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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Relação de Subordinação e coordenação

Valéria Graciano Luciano


Codigo: 708222092

Licenciatura em Ensino de Geografia


Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa
1º ano

Cuamba, Junho de 2022


Classificação
Categorias Indicadore Padrões
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Aspectos  Capa 0.5
organizaci
onais  Índice 0.5

 Introdução 0.5
Estrutura
 Discussão 0.5

 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5

Introdução  Contextualização 1.0


(Indicação clara do
problema)

 Descrição dos 1.0


objectivos

 Metodologia 2.0
adequada ao
objecto do trabalho

Análise e  Articulação e 2.0


discussão domínio do
Conteúdo discurso académico
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)

 Revisão 2.
bibliográfica
nacional e
internacionais
relevantes na área
de estudo

 Exploração dos 2.0


dados

Conclusão  Contributos 2.0


teóricos práticos

Aspectos Formataçã  Paginação, tipo e


gerais o tamanho de letra, 1.0
paragrafo,
espaçamento entre
linhas

Referências Normas  Rigor e coerência 4.0


Bibliográfic APA 6ª das
as edição em citações/referências
citações e bibliográficas
bibliografia

Recomendações de melhoria:
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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Índice
Introdução...................................................................................................................................4

Relação de subordinação e coordenação.....................................................................................5

Orações coordenadas..................................................................................................................6

Classificação das orações coordenadas.......................................................................................6

Propriedades formais associadas à subordinação.......................................................................9

Orações Subordinadas...............................................................................................................13

Oração Subordinada Substantiva (OSS)...................................................................................13

Orações subordinadas adjetivas................................................................................................15

Tipos de orações subordinadas adjetivas..................................................................................15

Orações subordinadas adverbiais..............................................................................................15

Orações Coordenadas e Subordinadas......................................................................................17

Conclusão..................................................................................................................................18

Bibliografia...............................................................................................................................19
Introdução
As gramáticas do português definem a coordenação como a relação sintática entre duas
orações independentes e a subordinação como a relação sintática em que uma oração (a
subordinada) completa o sentido de uma outra, chamada principal.

O presente trabalho tem objetivo de descrever a Relação de subordinação e coordenação, onde


destaco a coordenação, as Propriedades formais associadas à subordinação, a subordinação.

Para a efetivação sólida do presente trabalho foi graças a aplicação do procedimento


bibliográfico na colecta de dados que consistiu numa pesquisa literária do tema em estudo e
também ao recurso a obras virtuais disponibilizados pela internet. Em termos organizacionais,
o trabalho tem a seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento, conclusão, e referências
bibliográficas.

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Relação de subordinação e coordenação
Um dos tópicos fundamentais da sintaxe (do grego syntasis: ordem, disposição) é o estudo da
subordinação e da coordenação, conhecidos tradicionalmente como dois tipos de ligação entre
orações.

Costuma-se associar a coordenação a unidades independentes, e a subordinação a unidades


dependentes, definindo os dois processos por critério semânticos e sintáticos. A subordinação
é definida em termos de dependência sintática (oração subordinada funciona como um termo
que exerce função na principal) e semântica (subordinada não tem sentido completo sem a
principal). Já as orações coordenadas são definidas como independentes por possuírem
sentido completo em relação à principal.

Nas gramáticas de natureza normativa, há autores que defendem ora o critério sintático, ora o
critério semântico, ou os dois ao mesmo tempo.

Bechara (1988), adopta os dois critérios, definindo oração independente como aquela que
possui sentido completo (critério semântico) e que não exerce função sintática em relação à
outra.

Kury (1987), refere-se ao critério semântico, definindo as orações coordenadas como as quem
tem sentido por si mesmas, e a orações subordinadas como dependentes de uma principal.

Rocha Lima (1998) se utiliza de um critério sintático. Define a coordenação como uma
sucessão de orações independentes do ponto de vista gramatical. E caracteriza a subordinação
como sendo uma oração principal que traz como dependente uma ou mais orações presas à
principal.

Ignácio (2003), igualmente se baseia no critério sintático. “Uma oração se diz coordenada em
relação a outra, quando guarda, em relação uma independência sintática, ou seja, não exerce
função sintática em relação a essa outra” (p. 74). Já a “oração subordinada nada mais é que a
expansão, em forma de oração, de um dos termos constituintes (sujeito, objeto, etc.)”. (p. 77).

Subordinação e coordenação nos níveis Linguísticos

Em geral lembram-se dos processos de subordinação e de coordenação apenas quando se trata


do estudo do período (frase composta de uma ou mais orações). Mas esses dois processos são
fenômenos que não ocorrem apenas entre orações. Essas relações sintáticas aparecem também
entre os termos da oração.

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(1) Cortou (regente) a bola (regido)

Entre os termos “cortou” e “bola” há uma subordinação, quando “bola” completa o verbo
“cortou”.

Tem-se, pois, uma relação de dependência entre os termos, sendo “cortou” subordinante, e
“bola” subordinado.

(2) Cortou (regente) a bola e a grama (regidos)

Em (2), os termos “bola” e “grama” estão numa relação de coordenação entre si; ambos
possuem a mesma função sintática (objeto direto), independentes do ponto de vista sintático.

Além do nível sintático, os processos de subordinação e de coordenação estão presentes nos


outros níveis da estrutura da língua.

(b) /(r)olo: bolo ou rolo (nível fonológico)

cort(e)/cort(ou): nível morfológico

Corte (de cana)/(da saia): nível sintático

Orações coordenadas
“As luzes apagam-se, abrem-se as cortinas e começa o espetáculo.”

As orações não mantêm entre si dependência gramatical, são independentes. Existe entre elas,
evidentemente, uma relação de sentido, mas do ponto de vista sintático, uma não depende da
outra. A essas orações independentes, dá-se o nome de orações coordenadas, que podem ser
assindéticas ou sindéticas.

As orações coordenadas introduzidas por uma conjunção são chamadas sindéticas. No


exemplo acima, a oração "e começa o espetáculo" é coordenada sindética, pois é introduzida
pela conjunção coordenativa "e".

De ressaltar que a classificação de uma oração coordenada leva em conta fundamentalmente o


aspecto lógico-semântico da relação que se estabelece entre as orações.

Classificação das orações coordenadas


a) Copulativas ou Aditivas

Expressam ideia de adição, acrescentamento ou juntar ideias. Normalmente indicam fatos,


acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência. As conjunções coordenativas

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aditivas típicas são "e" e "nem" (= e + não). Usam as Locuções conjuncionais: não só…mas
também, não só… como também, tanto… como. Introduzem as orações coordenadas
sindéticas aditivas.

Por Exemplo:

Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções.

A joaninha voa e o papagaio canta.

Por Exemplo:

Não discutimos várias propostas, nem (= e não) analisamos quaisquer soluções.

b) Adversativas

Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada anterior,
estabelecendo contraste ou compensação. "Mas" é a conjunção adversativa típica. Além dela,
empregam-se: porém, contudo, todavia, entretanto e as locuções no entanto, não obstante,
nada obstante. Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas.

Exemplos:

"O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade."

(Ferreira Gullar) O país é extremamente rico; O povo, porém, vive em profunda miséria.

Tens razão, contudo controle-se.

Renata gostava de cantar, todavia não agradava.

O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória.

c) Disjuntivas

Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a conjunção "ou”,


"ora", "nem". Além dela, empregam-se também os pares: ora... ora, já... já, quer... quer, seja...
seja, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas alternativas.

Exemplos:

Diga agora ou cale-se para sempre.

Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza.

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Estarei lá, quer você permita, quer você não permita.

d) Conclusivas

Exprimem conclusão ou consequência referentes à oração anterior. As conjunções típicas são:


logo, portanto e pois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por isso, por
conseguinte, de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas
conclusivas.

Exemplos:

Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar. A situação econômica é delicada; devemos,
pois, agir cuidadosamente. O time venceu, por isso está classificado. Aquela substância é
toxica, logo deve ser manuseada cautelosamente.

e) Explicativas

Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaração


anterior. As conjunções que merecem destaque são: que, porque e pois (obrigatoriamente
anteposto ao verbo). Introduzem as orações coordenadas sindéticas explicativas.

Exemplos:

Vou embora, que cansei de esperá-lo.

Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro.

Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversário.

Para não confundir as orações coordenadas explicativas com as subordinadas adverbiais


causais, podemos notar a diferença entre elas:

 Orações Coordenadas Explicativas: caracterizam-se por fornecer um motivo,


explicando a oração anterior.

Por Exemplo:

A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro da criança não poderia ser a
causa de sua doença.)

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 Orações Subordinadas Adverbiais Causais: exprimem a causa do fato.

Por Exemplo:

Henrique está triste porque perdeu seu emprego. (A perda do emprego é a causa da tristeza de
Henrique).

Propriedades formais associadas à subordinação


Segundo Haiman & Thompson, existem algumas propriedades formais associadas à chamada
combinação oração principal – oração subordinada, dentre as quais os autores destacam as
seguintes:

 Identidade de sujeito e/ou tempo ou modo

Podemos visualizai esse tipo de identidade em frases como:

Deixando de trabalhar para a Máfia, Everaldo encontrou a paz.

De fato, a oração inicial (subordinada) tem o mesmo sujeito que a oração principal que a
segue. A identidade de sujeito, tempo e modo permite deixá-los não especificados na oração
subordinada.

Em português, esse fenômeno é uma característica das orações modais. Nessas orações, o
sujeito é sempre o mesmo da oração principal e nunca aparece lexicalmente, como podemos
ver em:

Sálete estuda, ouvindo música.

 Redução de uma das orações

A redução ocorre por "redundância discursiva", de duas maneiras diferentes:

a) por elipse: Sálete trabalha mais que Diana.

b) por "opposition loss" (perda de tempo finito): Eu recomendo submeter a nova proposta
imediatamente.

 Incorporação marcada gramaticalmente de uma das orações

Nesse caso, uma das orações pode ser vista como parte de outra, por critérios gramaticais. A
oração incorporada perde sua integridade como ato independente de fala. Exemplos:

Eu disse que Juliana foi aprovada.

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Os passageiros que embarcam para Recife deverão apresentar-se no portão 4.

Segundo os autores, é possível falar de graus de incorporação gramatical, levando-se em conta


o caráter nuclear ou periférico da posição em que se incorpora a oração. Poderíamos, por
exemplo, a partir da distinção feita por Dik (1989) entre argumentos e satélites,2 considerar a
incorporação de argumentos como incorporação de l e grau e de satélites, como incorporação
de 2° grau. Exemplos:

Incorporação de 1º grau: Eu vi que ele saiu.

Incorporação de 2º grau: Eu comprei meu primeiro carro, quando fiz dezoito anos.

De acordo com esse critério, as orações substantivas seriam resultado de uma incorporação de
l 8 grau, porque envolvem argumentos; e as adverbiais, resultado de uma incorporação de 2 S
grau, porque envolvem satélites.

Podemos acrescentar ainda uma incorporação mais periférica ainda e chamá-la de


incorporação de 3e grau, para descrever o encaixe de orações adjetivas como:

O carro que eu comprei tem dois anos de garantia.

Deixei o carro estacionado dentro de um box que meu pai alugou na semana passada.

No primeiro exemplo, a oração está incorporada a um argumento (objeto afectado). No


segundo caso, a um satélite (lugar). Esse tipo de incorporação configura, além de uma
mudança quantitativa de grau, uma mudança qualitativa. Proponho para ela o nome de
incorporação inordenada (= não-ordenada em relação ao verbo), termo utilizado por Alonso &
Urena (1969, p.84) que também aparece no Dicionário de términos filológicos de Carreter
(1968).

 Ligação entonacional

Esse critério está ligado à ausência de pausa entonacional entre duas orações. Se não há pausa
entre duas orações, então elas estão ligadas entonacionalmente, como em:

Eu quero que Rubens vença a corrida.

Já nos períodos abaixo, não há ligação entonacional entre as orações que o compõem:

O ministro pediu demissão, depois que foi repreendido pelo presidente.

A Rússia, que era um país comunista, hoje tem eleições livres.


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 Uma oração está dentro do escopo da outra

Se uma oração B está dentro do escopo de uma oração A, interrogando ou negando A, eu


também interrogo ou nego B. Exemplos:

Você sabe se Valdemar saiu?

Ao mesmo tempo em que eu pergunto se você sabe, eu pergunto se

Valdemar saiu.

Eu não quero que ela venha.

Nesse exemplo, o não tem como escopo a outra oração. O que eu quero dizer é que eu quero
que ela não venha.

O mesmo acontece na frase:

Ele não saiu correndo

Nessa frase, o não tem também como escopo a outra oração. Eu não estou negando que ele
tenha saído, mas sim que ele tenha feito isso correndo. É como se eu dissesse:

Ele saiu sem correr.

Já, no período coordenado abaixo, a segunda oração não está no escopo da anterior:

Eu não comprei o toca-fitas e ela comprou o vestido novo.

A negação da compra do toca-fitas não implica a negação da compra do vestido novo.

 Ausência de iconicidade temporal entre duas orações

Iconicidade é a correspondência entre a ordem de termos dentro de uma oração, ou de orações


dentro de um período, e a ordem dos eventos no mundo real ou em mundos possíveis. Em
orações como:

João deu uma xícara de chá a Vanessa.

João viajou de Lisboa a Paris.

Existe iconicidade, uma vez que, na primeira delas, em um "tempo 1", temos a xícara de chá
nas mãos de João e, em um "tempo 2", ela está nas mãos de Vanessa. A ordem dos termos
reflete essa sequência temporal.

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Igualmente, na segunda oração, em um "tempo 1", João está em Lisboa e, em um "tempo 2",
ele está em Paris. A ordem também reflete essa sequência temporal. Se invertermos a ordem
dos termos, cancelaremos a iconicidade e o resultado serão orações menos aceitáveis ou até
mesmo agramaticais, como:

(?) João a Vanessa deu uma xícara de chá.3

*João foi a Paris de Lisboa.

Entre orações, a iconicidade pode ser observada em um exemplo como:

Tadao comprou um revólver e atirou no cachorro do vizinho.

No "tempo 1", Tadao comprou o revólver e, no "tempo 2", atirou no cachorro. Se invertermos
a sequência de orações, será cancelada essa iconicidade e o resultado será uma sequência
agramatical como:

"Tadao atirou no cachorro do vizinho e comprou um revólver.

Voltando ao critério de ausência de iconicidade como uma característica da subordinação,


podemos percebê-la em períodos como:

Vera foi ao supermercado, para comprar leite.

Joaquim perdeu o emprego, porque apedrejou a casa do chefe.

Nesses dois períodos, podemos inverter a sequência das orações, sem que o resultado seja
agramatical ou inaceitável:

Para comprar leite, Vera foi ao supermercado.

Porque apedrejou a casa do chefe, Joaquim perdeu o emprego.

Logo, em ambos os casos, não há iconicidade temporal.

 Identidade das duas orações, do ponto de vista da perspectiva do ato da fala

Este é o último critério proposto por Haiman & Thompsom.

Trata-se da diferença entre o discurso direto e indireto. Vejamos os exemplos abaixo:

O Zinho disse. - Eu pesquei um pintado enorme.

O Zinho disse que pescou um pintado enorme.

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No primeiro exemplo, temos dois atos de fala, o do narrador e o de Zinho. No segundo,
apenas o do narrador. Logo, neste último caso, temos a identidade do ponto de vista do ato de
fala e, portanto, subordinação.

Orações Subordinadas
A oração subordinada (termo sintático) é aparte de um enunciado que não tem sentido
próprio, mas precisa de uma oração que a subordine, que seja a principal.

Ex:

Eu disse/ que o livro estava aqui.

suj. VTD função de objeto direto

Três são os tipos de orações subordinadas: substantivas, adjetivas e adverbiais.

Oração Subordinada Substantiva (OSS)


As orações subordinadas substantivas podem ser:

Subjetiva: funciona como sujeito do verbo da oração principal. O verbo da oração principal
se apresenta sempre na terceira pessoa do singular e nessa não há sujeito, o sujeito é a oração
subordinada.

Ex:
É necessário/que se estabeleça regras nesta empresa
Função de sujeito
É preciso/que o grupo melhore.
Verbo de Ligação+predicat.+O.S.S. Subjetiva
Foi confirmado/que o exame deu positivo
Voz passiva O.S.S. Subjetiva
Objetiva direta: exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal. Está sempre
ligada a um verbo da oração principal, sem auxílio de preposição, indicando o alvo sobre o
qual recai a ação desse verbo.

Ex:
Quero saber/como você chegou aqui.
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Função de objeto direto
Nós queremos/que você fique
Suj.+VTD+O.S.S.Obj. Directa
Os alunos pediram/que aprova fosse adiada
Sujeito+VTD+O.S.S. Objetiva Direta
Objetiva indireta: funciona como objeto indireto do verbo da oração principal. Está sempre
ligada a um verbo da oração principal, com auxílio de preposição, indicando o alvo do
processo verbal.
Ex:
Mariana lembrou-se/de que Manoel chegaria mais tarde.
Função de objecto indirecto
As crianças gostam/de que esteja tudo tranquilo
Sujeito+VTI+O.S.S. Objetiva Indireta
A mulher precisa/de que alguém a ajude
Sujeito+VTI+O.S.S.Obj. Indireta
Completiva nominal: funciona como complemento nominal de um nome da oração principal.
Está sempre ligada a um nome da oração principal através de preposição.
Ex:
Tenho certeza/de que não há esperanças.
Função de complemento nominal
Tenho vontade/de que aconteça algo inesperado
Suj.+VTD+Obj.Dir.+O.S.S. Completiva Nominal
Toda criança tem necessidade/de que alguém a ame
Sujeito+VTD+Obj.Dir.+O.S.S.Comp.Nom.
Predicativa:
P..simples-Ele parece muito feliz.
VL PS
P. Composto–Ele parece que está muito feliz.
VL OSSP
Note-se que a oração sub. Subst. Predicativa está sempre ao lado de um verbo de ligação.
Apositiva= aposto
P. Simples–Só exijo isto: a sua colaboração.
Adv. VTD OD Aposto
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P. Composto–Só exijo isto: que você colabore comigo.
Adv. VTD OD OSSA
A oração sub. Subst. Apositiva aparece normalmente com dois pontos, mas pode ainda existir
travessão ou vírgulas.

Orações subordinadas adjetivas


Orações subordinadas adjetivas são orações que exercem a função de adjunto adnominal de
um termo da oração principal, tendo a mesma função que um adjetivo na estrutura frásica.
Começam, maioritariamente, com o pronome relativo que.

Tipos de orações subordinadas adjetivas


As orações subordinadas adjetivas são classificadas conforme a sua capacidade de ampliar ou
reduzir o sentido do nome a que se refere.

 Oração subordinada adjetiva explicativa

Acrescenta uma informação acessória, ampliando ou esclarecendo um detalhe de um conceito


que já se encontra definido. Aparece sempre separada por vírgulas e pode ser retirada da frase
sem que haja alteração do sentido da mesma.

Exemplos:

O leão, que é um animal selvagem, atacou o domador.

A professora Ana Luísa, que é a professora mais nova da escola, não veio trabalhar hoje.

 Oração subordinada adjetiva restritiva

Especifica o sentido do nome a que se refere, restringindo seu significado a um ser único,
definido por ele. Não existe marca de pausa, como vírgulas, entre este tipo de oração e a
oração principal. São indispensáveis para a compreensão da frase.

Exemplos:

Ele é um dos poucos diretores que é apreciado por todos os funcionários.

Toda comida que é fresca é mais saborosa.

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Orações subordinadas adverbiais
Funcionam como advérbio da oração principal. As subordinadas adverbiais indicam a
circunstância do evento que ocorre na oração principal, o que pode ser identificado pelo
sentido das conjunções que as introduzem. As adverbiais podem ser classificadas em:

 Causais: (Principais conjunções: porque, como, pois que, uma vez que, já que, dado que)
-Explicam a causa, o motivo do acontecimento ocorrido na oração principal.

Exemplo:

«Voltou tarde porque estava na festa. »

 Comparativas: (Principais conjunções: como, tanto .... Como, tanto...quanto, mais (do)
que, (menos (do) que, assim como) -Há uma comparação entre a subordinada e a
principal.

Exemplos:

Paulo é tão estudioso quanto Luana.

Aqueles alunos são espertos como águias.

 Consecutivas: (Principais conjunções: que... (Dependendo de tão, tanto, tal, tamanho). A


subordinada exprime a consequência do que aconteceu na principal.

Exemplos:

A criança tanto pulou que caiu e mordeu a língua.

 Concessivas: (Principais conjunções: embora, conquanto, ainda que, posto que, (se) bem
que, apesar de que, apesar de) -Quando a subordinada exprime um impedimento, mas
mesmo assim, a declaração da principal não se afetará.

Ex.: Mesmo que chova, eu irei à festa.

 Condicionais: (Principais conjunções: caso, se por ventura, salvo se, sem que, uma vez
que, a não ser que, desde que, conquanto que, com a condição que) -A subordinada
exprime uma condição para que seja efetuado ou não o evento declarado na principal.

Ex.: Se tivesse feito o trabalho, teria conseguido aprovação no curso.

 Conformativas: (Principais conjunções: conforme, como, segundo, consoante) -O fato


expresso na subordinada está de conformidade com a declaração da principal:
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Ex.: Luana conseguiu redigir o texto conforme a professora pediu.

 Finais: (Principais conjunções: para que, a fim de que, para, que (=para que), a fim) -A
subordinada indica a finalidade do que foi expresso na principal.

Ex.: Fizeram a excursão para conhecer os costumes daquela gente.

 Locativas: (Principais localizadores: onde, quem). Localizam as ocorrências expressas,


tais como: onde, quem?

Ex.: Onde não há pão todos brigam e ninguém tem razão.

 Proporcionais: (principais conjunções: quanto mais... (tanto)mais, quanto mais…


(tanto)menos..., à medida que, à proporção que, enquanto). Quando a subordinada se
manifesta em proporção à principal.

Ex.: Quanto mais rezo, mais fantasmas me aparecem.

 Modais: A subordinada indica o modo em que ocorrem as expressões da principal.


Geralmente reduzidas de gerúndio.

Ex.: Relatou os acontecimentos, contando todos os detalhes.

 Temporais: (Principais conjunções: enquanto, quando, agora que, logo que, sempre que,
assim que, antes que, de, depois que, desde que, cada vez que). A subordinada marca o
tempo ocorrido na principal.

Ex.: Saiu antes que a esposa chegasse.

Orações Coordenadas e Subordinadas


Sindéticas - quando as orações estão ligadas por conjunção ou locução conjuncional.

Ex: Vais ao cinema ou vais ficar em casa

Assindéticas - quando não há conjunção ou locução conjuncional a ligar as orações.

Ex: Levantou-se, tomou banho, penteou-se, saiu.

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Conclusão
Chegando a este ponto, pode-se constatar que em português, as orações coordenadas
costumam ser divididas, em assindéticas (sem conjunção) e sindéticas (com conjunção). A
maioria das gramáticas classifica apenas as sindéticas, tomando como base a natureza da
conjunção. Algumas classificam também as assindéticas, a partir de uma interpretação
semântica que compara o sentido delas com os das subordinadas. É comum, também, nessas
gramáticas, a atribuição de outros valores a conjunções coordenativas e, em consequência
disso, atribuir às orações encabeçadas por elas uma classificação diversa do sentido original
da conjunção.

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Bibliografia
LIMA, Marcos. Orações coordenadas e subordinadas. Língua portuguesa, 9ºano.

SILVA, Fernando Moreno Da. Os processos de subordinação e de coordenação. LEITURA


MACEIÓ, N.47, P. 215-229, JAN./JUN. 2011.

ABREU, Antônio Suarez. Coordenação e subordinação - uma proposta de descrição


gramatical. Alfa, São Paulo, 1997.

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