas tem que se usar


uma dose muito diluída uma vez que a espécie queima facilmente (raízes
sensíveis).

Rega: Prefere solos em “humidade-pano-torcido” constante. NUNCA se


deve deixar secar o solo, é talvez a forma mais rápida de o matar! As
folhas não ficam murchas e em cerca de 1h a 2hs de calor a planta morre.
E não, não é possível voltar a reanimar tentando re-hidratar.
IMPORTANTE é que é muito sujeito ao apodrecimento de raízes quando
existe água em excesso, como por exemplo existe um prato com água
debaixo do vaso.
Não borrifar as folhas que favorecem o aparecimento de fungos.

Transplante: Sempre nos dias mais frios do ano. Aqui em Portugal e no


norte será em fim de Janeiro.
É muito difícil transplantar a planta sem ela ficar demasiado stressada e
muitas vezes até morrer! A ideia será fazê-lo de forma faseada se está a
treinar para bonsai, ou seja, um pouco de cada vez e em misturas
granuladas em maior quantidade que as misturas em “pó” .
Tolera qualquer tipo de solo  rico em húmus mas de preferência misturado
com solo ácido.
NUNCA se transplanta nem treina se foi feita uma poda e vice-versa.
NUNCA se pode fazer uma poda de raízes mais severa, sempre pouca coisa.
Basicamente faz-se transplante anual e uma vez retira-se um centímetro
de um lado, outra vez um centímetro do outro, etc. Deve evitar-se
descruzar as raízes.
.
Poda: Proceder de acordo com o mostrado aqui.
.
Reprodução: Durante a época de crescimento cortam-se estacas jovens
com cerca de 5cm a 10cm, metade tem de ficar debaixo de terra. Se a
estaca tiver madeira avermelhada vai enraizar muito mais rápido que a
madeira já acastanhada. Proteja as estacas contra a secura. Um plástico
por cima do vaso é boa ideia.
.
Higiene: Deve-se limpar as folhas que caem na terra, acumulam fungos ao
apodrecer que acabam por ser transmitidos à planta viva. Pode varrer
facilmente as folhas amarelas/secas com uma vassourinha para bonsai,
quer no solo, quer nos próprios ramos.
.
Treino: A madeira é dura e racha quando torcida ou dobrada. Geralmente
vai-se dobrando ao longo de vários anos até à posição desejada. Isso ou
então enquanto os ramos são jovens.
Cortar atrás do grupo de folhas ou fazer desfolhagem resulta na maioria
das vezes na morte do ramo.
 

Outros:
– A madeira costuma ser usada para cabos de ferramentas.
– O serrim é aromatizado e muitas vezes utilizado na carne fumada.

– O mel de abelha obtido do Leptosperum tem propriedades medicinais.


– Também se podem extrair óleos essenciais aromatizados das folhas
através do método de vapor. Os óleos são potentes anti-fungicos e contêm
agentes anti-bacterianos.
– O óleo pode ser esfregado em músculos doridos para ajudar a aliviar
– O chá obtido das folhas pode ser utilizado para combater problemas
urinários e baixar a febre.
– Também se pode inalar o vapor do chá das folhas para ajudar a combater
as constipações.
– A seiva pode ser utilizada em queimaduras para aliviar e ajudar a curar
– Alguns dizem que mascar a casca ajuda a relaxar e até a induzir ao sono
.
Sobre bonsai
É provavelmente uma das espécies mais difíceis de manter fora do país de
origem. Porém, quando se aprende e consegue regar e transplantar com
minimo stress para a planta é possível dar-lhe uma vida longa.
Alguns cultivar conhecidos por quem faz bonsai:
Bonsai Leptospermum Scoparium
 
O Leptospermum Scoparium é um membro da família das myrtaceae e é
frequentemente referido como a urze de jardim, Manuka (devido ao mel), ou árvore de chá,
depois do navegador inglês James Cook usar as suas folhas para fazer chá durante as
suas explorações na Oceania.
 
Nativo da Oceania e da Indonésia, no seu ambiente natural pode crescer até dois a três
metros de altura e dois metros de copa.
 
A distribuição geográfica do Leptospermum scoparium estende-se pela Austrália,
Tasmânia e Nova Zelândia, particularmente nas costas pobres e ressequidas da ilha do
Norte e do Sul.
 
O bonsai Leptospermum Scoparium um arbusto melífero que pode resistir a
temperaturas até 10ºC negativos.

 
É um bonsai de exterior, delicado e muito gracioso, com folhas perenes verdes
acinzentadas, pequenas, compactas, tipo agulhas de um a dois centímetros de
comprimento, de dois a seis milímetros de largura e que oferece uma floração
espectacular e abundante na Primavera, entre Maio e Junho, mas que pode durar
praticamente todo o verão, até ao final de Setembro.
 
As suas flores, compostas de cinco pétalas, parecem rosas em miniatura, simples ou
duplas, vermelhas, cor-de-rosa, brancas ou laranja.
São muito atractivas e duram bastante tempo, dando origem a pequenos frutos de cerca
de um centímetro de diâmetro, mais ou menos redondos e secos, parecendo madeira e
contendo as sementes.
 
Em bonsai, o Leptospermum é bastante complicado, de facto não gosta muito de poda de
raízes, nem de poda dos ramos para o moldar. Aconselha-se a proceder com grande
calma e paciência.
 
A poda radicular deve ser mantida a um nível mínimo. Se para outros bonsais cortamos
até 20-30% das raízes. para o leptospermum devemos reduzir esta percentagempara a
10-15% para evitar o risco de morte.
Este bonsai é muito frágil no que diz respeito à poda de raízes.
 
A poda dos ramos deve também ser reduzida ao mínimo e ser feita com muito cuidado,
uma vez que uma poda severa significará também uma morte certa.
 
Uma vez que a reacção à poda demasiado severa é directamente responsável pela morte
deste bonsai, o estilo mais adequado para o Leptospemum scoparium é o estilo de
vassoura (hokidashi) ou o estilo restrito Moyogii, ou seja, podemos possivelmente moldar o
tronco com certas curvas, mas é difícil conseguir patamares.
 
Como resultado, podemos apreciar o seu tronco que pode ser sinuoso e com o tempo
tornar-se áspero e até parecer muito velho, dizemos que tem uma casca escamosa.
 
O bonsai Leptospermum scoparium pode ser propagado por sementeira na Primavera
quando a temperatura começa a atingir 18-20ºC durante o dia e 14-15ºC durante a noite,
ou por estaca em verde na Primavera ou também semi-lenhosa desde o final de Agosto
até ao início de Setembro, sendo este método mais fácil de que o anterior.
Ler artigo sobre a estaquia do bonsai.
 
Lembre-se que o bonsai a partir de sementeira obterá um nebari mais espectacular do que
o bonsai a partir de estacas, excepto que a partir de semente não há garantia de obter a
variedade pretendida.
Ler artigo sobre a sementeira do bonsai.
 
Com o tempo e uma sucessão de transplantes apropriados, em particular tendo o cuidado
de colocar sempre as raízes em forma de estrela e especialmente desde o início para
evitar o desenvolvimento de uma raiz axial, podemos conseguir um nebari apreciável.
Ler artigo sobre o Nebari.
 
Em termo de cultivo, o Leptospermum scoparium requer um clima mais ou menos ameno,
em Portugal podemos mantê-lo no exterior até aos 5ºC negativos no Inverno, no caso de
temperaturas inferiores a este nível deve ser protegido ou colocado num abrigo sem
geadas.

O bonsai Leptospermum scoparium gosta de sol, mas no Verão temos de o proteger com
uma rede de sombra ou um guarda-sol pelo menos das 11h00 às 16h00 durante as horas
mais quentes.
 
Podemos também mantê-lo numa área de semi-sombra e este é provavelmente o melhor
local para o manter, pois o bonsai leptospermum scoparium requer muita água e se for
exposto muito tempo ao sol secará e morrerá.
 
O transplante é feito de três em três ou de quatro em quatro anos, num substrato de muito
boa qualidade como o Akadama Hard Quality, evitando cortar demasiadas raízes e mesmo
ramos porque, como vimos anteriormente, o leptospermum scoparium é muito sensível à
poda.
 
Rega frequente e copiosa no Verão, quando está muito calor e a humidade é baixa.
 
Aplicação de fertilizante como para outros bonsais, ou seja, fertilizante líquido uma vez por
semana de Fevereiro até ao final de Junho e de 15 em 15 dias de Julho até ao final de
Setembro.
Em Novembro, aplicar uma vez um fertilizante orgânico, uma pedra a cada cinco
centímetro de vaso. Este fertilizante biogold também pode ser aplicado durante a época de
crescimento uma vez por mês como fertilizante líquido, para isso basta dissolver duas a
três pedras de biogold num litro de água e deixá-lo dissolver durante algumas semanas,
depois regar com a mistura resultante directamente no vaso de bonsai.
 
Em resumo, o bonsai Leptospermum Scoparium é de difícil cultivo, mas é muito bonito
numa colecção.
 
Curiosidade:
O mel de Manuka é produzido por abelhas que recolhem pólen da árvore de
Leptospermum scoparium, um arbusto que cresce naturalmente na parte mais selvagem
das ilhas da Nova Zelândia. Este mel é conhecido pelas suas propriedades benéficas para
o corpo.
As suas propriedades são particularmente bem conhecidas no combate ás infecções e no
reforço das defesas do organismo, tornando-o um excelente alimento para a manutenção
do nosso bem-estar diário.
Este mel tem qualidades superiores e características anti-bacterianas únicas que são
muito mais persistentes e estáveis do que o mel comum. Isto torna-o duplamente eficaz no
combate a doenças tais como dores de garganta, febre dos fenos, fadiga, dores de
estômago, infecções orais, etc...
 
Além de ser um super-alimento, o mel de Manuka é um excelente ingrediente em
produtoss cosméticos tais como champôs, amaciadores, cremes para o rosto e corpo,
desodorizantes, etc...

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