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GRUPO I
(Questões de resposta fechada)
Indica a alternativa correta.
1 . A Filosofia da ciência
A. estuda a história da ciência.
B. estuda problemas filosóficos colocados pela ciência.
C. é uma ciência social e humana, como a Psicologia e a Sociologia.
D. estuda o modo como as pessoas da atualidade encaram a ciência e os seus riscos.
2 . Geralmente o senso comum não inclui
A. saberes práticos.
B. superstições.
C. crenças decorrentes da experiência de vida.
D. saberes expressos numa linguagem rigorosa.
7 . A Filosofia
A. não é uma pseudociência, pois não procura reproduzir os procedimentos da ciência.
B. não é uma ciência, embora tente usar o método científico.
C. é uma disciplina científica, pois visa conhecer o mundo.
D. é uma pseudociência, já que os problemas filosóficos não têm respostas aceites por todos os
especialistas.
8 . Uma pseudociência é uma teoria
A. científica falsa.
B. científica que é alvo de debate.
C. que não pretende ser científica e não compete com a ciência na explicação dos fenómenos.
D. que não recorre a métodos científicos, mas que tenta competir com a ciência na explicação
dos fenómenos.
9 . Segundo o critério da verificação, uma teoria é científica se
A. é verdadeira ou falsa.
B. consiste em afirmações irrefutáveis.
C. consiste em afirmações empiricamente falsificáveis.
D. consiste em afirmações cuja verdade ou falsidade é possível estabelecer empiricamente de
modo conclusivo.
18 . Popper entende que todas as proposições científicas são falsificáveis. E será que todas as
proposições falsificáveis são científicas?
22 . Considera as seguintes frases e seleciona a alínea que, segundo Popper, as avalia corretamente.
1. Nenhum planeta tem luz própria.
2. Os astros influenciam imenso o destino humano.
A. 1 e 2 são falsificáveis.
B. Nem 1 nem 2 são falsificáveis.
C. 1 é falsificável e 2 não é falsificável.
D. 1 não é falsificável e 2 é falsificável.
32 . Os cientistas admitem que uma parte do universo é constituída por matéria negra.
Esta não é visível, podendo apenas ser inferida através dos seus efeitos gravitacionais sobre a
matéria visível (estrelas, galáxias, etc.).
Este caso permite fazer uma objeção à perspetiva
A. indutivista do método científico, pois se há coisas inobserváveis estudadas pela ciência não é
possível que as investigações científicas comecem pela observação.
B. indutivista do método científico, pois mostra que a observação pura não é possível e que
qualquer observação pressupõe teorias prévias.
C. falsificacionista do método científico, pois se há coisas inobserváveis estudadas pela ciência
não é possível formular hipóteses falsificáveis acerca delas.
D. falsificacionista do método científico, pois mostra que a observação pura não é possível e
que qualquer observação pressupõe teorias prévias.
33 . Uma conjetura é uma
A. hipótese.
B. teoria confirmada.
C. teoria corroborada.
D. hipótese que não é falsificável.
34 . Segundo Popper, a criação de uma teoria é
A. uma generalização hipotética destinada a tentar resolver um problema.
B. uma generalização destinada a tentar resolver um problema.
C. uma consequência da observação.
D. fruto da criatividade intelectual.
37 . Corroboração significa:
A. confirmação conclusiva.
B. provado como verdadeiro.
C. a hipótese foi submetida a testes e ainda não foi refutada.
D. a hipótese ainda não foi submetida a testes e ainda não foi falsificada.
41 . Lê o texto:
«Aquilo em que nós acreditamos (…) não é que a teoria de Newton ou a de Einstein sejam
verdadeiras, mas sim boas aproximações à verdade, podendo ser superadas por outras melhores.»
Karl Popper, O Realismo e o Objetivo da Ciência,
D. Quixote, Lisboa, 1997, p. XX
Popper quer dizer que as teorias de Newton e de Einstein
A. são falsas.
B. são provavelmente verdadeiras.
C. estão corroboradas.
D. são provavelmente falsas.
42 . Tanto Descartes como Popper consideram que a submissão das nossas crenças ou opiniões a um
severo exame crítico é um aspeto central do método de procura da verdade. Porém, Descartes e
Popper divergem quanto aos resultados da aplicação desse método, pois
A. não concordam que a maneira mais adequada de procurar a verdade e o conhecimento seja
começar por pôr em causa as nossas crenças ou opiniões.
B. Descartes admite encontrar verdades definitivas, ao passo que Popper defende que as teorias
científicas (empíricas) são apenas aproximações à verdade, que poderão vir a ser revistas.
C. Descartes valoriza mais a observação que Popper.
D. Descartes preocupava-se com a filosofia e Popper com a ciência.
43 . Segundo Popper, a afirmação correta é:
A. se uma teoria é conjetural, não é objetiva.
B. uma teoria para ser objetiva tem de ser verdadeira.
C. as hipóteses científicas podem ter surgido através de um procedimento racional
e objetivo, mas depois são testadas de modo irracional e subjetivo.
D. as hipóteses científicas podem ter surgido de modo irracional e subjetivo, mas depois são
testadas de modo racional e objetivo.
44 . De acordo com Popper, a ciência é objetiva porque
A. as descobertas científicas são verdades confirmadas.
B. as teorias que passam com sucesso os testes de falsificabilidade são verdadeiras.
C. a avaliação das teorias é feita com base em testes imparciais.
D. os cientistas são pessoas sérias.
45 . De acordo com Popper, a ciência progride pela substituição de
A. teorias falsas por teorias verdadeiras.
B. teorias falsificadas por teorias que resistem aos testes.
C. teorias falsas por outras teorias falsas.
D. teorias infalsificáveis por teorias falsificáveis.
47 . Popper fez uma comparação entre a evolução da ciência e o processo de seleção natural. O
facto de serem comparáveis tem a seguinte implicação:
A. as teorias mais aptas e bem-sucedidas ficam conclusivamente comprovadas após superarem
testes rigorosos e exigentes.
B. uma vez que todas as teorias científicas, mesmo as mais recentes, podem conter erros, o
progresso da ciência é, em grande medida, uma ilusão.
C. a comunidade científica não tem razões para aceitar uma teoria em vez de outra, uma vez
que mesmo as teorias que não foram falsificadas podem conter erros.
D. a comunidade científica aceita trabalhar com as teorias que superaram testes rigorosos e
exigentes e põe de lado – ou, pelo menos, impõe-lhes alterações substanciais – as teorias
que «chumbaram» nesses testes.
48 . Suposições teóricas gerais, e leis e técnicas para a sua aplicação adotadas por uma comunidade
científica específica.
Segundo Kuhn, esta frase diz respeito ao conceito de
A. paradigma.
B. ciência normal.
C. ciência extraordinária.
D. revolução científica.
53 . Teoria da relatividade, proposta por Einstein e aceite pela comunidade científica atual.
Segundo Kuhn, é um exemplo de
A. paradigma.
B. ciência normal.
C. ciência extraordinária.
D. revolução científica.
54 . Kuhn considera que há períodos de consenso e períodos de divergência na comunidade científica.
O fim de um período de consenso e a consequente entrada num período de divergência devem-se
A. à acumulação de anomalias.
B. à resolução de enigmas.
C. à atitude crítica própria da ciência normal.
D. à evolução da ciência.
55 . Lê o texto:
«Considere-se (…) os homens que chamaram louco a Copérnico por este proclamar que a Terra
se movia. Eles não estavam simplesmente errados, nem completamente errados. Para eles, a
ideia de posição fixa fazia parte do significado de “Terra”. (...) De modo correspondente, a
inovação de Copérnico não se limitava a mover a Terra. Era, em vez disso, todo um novo modo
de olhar para os problemas da física e da astronomia, um modo de olhar que mudava
necessariamente o significado quer de “Terra”, quer de “movimento”».
Thomas Kuhn, A Estrutura das Revoluções Científicas,
Guerra & Paz, Lisboa, 2009, p. 205
Para Kuhn, exemplos como o do excerto transcrito apoiam a ideia de que paradigmas diferentes
são
A. extraordinários.
B. comparáveis.
C. incomensuráveis.
D. revolucionários.
56 . Segundo Kuhn, quando uma comunidade científica se dedica sobretudo à resolução de
enigmas, a ciência encontra-se num período
A. revolucionário.
B. não paradigmático.
C. de ciência extraordinária.
D. de ciência normal.
58 . Segundo Kuhn,
A. as revoluções científicas são frequentes na história da ciência.
B. anomalias frequentes podem originar um período de crise numa determinada ciência.
C. uma simples anomalia é suficiente para derrubar um paradigma.
D. a «ciência normal» desenvolve-se à margem de qualquer paradigma.
61 . Lê o texto:
«Uma das coisas que uma comunidade científica adquire através de um paradigma (enquanto este
estiver em vigor) é um critério para escolher problemas que sejam solucionáveis. Em boa medida,
estes são os únicos problemas que a comunidade considera como científicos ou merecedores de
atenção.»
Thomas Kuhn, ibid., p. 87
64 . Do ponto de vista de Kuhn, os cientistas, ao preferirem uma teoria científica a outra, utilizam
critérios como por exemplo:
A. racionalidade e objetividade.
B. simplicidade e exatidão.
C. inconsistência e exatidão.
D. objetividade e exatidão.
67 . Dizer, como Kuhn, que os paradigmas são incomensuráveis, não significa que
A. cada paradigma permite uma visão do mundo que é singular e profundamente diferente da
visão permitida pelos outros paradigmas.
B. cada paradigma «fala» uma linguagem diferente dos outros.
C. os paradigmas são incomparáveis.
D. um paradigma é melhor do que outro.
68 . Uma das objeções à teoria de Kuhn rejeita a incomensurabilidade dos paradigmas, dado que
A. há teorias científicas que permitem realizações técnicas que outras não permitem e, portanto,
é plausível que sejam melhores do que elas.
B. o novo paradigma evita as anomalias do paradigma anterior.
C. a maior parte dos cientistas acaba por escolher um dos paradigmas.
D. no período de ciência extraordinária ocorrem discussões intensas.
69 . Conjunto de teorias e regras metodológicas que serve de matriz a uma dada disciplina científica
durante um certo período de tempo e que estipula como devem ser conduzidas as investigações.
De acordo com Kuhn, trata-se de
A. um paradigma.
B. um puzzle.
C. uma revolução científica.
D. um progresso científico.
70 . Mudança radical na direção de uma disciplina científica, caracterizada pela alteração das suas
teorias fundamentais e modos de investigar.
De acordo com Kuhn, trata-se de
A. uma crise.
B. uma anomalia.
C. uma revolução científica.
D. um momento de ciência extraordinária.
GRUPO II
(Outras questões)
3 . Existe uma perspetiva filosófica que descreve o método científico do modo a seguir apresentado, mas
com as etapas ordenadas de forma diferente.
Identifica essa perspetiva e ordena corretamente as etapas.
A. Caso a conjetura não seja refutada em nenhuma das experiências, é provisoriamente aceite como a
melhor teoria disponível.
B. A hipótese é testada por meio de tentativas de falsificação, ou seja, de testes experimentais
severos concebidos para identificar possíveis erros.
C. Os cientistas propõem uma conjetura, uma tentativa de solução.
D. Os cientistas deparam-se com um problema.
4 . Existe uma perspetiva filosófica que descreve o método científico do modo a seguir apresentado, mas
com as etapas ordenadas de forma diferente.
Identifica essa perspetiva e ordena corretamente as etapas.
A. Os cientistas propõem uma hipótese explicativa.
B. Os cientistas conduzem observações cuidadosas e deparam-se com um fenómeno que não sabem
explicar.
C. Caso muitas experiências sejam favoráveis à hipótese esta é declarada verdadeira e considera-se
que está provada.
D. Os cientistas realizam experiências para averiguar se a sua suposição é verdadeira ou falsa.
5 . Será que Descartes e Karl Popper valorizavam a certeza do mesmo modo? Porquê?
6 . «A ciência começa com a observação, afirma Francis Bacon. Proponho-me substituir esta fórmula
baconiana por outra. A ciência começa com ________________.»
Karl Popper, O Mito do Contexto,
Edições 70, Lisboa, 2009, p. 161
8 . De acordo com uma objeção que se faz a Karl Popper, se este tivesse razão não seria racional da
nossa parte andar de avião. Explica porquê.
9 . Identifica, de acordo com a teoria de Thomas Kuhn, o conceito referido em cada uma das seguintes
frases.
A. Algo que não tem explicação ou justificação à luz de uma teoria aceite, sendo frequentemente
ignorado.
B. Muitos enigmas são facilmente resolvidos, pois surgem respostas no âmbito do próprio
paradigma através da pesquisa científica.
C. Abandono de um conjunto articulado de conceitos e regras metodológicas e sua substituição
por outro conjunto.
D. Realização científica de caráter exemplar que propõe uma certa visão de mundo, isto é, um
conjunto sistemático de ideias para explicar como é o mundo.
E. Resolução frequente de enigmas ou «quebra-cabeças».
F. Criação e debate de teorias alternativas.
G. Um conjunto de anomalias é considerado grave se põe em causa componentes fundamentais
do paradigma vigente e persistentemente resiste a uma solução por intermédio dos recursos
que esse paradigma põe à disposição dos cientistas, provocando um ambiente de dúvida.
10 . A teoria da relatividade de Einstein é tida em conta pelos cientistas quando planeiam a aterragem
de uma nave em Marte. A teoria geocêntrica, pelo contrário, não tem qualquer papel nesse
planeamento.
Com base neste exemplo, podemos criticar a teoria de Karl Popper ou a teoria de Thomas Kuhn?
Porquê?