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CAUÃ FEIJÃO BRITO

TRABALHO DE BIOLOGIA
IMPACTOS ANTRÓPICOS E PRESERVAÇÃO NATURAL

GUARULHOS 2023
Introdução
O relatório mais recente do IPCC—o Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas, um painel das Nações Unidas—, o AR6 Synthesis Report de março de 2023,
se inicia com o seguinte trecho, na sua segunda seção:
Atividades humanas, principalmente pelas emissões de gases estufa, têm, de
modo inequívoco, causado um aquecimento global, com a temperatura da
superfície global chegando a 1.1°C a mais que 1850-1900 em 2011-2020. […] Isso
levou a vários impactos em temas como segurança alimentar, água, saúde
humana e em economias e na sociedade, além de perdas e danos a pessoas e à
natureza.

De acordo com esse relatório, e outros passados feitos pelo próprio IPCC e outras
instituições de conservação ao meio ambiente e combate às mudanças climáticas, a
presença de gases do efeito estufa, como o carbono e o metano, na atmosfera vem
causando danos perceptíveis para populações humanas ao redor do globo, como a
redução de precipitação em regiões mais secas e o aumento do nível de chuvas em áreas
úmidas, a maior presença de ondas de calor extremas e atípicas em regiões urbanas e
quentes, o aquecimento dos oceanos—que ameaça espécies marinhas que dependem de
temperaturas mais amenas—, dentre vários outros.
A ação do homem no ambiente é inegável a esse ponto, com problemas chegando a
níveis extremos comparados com eventos típicos ao longo da história, mas quais são
essas ações? A próxima seção tratará do impacto direto do ser humano no meio
ambiente, o conseguinte apresentando políticas de preservação natural adotadas por
governos, possíveis soluções propostas por instituições e órgãos influentes, etc.

Ações e impactos antrópicos no meio ambiente


Variadas ações foram feitas pelo ser humano ao longo da história para moldar o meio
ambiente ao seu ver, como a extração de recursos naturais e a manipulação de espécies
para servirem um propósito específico—ou para aumentar um retorno econômico ou
nutricional, como a manipulação de plantas e seres vivos para produzirem mais e/ou
melhor—, mas ações mais recentes vêm sendo mais destrutivas para o meio ambiente,
como a maré negra, quando petróleo é derramado no oceano e inibe plantas marinhas de
produzirem oxigênio, o desflorestamento, quando grandes quantidades de florestas são
cortadas, removidas ou queimadas para dar espaço a atividades como a agropecuária—
um exemplo sendo as queimadas na Floresta Amazônica, que chegaram a serem os mais
destrutivos em dez anos—, o uso inadequado de recursos hídricos, como o uso
exagerado de água para irrigação em fazendas, a poluição de rios e mares e a ausência
de tratamento de esgoto em grandes cidades, e o crescente processo de urbanização,
presente em cidades ao redor do mundo, onde a maior presença de concreto, a menor
presença de árvores e espaços naturais e a irresponsabilidade humana com o lixo
causam inundações, criam ilhas de calor, poluem a água e o ar e deslizamentos de terra,
que se tornam mais extremos em áreas marginalizadas, como favelas e locais sem
planejamento urbano.
Ademais, o processo de industrialização e a ação da economia capitalista exacerbam os
efeitos aqui mencionados, como a intervenção direta no solo para produzir mais produtos,
por meio de fertilizantes artificiais que ainda fazem mal à saúde, mas também a
separação econômica de pessoas dentro de cidades, como pode ser visto em São Paulo
e outras grandes cidades como o Rio de Janeiro, onde os que ganham menos são
empurrados para a periferia, o que expande a área afetada pelos efeitos mencionados da
urbanização.

Medidas de combate e proteção ao meio ambiente


Longe de estarem imóveis frente ao perigo real de uma catástrofe climática, governos e
instituições em todo o planeta estão se juntando para combater as mudanças climáticas,
como a existência do próprio IPCC prova. Certas medidas estão sendo adotadas para
promover o desenvolvimento sustentável socioeconômico de sociedades mundo afora,
como a preservação e recuperação de florestas, biomas e espécies; a criação de políticas
públicas para limitar a ação de indústrias, os programas de reciclagem e campanhas de
incentivo para utilizar menos água e energia.
Porém, alguns grupos se veem insatisfeitos com as medidas atuais: o próprio IPCC
declara que órgãos governamentais não estão fazendo o suficiente para combater as
mudanças climáticas, ainda citando a presença de problemas sistemáticos e econômicos
para a implantação de soluções em todo o mundo; o movimento Greenpeace se declara
contra a utilização e produção en masse de plásticos; o WWF afirma que mais mudanças
na matriz energética devem ser feitas para reduzir emissões; além de grupos sociais que
lutam, no Brasil, pelo desenvolvimento sustentável no campo, políticas como a reforma
agrária, movimentos e personalidades globais afirmando que os Estados Unidos, União
Europeia e outras potências que mais contribuíram com o aquecimento global, arcassem
os custos que países pobres terão de sofrer para transitar a um mundo mais sustentável.

Conclusão
Mesmo que hajam soluções sendo implementadas hoje, elas se provam não serem os
suficiente para desacelerar o aquecimento global: as ações já realizadas pela
humanidade no passado, o IPCC deixa explícito, são o suficiente para a situação se
tornar urgente. A preservação de ambientes e seres deve ser expandido caso procuremos
manter o ecossistema do planeta estável, além de combater, eficientemente, as
mudanças climáticas.
Ainda há muito a se fazer, mas o primeiro passo, dado em 1988 com a fundação do IPCC,
já foi dado há muito tempo; está na hora da humanidade se juntar por um mundo melhor.
BIBLIOGRAFIA
• https://www.ipcc.ch/report/ar6/syr/downloads/report/
IPCC_AR6_SYR_FullVolume.pdf – AR-6 do IPCC, das Nações Unidas;
• https://brasilescola.uol.com.br/geografia/acoes-antropicas-no-meio-ambiente.htm e
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/urbanizacao.htm – Brasil Escola;
• https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2021/11/06/numero-de-queimadas-no-
amazonas-em-2021-ja-e-o-terceiro-pior-da-historia.ghtml – G1;
• https://www.greenpeace.org/brasil/apoie/tratado-global-sobre-plasticos/ –
Greenpeace;
• https://www.worldwildlife.org/magazine/issues/fall-2023/articles/combating-climate-
change – WWF;
• https://mst.org.br/quem-somos/ – Movimento Sem Terra (MST);
• https://www.estadao.com.br/sustentabilidade/evo-morales-culpa-capitalismo-pelas-
mudancas-climaticas/ -- Estadão;
• https://www.britannica.com/biography/Greta-Thunberg – Encyclopaedia Britannica

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