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A revolução científica e a nova visão


de mundo do homem moderno
Caius Brandão

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Do cosmos arist ot élico ao mundo-máquina newt oniano: as bases met afísicas da ciência mo…
Filicio Mulinari

A Realidade Desvelada - Galileu e o ingresso da humanidade no Jardim de Fract ais.pdf


Mário Gomes

Força e moviment o - de T hales a Galileu


Poliane de Morais Teixeira
A revolução científica e a nova visão de mundo – Por Caius Brandão <caiusbrandao@globo.com>

2010
A revolução científica e a nova visão de mundo do homem moderno.
Caius Brandão
caiusbrandão@globo.com

Por volta do Século XII, os pensadores da escolástica tiveram acesso a uma parte
importante da obra de Aristóteles. A partir de então, as teorias aristotélicas sobre física e
astronomia passaram a servir de fundamento para o geocentrismo da bíblia judaico-
cristã. A própria experiência cotidiana servia de confirmação para o engano de que a
Terra seria imóvel e que os astros orbitariam ao seu redor. De fato, quando observamos
daqui debaixo o movimento do sol e da lua, eles parecem realmente circundar o nosso
planeta. Mas nem todos estavam contentes com esta explicação, por mais que ela
parecesse óbvia aos pensadores da escolástica e ao senso comum. Frente às resistências
dos conservadores e à violência da Igreja, a punição era certa, e por vezes impiedosa,
para aqueles que ousassem defender ideias contrárias à bíblia. Entretanto, aos poucos
uma nova visão sobre o mundo natural se tornou possível com o abandono de certos
dogmas. Se pudermos eleger um Século que tenha sido marcado pelo surgimento de
pensadores que viriam a revolucionar a forma como o homem comum vê o mundo, ele
certamente seria o Século XVII. No cerne desse processo de transformações estão os
debates em torno do geocentrismo, defendido tão arduamente pelas autoridades da
inquisição, mas colocado em cheque pelas teorias dos cientistas que propunham um
modelo radicalmente diferente, o heliocentrismo.

O modelo geocêntrico defendido pela escolástica foi primeiro proposto por


Aristóteles e, mais tarde, no Século II, por um astrônomo grego, Ptolomeu, que havia
sido influenciado pelo filósofo estagirista. Para eles, a lua, os planetas, as estrelas e o sol
giram em torno da Terra em círculos perfeitos, num movimento eterno, criado e
mantido por Deus (o motor imóvel). A Terra possui uma substancia material, enquanto
os corpos celestes são formados de éter. Existem dois mundos distintos, cada um com
leis que lhes são próprias. A ideia de uma lei natural válida universalmente, ou seja,
para a Terra e os demais corpos celestes, não condiz com o modelo adaptado de
Aristóteles pelos medievos. Para a conveniência da Igreja Católica, o modelo adotado
por eles sustenta a existência de uma cadeia de seres perfeitos entre Deus, a suma-
perfeição, e os anjos. O mundo sublunar, portanto é imperfeito e corruptível. Ele é
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diferente dos corpos celestes e dos seres divinos que os habitam, porque estes são seres
perfeitos e eternos. Segundo o Prof. Dr. Mauro Lúcio Leitão Condé, para Aristóteles:

(...) o mundo no qual vivemos dividia-se entre o mundo sublunar e o mundo


supralunar. Com efeito, para aristóteles, a lua é um ponto de referência, um
espécie de divisor do mundo. Abaixo da lua, está o mundo dos movimentos
violentos, das trajetórias imperfeitas, das coisas corruptíveis compostas pelos
quatro elementos: terra, ar, fogo e água, que Aristóteles vai buscar na teoria
de Empédocles (490-435 a. C.). Contrariamente, o mundo supralunar, isto é,
a lua e os demais astros constituem o mundo da perfeição: dos movimentos
circulares, das substâncias perfeitas das quais os astros são feitos, isto é, do
éter ou "quinta-essência". Para São Tomas, no seu projeto de cristianização
da obra aristotélica, não foi difícil associar essa perfeição do mundo
supralunar ao céu do imaginário cristão ou ainda encontrar outras
semelhanças como as havidas entre o primeiro motor imóvel de Aristóteles,
que a tudo move e não é movido, com o seu bom Deus cristão.1

Contrariando as teorias de Aristóteles e o senso comum de sua época, o


astrônomo polonês Nicolau Copérnico publica, em 1543, a sua obra mais conhecida, Da
revolução de esferas celestes. Neste livro, ele sugere que a Terra não seja o centro do
Universo, e propõe um modelo centrado no Sol, o heliocentrismo. Mas Copérnico não
possuía os recursos tecnológicos necessários para comprovar empiricamente a sua
teoria. Seus postulados são feitos com base no raciocínio abstrato, ou seja, na geometria
e na matemática. Além disso, ele não conhecia a teoria da gravidade, o que o levou a
cometer o equívoco de supor que os planetas orbitavam o sol em círculos perfeitos e
com a mesma taxa de velocidade. Só mais tarde, quando Kepler propôs as órbitas
elípticas, e Isaac Newton desenvolveu a teoria da gravidade, foi que o sistema de
Copérnico pôde ser reformulado.

Antes de Kepler e Newton, o físico, matemático, astrônomo e professor da


Universidade de Pádua – Galileu Galilei (1564-1642) pôde comprovar empiricamente
que a lua é acidentada, o sol possui manchas e Júpiter tem seus próprios astros. Com
base em seus estudos de óptica, Galileu construiu um telescópio poderoso o suficiente
para ser utilizado em suas pesquisas astronômicas. Em 1610, ele descobriu alguns fatos
perturbadores: a superfície da lua é acidentada; o sol possui manchas; o planeta júpiter
possui suas próprias luas, etc. Tais descobertas lançaram sérias dúvidas sobre os
modelos teóricos que dividem o mundo em dois (o sublunar e o supralunar), e postulam
a incorruptibilidade dos corpos celestes. Isso porque Galileu descobriu que o nosso

1
Disponível em http://www.observatorio.ufmg.br/pas15.htm
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planeta não é imóvel e tão pouco ocupa uma posição central em relação aos outros
astros. Além disso, se a lua é acidentada e o sol possui manchas, então eles não são
incorruptíveis e as leis naturais poderiam ser universalmente válidas.

Mas, para as autoridades da Igreja Católica, a cosmovisão bíblica não podia ser
questionada. Em 1600, o filósofo Giordano Bruno foi queimado vivo pela inquisição,
por defender a teoria heliocêntrica. A partir de 1630, Galileu foi mantido em prisão
domiciliar até o fim de seus dias pelo mesmo tribunal, por discordar da cosmovisão
judaico-cristã. Mas a violência da Igreja não foi suficiente para diminuir o poder de
convencimento das teorias defendidas por Galileu. Mais tarde, outros pensadores, como
Kepler e Newton, também defenderam o heliocentrismo através da matematização e da
experimentação científica.

O homem moderno transformou o modo tradicional de produção de


conhecimento. Enquanto na ótica judaico-cristã, o caminho para a ‘verdade’ é
dogmaticamente fundamentado, na ciência moderna, o conhecimento da natureza deve
poder ser expresso na linguagem abstrata da geometria. O mundo natural deixa de ser o
portador dos misteriosos desígnios de Deus para se tornar o próprio objeto de
investigação. Ao traduzir o conhecimento do mundo natural para a linguagem
matemática, o cientista concede ao homem a capacidade de prever, controlar e
transformar a natureza. Para o indivíduo comum, isso significa que ele pode controlar a
má fortuna e seus efeitos, como por exemplo, a destruição de sua casa por um
terremoto. Com o conhecimento científico da natureza, ele pode se prevenir, ou seja,
projetar a construção da sua casa, ou contratar garantias de empresas seguradoras. De
fato, no Século XVII, houve um boom do mercado securitário na Europa. É como se os
homens tomassem das mãos de Deus as rédeas do seu próprio destino.

Um exemplo clássico de utilização do método científico de experimentação e a


matematização dos fenômenos naturais é dado por Galileu, em seus estudos de Física.
Para ele, não bastava a observação dos corpos em queda livre para comprovar sua teoria
de que objetos mais pesados não caem numa velocidade maior do que os objetos mais
leves. Para Galileu, era imprescindível medir quantitativamente o tempo e a distância
dos seus movimentos de forma controlada e sistemática. Para tanto, ele criou uma
técnica que ficou conhecida como “plano inclinado”, através do qual ele retardava e
media com precisão matemática o movimento descendente dos objetos. Galileu
demonstrou as suas teorias de forma absolutamente racional, sem se valer de
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pressupostos religiosos. É possível observar que no seu método uma clara definição do
problema a ser investigado, o refinamento na coleta de dados (precisão da experiência
empírica) e a descrição matemática do fenômeno observado. De acordo com Galileu,

A filosofia [isto é, a ciência] está escrita neste grandíssimo livro que,


continuamente, está aberto diante de nossos olhos (eu quero dizer o
Universo), mas que não se pode entender se não se aprende a entender a
língua, e a conhecer os caracteres, nos quais está escrito. Ele é escrito em
língua matemática, e os caracteres são os triângulos, círculos, e outras figuras
geométricas, sem cujos meios é humanamente impossível entender uma só
palavra; sem esses é um vão caminhar por um obscuro labirinto.2

Henrique Fleming, professor do Instituto de Física, da Universidade de São


Paulo (USP), analisa da seguinte forma esta célebre passagem de Galileu:

Neste texto Galileu não está defendendo a primazia da física matemática,


dentre as várias modalidades de física que se cultivam hoje em dia. Nem faria
sentido: naquela época física era uma coisa só. A tese de Galileu é que a
linguagem bíblica não se presta a uma descrição da ciência, e, por isso, as
Escrituras devem, no que concerne a ciência, ser interpretadas como uma
alegoria, um poema sobre a natureza. Ninguém pensaria em procurar na
Bíblia argumentos sobre a validade do teorema de Pitágoras. Galileu pede
que isto seja estendido também às leis da natureza. (FLEMING, 2002)

Alexandre Koyré (1892 – 1964), teórico da história e filosofia da ciência,


reconhece a importância dada à matemática pelos cientistas do Século XVII para a
compreensão do mundo natural. Em suas próprias palavras:

(...) a ciência moderna, de Copérnico (...) a Galileu e a Newton, conduziu sua


revolução contra o empirismo estéril dos aristotélicos, revolução que se
fundamenta na convicção profunda de que as matemáticas são mais do quem
um meio formal de ordenar os fatos, constituindo a própria chave da
compreensão da Natureza. (KOYRÉ, 1956, p. 73)

Mais adiante, Koyré analisa da seguinte maneira a primazia das matemáticas


(modelos ideais) sobre a simples experiência:

Eis aí: a maneira pela qual Galileu concebe um método científico correto
implica uma predominância da razão sobre a simples experiência, a
substituição de uma realidade empiricamente conhecida por modelos ideias
(matemáticos), a primazia da teoria sobre os fatos. Só assim é que as
limitações do empirismo aristotélico puderam ser superadas e que um

2
Tradução de Henrique Fleming, em http://www.hfleming.com/confgal2.html.
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verdadeiro método experimental pôde ser elaborado. Um método no qual a
teoria matemática determina a própria estrutura da pesquisa experimental, ou,
para retomar os próprios termos de Galileu, um método que utiliza a
linguagem matemática (geométrica) para formular suas indagações à natureza
e para interpretar as respostas que ela dá. Um método que, substituindo o
mundo do mais ou menos conhecido empiricamente pelo Universo racional
da precisão, adota a mensuração como princípio experimental mais
importante e fundamental. (KOYRÉ, 1956, p. 74)

No final do Século XVII, Isaac Newton (1643 – 1727) consolidou o potencial


revolucionário da ciência moderna. Newton teve a capacidade de demonstrar suas
teorias de forma tão precisa e sistemática, que até mesmo os setores mais conservadores
foram obrigados reconhecer a validade de suas proposições. O seu livro Philosophiae
Naturalis Principia Mathematica, publicado em 1687, é tido como uma das obras mais
importantes das ciências modernas. Nele, Newton demonstra a lei da gravitação
universal que serviu de fundamento para a mecânica clássica. O potencial
revolucionário das teorias newtonianas reside na seguinte consequência lógica: se as leis
naturais são universais e podem ser matematicamente demonstradas, logo, os segredos
da natureza podem ser revelados pela ciência. Desta forma, orações e rituais religiosos
deixaram de ser os únicos recursos para mudar ou reverter o destino dos homens.

Portanto, a partir do Século XVII, temos a refutação da noção aristotélica de um


cosmos hierarquizado, dotado de centro e limites. Ao mesmo tempo, passa a prevalecer
a idéia de um mundo geométrico e matematizável. Sob a ótica desta nova visão, o
mundo é regido por leis naturais universalmente válidas, previsíveis e controláveis.

Em consonância com esse novo espírito científico que se despertava na Europa,


René Descartes (1596 – 1650) influenciou sobremaneira tanto a filosofia, quanto a
ciência moderna. Ao desconsiderar todo e qualquer conhecimento que carece de
evidências claras e distintas, Descartes chega à primeira certeza que deve fundamentar
todas as outras que se seguem, o ego cogito: penso, logo, existo. Assim, ele estabelece a
existência de um ‘sujeito’ que ordena o conhecimento. Com a influência de Descartes,
temos então a solidificação da noção de subjetividade e o surgimento da epistemologia
moderna que rompe definitivamente com a escolástica e o aristotelismo.

Graças a René Descartes, mas também a Copérnico, Galileu e Newton, entre


outros importantes cientistas e filósofos desta época, o racionalismo surge no Século
XVII com força suficiente para abalar de forma definitiva a tradição do pensamento
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medieval. A partir de então, a razão vai tomando o lugar que tradicionalmente pertencia
à fé religiosa.

Ora, se a razão humana, livre de preconceitos e obstáculos, pode descobrir as


leis da natureza, então, ela pode também se debruçar sobre o estudo da natureza humana
e propor modelos ideais de organização política. Na área da filosofia política do século
XVII, não poderíamos deixar de mencionar o importante pensador, John Locke (1632 –
1704). Locke é considerado um dos fundadores do empirismo inglês. Mesmo tendo
desenvolvido importantes teorias sobre o conhecimento humano, a sua principal
contribuição ao pensamento moderno foi no campo da filosofia política. Locke inicia o
seu Segundo Tratado sobre o Governo Civil abordando uma questão trabalhada
exaustivamente no Primeiro Tratado: a questão sobre a origem e fundamentos do poder
absoluto do rei. Locke critica Robert Fillmore, um pensador de sua época que defendia a
legitimidade do poder da família real com base no argumento de que Adão e, por
hereditariedade, toda a sua ‘linhagem’ receberam de Deus a missão de reinar os homens
e que, assim, a família real da Inglaterra, por exemplo, teria seu poder revestido de
legitimidade pela vontade de Deus. Locke demonstra o absurdo da proposição de forma
muita clara e com uma linguagem muito simples, já que escrevia para o cidadão comum
do povo inglês. Para Locke, é legítimo apenas o poder (governo) exercido com o
consentimento daqueles que constituem o corpo social. O pacto de associação que retira
o homem do estado de natureza é feito entre cada indivíduo e a comunidade de
indivíduos, em número suficiente para formar uma sociedade política (corpo social).
Eles concordam mutuamente em abrir mão do direito natural de executar a lei de
natureza em causa própria e a escolher uma forma de governo que melhor lhes assegure
a propriedade privada – vida, liberdade e bens. O consentimento individual, portanto,
está na origem do poder civil e é a única coisa que o legitima e o mantém. De acordo
com Locke, um governo incapaz de garantir a vida, a liberdade e os bens dos indivíduos
que constituem o corpo social, é ilegítimo e pode ser legitimamente deposto pelo povo.

Muito do que somos hoje, devemos a Locke. Tome como exemplo a Declaração
Internacional dos Direitos dos Homens ou a Constituição do primeiro governo
democrático da modernidade, os Estados Unidos, país que influenciou as cartas
constitucionais de diversos outros países, inclusive a do Brasil. Foi principalmente
Locke quem ofereceu os fundamentos, princípios e linguagem para a promulgação
desses acordos soberanos. Além disso, ele foi o primeiro pensador a formular de forma
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tão eloquente os fundamentos morais para os propósitos de uma burguesia emergente.
Gradativamente, a condenação moral por acúmulo de riquezas imposta pela Igreja na
Idade Média deu lugar ao elogio lockeano ao empreendedorismo – Locke fundamenta
na natureza o direito ao acúmulo ilimitado de bens materiais. Enquanto para Aristóteles
o homem é um animal político, para Locke, ele é um animal voltado essencialmente
para a aquisição de bens.

Os novos saberes científicos e políticos da modernidade são frutos de uma


racionalidade exigida por um movimento intelectual que ganhou força no Século XVII:
o Humanismo. O Homem surge, na modernidade, dotado de subjetividade, ao passo em
que também conquista maior liberdade individual, intelectual e política. De certa forma,
tais transformações possibilitaram ao homem moderno ocupar o lugar de Deus, e gozar
de uma autonomia até então inconcebível. A recusa de se conformar com os decretos
divinos, de reis e da própria natureza, é uma característica essencial do homem
moderno. Nesta nova visão de mundo, é o homem quem entra em cena para escolher,
controlar e mudar o seu próprio destino.

Referências Bibliográficas

BUCHOLZ, R. The Foundations of West – Rational & Scientific Revolutions (1450-


1650). Palestra disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=VQiuWnu4dwM> e
<http://www.youtube.com/watch?v=M6xZTyC6750&NR=1>.

CONDÉ, M. De Galileu a Armstrong – As várias faces da lua. Artigo disponível em <


<http://www.observatorio.ufmg.br/pas15.htmd>.

FLEMING, H. O livro da natureza é escrito em caracteres matemáticos. Conferência


no Instituto de Física da USP, em 8 de abril de 2002. Disponível em
<http://www.hfleming.com/confgal2.html>.

KOYRÈ, A. As origens da ciência moderna – Uma nova interpretação. Diogène, n. 16,


1956, Paris, Gallimard, PP. 14-42.

_________ Estudos de história do pensamento filosófico. Rio de Janeiro: Forense


Universitária, 1991.

LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Coleção Pensadores. São Paulo:
Nova Cultural, 1978.

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