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MEIO AMBIENTE E CIDADANIA NO TRÂNSITO

IMPERATRIZ-MA

2023
ALUNOS: Bruna Karollyne Silva Ortmeyer

Marcos Pereira de Sousa

MEIO AMBIENTE E CIDADANIA NO TRÂNSITO

Trabalho apresentado para o


Professor Instrutor Clebio de
Sousa para a Conclusão do
Curso de Instrutor De Trânsito
Do SEST SENAT.

IMPERATRIZ-MA

2023

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SUMÁRIO

1. Introdução......................................................................................................4
2. O ar que respiramos......................................................................................5
2.1. Emissão de gases e efeito estufa...................................................5
2.2. Gases CFCs (Clorofluorcarboneto)................................................7
3. Programas de proteção e controle de poluição do meio ambiente..........8
4. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA).........................9
5. Órgãos e Programas de Proteção e Controle de Poluição Ambiental no
Trânsito.............................................................................................................10
6. Como e quanto fazer a manutenção dos veículos...................................11
7. Poluição sonora...........................................................................................13
8. Sustentabilidade no trânsito.......................................................................14
9. Conclusão.....................................................................................................16
10. Referências.................................................................................................18

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1. INTRODUÇÃO

O trânsito é um dos maiores problemas do meio ambiente, devido à


emissão de gases poluentes, poluição sonora, atmosférica e visual. O aumento
da quantidade de carros nas cidades também implica no aumento da demanda
de espaço para tanto veículo. O poder público pode então retirar a vegetação
natural para expandir as vias urbanas.

O cenário contemporâneo nos grandes centros urbanos é caracterizado


pela crescente interação entre o homem, a máquina e o ambiente que o circunda.
No epicentro dessa complexa teia de relações, encontramos o trânsito, uma
esfera intrínseca ao cotidiano, que, por vezes, desafia a harmonia entre a
mobilidade e o meio ambiente. Este cenário instigante e multifacetado suscita
uma reflexão sobre a interseção entre meio ambiente e cidadania no contexto do
tráfego urbano.

A urbanização acelerada e o aumento exponencial da frota de veículos


têm colocado à prova não apenas a capacidade infraestrutural das cidades, mas
também a qualidade ambiental desses espaços. O trânsito, que em sua essência
é um facilitador da mobilidade, tornou-se paradoxalmente um vetor de impactos
negativos, revelando a urgência em repensar o modo como nos deslocamos e
como esse deslocamento afeta o meio ambiente.

No meio ambiental, o trânsito desencadeia uma série de desafios, dos


quais a poluição do ar é um dos mais prementes. As emissões provenientes dos
veículos, sobretudo aqueles movidos por combustíveis fósseis, contribuem
significativamente para a degradação da qualidade do ar nas áreas urbanas.
Óxidos de nitrogênio, material particulado e dióxido de enxofre são lançados na
atmosfera diariamente, comprometendo não apenas a saúde pública, mas
também alterando ecossistemas locais.

Nesse contexto, a cidadania no trânsito emerge como uma peça-chave na


equação, representando não apenas o cumprimento de normas e
regulamentações, mas, acima de tudo, a consciência do cidadão acerca dos
impactos de suas escolhas no ambiente que compartilha com outros. A cidadania
transcende o simples ato de obedecer leis de trânsito; ela se manifesta na

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adoção de comportamentos responsáveis e na compreensão das externalidades
ambientais decorrentes do deslocamento cotidiano.

2. O AR QUE RESPIRAMOS

Segundo a análise da Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição


do ar é responsável pela perda de 7 milhões de vidas anualmente, afetando 9
em cada 10 pessoas que respiram um ar contaminado. Esses alarmantes dados
foram apresentados durante a primeira Conferência Global sobre Poluição do Ar
e Saúde, realizada em Genebra no ano de 2018. A magnitude desses números
ressalta a urgência de abordar e remediar os efeitos prejudiciais da poluição
atmosférica em escala global.

O trânsito urbano, impulsionado pelo crescimento econômico e pela


expansão populacional, tornou-se uma das principais fontes de emissões de
gases poluentes, contribuindo significativamente para o agravamento do efeito
estufa. O diálogo entre o setor de transporte e as mudanças climáticas torna-se
cada vez mais crucial diante da necessidade premente de reduzir as emissões
e mitigar os impactos ambientais.

2.1 Emissão de gases e efeito estufa

Os veículos impulsionados por combustíveis fósseis, como gasolina e


diesel, desempenham um papel significativo na emissão de gases de efeito
estufa, notadamente dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxidos de
nitrogênio (NOx). Essas substâncias, liberadas durante o processo de queima
desses combustíveis, permanecem na atmosfera, formando uma camada que
retém o calor e contribui para o fenômeno do efeito estufa, resultando no
aumento da temperatura global.

Destaca-se que o dióxido de carbono assume uma posição proeminente


nesse cenário, sendo o principal responsável pela grande maioria das emissões
provenientes do setor de transporte. Sua persistência na atmosfera é notória,

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desempenhando um papel crucial nas mudanças climáticas a longo prazo. As
emissões provenientes dos veículos não apenas afetam o clima global, mas
também têm repercussões diretas na qualidade do ar local, impactando
negativamente a saúde das comunidades urbanas.

Além dos gases mencionados, é essencial abordar a questão do


monóxido de carbono (CO), um subproduto da combustão incompleta de
combustíveis fósseis. O monóxido de carbono é um gás tóxico que, quando
inalado em quantidades elevadas, pode causar sérios danos à saúde humana.
A exposição contínua a esse poluente, especialmente em ambientes urbanos
com tráfego intenso, pode resultar em problemas respiratórios, cardiovasculares
e outras complicações médicas. É um gás que pode ser letal e não tem cheiro
ou cor.

A busca por alternativas sustentáveis no transporte surge como uma


resposta indispensável a esse desafio ambiental. A promoção de veículos
elétricos, híbridos e movidos a energias renováveis constitui uma estratégia
eficaz para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no trânsito. Além disso,
investir em infraestrutura para o transporte público, ciclovias e incentivar o uso
de modos de deslocamento não motorizados são medidas que contribuem para
a diminuição da dependência de combustíveis fósseis.

Os esforços para conter a emissão de gases no trânsito não se restringem


apenas ao setor automotivo. A modernização de sistemas de transporte público,
o desenvolvimento de políticas urbanas voltadas para a mobilidade sustentável
e a conscientização da população sobre práticas de condução eficientes
desempenham um papel crucial nesse processo.

Iniciativas globais, como acordos climáticos e metas de redução de


emissões, também estimulam os países a repensarem suas políticas de
transporte. O reconhecimento da conexão entre as emissões veiculares e as
mudanças climáticas impulsiona a adoção de estratégias mais abrangentes,
visando não apenas a redução das emissões, mas também a construção de
sistemas de transporte mais resilientes e sustentáveis.

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2.2 O que são os gases CFCs (Clorofluorcarboneto)

Os clorofluorcarbonetos (CFCs) são compostos químicos formados por


três elementos: carbono (C), flúor (F) e cloro (Cl).

Estes compostos fazem parte da família dos haletos orgânicos e são


sintetizados a partir de hidrocarbonetos pela substituição de átomos de
hidrogênio por halogênios.

Existem vários compostos de CFCs e os representantes mais comuns


são:

• CFC 11 – triclorofluorometano (CCl3F)


• CFC 12 – diclorodifluorometano (CCl2F2)
• CFC 113 – triclorotrifluoroetano (C2Cl3F3)

Os CFCs se tornaram popularmente conhecidos por causa do Freon, um


conjunto de gases de refrigeração à base de clorofluorcarbonetos.

Características dos clorofluorcarbonetos

As principais características desses compostos são as seguintes:

• São voláteis.
• São bons solventes.
• Possuem baixos pontos de ebulição.

Os halogênios ligados aos átomos de carbono tornam o composto mais


volátil e menos reativo. Eram justamente essas as características buscadas pela
indústria quando desenvolveram os CFCs em 1930, como uma alternativa mais
segura em substituição à amônia e ao dióxido de enxofre.

As aplicações mais comuns dos CFCs foram para fins de refrigeração,


expansor de espuma, propulsor de latas de spray e sistemas de incêndio.

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Clorofluorcarboneto e a camada de ozônio

Embora não exista cloro em quantidades significativas na atmosfera, os


CFCs aumentaram a presença desse elemento químico na camada de ozônio.
A camada fica ao redor da Terra, na altitude aproximada de 15 a 20 km e é
formada por gás ozônio (O3).

Átomos de cloro e radicais livres são produzidos a essa altitude pela


decomposição dos CFCs gerada por radiação ultravioleta, causando enormes
prejuízos à camada de ozônio.

A preservação desta camada é fundamental para a conservação da saúde


e a sobrevivência de todos os seres vivos, pois ela é responsável por ser
uma barreira de proteção contra os raios ultravioleta emanados pelo sol.

Se a camada de ozônio não existisse, a vida na Terra seria extinta, pois


os raios ultravioleta com incidência direta seriam fatais para os seres vivos.

Entre as décadas de 1940 e 1970 os clorofluorcarbonetos foram


amplamente usados em diversos produtos, principalmente em versões de
produtos em apresentação em spray, em aparelhos de ar condicionado e em
gases de sistemas de refrigeração.

Entretanto, algum tempo depois, a partir dos anos 1970, foi descoberto
que a emissão de clorofluorcarboneto na atmosfera era um dos grandes
responsáveis pelo aumento do buraco na camada de ozônio.

3. PROGRAMAS DE PROTEÇÃO E CONTROLE DE POLUIÇÃO DO


MEIO AMBIENTE

1. PROCONVE (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos


Automotores): Este programa, desenvolvido pelo governo brasileiro, estabelece
padrões de emissões para veículos, incentivando a produção e aquisição de
automóveis mais sustentáveis e menos poluentes.

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2. CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo): Em nível
estadual, a CETESB, por meio de programas específicos, monitora e fiscaliza a
qualidade do ar, identificando áreas críticas e propondo ações para reduzir a
poluição atmosférica causada pelo trânsito.

Iniciativas Locais e Internacionais:

1. Programas de Incentivo ao Transporte Público: Muitas cidades ao redor


do mundo têm implementado programas de incentivo ao transporte público,
visando reduzir a quantidade de veículos individuais nas vias e,
consequentemente, diminuir as emissões de poluentes.

2. Cidades Verdes e Ciclovias: A promoção de ambientes urbanos mais


sustentáveis inclui a criação de ciclovias e espaços verdes, estimulando o uso
de meios de transporte não motorizados e reduzindo a dependência de veículos
movidos a combustíveis fósseis.

Apesar dos avanços, desafios persistem, especialmente em regiões


densamente urbanizadas. A conscientização da população sobre a importância
de práticas sustentáveis no trânsito e o investimento contínuo em tecnologias
mais limpas são cruciais para o enfrentamento da poluição ambiental.

Em suma, a proteção e controle da poluição ambiental no trânsito


requerem a atuação coordenada de órgãos governamentais, programas
específicos, como o CONAMA, e iniciativas locais e internacionais. A busca por
soluções inovadoras e a colaboração coletiva são peças fundamentais para a
construção de um ambiente urbano mais saudável e sustentável.

4. CONAMA

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) destaca-se como


uma peça fundamental na construção e implementação de políticas ambientais
no Brasil. Criado pela Lei nº 6.938/1981, o CONAMA é um órgão consultivo e

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deliberativo que visa a promoção do desenvolvimento sustentável e a
preservação do meio ambiente.

Uma das principais atribuições do CONAMA é a normatização de padrões


e critérios que visam assegurar a qualidade ambiental. No contexto do trânsito,
o conselho desempenha um papel crucial ao estabelecer diretrizes para a
redução da poluição atmosférica gerada por veículos automotores. Por meio de
resoluções, o CONAMA fixa limites de emissões veiculares, incentivando a
adoção de tecnologias mais limpas e a redução do impacto ambiental do
transporte.

Outro ponto relevante é a atuação do CONAMA na avaliação e


licenciamento ambiental de empreendimentos que possam impactar o meio
ambiente. Isso inclui a análise de projetos relacionados à infraestrutura viária e
de transporte, garantindo que sejam implementadas medidas que minimizem
possíveis danos ambientais.

No tocante ao trânsito, o CONAMA desempenha um papel estratégico ao


considerar não apenas a poluição do ar, mas também questões relacionadas ao
ruído urbano, impactos sobre a biodiversidade e a ocupação de áreas verdes.
Suas resoluções têm impacto direto na elaboração de políticas públicas voltadas
para a mobilidade sustentável e o uso consciente dos recursos naturais.

5. Órgãos e Programas de Proteção e Controle de Poluição


Ambiental no Trânsito

1. IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais


Renováveis): No Brasil, o IBAMA desempenha um papel crucial na fiscalização
e controle ambiental, incluindo a gestão de questões relacionadas à poluição do
ar e sonora no trânsito.

2. DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito): Responsável pela


regulamentação e normatização do trânsito, o DENATRAN atua para promover

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medidas que minimizem o impacto ambiental dos veículos, como a
implementação de padrões de emissões veiculares.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB art. 172), atirar do


veículo, ou abandonar na via, objetos ou substâncias é considerado uma infração
média e ainda é passível de multa. Além de possíveis causas de acidentes,
restos de comida, por exemplo, atraem animais para a pista, o que pode
ocasionar atropelamentos, afetando a biodiversidade local.

Dessa forma, as penalidades impostas pelo CTB não apenas incentivam


a manutenção preventiva, mas também desestimulam a circulação de veículos
que representam riscos à segurança viária e contribuem para a poluição
ambiental. Essa abordagem legal reforça a importância não apenas de manter
os veículos em boas condições mecânicas, mas também de garantir que seus
sistemas de controle de emissões estejam em conformidade com os padrões
ambientais.

6. A Importância da Manutenção Veicular Adequada para a


Sustentabilidade Ambiental

A relação entre manutenção veicular e sustentabilidade ambiental é um


aspecto muitas vezes subestimado no cenário do trânsito. Entretanto, a
frequência e a qualidade das práticas de manutenção desempenham um papel
crucial na redução do impacto ambiental dos veículos, contribuindo para a
preservação do meio ambiente e a promoção da eficiência energética.

Realizar a manutenção veicular no tempo adequado é essencial para


otimizar o desempenho do veículo, reduzir o consumo de combustível e
minimizar as emissões de poluentes. Um veículo bem mantido não apenas
consome menos combustível, mas também emite menos poluentes
atmosféricos, contribuindo diretamente para a qualidade do ar e para a
diminuição do efeito estufa.

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Um dos aspectos fundamentais da manutenção é a troca regular de óleo
do motor. O óleo lubrificante desgastado pode aumentar o atrito interno do motor,
levando a um maior consumo de combustível e a uma liberação acentuada de
emissões. Além disso, filtros de ar e de combustível entupidos podem prejudicar
a eficiência do motor, aumentando as emissões de poluentes atmosféricos.

Outro ponto crucial é a verificação e manutenção adequada do sistema


de escapamento, incluindo catalisadores e sensores de oxigênio. Estes
componentes desempenham um papel vital na redução de emissões nocivas.
Um catalisador eficiente, por exemplo, converte gases poluentes em substâncias
menos prejudiciais, contribuindo para um ar mais limpo.

Além dos benefícios ambientais diretos, a manutenção veicular adequada


também resulta em economia de recursos. Veículos bem cuidados têm uma vida
útil prolongada, reduzindo a necessidade de produção e descarte prematuro de
automóveis. Isso, por sua vez, contribui para a redução do consumo de matérias-
primas e energia envolvida no ciclo de vida dos veículos.

A legislação de trânsito, estabelecida pelo Código de Trânsito Brasileiro


(CTB), destaca a importância da manutenção veicular como requisito para a
circulação segura e ambientalmente responsável. O não cumprimento dessas
normas pode resultar em penalidades que visam garantir a integridade do veículo
e a segurança de todos os usuários das vias.

O CTB, em seu artigo 230, estabelece infrações específicas para veículos


em más condições de conservação. Conduzir um veículo em estado inadequado
de funcionamento, comprometendo a segurança, constitui infração grave, sujeita
a multa e medida administrativa, que pode incluir a retenção do veículo até que
as irregularidades sejam sanadas.

Inciso VI - com qualquer uma das placas de identificação sem condições de


legibilidade e visibilidade:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo;

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Inciso XXII - com defeito no sistema de iluminação, de sinalização ou com
lâmpadas queimadas:
Infração - média;
Penalidade - multa.

7. Poluição Sonora e as Regulamentações do Código de Trânsito


Brasileiro (CTB)

A poluição sonora, resultante do excesso de ruídos no ambiente urbano,


é uma preocupação crescente que afeta a qualidade de vida nas cidades. O
barulho excessivo, muitas vezes proveniente do trânsito, não apenas perturba o
bem-estar das comunidades, mas também tem implicações para a saúde
pública. No Brasil, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) aborda especificamente
essa questão, estabelecendo normas e limites para combater a poluição sonora
decorrente das atividades automotivas.

Art. 228. Usar no veículo equipamento com som em volume ou frequência


que não sejam autorizados pelo CONTRAN:

Infração - grave; Penalidade - multa. Medida administrativa - retenção do veículo


para regularização.

Essa norma visa coibir práticas que contribuem para a poluição sonora
nas vias públicas. Equipamentos como sistemas de som automotivo com volume
elevado, conhecidos como "paredões de som", que perturbam a ordem pública
e a tranquilidade dos locais por onde transitam, são alvo específico dessa
regulamentação.

As penalidades para infrações relacionadas à poluição sonora estão


estabelecidas no artigo 229 do CTB. Usar indevidamente no veículo aparelho de
alarme ou que produza sons e ruído que perturbem o sossego público, em
desacordo com normas fixadas pelo CONTRAN:

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Infração - média; Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo.

Adicionalmente, o CTB delega aos órgãos de trânsito a competência para


estabelecer limites máximos de emissão de ruídos provenientes de veículos,
visando garantir o sossego e a segurança da população. Dessa forma, as
autoridades locais têm o respaldo legal para regulamentar e fiscalizar a emissão
de ruídos em conformidade com as características urbanas e as necessidades
específicas de cada localidade.

Essas normas não apenas visam prevenir a poluição sonora, mas também
promovem o respeito ao ambiente urbano e à coletividade. A conscientização
sobre os impactos negativos do excesso de ruídos no bem-estar das
comunidades e na saúde auditiva é essencial para a eficácia dessas
regulamentações.

8. Sustentabilidade no Trânsito: Rumo a uma Mobilidade Consciente


e Responsável

A busca por práticas sustentáveis no trânsito é uma resposta imperativa


aos desafios ambientais e sociais que as cidades enfrentam atualmente. A
sustentabilidade no contexto do tráfego urbano não se limita apenas à eficiência
energética dos veículos, mas abrange uma série de elementos que visam
harmonizar a mobilidade com a preservação ambiental, a qualidade de vida e a
equidade social.

Veículos Sustentáveis: A transição para veículos mais limpos e eficientes é uma


peça-chave na busca pela sustentabilidade no trânsito. Isso inclui a adoção de
tecnologias elétricas, híbridas e movidas a energias renováveis, reduzindo as
emissões de poluentes atmosféricos e contribuindo para a mitigação das
mudanças climáticas.

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Transporte Público Eficiente: Investir em sistemas de transporte público
eficientes e acessíveis é fundamental para reduzir a dependência de veículos
particulares. Priorizar o transporte coletivo contribui não apenas para a
diminuição do congestionamento, mas também para a otimização do uso do
espaço urbano e a redução das emissões per capita.

Infraestrutura Ciclável: O estímulo ao uso de bicicletas como meio de transporte


é uma prática sustentável que promove a mobilidade ativa e a redução da
pegada de carbono. A criação de infraestrutura cicloviária segura e conectada
incentiva o uso da bicicleta como uma alternativa viável para deslocamentos
urbanos.

Planejamento Urbano Sustentável: O desenho e planejamento das cidades


desempenham um papel fundamental na promoção da sustentabilidade no
trânsito. A criação de espaços verdes, a priorização de áreas para pedestres e
a integração de diferentes modos de transporte contribuem para uma mobilidade
mais equitativa e ambientalmente amigável.

Educação e Conscientização: A promoção da sustentabilidade no trânsito


também passa pela educação e conscientização dos usuários. Campanhas
educativas sobre práticas de direção eficientes, respeito às normas de trânsito e
a importância da escolha de meios de transporte sustentáveis são essenciais
para mudar comportamentos e criar uma cultura de mobilidade consciente.

Inovação Tecnológica: A incorporação de tecnologias inovadoras, como


sistemas inteligentes de transporte e veículos autônomos, pode contribuir para
a eficiência do tráfego e a redução de impactos ambientais. A pesquisa e o
desenvolvimento de soluções tecnológicas sustentáveis são componentes
cruciais para a evolução da mobilidade urbana.

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CONCLUSÃO

A integração de conceitos como meio ambiente, cidadania e


sustentabilidade no contexto do trânsito representa uma abordagem holística
para enfrentar os desafios contemporâneos das cidades. A compreensão de que
o trânsito não é apenas um meio de deslocamento, mas um espaço onde
convergem interações humanas, atividades cotidianas e impactos ambientais,
torna-se essencial para a construção de uma mobilidade consciente.

No âmbito da cidadania no trânsito, a promoção de comportamentos


éticos e responsáveis é fundamental. Respeitar as normas de trânsito não é
apenas uma obrigação legal, mas uma expressão de cidadania que contribui
para a segurança e harmonia coletiva. A empatia no trânsito, refletida no respeito
aos pedestres, ciclistas e demais usuários, é uma manifestação concreta de
cidadania em ação.

A relação intrínseca entre cidadania e meio ambiente no trânsito é


evidenciada pela busca por práticas sustentáveis. A transição para veículos mais
limpos, a promoção de transporte público eficiente e a criação de infraestrutura
cicloviária não apenas contribuem para a preservação ambiental, mas também
refletem uma cidadania ativa, comprometida com a qualidade de vida e a saúde
das comunidades urbanas.

A conscientização sobre a importância do meio ambiente no trânsito vai


além da mera preservação de recursos naturais. Envolve a compreensão de que
a qualidade do ar, a redução de poluentes e o planejamento urbano sustentável
são elementos-chave para assegurar não apenas um ambiente saudável, mas
também um legado para as gerações futuras.

Em resumo, a interseção entre meio ambiente, cidadania e


sustentabilidade no trânsito delineia um paradigma que transcende a mobilidade
física. É um convite à reflexão sobre o impacto de nossas escolhas individuais e
coletivas no ambiente urbano e nas relações sociais. Nesse contexto, a
promoção de uma mobilidade consciente e responsável não é apenas uma

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necessidade, mas uma expressão de cidadania ativa, comprometida com a
construção de cidades mais sustentáveis e comunidades mais harmoniosas.

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REFERÊNCIAS

CTB – Codigo de Trânsito Brasileiro, versão digital. Disponivel em:


https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503compilado.htm

BRASIL -Ministério do Meio Ambiente –MMA. Sustentabilidade urbana:


impactos do desenvolvimento econômico e suas consequências sobre
o processo de urbanização em países emergentes. Textos para discussão
para Rio+20, 2015.

FREITAS, Nadia M. S.; MARQUES, Carlos A. Abordagens sobre


sustentabilidadeno ensino CTS: educando para a consideração do amanhã.
Educar em Revista, n. 65, p. 219-235, jul./set. 2017.

KRUNITZKY, Ricardo Boscaini. Cidadania global: um trânsito para a


sustentabilidade ambiental. 2009. Dissertação (Mestrado) – Curso de Ambiente
e Desenvolvimento, Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, 20
mar. 2009. Disponível em: http://hdl.handle.net/10737/72.

Departamento Estadual de Trânsito do RS. Meio ambiente: primeira


habilitação; Escola Pública de Trânsito do Detran - RS. Porto Alegre:
DETRAN/RS, 2022. 1.ed.(Coleção Caderno do Estudante, v.5) [Recurso
Eletrônico - PDF] Disponível em:
https://escola.detran.rs.gov.br/wpcontent/uploads/2022/11/meio_ambiente.pdf

MANEIA; CARMO; KROHLING. Revista do Centro do Ciências Naturais e


Exatas - UFSM, Santa Maria Revista Eletrônica em Gestão, Educação e
Tecnologia Ambiental - REGET e-ISSN 2236 1170 - V. 18 n. 1 Abr 2014, p.220-
227.

SITE ENCICLOPEDIA SIGNIFICADOS. Revisão por Carolina Batista,


Bacharela em Química Tecnológica e Industrial pela Universidade Federal de
Alagoas em 2018 e Técnica em Química pelo Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Pernambuco em 2011.
www.significados.com.br/clorofluorcarboneto/

Guia para Municipalização de Trânsito Curitiba: TECNODATA, 2006.

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