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O aquecimento global está relacionado ao aumento da temperatura média da Terra, ocasionada por fatores
humanos e naturais.
Segundo o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) da ONU (Organização das Nações
Unidas), essas alterações podem ser ainda maiores conforme os anos forem passando
Por isso, ter consciência sobre esse fenômeno é fundamental para evitar desastres ainda maiores e preservar a
vida no planeta.
O que causa a elevação da temperatura da Terra é o aumento da emissão de gases, como dióxido de carbono
(CO2), na atmosfera, dando origem ao efeito estufa.
Dentre os principais exemplos que causam mudanças climáticas intensas, podemos citar o desmatamento,
queimadas e poluição ambiental.
O efeito estufa é um fenômeno essencial para manter a vida na terra, pois é responsável pelo aquecimento do
planeta em níveis normais. Sem ele, o globo se tornaria muito frio, sendo impossível o desenvolvimento humano
e animal.
Funciona assim: a radiação do Sol que chega à Terra é refletida de volta para o espaço. Uma parte dela é
absorvida pelos oceanos e pela superfície terrestre. Outra é capturada pela camada de gases que formam o efeito.
Quando as atividades humanas e fenômenos naturais se tornam mais intensos, esses gases aumentam, tornando a
camada muito espessa, bloqueando o calor do Sol e o prendendo na atmosfera, dando origem ao aquecimento
global. Isso é devido a intensa atividade humana.
- O derretimento das geleiras pode ocasionar problemas de ordem ecológica, como o desaparecimento de ilhas,
várias espécies de animais, entre outros. Além disso, cientistas afirmam que o degelo tem relação com o aumento
do nível do mar, ambos ocasionados pelo aquecimento global.
- Aumento de fenômenos climáticos naturais, como furacões, vulcões, tsunamis, terremotos, nevascas e secas;
- Elevação das temperaturas;
- Desequilíbrio ambiental, ocasionando desastres ecológicos e perda da biodiversidade;
Escassez dos recursos naturais.
- Diferentes espécies podem entrar em extinção por conta do aquecimento global. Um exemplo está relacionado
à disponibilidade de água.
- Afeta a área hídrica, aumentando o volume de secas em diversas regiões, prejudicando a oferta de recursos
naturais indispensáveis para a vida animal.
- O fenômeno El Niño, por exemplo, causa secas severas e elevação da temperatura em algumas regiões do
planeta.
O dióxido de carbono está presente nos combustíveis fósseis utilizados em carros movidos à gasolina, diesel e
carvão. Reduzir o uso desses automóveis pode diminuir a poluição do ar, melhorando os efeitos do aquecimento
global.
Bicicleta ou transporte público podem ser ótimas alternativas para o uso do carro, pois utilizam energias
renováveis.
Conscientização
Conscientizar as pessoas sobre o aquecimento global e suas consequências é fundamental para evitar que esse
efeito se torne ainda mais catastrófico.
Para tornar essa ação efetiva, é importante educar a sociedade, ensinando melhores práticas individuais e
coletivas que podem ser realizadas para preservar o meio ambiente.
Porém, é importante destacar que as ações devem ser globais, envolvendo governos, setor privado, países,
indivíduos e Organizações Não Governamentais (ONGs).
Só assim é possível enfrentar as mudanças climáticas e criar um mundo cada vez mais sustentável.
Aquecimento global poderá tornar os fungos mais perigosos para o ser humano
Com as mudanças climáticas, muitos fungos acabam se adaptando a temperaturas mais quentes, e isso pode fazer
com que sobrevivam melhor no corpo humano
A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou uma lista de patógenos fungais prioritários, ou
seja, fungos que representam as maiores ameaças à saúde pública de todo o planeta atualmente. Tanto
as mudanças climáticas quando a pandemia do novo coronavírus fizeram a ameaça de doenças fúngicas
crescer, em contraste com poucos esforços e investimentos no combate a esses perigos.
O resultado é mais um aviso de que o aquecimento global está afetando o planeta e seus habitantes, como os
fungos, de maneiras inesperadas e potencialmente perigosas. O próximo passo é estudar patógenos em pacientes
que tiveram relapso em infecções fúngicas, uma persistência que pode trazer os fungos de volta ao corpo do
paciente com mudanças genéticas importantes de se conhecer. A ameaça posta pelos fungos nunca foi tão séria
— e a tendência é piorar, caso façamos algo acerca do clima.
Fungos mais perigosos
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Em comparação com o financiamento de pesquisas acerca de doenças bacterianas, parasíticas e
virais, o orçamento dedicado aos fungos é muito pequeno. A lista da OMS busca chamar a atenção a
esses patógenos, listando 19 dos mais perigosos aos humanos e destacando 4 cuja prioridade de se
estudar é considerada crítica, especialmente por conta de potencial resistência antifúngica. São eles:
•Aspergillus fumigatus — esse fungo espalha esporos no ar e afeta principalmente os pulmões dos
pacientes. Infecção por ele pode ser fatal, matando em 47% a 88% dos casos. Ele vem criando
resistência a alguns tipos de remédios antifúngicos;
•Candida albicans — naturalmente encontrado no intestino e boca da maioria das pessoas, esse
fungo tem potencial de causar infecções, principalmente em pacientes imunocomprometidos, como
os soropositivos;
Cryptococcus neoformans — encontrado na natureza, especialmente em excrementos de aves, esse
patógeno pode cruzar a barreira hematoencefálica, que protege o sistema nervoso central, e infectá-
lo. Também é especialmente perigoso para pessoas com sistema imune enfraquecido;
•Candida auris — um novo fungo resistente à maioria dos medicamentos antifúngicos. Um número
consideravelmente grande de pacientes com casos graves de COVID-19 foi infectado com o
patógeno no hospital.
Segundo os cientistas que elaboraram a lista, os fungos são patógenos infecciosos "esquecidos", que,
embora possam causar doenças devastadoras, foram negligenciados por tanto tempo que já não
compreendemos mais o tamanho do problema. Vindo na esteira da pandemia de bactérias resistentes
a remédios antimicrobianos, as doenças fúngicas têm desenvolvido cada vez mais resistência a
tratamentos, pressionando a saúde pública por todo o planeta.
A lista foi elaborada por uma equipe de 30 pesquisadores da Austrália e da Nova Zelândia, que
buscaram informações em mais de 6.000 artigos e recrutaram mais de 400 especialistas em
micologia de todo o mundo. Isso ajudou a OMS a encontrar patógenos cujo estudo é mais prioritário
e apontar um caminho que pesquisas futuras possam seguir.
Mundialmente, infecções por fungos matam 1,7 milhão de pessoas todos os anos, mais do que a
malária e a tuberculose, que também apresentam números crescentes. Superfungos resistentes à
medicação, como a C. auris, proliferaram-se especialmente durante a pandemia do novo
coronavírus, se apoiando nas temperaturas em alta da Terra, que permitem aos patógenos se espalhar
por mais áreas e infectar mais pessoas.
Apesar disso, os fungos recebem menos do que 1,5% de todo o financiamento de pesquisa acerca de
doenças infecciosas. No relatório da OMS, nota-se que isso não chega nem perto do suficiente para
que consigamos entender e descobrir maneiras de combater esse crescente risco de saúde: não é de
hoje, aliás, que a ciência tem avisado sobre os perigos dos fungos. Urge a atenção das autoridades e
especialistas de saúde quanto a isso.