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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

LICENCIATURA EM ENFERMAGEM E OBSTETRÍCIA

RELATÓRIO DE FINAL DE ESTÁGIO CURRICULAR DAS


ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS NO HOSPITAL
MUNICIPAL DA BAIA

ESTUDANTE: VICTORIA MARIA DIONÍSIA FUFUNA

Benguela, Fevereiro, 2023


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM E OBSTETRÍCIA

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO CURRICULAR DAS


ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS NO HOSPITAL
MUNICIPAL DA BAIA

ESTUDANTE: VICTORIA MARIA DIONÍSIA FUFUNA

Apresentado ao Instituto Superior Politécnico Jean Piaget Benguela para


obtenção do grau de Licenciado

ORIENTADOR:
Joaquim Ernesto Segundo

Benguela, Fevereiro, 2023


FICHA CATALOGRÁFICA

Fufuna, Victoria Maria Dionísia


Título: Relatório Final de Estágio Curricular das actividades desenvolvidas no Hospital Municipal da Baia /
Maria Dionísia Fufuna. ISP Jean Piaget Benguela, 2023.
Total de folhas: 38.

Orientador: Joaquim Ernesto Segundo

Relatório Final de Estágio Curricular da licenciatura em Enfermagem e Obstetrícia. ISP Jean Piaget Benguela,
ano 2023.

Palavras-chave: sarampo
DEDICATÓRIA

Quero dedicar esse maravilhoso trabalho aos meus maravilhosos pais, pelo me
darem a vida, por cuidar de min, por confiar em min e por acreditar que um dia eu chegaria a
este nível, ao meu parceiro pelo apoio incondicial e a todos que de forma direita ou não
tenham contribuído para que a materialização desse grande sonho fosse uma realidade.

III
AGRADECIMENTOS

Quero em primeiro lugar expressar os meus eternos agradecimentos á Deus,


criador dos céus e da terra pelas inúmeras e maravilhosas bênçãos que me deu, pelo dom da
vida, pela proteção e por tudo que ainda fará em minha vida.
De seguida quero agradecer a minha maravilhosa família por todo apoio que de
vós tenho recebido; aos meus pais, ao meu parceiro, meus irmãos o meu muito obrigado.
A todos os professores do ISP Jean Piaget-Benguela, aos meus estimados colegas
e companheiros de batalhas muito obrigado.
Por último e não menos importe, quero expressar minha tamanha gratidão ao meu
estimado e amado orientador, Joaquim Ernesto Segunda, pela paciência, pela bondade, pelos
ensinos que pude receber, por acompanhar minha trajetória desde as práticas no estágio a
consumação da elaboração deste relatório, Deus lhe pague em dobro todas as coisas.

IV
EPÍGRAFE

O mundo hoje é um lugar perigoso para se viver, não por aquelas pessoas que
fazem mal mas sim por aquelas que mesmo não fazendo mal algum se calam diante de tanta
maldade, essas são até piores.

(Anônimo)

V
ÍNDICE

DEDICATÓRIA ....................................................................................................................... III

AGRADECIMENTOS ............................................................................................................. IV

EPÍGRAFE ................................................................................................................................ V

SIGLÁRIO ............................................................................................................................ VIII

RESUMO ................................................................................................................................. IX

ABSTRACT .............................................................................................................................. X

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 11

Objectivos ................................................................................................................................. 12

Metodologia .............................................................................................................................. 12

CAPITULO I: ESTRUTURA FÍSICA, ORGANIZACIONAL E FUNCIONAL ................... 13

1.1 Descrição da Unidade Sanitária .......................................................................................... 14

1.2 Cronograma do Hospital Geral da Baía-Farta .................................................................... 15

CAPITULO II: REGISTO DE ACTIVIDADES ..................................................................... 16

2.1 Actividades planeadas e desenvolvias ................................................................................ 17

2.2 Actividades planeadas e não desenvolvidas ....................................................................... 17

2.3 Actividades não planeadas e desenvolvidas ....................................................................... 17

CAPITULO III: ESTUDO DE CASO...................................................................................... 18

3.1 Diagnóstico Médico ............................................................................................................ 19

3.1.1 Conceito ........................................................................................................................... 19

3.1.2 Fisiopatologia .................................................................................................................. 19

3.1.3 Manifestações .................................................................................................................. 20

3.1.4 Diagnostico ...................................................................................................................... 20

3.1.4.1 Diagnósticos diferenciais .............................................................................................. 21

3.1.5 Tratamento ....................................................................................................................... 21

3.1.6 Complicações .................................................................................................................. 22

3.1.7 Prevenção ........................................................................................................................ 23


VI
3.2 Profilaxia pós-exposição .................................................................................................... 24

3.3 Sistematizações da assistência de enfermagem (sae) ......................................................... 25

3.3.1 Histórico de enfermagem................................................................................................. 25

3.4 Exame físico ....................................................................................................................... 25

3.5 Necessidades básicas afectadas .......................................................................................... 26

3.6 LISTAGEM DE PROBLEMAS E DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM .................. 27

3.7 PLANO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM ................................................................ 28

3.8 ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM ................................................................................. 30

3.9 EVOLUÇÕES DE ENFERMAGEM ................................................................................. 33

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 34

SUSGESTÕES ......................................................................................................................... 35

BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 36

ANEXOS

VII
SIGLÁRIO

HMB-Hospital Municipal da Baia


FR- Frequência Respiratória
APP- Antecedentes patológicos pessoais
APF-Antecedentes Patológicos Familiar
PP- Pesquisa de Plasmódio
HB- Hemoglobina
VS- Velocidade de Sedimentação
APF- Antecedentes patológicos familiares
APP- Antecedentes patológicos pessoais
OMS- Organização Mundial da Saúde
SS/VV- sinais vitais
SNG- Sonda Nasogástrica
V.O- Via Oral
I.M- intramuscular
I.V- Intravenosa
ISPJPB- Instituto Superior Politécnico Jean Piaget de Benguela

VIII
RESUMO

A enfermagem tem vindo afirmar-se como profissão, ao consolidar a sua base de


conhecimentos difundindo-os e procurando a firmar a sua autonomia face as outras profissões
á prestações de cuidado de saúde. Trata-se de um repositório de ―saberes e processo centrados
nas respostas humanas e no auto cuidado com objetivo de agir sobre o estado de saúde de
forma a promover qualidade de vida possível ou proporcionar uma morte serena‖ (Abreu,
2007). Um relatório é um conjunto de informações utilizada para reportar resultados parciais
ou totais numa determinada actividade, experimento projecto, acção pesquisa ou outro evento
que esteja acabado ou em andamento. Ao elaborar este relatório de estágio, pretendo
descrever de uma forma sucinta e organizada, as actividades desenvolvida durante a sua
realização, efectuando, simultaneamente uma avaliação do meu desempenho. O mesmo foi
realizado no Hospital Municipal da Baia, com início no dia 28 de Março á 04 de Maio de
2022. O mesmo foi realizado nas secções de pediatria, Medicina, UCI e Maternidade, com
uma carga horária diária de 8 horas, sendo de Segunda à Sexta-feira. O estágio Curricular é
um componente curricular fundamental para a formação de graduação e pós-graduação. Para a
experiência de aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) como um
potente instrumento da implementação do P.E em todo o exercício do ensino clinico tomamos
a iniciativa de seleccionar um paciente cujo Clínico é Sarampo.

Palavras-chave: Sarampo

IX
ABSTRACT

Nursing has been asserting itself as a profession, by consolidating its knowledge base,
disseminating it and seeking to establish its autonomy vis-à-vis other professions in the
provision of health care. It is a repository of ``knowledge and processes centered on human
responses and self-care with the aim of acting on the state of health in order to promote a
possible quality of life or provide a serene death "(Abreu, 2007). A report is a set of
information used to report partial or total results in a certain activity, experiment project,
action research or other event that is finished or in progress. When preparing this internship
report, I intend to describe, in a succinct and organized way, the activities developed during
its realization, simultaneously carrying out an evaluation of my performance. The same was
carried out at the Municipal Hospital of Baia, starting on March 28th to May 4th, 2022. The
same was carried out in the Pediatrics, Medicine, ICU and Maternity sections, with a daily
workload of 8 hours, of which Monday to Friday. The Curricular Internship It is a
fundamental curricular component for undergraduate and graduate training. For the
experience of applying the Systematization of Nursing Care (SAE) as a powerful instrument
for the implementation of the P.E throughout the clinical teaching exercise, we took the
initiative to select a patient whose Clinical is Measles.

X
INTRODUÇÃO

O Presente documento é na verdade um relatório final que corresponde ao estágio


curricular do 4º ano no Curso de graduação em Enfermagem e Obstetrícia ministrado pelo
Instituto Superior Politécnico Jean Piaget de Benguela como requisito parcial para a obtenção
do título de Licenciado.
Nele pretendo relatar e descrever as situações vivenciadas durante a vigência do
estágio, detalhando de forma sistemática as actividades desenvolvidas, as seções por onde
passei e todas as coisas que ali pude desenvolver e Como forma de aplicação da
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) como um potente instrumento da
implementação do processo de Enfermagem( P.E) em todo o exercício do ensino clinico
tomamos a iniciativa de seleccionar um paciente cujo o diagnóstico Clínico é Sarampo.
Sarampo é uma infecção viral altamente contagiosa, muito comum em crianças.
É caracterizada por febre, tosse, coriza, conjuntivite, um enantema (manchas de Koplik) na
mucosa oral e um exantema maculopapular que se dissemina no sentido craniocaudal; as
complicações, principalmente a pneumonia ou a encefalite, podem ser fatais,
particularmente em áreas com atendimento de saúde precário. O diagnóstico costuma ser
clínico. O tratamento é de suporte. A vacinação é altamente efetiva.
A maioria dos vírus que infectam seres humanos pode afetar adulta e crianças.
Em todo o mundo, o sarampo infecta cerca de 10 milhões de pessoas e causa cerca de 100
mil a 200 mil mortes a cada ano, majoritariamente de crianças. Esses números podem variar
muito ao longo de um curto período de tempo, dependendo do estado de vacinação da
população.
O sarampo dissemina-se principalmente por meio de secreções do nariz, da
garganta e da boca durante o estágio prodrômico ou inicial eruptivo. A contagiosidade
começa vários dias antes e continua até alguns dias depois do aparecimento do exantema. O
sarampo não é contagioso depois que o exantema começa a descamar.
A transmissão ocorre tipicamente por meio de gotículas no ar, eliminadas pela
tosse, permanecendo um breve período no ar, a curta distância. A transmissão também pode
ocorrer por meio de pequenas gotículas de aerossol que permanecem no ar (e, assim, podem
ser inaladas) por até 2 horas nos locais fechados (p. ex., consultório médico). A transmissão
por fômites parece ser menor do que a transmissão pelo ar, porque acredita-se que o vírus
do sarampo sobreviva somente durante um curto período de tempo em superfícies secas.

11
Objectivos

Geral:

 Descrever de uma forma sucinta e organizada, as actividades desenvolvida durante a


realização do estágio, efectuando, simultaneamente uma avaliação do meu
desempenho.

Específicos:

 Conceituar o Sarampo, sua fisiopatologia, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento e


prevenção;
 Identificar os principais cuidados de Enfermagem em pacientes com sarampo;
 Implementar o processo de Enfermagem por meio de uma assistência sistematiza
como garantia de uma prestação de cuidados mais humanizada.

Metodologia

Segundo Gil, metodologia de investigação científica ―é o procedimento racional e


sistemático que tem como objectivo proporcionar respostas aos problemas que são
propostos‖. Visando a concretização dos objetivos propostos e tendo em conta ao tipo de
pesquisa, utilizamos os métodos de investigação: Pesquisa bibliográfica, qualitativo e
exploratória.
 Pesquisa bibliográfica: De acordo Prodanov (1997, p. 24) ―este método, será possível
consultar em várias fontes como: livros, artigos, revistas, cartas e sites que
fundamentam a problemática, suas causas e consequências utilizamos este método
porque ele ajudará em podermos fazer uma pesquisa no que concerne aos fundamentos
que estão nas literaturas publicadas por autores que já trataram esta temática.
 Qualitativo Exploratória: A pesquisa qualitativa é uma metodologia de caráter
exploratório. Seu foco está no caráter subjetivo do objeto analisado. Em outras
palavras, busca compreender o comportamento do consumidor, estudando as suas
particularidades e experiências individuais, entre outros aspectos.

12
CAPITULO I: ESTRUTURA FÍSICA, ORGANIZACIONAL E
FUNCIONAL
1.1 Descrição da Unidade Sanitária

O Hospital Geral da Baía-Farta é uma instituição pública do segundo nível de


assistência e foi inaugurado ao 3 de Fevereiro de 2022 por sua excelência Ministra da saúde
Sílvia Paula Valentim Lutucuta. Administrativamente não tem uma localização bem situada a
partir dos croquis de localização por isso não nos foi fornecido, mas praticamente estes pontos
cardiais delimitam o HGBF. A oeste a Academia de Policia, a norte o Bairro do Kaluweque a
este a Baia Farta, e a sul Cv lodji estrada nº 100.
O Hospital Geral da Baía-Farta Tem a nobre missão de prestar cuidados
hospitalares e de excelência, dinamizar as acções na área da saúde assistencial contribuindo
desta forma na melhoria da qualidade de vida da população local e não só.
Conta actualmente com capacidade de 150 camas, funcionando em regime
ambulatório, Urgências/ Emergências, e Internamento, dispondo dos seguintes serviços:
 Serviços de Urgências e Emergências;
 Serviços de Medicina Interna;
 UCI;
 UCIM;
 B.O;
 Cirurgia geral;
 Ortopedia;
 Infecciologia;
 Pediatria;
 Ginecologia e Obstetrícia;
 Serviços de Consultas externas;
 Serviços de Diagnostico Terapêutico (análises clínicas, fisioterapia, e farmácia;
 Serviços de psicologia Clínica;
 Serviço de Morgue.

14
1.2 Cronograma do Hospital Geral da Baía-Farta

Director Geral

Director Administrativo Director Director de Enfermagem


clinico

Profissionais Administrativo Chefes de secções


Médicos

Serviços Gerais
Supervisores

Profissionais de Enfermagem

15
CAPITULO II: REGISTO DE ACTIVIDADES
Durante o estágio curricular trabalhei nas secções da pediatria, Medicina,
Maternidade e UCI.

2.1 Actividades planeadas e desenvolvias

 Participação da passagem de banco;


 Monitorização dos sinais vitais;
 Arrumação de cama;
 Coletas de matérias para exames laboratoriais;
 Administração de medicamento por via enteral e parenteral;
 Catecterização de uma veia periférico;
 Levantamento de roupas de camas na lavandaria;
 Fez-se curativo;
 Fez-se sutura;
 Transferência do paciente;
 Fez-se compressas.

2.2 Actividades planeadas e não desenvolvidas

 Banho no leito;
 Sondagem vesical;
 Exame físico do paciente.

2.3 Actividades não planeadas e desenvolvidas

 Levantamento de medicamento da farmácia;


 Acompanhamento ao paciento a secção R-X.

17
CAPITULO III: ESTUDO DE CASO
3.1 Diagnóstico Médico

 Sarampo

3.1.1 Conceito

O sarampo é uma doença respiratória aguda, causada por RNA vírus do gênero
Morbillivirus da família Paramyxoviridae e apresenta gravidade variável em populações de
diferentes níveis socioeconômicos.
Além disso, é uma infecção clássica da infância que pode ser fatal e está na Lista
Nacional das Doenças e Agravos de Notificação Compulsória. O Brasil tem empreendido um
grande esforço para erradicar essa doença por vacinação, o que resultou em um significativo
declínio da prevalência dela.

3.1.2 Fisiopatologia

A entrada do vírus se dá com a inoculação do vírus no trato respiratório, pelas vias


aéreas superiores onde ele infecta linfócitos, macrófagos alveolares e células dendríticas. Em
seguida, o vírus sofre replicações sucessivas no epitélio da mucosa e se dissemina através da
via linfática, atingindo, posteriormente, a via sanguínea. Com isso, é possível que o vírus
cause uma viremia, engendrando uma elevada disseminação sistêmica do antígeno pelo corpo
devido à forma de infecção do vírus ocorrer por meio das células epiteliais e endoteliais dos
órgãos (transmissão direta entre as células).
O vírus pode se instalar em tecidos como a conjuntiva, trato urinário, capilares
sanguíneos, tecido linfático, sistema nervoso central e no trato respiratório, onde o vírus leva a
necrose epitelial e a formação de células gigantes. O vírus causa certa repressão da resposta
Th1 gerando imunossupressão.
A infecção das células endoteliais e dos linfócitos T gera a alteração macroscópica
denominada exantema, a qual é um sinal característico dessa infecção viral. Outros efeitos
sistêmicos mais raros dessa viremia são uma encefalite pós-infecciosa de etiologia
imunológica e uma panencefalite esclerosante subaguda ocasionada por vírus mutantes no
sistema nervoso central. Caso a infecção seja tratada o indivíduo adquire uma imunidade
vitalícia devido à memória imunológica do organismo, caso esse quadro não seja revertido o
indivíduo pode evoluir a óbito devido a uma falha na imunidade mediada por células.

19
3.1.3 Manifestações

O sarampo possui um período de incubação que varia de 7 – 18 dias, quando se


iniciam febre e mal-estar do pródromo da infecção. Segundo o, o quadro clínico do sarampo é
dividido em três fases bem definidas:
 Período prodrômico ou catarral;
 Período de estado ou exantemático;
 Período de convalescença ou de descamação furfurácea.

Período prodrômico

Tem uma duração média de 6 dias, no início da doença. Todas as mucosas são
comprometidas, resultando em um cortejo de sintomas muito característicos (febre, tosse
produtiva, coriza, lesões de mucosa e boca e linfadenomegalia) pela manifestação clinica
desse comprometimento. Nas últimas 24 horas desse período, surge, na altura dos pré-
molares, o sinal de Koplik, pequenas manchas brancas com halo hiperemiado, consideradas
como sinal patognomônico.

Período exantemático

Nesse momento, o paciente apresenta piora de todos os sintomas descritos, com


prostração importante, quando, então, o exantema que caracteriza o sarampo aparece em
surtos sucessivos. Surgem manchas sobrelevadas, maculopapulares, de cor avermelhada, com
pele normal entre elas, distribuindo- se em sentido cefalocaudal.

Período de convalescença

Nesse período as manchas tornam-se escurecidas e surge descamação fina,


lembrando farinha, característica descrita no nome da fase – descamação furfurácea.

3.1.4 Diagnostico

O diagnóstico de sarampo é clínico-epidemiológico. Em casos de dúvida


diagnóstica é possível a realização do teste sorológico. A sorologia utiliza a técnica de ensaio
imunoenzimático (ELISA) e detecta anticorpos IgM específicos e soro conversão ou aumento
de anticorpos IgG. Os IgM são detectados na fase aguda da doença (dos primeiros dias até 4

20
semanas após aparecimento do exantema) e os IgG ainda são detectados muitos anos após a
infecção.
Os casos em que os resultados forem de IgM reagente ou inconclusivo devem ser
notificados imediatamente e a coleta de segunda amostra de sangue deverá ser realizada entre
15 e 25 após a primeira coleta.
Além disso, segundo o protocolo do Ministério da Saúde, a pesquisa para
identificação do vírus pode ser realizada em amostras de orofaringe, nasofaringe e urina
(coletadas até o 7º dia após aparecimento do exantema, principalmente nos 3 primeiros dias) a
partir da técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR). Isso é importante para conhecer o
genótipo do vírus, diferenciar vírus selvagem de vírus vacinal e diferenciar casos autóctones
de casos importados.

3.1.4.1 Diagnósticos diferenciais

Dentro do universo pediátrico, as principais doenças que fazem diagnóstico


diferencial com o sarampo são: eritema infeccioso, doença de Kawasaki, exantema súbito e
escarlatina, enquanto que nos adultos são: dengue, rubéola, infecção aguda pelo HIV.

3.1.5 Tratamento

Não existe tratamento específico para o sarampo, sendo que, por ser uma doença
autolimitada, os recursos terapêuticos visam aliviar os sintomas. Dessa maneira, é de grande
importância atentar para a promoção de uma maior ingesta de líquidos e de um amparo
nutricional, como também atentar para a administração de antipiréticos.
A desnutrição e a desidratação devem ser combatidas com cuidados especiais,
hidratação com soro fisiológico a ½, ou a ¼ quando em lactente, sempre com soro glicosado
de 5 – 8%, com realimentação precoce, em 12 horas. A vitamina A está recomendada,
principalmente, para os pacientes desnutridos.
Segundo o Guia de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde de 2019, é
recomendado ministrar vitamina A, na forma de palmitato de retinol, para todas as crianças
diagnosticadas com sarampo, visando diminuir o número de casos graves e fatais, assim como
prevenir as complicações da doença. As seguintes dosagens são preconizadas:
 50.000UI de palmitato de retinol na forma de solução oral para crianças com idade
entre 0 e 6 meses;

21
 100.000UI de palmitato de retinol na forma de cápsula para crianças com faixa etária
entre 6 meses e 11 meses e 29 dias;
 200.000UI de palmitato de retinol na forma de cápsula para crianças acima de 12
meses de idade.
Independente do grupo etário, deve-se administrar 2 doses, sendo a primeira no
dia do diagnóstico e a segundo no dia seguinte.

3.1.6 Complicações

As complicações do sarampo incluem:


 Pneumonia;
 Infecção secundária bacteriana;
 Púrpura trombocitopênica aguda;
 Encefalite;
 Hepatite transitória;
 Panencefalite esclerosante subaguda.

Pneumonia

Decorrente da infecção dos pulmões pelo vírus do sarampo ocorre em cerca de


5% dos pacientes, mesmo durante uma infecção aparentemente sem complicações; em
lactentes, é uma causa comum de óbito.

Superinfecções bacterianas

Incluem pneumonia, laringotraqueobronquite e otite média. O sarampo suprime


de forma transitória a hipersensibilidade tardia, podendo piorar a tuberculose ativa e
impedir de maneira temporária a reação à tuberculina e à histoplasmina dos antígenos nos
testes cutâneos. Sugere-se infecção secundária bacteriana na presença de sinais focais
pertinentes ou em casos de recaída de febre, leucocitose, ou prostração.

Púrpura trombocitopênica aguda

Pode ocorrer depois da resolução da infecção e produz tendência a sangramento


leve, autolimitada; ocasionalmente, o sangramento é intenso.

22
Encefalite

Ocorre em 1/1.000 a 2.000 casos, geralmente 2 dias a 2 semanas depois do início


do exantema, na maioria das vezes começando com recrudescimento da febre alta, cefaleia,
convulsões e coma. O líquido cerebrospinal normalmente apresenta uma contagem de
linfócitos de 50 a 500/mcL e um nível de proteína um pouco elevado, mas pode ser
inicialmente normal. A encefalite pode se resolver em cerca de 1 semana ou persistir por
mais tempo, causando morbidade ou morte.
 Hepatite transitória e diarreia podem ocorrer durante uma infecção aguda.

Pan-encefalite esclerosante subaguda

(PEES) é uma complicação tardia, essencialmente fatal, rara e progressiva do


sarampo.
A síndrome do sarampo atípico é uma complicação que ocorria em pessoas
imunizadas com as vacinas originais contra sarampo, feitas de vírus mortos, que não têm
sido utilizadas desde 1968. Essas vacinas mais antigas podem alterar a expressão da doença
em alguns pacientes que não estavam complemente imunizados e foram então infectados
com sarampo do tipo selvagem. As manifestações do sarampo se desenvolviam de modo
mais súbito e envolvimento pulmonar significativo era mais comum. O sarampo atípico é
digno de nota principalmente porque os pacientes (agora com 50 anos ou mais) nascidos
enquanto essa vacina estava em uso podem apresentar história de vacinação contra sarampo
e de sarampo.

3.1.7 Prevenção

A vacina com vírus vivo-atenuado contra sarampo, caxumba e rubéola é


administrada rotineiramente a crianças da maioria dos países com sistemas de saúde
robustos (também Cronograma de imunização recomendado para idades de 0–6
anos e Cronograma de imunização recomendado para idades de 7–18 anos). Recomendam-
se duas doses:
 Recomenda-se tomar a primeira dose na idade de 12 a 15 meses, mas esta pode ser
administrada aos 6 meses, durante uma epidemia de sarampo ou antes de viagem
internacional;
 A segunda é administrada às crianças de 4 a 6 anos de idade;

23
 Lactentes imunizados com < 1 ano de idade ainda precisam de 2 doses adicionais
administradas depois do primeiro aniversário. A vacina promove imunidade
duradoura e tem diminuído a incidência de sarampo nos EUA em 99%. A vacina
produz infecção leve ou inaparente e não contagiosa. Febre > 38° C ocorre 5 a 12
dias depois da inoculação em 5 a 15% dos vacinados e pode ser seguida por um
exantema. Reações no sistema nervoso central são extremamente raras; a vacina
contra sarampo não causa autismo.
Contra-indicações à vacina incluem neoplasias generalizadas (p. ex., leucemia,
linfoma), imunodeficiência e terapia com imunossupressores, tais como corticoides,
irradiação, agentes alquilantes, ou antimetabólicos. A infecção por HIV somente é uma
contraindicação se houver imunossupressão intensa (categoria imunológica 3 dos CDC com
CD4+ < 15%); caso contrário, os riscos de sarampo selvagem excedem em valor os riscos
de se adquirir sarampo com a vacina de vírus vivos. Razões para adiar a vacinação incluem
gestação, doença febril grave, tuberculose ativa não tratada ou administração recente de
anticorpos (como sangue total, plasma, ou qualquer imunoglobulina). A duração do
adiamento depende do tipo e da dose da preparação de imunoglobulina administrada, mas
pode ser tão longa quanto 11 meses.

3.2 Profilaxia pós-exposição

A prevenção dos contatos suscetíveis é possível por meio da administração da


vacina dentro de 3 dias após a exposição. Se for necessário adiar a vacinação, administra-se
imunoglobulina, 0,50 mL/kg IM (dose máxima, 15 mL), imediatamente (em 6 dias),
administrando-se a vacina 5 a 6 meses mais tarde, se clinicamente apropriado. Pacientes
expostos e com imunossupressão grave, independentemente do estado de vacinação, e
gestantes que não são imunes ao sarampo recebem imunoglobulina 400 mg/kg IV. A
imunoglobulina sérica não deve ser dada simultaneamente à vacina.
Em uma epidemia institucional (p. ex., escolas), contatos suscetíveis que se
recusam ou não podem receber a vacinação e que também não recebem imunoglobulina
devem ser excluídos da instituição afetada por 21 dias após o início do exantema no último
caso. Profissionais de saúde suscetíveis expostos devem ser excluídos do trabalho 5 dias
após a primeira exposição até 21 dias após a última exposição, mesmo que recebam
profilaxia pós-exposição.

24
3.3 Sistematizações da assistência de enfermagem (sae)
3.3.1 Histórico de enfermagem

Paciente com inicial F.E de 3 anos de idade, sexo feminino, Raça negra
nacionalidade Angolana, residente no Bairro do Calohombo, província de Benguela,
Município da Baia, Filiação de E.D e de R.C vive simplesmente com a mãe que professa a
religião católica, vendedora ambulante, habita em uma residência contem cinco
compartimentos, sendo dois quartos, uma sala, uma cozinha e a casa de banho é
compartilhado com os vizinhos. Sem energia eléctrica pública, não tem água canalizada,
bairro Suburbano, a sua alimentação é preferencialmente fungue, a mesma deu entrada no
Banco de Urgência da Pediatria do H.G.B pelas 15h do dia 02 de Abril de 2022,
acompanhado pela mãe com as seguintes queixas: febres, (a 5 dias), pruridos, dor abdominal,
agitação psicomotora, fraqueza e manchas pelo corpo.
A.P. F- a mãe refere antecedentes patológicos ou familiares ( irmão mais velho
de 7 anos).
A.P.P- sem referencia de antecedentes patológicos familiares recentes.

Motivo da consulta

 Febre, pruridos, tosse e fraqueza, agitação, dispeneia.

Avaliação dos sinais vitais

 Fr:21 C.R/minutos;
 T: 38,8ºc;
 Fc: 70 bpm/minutos;
 SO2-89%.

3.4 Exame físico

Geral:

Paciente com o seu estado geral preocupante, orientado em pessoa e no espaço,


pouco colaborante, apresenta período de sonolência, hipotérmico, taquipneico, normocárdico,
respiração espontânea sem suporte de oxigénio, mucosa oral e conjuntivais normocoradas,
escleróticas anictéricas, tórax simétrico com bom expansibilidade, abdome depressível, sem
visceromegalia palpável membros superiores e inferiores simétricos.
25
Específico:

 Face: Cor preta, sem cicatriz, mucosas conjuntivas normocoradas, anictérica;


 Boca: Mucosa oral normal;
 Dentes: Bem implementados na arcada dentária, língua normal sem presença de lesão;
 Orelhas: Simétricas com posição normal sem presença de escoriações;
 Pescoço: Sem lesões e cicatriz com mobilidade activa sem gânglios linfáticos;
 Tórax: Simétrico sem alteração;
 Auscultação Cardíaca: normal e sem alterações;
 Auscultação Pulmonar: Sem alteração;
 Abdómen: Plano mole móvel;
 Membros Superiores: Simétricos sem edemas;
 Membros Inferiores: simétricos;
 Exames complementares;
 PP – Negativo;
 HB – 11.2 gr%;
 HBS- negativo;
 Glicemia capilar- 69mg/dl;
 Rx- normal sem presença de opacidade radiológica.

3.5 Necessidades básicas afectadas

 Deambulação limitada;
 Dificuldade alimentar;
 Higiene pessoal limitada;
 Actividades recreativa diminuída;
 Segurança e conforto.

26
3.6 LISTAGEM DE PROBLEMAS E DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM

Data Nº Problemas Diagnósticos de Enfermagem


Hipertermia- relacionada a doença, caracterizado pelo aumento da temperatura corporal acima do
02/4/2022 1 Febre
parâmetros normais.
02/4/2022 2 Riso de infecção Risco de infecção-associada a internamento hospitalar e procedimentos invasivos
02/4/2022 3 Dor Dor aguda-relacionado agente biológico lesivo caracterizado por realtos verbal de dor.
02/4/2022 4 Tosse Desobstrução ineficaz das vias aéreas relacionado ao processo infeccioso, caracterizado por tosse
02/4/2022 5 Tristeza Resiliência prejudicada- relacionado a doença e evidenciado ao estado de saúde prejudicado.
Mobilidade Mobilidade física prejudicada relacionado a dor caracterizado por dispenia aos esforços
02/4/2022 6
prejudicada
Dificuldade Trocas de gases prejudicada- associada ao desequilíbrio na relação ventilação-perfusão, caracterizada
02/4/2022 7
Respiratória por padrão respiratorio anormal

Defict no autocuidado para alimentação relacionado a fraqueza, caracterizado pela dificuldade de


02/4/2022 8 Dificuldade de comer
mastigar e ingliar os alimentos.
Defict no autocuidado para banho relacionado a fraqueza, caracterizado pela incapcidade de lavr o
02/4/2022 9 Dificuldade de banhar
corpo.
Degluiição prejudicada realacionado aos distúrbios respiratórios caracterizados pela presença de
02/4/2022 10 Dificuldade de engolir
calanula orotraqueal.

27
3.7 PLANO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM

RESUSLTADO
PORBLEMA DIAGNÓSTICO PRIORIDADE OBJECTIVOS INTERVENÇÃO
ESPERADO
Febre Hipertermia- relacionada a doença, Febre Eliminar a febre -Aferir a temperatura Equilíbrio térmico
caracterizado pelo aumento da Arrefecimento corporal - restabelecido
temperatura corporal a cima do ingestão de líquidos
paramentros normais. -Administrar antipirético
SO.S
Riso de infecção Risco de infecção-associada a Riso de infecção Evitar infecções -Promover higiene, - Evitar infecção
internamento e procedimentos invasivos Aplicar assepsia
-Ensino ao doente
Dor Dor aguda-relacionado agente biológico Eliminar a dor -avaliar a do e suas Dor eliminada
características
lesivo caracterisado por realtos verbal de Dor -promover repouso
dor. - administrar analgésico
Tosse Desobstrução ineficaz das vias aéreas Tosse Permeabilizar as vias -posição de fowler Tosse eliminada
relacionado ao processo infeccioso, aéreas -ingestão de líquidos
caracterizado por tosse -administração de
antitússico O.S.S

28
Mobilidade Mobilidade física prejudicada Mobilidade Restabelecer -prestar auxilio da Mobilidade física
prejudicada relacionado a dor caracterizado por prejudicada amobilidade física movimentação restabelecida
dispenia aos esforços -promover repouso -
fiosioterapia
respiratória
Dificuldades Trocas de gases perjudicada- asociada Dificuldade Restabelecer -
o -monitorar a respiração - Trocas gasosas
respiratória ao desequilibrio na relação ventilação- respiratória padrão respiratório conreole da saturação restabelecida
perfusão,caracterizada por padrão de oxihénio
espiratorio anormal -oxigenoterapia
Dificuldade deDefict no autocuidado para alimentação Dificuldade deRestabelever -posição
-Auxiliaede fowler na melhora
comer relacionado a fraqueza, caracterizado comer aotonomia na alimentação
pela dificuldade de mastigar e ingliar os alimentação -evitar intoxicação
alimentos. alimentar

Dificuldade de Defict no autocuidado para banho Dificuldade de Restabelever


banhar relacionado a fraqueza, caracterizado banhar aotonomia no -Auxiliar no banho melhora
pela incapcidade de lavr o corpo. banho - preservar o pudor
- cuidados com quedas

29
3.8 ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM

Data: Descrição de Posología Via de Assinatura Do


actividades administração Profesional

AVALIOU-SE

A dor quanto a
02/4/2022 SOS ---- ENF.Victoria Selelo
localização
As
02/4/2022 características Permanente ---- ENF.Victoria Selelo
da pele
Condições
alimentares do
nível de
conhecimento
02/4/2022 Permanente SOS ENF.Victoria Selelo
da mãe sobre
uma
alimentação
saudável

MONITOROU-SE

A pele na área
02/4/2022 perianal quanto Permanente ---- ENF.Victoria Selelo
a irritabilidade
O equilíbrio
02/4/2022 SOS ---- ENF.Victoria Selelo
hidroeléctrico
Sinais de
02/4/2022 sintomas de SOS ---- ENF.Victoria Selelo
infecção

30
FEZ-SE

Arrefecimento
02/4/2022 SOS ---- ENF.Victoria Selelo
corporal
A troca do
02/4/2022 72h/72h ---- ENF.Victoria Selelo
catéter
O controlo do
02/4/2022 peso corporal SOS ---- ENF.Victoria Selelo
corporal

ADMINISTROU-SE

Analgésico se
02/4/2022 SOS IM ENF.Victoria Selelo
for necessário
Antipirético se
02/4/2022 SOS IM ENF.Victoria Selelo
for necessário

HIGIENIZOU-SE

Área oral após


02/4/2022 do episódio de Permanente ---- ENF.Victoria Selelo
vómitos
A área perianal
02/4/2022 Permanente ---- ENF.Victoria Selelo

PROPORCIONOU-SE

Mudança de
02/4/2022 2 em 2 dias ---- ENF.Victoria Selelo
roupa de cama
Técnicas
02/4/2022 Permanente ---- ENF.Victoria Selelo
assépticas

AFERIU-SE

6h, 8h,10h,
Temperatura
02/4/2022 12h,14h,16h,18h, ---- ENF.Victoria Selelo
axial
20h,22h,00h,

31
2h,4h,6h

CONTROLOU-SE

02/4/2022 Frequência fecal SOS ---- ENF.Victoria Selelo

DESOBSTRUIU-SE

02/4/2022 O Cateter Permanente ---- ENF.Victoria Selelo

FORNECEU-SE

Repouso
02/4/2022 adequado para Permanente ---- ENF.Victoria Selelo
aliviar a dor

MANTEVE-SE

A temperatura
02/4/2022 Permanente ---- ENF.Victoria Selelo
ambiente

PROMOVEU-SE

Ingestão de
02/4/2022 Permanente V.O ENF.Victoria Selelo
líquido

ORIENTOU-SE

A dieta com
02/4/2022 alimentos ricos SOS V.O ENF.Victoria Selelo
em fibras

32
3.9 EVOLUÇÕES DE ENFERMAGEM

3/04/2022 - Paciente de nome F.E de 3 anos de idade, sexo, feminino deu entrada
nos nossos serviços a 1 dia, Paciente calma pouco colaborante estado geral preocupante,
orientada nos três modos estado nutricional deficiente. normotérmico, normoquipneico,
normocárdico,.

ENF.estag. Victoria Selelo

5/04/2022- A paciente aparentemente encontra-se em bom estado de saúde,


apresentando melhoria, os seus sinais vitais nos seus parâmetros normais. respiração
espontânea sem suporte de oxigénio, mucosa oral e conjuntivais normocoradas, escleróticas
anictéricas, tórax simétrico com bom expansibilidade, abdome depressível, sem
visceromegalia palpável membros superiores e inferiores simétricos, possui aceso venoso
periférico permeável, higiene oral e corporal realizada, alimentou-se, cumprio com medicação
deacordo as prescrições médicas, segue em repousa no leito.

ENF.estag. Victoria Selelo

33
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em suma com a realização deste trabalho de forma sistematizada tentamos


obedecer aos objetivos propostos fazendo abordagem do estudo de caso concluímos que: O
mesmo contribuindo significativamente na qualidade assistencial tendo resultado satisfatório.
Para se tiver formação acadêmica em enfermagem é necessário unir a teoria e a
prática e que dias de estágios foram de grandes aprendizados para minha formação e dizer que
já não será a mesma coisa como antes.
Relativamente ao temo abordado no estudo de caso vale ressaltar o seguinte:
 Sarampo é uma infecção viral altamente contagiosa, muito comum em crianças. É
caracterizada por febre, tosse, coriza, conjuntivite, um enantema (manchas de
Koplik) na mucosa oral e um exantema maculopapular que se dissemina no sentido
craniocaudal;
 As complicações, principalmente a pneumonia ou a encefalite, podem ser fatais,
particularmente em áreas com atendimento de saúde precário;
 O diagnóstico costuma ser clínico. O tratamento é de suporte. A vacinação é
altamente efectiva;
 A incidência de sarampo é altamente variável com base na taxa de vacinação da
população;
 O sarampo é altamente transmissível, se desenvolvendo em > 90% dos contatos
susceptíveis;
 O sarampo causa cerca de 100 mil a 200 mil mortes anualmente, sobretudo em
crianças de regiões com atendimento de saúde precário; a pneumonia é uma causa
comum, enquanto a encefalite é mais rara;
 O tratamento é principalmente de suporte, mas as crianças também devem receber
suplementação de vitamina A;
 A vacinação infantil universal é fundamental, a menos que contraindicada (p. ex.,
câncer ativo, uso de fármacos imunossupressores ou infecção pelo HIV com
imunossupressão grave);
 Administrar profilaxia pós-exposição a contatos susceptíveis 3 dias após a
exposição; usar vacina, a menos que contraindicada, caso em que deve-se
administrar imunoglobulina.

34
SUSGESTÕES

Para uma melhor abordagem os cuidados de Enfermagem prestados aos pacientes


com Sarampo são:
1. Triagem de Enfermagem;
2. Monitorização dos sinais vitais;
3. Histórico de Enfermagem;
4. Exame físico;
5. Acesso venoso periférico;
6. Administração de medicamentos conforme as prescrições médicas;
7. Proporcionar repouso no leito;
8. Higienização oral e corporal;
9. Auxiliar na alimentação do doente;
10. Controle do balanço hídrico;
11. Realizar mudança de decúbito;
12. Realizar troca de roupas de cama;
13. Realizar educação para saúde.

35
BIBLIOGRAFIA

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Tratado de pediatria – Dennis Alexander


Rabelo Burns… [et al.]]. 4ª edição. Monole, 2017.
NELSON. Tratado de Pediatria – Richard E. Behrman, Hal B. Jenson, Robert Kliegman. 18ª
Edição. Elsevier. 2009.
Patel MK, Goodson JL, Alexander Jr. JP, et al: Progress toward regional measles
elimination—worldwide, 2000–2019.

36
ANEXOS
Figura: Criança com manchas de sarampo

Figura: Vacinação contra sarampo

38

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