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Urbanização e

Meio Ambiente
Material Teórico
Poluição do Ar e Fenômenos Climáticos em Áreas Urbanas

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Dra. Vivian Fiori

Revisão Textual:
Profa. Esp. Márcia Ota
Poluição do Ar e Fenômenos
Climáticos em Áreas Urbanas

• Introdução
• O que é poluição?
• Tipos e Exemplos de Poluição do Ar
• Fenômenos Climáticos e Meteorológicos

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Analisar as situações de poluição do ar em cidades brasileiras.
· Evidenciar alguns fenômenos climáticos urbanos, entre eles a
formação de ilhas de calor e chuvas ácidas.

ORIENTAÇÕES
Nesta Unidade, você irá conhecer mais sobre os fenômenos climáticos
urbanos e a poluição do ar, principalmente as situações existentes em
cidades brasileiras.

Procure ler, com atenção, o conteúdo disponibilizado e o material


complementar.

Além disso, para que a sua aprendizagem ocorra num ambiente mais
interativo possível é fundamental assistir à videoaula e realizar a atividade
proposta de fórum e de sistematização. Cada material disponibilizado é mais
um elemento para seu aprendizado.

Bons estudos!
UNIDADE Poluição do Ar e Fenômenos Climáticos em Áreas Urbanas

Contextualização
Leia o texto a seguir:

Os veículos automotores constituem mundialmente a principal fonte de


poluição do ar nas grandes regiões urbanas. Há outras fontes de contaminação,
tais como indústrias, centrais termelétricas e de incineração de resíduos, mas
o aumento da frota de veículos movidos a gasolina e óleo diesel nas últimas
décadas fez da poluição veicular o principal responsável pela má qualidade do
ar que respiramos nas cidades.
Muita gente não se dá conta, mas toda vez que ligamos o motor do carro estamos
lançando no ar uma enorme quantidade de substâncias tóxicas. Quando a gasolina é
queimada no motor, origina a emissão de vários gases e partículas que se dispersam
no ar, causando danos à saúde das pessoas e ao meio ambiente.
As partículas em suspensão podem ainda se agregar a outras substâncias tóxicas,
como metais pesados (por exemplo chumbo e cádmio). Com isso, existe o grande
risco de ocorrer efeitos sinérgicos, isto é, que substâncias não muito perigosas em
estado isolado tornem-se extremamente nocivas ao misturar-se com outras.
Com o emprego de novas tecnologias na fabricação de automóveis e no
melhoramento dos combustíveis, foi possível reduzir bastante as emissões dos
motores a gasolina. Essas soluções, no entanto, não atingem a raiz do problema,
pois nos mantêm dependentes de uma fonte de energia não renovável e nociva à
saúde e ao meio ambiente.
Em todo o mundo, as megacidades com mais de 10 milhões de habitantes
enfrentam sérios problemas causados pela poluição veicular. Ao contrário do que
se poderia supor, a poluição não é mais grave nos países mais ricos e desenvolvidos.
Atualmente, grandes metrópoles como Paris, Nova York, Londres e Tóquio são
menos poluídas do que muitas cidades de países em desenvolvimento, como a
Cidade do México, Buenos Aires e São Paulo. Nesse ranking, os países pobres levam
desvantagem, pois carecem de investimentos em transporte coletivo e outras
medidas capazes de melhorar a qualidade do ar.
No Brasil, os paulistanos são os que mais sofrem com a poluição do ar. São Paulo
tem sido apontada como a quinta cidade mais poluída do planeta. Em 2003,
segundo dados da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb),
órgão responsável pelo monitoramento da qualidade do ar no Estado, a região
metropolitana possuía uma frota de 7,5 milhões de veículos e cerca de 2 mil
indústrias. Estima-se que essas fontes de poluição são responsáveis pelas emissões
para a atmosfera de: 1,8 milhões de t/ano de CO, 415mil t/ano de HC, 409 mil t/
ano de NOx, 67 mil t/ano de MP e 37 mil t/ano de SOx. Desses totais, os veículos
são responsáveis por 98% das emissões de CO, 97% de HC, 97% de NOx, 52% de
MP e 55% de SOx. Da frota que circula na região metropolitana de São Paulo, 5,8%
dos veículos são movidos a óleo diesel (cerca de 400 mil veículos, entre ônibus,
caminhões e caminhonetes) e despejam anualmente 12,4 mil toneladas de fumaça
preta na atmosfera, colocando em risco o meio ambiente e a saúde da população.
(MMA, 2005, p. 81).

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Introdução
Nesta unidade, vamos tratar da questão da poluição do ar em espaços urbanos,
bem como de alguns fenômenos climáticos e meteorológicos que afetam as cidades.

Temáticas como as causas e consequências da poluição do ar nas cidades brasi-


leiras, clima urbano, formação de “ilha de calor” são importantes conhecimentos
sobre questões ambientais urbanas.

A seguir, vamos iniciar o tema desta unidade sobre poluição.

O que é poluição?
Com a intensificação da urbanização no Brasil pós 1960, houve um
comprometimento da qualidade de vida urbana devido a problemas de poluição do
ar, da água, do solo e sonora.

O barulho nas grandes cidades decorrentes de obras públicas e privadas, o


som alto em casas e bares noturnos, o som alto de aparelhos eletroeletrônicos,
o tráfego aéreo e de veículos automotores, o maquinário em geral, entre outros,
trazem imensos problemas à audição humana, sobretudo àqueles que convivem
diretamente com tais situações.

O solo nas cidades, muitas vezes, está comprometido com poluição por causa
de depósitos de materiais perigosos, postos de gasolina que, em alguns casos,
vazam combustíveis, derrames de produtos químicos industriais, que se utilizam de
produtos contaminantes, lixão e aterros.

Comumente, tratamos do tema de poluição das águas, do solo e do ar nas


grandes cidades brasileiras. Mas o que é poluição?

Kenneth Mellanby, assim, define:


O nosso mundo é cheio de substâncias tóxicas. Muitas delas ocorrem
de maneira natural completamente independente de qualquer atividade
humana. Assim sendo, o vapor de um vulcão em atividade pode conter
uma quantidade suficientemente grande de enxofre que não permite o
crescimento de plantas nas regiões próximas. Os rios que fluem através de
florestas podem tornar se desoxigenados devido às substâncias orgânicas
naturais nele depositadas, mas ao se decompor, resultam em contaminações
semelhantes àquelas causadas por esgotos humanos. O mercúrio, existente
naturalmente no oceano, pode vir a se concentrar nos peixes a níveis que
chegariam a alarmar as autoridades de saúde pública. Mas, quando falamos
em poluição, geralmente nos referimos à presença de substâncias tóxicas
introduzidas pelo homem no meio ambiente (MELLANBY, 2002. p. 1).

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UNIDADE Poluição do Ar e Fenômenos Climáticos em Áreas Urbanas

Logo, parte-se do princípio que a poluição tem causa humana, sendo fundamental
que se observem os atores sociais responsáveis por tal poluição, bem como se
verificarem as situações nas quais ocorrem, podendo variar nas diferentes cidades
brasileiras e no mundo.

Em relação à poluição do ar, considera-se que esta ocorre com a introdução


na atmosfera de qualquer matéria ou energia por ação humana que altere
as propriedades da atmosfera e que cause problemas na saúde das espécies e,
especificamente, do homem e também que possam alterar as propriedades físico-
químicas dos minerais ou solo.

As grandes cidades do mundo e suas áreas metropolitanas vêm emitindo cada


vez mais poluentes devido ao crescimento urbano e ao processo de industrialização,
este é o caso de Pequim, capital da China, que devido à intensa urbanização e às
condições climáticas levam a situações críticas de poluição.

Nas cidades brasileiras, principalmente nas maiores, existem inúmeras condições


que levam à poluição do ar, entre elas destacamos:
• A concentração de indústrias em algumas regiões, com lançamento de gases,
caso do NO2, SO2, CO2, entre outros.
• A opção pelo modal rodoviário e o uso de veículos automotores que lançam
fumaça e poluentes ao ar, em detrimento de uso de transporte coletivo de
massa sob trilhos.
• As queimadas no entorno de algumas cidades, condições mais comuns em
algumas regiões da Amazônia e do Centro-Oeste, principalmente em regiões
do cerrado.

Entre as fontes de poluição, há as indústrias de cimento, refinarias, siderúrgicas,


indústrias químicas e de adubos, bem como as empresas de mineração, incluindo-
-se as pedreiras e as de energia termoelétrica.

A energia termoelétrica queima combustíveis, principalmente petróleo ou seus


derivados, carvão ou gás, o que a torna uma fonte de poluição atmosférica.

Além das fontes de poluição primária que causam diretamente a poluição,


há também recombinação de gases que podem, em contato com os gases da
atmosfera e dependendo das condições do tempo (temperatura, vento, pluviosidade
e umidade), recombinar os gases e criar fontes secundárias de poluição.

Poluição em Cidades Chinesas


Explor

Apenas nove das 161 grandes cidades chinesas atingiram os padrões de qualidade do ar do
país, no primeiro semestre deste ano, de acordo com as últimas estatísticas do Ministério
chinês do Meio Ambiente.
Os piores índices foram registrados na região metropolitana de Pequim e Tianjin, no norte
do país. Nesses locais o ar foi considerado “altamente poluído” em 20% dos dias [...]

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Desde o dia 6 de agosto, data da abertura do encontro de Cooperação Econômica Ásia
Pacífico (APEC) em Pequim – e durante os 16 dias de duração do fórum que reúne 21 países
– a China retirou das ruas 70% dos carros do governo. O objetivo é melhorar o índice de
poluição e o trânsito.
A iniciativa é um teste para a conferência principal da APEC, prevista para acontecer em
novembro na capital. Em maio, a China prometeu tirar de circulação 5 milhões de carros
poluentes, sendo 330 mil deles apenas em Pequim. Veículos e fábricas são os principais
inimigos do ar puro.
O governo também estuda a implantação de um novo plano urbano até o final do ano, onde
a criação de “corredores de ar” será o ponto central. Essas “vias de ar” seriam largas extensões
de terra cobertas de vegetação e abertas na direção dos ventos dominantes de Pequim, para
ajudar a dispersar os poluentes e o ar quente. No entanto, as autoridades já admitiram que
este será um trabalho difícil, pois a metrópole tem mais de seis anéis viários e não resta
muito espaço no centro de Pequim.

Fonte: https://goo.gl/XBP3TkEla

Tais condições de poluição requerem um conjunto de normas de ocupação e


de usos do solo, bem como um planejamento urbano-ambiental para cuidar desta
questão e evitar que a emissão de poluentes torne a vida insuportável.

Importante perceber que é possível haver diferentes níveis de poluição, podendo


ser controlados e monitorados a fim de que não atinjam um nível crítico, cabendo ao
Estado a verificação, geralmente por meio de órgãos ambientais no nível estadual.

As doenças respiratórias, em decorrência de fatores relacionadas à poluição


do ar, vêm aumentando em algumas cidades brasileiras, podendo causar inclusive
casos de óbitos.

Pesquisadores da área de saúde explicam os tipos de poluentes mais comuns


no Brasil:
O ar poluído é uma mistura de partículas - material particulado (MP) -e
gases que são emitidos para a atmosfera principalmente por indústrias,
veículos automotivos, termoelétricas, queima de biomassa e de
combustíveis fósseis. Os poluentes podem ser classificados em primários
e secundários. Os poluentes primários são emitidos diretamente para a
atmosfera, e os secundários são resultantes de reações químicas entre os
poluentes primários. Os principais poluentes primários monitorados no
Brasil e pelas principais agências ambientais em todo o mundo são óxidos
de nitrogênio (NO2 ou NOx), compostos orgânicos voláteis (COVs),
monóxido de carbono (CO) e dióxido de enxofre (SO2). Um exemplo de
poluente secundário é o ozônio (O3), formado a partir da reação química
induzida pela oxidação fotoquímica dos COVs e do NO2 na presença de
raios ultravioleta provenientes da luz solar (ARBEX et alii, 2012, p. 644).

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Em grandes cidades como São Paulo são comuns problemas respiratórios,


especialmente entre as crianças e idosos decorrentes da poluição do ar relacionados
à queima de combustível fóssil, o gás carbônico (CO2) e o monóxido de carbono
(CO), principalmente por conta do transporte rodoviário de automóveis e os
caminhões que passam pelas vias da cidade.

A geógrafa Helena Ribeiro (2004) vem estudando no Brasil esta questão e


mostrando o padrão espacial da poluição e também das doenças, numa vertente
interdisciplinar de pesquisas de Geografia Médica Urbana.

Segundo a autora, em algumas cidades, houve melhorias em relação à


questão da poluição do ar, devido ao Programa de Controle de Poluição por
Veículos (Proncove), com a diminuição dos níveis de alguns dos contaminantes
aéreos, apesar do aumento do tamanho da frota de veículos no período. Isso
mostra que é fundamental haver políticas públicas que busquem melhorar a
qualidade de vida urbana.

Como explica o Ministério de Meio Ambiente (MMA, 2005, p. 83):


No Brasil também foram adotadas várias medidas para reduzir os níveis
de poluição veicular. Merece destaque a iniciativa do Ibama, que instituiu
o Programa Nacional de Controle da Poluição por Veículos Automotores
(Proconve). Por meio da Resolução Conama nº 18, de 6 de maio de 1986,
o Proconve estabeleceu como objetivo principal a redução da emissão de
poluentes por veículos automotores nacionais e importados. A resolução
foi ratificada pela Lei nº 8723, de 28 de outubro de 1993. Desde a
sua implantação, o Proconve já promoveu a redução das emissões de
monóxido de carbono dos veículos novos em cerca de 97%. O programa
também estabeleceu a inspeção periódica dos veículos em circulação para
verificação dos níveis de emissão dos escapamentos. [...] O Proconve
também possibilitou o desenvolvimento tecnológico dos veículos,
permitindo a introdução do uso de catalisadores no Brasil, a partir de
1992. Um cilindro de aproximadamente 30 cm é colocado antes do cano
de escapamento dos veículos automotores, para promover o tratamento
dos gases produzidos pela queima de combustível.

Como mostra o estudo (RIBEIRO, 2004) na Região Metropolitana de São Paulo,


entre 1977 e 2000, os níveis de monóxido de carbono (CO) caíram 3,1%, enquanto
que o dióxido de enxofre (SO2) caiu 88,1% e os materiais particulados diminuíram a
58,4%, apesar da ampliação do número de veículos automotores na região.

Contudo, segundo Helena Ribeiro, o ozônio é um dos poluentes secundários


que mais preocupam:
Por ser um poluente secundário, seu controle é mais complexo, depen-
dendo do controle de seus gases precursores e de reações na atmosfera.
Seus precursores estão relacionados principalmente aos veículos automo-
tores, e suas concentrações aumentaram consideravelmente entre 1977
e 2000: hidrocarbonetos aumentaram 46,6%, NOx aumentou 208,1%
(RIBEIRO, 2004, p. 70).

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Gestão da Poluição do Ar
O texto a seguir de Helena Ribeiro evidencia alguns aspectos importantes para
gestão: o planejamento da questão poluição do ar. Embora seu texto tenha relação
mais direta com São Paulo, as propostas da autora servem de parâmetro para
outras cidades brasileiras. Leia, atentamente, o texto:
Planejamento e políticas de uso do solo urbano e de controle da poluição
do ar precisam levar em conta as dinâmicas climáticas e qualidade do ar
locais e regionais, uma vez que o fenômeno poluição do ar apresenta
comportamento diverso entre as áreas micro e meso, assim como a
dinâmica econômica e demográfica. Somente o estudo geográfico
permite desvendar essa desigual distribuição dos fenômenos, que exige,
também propostas de programas diferenciados para as diferentes regiões
da cidade. Recomenda se que serão desenvolvidos planos diretores, que
incorporem essas diversidades geográficas dos fatores ambientais, além
de: controle anual das emissões de veículos em circulação a mais de
um ano; renovação da frota; controle mais efetivo da fumaça preta de
ônibus e caminhões; substituição de viagens individuais por transporte
coletivo; melhorias no sistema de transportes coletivos. Esses programas
são necessários, na situação atual, com vistas a futuras melhorias na
qualidade do ar metropolitano e conseqüente prevenção de danos à saúde
(RIBEIRO, 2004, p. 79-80).

Tipos e Exemplos de Poluição do Ar


Existem diferentes tipos de poluição do ar, ocasionadas por variados fatores e
tipos de poluentes. Conforme se observa nos itens a seguir, existem vários poluentes
e estes causam diversos problemas de saúde.

Partículas Totais em Suspensão (PTS)


Trata-se de um conjunto de poluentes formado de poeira e todo material
particulado e líquido que se mantenha suspenso no ar por causa de seu pequeno
tamanho (menor de 100 μm).

Este é resultante da queima incompleta de combustíveis e de seus derivados.


Geralmente, são oriundos da fumaça emitida por chaminés de indústrias, por
veículos que usem óleo diesel, de queimadas, dos resíduos industriais que usam
material particulado, da poeira das ruas e dos terrenos baldios, das obras que se
utilizem de terra, areia e material particulado.

Como se tratam de partículas muito pequenas, são bastantes prejudiciais à saúde


humana, principalmente devido a doenças pulmonares, pois carrega poluição para
os alvéolos.

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UNIDADE Poluição do Ar e Fenômenos Climáticos em Áreas Urbanas

A eficiência em combates a este tipo de poluição no Brasil é pequena por causa do


pequeno tamanho das partículas e das tecnologias menos avançadas aqui existentes.

Como explicam os pesquisadores:


Segundo a Legislação Brasileira (CONAMA, 1992)1, existem vários
parâmetros de avaliação da qualidade do ar, tais como a determinação
da concentração de PTS, SO2, CO, O3 e NOX. A Legislação Brasileira
estabeleceu padrões de qualidade do ar para concentrações de PTS para
curtos e longos períodos. Para o período de 24 horas (curto) existe o
padrão de qualidade do ar primário (240 µg/m3), cujas concentrações
de poluentes que ultrapassarem esse padrão poderão afetar a saúde da
população e o secundário (150 µg/m3 ), no qual as concentrações de
poluentes atmosféricos estão abaixo do que se prevê para o mínimo
efeito adverso sobre o bem estar da população, assim como o mínimo
dano à flora e a fauna. Para longos períodos foram definidas as médias
geométricas anuais nos valores de 80 µg/ m3 (primário) e 60 µg/m3
(secundário) (CARVALHO et alii, 2000, p. 614).

Partículas inaláveis (PI) e fumaça


As partículas inaláveis e a fumaça são um conjunto de poluentes formados por
poeira, fumaça e de material particulado e líquido encontrados na atmosfera que
tenham tamanho menor de 10 µm.

Estas partículas e/ou fumaça são comuns em ambiente urbano ou periurbano e


causam doenças respiratórias, câncer e agravam doenças como asma, irritação nos
olhos e na garganta. As menores são inaladas e vão para o pulmão e as um pouco
maiores (maior 2,5 µm) ampliam os problemas respiratórios, pois ficam retidas nas
partes superior do sistema respiratório.

São resultantes das chaminés de indústrias, poeira das ruas e terrenos, de obras
que tenha muita movimentação de terra e areia, bem como de veículos automotores
que usem diesel.

Dióxido de Enxofre (SO2)


Este gás é incolor, com cheiro forte e, quando recombinado com o oxigênio do
ar (O2) e com a água, transforma-se em ácido sulfúrico, um dos gases formadores
da chuva ácida, podendo ser emitido por fontes naturais, principalmente vulcões
ou por processos antrópicos, o que leva à poluição do ar.

É resultante da queima de combustíveis fósseis que contenham enxofre,


principalmente na produção de energia e de uso em veículos que tenham óleo diesel.

Agrava os sintomas da asma, provoca a tosse e a sensação de falta de ar e


amplia os casos de rinofaringites, bronquite e enfisema pulmonar.

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Dióxido de Nitrogênio (NO2)
Trata-se de um gás marrom-avermelhado com forte odor, tem ação bastante
oxidante e pode se recombinar e formar o ácido nítrico e nitratos, que contribuem
para a formação de partículas inaláveis na atmosfera.
É resultante de processos de combustão que se relacionam com usinas térmicas,
que se utilizam de óleos e gases, de processos industriais e também de veículos
automotores. Além disso, pode ser emitida por processos naturais, principalmente
de vulcões.
Este gás causa irritações nos olhos e nariz e pode provocar enfisema pulmonar.
No ambiente urbano, é comum formar o smog fotoquímico e as chuvas ácidas.

Monóxido de Carbono (CO)


É um gás inodoro e incolor e tem existência antrópica, resultante da queima in-
completa de combustíveis, sendo mais comum sua emissão por veículos automotores.

Segundo site do Ministério do Meio Ambiente (MMA):


[...] este gás tem alta afinidade com a hemoglobina no sangue,
substituindo o oxigênio e reduzindo a alimentação deste ao cérebro,
coração e para o resto do corpo, durante o processo de respiração. Em
baixa concentração causa fadiga e dor no peito, em alta concentração
pode levar a asfixia e morte.

Nas grandes cidades, é comum estacionamentos de carro em ambiente com


pouca ventilação, o que amplia a poluição do ar e o aumento de doenças respiratórias
aos que trabalham nestes espaços. O monóxido de carbono (CO) é um veneno que
pode levar à morte, em caso de respirar diretamente o gás em ambiente fechado.

Ozônio (O3)
Alguns autores usam o termo poluição térmica para as reações fotoquímicas
que ocorrem com a presença de calor, luz solar e produtos químicos que reagindo
produzem novos produtos e poluição do ar.
Este é o caso do ozônio (O3) que existe na estratosfera, camada da atmosfera
e, inclusive, protege-nos dos efeitos dos raios ultravioletas UVA e UVB. Segundo
pesquisas na área da saúde, sem esta proteção a possibilidade de casos de câncer
de pele aumentam.
Entretanto, o ozônio na troposfera, camada da atmosfera na qual vivemos,
pode causar inúmeras doenças ao homem, dependendo do nível de exposição das
pessoas à poluição. Estudos brasileiros têm demonstrado que aumentam os casos
de internações por problemas respiratórios decorrentes de poluição urbana, e estes
atingem principalmente crianças e idosos.

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UNIDADE Poluição do Ar e Fenômenos Climáticos em Áreas Urbanas

No caso do ozônio (O3) na troposfera este existe mediante uma reação fotoquímica:
O ozônio, próximo à superfície da Terra, resulta de reações fotoquímicas
de poluentes com a radiação solar. Pode atingir as porções mais
profundas dos pulmões podendo causar inflamação e diminuição da
função pulmonar. É um poderoso oxidante, participando de reações
intra e extracelulares com envolvimento de enzimas importantes para o
metabolismo (NASCIMENTO et alii, 2006, p. 77).

Neste caso é necessária uma reação fotoquímica, ou seja, dependerá da luz solar
e sua incidência para reagir e formar o ozônio, pois a luz solar quebra as moléculas
dos hidrocarbonetos que são liberados na combustão da gasolina, diesel e outros.
Assim, quanto maior a quantidade de luz solar, maior as reações fotoquímicas que
combinada com o óxido de nitrogênio, formam o ozônio (O3).
Desse modo, seja derivada de indústrias ou da queima de combustíveis fósseis,
há problemas de poluição do ar e o agravamento da saúde da população que
vive nas cidades, principalmente os lugares que possuem grande frota de veículos
automotores ou indústrias poluidoras.
Um exemplo de poluição extrema ocorreu nos anos 1980 na cidade de Cubatão,
situada na Baixada Santista, litoral paulista, a qual ficou conhecida mundialmente
devido à poluição do ar ocasionada pelo polo petroquímico de Cubatão e demais
indústrias da cidade.
Num primeiro momento, a poluição do ar causou as chuvas ácidas, que
destruíram a vegetação de encosta (Mata Atlântica) ocasionando deslizamentos na
Serra do Mar e também houve casos de problemas respiratórios nos moradores,
comprometendo os pulmões, as mucosas das narinas e garganta, bem como
ardência nos olhos.
Devido à essa situação de poluição extrema, inúmeros bebês nasceram com
problemas neurológicos e também houve casos com anencefalia, o que levou a
Organização das Nações Unidas (ONU) a considerá-la como a cidade mais poluída
do mundo naquele período.
Com as novas legislações ambientais, a cidade melhorou por meio de um
mapeamento e estudos das causas da poluição do ar, realizados pela Cetesb,
órgão ambiental do Estado de São Paulo. Não que seja um ambiente ideal, mas
houve melhoras em relação à situação existente e a diminuição dos casos mais
graves de doenças.

Você Sabia? Importante!

Chuvas Ácidas
As chuvas ácidas são um fenômeno de poluição atmosférica causada pela recombinação
de alguns poluentes tais como os óxidos de enxofre (SO2, SO3) e de nitrogênio (NO, NO2,
N2O), que pode causar danos à vegetação, aumento do pH dos corpos hídricos (rios,
lagos), bem como nas construções, pois corrói pedras, metais e tintas de construções,
monumentos etc.

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Já em algumas cidades do Acre, caso da capital Rio Branco, vêm ocorrendo
poluição do ar ocasionada por queimadas em áreas do entorno da cidade, levando
ao aumento de ocorrências de problemas respiratórios na população local.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) vem registrando, nas últimas


décadas, inúmeros pontos de queimada no Acre e estes podem ser ainda maiores
já que a imagem de satélite não consegue detectar os lugares onde a cobertura de
nuvens é grande ou quando os focos são pequenos.

Há casos de moradores que têm práticas populares de pequenas queimadas


nas roças como também queimadas provocadas para criar pastos nas regiões de
florestas, práticas estas que são criminosas.

Além disso, principalmente as localidades na Amazônia Ocidental utilizam-se


de fontes de energia com o uso da queima de biomassa, sejam óleos vegetais ou
de combustíveis fósseis-especialmente de óleo diesel, que atende à produção de
energia elétrica de muitas capitais da Amazônia e de cidades de pequeno porte.
Tal sistema é denominado de Sistemas Isolados pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (ANEEL):
Os Sistemas Isolados são predominantemente abastecidos por usinas
térmicas movidas a óleo diesel e óleo combustível – embora também
abriguem Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), Centrais Geradoras
Hidrelétricas (CGH) e termelétricas movidas a biomassa. Estão localizados
principalmente na região Norte: nos Estados de Amazonas, Roraima,
Acre, Amapá e Rondônia. São assim denominados por não estarem
interligados ao SIN e por não permitirem o intercâmbio de energia elétrica
com outras regiões, em função das peculiaridades geográficas da região
em que estão instalados. Segundo dados da Eletrobrás, eles atendem a
uma área de 45% do território brasileiro e a cerca de 3% da população
nacional – aproximadamente 1,3 milhão de consumidores espalhados por
380 localidades (ANEEL,2008, p. 32).

Logo, os tipos de poluição do ar nas cidades brasileiras são variados e relacio-


nados a questões como indústria, transporte e também queimadas, bem como
ocasionadas por diferentes atores sociais.

Em algumas situações, um processo natural denominado de inversão térmica,


intensifica a poluição do ar. É comum em algumas cidades do Sudeste, por
exemplo, no inverno haver inversão térmica, processo no qual a calmaria (pouca
intensidade de ventos) e alta pressão do ar prejudicam a dispersão dos poluentes,
formando uma nítida camada cinza no ar, por conta da poluição que não consegue
se dispersar.

Denomina-se inversão térmica porque em condições mais comuns e normais o


ar quente está mais próximo da superfície e quanto maior a altitude menor será a
temperatura. No entanto, no período do inverno, a chegada de massas de ar frias
faz com que o ar quente suba e o ar frio que é mais denso fique mais próximo da
superfície, ocasionando o processo de inversão térmica.

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UNIDADE Poluição do Ar e Fenômenos Climáticos em Áreas Urbanas

Tratam-se de dias de calmaria, tempo aberto, quase sem nuvens e onde se


observa com o passar dos dias o céu azul acima da camada de poluição que não
consegue se dispersar.

Fenômenos Climáticos e Meteorológicos


A partir dos anos 1990, vem se intensificando pesquisas sobre mudanças
climáticas no mundo. Existem controvérsias se tais mudanças são oriundas da ação
humana ou não.

Há os que acreditam que devido à poluição do ar, ocasionada pela queima


de combustíveis, poluição industrial e produção de energia, a sociedade estaria
contribuindo para o aumento das temperaturas na Terra e ocasionando a ampliação
do chamado “Efeito Estufa”.

Efeito Estufa
Explor

Para estudiosos em efeito estufa, este fenômeno atmosférico é ocasionado pelo aumento
da temperatura na Terra em decorrência do aumento de gases como o dióxido de carbono
(CO2), o monóxido de carbono (CO), dióxido de enxofre (SO2), o gás metano (Ch4) e o
ozônio (O3), entre outros. Isto ocorre por conta de ações antrópicas e também naturais. A
urbanização vem intensificando tal processo por conta das atividades industriais, transporte
automotores e produção de energia. Estima-se que devido ao efeito estufa as chuvas
torrenciais, o degelo e aumento do nível do mar, alterações climáticas – com aumento do
nível de chuvas torrenciais e extremos períodos de secas vão alterar as condições do planeta
e das atividades de existência do homem.

Já outros pesquisadores apontam que tais mudanças climáticas não ocorrem


devido à ação humana, pois os próprios processos naturais dos oceanos e terrestre
ao longo da história do planeta alteraram o clima diversas vezes.

De qualquer forma, as oscilações de temperatura e pluviosidade no planeta vêm


aumentando tanto nos oceanos, responsáveis pela maior parte dos fenômenos
climáticos quanto na parte terrestre.

Nas cidades, isto vem ocasionando chuvas torrenciais que levam aos problemas
de enchentes. Entretanto também tem havido oscilações na quantidade de
pluviosidade, entremeando-se períodos de maior quantidade de chuvas com secas
mais prolongadas, levando à escassez hídrica, o que compromete o uso e consumo
de água nas cidades.

Alguns autores denominam de microclima urbano as mudanças ocasionadas


especificamente nas áreas urbanas no clima. Observe o espaço e o cotidiano de
uma grande cidade no Brasil. Quase tudo que existe nela produz calor. Os inúmeros
aparelhos eletrodomésticos que usamos aquecem o ambiente, até mesmo uma
geladeira também esquenta a atmosfera.

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Explor
Clima X Tempo
O tempo tem relação com as condições atmosféricas de um determinado momento, podendo
variar a cada instante, quem estuda essa área do conhecimento é a Meteorologia. Por meio
dela sabemos se um dia irá chover (pluviosidade), a temperatura, a chegada de massas de
ar que poderão alterar a temperatura e umidade, entre outros. Já o clima é um conceito
que tem relação com as condições atmosféricas de uma região, considerando-se um certo
padrão de características de temperatura, pluviosidade, massas de ar, umidade etc. Quando
afirmamos que o tempo vai mudar estamos tratando das alterações do dia a dia, já o clima
tem relação com um padrão num período de tempo maior.
Assim, no clima tropical, por exemplo, há um padrão de chuvas típico de verão, com aumento
das temperaturas e chuvas neste período. Se hoje em sua cidade está caindo neve o tempo
está frio e não o clima está frio! Porque se a sua cidade é brasileira e caí neve deve estar
situada em região de clima subtropical, provavelmente no Sul do Brasil, pois tal clima pode
ter períodos com temperaturas abaixo de zero e pode precipitar neve.

Segundo alguns pesquisadores, tais alterações nas condições microclimáticas


nas cidades ocorrem devido:
• ao desmatamento, o que diminui os efeitos da vegetação urbana na troca
radiativa e no processo de resfriamento evaporativo;
• à grande quantidade de construção e poucas áreas verdes, alterando o
comportamento hidrológico das cidades tropicais, criando episódios climáticos
mais drásticos de secas e de chuvas torrenciais. Tendo em vista tais condições,
a incidência de raios é maior por causa das chuvas convectivas;
• à grande quantidade de concreto e asfalto, o que retém mais calor nas grandes
cidades e leva ao fenômeno denominado de “ilha de calor”.

Este fenômeno urbano pode ocorrer nas grandes cidades devido às transfor-
mações microclimáticas. A pesquisadora, geógrafa, Magda Adelaide Lombardo
(1985) já vem pesquisando desde os anos 1980 este fenômeno urbano, no qual
ocorre uma significativa alteração de temperatura em algumas áreas nas cidades.

A autora, assim, comenta:


A ilha de calor urbana corresponde a uma área na qual a temperatura da
superfície é mais elevada que as áreas circunvizinhas, o que propicia o
surgimento de circulação local. O efeito da ilha de calor sobre as cidades
ocorre devido à redução da evaporação, ao aumento da rugosidade e às
propriedades térmicas dos edifícios e dos materiais pavimentadas. [...] a
poluição pode influir na absorção e reemissão da radiação na área ocupada
pela cidade, ocasionando também um excedente tempo e temperatura
(LOMBARDO, 1985, p. 24).

Tanto as construções em concreto, quanto o asfalto das ruas e a supressão


de áreas verdes podem modificar a temperatura das cidades. Há casos em que o
centro de uma mesma cidade tem temperaturas bem mais altas do que em bairros,
onde há menos construção e maior quantidade de verde.

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UNIDADE Poluição do Ar e Fenômenos Climáticos em Áreas Urbanas

Observe o mapa do município de São Paulo, onde este fenômeno climático


urbano se expressa.

Figura 1 – Mapa de Temperaturas do Município de São Paulo


Fonte: atlasambiental.prefeitura.sp.gov.br

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As temperaturas num mesmo dia têm grande amplitude térmica quanto
comparados em diferentes regiões e lugares da cidade. No mapa, os tons da cor
azul são os que expressam as menores temperaturas, com 23° graus Celsius e nos
tons vermelhos as maiores temperaturas com 32° graus. Observe que nas áreas
mais centrais e parte da Zona Leste da cidade situam-se as maiores temperaturas,
devido a menor quantidade de áreas verdes e grande quantidade de construção.

Contudo, cabe dizer que as alterações de temperaturas podem se ocorrer devido


a fenômenos climáticos mais amplos que não estão apenas na escala local, assim
como por conta da dinâmica de massas de ar que podem aumentar ou diminuir a
temperatura de uma determinada cidade.

Finalizando esta unidade é importante ressaltar que existem vários fatores que
interferem na poluição do ar nas cidades brasileiras, situações que igualmente agravam
os problemas de saúde humana, sobretudo relacionados ao sistema respiratório.

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UNIDADE Poluição do Ar e Fenômenos Climáticos em Áreas Urbanas

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

  Sites
CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
http://www.cetesb.sp.gov.br/

 Leitura
Consumo sustentável: Manual de Educação
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). Transporte. In: MMA. Consumo
sustentável: Manual de educação. Brasília: Consumers International/ MMA/ MEC/
IDEC, 2005, p. 79-96.
https://goo.gl/wWk41c
Ambiente Urbano e Qualidade de Vida
GRIMBERG, Elisabeth (org.). Ambiente urbano e qualidade de vida. São Paulo:
Pólis, 1991.
https://goo.gl/re7k0S
Uma Proposta Metodológica para Estimar o Custo da Poluição do Ar nas Análises de Viabilidade de Sistemas de
Transportes Urbanos
LANDMANN, Marcelo Camilli; RIBEIRO, Helena; DEÁK, Csaba. Uma proposta
metodológica para estimar o custo da poluição do ar nas análises de viabilidade de
sistemas de transportes urbanos. Revista Transportes, v. XV, n. 1, junho 2007,
p. 42-49.
https://goo.gl/hxKLUA

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Referências
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (ANEEL). Energia no Brasil
e no mundo. Atlas de energia elétrica do Brasil. Parte I. Brasília, ANEEL, 2008.

ARBEX, Marcos Abdo et alii. A poluição do ar e o sistema respiratório. Jornal


Brasileiro de Pneumologia (online). Vol. 38, n. 05, Set-Out, 2012, p. 643-
655. Disponível em: http://www.jornaldepneumologia.com.br/detalhe_artigo.
asp?id=79. Acesso em 08/03/2015.

CARVALHO, Fabiana Goulart de et alii. Estudo das partículas totais em suspensão


e metais associados em áreas urbanas. Revista Química Nova, 23(5), 2000.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/qn/v23n5/3050.pdf

CAVALHEIRO, F.; NUCCI, J.C; GUZZO, P.; ROCHA, Y.T. Proposição de


terminologia para o verde urbano. Rio de Janeiro, Boletim Informativo da SBAU
(Sociedade Brasileira de Arborização Urbana), ano VII, n. 3 - Jul/ago/set de 1999.

LOMBARDO, Magda Adelaide. Ilha de calor nas metrópoles. O exemplo de São


Paulo. São Paulo: Editora Hucitec, 1985.

MELLANBY, Kenneth. Biologia da poluição. Trad. Lúcia Baungartner Lamberti.


São Paulo: EPU/EDUSP, 1982.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). Consumo sustentável: Manual


de educação. Brasília: Consumers International/ MMA/ MEC/IDEC, 2005.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf. Acesso
em 07/08/2015.

NASCIMENTO, Luiz Fernando C.; PEREIRA, Luiz Alberto A.; BRAGA, Alfésio
L F; MÓDOLOA, Maria Carolina; CARVALHO JR.; João Andrade. Efeitos da
poluição atmosférica na saúde infantil em São José dos Campos, SP. Revista de
Saúde Pública, 2006, 40 (1), 2006, p. 77-82.

RIBEIRO, Helena. Geografia da saúde e da doença aplicada à poluição do ar em


São Paulo. In: RIBEIRO, Helena (org.). Olhares geográficos: meio ambiente e
saúde. São Paulo, SENAC, 2004, p. 65-80.

Sites consultados
Portal EcoDebate <https://www.ecodebate.com.br>.

Ministério do Meio Ambiente <http://www.mma.gov.br/>.

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