Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Mudanças climáticas
Escassez de água potável, aumento das inundações e do nível do mar, além da insegurança
alimentar, serão consequências das mudanças climáticas.
O aumento na temperatura
média do planeta pode desencadear longos períodos de estiagem no futuro.
Mudanças climáticas, como o próprio termo indica, referem-se a mudanças no clima que estão
ocorrendo em todo o planeta e que apresentam efeitos que já podem ser vistos em várias de suas
partes. Extinção de várias espécies, derretimento das geleiras e aumento do nível do mar são
apenas algumas das consequências desencadeadas pelo aumento da temperatura global. A
seguir, falaremos mais a respeito das mudanças climáticas e de como estas podem afetar a vida
dos seres humanos e outros organismos do planeta.
Aquecimento global
O aquecimento global nada mais é do que uma intensificação do chamado efeito estufa. Esse
efeito é um fenômeno natural e importante para a Terra, pois permite que o planeta fique
aquecido, entretanto, a sua intensificação é prejudicial.
O efeito estufa acontece, pois na atmosfera há a presença de gases, chamados de gases de efeito
estufa, que garantem que parte do calor que chega ao planeta fique retido. O aumento desses
gases leva a uma maior retenção de calor e, portanto, ao aumento da temperatura (veja figura
seguinte).
Segundo o Greenpeace, as emissões de gases do efeito estufa aumentaram ao longo dos últimos
10 anos mais rapidamente que durante todo o período entre 1970 a 2000. Isso significa que, se
não controlarmos as nossas emissões de gases, enfrentaremos, provavelmente, consequências
devastadoras.
Preocupados com as mudanças no clima que estão ocorrendo no mundo, vários governantes e
instituições traçam metas e planos a fim de evitar que as consequências sejam ainda mais graves.
No Quinto Relatório de Avaliação do IPCC, por exemplo, o órgão deixou claro que, se medidas
urgentes não forem tomadas para estabilizar as emissões dos gases até 2100, o aumento da
temperatura global excederá 2 ºC dos níveis pré-industriais. Esse aumento poderá ser catastrófico.
Os maiores castigados pelas mudanças climáticas serão provavelmente os países tropicais, tais
como o Brasil. Segundo os relatórios do IPCC, poderão ocorrer uma série de inundações, em
virtude da intensificação das tempestades, e períodos longos de estiagem. Nessas duas situações,
a pecuária e a agricultura poderão ser prejudicadas, assim como a sobrevivência de diversas
espécies.
Além disso, algumas regiões poderão sofrer com a grande quantidade de chuvas, o que
ocasionará deslizamentos constantes de terra e aumento das enchentes. Outro ponto alarmante diz
respeito às áreas costeiras, que sofrerão com o aumento do nível do mar, graças ao degelo das
geleiras ocasionado pelo aumento da temperatura média do planeta.
As áreas secas do planeta sofrerão ainda mais com a falta de água. Sendo assim, a água potável,
que já é escassa em algumas regiões, poderá ser motivo de mortes e de disputas políticas. Além
disso, com o aumento da seca, a ocorrência de incêndios poderá ser mais frequente, ocasionando
perda de biodiversidade e ameaçando a vida da população.
Diante desse quadro tão assustador, não é difícil concluir que diversas espécies de plantas e
animais entrarão em extinção. Fato esse que já é possível observar nos dias atuais. Além disso, a
produção de alimentos poderá diminuir, uma vez que qualquer mudança climática afeta
diretamente o cultivo de diversas espécies. Com isso, ocorrerá uma dificuldade de acesso à
alimentação, não somente aliada à baixa produção mas também pela possível elevação dos
preços.
Não podemos esquecer-nos também de que a saúde humana pode ser afetada gravemente com as
alterações climáticas. Problemas tais como insolação, alergias, doenças transmitidas por
mosquitos (como a dengue e a malária), desnutrição e fome podem ser intensificados devido ao
aumento da temperatura global.
Mudanças climáticas poderão levar a problemas de abastecimento.
Vale salientar ainda que, segundo o IPCC, mesmo que as emissões de gases do efeito estufa
diminuam, a Terra continuará sofrendo com os danos residuais e terá que aprender a lidar com
o aumento gradual da temperatura.
Apesar de serem inevitáveis alguns dos problemas relatados, a diminuição da emissão de gases
de efeito estufa é necessária para que a intensidade desses problemas seja diminuída. Além disso,
é fundamental que todos os países estejam juntos para tomar decisões que poderão ajudar as
populações a enfrentarem todos os problemas que estão por vir.
Leia também: Tratados internacionais sobre meio ambiente: conheça as propostas de cada um
Acordo de Paris
O Acordo de Paris é um documento, assinado em 2015 por 195 países, que tem como objetivo
principal a tomada de medidas para lidar com as alterações climáticas. Esse acordo firma o
compromisso entre os países de lutar para que o aumento da temperatura média do planeta fique
abaixo de 2 ºC dos níveis pré-industriais.
Para garantir o sucesso do acordo, cada país participante construiu seus próprios compromissos.
No caso do Brasil, por exemplo, o país comprometeu-se a reduzir as emissões de gases de efeito
estufa em 37% abaixo dos níveis, de 2005 até 2025. Para garantir que essa meta seja alcançada,
o país comprometeu-se ainda a aumentar a participação de bioenergia sustentável na sua
matriz energética e a realizar restaurações de mais de 10 milhões de hectares de florestas.
De acordo com a ONU, para que possamos limitar o aumento da temperatura global para abaixo
de 2 ºC, é essencial que o mundo transforme seus sistemas de energia, indústria, transporte,
alimentos, agricultura e silvicultura. Percebemos, portanto, que os esforços não são pequenos e
que há a necessidade de que todas as nações abracem essa causa, a fim de garantirmos um planeta
melhor para a nossa e as futuras gerações.
2010 – A ANA cria o Grupo de Trabalho sobre Mudanças Climáticas, responsável pela
elaboração do documento de diretriz “Os efeitos das mudanças climáticas sobre os recursos
hídricos: desafios para a gestão”. Com caminhos gerais de preparação para crises e ainda discute
temas como a variabilidade climática, planejamento dos recursos hídricos, entre outros.
2013-2015 – Em conjunto com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), a ANA cria o
documento “Mudanças climáticas e recursos hídricos: avaliações e diretrizes para adaptação”.
Com o objetivo de apoiar a formulação do Plano Nacional de Adaptação às Mudanças do Clima.
2015 – A ANA, juntamente com o CNPq e a CAPES, lança editais de Mudanças Climáticas e
Recursos Hídricos para pesquisas e projetos sobre os impactos das mudanças nos recursos
hídricos.
2017 – ANA integra a nova formatação do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima (FBMC), cujo
objetivo é conscientizar a sociedade e contribuir para discussão de ações necessárias para o
enfrentamento das mudanças climáticas.
2017-2018 – A ANA integra efetivamente o tema das mudanças climáticas em suas iniciativas de
planejamento e gestão dos recursos hídricos, por meio de projeto piloto na Bacia do Rio Piranhas
Açu.
A importância da Reciclagem e os benefícios
para o cidadão e o Meio Ambiente
19 de setembro, 2020
02:08
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
A Reciclagem é importante tanto para o Meio Ambiente, quanto para as pessoas, é uma ação
continuada de coleta e processamento de resíduos que de outra forma seriam jogados como lixo;
mas que podem ser reaproveitados e transformados em novos produtos.
Reciclar ajuda na conservação de recursos naturais como madeira, água e minerais, reduzindo a
necessidade de extração de novas matérias-primas. Os materiais de reciclagem não requerem
muita energia para serem remanufaturados em comparação com a conversão de novas matérias-
primas em produtos utilizáveis, portanto, gera economia.
Quanto mais reciclar, mais diminuirá os custos com limpeza urbana, além de evitar a poluição
reduzindo as emissões de gases de efeito estufa que provocam a mudança climática global,
mantendo o Meio Ambiente sustentável para as gerações futuras. A produção de alguns materiais,
como o plástico, resulta em grande emissão de fumaça que polui o ar. Muitos produtos químicos
utilizados pelas indústrias são nocivos e seus rejeitos são despejados na natureza acabando por
poluir a água e o solo.
O processo reciclagem funciona também como Educação Ambiental, envolve a coleta, triagem e
processamento dos resíduos. Exemplos de coisas que podem ser recicladas incluem jornais,
revistas, caixas de leite, latas de aço, alumínio, garrafas, vidros e frascos plásticos e muitos
outros.
Além de favorecer uma atividade rentável gerando novos empregos, a reciclagem reduz a
quantidade de resíduos (lixo não reciclável) enviados para aterros sanitários ou depósitos de lixo,
prolongando a vida útil desses locais. Lembrando que os aterros também são fiscalizados e
tributados, se existirem multas por excesso de capacidade de armazenamento, essas multas quem
paga são os próprios contribuintes.
Adotar essa idéia e ter ações diárias de reciclagem não requer mudanças de estilo de vida tão
dramáticas como pode parecer à primeira vista. Geralmente, em uma casa ou empresa, há mais
resíduos recicláveis do que não recicláveis. É importante que a comunidade participe da coleta
seletiva e de toda ação que contribua para uma melhor sustentabilidade.
Não importa o quão sem importância possa parecer, faça a sua parte: Recicle!
Pesquisadores ambientais alertaram ao mundo que apenas um décimo dos quase 93 bilhões de
toneladas de materiais utilizados anualmente, incluindo minerais, metais, combustíveis fósseis e
biomassa, são recolocados no mercado para reutilização, de acordo com relatório de uma empresa
de economia holandesa chamada Circle Economy.
O CEO da Circle Economy, Harold Friedl, disse à imprensa que o uso mais eficiente desses
recursos poderia ajudar a cumprir as metas adotadas no Acordo de Paris de 2015, evento
promovido pela ONU em que alguns países selaram o compromisso de evitar que a Terra
aumentasse a temperatura em até 2 graus devido à poluição, extração de matéria-prima e outros
fatores.
O estudo ainda aponta que a ação de extrair, processar e fabricar novas mercadorias, é
responsável por 62% das emissões de calor pelo planeta. A quantidade de todos os materiais que
o mundo consome triplicou desde 1970 e poderá dobrar novamente em 2050 se nenhuma ação for
feita, segundo estimativas da ONU.
Soluções
As economias devem se tornar circulares, sistema que visa o reaproveitamento dos produtos
dentro do mercado consumidor.
“Mudar para esse novo cenário pode ser difícil, pois requer mudanças de hábitos
de consumo e de negócios, mas uma vez implementado, o funcionamento se torna
muito viável”, explicou Friedl.
Além disso, relatório também aponta que o compartilhamento de carros ou manutenção dos
veículos por mais tempo seriam boas soluções. Os incentivos financeiros que promovem o uso
excessivo de recursos naturais, como combustíveis fósseis, devem ser abolidos, disse o
documento. "É uma maneira prática de salvar o mundo”.
Fonte: Reuters
Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), cimeira dos dirigentes
mundiais, Glasgow, Reino Unido, 1 de novembro de 2021
Philippe Lefebure, o nosso perito em política climática, explica em que consiste a cimeira sobre o clima (COP26).
O que é a COP26?
A Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) é um importante evento
que reúne dirigentes de todos os países do mundo com vista a chegar a acordo sobre a forma de
intensificar a ação a nível mundial para resolver a crise climática.
Há quase 30 anos, os dirigentes mundiais reuniram-se pela primeira vez para dar uma resposta
coletiva à questão das alterações climáticas. As Nações Unidas convidaram os países a assinar
uma convenção sobre o clima segundo a qual cada país signatário se comprometeria a reduzir as
emissões de gases com efeito de estufa.
Desde então, os países que assinaram a convenção – formalmente designados por "partes" –
reúnem-se anualmente para debater os progressos e os desafios (devido à pandemia de COVID-
19, a reunião não se realizou em 2020).
A sigla COP designa a "Conferência das Partes" na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre
Alterações Climáticas (CQNUAC). A COP26 é a 26.ª reunião das partes na convenção e foi
organizada pelo Reino Unido, em parceria com a Itália.
Philippe Lefebure explica os motivos pelos quais a COP26 é uma oportunidade única para agir em defesa do clima.
firmar o compromisso de atingir metas mais ambiciosas para reduzir as emissões de gases com
efeito de estufa até 2030
debater medidas de adaptação aos inevitáveis impactos das alterações climáticas
aumentar o financiamento da ação climática, em especial para os países em desenvolvimento
Alterações climáticas: medidas que a UE está a tomar (informações gerais)
O preço das alterações climáticas em vidas e em dinheiro (infografia)
Contudo, as alterações climáticas são uma ameaça a nível mundial, e a UE não pode agir
sozinha.
Conselho define posição da UE para a cimeira da COP26 sobre o clima (comunicado de imprensa,
6 de outubro de 2021)
Conselho adota conclusões sobre o financiamento da ação climática (comunicado de imprensa, 5
de outubro de 2021)
Recentes ações estratégicas da UE em matéria de alterações climáticas (informações gerais)
Contribuição da Europa para o financiamento da ação climática (infografia)
No que respeita ao Conselho, a Eslovénia participou na reunião e nos debates em nome dos 27
Estados-Membros da UE. A posição que a UE no seu conjunto tomou no decurso das
negociações – cujo objetivo era alcançar um compromisso renovado por parte dos países – foi
acordada antes da reunião, na mais recente sessão do Conselho (Ambiente).
O Conselho desempenha um papel importante nos acordos internacionais com países que não
pertencem à UE e com organizações internacionais, na medida em que adota as diretrizes de
negociação e aprova a celebração de acordos.
O papel do Conselho nos acordos internacionais (informações gerais)
Presidência do Conselho da UE (informações gerais)
Conselho (Ambiente), 6 de outubro de 2021