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O presente trabalho surge no âmbito da filosofia política que tem como tema: A convivência
política entre os homens, tem como objectivo geral: investigação filosófica que se ocupa da
política e das relações humanas consideradas em seu sentido colectivo, em termo do objectivo
especifico descreve a história e a vida dos autores.
A convivência política entre os homens
1. Noções básicas
1.1. Política
Conceito
O conceito política tem origem na palavra grega polis, que significa cidade, política, significa
etimologicamente, arte de administrar (governar) a cidade.
O termo política, foi usado durante séculos para designar principalmente as obras dedicadas
ao estudo das coisas que se referem ao Estado (res publicam - República). Aristóteles entendia
que política é o tratado sobre a natureza, funções e divisão do Estado e sobre as varias formas de
governo. Para ele, a política é a arte de governar, ou seja, a ciência do governo.
E comum, na nossa sociedade, ouvir pessoas afirmar que não gostam de política. Será verdade?
O que tais pessoas entendem por política? A existência em si mostra- se estritamente ligada á
pratica política. Por isso, a pior forma de fazer política é o individuo procurar convencer – se de
que não gosta de política. Já na Grécia antiga, Péricles, filosofo que monopolizou a governação
de Atenas durante 30 anos e aprofundou as raízes democráticas na sua pátria, no seu discurso de
celebração da guerra do Peloponeso, enfatizou a sua cidade deveria ser governada pela
intervenção pessoal de todos os cidadãos e anatematizou quem não partilhava dessa obrigação
cívica, portanto: um homem que não participa da política deve ser considerado não um cidadão
tranquilo, mas um cidadão inútil.
Com efeito, não fazer política significa renunciar á própria vida, o que se revela, a posteriori,
falacioso, dado que existe um instinto natural de sobrevivência e que a existência implica,
necessariamente, a convivência com outros. A convivência, por sua vez, requer o
estabelecimento de regras. A política serve para regular a convivência com os outros. Dai a
conhecida expressão aristotélica: Todo o homem é político.
O filósofo político é alguém que analisa criticamente a sociedade ( identifica aspectos positivos e
negativos) e aponta soluções filosóficas para os problemas identificados. Por esta razão, em
algumas sociedades, o filosofo não é bem-vindo pelos governantes, pois é considerado um
perturbador da sociedade, como exemplo referimos Sócrates, que foi obrigado a beber cicuta
(um tipo de veneno), no ano 399 a.C., sob a acusação de corromper a juventude.
Segundo Giovanni Sartoni (lido por Bobbio), a Filosofia não é um pensar para aplicar, um pensar
em função da possibilidade de traduzir a ideia no facto, enquanto a ciência é a teoria que reenvia
á pesquisa, é a tradução da teoria em prática, afinal um projectar para intervir.
De forma sintética, podemos dizer que a relação existente entre a filosofia e a política é análoga á
da ética e da moral, sendo que a primeira é uma reflexão sobre a segunda.
O problema que vamos aqui discutir prende-se com a possibilidade de aliar a ética á prática
política. Os homens estabelecem relações sociais que compreendem a organização do poder. A
articulação entre o dever e o poder ajuda – nos a compreender a relação entre o acto moral e a
política. E assim podemos perguntar – nos : será que a política age de acordo com as normas
morais ? Em quase todas as sociedades parece haver uma aceitação de que o político pode
comportar – se á margem a moral ; que o que não é permitido na sociedade em geral, é, pelo
menos, tolerável quando se trata e um político. Norberto Bobbio afirma que (o problemas das
relações entre moral e política faz sentido apenas se concordarmos em considerar que existe uma
moral e se aceitarmos, na geralidade, alguns preceitos que á caracterizam.
Convém, no entanto, precisar que, quando se fala de moral em política, nos referimos á moral
social, e não a moral individual, a moral que concerne ás ações de um individuo e que interferem
na esfera de actividade de outros indivíduos, e não aquela que diz respeito as acções de, por
exemplo, aperfeiçoamento da própria personalidade, independentemente das consequências que
a procura desse ideal de perfeição possa ter nos outros. A ética tradicional sempre fez distinção
entre os deveres para com os outros e os deveres para consigo mesmo. No debate sobre o
problema da moral em política, levantam-se questões exclusivamente relacionadas com os
deveres para com os outros.
A acção política deve basear-se em princípios morais, ou melhor, na ética.
2. Estado \ Nação
Dado que a política implica poder e este é exercido numa determinada sociedade ou Estado, com
toda a sua complexidade, pois compreende também os conceitos de governo, e imperiosa a
análise deste e dos conceitos de sociedade e de Estado já referidos.
Sociedade
Estado dos homens ou dos animais que vivem sob a acção de leis comuns; reunião de pessoas
unidas pela mesma origem e pelas mesmas leis.
Estado
Organismo político – administrativo que ocupa um território determinado; é dirigido por um
governo próprio e constitui – se como pessoa jurídica de direito público, internacionalmente
reconhecida. O Estado é comparável a um pai ou a uma mãe que tem filhos: a sua função é
cuidar dos filhos. Os filhos, por seu turno, devem obediência ao pai e a mãe. O Estado é o
conjunto de todos os elementos que envolvem uma sociedade organizada: população, território,
poder soberano, além do reconhecimento internacional como tal. O poder soberano é a
autonomia, o direito exclusivo que o Estado tem sobre si mesmo. Este poder é exercido pelos
representantes do Estado.
Governo
A acção de dirigir um Estado; é o conjunto de pessoas que detém cargos oficiais e exercem
autoridade em nome do Estado e que lhe foi conferida pelo povo, no caso comum da democracia.
Governante é qualquer funcionário público que assume cargos de direcção, que dirige uma
instituição pública. Os seguintes são (ou deviam ser) os servidores do povo. A palavra ministro,
por exemplo, provém do latim minister e significa: escravo.