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AQUECIMENTO GLOBAL E O EFEITO ESTUFA

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), órgão ligado às Nações Unidas, divulgou hoje um
relatório apontando um cenário devastador sobre os principais impactos do aquecimento global no meio ambiente e na
economia, caso medidas concretas para diminuir o aumento da temperatura do planeta não forem adotadas. No Brasil, há
impactos significativos em vários lugares como na Amazônia, no semi-árido nordestino e nas regiões litorâneas.

Neste segundo relatório, o IPCC demonstra claramente que os impactos das mudanças do clima estão batendo à
nossa porta neste momento e só tendem a piorar. O nível dos oceanos já está subindo e, com isso, 100 milhões de pessoas
que vivem a menos de um metro acima do nível do mar estão correndo o risco de perder suas casas. As populações da Índia
e da China podem passar fome por causa do declínio na produção de alimentos como conseqüência do aquecimento global.

Os mananciais de água doce, que abastecem milhões de pessoas no mundo estão em risco, aponta o relatório. Na
região Amazônica, por exemplo, as pessoas podem ser afetadas por temperaturas ainda mais altas no verão em algumas
regiões, por um aumento na freqüência de secas severas como a de 2005 e pela transformação da floresta em uma
vegetação muito mais aberta, parecida com o cerrado, especialmente na região leste. No nordeste brasileiro, as temperaturas
vão subir ainda mais, passando de uma região semi-árida para árida e comprometendo a recarga dos lençóis freáticos. No
sudeste, a precipitação vai aumentar com impacto direto na agricultura e nas inundações e deslizamentos de terra.

Mesmo com todos esses alertas, este relatório é a penas a ponta do iceberg. Os impactos das mudanças climáticas
estão alterando a química do planeta, causando extinção e migração das espécies e comprometimento dos serviços
ambientais prestados pela natureza. Além disso, o aumento da temperatura e a mudança nos padrões das chuvas prejudicam
especialmente o desenvolvimento econômico e social de nações em desenvolvimento.

“Os negociadores estão cansados de discutir cada uma das palavras do relatório para chegar a um acordo. Isso
acontece por que os Chefes de Estado estão ansiosos esperando pelas importantes conclusões desta conferência científica”
observa Hans Verlome, diretor do Programa Global de Mudanças do Clima da rede WWF. “A urgência deste relatório,
preparado por um seleto grupo de cientistas do planeta, deve ser levada em conta pelos governos e estes devem reagir com
a mesma presteza.”

"Não existe escapatória para esses fatos: o aquecimento global trará fome, enchentes e secas. Os países mais pobres
e que tem uma responsabilidade menor pelas emissões dos gases causadores das mudanças climáticas são os que sofrerão
mais. E eles são os que têm menos dinheiro para investir em infra-estrutura de adaptação aos impactos do aquecimento
global. Mas os países ricos também correm enormes riscos”, afirma Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, superintendente
de Conservação do WWF-Brasil. “Não temos mais a opção de ignorar o aquecimento do planeta, senão as conseqüências
serão desastrosas. Os países precisam aceitar metas de redução das emissões, levando em conta as contribuições históricas
de cada um, e começar a implementar soluções”, completa Scaramuzza.

Os cientistas do IPCC disseram claramente que alguns dos impactos das mudanças climáticas são inevitáveis, mas
ainda existe tempo para proteger a humanidade de algumas das conseqüências mais desastrosas. Essa reação deve vir como
parte de uma rápida mudança nas estratégias globais visando evitar emissões significativas de CO2.

"Defender o que restou da natureza neste planeta, como a floresta amazônica, os manguezais e os corais, se tornará
uma prioridade econômica e ética”, afirma Lara Hansen, cientista-chefe do Programa Global de Mudanças Climáticas da
rede WWF.. “Nossas sociedades são dependentes da natureza, mas só agora estamos percebendo isso.”

O Brasil é o 4º emissor global de gases do efeito estufa, com mais de dois terços das emissões vindas do
desmatamento. “Chegou a hora de demonstrarmos como vamos contribuir para diminuir o aquecimento do planeta” afirma
Karen Suassuna, técnica em Mudanças Climáticas do WWF-Brasil. “Ficou claro que o Brasil já está sendo impactado pelas
mudanças no clima e poderá ser ainda mais. Por isso, é preciso estabelecer metas claras para a redução drástica do
desmatamento e investir em energias renováveis não convencionais e eficiência energética” completa Suassuna.

Em setembro de 2006, O WWF-Brasil apresentou à sociedade brasileira o estudo “Agenda Elétrica Sustentável
2020”, uma alternativa para o crescimento elétrico do país sem que haja necessidade de mais poluição. O relatório traça um
cenário para o setor elétrico brasileiro utilizando energias limpas não convencionais, técnicas de eficiência energética,
gerando mais empregos e mais economia para o Brasil
ATIVIDADE I
Questão 1
O que é Aquecimento Global?

Questão 2
Quais são as consequências do Aquecimento Global?

Questão 3
Como combater as Mudanças Climáticas?

Questão 4
O aquecimento global é um processo caracterizado pelo aumento da temperatura média do planeta. Ele é
consequência da intensificação de qual fenômeno natural do planeta?

Questão 5
O aquecimento global acarretará uma série de alterações no planeta ao longo do tempo. Analise as alternativas
abaixo e marque aquela que não indica uma consequência desse grave aumento da temperatura do planeta.
a) Derretimento das calotas polares
b) Aumento da ocorrência de terremotos
c) Mudanças nos regimes de chuvas
d) Aumento dos níveis dos oceanos
e) Aumento da ocorrência de furacões

Questão 6
Qual medida pode ser adotada no Brasil para atenuar os efeitos do aquecimento global?

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