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Material Teórico
A ideia de natureza da Idade Média ao Iluminismo
Revisão Textual:
Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin
A ideia de natureza da Idade Média ao Iluminismo
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Unidade: A ideia de natureza da idade média ao iluminismo
Contextualização
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Eu, Galileu, de Florença, de setenta anos de idade, intimado
pessoalmente à presença deste tribunal e ajoelhado diante de
vós, juro que sempre acreditei em tudo quanto é defendido,
pregado e ensinado pela Santa Igreja Católica e Apostólica. Mas,
considerando que [...] escrevi e imprimi um livro no qual discuto a
nova doutrina, já condenada e aduzo argumentos de grande força
em seu favor, sem apresentar nenhuma solução para eles, fui pelo
Santo Ofício acusado de heresia, isto é, de haver sustentado e
acreditado que o Sol está no centro do mundo e imóvel, e que
a Terra não está no centro, mas se move; com sinceridade e fé
verdadeira, abjuro, amaldiçoo e detesto os citados erros e heresias
contrários à Santa Igreja, e juro que no futuro nunca mais direi nem
afirmarei, verbalmente nem por escrito, nada que proporcione
motivo para tal suspeita a meu respeito
(AMORIM, Maria de Fátima. Filosofia. Ensino Médio. v. 2. Belo Horizonte: Educacional, 2013.)
As longas horas ao telescópio causaram sua cegueira. A amargura dos últimos anos de sua
vida foi agravada pela morte de sua filha Virgínia, que se dedicara à vida religiosa com o nome
de Maria Celeste.
Em 1992, mais de três séculos após a morte de Galileu, a Igreja reviu o processo da
Inquisição e decidiu por sua absolvição.
Fonte: Enciclopédia Italiana di Scienze, Lettere ed Arti (Treccani).
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Já em Alexandria, na mesma data e horário, a luz do Sol irradiando sobre uma estaca
fincada ao chão produzia uma sombra com cerca de 7°20’ ao Norte.
Sendo Eratóstenes exímio matemático, fez o seguinte cálculo: se a Terra é uma “esfera
perfeita” (lembrando que este é o contexto da égide do idealismo metafísico aristotélico-
ptolomaico), logo, ela é considerada um círculo de 360°.
Se entre Assuan e Alexandria há cerca de 800 km de distância plana e esta distância plana
equivale a cerca de 7°20’ (aproximadamente 111 km por grau de latitude), ela corresponde à
50ª parte de 360°; logo, se o ângulo (50/360º) for multiplicado pela distância real (800 km),
segundo Eratóstenes, obtém-se a circunferência da figura que, por sua vez, é a circunferência
real da Terra.
Saiba Mais
A conjectura de Eratóstenes para a circunferência da Terra é o resultado da
seguinte operação:
50 x 800 = 40.000
Isto é, para ele, a circunferência da Terra é de 40.000 km. Apesar de ter vivido
em um período bem mais recente, mas levando em conta a sua forma de pensar
e agir, Eratóstenes pode ser considerado um pré-socrático.
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Unidade: A ideia de natureza da idade média ao iluminismo
Fonte: chandra.as.utexas.edu
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Saiba Mais
A tentativa de Ptolomeu com a implantação do equante no Sistema de Hiparco
repercutiu muito mal entre os astrônomos da época. Alguns chegaram, inclusive,
a propor a adoção de um modelo criado pelo astrônomo persa Khawaja
Muhammad Ibn Muhammad Ibn Hasan Tusi (1201-1274) como alternativa
(VAN LIT, 2008).
Além do seu modelo astronômico geostático, Ptolomeu também construiu uma obra voltada
para a Geografia Regional, denominada Geographia, na qual resumiu toda a concepção
geográfica greco-romana até aquele instante, incluindo a determinação de um dos primeiros
sistemas de coordenadas geográficas conhecido.
A Figura 4 representa as coordenadas disponíveis na Geographia sobrepostas à
projeção Mercator.
Figura 4. Superposição das coordenadas de Ptolomeu
(maior espessura) sobre a projeção de Mercator (pontilhado).
Fonte: henry-davis.com
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Não somente os modelos mais abstratos no plano astronômico, como os vistos acima, mas
também os processos naturais a respeito da água, da atmosfera, do solo e das rochas tiveram
início neste contexto.
Lucius Anneus Sêneca (4 a.C.-65 d.C.) foi provavelmente o pensador romano que mais
tenha se dedicado a escrever sobre os fenômenos naturais em sua publicação Naturales
Quaestiones, em 65 d.C.
No século II d.C. o geógrafo grego Pausânias de Lídia (115-180 d.C.), relatara, na Descrição
da Grécia, as diversas paisagens gregas. Esta pode ser considerada uma das primeiras
publicações da Geografia Regional que se conhece.
Pausânias teve seu trabalho facilitado graças à tradição de abrir estradas ou rotas que os
romanos cultivaram ao longo da sua hegemonia imperial na Europa, Norte da África (Líbia) e
Oriente Médio (Ásia).
O mesmo propósito da Geografia Regional foi escolhido por Estrabão (63 a.C.-24 d.C.).
Entretanto, este expandiu a escala descritiva para o plano intercontinental. Na Geographia,
obra escrita em dezessete volumes, Estrabão relata as características paisagísticas das áreas
dos três continentes conhecidos.
A mencionada tradição romana em abrir estradas está registrada na tabula peutingeriana
(Figura 5), datada do século IV d.C.
Trata-se de um conjunto de pergaminhos das rotas militares e comerciais romanas,
descobertas em fins do século XVI, por Konrad Celtes, que o entregou a Konrad Peutinger
que, por sua vez, o repassou à casa publicadora de Johannes Moretus para ser impresso
parcialmente, em 1591.
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O documento foi publicado na íntegra por Franz Christoph Von Scheyb, em 1753.
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A matéria prima e a energia para a criação provieram da “vontade” ou da “substância” de
Deus. Aquela permite a este permear o tempo, quer dizer, o tempo de Deus é a eternidade, o
eterno hoje (SANTO AGOSTINHO, 1980).
Os princípios bíblicos atrelados ao modelo aristotélico-ptolomaico sobre a concepção de
natureza perduraram séculos. Porém, na passagem da Idade Média para o Renascimento, as
tentativas de sustentar tal forma de ver a natureza estavam prestes a cair por terra.
Os cálculos de Ptolomeu estavam sendo severamente criticados. Além disto, a navegação
mercantil já trazia evidências muito fortes de existência de mundos e formas de vida até
então inadmissíveis ou, quando muito, mistificadas por parte dos intelectuais defensores da
ordem vigente.
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Fonte: hps.cam.ac.uk
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O que podemos constatar na comparação entre os dois sistemas e analisando se o modelo
copernicano é ou não revolucionário no pleno sentido da palavra, é que seu sistema é em parte
revolucionário e em parte conservador. Isso, porque, obedecendo às tendências da época e sem
muitas chances de defender a manutenção dos princípios originais, Copérnico altera a posição
dos elementos na conjunção do sistema em si, sendo por este aspecto considerado revolucionário.
Por outro lado, ele mantém a redondeza, infalibilidade e regularidade do sistema e, por este
motivo, pode ser considerado conservador.
Simplificou a complexa geometria ptolomaica da Almagesta, substituindo-a pela geometria
de Pitágoras. Isso permitiu a ele incluir a Terra no conjunto de movimentos uniformes dos
planetas e, a partir daí, ao redor do Sol, eliminando o método acrobático de Ptolomeu, que
combinava os modelos esféricos, cancelando mutuamente as imperfeições e oscilações anuais
dos movimentos dos astros, dando harmonia ao Sistema.
Contudo, manteve a abstração matemática no trato dos fenômenos naturais praticamente
apartada da observação empírica, mais uma vez oscilando o posicionamento revolucionário
com o conservador.
Apesar de todos os seus esforços para não demolir o sistema ao menos quanto à regularidade
dos movimentos astronômicos, em 1616, o heliocentrismo foi considerado uma heresia e o
De Revolutionibus Orbium Caelestium foi proibido pela Inquisição.
A revolução científica seguiu seu curso com o matemático alemão Johannes Kepler (1571-
1630), em associação com o astrônomo dinamarquês Tycho Brahe (1546-1601), adepto da
experiência sensível por meio da observação direta, ou a olho nu, dos movimentos dos astros,
em especial do planeta Marte. Seus cálculos foram cuidadosamente analisados por Kepler que,
a partir deles, elaborou as três leis que o consagraram.
Na primeira Lei de Kepler, ao contrário do que se acreditava anteriormente, os planetas
orbitam ao redor do Sol em uma trajetória elíptica e não circular, além do que o Sol não está
no centro, mas em uma porção lateral da elipse.
Na segunda Lei, Kepler afirma que os planetas se movem a velocidades diferentes,
dependendo da distância ao Sol ao longo da órbita, No “periélio”, a velocidade é maior, dada
a maior proximidade com o astro. Já no Afélio, a velocidade é reduzida, tendo em vista a
maior distância em relação ao Sol.
A terceira Lei de Kepler afirma que quanto maior a distância do planeta até o Sol, maior o
tempo para completar uma volta ao redor deste.
Como era de se esperar, as afirmações de Kepler, baseadas nas observações sensíveis de
Brahe, foram amplamente questionadas. Para tentar dirimir os efeitos das críticas, Kepler fez
uso de algumas estratégias de marketing.
Ele revigora os princípios platonistas (neoplatonismo) de busca, por meio da simplificação
matemática, da harmonia subjacentes (dos números) na natureza, relativizando o aristotelismo,
que primava pela experiência sensível. Chega ao ponto de dar um tratamento supersticioso
e divino ao Sol, bem ao estilo de Platão, além de associar os corpos celestes à Santíssima
Trindade, concebendo o Sol como o deus pai; as estrelas, o deus filho e o éter, o espírito santo.
Kepler afirma, parafraseando Platão, que Deus criou o mundo de acordo com a harmonia
numérica e fez a mente humana com a capacidade de abstrair e compreender tais leis
harmônicas (BURTT, 1983).
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Unidade: A ideia de natureza da idade média ao iluminismo
Contemporâneo de Kepler, Galileu Galilei (1564-1642) foi bem mais além do que seu
colega na determinação das bases da ciência natural. Ainda que tenha sido iniciado na redução
de figuras matemáticas complexas, o fato de esta ter sido apartada da mecânica, recém-surgida
na Europa, fez com que Galileu abandonasse a Academia e passasse a se dedicar à mecânica
experimental por praticamente toda a sua vida.
Um pressuposto básico, mas não menos importante, é a sua definição de natureza. Para
Galileu, a natureza é inexorável, ou seja, é um sistema ordenado e perfeito, tendo seus
movimentos regulados por leis imutáveis que nunca transgride e que são independentes do
julgamento humano, concordando com as premissas aristotélicas de que homem e natureza são
coisas distintas. Segundo ele, as leis morais são apropriáveis apenas pela via da Matemática.
Saiba Mais
A ideia de natureza apartada do homem, reforçada por Galileu, pode ser
considerada um dos fundamentos mais sólidos para a dicotomia homem-
natureza, nas ciências em geral, e para a dicotomia entre a Geografia Humana
e a Geografia Física, na Geografia.
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Uma evidência que mostra a preocupação de Galileu com o método é o fato de que ele
separa obrigatoriamente o que chama de qualidades primárias das qualidades secundárias.
As qualidades primárias são aquelas ligadas às propriedades físicas dos fenômenos, como
número, figura, grandeza etc. Estas qualidades, por serem quantitativamente prováveis – ou
mensuráveis – e, por este motivo, intrínsecas ao fenômeno – ou objetivas – são consideradas
verdadeiras e válidas para a pesquisa científica.
Já as qualidades secundárias decorrem da forma como os fenômenos afetam os nossos
sentidos como cor, sabor, odor etc. Como estas qualidades são subjetivas – ou inerentes ao
sujeito – podem ser consideradas falsas ou ilusórias. Então, para se chegar à verdade sobre um
determinado objeto estudado, é necessário chegar às suas qualidades primárias ou quantitativas.
A forma pela qual Galileu entende que esse processo aconteça depende do que pode
ou não ser medido no fenômeno. Para ele, devemos escolher por princípio apenas o
que é mensurável – ou quantificável – por meio de unidades de medida. De tal modo,
quando submetemos um movimento qualquer ao tratamento matemático, nós passamos
a concebê-lo sob certa unidade de distância percorrida por certa unidade de tempo
transcorrido (BURTT, 1983).
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Galileu é considerado o responsável pela invenção e/
ou aperfeiçoamento da balança hidrostática, do relógio de
pêndulo, do termômetro (Figura 7); aperfeiçoou o telescópio
e o microscópio, entre outros instrumentos considerados,
hoje, fundamentais para a prática científica.
Termômetro: O aparelho consistia de um tubo contendo
cápsulas de licores, mergulhadas em um fluido. Com as
mudanças de temperatura, os licores perdiam e ganhavam
densidade e isto dava a Galileu uma noção de aumento ou
queda na temperatura ambiente.
Muito além de todos estes aspectos de ordem metodológica, o que mais notabilizou Galileu
foi a sua prática.
Seu experimentalismo inaugurou a atividade que se tornaria inexoravelmente necessária na
ciência: o desenvolvimento e a aplicação dos instrumentos de medição.
Segundo Galileu, para que as observações fossem consideradas válidas, elas deveriam
ser elaboradas a partir dos instrumentos, ou seja, de sensores artificiais e não a partir dos
sentidos orgânicos.
Assim, julgava ele, haveria, mediante a eliminação da subjetividade, maior precisão na coleta
dos dados a serem medidos, isto é, das qualidades primárias dos fenômenos, as quais se tornariam
características verdadeiras dos fenômenos e, por este motivo, demonstráveis matematicamente.
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Fonte: webpages.uidaho.edu
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Contudo, seus textos foram muito valorizados, não por acaso, nos países que, após a
Reforma, adotaram o Protestantismo.
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A condenação de Galileu pelo Santo Ofício (tribunal da Inquisição) é considerada
nos bastidores da ciência como o marco da separação entre as esferas de
competência da Academia e da Igreja Católica.
Galileu foi grande inspiração para outro teórico da Ciência e que se dedicou também a
discutir o conceito de natureza. Trata-se de René Descartes (1596-1650), considerado o
fundador do racionalismo que, numa estada em isolamento, na Alemanha, durante o inverno
de 1619, para onde ele fora enviado como soldado do exército holandês, após organizar suas
ideias, acreditou ter elaborado um método para as ciências em geral. O resultado desta “visão”
de Descartes transformou-se no livro O Discurso do Método, publicado em 1637.
Não por acaso, Descartes, assim como já haviam feito Galileu e outros pensadores, também
foi refugiar sua publicação na Holanda que, àquela altura, sob a égide do protestantismo,
estava livre da censura da Santa Inquisição.
No texto acima mencionado, Descartes elabora o encadeamento passo a passo do que
acredita ser o método mais adequado para a prática científica e para a correta obtenção da
verdade, de forma simplificada e eficiente.
Sinteticamente, o método cartesiano é composto de quatro procedimentos:
• A dúvida sistemática e generalizadora ou hiperbólica a tudo o que se referir à experiência
imediata (DESCARTES, 1996, p. 257, nota);
• A decomposição do todo em partes;
• Iniciar a análise pelas partes em direção ao todo;
• Converter os resultados em demonstrações matemáticas ou leis gerais (DESCARTES,
2001, p. 23).
No entanto, a aparente simplicidade do método é, na verdade, uma complexa e ramificada
conjunção de abstrações idealistas, que envolve subitens tão abstratos quantos os acima
mencionados.
Antes mesmo de tratar da metodologia, vejamos a forma como se constitui o conceito de
natureza em Descartes.
Assim como para seus antecessores, também para Descartes a natureza deve ser estudada
pela razão. De maneira explicitamente neoplatônica, ele recomenda duvidar sempre daquilo que
se nos apresenta por meio da experiência sensível à qual chama de res cogitans – ou aparências.
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Estas, assim como as “qualidades secundárias” de Galileu, são devidas aos sentidos (cor, sabor,
odor etc.), não sendo características verdadeiramente das coisas; pelo contrário, são efêmeras,
e nos provocam confusões a respeito daquelas. Assim sendo, devem ser completamente
descartadas enquanto causas da existência das coisas.
Ao contrário, as propriedades matemáticas que provém das próprias coisas, as res extensas,
ou extensões, são, sim, características “últimas”, verdadeiras, superiores e eternas das coisas
e, portanto, devem ser consideradas causas prováveis e válidas à sua existência.
Descartes acredita que a natureza é composta pelas manifestações físicas de Deus. Estas
foram criadas segundo os princípios da Matemática enquanto substância das coisas e das
figuras geométricas definidoras dos seus limites ou formas.
Na visão dele, as ciências, como um todo orgânico, devem fazer uso de uma ferramenta
chave que lhes permita não só compreender, mas representar a natureza de forma verdadeira.
Esta ferramenta, a geometria analítica, inventada pelo próprio Descartes, foi proposta, então,
como a ferramenta que poderia unificar as ciências em geral.
A este respeito:
Para Descartes, Deus fez a natureza de tal modo que os conceitos matemáticos puros
intuídos pela mente humana são perfeitamente aplicáveis à ela. Ele compreende que a natureza
é como uma máquina na qual as peças se movem perfeitamente em torno de pontos centrais
invisíveis, como os vórtices ou os redemoinhos.
Cada fenômeno, dependendo das extensões, ocupa uma posição específica neste conjunto,
isto é, tem sua existência definida pelo espaço relativo que ocupa em relação aos outros
corpos no espaço absoluto.
Descartes acredita que a melhor forma de representação matemática da posição dos
fenômenos é aquela em que estes são convertidos em pontos dispostos, segundo as extensões
que representam a sua forma, em um sistema de coordenadas (Figura 9).
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Figura 9. Esquemática do sistema de coordenadas cartesianas.
No caso da Figura 10 e das regras que regem este modelo, o ponto “P” está localizado na
grade de coordenadas geográficas esféricas, com valores inversos estipulados para ambas as
porções da esfera a partir de uma origem arbitrada.
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Unidade: A ideia de natureza da idade média ao iluminismo
Saiba Mais
A Geografia, enquanto ciência, mantém contato permanente com a Filosofia,
no sentido de se adaptar a cada novo invento ou proposição teórica para o
estudo da natureza. Suas bases teóricas e seus procedimentos experimentais
são basicamente os mesmos de qualquer outra ciência, isto é, nossa experiência
sensível é substituída pela observação objetiva, sucedida pela decomposição
das partes do fenômeno estudado e, a partir daí, convertida em abstração
matemática e geométrica expressa nos nossos mapas, cartas, cartogramas,
tabelas e gráficos, recorrentemente utilizados para simplificar a complexidade
das nossas análises.
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Material Complementar
Sites:
A premissa metafísica da Revolução Copernicana
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/85058/000353073.pdf?sequence=1
Leituras:
Análise do livro “A Revolução Copernicana”
http://www.geocities.ws/celiagaiao/COPERNICANA.pdf
A Revolução Copernicana
http://stoa.usp.br/daros/files/2856/16412/RevolucaoCopernicana.pdf
Galileu Galilei
http://www.on.br/ead_2013/site/conteudo/cap7-historia/astronomia-renascenca/galileu/galileu.pdf
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Referências
SANTO AGOSTINHO. Confissões. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
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Anotações
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