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Teste 1
É possível conhecer? (1)
Professor/a: Classificação:
Grupo I
2. A Siri é uma assistente virtual muito utilizada para responder a perguntas. De acordo
com a definição tradicional de conhecimento,
A. Platão.
B. Edmund Gettier.
C. Timothy Williamson.
D. Alvin Goldman.
5. Um dos principais argumentos céticos para defender que nenhuma das fontes de
justificação do conhecimento é satisfatória é
A. o argumento da aleatoriedade.
B. o argumento da infalibilidade dos sentidos.
C. o argumento do ilusionista.
D. o argumento da regressão infinita da justificação.
A. sensível.
B. a posteriori.
C. claro e distinto.
D. empírico.
Grupo II
“Para sabermos que a Leonor nasceu em 2014, basta que ela tenha nascido nesse ano.”
«Como podemos alguma vez ter a certeza de que o futuro será como o passado? Que
razões temos para pensar que só porque algo sempre foi assim será assim amanhã? […]
O problema desafia o “raciocínio indutivo” de qualquer tipo. A indução é o que fazemos
quando tiramos conclusões a partir da observação de várias coisas que acontecem. Se eu
vir vários cães a ladrar durante muitos dias, posso concluir com segurança que “os cães
ladram”. Se até agora o Sol se levantou todos os dias, nós “induzimos” que deve nascer
amanhã. Se cada vez que experimento whisky tem um sabor horrível, posso dizer que con-
sidero o whisky repugnante. […]
Podemos pensar em qualquer número de razões estranhas para que as coisas possam
mudar quando repetimos uma experiência (o mundo é uma simulação, ou a alucinação de
um demónio maléfico, ou isto é um sonho). Nunca poderemos saber plenamente que o
amanhã será o mesmo. Por isso, devia continuar a experimentar whisky, porque não há
nenhuma garantia filosófica de que será sempre nojento.»
Jonny Thomson, Mini Filosofia, O Pequeno Livro das Grandes Ideias, Coimbra, Minotauro,
2021, pp. 289-290.
3.1. De acordo com o texto, «Nunca poderemos saber plenamente que o amanhã será o
mesmo.»
Relaciona a afirmação com o problema da indução levantado por David Hume.
Na tua resposta, integra, de forma pertinente, informação do texto.
Grupo III
«Suponhamos então que a mente seja, como se diz, uma folha em branco, sem quais-
quer caracteres, sem quaisquer ideias. Como é que a mente recebe as ideias? […] De
onde tira todos os materiais da razão e do conhecimento? A isto respondo com uma só
palavra: EXPERIÊNCIA.»
John Locke, Ensaio sobre o Entendimento Humano, Vol. I, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian,
2014, p. 106 (Adaptado).
Grupo I
1. B.
2. D.
3. C.
4. B.
5. D.
6. C.
7. D.
8. A.
9. B.
10. A.
Grupo II
1.
2.2. De acordo com a autora, renunciar a uma base fundacionalista significa inviabilizar a
possibilidade de justificar qualquer crença ou conhecimento, precisamente porque se não
tivermos crenças básicas que se autojustifiquem e justifiquem todas as restantes crenças
(crenças não básicas), corremos o risco de cair numa regressão infinita da justificação em
que nenhuma das nossas crenças está devidamente justificada. Se as crenças
verdadeiras não estiverem justificadas, então não há conhecimento. É o que afirmam os
céticos ao negarem que as nossas crenças estejam devidamente justificadas. É a
existência de crenças básicas que refuta o argumento da regressão infinita dos céticos.
3.
3.1. De acordo com David Hume, o raciocínio indutivo tem por base o princípio da
uniformidade da natureza, isto é, parte do pressuposto de que a natureza é uniforme e
regular (comporta-se sempre da mesma maneira), e de que o futuro se assemelhará ao
passado. Por exemplo, «se eu vir vários cães a ladrar durante muitos dias, posso concluir
com segurança que “os cães ladram”. Se até agora o Sol se levantou todos os dias, nós
“induzimos” que deve nascer amanhã. Se cada vez que experimento whisky tem um sabor
horrível, posso dizer que considero o whisky repugnante.»
«Nunca poderemos saber plenamente que o amanhã será o mesmo.», porque o princípio
da uniformidade da natureza não é uma lei objetiva, que resida na própria natureza, é
antes uma projeção sobre a natureza de uma uniformidade sentida pelo ser humano, o
que significa que, no entender de David Hume, todas as afirmações baseadas no
raciocínio indutivo são injustificadas. «Por isso, devia continuar a experimentar whisky,
porque não há nenhuma garantia filosófica de que será sempre nojento.»
Grupo III
1.
1.1. O texto defende a tese de que todo o conhecimento deriva da experiência e, como tal, a
nossa mente é como uma folha de papel em branco antes do contacto com a experiência,
o que significa que não há ideias inatas.
David Hume é um empirista e, como tal, partilha da tese enunciada no texto. Segundo o
filósofo, o ponto de partida para o conhecimento são as perceções, que são tudo o que há
na nossa mente. A perceção é o processo pelo qual adquirimos informação acerca do
mundo, usando os nossos sentidos. As perceções podem ser de dois tipos: impressões e
ideias. Estas distinguem-se pelo grau de força ou de vivacidade. Todas as nossas ideias
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derivam de impressões, mesmo as mais abstratas, o que significa que não existem ideias
inatas.
Descartes discordaria da tese enunciada no texto. O filósofo considera que existem ideias
inatas, isto é, ideias que já nascem connosco, nomeadamente o cogito e a ideia de Deus.