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Mudanças Climáticas
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DISCIPLINA DE ÉTICA, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE
MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO BRASIL
mas é intensificado significativamente pela ação humana: o IPCC avaliou 577 trabalhos
científicos, descrevendo cerca de 80 mil séries de dados, para chegar a essa conclusão. E
as consequências já podem ser sentidas na pele.
A temperatura média do planeta subiu 0,7ºC ao longo do século XX. E não é só: esse
aquecimento vem ocorrendo de maneira mais rápida nos últimos 25 anos. Em geral, espera-
se uma elevação em torno de 4ºC até o fim do século. Isso está desencadeando várias
alterações em todo o planeta, como mudança no regime das chuvas; elevação do nível
do mar (que deverá subir em média entre 18 e 59 cm até o final do século, consumindo
regiões costeiras e até ilhas inteiras); e aumento na frequência de eventos climáticos
extremos, como enchentes, tempestades, furacões e secas; além de interferir na agricultura
e contribuir para o processo de desertificação.
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No Brasil, o clima ficará mais quente (com aumento gradativo e variável da temperatura
média em todas as regiões do país entre 1ºC e 6ºC até 2100) e o regime de chuvas também
vai mudar: as precipitações diminuirão significativamente em grande parte das regiões
central, Norte e Nordeste do país; e aumentarão nas regiões Sul e Sudeste. Isso é o que
aponta o primeiro Relatório de Avaliação Nacional
(RAN1), lançado em 2013 pelo Painel Brasileiro de
Mudanças Climáticas (PBMC).
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Na região Norte, a temperatura deverá aumentar de 1ºC a 6ºC até 2100, com
diminuição de 40% a 45% no volume de chuvas. No entanto, os pesquisadores sugerem que
o desmatamento da Amazônia é uma questão mais urgente, tanto para proteger o bioma
quanto para evitar o agravamento das mudanças climáticas. Caso o desmatamento alcance
40% na região no futuro, haverá uma mudança drástica no padrão do ciclo hidrológico,
com redução de 40% na chuva durante os meses de julho a novembro – o que prolongaria
a duração da estação seca e provocaria o aquecimento superficial do bioma em até 4ºC, de
acordo com o relatório.
Já as regiões Sul e Sudeste seguem uma tendência diferente, com aumento relativamente
baixo das temperaturas e crescimento do número de chuvas. De acordo com o relatório,
essas regiões ficarão entre 0,5ºC e 3ºC mais quentes até 2100, e entre 25% e 30% mais
chuvosas. A região Centro-Oeste deve seguir a mesma tendência, com projeção da elevação
das temperaturas entre 3ºC
e 6ºC no período e aumento
no volume de chuvas. Muitas
dessas mudanças já podem
ser sentidas. Em São Paulo,
por exemplo, a temperatura
mínima (durante a
madrugada) aumentou
nos últimos anos, ou seja,
estamos tendo madrugadas
mais quentes.
Disponível em https://images.app.goo.gl/663KFyiAkd1sEM1J6 acesso em 14/12/2020
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Impacto
Essas mudanças no clima trarão uma série de impactos em diversos setores, como
nos recursos hídricos, na geração e distribuição de energia, e na agricultura. Não apenas a
quantidade, mas também a qualidade dos recursos hídricos está comprometida. Entre os
problemas a serem enfrentados, está o risco de colapso no abastecimento de água em várias
regiões urbanas, devido a estiagens mais prolongadas; maior risco de inundações; elevação
do nível do mar e entrada de água salina nos lençóis subterrâneos que abastecem grande
parte das cidades litorâneas e intensificação dos efeitos da poluição nos corpos hídricos,
reduzindo ainda mais a disponibilidade e a qualidade hídrica. “Mesmo nas áreas em que
houver aumento de vazão, prevê-se uma diminuição da qualidade, tanto pelo aumento da
temperatura como pela elevação da carga poluente proveniente do escoamento superficial
e da superação da capacidade das estações de tratamento e dos sistemas de esgotamento
sanitário”, apontou o engenheiro agrônomo Eneas Salati, diretor-técnico da Fundação
Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável, durante o 1º Conclima.
A agricultura também será afetada, com muitas culturas tendo que se deslocar devido
às temperaturas elevadas e à estiagem. Culturas como feijão, soja, trigo e milho serão
especialmente atingidas, sofrendo grandes reduções de área de plantio e deslocamento
para regiões mais frias. “Com as mudanças climáticas, as zonas agrícolas do país deverão
ser repensadas”, afirma Ambrizzi.
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Ainda há Tempo
Mas os pesquisadores apontam que ainda há tempo de mudar esse cenário. Existe
uma série de ações que podem ser tomadas para mitigar o impacto das mudanças
climáticas e minimizar suas consequências. O primeiro passo é reduzir as emissões
de gases de efeito estufa (GEE). Caso os níveis desses gases continuem a aumentar na
atmosfera, as alterações climáticas serão ainda mais severas. “O problema é que esses
gases permanecem na atmosfera por cerca de 50 a 100 anos. Então os gases já emitidos
demorarão a ser dissipados. Por isso, a redução das emissões é de extrema importância”,
declara Ambrizzi.
• No nordeste do Brasil as áreas semiáridas e áridas vão sofrer uma redução dos
recursos hídricos por causa das mudanças climáticas. A vegetação semiárida
provavelmente será substituída por uma vegetação típica da região árida. Nas
florestas tropicais, é provável a ocorrência de extinção de espécies.
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• Amazônia
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Pare,
leia e Reflita !
A ONG brasileira WWF-Brasil, está fazendo uma série de ações interventivas e
preventivas para proteger o país das mudanças climáticas
Mudanças na quantidade, qualidade da água estão dominando as discussões sobre
os efeitos mais devastadores do aquecimento global. A Amazônia não ficará imune a
isso. As questões mais importantes a serem debatidas nesse processo são como manter
a biodiversidade, os ecossistemas e os serviços ambientais na Amazônia enquanto
as mudanças climáticas afetam a disponibilidade de água doce. O WWF-Brasil está
desenvolvendo projetos para investigar o que acontecerá em todo o Brasil e como lidar
com os novos desafios. Alguns deles são:
• Apresentação do estudo Agenda Elétrica Sustentável 2020 que propõe um cenário
elétrico para o país onde a eficiência energética e as fontes de energia renováveis
não convencionais são largamente utilizadas, gerando empregos, diminuição na
demanda de energia e economizando investimentos em grandes obras;
• Ação na internet para que o governo que reconsidere a decisão de incluir cada vez
mais termelétricas a gás de petróleo e usinas de carvão para gerar energia elétrica,
afastando a queima de combustíveis fósseis da matriz energética do país;
• Promoção do desenvolvimento sustentável, da redução e neutralização das
emissões de gases causadores do aquecimento global por meio, por exemplo, da
certificação Gold Standard para projetos do Protocolo de Quioto para reduzir a
poluição em países em desenvolvimento, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
(MDL);
• Uso do conhecimento das populações tradicionais sobre a natureza para melhor
adaptar as comunidades às novas condições climáticas;
• Identificação de pessoas que já vêm sofrendo as consequências das mudanças
climáticas na Boca do Acre, Amazonas.
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RECURSOS ADICIONAIS
Assista ao vídeo “Mudanças do clima,
mudanças de vidas”, e veja como o
aquecimento global já causa impactos no
Brasil e no mundo.
Greenpeace Brasil
FÓRUM
Diante das leituras e discussões apresentadas nos textos, propomos para atividade desta aula você
assistir o vídeo disponibilizado baixo e em seguida fazer um relato colocando suas impressões
sobre esse dilema, respondendo as seguintes questões no fórum:
1. Qual a importância de ficarmos atentos a esse problema?
2. Que posturas a sociedade precisa adotar para mudar esse paradigma?
3. Como você poderia contribuir para minimizar esses impactos?
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