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Benguela, 2023
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
ORIENTADOR
Lic. Enf. VICTOR SEMEDO CORDEIRO PEREIRA
Benguela, 2023
FICHA TÉCNICA
Dedico este trabalho de investigação aos meus pais, primeiros e grandes educadores
que conheci e que têm sido a força impulsionadora para alcançar este objectivo.
Ao meu Marido Lucas Wilson fernando Canenga pelo apoio, força e coragem que
me proporcionou durante o percurso da minha formação, a quem muitas horas lhes faltei com
afeto.
A família Fernando, pelo apoio prestado, visto que, por muitos dias e horas, tiveram
de sacrificar os seus preciosos tempos para cuidarem da minha filha enquanto estivesse na
formação.
Aos meus familiares pelos apoios prestados durante a minha formação.
Ao Professor Lic. Enf. Victor Semedo Cordeiro Pereira, o meu reconhecimento
pela oportunidade de realizar este trabalho ao lado de alguém que inspira sabedoria; meu
respeito e admiração pela sua serenidade de análise do perfil de seus alunos e pelo seu dom no
ensino da ciência.
A todos que se dedicaram a nobre tarefa de educar, dedico este trabalho, fruto de
muito esforço, fé e dedicação.
IV
AGRADECIMENTO
Á Deus por ter dado saúde е força pаrа superar as dificuldades е não somente nestes
anos como universitária, mas que em todos os momentos é o meu maior mestre e incentivador.
Aos meus pais por tudo que têm feito por mim, desde o berço.
Ao meu professor Victor Semedo Cordeiro Pereira, pela sua disponibilidade e
dedicação na orientação para a realização e aperfeiçoamento deste trabalho.
Ao Instituto Superior Politécnico Jean Piaget de Benguela, seu corpo docente,
direcção administrativa pela oportunidade e por tudo que fizeram por nós enquanto estudantes.
A Direção do Hospital Regional do Lobito, na pessoa do seu Director pela
oportunidade cedida.
Aos meus colegas do Instituto, do serviço, amigos e outros que de forma directa ou
indiretamente puderam apoiar-me na materialização deste trabalho.
A todos que diretas ou indiretamente fizeram parte da minha formação, о meu muito
obrigado.
V
ÍNDICE GERAL
DEDICATÓRIA .................................................................................................................... IV
AGRADECIMENTO .............................................................................................................. V
SIGLÁRIO ............................................................................................................................. IX
RESUMO ................................................................................................................................ X
ABSTRACT ........................................................................................................................... XI
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 12
VI
3.6.1 Princípios da política nacional de tratamento .................................................... 35
VII
ÍNDICE DE QUADROS
ÍNDICE TABELAS
VIII
SIGLÁRIO
IX
RESUMO
O presente relatório aborda sobre a Malária com disfunção neurológica, foi solicitado pelo ISP
Jean Piaget e foi realizado no Hospital Regional do Lobito, teve início no dia 24 de Março e
terminou no dia 04 de Maio de 2022, tendo a duração de 26 dias com a carga horária de 8 horas,
partindo das 07h30m às 15h30m. Durante o estágio passou-se nas seguintes secções:
Maternidade, Pediatria, Medicina Interna e UCI. A malária é uma das principais doenças
parasitorias do mundo, acometendo importante contingente de pessoas. Por seu alcance
epidemiológico e pela possibilidade de desenvolvimento de quadros graves - quase sempre
devidos ao Plasmodium Falciparum, se faz necessário o conhecimento adequado de suas
manifestações clínicas e da terapêutica, para optimização da conduta. Na malária grave a
internação em unidade de terapia intensiva é mandatária para redução das complicações
decorrentes da infecção. O início do tratamento deve ser o mais precoce possível, o qual tem
impacto na sobrevida do paciente, e é baseado na combinação de drogas antimaláricas e
medidas de suporte. Neste âmbito, o presente artigo destina-se à discussão da forma grave da
malária por P. Falciparum, com ênfase no quadro clínico e no tratamento.
X
ABSTRACT
This report addresses the disease Malaria with neurological dysfunction, was requested by ISP
Jean Piaget and was carried out at the Regional Hospital of Lobito, started on March 24 and
ended on May 4, 2022, lasting 26 days. with a workload of 8 hours, starting from 7:30 am to
3:30 pm. During the internship, he passed the following sections: Maternity, Pediatrics, Internal
Medicine and ICU. Malaria is one of the main parasitic diseases in the world, affecting an
important contingent of people. Due to its epidemiological scope and the possibility of
developing serious conditions - almost always due to Plasmodium falciparum -, it is necessary
to have adequate knowledge of its clinical and therapeutic manifestations, in order to optimize
the conduct. In severe malaria, admission to an intensive care unit is mandatory to reduce
complications resulting from the infection. Initiation of treatment should be as early as possible,
which has an impact on patient survival, and is based on a combination of antimalarial drugs
and supportive measures. In this context, this article aims to discuss the severe form of malaria
caused by P. falciparum, with emphasis on the clinical picture and treatment.
XI
INTRODUÇÃO
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mortalidade de 10 a 20%, não obstante à terapia. Manifesta-se de forma súbita, muitas vezes,
após uma convulsão generalizada; é precedida de sonolência, confusão, desorientação, delírio
ou agitação. A história prodrómica nas crianças pode ser de apenas 6 a 12 horas. É comum o
relato de convulsões; e um coma não despertável de pelo menos 30 minutos (Sambo, 2000).
De salientar que, Angola é um País endémico, embora pela sua natureza geográfica
a incidência não seja uniforme. Pois existem províncias mais endémicas que outras. As
Províncias de Luanda, Benguela, Namibe, Cunene e Kuando Kubango são províncias de alto
risco epidémico. Luanda pela sua densidade populacional e seu deficiente saneamento básico é
a Província mais endémica. Benguela representa 28% dos casos de malária registados em 2009
a nível de Angola (Fortes, 2009).
Por seu turno ADPP (2006), referiu que em Angola, a malária está distribuída por
todo o país, sendo endémica nas 18 Províncias. Considera-se que as províncias do Norte são as
mais afectadas (Cabinda, Uíge, Zaire, Cuanza Norte, Cuanza Sul Malanje, Lundas Norte e Sul),
devido às suas características geográficas e climáticas, tornando-se na principal causa de morte
por doença em Angola, igualmente de internamentos hospitalares e ausência escolar ou do
trabalho, provocando um impacto negativo na saúde das populações na educação e economia
do País, Plano Nacional de Controlo da Malária.
O estudo justifica-se, por consequência do índice considerável, a malária atinge de
forma endémica 90 países em todo o mundo. Estes países estão localizados na faixa intertropical
e reúnem, além de condições favoráveis para o crescimento do vector, condições precárias de
moradias. Milhões de pessoas no mundo apresentam risco de contrair a doença, a maior parte
encontra-se no continente africano. A malária é um grande problema de saúde pública no
mundo, pois apresenta alta incidência e tem influenciado negativamente o desenvolvimento de
países, estados e cidades, pelos altos custos que acarreta (Velasco et al., 2017).
A doença ocorre em regiões cuja as condições ambientais são insatisfatórias. O
crescente aumento dos casos e o aumento das taxas de mortalidade, impulsiona os órgãos de
saúde a trabalharem nas questões de promoção de saúde para prevenção da malária (Reiners,
Azevedo, Ricci e Sousa, 2010).
Após pesquisas bibliográficas realizadas sobre o tema, verificou-se a falta de
estudos referentes a malária com disfunção neurológica, tornando como um dos factores da
baixa quantidade de produção científica nessa área.
O trabalho, tem sua importância ao, proporcionar o enriquecimento de
conhecimentos científicos sobre a “Malária com disfunção neurológica” com vista a promover
melhor qualidade na assistência de enfermagem.
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O Objectivo geral do relatório é Descrever a Sistematização de Assistência de
Enfermagem relacionado ao paciente de Malária com disfunção neurológica nos serviços
intermédios do Hospital Regional do Lobito.
Sendo mais específico, Elaborar um estudo de caso relacionado a um paciente de
malária com disfunção neurológica; Identificar as necessidades humanas básicas afectadas ao
paciente com disfunção neurológica; Identificar os diagnósticos de enfermagem segundo a
classificação diagnóstica NANDA.
De acordo a metodologia trata-se de um estudo descritivo exploratório do tipo
“Estudo de Caso”, com abordagem qualitativa. O local do estudo foi na unidade de Cuidados
Intermédios do Hospital Regional do Lobito
Na pesquisa qualitativa, busca-se explicar o por- quê das coisas, exprimindo o que
convém ser feito, mas não quantificam os valores e as trocas simbólicas nem se submetem à
prova de fatos, pois os dados analisados são não-métricos (suscitados e de interacção) e se
valem de diferentes abordagens (Marconi & Lakatos 2005).
Este tipo de pesquisa tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o
problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. A grande maioria dessas
pesquisas envolve: (a) levantamento bibliográfico; (b) entre- vistas com pessoas que tiveram
experiências práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que estimulem a
compreensão (GIL, 2007).
Para a presente investigação, fez-se recurso aos seguintes métodos:
Pesquisa Bibliográfica: “é um método de pesquisa, diferenciando-se do
levantamento de campo, porque busca informações e dados disponíveis, permitindo navegar
nos pensamentos dos mais variados autores, a fim de obter informações relacionadas com a
temática abordada, para que de forma lógica e criativa se possa fazer uma crítica e comparação
a cerca do problema em estudo” (Canastra F., 2015). Este método possibilitará navegar e
consultar em várias fontes tais como: publicações, livros, teses, artigos de origem nacional e
internacional, jornais, revistas e na internet, realizado por outros pesquisadores.
Histórico-Lógico: “consiste em investigar os acontecimentos, processos e acções
do passado para verificar a motivação no processo de ensino-aprendizagem na escola em
estudo” (Andrade, 2003). Permitiu revelar a evolução e desenvolvimento do objecto de estudo
e o seu condicionamento em correspondência com as condições históricas concretas em que
transcorre.
Análise-Síntese: considera-se que a “análise ou explicação é a tentativa de
evidenciar as relações existentes entre os fenómenos estudados e outros factores. Essas relações
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podem ser estabelecidas em função de suas propriedades de causa-efeito, produtor-produto, de
correlação de conteúdo, entre outros” (Lakatos, 2002). Este método permitirá fazer uma
interpretação dos aspectos relacionados com as atitudes e comportamentos de Trabalhadores e
Membros de Direcção.
Dedutivo: a dedução parte do conhecimento geral ao particular. O método dedutivo
procura transformar enunciados complexos e universais em particular, em uma ou várias
premissas. Parte das teorias e leis para predizer a ocorrência de fenómenos particulares. O
método dedutivo “é o método que parte do geral e, desce ao particular. Parte de princípios
reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a conclusão de maneira
puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua lógica” (Andrade, 2003). Permitiu
reflectir sobre os conceitos fundamentais relacionados com o tema, estabelecer generalizações
teóricas e inferências sobre o objecto de estudo e determinar as suas regularidades a partir da
análise bibliográfica e dos resultados empíricos.
Indutivo: a indução é uma operação lógica que vai do particular ao geral. O método
indutivo faz a aproximação dos fenómenos, caminhando para planos cada vez mais abrangentes,
caminhando das constatações mais particulares às leis e teorias gerais. O método indutivo
procede inversamente ao dedutivo. Parte do particular e coloca a generalização como um
produto posterior do trabalho de colecta de dados particulares. “De acordo com o raciocínio
indutivo, a generalização não deve ser buscada aprioristicamente, mas constatado a partir de
observação de casos concretos suficientemente confirmadores dessa realidade” (Andrade,
2003). A utilização deste método permitirá que, partindo das asserções particulares se chegue
às conclusões gerais sobre problemática em estudos.
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CAPÍTULO I: ESTRUTURA FÍSICA, ORGANIZACIONAL E
FUNCIONAL
1.1. Caracterização do Hospital Regional do Lobito
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Medicina;
Ortopedia, Fisioterapia;
Pediatria.
2. Serviços Administrativos
Estatística;
Gestão Financeira
Planeamento;
Recursos Humanos
Recursos Humanos;
Sala de Reunião;
Secretaria
3. Serviços de Apoio
Casa Mortuária;
Cozinha;
Lavandaria;
Serviços de equipamento e instalação
Serviços Gerais.
A Unidade Hospitalar conta com uma força de trabalho de profissionais efectivos e
trabalhadores voluntários dentre os quais temos um total de 642 trabalhadores, entre nacionais
e expatriados, dentre os quais temos
Médicos – 41;
Enfermeiros – 419;
Técnico de Diagnóstico Terapêutico – 85;
Regime Geral Administrativo – 50;
Apoio Hospitalares – 47;
Total Dos Funcionários – 642 Pessoal.
A mesma unidade hospitalar obedece uma ordem hierárquica:
Director Geral;
Director Clínico;
Chefe dos Recursos Humanos e Administração;
Chefe da Secretaria e Contabilidade;
Director de Enfermagem.
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1.2. Áreas de actuação durante o estágio
Durante o meu estágio curricular, trabalhei nas seguintes áreas: Pediatria, UCI;
Medicina, Maternidade, Banco de Urgência.
Pediatria
A parte de Pediatria do Hospital Geral do Lobito, é destinada a internamento,
diagnóstico e tratamento de crianças com idades variadas entre 0 à 15 anos de idades, área
específico para proporcionar assistência especializada e humanizada aos pacientes, possuindo
materiais e equipamentos modernizados, ambientes infantis decorados, nela circulam médico
pediatra, psicólogo, enfermeiros e outros.
UCI
É uma estrutura hospitalar que se caracteriza como Unidade complexa de sistema
de monitorização contínua que admite pacientes potencialmente graves ou com
descompensação de um ou mais sistemas orgânicos e que com o suporte e tratamento intensivos
tenham possibilidade de se recuperar.
A UCI do Hospital Regional do Lobito é altamente equipada com aparelhos ou
equipamentos modernizados, sete leitos, piso antiderrapante, na mesma circula vários médicos
clínicos gerais, vários psicólogos clínicos, enfermeiros, entre outros.
Medicina
A parte da medicina interna do Hospital Regional do Lobito é a maior da mesma,
tendo a capacidade de atendimento a pacientes de várias faixas etárias, várias patologias que
acometem as populações. Possui equipamentos específicos, leitos suficientes, nela circulam
médicos clínicos gerais, nutricionistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos
clínicos, entre outros.
Maternidade
O Hospital Regional do Lobito, possui área de Maternidade destinada à gestantes
desde a fase de consultas pré-natais até ao final da gestação, parto e puérpera, neonatologia para
os recém-nascidos, com quartos decorados e adaptados as necessidades da mãe e do bebé.
A unidade dispõe também camas hospitalares, equipamentos especializados,
formada por médicos obstetras, pediatria, anestesista, instrumentistas e enfermeiros.
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1.3. Organigrama do Hospital Regional do Lobito
PROFISSIONAIS
CHEFE DE SECÇÃO
ADMINISTRAIVO
MÉDICOS
ENFERMEIROS
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CAPÍTULO II: REGISTO DAS ACTIVIDADES
Durante o nosso estágio foram várias as actividades desenvolvidas e dentre estas
destacamos as seguintes:
Soroterapia;
Evolução de enfermagem;
Anotações de enfermagem;
Realização de curativos;
Realização de sutura;
Avaliação do paciente;
Parassíntese;
Oxigenoterapia;
Arrumação da unidade
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Educação para saúde aos pacientes internados e ambulatórios;
Sondagem nasogástrica;
Sondagem vesical;
Mensuração do peso;
Recepção do paciente.
Aspirações de secreções;
Reanimação de recém-nascidos;
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CAPÍTULO III. ESTUDO DE CASO
3.1. Diagnóstico médico
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liberando mais merozóitos que irão infectar outros eritrócitos. Eventualmente, os merozóitos se
diferenciam em gametócitos masculino e feminino nos eritrócitos que irão desencadear uma
nova produção de material infeccioso caso o sangue seja ingerido por um outro mosquito.
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Os merozoitos provenientes do esquizonte rompido invadem os eritrócitos na
corrente sanguínea e transformam -se em trofozoítos jovens iniciando-se assim o ciclo
eritrocítico.
OBS.: Na infecção pelo Plasmódio vivax e Plasmódio ovale alguns esporozoitos
não se transformam inicialmente em esquizontes no hepatócito e permanecem aí como formas
latentes (hipnozoit os) sendo eles os responsáveis pelas recaídas.
Dentro dos eritrócitos os trofozoitos já adultos multiplicam-se assexuadamente,
dando origem aos esquizontes eritrocíticos que ao amadurecerem rompem-se libertando os
merozoitos para a circulação que vão invadir novos eritrócitos.
A repetição do ciclo eritrocítico dura entre 24-72 horas e leva a um aumento
progressivo da parasitémia e a uma destruição acentuada dos eritrócitos:
Plasmódio falciparum, 24 – 48 horas;
Plasmódios vivax e ovale, 48 horas;
Plasmódio malariae, 72 horas.
Alguns merozoitos na circulação sanguínea transformam-se em gametócitos
responsáveis pela continuidade da espécie sendo um programa de saúde pública não causando
a doença.
É no ciclo eritrocítico que o paciente apresenta os sintomas relacionados com a
doença como consequência da ruptura dos esquizontes e é nesta f ase do ciclo que se consegue
detectar o parasita pela microscopia ou os seus antigénios pelo teste rápido.
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b) Ciclo esporogónico
A fêmea do mosquito Anopheles infecta-se durante a sua refeição sanguínea. Ao
picar um individuo infectado ingere gametócitos. Os microgametócitos e os macrogametócitos
transformam-se em gâmetas no intestino médio do mosquito. O gâmeta masculino fertiliza o
gâmeta feminino por reprodução sexuada dando origem ao zigoto ou oocineto que é móvel e
penetra na parede do intestino médio do mosquito onde se transforma em oocisto que por
divisão assexuada dá origem aos esporozoitos de forma f usif orme, o oocisto rompe-se
espalhando os esporozoit os por todo o tubo digestivo indo na sua maioria alojar-se nas
glândulas salivares do mosquito. Com a picada do mosquito no homem os esporozoit os são
inoculados continuando o seu ciclo no homem e consequentemente perpetuando a espécie.
O mosquito pode sugar trofozoitos, esquizontes e gametócitos mas apenas os
gametócitos continuam com o ciclo do parasita.
Clinicamente, a malária neurológica pode se apresentar de diversas formas pois ocorre com
uma ou mais manifestações sistêmicas ou mesmo as precede. Marsh et al. em 1996 levou a
realizaram um estudo sobre a fisiopatogenia da malária neurológica em crianças africanas e
propôs 4 grandes grupos de apresentações clínicas que induzem a vírgula; São eles: alterações
neurológicas, alterações metabólicas, convulsões e outras alterações (Zapata & Trujill, 2013).
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Achados oculares: em pacientes febris (> 38 °C) e inconsciente é comum encontrar
olhar divergente, com pupilas reactivas a leve e com reflexos oculocefálicos e
oculovestibular normal que exclui alterações na integridade do tronco encefálico.
3.3.3 Convulsões
São frequentes em crianças, principalmente as do tipo tônico-clônico generalizado
como em adultos em que sua frequência varia entre 10% e 50%; as convulsões motoras parciais
são raro em crianças e adultos e o estado epiléptico, isto é, convulsões contínuas ou recorrentes
sem recuperação total da consciência entre uma e outra convulsão, é muito raro na malária
neurológica.
O quadro clínico da malária apresenta-se com febre alta (38,5º C a 40,0º C) contínua
ou em paroxismos, habitualmente acompanhada por calafrios, intensa queda do estado geral,
astenia e mialgia. Em geral, ocorre prostração, cefaleia e são verificadas também alterações nos
exames laboratoriais: elevação de aminotransferases, bilirrubinas e distúrbios nos factores de
coagulação (FERREIRA M. S., 2015).
Em muitas situações pode ser observada a forma álgida, caracterizada pela presença
de choque circulatório, com pressão arterial sistólica menor que 80 mmHg na posição supina
em adultos, ou inferior a 50mmHg em crianças. O quadro assemelha-se ao da sepse bacteriana,
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sendo por alguns, relacionada à presença da associação de infecção por bactérias gram-
negativas entéricos (LACERDA, 2009).
Na malária cerebral o indivíduo infectado apresenta dificuldades em localizar um
estímulo doloroso, além de apresentar parasitemia para a forma assexuada do P. falciparum. É
observada com mais frequência em pacientes com histórico de febre com duração de dois a três
dias, e início abrupto e subsequente de convulsões ou comprometimento grave da consciência,
um quadro mais comum em crianças (LUZOLO & NGOYI, 2019).
As manifestações neurológicas podem variar do delírio ao coma profundo, o qual
inicia-se abruptamente, podendo ocorrer após convulsão, com duração média de quatro dias. A
caracterização imediata de hipoglicemia é requerida nos casos em que ocorrem algum tipo de
deterioração neurológica. Aos pacientes com coma recomenda-se a realização de exames com
o intuito de verificar a ocorrência de meningite bacteriana ou encefalite viral. As convulsões
são mais frequentes em crianças de áreas endémicas e os exames de imagem podem auxiliar no
diagnóstico (BRUNEEL, 2019).
Quanto às manifestações neurológicas da doença, (Pereira et al., 2020), (Pereira et
al., 2019) e (de Miranda et al., 2011), em consonância, apontam que coma e convulsões fazem
parte do quadro clínico. Além disso, em seu trabalho de 2020, o autor inclui alteração de tônus
muscular, posturas anormais e perda de reflexos como parte da sintomatologia.
Segundo Hirako et al. (2019), aponta que as convulsões apresentadas podem ser de
classificação tanto focal, quanto generalizada.
Segundo Martins & Daniel-Ribeiro, (2013), explica que o possível mecanismo de
desenvolvimento do coma, se dá através de anóxia focal do tecido cerebral e diminuição da
remoção de produtos residuais. Diferente dos outros trabalhos encontrados, (de Miranda et al.,
2011) menciona disfunções comportamentais e motoras, sem especificá-las, no quadro de
malária neurológica, embora, juntamente com (Barbosa-Silva et al., 2021), evidencie o
déficit/disfunção cognitiva.
Nos primeiros 15 dias de infecção há um período pré-latente, no qual o indivíduo
permanece assintomático. A partir daí a grande maioria dos pacientes apresentará quadro de
febre, mal-estar, astenia, mialgia, cefaleia e anorexia, irregular ou contínuo. Ao final da
primeira semana, os sintomas mostram-se intermitentes, o que impossibilita a definição da
espécie pelo padrão de febre apresentado. A febre, sinal mais frequente, é geralmente
acompanhada por calafrios e sudorese profusa. A doença evolui com anemia incipiente e
icterícia decorrente de hemólise, com predomínio de bilirrubina não-conjugada. Ao exame
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clínico, podem ser observados esplenomegalia, sinais clínicos de anemia e emagrecimento,
geralmente como consequência de múltiplos episódios recorrentes (FERREIRA M. S., 2015).
As alterações renais sobretudo nas infecções por P. malariae, são caracterizadas
clinicamente como síndrome nefrótica, também denominada glomerulopatia malárica. As
infecções causadas por P. ovale e P. vivax, podem resultar em recaídas, atribuídas aos
hipnozoítas oriundos do fígado, que surgem com mais frequência em até seis meses após a
doença. Nas malárias resultantes das infecções por P. falciparum e P. malariae não ocorrem
recaídas, contudo, podem haver recrudescências, originadas da persistência das formas
sanguíneas (SUÁREZ-MUTIS, MARTINEZ-ESPINOSA, & ALBUQUERQUE, 2005).
3.5. Diagnóstico
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O diagnóstico da malária é confirmado laboratorialmente por distensão sanguínea
ou gota espessa coradas pelo Giemsa. A distensão de sangue periférico permite a análise
morfométrica com identificação da morfologia do parasito e a diferenciação da espécie
infectante. A gota espessa, considerado padrão-ouro para o diagnóstico da malária, é um exame
que aumenta a chance do diagnóstico, pois permite a visualização de uma maior quantidade de
parasitos. Permite, ainda, a determinação e o acompanhamento da parasitemia, factor preditor
de gravidade na infecção pelo P. falciparum. No diagnóstico pela observação de lâminas deve-
se atentar para as características das diversas espécies. No caso de P. vivax são observados
parasitos em vários estágios de evolução e hemácias aumentadas e hipocoradas, ao contrário
dos casos por P. falciparum, onde as hemácias têm tamanho e cores normais. No diagnóstico
de P. malariae se observa tendência à apresentação “equatorial” das formas parasitárias nas
lâminas (BRASIL, 2017).
Uma alternativa ao diagnóstico quando a microscopia não está acessível são os
métodos imunocromatográficos, disponíveis em vários kits para detecção rápida de antígenos
derivados do Plasmodium (GERSTENLAUER, 2019). Embora estes testes discriminem o P.
Falciparum das outras espécies, não possibilitam a avaliação da parasitemia, e não são
recomendados para o uso no controle de cura. No entanto, pela facilidade e praticidade que
apresentam na realização dos exames, são úteis na confirmação diagnóstica, principalmente
quando da ausência de microscopistas certificados ou quando necessário o diagnóstico rápido,
principalmente em áreas de difícil acesso aos serviços de saúde (BRASIL, 2017).
A PCR (Polymerase Chain Reaction) é igualmente empregada no diagnóstico de
malária, com alta sensibilidade e especificidade por permitir à amplificação de fragmentos
específicos de DNA. A importância da PCR reside na possibilidade do seu uso em termos do
controle de qualidade do laboratório de diagnóstico de malária, e na caracterização da área de
estudo com avaliação da dinâmica de transmissão do parasito. As variações na técnica como o
Nested PCR ou a PCR em tempo real também podem ser utilizadas. A limitação está no alto
custo na rotina laboratorial (BRASIL, 2017). Contudo, pela sensibilidade e especificidade que
apresentam tem importância na detecção de infecções mistas e de espécies relacionadas como
o P. malariae na região amazónica. As suspeitais de malária cerebral devem ser diagnosticadas
com o auxílio de exames de imagem, fundoscopia e reflexo da microcirculação cerebral (AREZ,
2003).
33
3.5.1 Sinais e sintomas
O período de incubação geralmente é
12 a 17 dias para o P. vivax
9 a 14 dias para o P. falciparum
16 a 18 dias ou mais para o P. ovale
Manifestações do P. falciparum
P. falciparum provoca a doença mais grave por causa de seus efeitos
microvasculares. É a única espécie com probabilidade de provocar doença fatal se não for
tratada; pacientes não imunes podem morrer dentro de dias após o início dos sintomas. Os
aumentos da temperatura e os sinais e sintomas concomitantes geralmente se manifestam em
um padrão irregular, mas podem se tornar sincrônicos, ocorrendo em padrão de febre terçã
(aumentos da temperatura em intervalos de 48 horas), particularmente nos moradores de regiões
endêmicas que têm imunidade parcial (Pearson , 2020).
Pacientes com malária cerebral podem desenvolver sintomas que variam de
irritabilidade a convulsões e coma. Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA),
diarreia, icterícia, sensibilidade epigástrica, hemorragias retinianas, malária álgida (uma
síndrome semelhante a choque) e trombocitopenia grave também podem ocorrer (Pearson ,
2020).
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3.6. Tratamento da Malária
O diagnóstico e tratamento rápido são os meios mais eficazes para prevenir que um
caso leve de malária se converte em uma doença grave e em morte (WHO, 2017).
Para que seja garantida a melhoria do paciente infectado, é necessário a
administração de um ou mais fármacos. Os medicamentos são escolhidos pelo médico de
acordo com algumas informações sobre os seguintes aspectos: tipo de Plasmodium infectante,
idade do paciente, histórico de exposição anteriores, gravidez e outros problemas de saúde,
verificados caso a caso. De seguida apresentamos sumarizadamente os principais
medicamentos segundo o nível de utilização, respectivamente as mais utilizadas actualmente e
as de pouca utilização (FREITAS, 2017).
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Rápida resolução dos sintomas;
Eficaz contra as estirpes de P.falciparum resistentes a outros antipalúdicos;
Baixa taxa de resistência demonstrada;
Poucas reacções adversas;
Redução do aparecimento de gametócitos, portanto eficaz na redução da
transmissão da doença.
Para o tratamento podem ser utilizados alguns tipos de antiparasitários como:
Cloroquina associada a uma aminoquinolona: tratamento de primeira escolha tanto
para malária falciparum como para não falciparum (fora de uso);
Mefloquina, halofantrina e lumefantrina: actuam nas cepas resistentes a cloroquina;
Quinina e quinidina: tem uma acção rápida e podem actuar nos tipos de malária não
grave;
Primaquina: é a única que actua na forma hepática latente da P. vivax e do P. ovale;
Artemisininas: auxiliam na eliminação rápida da circulação de parasitas e agem contra
os gametócitos para limitar a transmissão;
Antibióticos: tetraciclinas, clindamicina, ambos de acção lenta podem ser utilizados.
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Quadro 3: Esquema de tratamento com Arteméter + Lumefantrina (80/480mg).
Contraindicações
Hipersensibilidade conhecida aos componentes da combinação;
Malária grave;
Pacientes com VIH e terapêutica com Efavirenz ou Zidovudina;
Grávida no primeiro trimestre (contudo, caso não haja disponibilidade de Quinino oral,
o tratamento poderá efectuar-se com ACT no primeiro trimestre - ver abaixo).
Efeitos adversos
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No geral o AL é bem tolerado. Os efeitos adversos são raros, sendo os mais comuns
do trato gastrointestinal e do sistema nervoso central.
Dor abdominal, anorexia, náuseas, vómitos e diarreia.
Cefaleia, tonturas, distúrbios do sono e fadiga.
Também foram notificados: alteração da marcha, artralgia, mialgia, palpitações,
nistagmo, redução da acuidade auditiva, ataxia, tosse, prurido e erupção cutânea.
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3.7-Folha terapêutica
Tabela 1: folha terapêutica
Nome Nome
Acção Mecanismo de acção Reacções adversas Cuidados de enfermagem
Comercial Genérico
Avaliar os sinais vitais antes de administrar
Colocar o paciente numa posição semi-
Pode ocorrer dificuldade para sentado
Os barbitúricos deprimem
acordar e as vezes dificuldades Verificar a região oral do paciente antes da
Gardenal Anticonvulsivantes, reversivelmente a actividade de
Fenobarbital para falar, coordenação motora e tomada de medicamento
luminal epnótico e sedativo. todos os tecidos excitáveis, sendo
de equilíbrio, vertigens com Colocar o medicamento na boca do paciente
SNC especialmente.
cefaleia. e em seguida adicionar a água
Deixar o paciente numa posição
confortável.
Fraqueza, urticária/ erupção
Ajudar eliminar parasitas Administrar a dose certa, a hora certa e a via
Coarsucam Artesunato Elimina os parasitas cutânea, calafrios, tremor,
da malária certa
confusão e parestesias.
A ceftriaxona é um
A Ceftriaxona tem actividade As reacções adversas mais
antibiótico, uma Atentar para a forma de apresentação, a
bactericida, inibindo a formação frequentemente reportadas para dosagem e a via de administração prescritas
cefalosporina semi-
da parede celular. Ela interfere na ceftriaxona são eosinofilia pelo médico.
sintética de terceira
Ceftriaxona Ceftriaxona síntese da parede celular (aumento de um tipo de glóbulos A administração endovenosa deve seguir o
geração. Tem uma acção
bacteriana ao inibir a ligação brancos que geralmente indicam protocolo da instituição sobre diluição de
bactericida contra uma
cruzada do peptidoglicano. alergia ou infestação por vermes). antibióticos.
série de bactérias.
39
É necessário para produção de -Dor de estômago e dor
hemoglobina a deficiência de ferro -Prisão de ventre
Hemoforce Hemoforce Normalizar hemoglobina pode levar diminuição da -Náusea Administrar o medicamento por via oral
produção de hemoglobina e -Vómito
microcitica anemia hiprocrómica -Manifestações alérgicas
É uma mistura de vitaminas
lipossolúveis nas proporções
normalmente absorvidas a partir
Fornecer vitaminas que - Dor de estômago;
Centrum (c) da dieta oral, não devendo
Multivitamina não são tomadas através - Dor de cabeça, ou - Gosto Administrar o medicamento por via oral.
apresentar efeitos
da dieta. estranho ou desagradável na boca.
farmacodinâmicas para além de
manter ou repor o estado
nutricional.
40
Avaliar os sinais e sintomas antes e depois
de administrar o fármaco
41
3.8. Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)
Sinais Vitais
42
EXAME DE OBJETIVO REGIONAL CABEÇA
Crânio: forma e tamanho normal, cabelos bem implantados e liso, couro cabeludo
sem lesões.
Palpação
Olhos
Orelhas
Nariz
Localizado sobre a linha que une o ponto médio da testa e o ponto médio do queixo,
e ápice do nariz coincide com o ângulo interno dos olhos.
Face
Boca e Garganta
PESCOÇO
Inspecção
Palpação
TORAX
Inspecção
43
Palpação
Não apresenta lesões, sem adenites palpáveis a nível da região axilar
Auscultação Pulmonar
Murmúrio vesicular mantidos, sem ruídos adventícios.
Auscultação Cardíaca
Tonos cardíacos normais.
ABDOMEM
Inspecção
Móvel com uma ligeira esplenomegalia e cicatriz umbilical bem localizada e
abdómen acompanha movimentos respiratórios.
Auscultação
Ruídos hidroaéreos pouco frequentes.
Palpação
Sem alterações.
Percussão
Sons normais.
MEMBROS SUPERIORES
Inspecção
Forma e tamanho normal, com movimentos presentes.
Palpação
Sem alterações.
MEMBROS INFERIORES
Inspecção
Forma normal, com dificuldade em locomover-se.
Palpação
Forma e tamanho dentro da normalidade.
44
3.8.2.1. Exames Complementares
PP Positivo 4000 de plasmodium no sangue
RW (-)
VS – 130 P/mm
HB – 9,8 dl
Glicemia-----87mg/dl.
45
3.8.4. Listagem de problemas
Tabela 3: Listagem de problemas
46
O paciente alimenta-se com auxílio por via oral, três vezes ao dia, pequeno-almoço,
almoço e jantar, as refeições são confeccionadas pelos familiares e não refere alergia aos
alimentos.
Padrão de eliminação
O paciente evacua 1 a duas vezes por dia, fezes de coloração amarela, pastosas,
cheiro e quantidade normal e urina com auxílio de um cateter vesical 2000 a 250 ml por dia,
urina clara e odor normal.
Padrão de sono
O paciente tem dificuldades em dormir, refere falta de sono, deita-se as 1 horas e
levanta-se as 5 horas.
Padrão cognitivo e perceptivo
O paciente tem órgãos de sentidos normais, não faz uso de aparelhos auxiliares e é
capaz de tomar as suas próprias decisões antes desta patologia.
Padrão de valores e crenças
Paciente pertencente a Igreja Evangélica, frequenta sempre que possível a Igreja.
47
3.8.5. Planos de Cuidados
Tabela 4: Planos de Cuidados
Diagnóstico de Resultados
Prioridade Objectivos Intervenções
Enfermagem Esperados
Normalizar - Realizar arrefecimento corporal ao paciente;
a - Vestir ao paciente roupas leves;
Hipertermia relacionada Hipertermia relacionada temperatura - aferi os sinais vitais com mais rigor a temperatura Temperatura
ao agente infecioso ao agente infecioso nas corporal; normalizada
próximas - Administrar um antipirético prescrito pelo médico;
horas - Anotar todo procedimento realizado.
Eliminarr a - Aferir os sinais vitais;
Dor aguda relacionada Dor aguada relacionada dor nas - Tranquilizar o paciente dando apoio psicológico
Dor eliminada
ao agente infeccioso ao agente infeccioso próximas - Administrar um analgésico prescrito pelo Médico;
horas - Anotar todo procedimento realizado.
- Colocar cânula de guedel na cavidade oral para
Eliminar as
protecção da língua
Confusao mental Confusao mental convulsões
- Levantar as grades de protecção lateral da cama para Restabelecim
relacionado a alteração relacionado a alteração nos
evitar quedas. ento mental
neurologica nerologica próximos
- Administração de Benzodiazepinicos
minutos
- Vigiar o paciente
48
Ansiedade relacionado a Ansiedade relacionado a
Elimimar Conversar bastante com o paciente lhe tranquilizando
mudança no estado de mudança no estado de Melhorias
ansiedade da sua situação atual
saúde emocional saúde mental
Risco de infecção, Risco de infecção, - Higienizar o local de inserção do cateter
Prevenir Infecção
relacionado ao acesso relacionado ao acesso - Mudança de cateter de 72/72horas
infecção prevenida
venoso periférico venoso periférico - Vigiar sinais flogísticos
Deficit no autocuidado Deficit no autocuidado Proporciona
para alimentação para alimentação r refeições Alimentação
relacionado a fraqueza relacionado a fraqueza nos - Proporcionar refeições nos momentos indicados. proporcionada
próximos
momentos
Diminuicao da Diminuicao da
Melhorar a
amplitude de amplitude de
robusques
movimentos movimentos Proporcionar exercícios de caminhadas leves Melhorias
física do
relacionado a resistência relacionado a resistência
pacinte
física insuficiente física insuficiente
Deficit no autocuidado Deficit no autocuidado
para banho relacionado para banho relacionado
Normalizar Proporcionar banho no leito e apois a fraquez auxiliar Higiene
a fraqueza evidenciado a fraqueza evidenciado
a fraqueza o paciente ao banheiro melhorada
no prejuízo para pegar no prejuízo para pegar
artigos para banho. artigos para banho.
49
Expressa cansaço Expressa cansaço Incentivar o
Proporcionar um bem-estar físico ao paciente com
relacionado ao relacionado ao paciente ao Melhorar a
exercício físicos leves durnta o dia e descansar no
descondicionamento descondicionamento exercício fadiga
leito
físico físico fisico
Incapacidade de Incapacidade de iniciar
Padrão de
iniciar ou manter o ou manter o sono Restabelece - Apoio psicológico
sono
sono relacionado aos relacionado aos r o padrão - Aconselhar o paciente dormir as noites
restabelecido
cochilos frequentes cochilos frequentes de sono - Estabelecer horários de sono
durante o dia durante o dia
50
3.8.6. Prescrição de enfermagem
Medidas Gerais:
Aferir os dos sinais vitais 6h/12h/18/00h
Fazer a medicação prescrita
Medição da glicemia; 6h/14/h22h
Auxilio ao diambular; S.O.S
Permitir que o paciente seja o mais autónomo possivel nos seus cuidados de higiene.
Explicar ao paciente a importância de ingerir um mínimo de alimentos e líquidos para
conservar as forças e o equilíbrio; S.O.S
Orientar o paciente (espaço, tempo e em pessoas) realizar um programa de exercício;
Orientar o paciente executar exercícios de amplitude dos membros superiores e
inferiores. S.O.S
Verificar o estado de orientação do utente de 6h/8h/10h/12h/14h;
Medidas Terapeuticas :
Administrou-se um analgesico, S.O.S
Administrou-se soroterapia, 6h/14h/22h
Administrou-se hemoforce6h/18h
Administrou-se Paracetamol, 6h/14h/22h
Administrou-se Ceftrixona 6h/18h
Administrou-se artesunato 1º-22h
Administração de fenorbital s,o,s
23 de Abril de 2022
25 de Abril de 2022
Paciente de nome V.K, de 18 anos idades, internado com o diagnóstico Malária
com disfunção neurológica, estado geral aparentemente razoável, mucosa oral conjuntivas
normocoradas, encontra-se calmo, orientado nos três planos, nutrida, aceita bem a dieta,
locomovendo sem ajuda, eupneica, segue em soroterapia em acesso venoso periférico no
membro superior direito no dorso da mão sem sinais flogísticos, estando as evacuações
presentes com características pastosas, realizou-se banho em aspersão, mantém em repouso no
leito seguindo os cuidados de enfermagem. Cumpriu com a medicação. Parâmetros Vitais: TA
– 116/70mmHg; T-36ºc; P-115 P/min; R-20cr/min
Assinatura: Enfermeiro Victor Semedo +Aclaide Canenga
52
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