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Professor
2. «A vida rígida, determinada e regulada por uma “natureza dada”, substitui-se [no
caso do ser humano] pela existência aberta, criadora e ordenadora de uma “natureza
adquirida”.»
Lucien Malson (1978), As Crianças Selvagens, Porto, Livraria Civilização – Editora, p. 7.
John Searle (2000), Mente, Cérebro e Ciência, Lisboa, Edições 70, p. 108.
4.1. Refira, com base no excerto, em que medida o compatibilismo também se pode
designar por “determinismo moderado”.
COTAÇÕES
1.
1.1. .................................................................................................. 10 pontos
1.2. .................................................................................................. 10 pontos
1.3. .................................................................................................. 10 pontos
2. …................................................................................................. 30 pontos
3.1. .................................................................................................. 25 pontos
3.2. .................................................................................................. 25 pontos
4.1. .................................................................................................. 25 pontos
4.2. .................................................................................................. 25 pontos
5. ..................................................................................................... 40 pontos
Professor
1.1. C.
1.2. B.
1.3. A.
2. A afirmação citada contrapõe uma “natureza dada” a uma “natureza adquirida”. Esta
última, que é típica do ser humano, remete para a sua dimensão social e para o facto
de sermos, em princípio, dotados de livre-arbítrio, de uma vontade livre.
Ora, a liberdade de que dispomos não é uma liberdade absoluta, no sentido de
se poder fazer tudo o que se quer. Trata-se, isso sim, de uma liberdade situada e
condicionada que se manifesta na capacidade de escolhermos entre várias alternativas
possíveis, no quadro da nossa existência singular e finita.
As condicionantes da ação humana – físico-biológicas, psicológicas e histórico-
culturais – são todo o conjunto de constrangimentos e obstáculos que impõem a essa
ação, embora lhe abram igualmente um horizonte de possibilidades. É sempre no
interior de condicionantes que a liberdade se exerce e que a existência pode ser, como
se diz na afirmação, «aberta, criadora e ordenadora».
4.1. De acordo com o excerto, há argumentos que nos forçam à conclusão de que a
vontade livre não existe, mas também os há, baseados sobretudo em factos da nossa
experiência, que nos levam a defender a existência de alguma liberdade da vontade. O
compatibilismo representa uma perspetiva que procura aceitar as duas possibilidades:
por um lado, aceita o determinismo no mundo natural; por outro, defende que existe
espaço para a liberdade e para a responsabilidade humanas. Daí que seja também
designado por “determinismo moderado” e nos coloque perante a possibilidade de um
ato ser livre e determinado ao mesmo tempo.
Teste de Avaliação n.º 2