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Geografia

Ema Jesus | Jorge Oliveira | Maria


Henriques
Escola Secundária Infanta Dona Maria
30/12/1899
Performance ambiental
Índice
Introdução..........................................................................................................................2
As questões ambientais globais e internacionais (Maria)..................................................3
Contextualização............................................................................................................3
Alterações na atmosfera.................................................................................................3
A redução da camada de ozono.....................................................................................4
As chuvas ácidas e o smog.............................................................................................4
Diminuição da biodiversidade e promoção do desenvolvimento sustentável...............5
O ambiente urbano (Jorge)................................................................................................7
Os problemas das grandes concentrações......................................................................7
Poluição nas cidades......................................................................................................8
Espaços verdes...............................................................................................................8
Medidas para atenuar os problemas ambientais nas grandes aglomerações urbanas....9
As melhorias ambientais provenientes das medidas de prevenção do Covid-19 (Ema). 10
COVID-19 e medidas de confinamento.......................................................................10
Melhorias.....................................................................................................................11
Aspetos negativos........................................................................................................14
Conclusão........................................................................................................................15

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Introdução
No âmbito do trabalho proposto pela professora, o nosso grupo optou por abordar o
tema “Os problemas ambientais: impactes humanos diferentes?”.
Desta forma, intitulamos o nosso trabalho como “Performance ambiental do mundo”
e iremos abordar os seguintes subtemas:
 As questões ambientais globais e internacionais;
 O ambiente urbano;
 As melhorias ambientais provenientes das medidas de prevenção do Covid-19.
Em suma, temos o objetivo de abordar a matéria em questão, conciliando os dados do
manual, pesquisas feitas pelos elementos do grupo e, ainda, abordar assuntos
extremamente atuais, nomeadamente a situação da pandemia.

As questões ambientais globais e internacionais (Maria)


Contextualização
Foi no início do século XVIII, com a Revolução Industrial, que se iniciou o processo
de industrialização e, consequentemente, o crescimento explosivo da população. Estes
fenómenos, em conjunto, fizeram aumentar acentuadamente o consumo dos recursos do

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planeta, dando, assim, origem a graves desequilíbrios bioclimáticos; determinando
níveis de consumo de recursos insustentáveis.

Desta forma, os problemas ambientais ignoram as fronteiras nacionais, afetando


vastas regiões do planeta, logo a consciencialização da globalização dos fenómenos
ambientais é fundamental.

Alterações na atmosfera
Tal como todos sabemos, as atividades humanas estão a provocar alterações na
atmosfera a um ritmo sem precedentes, assim, a emissão de gases perturbadores do
efeito estufa continua a aumentar, contribuindo para o aumento médio da temperatura.

Como a capacidade humana para impor restrições a sua atividade é inferior ao ritmo
de concentração dos GEE, obtém-se como resultado:

 O aumento do nível médio das águas do mar;


 A desertificação de vastas áreas (pela agricultura intensiva e a desflorestação);
 As alterações do ciclo hidrológico (alteração na distribuição e frequência da
precipitação a nível mundial);
 A diminuição da calota polar ártica.

Para estabilizar estes fenómenos seria necessário reduzir, imediatamente, em mais de


50% a emissão de gases a nível mundial, o que não se tem verificado. Assim, as
perspetivas futuras são pouco reconfortantes se atendemos a aspetos como:

 O contínuo crescimento da população mundial;


 A expansão industrial recente em muitos países;
 A reduzida capacidade dos oceanos e das plantas para absorver a enorme
quantidade de CO2 lançado para a atmosfera.

A redução da camada de ozono


Por definição, a Camada de Ozono corresponde a uma região pertencente às camadas
superiores da atmosfera, entre os 20 e os 30 km de altitude, esta camada absorve uma
parte importante da radiação ultravioleta que atinge a atmosfera da Terra e que é muito
prejudicial a todas as formas de vida.

Nos últimos tempos, a redução da camada de ozono tem sido bastante significativa, o
que levou ao aumento da concentração atmosférica de compostos de cloro e flúor

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artificiais, ou seja, constituintes de um produto químico conhecido como
clorofluorcarboneto (CFC), o qual provoca um aumento da possibilidade da chegada de
raios UV à superfície terrestre, o que pode causar:

 O aumento do cancro de pele;


 Problemas oftalmológicos;
 A destruição do plâncton dos oceanos;
 A rutura de cadeias alimentares.

Para tentar solucionar este problema, foi assinado o protocolo Montreal, em 1987.
Este é um acordo internacional, criado no âmbito da Convenção de Viena para a
Proteção da Camada de Ozono de 1985, onde os países se comprometeram em trocar
informações, estudar e proteger a camada de ozono. Contudo, os problemas não foram
resolvidos devido à capacidade dos CFC se manterem ativos por mais de 50 anos.

As chuvas ácidas e o smog


As chuvas ácidas formam-se com a libertação de dióxido de enxofre e de óxido de
azoto (provenientes das emissões das fábricas e dos automóveis) para a atmosfera.
Esses gases que foram libertados para a atmosfera são levados pelos ventos para as
nuvens.

A combinação destes gases com o oxigénio e o vapor de água contido nas nuvens, dá
origem ao ácido sulfúrico e ao ácido nítrico, que vão alterar o valor de pH da água da
chuva, através de reações químicas, formando as chuvas ácidas. Estas, ao alterar
quimicamente os solos e a água, condicionam o desenvolvimento das espécies vegetais
e animais, alterando o equilíbrio dos ecossistemas.

Já o Smog, nevoeiro fotoquímico, corresponde a uma mistura de nevoeiro e fumo


e/ou outros poluentes atmosféricos que cobre determinadas concentrações urbanas,
principalmente quando têm clima húmido e estão próximas de parques industriais.
Este fenómeno tem consequências como o agravamento de doenças respiratórias e
alterações do sistema imunitário.

Diminuição da biodiversidade e promoção do desenvolvimento sustentável


Com todos estes fenómenos a decorrer prevê-se uma significativa perda de
biodiversidade, ou seja, os ecossistemas irão ser afetados e a sobrevivência de espécies

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ameaçada. Para além disso, todo o planeta (inclusivamente os seres humanos) é posto
em risco.

Para combater esta tendência de destruição do planeta é necessário promover o


desenvolvimento sustentável, que consiste num modelo de desenvolvimento que
permite satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das
futuras gerações satisfazerem as suas próprias necessidades, e a resiliência, a
capacidade de preparar uma sociedade para enfrentar crises e recuperar das mesmas.

Neste âmbito, surgiram diversas organizações com o objetivo de alterar valores e


estilos de vida, enfatizando e promovendo a consciência ecológica.

Com base nestas novas preocupações, algumas das medidas que se mostraram
necessárias para que haja equilíbrio entre o homem e o ambiente são:

 O abandono de políticas que apenas têm em vista o crescimento económico;


 A cooperação internacional;
 A utilização dos recursos da forma mais eficiente possível;
 A utilização de recursos renováveis em detrimento dos não renováveis.

Por fim, todas estas alterações são, de facto, fundamentais, não podendo, no entanto,
ser esquecido o papel dos indivíduos, do Estado e das organizações nacionais e
internacionais.

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O ambiente urbano (Jorge)
Os problemas das grandes concentrações
O crescimento urbano e a metropolização do espaço são fenómenos que se
generalizam a todos os continentes. No entanto, a deterioração das condições de vida e a
degradação do ambiente urbano nas grandes aglomerações dos países em
desenvolvimento é, em geral, mais grave do que no resto do mundo.
O crescimento urbano nos países em desenvolvimento ocorreu antes do estabelecimento
de uma base económica sólida e diversificada, portanto, nestes países as cidades
crescem muito depressa, em relação às possibilidades de resposta por parte das
autoridades administrativas locais. As cidades crescem sem organização, e sendo
ocupadas, maioritariamente nos subúrbios e terrenos marginais.
Nos países desenvolvidos, o crescimento urbano estagnou há já alguns anos, o que
permitiu atenuar alguns problemas (poluição, falta de espaços verdes, tratamento de
resíduos urbanos, etc). A inovação tecnológica, o investimento nos transportes públicos
e em outros vários setores contribuíram para melhorar a qualidade do ar.
Ainda assim, os padrões de vida e o domínio tecnológico elevado nos países
desenvolvidos, acabam por implicar na utilização de quantidades de energia superiores à

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utilizada nos países em desenvolvimento, contribuindo para o aumento do GEE.

Poluição nas cidades


1. Ar: devido ao tráfego automóvel e às indústrias. A poluição do ar é uma das
responsáveis pelo aumento das temperaturas nas cidades. É ainda, a causa de
mais de duas milhões de mortes por ano e pode provocar sérios problemas
respiratórios.
2. Água: muitas cidades não têm sistemas de tratamento de águas residuais ou
infraestruturas com capacidade para tratar as águas de uma população crescente
e o sistema de saneamento básico não chega para todos.
3. Resíduos urbanos: muitas cidades não têm capacidade de os recolher e tratar, o
que cria grandes problemas a nível da saúde pública.

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Espaços verdes
Uma das importantes funções da vegetação consiste no controlo do microclima,
contribuindo para a sua amenização, no controlo da humidade, no controlo das
radiações solares, na absorção de CO2 e aumento do teor em oxigénio. No entanto, a
falta de planeamento das cidades traduz-se muitas vezes na destruição e/ou não
planificação de espaços verdes.

Medidas para atenuar os problemas ambientais nas grandes aglomerações urbanas


Os espaços urbanos devem ser alvo de intervenções prioritárias dos processos de
planeamento, através de:
 estratégias de intervenção na estrutura física das cidades de modo a melhorar o
ambiente urbano construído (estradas, edifícios, espaços públicos)

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 medidas para a redução do impacte ambiental resultante do funcionamento das
cidades, como:
1. construção de espaços verdes;
2. desindustrialização das cidades;
3. investimento em transportes públicos;
4. utilização de energias renováveis.

As melhorias ambientais provenientes das medidas de


prevenção do Covid-19 (Ema)
COVID-19 e medidas de confinamento
O mundo inteiro enfrenta uma crise de saúde pública sem precedentes – a pandemia
do COVID-19, este é o nome atribuído à doença provocada pelo novo coronavírus, que
pode causar uma infeção respiratória grave, semelhante a uma pneumonia. Este vírus foi
identificado pela primeira vez em humanos, no final de 2019, na cidade chinesa de
Wuhan, província de Hubei, contudo, tem causado um enorme impacto a nível mundial.
Em todo o mundo, há mais de 3,5 milhões de casos confirmados e contam-se no total
250 mil morte associadas ao novo coronavírus, sendo que 45% dos casos são europeus,
42% são americanos e os restantes 13% são no resto do mundo, por outro lado, no que
diz respeito às mortes 93% correspondem à europa e américa. (Dados relativos a 5 de
maio de 2020)
Desta forma, em grande parte dos países, o governo foi forçado a implementar
medidas drásticas, com o objetivo de prevenir a doença e conter a proliferação de casos
de contágio de COVID-19. Consequentemente, existiu o abrandamento da produção,
das deslocações e do consumo, através da queda do tráfego aéreo mundial de 4,3% em
fevereiro (na região da China este valor foi de 70%), da quebra no consumo de petróleo,

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da diminuição do uso de transportes particulares e coletivos e do fecho de grande parte
das indústrias, de escolas e de atividades relacionadas com o turismo e lazer. Assim, a
crise atual do coronavírus está a provocar a redução de atividades económicas, com
potenciais impactos no ambiente e no clima.

Melhorias
Meses antes do começo da pandemia, existiam grandes incêndios florestais na
Austrália, extinção de colónias de animais e de plantas raras, a Sibéria tinha
temperaturas de primavera, Nova Deli fechou devido à poluição atmosférica e o gelo
estava mais fino do que nunca. Com o novo coronavírus, o mundo parou, os seres
humanos limitam-se a sobreviver e quais são as consequências? Os animais voltaram
aos seus habitats, com mais qualidade, existiu a diminuição da poluição, nomeadamente
em Nova Deli e as águas nos canais de Veneza estão azuis. As consequências do

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COVID-19 não são todas dramáticas! Para o planeta que nos acolhe, o vírus significa
um momento de alívio e um suspiro de alívio.
De facto, uma das consequências imediatas das medidas de contingência é a redução
temporária dos níveis de poluição atmosférica, essencialmente de dióxido de azoto. O
dióxido de azoto (NO2) é um poluente que permite ter uma interpretação mais clara da
evolução da poluição atmosférica, pois permanece na atmosfera por períodos inferiores
a um dia antes de reagir com outros gases. Para além disso, estes são resultado da
atividade humana, nomeadamente o tráfego rodoviário, a produção de energia e as
indústrias, o que justifica a redução drástica dos seus valores devido às medidas de
confinamento.
Nas seguintes imagens de satélite da NASA podemos verificar que ocorreram
reduções significativas da concentração de dióxido de azoto, na província de Wuhan, na
China (centro da pandemia).

Em Itália, particularmente no Norte de Itália, é possível confirmar a redução gradual


das concentrações de dióxido de azoto segundo uma tendência de redução de 10% por
semana ao lonho de 4 a 5 semanas e, consequentemente, a melhoria da qualidade do ar.

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Para além dos valores de NO2, também se verificam melhorias nas concentrações de
dióxido de carbono (CO2). A emissão de dióxido de carbono diminuiu, essencialmente,
devido ao declínio substancial de combustíveis fósseis, consequente da redução da
atividade turística, da paragem laboral das indústrias e da redução do tráfego rodoviário.
De acordo com alguns analistas, as emissões de CO2 , a nível mundial, podem chegar a
uma redução de 7% no ano de 2020.
Assim, confirmam-se reduções significativas nas concentrações de vários poluentes
atmosféricos, em diversos locais na Europa, como Barcelona (redução de 40%), Madrid
(diminuição de 41%) e Lisboa (redução de 51%) – todos os dados são relativos à
semana de 16 a 22 de março de 2020, por comparação com a mesma semana do ano
passado. Em suma, esta diminuição da poluição atmosférica poderá evitar a morte de 77
mil pessoas, devido à menor concentração de micropartículas no ar, que são
responsáveis pela morte de 4,2 milhões de pessoas anualmente.
Além da atmosfera, a hidrosfera também sofreu melhorias. Nos canais de Veneza,
conhecidos como poluídos e fedorentos, verifica-se uma limpeza total bem como se
podem ver alguns cardumes de pequenos peixes, cisnes e
golfinhos, algo que já não acontecia há décadas.

Aspetos negativos
É importante, ainda, realçar que os ambientalistas analisam
com cautela os dados anteriormente referidos, visto que
pensam que se trata de algo temporário e que a paragem que
advem das medidas de contenção não é uma solução

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aceitável para enfrentar os desafios urgentes e sistemáticos de sustentabilidade. Além
disso, acreditam que a emissão dos poluentes voltará a aumentar após o fim da
pandemia.
Da mesma forma, este vírus poderá levar ao desinteresse por medidas ambientais.
Algumas empresas, devidos a quebras nas receitas, admitem adiar as suas políticas
ambientais e, para diminuir o impacto económico, estas poderão chegar a bater recordes
de emissões na ânsia de recuperar o tempo perdido durante o período anteriormente
referido.
Se tivermos em consideração o caso da China, verifica-se que quando a situação do
COVID-19 começou a ficar mais controlada no país, os níveis de gases poluentes
começaram a aumentar.
Outros aspetos importantes de realçar são o facto da aquisição em exagero de diversos
bens, nomeadamente bens perecíveis, contribuírem para o aumento da produção de lixo
proveniente do desperdício alimentar, com efeitos nefastos para o meio ambiente; e o
aumento do uso de máscaras de proteção e luvas (plásticos descartáveis, que, por vezes,
não são descartadas de forma apropriada, acabando por parar aos oceanos, ameaçando a
vida marinha.

Assim, é unânime que esta pandemia servirá para repensar comportamentos e o ponto
até o qual se consegue mudar alguns hábitos, além de contribuir, ainda, para promover a
discussão das políticas ambientais e governamentais adotadas por cada um dos países
em matéria ambiental.
Para concluir, o balanço ambiental desta pandemia tem sido positivo, basta que se
continue de forma sustentável e equilibrada.

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Conclusão

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Link da apresentaçâo:

https://prezi.com/p/hhisk37xhhgt/?present=1

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