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Índice
DECLARAÇÃO.................................................................................................................iv
AGRADECIMENTOS........................................................................................................v
DEDICATÓRIA.................................................................................................................vi
LISTAS DE GRÁFICOS.................................................................................................viii
RESUMO............................................................................................................................ix
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.........................................................................................10
1.1. Problema.............................................................................................................10
1.3. Justificativa.........................................................................................................12
1.5. Hipóteses.............................................................................................................14
3.2.1. Universo.......................................................................................................24
3.2.2. Amostra........................................................................................................24
3.3.2. Entrevista.....................................................................................................25
4.7. Conclusão............................................................................................................37
4.8. Sugestões.............................................................................................................38
Referências Bibliográficas.................................................................................................39
APÊNDICES.....................................................................................................................xli
Apêndice A: Questionário.............................................................................................xli
DECLARAÇÃO
Declaro, por minha honra que esta monografia nunca foi apresentada para a obtenção de
qualquer grau, e que ela constitui o resultado da minha inteira investigação, para o grau de
Licenciatura em Ensino de História, pela Universidade Católica de Moçambique – Centro
de Ensino á Distancia Gurué, estando indicadas no texto e nas bibliografias as fontes por
mim utilizadas.
O autor
_________________________________
AGRADECIMENTOS
A DEUS, que sempre iluminou a minha vida...
A minha família que não mediu esforço para me ancorar nesta fase tao difícil e
importantíssima da minha vida.
Aos meus amigos e colegas do curso que partilharam comigo os bons e maus momentos da
vida académica.
À todos aqueles que directa ou indirectamente deram o seu contributo à minha vida
académica.
MUITO OBRIGADO.
vi
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho de conclusão de curso a minha esposa Cristina Moguela que não
poupou esforços para que eu concluísse este curso, pois, ela sempre dedicou a sua vida pela
felicidade da família mesmo nos momentos mais difíceis, sempre foi guerreira e vibra com
a minha vitória.
vii
Ed. – Edição
Sd – Sem Data
LISTAS DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Identificação dos entrevistados ……………………………………………….. 26
Gráfico 2: Sobre a metodologia de ensino usada pelos professores na sala de aulas ……. 27
Gráfico 03: Sobre reconhecimento da importância da utilização dos meios didácticos como
metodologia de ensino ……………………………………………………………………. 28
Gráfico 04: Sobre o uso dos meios didácticos de ensino como metodologia de ensino …. 29
Gráfico 05: Sobre os meios didácticos de ensino mais usados em suas aulas …………… 30
Gráfico 06: Sobre as dificuldades diárias encontradas na utilização dos meios de ensino...30
Gráfico 07: Sobre o conteúdo teórico com que o aluno aprende com mais facilidade …... 31
Gráfico 08: Sobre a importância de associar o conteúdo teórico expresso através de aulas
explicativas, juntamente com vídeos filmes, documentários ou imagens………………… 32
RESUMO
O trabalho apresentou como temática “Uso de Meios Didácticos no Ensino de História: o
caso Escola Secundária Geral de Eduardo Mondlane”. Apresentou como problema a
discussão sobre a apropriação do uso dos meios didácticos de ensino pelos professores em
sua prática diária, bem como dificuldades encontradas, e o clima motivacional gerado pela
junção entre aulas expositivas e auxiliadas por vídeos, filmes, imagens e documentários. O
objectivo desta pesquisa também se estendeu em compreender a importância do uso de
meios didácticos no ensino de história na Escola Secundária Geral de Eduardo Mondlane.
Quanto à modalidades de investigação: por um lado foi uma investigação exploratória, e
por outro lado investigação bibliográfica, tendo recorrido a uma investigação explicativa,
através de uma investigação quantitativa. Com esta pesquisa conclui-se que falta
disponibilidade de recursos a ser investido na educação, para que haja mudança no cenário
actual. Sugere-se que os professores devem ser criativos e adoptar formas de elaborar meios
didácticos de ensino adoptando próprias estratégias suas; e os gestores escolar com
destaque ao DAE devem sempre procurar alocarem material de ensino a fim de se conduzir
um PEA conconcreto e não meramente em textos transcritos.
Palavras-chave: Meio didáctico, Ensino, História.
10
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
O presente trabalho científico apresenta como tema o “Uso de Meios Didácticos no
Ensino de História: o caso Escola Secundária Geral Eduardo Mondlane”. O estudo
em volta dos meios de ensino é secular, tudo consistindo no melhoramento de um processo
que envolve o professor e o aluno, neste caso o processo de ensino e aprendizagem. É um
facto que em situações de ensino-aprendizagem existem limitações e dificuldades em
adequar e seleccionar os meios de ensino no estudo de determinados conteúdos. Estas
limitações, muitas vezes não facilitam o desenvolvimento, a compreensão e o domínio dos
conhecimentos e saberes leccionados durante as aulas de modo a permitir que os alunos se
apropriem e apliquem-se quando forem solicitados pelo professor, o mediador deste
processo.
Esse trabalho, para além dos elementos pré-textuais, está articulado em 6 (seis) capítulos
designadamente: Capítulo I, referente a parte Introdutória; Capítulo II que traça o marco
teórico; Capítulo III sobre aspectos metodológicos; Capítulo IV que visa a apresentação e
análise dos dados; Capitulo V versando sobre a discussão dos resultados; e Capítulo VI que
trata das conclusões e sugestões; as Referências bibliográficas; Apêndices e anexos.
1.1. Problema
O professor de história queira, quer não, em seus planeamentos sempre escolhe uma teoria
historiográfica, seja ela positivista, marxista ou dos Annales. Essas teorias podem ser
claramente percebidas na acção do docente que produz uma aula de história centrada na
narrativa dos factos, na crítica social ou na reflexão. Esses modelos diferenciados de teorias
historiográficas que vão do positivismo até a Nova História, acredita-se que influenciam
nas práticas didáctico-pedagógicas no ensino de história.
11
No ensino de história influenciado pelo estado positivista, que só trata a história a partir de
documentos oficiais, delimita a acção do professor que com acções mecânicas, só reproduz
em modo descritivo: episódios, datas, fatos, guerras e heróis. Produzindo aulas que passam
a ser enfadonhas, uma vez que o professor só transmite informações do passado, e o aluno
absorve o conhecimento sem desenvolver uma análise crítica, só apenas decorando,
tornando essa história linear e cronológica e fortalecendo a dominação da história oficial.
Dentro das aulas de história podemos notar a dificuldade que alguns alunos têm para
superar ao clássico “decorar e repetir” ao qual foram sempre induzidos. O problema é que a
maioria dos professores continua seguindo as metodologias tradicionais, sem utilizar meios
didácticos diversificados para estimular a aprendizagem e atrair a atenção dos alunos.
“Vivendo no século XXI, em meio a discussões que se avolumam desde a década de 80, é
preciso mais que repensar o ensino. É necessária uma verdadeira mudança na educação,
uma revolução nas estruturas e conceitos educacionais” (Maltez, S.d, p. 1).
Faz-se necessário que se desconstrua a ideia de história como uma única narrativa, como
era na visão positivista. A história não se constrói apenas com documentos oficiais, mas
com relatos orais, textos literários, imagens, estatísticas e vários outros tipos de fontes,
onde cada uma delas traz em si um discurso histórico que pode conter opiniões distintas ou
linguagens diferentes para tratar de um mesmo assunto.
Os diferentes objectos de estudo que forem levados para a sala de aula possibilitarão
maiores oportunidades de o aluno entender e discutir as temáticas, além de possibilitar a ele
ver essas temáticas por vários ângulos diferentes.
Através de uma interacção e aproximação entre professor e aluno, pode se tornar mais fácil
o aparecimento desse interesse e participação tão desejados. Para isso faz-se necessário que
o professor compreenda que cada aluno já vem para a sala de aula com algumas opiniões
formadas pelo meio em que vive, por cada comunidade que participa, e o estimule a não
tomar sempre essas opiniões como verdades absolutas, mas sim, debater sobre essas
temáticas e tentar analisá-las por ângulos diferentes, vendo-as por variadas visões, para
então poder construir uma visão crítica própria.
A presente proposta de projecto de pesquisa propõe como objecto de estudo, o Uso dos
meios didácticos no ensino de Historia: Estudo do Caso da Escola Secundária Geral de
Eduardo Mondlane no 2º Ciclo, questão a ser estudada na cidade Municipal de Gurué
durante o período de 2017 a 2019.
A Escola Secundária Geral Eduardo Mondlane (ESGEM) cita na zona norte da Província
da Zambézia na Cidade Municipal de Gurúè no bairro Mwela.
1.3. Justificativa
com o problema histórico e a falta, muitas vezes, de contacto com os meios didácticos. Esse
contacto com os meios didácticos é extremamente importante para o ensino de história e
principalmente para estimular a curiosidade dos alunos. Por isso a importância do professor
ser também um pesquisador e produtor de conhecimentos, o que estimula bastante os
alunos e facilita a utilização desses meios didácticos dentro da sala de aula. Sempre que
ocorre essa interacção entre os alunos e os meios didácticos, há uma maior aprendizagem e
aproveitamento do conteúdo.
Quando o aluno se depara com os meios de ensino da história, ele deixa de fazer apenas
uma análise daquilo que já se produziu e repetir os conceitos dos historiadores, como se
fossem verdades absolutas, para produzir seu próprio conhecimento através das mesmas
fontes que os historiadores anteriores a eles, utilizaram.
O que motivou ao desenvolvimento deste tema é o facto de o autor ser estudante do curso
de Licenciatura em ensino de História, visto que usos de meios de ensino propiciam o PEA
não somente de história, mas sim no condicionamento de qualquer área do saber. Ainda
acredita-se que a forma de aproximar a história do aluno é a utilização de recursos de
ensino. Visto que a visualização da história através de fotos e ilustrações, de facto também
aproxima bastante a história com os alunos, pois os ajuda tanto a entender melhor os
acontecimentos, quanto o faz assimilar melhor o fato ocorrido. Essas imagens além de
poderem ser utilizadas como ilustrações podem ser utilizadas como fontes historiográficas,
o que abrangerá a concepção do aluno, a respeito do que é história e de como e através de
que ela é produzida. Segundo Maltez (sd) “o cinema, a fotografia, a música, a pintura,
usadas correctamente, possuem uma grande capacidade de despertar o interesse dos alunos
e de fazê-los construir o conhecimento histórico” (p. 04).
Mas para que isso realmente aconteça o interesse inicial deve partir do próprio professor,
que deve buscar formas de atrair a atenção e de mostrar a importância das temáticas aos
14
Posto isso, pode-se analisar que quanto mais o professor trouxer as temáticas para a
realidade do educando, maiores são as possibilidades de uma melhor assimilação, e maior
será seu desenvolvimento crítico, por isso, há necessidade de trazer novas metodologias
para as aulas de história, com vista facilitar essa aproximação, tornando para o educando o
ensino da história mais prazeroso e estimulante.
1.5. Hipóteses
Os meios de ensino, também conhecidos como médios ou recursos de ensino. Estes jogam
um papel preponderante na condução do processo de ensino-aprendizagem,
independentemente do nível escolar e da área de conhecimento. Estes podem ser definidos
como:
Piletti (1997), define-os como componentes do ambiente da aprendizagem que dão origem
à estimulação para o aluno.
Segundo Libâneo (1994, p. 173), são “materiais utilizados para a organização e condução
metódica do processo de ensino pelo professor e pelos alunos. São todos os recursos
pedagógicos que combinados com os métodos permitem ao professor e aos alunos alcançar
objectivos da aula de uma forma metódica, efectiva e racional”.
Segundo Castro (1986) “são o canal através do qual se transmitem as mensagens docentes,
são o sustento material no contexto da classe” (p. 85).
Nesta mesma linha Ausubel (s.d) considera como meios as vias gráficas, fotográficas,
electrónicas ou mecânicas para capturar, processar e reconstruir informação visual ou
verbal.
Ainda Castro (1986) define os Meios de Ensino como “Todos os componentes do processo
docente educativo que atuam como suporte material dos métodos (instrutivos ou
educativos) com o propósito de conseguir os objectivos propostos” (p. 48).
O ideal seria que toda aprendizagem se efectuasse em situação real de vida. Não sendo isso
possível, os materiais/meios ou recursos de ensino tem por fim substituir a realidade,
representando-a da melhor forma possível, de maneira a facilitar a sua intuição por
parte do aluno. Para, além disso, os meios de ensino têm como meta tornar a aprendizagem
mais significativa para o aluno através de factos, através da uma suposta ‘’realidade’’
criada para facilitar esse processo, pois como defende Ausubel na sua Teoria de
Aprendizagem Significativa, “… a aprendizagem do aluno precisa fazer algum sentido para
si, e nesse processo, a informação deverá interagir e ancorar-se nos conceitos relevantes já
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existentes na estrutura do aluno” (Ausubel, s.d, p. 46). E acrescenta como uma das
condições indispensáveis o material didáctico desenvolvido, que deve ser, sobretudo,
significativo para o aluno. Para tal, apresentar-se-á diversas abordagens sobre a visão dos
meios de ensino.
Na aprendizagem humana, a maior inter-relação com o mundo exterior está dada através do
órgão visual. Por isso o emprego dos meios de ensino e em especial dos meios visuais
facilita o óptimo aproveitamento dos mecanismos sensoriais. Aliás, quanto maior números
de sentidos forem envolvidos na aprendizagem, mais eficaz ela se torna. Os meios de
ensino criam interesses pelo conhecimento desde que se mostram aplicações das leis e
funções estudadas na classe à vida social e científica e sua influência para o indivíduo.
17
[...] Para aprender tudo com maior facilidade devem ser utilizado quantos mais sentidos
se possam, por exemplo: Devem ir juntos sempre, o ouvido com a vista e a língua com
a mão. Não somente recitando o que deva ser sabido para que o recolham os ouvidos,
senão o desenhando também para que se imprima na imaginação por médio dos olhos.
Quando aprendam saibam expressar com a língua e representar com a mão, de maneira
que não deixe nada sem que impressione suficientemente os ouvidos, olhos,
entendimento e memória (Comenius, 1983, p. 124).
Castro (1986) resume a importância dos meios de ensino quando afirma “de a percepção
viva ao pensamento abstracto e deste à prática, tal é caminho dialéctico do conhecimento da
verdade, do conhecimento da realidade objectiva” (p.165).
Pois, o uso dos meios de ensino permite através do prático perceber o abstracto e desta
forma a entender a realidade do conteúdo que é leccionado pelo professor.
Fleming (1979) oferece uma classificação dos meios baseada na teoria do conhecimento
organizando- os em duas grandes categorias:
Por outra parte, Cubero (1985) em seu artigo “A Selecção e Planeamento dos Meios de
Ensino, classifica-os por seu grau de objectividade sobre uma base psicológica, indo do
mais concreto ao mais abstracto” (p. 28).
Castro (1986) agrupa- os em cinco grupos atendendo a suas funções didácticas “Médios
de transmissão de Informação (Ardósia, fotografias, modelos, lâminas, rádio, TV, etc.);
Médios de experimentação escolar (Laboratórios e equipes de demonstração); Médios de
controle da aprendizagem; Médios de auto-aprendizagem e programação; e Médios de
treinamento” (p. 79).
a) Gravador
O gravador é um dos meios auditivos mais frequentemente utilizados nas aulas, sendo
talvez um dos mais práticos e de grande eficácia. Tem consideráveis vantagens de que
destacamos a facilidade de transporte e de manejo, a possibilidade de registo de todas as
fontes sonoras e de fazer diversas montagens, a durabilidade de registo, as facilidades
resultantes da possibilidade de interromper ou repetir a gravação e o baixo custo do
material.
b) Gira-discos
a) Quadro
a) Cartaz
O cartaz é um dos meios mais utilizados nos nossos dias pela facilidade com que atrai e
prende o olhar do espectador.
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Tema: cada cartaz deverá ter apenas um tema que permita uma fácil assimilação.
Ilustração: pode resultar de desenho ou montagem (colagem ou outra) e ser de
elaboração individual ou colectiva.
Texto: deve ser breve, simples directo e acessível. A sua função é apenas completar
a imagem.
Cor: a combinação de cores é importante porque o cartaz deve ser colorido, mas
sem excesso para não prejudicar a transmissão da mensagem.
b) Mapa
O mapa é um meio indispensável para o ensino da História, estando a sua utilização ligada
a aquisição do conceito de espaço tão necessária a correcta compreensão dos fenómenos
históricos.
c) Globo
O globo apresenta a vantagem de nos permitir uma representação mais exacta da terra, mas,
para o ensino da História, a sua eficiência é, na maior parte dos casos, inferior à do mapa.
d) Retroprojector
É facilmente manejável;
Permite a projecção em salas iluminadas;
O professor mantém-se de frente para os alunos durante a projecção;
Substitui com eficiência o quadro normal, porque o professor ou os alunos podem
escrever sobre os acetatos na plataforma de projecção.
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e) Episcópio
f) Diascópio
g) Epidiascópio
Sobre as vantagens da aplicação dos meios didácticos de ensino Gani e Cossa (sd, p. 82)
ilustram o seguinte:
A finalidade da pesquisa segundo Barros e Lehfeld, (2000) citado por Prodanov e Freitas
(2013, p. 4) é “resolver problemas e solucionar dúvidas, mediante a utilização de
procedimentos científicos” e a partir de interrogações formuladas em relação a pontos ou
factos que permanecem obscuros e necessitam de explicações plausíveis e respostas que
venham a elucidá-las. Para isso, há vários tipos de pesquisas que proporcionam a colecta de
dados sobre o que desejamos investigar.
O presente trabalho foi constituído por uma pesquisa que classifica-se em: Quanto à
modalidades de investigação: por um lado foi pesquisa exploratória, porque caracteriza,
classifica e define o problema em pesquisa e por outro lado pesquisa bibliográfica, dado
que recuperou o conhecimento científico acumulado sobre o problema em pesquisa.
Rodrigues (2007) classifica a pesquisa quanto aos objectivos podendo ser explicativa,
descritiva.
Segundo Gil (2010) citado por Prodanov e Freitas (2013) “Pesquisa explicativa: quando o
pesquisador procura explicar os porquês das coisas e suas causas, por meio do registro, da
análise, da classificação e da interpretação dos fenómenos observados”. Visa a identificar
os factores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenómenos; “aprofunda o
conhecimento da realidade porque explica a razão, o porquê das coisas” (Gil, 2010, p. 28).
24
3.2.1. Universo
Segundo prodanov e Freitas (2013, p. 98) “O universo ou a população-alvo é o conjunto
dos seres animados e inanimados que apresenta pelo menos uma característica em comum
[…]”.
O universo desta pesquisa foram 638 onde 30 são docentes do 2º Ciclo e 608 alunos do 2º
ciclo da Escola Secundária Geral Eduardo Mondlane.
3.2.2. Amostra
Segundo Lakatos e Marconi (2007) citados por Prodanov e Freitas a amostra “é uma
parcela convenientemente seleccionada do universo (população); é um subconjunto do
universo.” Amostra é parte da população ou do universo, seleccionada de acordo com uma
regra ou um plano.
A amostra da pesquisa foi composta por 5 (cinco) professores de história, dentre eles, uma
professora e quatro professores.
25
3.3.2. Entrevista
Para Lakatos (2009, p.126), “é uma técnica de recolha de opiniões”, com tudo esta técnica
nos prestou na formulação de perguntas, perguntas estas que foram direccionadas ao grupo
alvo que foram os professores da disciplina de história.
Segundo Canastra, Haanstra e Vilanculos (2015, p. 21) “no caso dos estudos enquadrados
no enfoque quantitativo, normalmente, recorre-se a testes paramétricos ou não paramétricos
com suporte de pacotes estatísticos, para analisar os dados”. A presente pesquisa recorreu a
pacotes estatísticos.
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A Escola Secundária Geral Eduardo Mondlane localiza-se num pequeno bairro que ostenta
o nome de Muela, a oeste da cidade autárquica de Gurúè, com pouco mais de 4200
habitantes (levantamento de 2017). O bairro Muela, tal como é conhecido este povoado,
resultou da junção das populações procedentes dos regulados de Nacakwe e Carico, como
era a administração colonial, relativamente a estrutura do poder local tradicional.
Historicamente, diz-se que após a independência, este bairro estendia-se desde a orla da
cidade, englobando os actuais bairros 1º de Maio, Contap e Cadeia. Este grandioso bairro
era chamado Monteiro-Giro, em alusão ao facto de este ter-se conectado às instalações
então pertencentes ao tal consórcio Português, cujos vestígios são visíveis ao nível da
cidade, concretamente ao lado da Polícia, frente ao edifício onde funciona a Assembleia
Municipal.
Masculino Coluna1
0.8
20%
Masculino Femenino
Na identificação dos entrevistados, constatou-se que o maior número dos inqueridos foi do
sexo masculino conforme ilustra o gráfico 1. O maior número é do sexo masculino, com
uma percentagem de 80% (oitenta porcento) contra 20% (vinte porcento) que corresponde
ao número das mulheres entrevistadas.
27
40%
30%
20% 40% 0.33
10% 0.15 0
0.02
0% Nenhum
AEEDA
AEEFV
AEELD
AEE
De entre 5 (cinco) alternativas, a maioria dos inqueridos optou pela alternativa referente
“Aulas explicativas/expositivas com o auxílio de livro didáctico” conforme ilustra o gráfico
2, representando uma percentagem de 40%.
45%
40%
35%
30%
25% 0.45
Sim, porém nem
20% 0.35 sempre é possível
15% utilizá-las
10%
0.2
0% Á s vezes
5% Não
0%
Sim
Sim Não Á s vezes Sim,
porém
nem
sempre é
possível
utilizá-las
De entre as seguintes alternativas: Sim; Não; Às vezes; Sim, porém nem sempre é possível
utilizá-las. O maior número optou pela alternativa Sim, porém nem sempre é possível
utilizá-las conforme ilustra o gráfico 3 representando uma percentagem de 45%.
Se reparamos o pensamento de Guimarães (2013) onde nos alerta que as técnicas de ensino
correspondem a procedimentos muito específicos de determinadas áreas ou com vista a
alcançar determinado objectivo. É mais específico que as estratégias e que os métodos. As
técnicas são os recursos e meios materiais para atingir determinados objectivos.
As aulas expositivas dialogadas, os debates, a construção de mapas conceptuais, os
trabalhos de grupo, o estudo de caso, o fórum, o trabalho de pesquisa, as apresentações
orais são vários exemplos de recursos usados, no entanto são usados conforme o objectivo a
alcançar.
Mais adiante, inqueriu-se sobre o apropriar-se dos meios didácticos de ensino como
metodologia para ministrar suas aulas.
29
Gráfico 04: Sobre o uso dos meios didácticos de ensino como metodologia de ensino
60%
50%
40% 0.5 Á s vezes
Nã o
30%
20% 0.3 7 Sim
10% 13%
0%
Sim Não Á s vezes
Fonte: Autor da pesquisa (2020)
Dentro das seguintes opções: Sim; Não; e Às vezes. O maior número dos inqueridos optou
pela opção ás vezes. Vide o gráfico 4, representando uma percentagem de 57%.
Há uma ampliação do campo da história ensinada por meio da busca de temáticas novas, da
pluralização das fontes utilizadas. A multiplicidade de leituras e concepções
historiográficas presentes na bibliografia académica tem sido mais incorporada ao ensino
de história, por meio de livros paradidácticos e materiais de ampla divulgação. A história
única e globalizante que privilegia os vieses heróicos e os mitos nacionais passa a ser
combatida, a tendência é de ocorrer um redimensionamento nas relações passado/presente
na história ensinada. Hoje o objectivo de professores e alunos é discutir em diferentes
realidades o estudo da história a partir das problemáticas do presente como forma de
resgatar o passado e o próprio sentido da história. Com a utilização e incorporação de
diferentes linguagens como: a discussão e interpretação dos acontecimentos/notícias e,
sobretudo o significado da indústria cultural na nossa sociedade, alunos e professores
mergulham num nível de informação de elevadas proporções imprescindível no trabalho
cotidiano de sala de aula (Guimarães, 2013).
Nesta questão, procurou se saber quais os meios didácticos de ensino você utiliza em
suas aulas.
30
Gráfico 05: Sobre os meios didácticos de ensino mais usados em suas aulas
Auditivos Visuais Audiovisuais
Alguns Todos
0.6
0.12
26% 0
0.02
Auditivos Visuais Audivisuais Alguns Todos
Gráfico 06: Sobre as dificuldades diárias encontradas na utilização dos meios de ensino
31
Nenhuma
A sétima questão pretendia saber qual era a forma mais fácil para o aluno aprender o
conteúdo teórico.
Gráfico 07: Sobre o conteúdo teórico com que o aluno aprende com mais facilidade
Aulas expositivas/explicativas;
Mais adiante, fez-se a seguinte questão: Na sua prática docente, é importante associar o
conteúdo teórico expresso através de aulas explicativas, juntamente com vídeos filmes,
documentários ou imagens.
Depende do conteú do
60% a ser trabalhado
40% 0.6 Sim, poré m nem
sempre é possível
20% 0.2
5% 0.15
Nã o
0%
Sim Nã o Sim, Depende
poré m do Sim
nem conteú d...
sempre
é ...
De entre as alternativas: Sim; Não; Sim, porém nem sempre é possível; Depende do
conteúdo a ser trabalhado. O questionamento levantado pelo Gráfico 8 (abaixo), nos
assegura afirmar, mais uma vez, a importância de se utilizar na metodologia do professor os
meios didácticos de ensino, pois 60% das respostas, afirmam ser de grande relevância a
associação do conteúdo teórico juntamente com vídeos, filmes, documentários e imagens.
Neste item, apenas 20% afirmam que tal prática vai depender do conteúdo a ser trabalhado,
ou seja, segundo esta minoria, nem todos os conteúdos precisam utilizar estes componentes
para garantir que os alunos aprendam. Pode-se dizer que nesta última, a importância maior
33
Esta questão levantada e exposta através do Gráfico 09, apresenta uma forte e positiva
consciência do professor em promover espaços em sala de aula para discussões com a
34
90%
60%
30%
0% Em todas as aulas.
Com pouca frequê ncia,
devido a disponibilidade do
laborató rio ser restrita
Sempre que possível
Sem frequê ncia
Nisto, 100% dos participantes desta pesquisa foram unânimes em responder que com pouca
frequência, devido à disponibilidade do laboratório ser restrita.
Deste modo, verifica-se que os recursos tecnológicos têm pouca disponibilidade nas
escolas, principalmente em se tratar de laboratórios de informática, o que compromete a
metodologia de aula do professor. Esta situação está atrelada à falta de recursos financeiros
e investimentos na educação, factor este, fora do objectivo deste trabalho, porém, título que
merece ser pesquisado em outras oportunidades.
35
ensino de história deve ser aquele local que se preocupa com aprendizagem realizada pelo
sujeito.
Segundo Mizukami (2013) nos tempos atuais faz-se necessário um repensar imediato na
forma de ministrar as aulas na disciplina de História, discutir e analisar a metodologia a fim
de se obter uma qualidade de ensino em todos os níveis, onde o aluno possa desenvolver
seu raciocínio e sua capacidade critica imprescindíveis na formação do “cidadão critico”, e
no desenvolvimento intelectual do aluno, de modo que consiga ampliar capacidades de
observar, descrever, identificar semelhanças e diferenças entre acontecimentos atuais e
mais distantes no tempo, além de estabelecer relações entre presente e passado. Muitas são
as formas de se trabalhar os conteúdos escolares pelos professores, porém, mesmo com
tantas tecnologias a disposição dos profissionais da educação, observa-se que o
ensinamento de tais conteúdos se limita em aulas expositivas, e ainda, em alguns casos,
sem a intenção de proporcionar para o aluno uma forma crítica de conhecer o passado
histórico.
Sobre a importância da utilização dos meios didácticos como meios de ensino Guimarães
(2013), destaca que as técnicas de ensino correspondem a procedimentos muito específicos
de determinadas áreas ou com vista a alcançar determinado objectivo. É mais específico
que as estratégias e que os métodos. As técnicas são os recursos e meios materiais para
atingir determinados objectivos. As aulas expositivas dialogadas, os debates, a construção
de mapas conceptuais, os trabalhos de grupo, o estudo de caso, o fórum, o trabalho de
pesquisa, as apresentações orais são vários exemplos de recursos usados, no entanto são
usados conforme o objectivo a alcançar.
(2006) esta postura é questionável, pois o computador é apenas um meio, que precisa dos
comandos dos professores para ser iniciado para fornecer dados.
Grandes partes do planejamento escolares podem ser efectuadas, não por agentes humanos,
mas por programas criados por agentes humanos; e muito do que era cumprido antes por
compêndios e ocasionais passeios ao campo serão agora desempenhados em cenários de
realidade virtual. Pode-se perguntar: qual é o valor de “verdade” de matérias preparadas
inteiramente por entidades não-humanas? (Oliveira Netto, 2010)
De acordo com Sant’ Anna e Sant’ Anna (2004), a utilização de recursos de ensino é
necessária e independente de qual seja a opção pedagógica, porém, deve ser utilizado com
cautela pelo professor tradicional, porque somente o uso desses recursos não é suficiente
para se considerar actualizado pedagogicamente, pois permanecera subordinado a
pedagogia da transmissão.
6.1. Conclusão
6.2. Sugestões
O trabalho acima descrito traz-nos uma maior atenção na reflexão dos procedimentos
metodológicos e bem como a boa execução dos recursos didácticos disponíveis na área
onde estiver a desempenhar as suas funções, daí que recomenda-se o seguinte:
Referências Bibliográficas
Bruce, F.; Falcão, L. e Didier, M, T. (2006). História (s) e Ensino de História. Caderno de
Estudos Sociais da Fundação Joaquim Nabuco.
Canastra, F.; Haanstra, F. e Vilanculos, M. (2015). Manual de Investigação Científica da
Universidade Católica de Moçambique. 2.ª Edição. UCM-IIAIC. Moçambique: Beira
Castro, V, G. (1986). Teoria e Prática dos Meios de Ensino. (1ª Ed.) São Paulo: Cortez.
40
Cubero, J. (1985) A Selecção e Planejamento dos Meios de Ensino. (3ª Ed.) Mc Graw-Hell.
São Paulo: Brasil.
Klingberg, L. (1978). Introdução a Didáctica Geral. (3.ª Ed.) São Paulo: Cortez.
Lakatos, E. M. e Marconi, M. A. (2009). Metodologia Científica. São Paulo: 5ª Edição,
Atlas.
Piletti, C. (1994). Didáctica Geral. (3.ª Ed.) Editora Ática. São Paulo: Brasil.
Sant’ Anna, I. M.; Sant’ Anna, V. M. (2004). Recursos Educacionais para o ensino:
quando e Por quê? Petrópolis: Vozes.
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APÊNDICES
Apêndice A: Questionário
O autor garante sigilo das informações que aqui forem dados e ainda que os resultados
deste são apenas de carácter académico.
( ) Aulas explicativas/expositivas.
( ) Nenhum.
6. Para si aluno aprende o conteúdo teórico com mais facilidade de que forma?
Anexos
Imagens da ESGEM