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Este grupo é constituído por questões de escolha múltipla. Transcreva para a folha de
prova a opção correta. Justifique a sua escolha de forma sintética (50 pontos)
C) - Para Descartes, a ideia de um ser perfeito implica a sua existência, na medida em que essa ideia teve de
ser incutida em nós por alguém perfeito. Sendo nós imperfeitos, nunca poderíamos possuir a ideia de algo
perfeito por crédito próprio.
A) - O filósofo Descartes procura um conhecimento correto e rigoroso e, para atingir tal fim, o seu critério
para considerar algo verdadeiro é se uma ideia for clara e distinta. Deste modo, todo o seu método tem como
propósito procurar essas ideias claras e distintas.
A. Afirma que o conhecimento deriva da experiência e não alcança objetos fora do campo
da experiência.
B. Reduz o conhecimento científico ao conhecimento matemático.
C. nenhuma das afirmações anteriores é verdadeira.
D. Afirma que o conhecimento deriva da experiência, mas não podemos ter qualquer
certeza acerca do comportamento futuro dos objetos.
D)- O filósofo Hume considera que o conhecimento provém da experiência. Todavia, todas as ideias que
possuímos acerca dos objetos é resultante do hábito, ou seja, do costume. O hábito/costume não invalida que
um dia algo não aconteça de forma diferente. O hábito guia o nosso dia a dia, apesar de não nos fornecer
certezas quanto aos objetos, o que, em conseguinte, faz-nos permanecer na dúvida, isto é, em sermos
céticos.
3. De acordo com a epistemologia de Hume:
A. As impressões são cópias menos vívidas de ideias.
B. As impressões são cópias mais vívidas de ideias.
C. As ideias são cópias mais vívidas de impressões.
D. As ideias são cópias menos vívidas de impressões.
D) - As impressões são as sensações externas, ou seja, é aquilo que visualizamos e sentimos, e também
internas, isto é, a tristeza, a paixão, presentes ou atuais. Por outro lado, as ideias são meras cópias das
impressões, ou seja, são representações enfraquecidas no pensamento em resultado da memória e da
imaginação, sendo, deste modo, menos intensas e vívidas que as impressões.
Para Hume, não há uma relação de causa-efeito, isto é, tudo o que vemos são dois acontecimentos que
surgem regularmente conectados, todavia isso não significa que nós possuímos qualquer impressão sensível
do que é essa conexão. Posto isto, David Hume considera que apenas nos limitamos a projetar para os
acontecimentos a nossa propria tendência para inferir um acontecimento (o efeito) em resultado do
surgimento de outro (causa) . Deste modo, a crença na regularidade causal do mundo é um produto do hábito
ou costumo.
Segundo David Hume, podemos encontrar dois tipos de perceções: as impressões e as ideias, as quais se
diferenciam pelo seu grau de força e de vivacidade. Enquanto que as impressões são as sensações externas,
ou seja, é aquilo que visualizamos e sentimos ao tocarmos, e são as sensações internas, isto é, por exemplo, a
tristeza e a paixão, presentes ou atuais. Contrariamente, as ideias são cópias das impressões, por outras
palavras, são representações enfraquecidas no pensamento em resultado da memória e da imaginação e,
deste modo, são menos intensas e vívidas que as impressões.
As relações de ideias estão ligadas ao conhecimento que adquirimos intuitivamente e ,portanto, à priori, e,
além disto, são demonstrativamente certas, dependendo unicamente do pensamento e não recorrem às
impressões. A este conhecimento pertencem a geometria, a álgebra, a aritmética e, também, tudo o que
sejam verdades analíticas, isto é, todas as verdades que não nos esclarecem sobre o que existe e acontece no
mundo sendo, deste modo, desprezadas. Por outro lado, as questões de facto são verdades justificadas pela
experiência e, por isso, resultam de um conhecimento à posteriori. A este conhecimento pertencem as
verdades sintéticas, ou seja, as verdades que nos esclarecem sobre o que existe e acontece no mundo, porém
conhecimento de factos é contingente e, por isso, nada nos garante a sua veracidade.
Na minha opinião, a perspetiva mais plausível é a perspetiva empirista de David Hume, uma vez que é mais
provável que a mente do Homem seja, inicialmente, uma “tábua rasa”, ou seja, que a mente, à partida, é
despossuída de qualquer ideia inata, do que nós, humanos, termos a capacidade de responder a todas as
respostas necessárias à vida. É óbvio que vamos absorvendo conhecimento ao longo da nossa vida quando
observamos, por exemplo, o progresso de um bebé a andar. Este começa, inicialmente, por não conseguir
andar e, por isso, devido a essa incapacidade, o bebé começa primeiramente a tentar andar por via de
gatinhar, até conseguir, por fim, com treino e com prática, a saber caminhar . Outro exemplo é o facto de as
pessoas mais velhas serem consideradas as mais sábias, na medida em que possuem bastantes anos de
experiência de vida. Todavia, existem ideias provenientes da razão que nos são intuítivas como, por
exemplo, chorar, algo que não adquirimos com a experiência, é-nos inato. Apesar de chorar ser-nos inato,
isso não significa que nos informa sobre o que existe e acontece no mundo, levando-nos a concluir de que
todo o conhecimento importante depende da experiência sensível.