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Resumo
A Etiópia situa-se na África oriental, ao norte o mar vermelho, ao sul o kénia, a leste a Somália e a oeste o Sudão.
Com a adopção do cristianismo no séc. IV, n.e. como religião oficial, a Etiópia nascida do antigo estado de Axum,
envolve-se numa série de guerras com os, egípcios e outros que professavam a religião muçulmana. A influência na
região do mar vermelho contra o poder central na Etiópia exercia-se através do apoio em armas e instrutores aos
principados islâmicos. Nestas lutas, os muçulmanos apoiavam se também na sua força económica e nos fracos laços
entre poder central etíope e as províncias instigando movimentos separatistas. A história do reino Axum alongou-se
por aproximadamente a 1 milénio, a partir do século I da era crista. A agricultura e a pastorícia foram as actividades
principais do reino axumita. Os bedjas encontravam -se organizados em vários reinos ocupando uma região de
Axum, até ao alto Egipto no que concerne a organização social. A evolução das legendas nas moedas e das
inscrições reais de Axum permitem discernir duas tendências opostas na ideologia da administração axumita, a ideia
monárquica ligada a unidade cristã e a noção demagógica originarias das tradições locais. Axum teve a sua
decadência devido a invasão das regiões setentrionais da Etiópia pelos bedjas.
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Introdução
O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de História de África dos Primórdios até
ao século XV, cujo tema é: A África Oriental, o seu objecto é: A Etiópia, o Aspecto: A evolução
política, económica, social e cultural da civilização Etíope.
As fontes históricas do século II e III registaram a rápida ascensão duma nova potência
africana: Axum. A primeira referencia aos axumitas como povos etíopes datada da metade do
século II aproximadamente. Axum parece ter sido inicialmente, um principado que com o tempo
veio a tornar-se primeira província de um reino feudal. A grande maioria dos axumitas dedicava-
se a agricultura e criação de animais. Os edifícios e ocupações dos ferreiros e outros artesoes
metalúrgicos, oleiros, padeiros, canteiros, escultores, entre outros, revelam um nível muito alto
de destreza e senso artístico. Após esta abordagem surge a seguinte inquietação: qual terá sido o
principal papel da evolução politica, económica, social e cultural da civilização Etíope?
Assim sendo, o respectivo trabalho vai procurar trazer uma abordagem convicta a
compreender a evolução política, económica social e cultural na Etiópia. Vai procurar descrever
a organização política e económica da civilização Etíope e Explicar a vida social e cultural da
civilização Etíope.
O trabalho é de origem académica, dai que sendo estudantes do curso de história surge
uma curiosidade de querer perceber as principais actividades económicas que floresceram a
economias africanas, gostaria de partindo da missão que nos foi nos responsabilizada pelo
docente da cadeira.
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Este trabalho já foi abordado por vários autores, a título de exemplo TAJÚ & ASSIS
(1989), na Obra Intitulada “Da Comunidade Primitiva ao Feudalismo”, avançam que a Etiópia
situa-se na África oriental, ao norte o mar vermelho, ao sul o kénia, a leste a Somália e a oeste o
Sudão. Com a adopção do cristianismo no séc. IV, n.e como religião oficial, a Etiópia nascida do
antigo estado de Axum, envolve-se numa série de guerras com os, egípcios e outros que
professavam a religião muçulmana.
Uma outra Apreciação é feita pelo SENGULANE (2007), na obra com o título “ Das
Primeiras Economias ao Nascimento da economia Mundo”, publicada em 2007, avança que as
rotas comerciais das cidades da costa estendiam-se, desde o séc. X d.c, para o interior. Era do
interior que vinham muitas mercadorias de troca. A interacção com as comunidades africanas do
interior não só contribui para a evolução económica da região, como também para o
desenvolvimento político dos Estados onde essas comunidades estavam distribuídas para o
intercâmbio cultural, religioso e linguística.
A motivação pelo trabalho, surge na medida em que aborda um dos temas da Cadeira de
História de África dos primórdio até ao século XV, e sendo estudantes do curso de história.
Acolhemos o tema com muita satisfação pois estaríamos a nos associar a vários debates a cerca
do tema.
Queremos acreditar que este trabalho vai criar um debate no seio da comunidade
académica para a consolidação dos conhecimentos sobre o tema, e poderá ser consultado como
uma ficha para os pesquisadores da História de África e outros intervenientes da sociedade
académica e todos que directa ou indirectamente estão envolvidos neste conjunto.
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Segundo Sengulane (2007:226), no século XIII o corno de África era composto por
inúmeros estados. Os mais conhecidos eram o reino cristão ortodoxo situado nas montanhas
setentrionais da Etiópia que, em 1270, passou das mãos da dinastia Zágwe para as dos
salomónidas.
Este estado estava limitado a norte pela região de Shoa, oeste a região situada leste do
lago Tana e o curso superior do Nilo Azul; a leste as bordas do planalto da Etiópia.
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Destes grupos, o mais bem distribuído era o Afro- asiático. Este grupo falava a língua
cuxita subdividida geralmente em cuxita setentrional (bedja), abrangendo as actuais áreas da
Eritreia; Cuxita central (agaw), coincidente com as actuais áreas da Etiópiakk; e cushita oriental
correspondente a actual Somália;
1.4. Economia
Tamrat Apud Sengulane (2007:227), afirma que a despeito da importância que tinham a
agricultura e a pastorícia, parece ter sido o comércio dinamizado pelos Estados islamizados do
litoral que garantia a reprodução da economia etíope.
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Na pastorícia os etíopes criavam camelos que eram utilizados como animais de transporte
nas áreas desérticas, e ovelhas, com cuja lã fabricavam tecidos que eram exportados
principalmente para o Egipto. O principal centro de produção da lã era Makdashaw (actual
Mogadíscio).
Os etíopes dedicavam-se também à pesca que era feita por meio de pequenas
embarcações que, ao mesmo tempo, serviam como meios de transporte de mercadorias à curta
distância.
Segundo Tamrat apud Sengulane (2007:228) as populações Africanas dos reinos cristãos
do interior estavam influenciadas pela prática de trocas com a costa, começavam a envolver-se
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em troca internas mútuas. A título de exemplo os negociantes internos iam ao tigre buscar sal
para trocarem Shoa por cavalos e mulas. Certas comunidades muçulmanas estabelecidas no
interior, que vieram a envolver-se neste comércio, obtiveram vantagens não só advindas desta
actividade como também das caixas que cobravam pela travessia dos seus territórios. Idem
A população da costa oriental de África foi descrita no périplo do mar da Eritreia como
constituída por indivíduos por indivíduos de estatura alta.
Uma das características notáveis da costa oriental de África é a sua relativa facilidade de
acesso, tanto através do interior como por mar. Este facto favoreceu duas situações: por um lado,
as migrações populacionais em direcção à franja costeira que complexificaram étnica e
culturalmente a religião e, por outro lado, contactos e interacções com o mundo exterior através
do mar.
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Disto, conclui-se que um dos aspectos desta zona, durante os últimos 2000 anos não foi o
isolamento, mas sim o intercâmbio e a interpenetração, dinamizada pelo comércio. Que resultou
no desenvolvimento de uma civilização própria: a civilização Swahili, que se integrou no sistema
do comércio internacional.
Estes condicionalismos na óptica do mesmo autor contribuíram para definir diferentes potenciais
de troca.
O potencial entre as regiões das florestas (da África e da Ásia), inicialmente era reduzido,
com o tempo este foi aumentando à medida que crescia a manufactura das mercadorias de luxo
da Ásia, e à medida que essas mercadorias eram inseridas no circuito de trocas.
O comércio entre as duas costas do indico foi possível graças ao desenvolvimento de uma
tecnologia apropriada e ao domínio dos ventos e das correntes do oceano indico.
costa e da interior influenciada por elementos culturais do exterior. A acompanhar este processo:
Árabes, Persas, e indianos.
Em Kilwa Kisiwani havia coco, laranja, limões, leguminosas, cebola, ervas aromáticas,
ervilha, milho e nozes de areca. Idem
No presente capitulo far-se-á uma abordagem convicta a perceber a vida social e cultural da
civilização na Etiópia bem como a sua decadência.
2.2. Sociedade
Segundo Mekouria apud El Fasi (2010:659) afirma que ao longo dos períodos
precedentes há povos dos bedjas encontravam -se organizados em vários reinos ocupando uma
região de Axum, até ao alto Egipto, estes formavam um conjunto étnico.
2.3. Cultura
Segundo kobishanov apud Mokhtar (2010:414) a Cultura do império Axumita protofeutal
caracterizou-se por inscrições consagradas aos deuses, fazia relatos detalhados as vitórias
alcançadas pelo rei dos reis. As moedas ostentavam o epíteto étnico particular de cada monarca,
um etnónimo correspondente ao nome de um dos exércitos axumitas. A arquitectura mostra uma
tendência cada vez mais acentuada para a arte decorativa, a arquitectura e a escultura etíope
foram de uma originalidade notável, o que não exclui a assimilação das diferentes influências
culturais advindo do império romano, arábia meridional, da índia e de Méroe.
A evolução das legendas nas moedas e das inscrições reais de Axum permitem discernir
duas tendências opostas na ideologia da administração axumita, a ideia monárquica ligada a
unidade cristã e a noção demagógica originarias das tradições locais.
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A arquitectura mostra uma tendência cada vez mais acentuada para a arte decorativa bem
como a combinação de pedras mais ou menos trabalhados, ainda encontramos o paganismo dos
axumitas que lembrava muito a religião da antiga Arábia do sul. Era um politeísmo complexo
com características dos cultos relacionados a agricultura e a criação de animais.
O culto dos ancestrais, especiamente dos reis mortos, ocupava um lugar importante na
religião axumita. O sabeano foi uma das línguas oficial do reino axumita desde os seus
primórdios.
Sendo o reino de Axum uma das grandes potencias comerciais da época, as rotas usadas
uniam o mundo romano a índia e a arábia ao nordeste da África, sendo também um importante
centro de difusão cultural, ao longo dessas rotas ao mesmo tempo a sua cultura foi determinante
e influenciou muitos países da antiga civilização do nordeste da África e do sul da arábia sob seu
domínio.
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3. Conclusão
Após desenvolver o trabalho o grupo concluiu que a Etiópia situada na região oriental do
continente africano e formada do antigo estado Axumita e com vários reinos tiveram como a
base da sua economia a agricultura e a criação de animais, desenvolvida nas regiões do Nilo e do
Mar Vermelho para as tocas comerciais com o povo muçulmano, onde Adulis era o ponto de
encontro para o tráfico marítimo e Axum era o grande centro colector de marfim precedente de
várias regiões. Economicamente civilização Axumita era fornecida pela cidade de Koloé, cidade
do interior da Etiópia e principal mercado de marfim. Para além do marfim também vendiam
chifres de rinocerontes, carapaças de tartarugas e obsidiana, esses artigos eram exportados para o
vale do Nilo através da região de Cyenum e depois para Adulis.
A fundação do reino serviu de base para a edificação de um império, fim do século II até
o inicio do século IV, Axum tomou parte nas lutas diplomáticas e militares que opunham os
estados da arábia meridional, onde foram submetidas as regiões situadas entre o planalto do tigre
e o vale do Nilo conquistando o reino de Méroe.
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Bibliografia
ARAÚJO, Carlos Roberto. História do Pensamento Económico, São Paulo, editora atlas, 1991.
398 P.
Fasi. Mohammed El, África do século VII ao XI, Brasília, Unesco, 2010. 1056 p.
TAJÚ, Gulamo & ASSIS, Abel. Da Comunidade Primitiva ao Feudalismo, Lisboa, 1989, 287p.
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Índice
Resumo........................................................................................................................................................4
Introdução...................................................................................................................................................5
Capitulo I: Organização Política e Económica da Civilização Etíope..........................................................7
1.1. África oriental.......................................................................................................................................7
1.2. A Etiópia, sua Localização e Limites....................................................................................................7
1.3. Sistema Político....................................................................................................................................8
1.4. Economia..............................................................................................................................................8
1.5. Impacto do comércio na Etiópia...........................................................................................................9
1.6. A costa oriental africana.....................................................................................................................10
1.7. Economia da Costa Oriental de África...............................................................................................11
1.8. A economia Comercial da Costa Oriental Africana do séc. XII-XV...................................................11
Capitulo II: A vida Social e Cultural da Civilização Etíope.......................................................................13
2.1. Estratificação Social na Costa oriental................................................................................................13
2.2. Sociedade...........................................................................................................................................13
2.3. Cultura................................................................................................................................................13
2.4. A Decadência do Reino de Axum.......................................................................................................15
3. Conclusão..............................................................................................................................................16
Bibliografia................................................................................................................................................17