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GESTÃO

AMBIENTAL

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A crise ambiental
atual
Paulyana Moura

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

> Analisar os principais eventos de poluição causados pelo homem no meio


ambiente.
> Reconhecer os principais encontros mundiais que ocorreram para a melhoria
da qualidade ambiental.
> Definir o papel do homem para a melhoria das condições ambientais.

Introdução
Uma crise ecológica ou ambiental, em termos ecológicos, consiste na desestabiliza-
ção do meio no qual uma determinada espécie ou população está inserida. Diversos
podem ser os mecanismos responsáveis pelo desencadeamento de colapsos
ambientais, sendo alguns deles de origem abiótica (p. ex.: secas prolongadas,
enchentes, impactos de meteoritos, etc.) e outros relacionados à interação entre
os organismos (p. ex.: pressão de predação, superpopulação, etc.) (DAVIES, 2019).
Independentemente das causas da desestabilização ambiental, elas vão atingir,
por vezes, apenas determinadas espécies, quando as proporções dos eventos
forem muito restritas, ou poderão afetar todo um ecossistema, podendo atingir
proporções globais.
Para exemplificar a desestabilização local, podemos imaginar uma lagoa
localizada em uma cidade na qual o crescimento industrial aumentou bastante nos
últimos anos. Com o aumento do lançamento de insumos na lagoa, esta passou
por um processo de eutrofização e acidificação, que desregulou a “ordem natural”
desse ecossistema, causando a morte de boa parte dos peixes e moluscos que lá

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habitavam. Por sua vez, como exemplo da desestabilização a nível global, podemos
pensar nas grandes extinções em massa ocorridas no passado e verificadas nos
registros geológico e fossilífero do planeta, nas quais ecossistemas inteiros foram
arrasados devido a fatores como erupções vulcânicas, oxigenação dos oceanos,
mudanças climáticas, entre outros.
Tendo-se como base a observação dos registros dos eventos que desenca-
dearam as grandes crises ambientais do passado geológico do planeta Terra,
os cientistas puderam compreender melhor o quão frágil pode ser o meio onde
vivemos e o quão suscetíveis estamos às condições impostas pela natureza. Sendo
assim, abordagens voltadas a pautas de crises ambientais vêm aumentando muito
desde a década de 1970, levando em conta especialmente o fato de a interferência
da espécie humana no planeta ter se intensificado nesse período.
Neste capítulo, vamos analisar os principais eventos de poluição ambiental
causados pelos seres humanos. Além disso, você vai conhecer alguns dos mais
importantes encontros mundiais em que foram discutidas as questões climáticas/
ambientais do planeta, identificando suas contribuições para a melhoria dos
parâmetros ambientais. Por fim, veremos como o ser humano pode atuar de
modo mais efetivo no tocante à proposição/execução de melhorias ambientais.

Poluição ambiental causada pelo homem


De acordo com Patrício (2012), poluição é toda forma de desequilíbrio (de
origem abiótica ou biótica) causado a algum ambiente, podendo ser sonora
(poluição acústica), do solo (poluição do solo), hídrica (poluição das águas) e
do ar (poluição atmosférica). A modernização das sociedades é acompanhada
da necessidade de interação do homem com o meio ambiente por meio
da extração de recursos naturais, de plantações, do desmatamento para
diversas finalidades e de outras atividades que interferem no fluxo natural
daquele ambiente.
Ao longo dos anos, essas interações vêm sendo estudadas cada vez mais,
com a intenção de continuarmos progredindo como sociedade, mas mantendo
nosso meio ambiente saudável, isto é, visando ao desenvolvimento sustentá-
vel. O entendimento da necessidade de se preservar a natureza não é de hoje.
Segundo Braga et al. (2001), na era pré-cristã já existia uma preocupação com
a qualidade do ar devido ao uso do carvão como combustível, que se seguiu
até o final do século XIII, quando a Inglaterra emitiu os primeiros apelos para
o controle da emissão de gases.
As grandes revoluções e o crescimento das cidades contribuíram de forma
significativa para o aumento da poluição mundial, havendo um crescimento

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exacerbado de resíduos, da liberação de gases, do desmatamento, etc. A


seguir, vamos abordar algumas das principais atividades humanas que cau-
sam poluição.

Revolução/atividade industrial
Iniciada na Grã-Bretanha, a mecanização industrial que ocorreu nos meados
do século XVIII foi um processo importantíssimo para a modernização da
sociedade que conhecemos hoje. A Revolução industrial trocou a força bruta
dos braços pela praticidade das máquinas. E, apesar de ter sido boa para o
capital e para a aceleração das tecnologias, a industrialização trouxe sérias
consequências para o meio ambiente.
O crescimento descontrolado das cidades aumentou as demandas das
populações por produtos e serviços, e, com isso, o comércio precisou am-
pliar ainda mais a sua atuação. Consequentemente, mais matéria-prima era
necessária, além de todas as outras coisas envolvidas nas diversas etapas
dentro de uma cadeia produtiva, como a produção desenfreada de resíduos.
Suponha que você está em um polo industrial onde muitas companhias
estão atuando. Não é difícil imaginar grandes chaminés liberando gases para
a atmosfera advindos da produção, mesmo que hoje tenhamos um cuidado
maior com a poluição gerada pelas empresas. Se hoje, com toda a tecnologia
e capacidade intelectual que temos sobre as urgências climáticas, ainda nos
deparamos com essa realidade, imagine como era antigamente, no auge da
Revolução Industrial (GIANNETTI; ALMEIDA, 2006).
Das consequências que podemos apontar, a mais visível e debatida
é o aumento do efeito estufa. Os gases poluentes (p. ex.: CO2, CFCs, etc.)
liberados no processo industrial causam uma destruição na camada de
ozônio que potencializa o efeito estufa devido ao aumento da incidência
de raios ultravioletas. Apesar de ser um processo natural, que faz parte do
ciclo de aquecimento da Terra, o aumento da industrialização e a liberação
desses gases poluentes culminam na aceleração desse processo. O efeito
estufa causa o aquecimento global, e, quando há influências antrópicas
(ou seja, influência do ser humano), os prejuízos aos ecossistemas são
devastadores, como os desastres naturais (p. ex.: enchentes, terremotos,
deslizamentos, etc.). Outras consequências indiretas também podem
impactar a vida na Terra, como, por exemplo, alguns animais cujo sexo é
definido a partir da temperatura a que são submetidos seus ovos, o que
acontece com alguns répteis, como as tartarugas, crocodilos e lagartos
(GIANNETTI; ALMEIDA, 2006).

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Exploração de recursos naturais e descarte


irregular de resíduos
Com o crescente aumento da população mundial nas últimas décadas, o
crescimento do consumo dos recursos naturais (p. ex.: mineração; extração
de petróleo, gás e água) e o manejo adequado dos resíduos produzidos têm
ganhado cada vez mais destaque em fóruns mundiais de discussão sobre
o meio ambiente e sua conservação. Países como o Brasil, com dimensões
continentais e amplas áreas potencialmente cultiváveis, têm de enfrentar
o seguinte dilema: como conseguir conciliar o desenvolvimento do país, a
preservação do meio ambiente e a gestão dos resíduos produzidos pela
população, que ano após ano tem aumentado? A resposta para isso não
é simples nem certeira, ou seja, para tentarmos propor algo, temos de
avançar em etapas.
Países economicamente fortes devem ter uma vasta e consistente gama
de produtos e serviços, bem como uma sociedade capaz de consumir tais
montantes. Para evitar o avanço “selvagem” por parte, por exemplo, de pe-
cuaristas, garimpeiros, empresas mineradoras, madeireiras, etc. aos nossos
recursos naturais (p. ex.: água, jazidas de minério de ferro, manganês, petró-
leo), faz-se necessária uma ação conjunta entre os órgãos governamentais
(desde municipais até federais) e a comunidade científica especializada no
assunto, para que, assim, seja estruturado o melhor plano de ação/explora-
ção dos recursos, de modo a não exaurir nossos recursos não renováveis (p.
ex., petróleo e minérios) tão rapidamente, bem como não deteriorar o meio
ambiente onde esses recursos se encontram.
Caso os recursos em questão se encontrem em áreas de preservação
permanente (APPs), só devem ser explorados em última instância, ou seja,
quando o Estado estiver sob algum perigo iminente, externo ou interno, e as
demais fontes tiverem se exaurido ou estiverem com acesso comprometido.
Políticas de acompanhamento ambiental para avaliar os danos causados
pelas empresas ao meio ambiente (p. ex.: contagem de fauna e flora; estudos
geoquímicos visando a monitorar eventuais contaminações do solo, da água
e/ou do ar) devem ser implementadas de modo corriqueiro (p. ex., a cada
dois meses ou mensalmente) a fim de identificar possíveis danos ao meio o
quanto antes e, assim, buscar junto às empresas e aos governos as medidas
cabíveis para a solução do caso em questão. O aumento da fiscalização
também acarretará um maior emprego de eventuais punições ao não cum-
primento de leis ambientais.

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Conforme mencionado anteriormente, o crescimento econômico dos


países, como, por exemplo, o Brasil, costuma estar associado ao aumento
do consumo de bens materiais por parte de suas populações e, como con-
sequência, ao aumento da produção de resíduos. Dessa forma, o descarte
irregular desses rejeitos tem sido um dos grandes pesadelos dentro da gestão
ambiental sustentável.
Os rejeitos dos grandes centros urbanos até meados das décadas de
1970 e 1980 costumavam ser despejados em grandes lixões a céu aberto;
porém, como foi verificado que os índices de contaminação (da água, do
solo e do ar) nas regiões próximas eram altíssimos, buscou-se adotar o
padrão dos aterros sanitários (BRASIL, 2010). Os aterros sanitários, dife-
rentemente dos lixões, passam por um processo de impermeabilização dos
solos antes de receberem os resíduos, dificultando as chances de conta-
minação. Entretanto, a produção mundial está tão alta que muitas vezes
os rejeitos são lançados, de modo irregular, em cursos d’água, indo parar
nos oceanos. Em alguns locais do planeta, é possível observar verdadeiras
ilhas oceânicas de lixo — atualmente são encontradas cinco. Estas são
resultantes do descarte irregular de resíduos, principalmente de plásticos,
via correntes oceânicas. Segundo organizações como o Greenpeace e o
Fórum Econômico Mundial:

[…] o plástico flutuante significa só 15% do total, ao passo que 85% permanecem
escondidos debaixo da água em profundidades de até 11.000 metros ou presos
no gelo do Ártico. O lixo oceânico prolifera de tal forma que até 2050 os oceanos
podem conter mais toneladas de plástico do que de peixes (EURO AMBIENTAL,
2021, documento on-line).

Para contornarmos os malefícios causados pelo descarte irregular de


resíduos, podemos tentar aumentar, por exemplo, o uso e a aplicação dos
famosos 5 Rs da sustentabilidade: reduzir, reciclar, reutilizar, recuperar e
reintegrar. Além disso, podemos buscar utilizar os produtos o máximo pos-
sível e, quando chegarem ao “fim de sua vida útil”, reutilizá-los, dando-lhes
um “novo propósito” (economia circular). Todavia, nada disso será viável se
não houver um crescimento, principalmente urbano, bem-planejado, haja
vista que as áreas urbanas costumam ser os grandes centros produtores de
resíduos mundo afora.

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Urbanização malplanejada
Como já mencionamos, os centros urbanos são os grandes geradores
de resíduos do planeta. Desde que o ser humano passou a se fixar em
determinadas regiões, ou seja, deixou de ser nômade, as concentrações
populacionais começaram a aumentar. Tudo se iniciou com pequenos
povoados, que depois se tornaram vilas, grandes vilas, pequenas cidades,
até chegarem às grandes metrópoles modernas. Cada uma dessas estru-
turas sociais apresentou seu grau de impacto ao meio ambiente, mas,
como esperado, nenhum foi tão alto quanto os observados atualmente
nos grandes centros urbanos.
Milhares de toneladas de lixo são produzidas e descartadas todos os
anos nos grandes centros. A cidade de São Paulo, por exemplo, coletou no
ano de 2020 cerca de 3.421.485 toneladas de lixo domiciliar. Esses valores
astronômicos são apenas os contabilizados pela prefeitura; muitas tonela-
das devem ir parar nos rios e riachos (conhecidos por sua poluição). Apesar
disso, um ponto positivo dentro desse caos deve ser destacado: houve um
aumento de aproximadamente 17,4% nas coletas de materiais seletivos (coleta
seletiva) em relação ao ano de 2019, totalizando cerca de 73,3 mil toneladas
(SPREGULA, 2022).
Outro fator que contribui para esse descarte irregular de resíduos é a má
distribuição de renda entre a população. A população mais pobre muitas vezes
se vê obrigada a habitar regiões mais vulneráveis ambientalmente, como
encostas de morros e margens de riachos. Sendo assim, essas regiões, que
já são mais sensíveis, passam por desmatamento e ocupação desordenados,
ficando sujeitos, por exemplo, a deslizamentos e enchentes. Por serem regiões
com acesso geralmente mais complicado, muitas vezes os órgãos públicos
fazem vista grossa no que diz respeito ao fornecimento de saneamento
básico, o que contribui ainda mais para o deterioramento desses ambientes,
com o lançamento não apenas de lixo doméstico, mas também de móveis e
eletrodomésticos (p. ex., sofás, cadeiras e geladeiras), eletroeletrônicos (p.
ex., televisores) e até dejetos humanos. Dessa forma, o crescimento urbano
malplanejado, associado principalmente à má distribuição de renda, torna-se
um vilão do meio ambiente.
Para contornarmos essa situação, em um mundo ideal, teríamos uma
melhor distribuição de renda e, então, as pessoas atualmente em situação de
vulnerabilidade financeira poderiam contar com uma moradia mais digna, com

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acesso a saneamento básico de qualidade e longe de áreas ambientalmente


vulneráveis, havendo uma reorganização dos espaços urbanos. Como essa
idealização passa muito pela ação dos governos, talvez o que possamos fazer,
em um primeiro momento, é realizar mutirões de conscientização. Ações
como coleta de lixo e limpeza de riachos podem ser realizadas juntamente
com as comunidades, que, ao verem os resultados, podem se conscientizar
sobre seu papel como agentes da conservação do meio onde vivem e sobre
a importância que elas têm nessa luta. Além disso, podem ser realizados
eventos nas escolas, buscando-se a formação de cidadãos mais conscientes
da necessidade de se cuidar da natureza.

Atividade mineradora
Uma das principais causadoras de danos ao meio ambiente é, sem dúvidas,
a atividade mineradora. Contaminações por rejeitos de minas, uso indevido
de elementos como mercúrio (Hg), desmatamento de áreas de preservação
ambiental, prejuízo à fauna e à flora locais e/ou regionais, poluição visual
(grandes pilhas de rejeito) e poluição do ar (queima do carvão mineral em
usinas termoelétricas) são alguns dos malefícios causados ao meio ambiente.
Todavia, no mundo moderno em que vivemos, nada, absolutamente nada,
pode acontecer sem que ao menos um mineral esteja envolvido.
Por exemplo, se você derramar suco no chão e for secá-lo com papel
toalha, notará que o suco será absorvido pelo papel, certo? Por que isso
acontece? Esses papéis costumam conter em sua superfície certas quantida-
des de argilominerais, que são responsáveis por aumentar sua capacidade de
absorção. A mineração também está presente, por exemplo, nos hospitais e
em nossas casas. Nos hospitais há equipamentos de última geração em cuja
composição estão elementos de terras raras (p. ex., o európio); são usados
medicamentos, que eventualmente apresentam em sua composição algum
mineral; e, para proteger e imobilizar ossos fraturados, é usado o gesso,
que contém em sua composição a gipsita, um sulfato de cálcio hidratado.
Pensando em nossas casas, podemos destacar as ligas de aço que sustentam
construções e que são formadas por uma combinação de diversos elemen-
tos, como ferro, carbono, níquel, cromo, molibdênio, vanádio, tungstênio,
silício, manganês, enxofre e fósforo. Também a agricultura, responsável pela
produção do nosso alimento, depende muito da mineração, que fornece
importantes fertilizantes, como o nitrogênio, o fósforo e o potássio (NPK).

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Esses são apenas alguns exemplos da presença de minerais — e, portanto,


da mineração — em nossa vida.
Embora a produção mineral ofereça muitos riscos ao meio ambiente, não é
mais possível desvencilhar dela o avanço da humanidade. Todavia, há alterna-
tivas que podem ser empregadas no combate ao desgaste ambiental oriundo
da atividade de exploração mineral, como, por exemplo, a implementação de
rotinas de monitoramento (da fauna, da flora e de eventuais contaminações
da água, do solo e/ou do ar) menos espaçadas (a cada dois meses ou mesmo
mensalmente); a contratação permanente de equipes multidisciplinares (for-
madas por biólogos, geólogos, antropólogos, etc.) para a realização desses
monitoramentos; um maior rigor na liberação de licenças ambientais para a
exploração e para o comércio de bens minerais; e a aplicação de multas mais
pesadas nos casos em que são descumpridas as leis ambientais.

Um dos maiores acidentes ambientais do Brasil e o maior acidente


radiológico do mundo aconteceu na cidade de Goiânia, em Goiás,
no ano de 1987. O acidente radioativo ocorreu quando dois sucateiros estavam
em busca de coletar materiais abandonados em uma ruína, que antes era uma
clínica de radioterapia, para a venda de chumbo (que revestia o aparelho)
(OLIVEIRA, 2019).
O incidente ficou conhecido como “Acidente com césio-137”, pois a radiação
liberada no incidente foi oriunda do isótopo 137 do elemento césio. A liberação
ocorreu quando a janela de irídio que protegia a cápsula do césio-137 (137Cs) foi
quebrada pelas pessoas que encontraram o equipamento. A radiação emitida
pelo 137Cs era observada na forma de uma luz azul brilhante, que, no escuro,
chamou a atenção dos moradores da região, fazendo com que mais pessoas
fossem contaminadas (OLIVEIRA, 2019).
As partículas do césio foram dispersadas pelo vento, e, com isso, houve
contaminação do solo, de plantas e de animais. A radiação atingiu uma área de
2.000 m², não contínuos, além de se infiltrar, aproximadamente, até 50 cm de
profundidade no solo (em regiões mais próximas ao local onde a cápsula foi
quebrada), contaminando cerca de 249 pessoas, das quais quatro morreram
em decorrência dos efeitos da radiação. No processo de descontaminação, foi
necessário derrubar árvores (num raio de 100 m das zonas afetadas), casas e
outras construções, que geraram em torno de 6.500 m³ de rejeitos radioativos
(CHAVE, 2007).

Nesta seção, vimos como as ações antropológicas afetam o meio ambiente


à medida que a sociedade cresce em termos populacionais. A industrialização
trouxe aspectos positivos no que se refere à economia e à evolução das

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tecnologias, mas, ao mesmo tempo, trouxe consequências negativas para a


ecologia mundial. Na próxima seção, você vai conhecer os principais encon-
tros mundiais que foram realizados nas últimas décadas visando a discutir
soluções e alternativas para esses problemas.

Encontros mundiais voltados a medidas


ambientais
Como discutimos na seção anterior, a espécie humana tem causado diversos
danos ao meio ambiente, o que, entre outras consequências, acarreta de-
sastres naturais, como enchentes, deslizamentos e furacões. Sendo assim,
desde a década de 1970, as nações têm buscado medidas para amenizar os
efeitos danosos à natureza, de modo a encontrar um balanço positivo entre
o uso e a conservação.
Tendo em vista essa temática, nos últimos 50 anos foram realizados en-
contros mundiais a fim de discutir e implementar melhorias para a qualidade
ambiental. A seguir, vamos abordar seis desses encontros: a Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a 1ª
Conferência Mundial do Clima (WCC-1), a Conferência Rio-92, a 1ª Conferência
das Partes (COP1), a 3ª Conferência das Partes (COP3) e a 21ª Conferência das
Partes (COP21).

Conferência das Nações Unidas sobre o Meio


Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
O primeiro evento internacional cuja temática central foram discussões a
respeito das mudanças climáticas e de seus impactos no meio ambiente foi
a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável. Esse encontro ocorreu em 1972 e foi sediado na capital da Suécia,
Estocolmo.
A Declaração de Estocolmo, um conjunto de diretrizes assinado pelas
nações participantes dessa conferência, representou um marco na luta pela
conservação e preservação da natureza. Ela buscou estabelecer princípios
comuns e uma visão global que servissem de base para a humanidade no
tocante à preservação e à melhoria do ambiente humano. Ao todo, foram
desenvolvidos nessa declaração 26 princípios norteadores, dos quais des-
tacamos alguns no Quadro 1.

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Quadro 1. Alguns princípios norteadores estabelecidos na Declaração de


Estocolmo

Princípio 1 O homem tem o direito fundamental à liberdade, à igualdade


e ao desfrute de condições de vida adequadas em um meio
ambiente de qualidade tal que lhe permita levar uma vida digna
e gozar de bem-estar, tendo a solene obrigação de proteger
e melhorar o meio ambiente para as gerações presentes e
futuras.

Princípio 3 Deve-se manter e, sempre que possível, restaurar ou melhorar a


capacidade da Terra de produzir recursos vitais renováveis.

Princípio 16 Nas regiões onde existe o risco de que a taxa de crescimento


demográfico ou as concentrações excessivas de população
prejudiquem o meio ambiente ou o desenvolvimento, ou onde a
baixa densidade de população possa impedir o melhoramento
do meio ambiente humano e limitar o desenvolvimento,
deveriam ser aplicadas políticas demográficas que
respeitassem os direitos humanos fundamentais e contassem
com a aprovação dos governos interessados.

Princípio 18 Como parte de sua contribuição ao desenvolvimento econômico


e social, devem-se utilizar a ciência e a tecnologia para
descobrir, evitar e combater os riscos que ameaçam o meio
ambiente, para solucionar os problemas ambientais e para o
bem comum da humanidade.

Fonte: Adaptado de ONU (1972).

Graças a esse primeiro evento, muitos outros foram sendo realizados ao


longo das décadas seguintes. Alguns deles serão abordados a seguir.

Devido à importância desse evento para a conservação da natureza, o


dia 5 de junho passou a representar o Dia Mundial do Meio Ambiente.
Você pode encontrar uma tradução livre dos princípios criados e assinados na
Declaração de Estocolmo de 1972 no site da Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo (ONU, 1972).

WCC-1
No ano de 1979, ocorreu na cidade de Genebra, na Suíça, a WCC-1, evento que
contou com a participação de diversos especialistas em estudos climáticos
e humanitários. Realizada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM),

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essa conferência instituiu a formação do Programa Mundial do Clima e do


Programa Mundial de Pesquisas do Clima, além de contribuir para a criação,
em 1988, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Conferência Rio-92
Também conhecida como “ECO-92”, “Cúpula da Terra” ou “Cúpula do Rio”, a
Conferência Rio-92 foi realizada na cidade do Rio de Janeiro, em 1992, exatos
20 anos após a assinatura da Declaração de Estocolmo. A conferência contou
com a participação de 178 chefes de governo e partiu da premissa de que, se
todas as nações do globo adotassem o mesmo padrão de desenvolvimento
dos países ricos, o planeta não seria capaz de suportar tamanha exploração,
havendo graves e possivelmente irreversíveis danos ao meio ambiente.
Durante a realização da ECO-92, os países participantes começaram a
delimitar o conceito de desenvolvimento sustentável, no intuito de proteger
o meio ambiente e reconhecer que as responsabilidades por sua preservação
partem da premissa de um convívio equilibrado com o planeta e da neces-
sidade da adoção de práticas sustentáveis (IGNACIO, 2020).
Duas convenções foram criadas durante essa conferência: uma sobre
biodiversidade e outra sobre mudanças climáticas. Na ECO-92, foi acordado
que os países em desenvolvimento receberiam apoio financeiro e tecnoló-
gico para alcançarem modelos de desenvolvimento sustentáveis desejáveis.
O principal documento desenvolvido na conferência foi a Agenda 21, em
que foram estabelecidas algumas políticas e ações de responsabilidade
ambiental, bem como políticas indiretas que impactavam diretamente os
danos causados ao meio ambiente, como, por exemplo, a pobreza extrema,
os padrões insustentáveis de produção e consumo, as pressões demográficas
e a estruturação da economia internacional. De modo geral, a Agenda 21
contribuiu com diferentes áreas, conciliando métodos de proteção ambiental,
justiça social e eficiência econômica (IGNACIO, 2020).

COP1
A COP1 foi realizada no ano de 1995, em Berlim, na Alemanha, e contou com a
participação de 117 países. Na ocasião, foi estabelecido o Mandato de Berlim,
cujo foco principal era a definição de medidas mais enérgicas em favor da
mitigação do efeito estufa.
Um dos compromissos estabelecidos na COP1 foi o da redução das emis-
sões de gases do efeito estufa (GEE), em especial por parte dos países de-

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senvolvidos (principais agentes poluidores), até o início dos anos 2000. Como
o prazo para a adequação dos novos parâmetros estabelecidos não era
suficiente, as partes optaram por confeccionar uma espécie de protocolo
ou instrumento de comprometimento legal em que se oficializassem as
proposições e os prazos.
O “princípio da igualdade entre os países”, ou “princípio da responsabili-
dade comum, porém diferenciada entre os países”, foi praticado pela primeira
vez durante a COP1. Esses preceitos impunham que os países desenvolvidos
tomassem a iniciativa de reduzir suas emissões, permitindo, por outro lado,
que os países em desenvolvimento aumentassem suas emissões a fim de
atenderem às suas necessidades de desenvolvimento, aliviando, assim, suas
taxas de pobreza.

Como resultado da criação do Mandato de Berlim, criou-se um grupo


ad hoc (expressão latina que, em português, significa “para isso”
ou “para essa finalidade”) no intuito de esboçar o que viria a ser, na COP3, o
Protocolo de Quioto.

COP3 e o Protocolo de Quioto


Realizada em 1997, na cidade de Quioto, no Japão, a COP3 contou com a par-
ticipação de 159 países. A principal contribuição dessa conferência foi a
consolidação do Protocolo de Quioto, um dos marcos mais importantes no
combate às crises ambientais que vinham assolando o planeta.
O Protocolo de Quioto buscou proteger as economias em ascensão dos
custos da redução de emissões. O principal objetivo desse protocolo era tornar
estável a concentração de GEE na atmosfera global, de modo econômico e
eficiente. Dessa forma, criaram-se os créditos de carbono, que consistem na
emissão de certificados para pessoas ou empresas que reduzem sua emissão
de GEE. Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) corresponde
a um crédito de carbono. Esse crédito de carbono pode ser negociado no
mercado internacional e contempla, além da redução de CO2, a redução de
outros GEE. Os valores no entorno dessa atividade geram aproximadamente
0,1% do mercado de títulos.

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COP21 e o Acordo de Paris


Realizada em 2015, na cidade de Paris, na França, a COP21 contou com a
participação de 195 países. O acordo assinado em Paris naquele ano (Acordo
de Paris) substituiu o Protocolo de Quioto e representou um marco histórico
no combate às mudanças no clima, pois, pela primeira vez, alcançou-se o
consenso global, por parte de todos os signatários, de que as emissões de
GEE precisam ser desaceleradas e reduzidas com urgência.
O principal objetivo do acordo é manter o aumento da temperatura média
global abaixo de 2°C — se possível, na casa de 1,5°C. Além disso, busca-se
reduzir as emissões dos GEE em 37% até 2025 e em 43% até 2030. Os países se
comprometeram a financiar 100 bilhões de dólares por ano, a partir de 2020,
visando a assegurar a consolidação e a continuidade das ações de mitigação.
Uma das proposições do acordo foi manter encontros regulares, a cada cinco
anos, para atualizar e prosseguir o acordo, com possibilidade de revisão tanto
das metas quanto dos mecanismos de financiamento.
Nesta seção, você conheceu os principais encontros mundiais que bus-
caram criar alternativas mais sustentáveis para o nosso planeta. A seguir,
veremos como essas alternativas funcionam na prática e como são im-
portantes para que possamos garantir um futuro mais sustentável para a
humanidade.

O ser humano e a melhoria das condições


ambientais
Como discutimos nas seções anteriores, a história do desenvolvimento da
humanidade culminou com o caos ambiental instaurado atualmente no mundo.
Muito se tem discutido a respeito de como os avanços da sociedade se apoia-
ram nas matérias-primas fornecidas pela natureza; entretanto, não houve
preocupação em relação a implementar à época medidas de conservação
do meio ambiente.
O “pensamento selvagem” (explorar-produzir-lucrar) que norteou as
atividades desenvolvidas pelo ser humano perdurou até mais ou menos
metade do século XX, haja vista que o primeiro encontro global com uma
temática voltada à conservação só ocorreu no ano de 1972. Porém, com o
desenvolvimento de estudos a respeito de reservas petrolíferas e mine-

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14 A crise ambiental atual

rais, notou-se que esses recursos, caso não fossem explorados de modo
mais comedido, poderiam se exaurir, sem que houvesse substitutos para
eles. Dessa forma, surgiu o conceito de desenvolvimento sustentável,
que buscava implementar um “pensamento mais amigável e racional” no
que diz respeito ao uso, à exploração e à aplicação dos recursos naturais
do planeta a fim de se reduzirem os impactos ambientais e, por conse-
guinte, as crises por eles desencadeadas (explorar-produzir-conservar-­
proteger-lucrar).
Na busca por medidas que tivessem impactos menores sobre o planeta,
foram fomentadas diversas pesquisas com enfoque no desenvolvimento de
energias consideradas limpas e renováveis (p. ex.: solar, eólica, geotérmica,
etc.). Países como a Islândia têm quase 100% de suas matrizes energéticas
oriundas de energias renováveis. No caso particular desse país nórdico,
centrais geotérmicas e hidroelétricas são as principais fontes fornecedoras
de energia.
O investimento na produção de carros com abastecimento via baterias
elétricas (BEV) ou elétricos a célula de combustível (FCEV) também vem
aumentando nos últimos anos, com empresas como a Tesla desenvolvendo
importante papel nessa área. Plötz (2022) expõe que há uma predominân-
cia dos veículos BEV sobre os FCEV. Segundo o autor, no início de 2021,
havia cerca de 25 mil carros de célula de combustível de hidrogênio, ao
passo que eram esperados cerca de 15 milhões de veículos elétricos e
híbridos plug-in (PHEV) nas estradas pelo planeta. A questão do abas-
tecimento desse tipo de veículo é outro ponto levantado no estudo de
Plötz (2022). Carros do tipo FCEV não podem ser abastecidos em casa,
necessitando de uma rede de postos de abastecimento com opção de hi-
drogênio, e atualmente há apenas cerca de 540 estações de hidrogênio no
planeta (PLÖTZ, 2022).

O Brasil tem enorme potencial para a produção de energia eó-


lica e solar. Atualmente, o país conta com 828 parques eólicos
em operação, estando 725 deles localizados na região Nordeste. Somando-
-se a capacidade produtiva de todos esses parques, tem-se uma produção
de 22.000 MW de energia, da qual a região Nordeste detém 90% (cerca de
20.000 MW) (ENERGIA..., 2022).

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A crise ambiental atual 15

ESG no mundo corporativo


A sigla ESG (do inglês environmental, social and governance) é usada para se
referir às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização,
como empresas e companhias. O termo foi inicialmente utilizado por Kofi
Annan, então secretário-geral da Organização Mundial das Nações Unidas
(ONU), em uma publicação chamada “Who cares wins”, que surgiu a partir
de uma parceria entre o Banco Mundial e o Pacto Global. Annan se dirigiu
a 50 CEOs de grandes instituições financeiras com o intuito de gerar ques-
tionamentos sobre como as empresas podem redefinir o futuro do planeta
e como podemos garantir um mundo melhor para vivermos em harmonia
com o meio ambiente. O principal objetivo das ESGs é integrar práticas de
sustentabilidade às empresas dos mais diversos setores. Essas práticas estão
relacionadas com os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU
(Figura 1), criados na Conferência das Nações Unidas, que foi realizada em
2012, no Rio de Janeiro, e teve como objetivo debater sobre o desenvolvimento
sustentável (DATHE et al., 2022).

Figura 1. Os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU.


Fonte: Pisco de luz (2022, documento on-line).

Como é possível observar na Figura 1, os objetivos vão muito além do


cuidado com a natureza. Também há uma preocupação com as pessoas em
situação de vulnerabilidade social, educacional e alimentar.

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16 A crise ambiental atual

O ESG favorece as empresas ampliando a competitividade no setor em-


presarial, no mercado interno ou no exterior, pois é uma demanda atual que
gera mais confiança e simpatia do consumidor. É possível ler os relatórios
de sustentabilidade anual das grandes empresas, já que a maioria delas os
disponibiliza em seus sites oficiais. Nesses relatórios, as empresas divulgam
suas ações em prol da sustentabilidade e que estão alinhadas com os pro-
pósitos da ESG (DATHE et al., 2022).
Neste capítulo, você conheceu os principais eventos de poluição causados
pelo homem ao meio ambiente, bem como os principais encontros mundiais
cuja temática central consistia na abordagem de melhorias da qualidade
ambiental. Por fim, definimos o papel do ser humano como agente das me-
lhorias das condições ambientais.
Observamos que muitos dos eventos de poluição estão associados com o
crescimento exacerbado e desordenado da população mundial, que tem como
um de seus pilares fundamentais (iniciais) a Revolução Industrial. Também
vimos que, nas últimas décadas, a desigualdade social tem contribuído, mesmo
que de modo indireto, para o crescimento dos danos ao meio ambiente,
além de refletirmos sobre o dilema da exploração mineral, que, apesar de
ter muitos malefícios, não pode mais ser desvencilhada do cotidiano das
populações. Como você pôde compreender, a realização da Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, em
1972, contribuiu para que houvesse mudanças importantes na luta contra o
avanço das crises ambientais, dentre as quais merecem destaque a criação do
conceito de desenvolvimento sustentável (na ECO-92) e a criação do crédito
de carbono (na COP3).
Apesar de ser o grande responsável por causar as maiores crises ambien-
tais observadas atualmente no planeta, o ser humano também é respon-
sável por buscar medidas para solucioná-las. A manutenção dos encontros
mundiais para discussões climáticas é uma boa medida para seguirmos
avançando nos objetivos relacionados ao cuidado com o nosso planeta.
Entretanto, se cada um de nós não fizermos nossa parte no cotidiano, nada
disso terá valor. Dessa forma, é importante nos mantermos informados sobre
assuntos relacionados com o clima global, participarmos de discussões e
ações voltadas à preservação do meio ambiente e atuarmos como agentes
de proteção do planeta, buscando, sempre que possível, conscientizar ou-
tras pessoas sobre a importância de se lutar pela conservação do planeta
em que vivemos.

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A crise ambiental atual 17

Referências
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p. 58-71, 2001. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/35099.
Acesso em: 6 dez. 2022.
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Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.
Brasília: Presidência da República, 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm. Acesso em: 6 dez. 2022.
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DATHE, T. et al. Corporate Social Responsibility (CSR) versus Environmental Social
Governance (ESG). In: DATHE, T. et al. Corporate Social Responsibility (CSR), Sustaina-
bility and Environmental Social Governance (ESG). New Jersey: Springer, 2022. p. 117-141.
DAVIES, T. J. The macroecology and macroevolution of plant species at risk. New Phyto-
logist, v. 222, n. 2, p. 708-713, 2019. Disponível em: https://nph.onlinelibrary.wiley.com/
doi/10.1111/nph.15612. Acesso em: 6 dez. 2022.
ENERGIA eólica registra primeiro recorde de geração instantânea de 2022. Gov.br,
out. 2022. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/energia-minerais-e-
-combustiveis/2022/08/energia-eolica-registra-primeiro-recorde-de-geracao-ins-
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EURO AMBIENTAL. Ilhas de lixo no oceano. Timbó: Euro Ambiental, 2021. Disponível
em: https://euroambiental.eco.br/ilhas-de-lixo-no-oceano/. Acesso em: 6 dez. 2022.
GIANNETTI, B. F.; ALMEIDA, C. M. V. B. Ecologia industrial. São Paulo: Edgard Blücher, 2006.
IGNACIO, J. ECO-92: o que foi a conferência e quais foram seus principais resultados?
Politize, 2020. Disponível em: https://www.politize.com.br/eco-92/. Acesso em: 6 dez. 2022.
OLIVEIRA, A. C. Acidente radiológico do césio 137. Revista de Estudos Interdisciplinares
do Vale do Araguaia-REIVA, v. 2, n. 3, 2019. Disponível em: http://reiva.unifaj.edu.br/
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ONU. Declaração da Conferência de ONU no Ambiente Humano. Estocolmo: ONU, 1972. Dis-
ponível em: https://cetesb.sp.gov.br/proclima/wp-content/uploads/sites/36/2013/12/
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PATRÍCIO, O. Meio ambiente, transportes e poluição. Tempos e Espaços em Educação,
v.5, n. 8, jan./jun., 2012. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/
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PISCO DE LUZ. 2022. Disponível em: https://www.piscodeluz.org/desenvolvimento-
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PLÖTZ, P. Hydrogen technology is unlikely to play a major role in sustainable road
transport. Nature Electronics, v. 5, n. 1, p. 8-10, 2022. Disponível em: https://www.nature.
com/articles/s41928-021-00706-6. Acesso em: 6 dez. 2022.
SPREGULA. Resíduos sólidos: quantitativos — coleta domiciliar comum e seletiva.
São Paulo: SPRegula, 2022. Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/
secretarias/spregula/residuos_solidos/index.php?p=185375. Acesso em: 6 dez. 2022.

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18 A crise ambiental atual

Leituras recomendadas
CLIMATE change: glossary of key terms. EPA Victoria, 2008. Disponível em: https://web.
archive.org/web/20100912151614/http://www.epa.vic.gov.au/climate-change/glossary.
asp. Acesso em: 6 dez. 2022.
COP 21: um momento histórico para o clima e para as cidades. WRI Brasil, 2015. Disponível
em: https://wricidades.org/conteudo/cop-21-um-momento-hist%C3%B3rico-para-o-
-clima-e-para-cidades. Acesso em: 6 dez. 2022.
WORLD CLIMATE CONFERENCE — A CONFERENCE OF EXPERTS ON CLIMATE AND MANKIND,
1979. Proceedings [...]. Geneva: WMO, 1979. Disponível em: https://library.wmo.int/
doc_num.php?explnum_id=8346. Acesso em: 6 dez. 2022.

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