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Código: 708190143
2. Análise e discussão...............................................................................................................2
3. Conclusão.............................................................................................................................7
4. Bibliográfia...........................................................................................................................8
1. Introdução
Nas décadas mais recentes, a actividade do transporte marítimo tem evidenciado uma
especial importância estratégica no desenvolvimento económico a nível mundial, ao
fornecimento de matéria-prima para a sua industrialização no meio do transporte e quando os
fenómenos da deslocalização e da globalização da economia exigiram uma intensificação dos
movimentos de matérias-primas e de produtos, num processo logístico integrado nos sistemas
produtivos das empresas.
O presente trabalho é da cadeira de Geografia de Moçambique II e tem como tema: a relação
dicotómica dos transportes, industrial e turismo em Moçambique.
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2. Análise e discussão
2.1. A relação de dicotomias dos transportes e indústria
De acordo com Thomazi (2006 p:23), ˝Os dados da produção apontam que o tímido
desempenho industrial brasileiro foi parcialmente compensado pelo desempenho de algumas
actividades do sector serviços, principalmente aquelas que não apresentam uma relação tão
forte com as actividades industriais dos serviços de informação, actividades imobiliárias e
aluguéis e administração pública são exemplos. Actividades como comércio e transportes,
cuja relação com a produção industrial é mais estreita, acabaram sendo mais duramente
afectadas̏.
No entanto podemos dizer que a produção industrial cresce, há um impacto directo sobre o
transporte de cargas, que afecta especialmente os estados mais industrializados, com foco no
abastecimento do mercado interno e externo.
Para Stephen (2001), a produção industrial e o transporte terrestre de carga pode ser, além de
contemporânea, antecedente para algumas actividades do modelo de VAR mostrou que
variações nos serviços de transportes são antecedidas, no RS, por variações no desempenho
das indústrias de móveis e de máquinas e equipamentos. Conjuntamente, os resultados
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evidenciam a complexidade da interdependência entre o setor industrial e o setor de
transportes, aumentada pelo fluxo cada vez maior de bens intermediários e de bens finais no
espaço territorial. Do ponto de vista macroeconómico, choques na indústria, como
desonerações fiscais em alguns segmentos específicos, apresentam diferentes canais de
propagação e diferentes impactos sobre o sector serviços e devem ser estudados de acordo
com as suas especificidades (p:7).
Portanto, há uma interacção, nos dois sentidos, entre a economia espacial e a economia dos
transportes e comunicações Pontes. É por essa razão que, por exemplo, a evolução do tráfego
rodoviário, directamente ligado ao aumento do índice de motorização na sociedade, não
ocorreu simultaneamente nos diferentes países e continentes. Cada modo de produção, como
consequência das suas necessidades, tem sua expressão espacial em modelos de transportes e
territoriais específicos, embora seja um processo histórico visto que cada modelo territorial se
configura sobre a base da anterior OCDE (1977, p:8).
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A importância dos transportes no processo de desenvolvimento, mecanicamente a função do
transporte é o de anular o espaço pela redução do tempo necessário para o transpor, e
economicamente é o de aproximar o homem ao local de trabalho/residência e os centros de
produção aos lugares de consumo no processo de comunicação Viegas (2004 p: 8).
O transporte constitui, o ponto/meio de encontro entre o homem e o mundo. Com o
aparecimento e posterior desenvolvimento dos transportes os conceitos de tempo e de espaço,
e até certo ponto, do emprego da força de trabalho humana foram/são radicalmente alterados
Carmo (1965 p:9).
Para Pontes (2001, p:35), historicamente, tal como qualquer outro sector de actividade, o
processo evolutivo dos transportes é progressivo.
̏Aliás o transporte surgiu e a partir das relações de produção e intercâmbio que se
estabelecem na sociedades Castro (1980 p:75).
Os transportes, não são, de facto, mais do que uma resposta da evolução dos desejos e
comportamentos, em particular, de mobilidade dos homens. Os homens não poderiam se
movimentar nem comercializar se os mesmos não tivessem descoberto formas de viajar,
descobrindo rotas/vias naturais ou criando vias artificiais Werner (1994 p:8).
Segundo Pontes (2001 p:15). O sistema de transporte tem assim uma grande importância na
estruturação e evolução do sistema produtivo. Ele joga um papel motor fundamental dentro
do crescimento económico assim como no desenvolvimento das relações internacionais
Sander e Grall (1998 p:93). Apenas ele pode dar rápidas respostas à solicitação de
passageiros e bens, indispensáveis ao progresso de qualquer região, constituindo assim, um
dos principais pilares na implementação das estratégias de desenvolvimento.
Isto é, o sistema de transporte constitui a espinha dorsal sobre a qual se articula toda a
sociedade OCDE (1977 p:5), pelo que a 50 organização e a vitalidade da economia de uma
região determinam o comportamento e distribuição do sistema de transportes.
De acordo com estes autores citados a cima podemos dizer que o desenvolvimento das
sociedades deveu-se com o aumento de factores demográficos, socioeconómicos, entre
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outros, na procura de transporte, e a exigência de respostas rápidas, que conduziram a sua
constante modernização.
No entanto podemos enfatizar dizendo que existe uma relação grande entre o transporte e o
turismo porque uma depende da outra no acto da deslocação para uma determinada região ou
local onde vai ser efectuada o prosesso.
2.3. A relação do transporte no fenómeno turismo
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O transporte fornece a ligação fundamental entre as áreas de destino e as de origens e facilita
a circulação de pessoas em férias, viajantes de negócios, visitas à amigos e parentes e aqueles
que o usufruem para turismo educacional e de saúde, o transporte também é um elemento
chave da experiência turística, parte integrante da indústria do turismo Page (2002, p:53).
Também se desenvolveram novas modalidades de transportes, como é o caso dos voos
charter (voos fretados) para entender as necessidades do mercado turístico. O turismo,
também conhecido como “exportador invisível”, tem crescido muito em todo mundo e
contribuindo para a geração de empregos receitas e impostos, além de ser uma actividade
económica que não requer altos investimentos para ser explorada.
Para Lohmann (2001 p:34), com a interacção económica entre os aeroportos e suas áreas de
influências, tem se uma verdadeira simbiose. Enquanto os aeroportos se beneficiam de uma
maior movimentação de bens e pessoas em suas dependências. O que em última instância,
significa transformar o aeroporto de terminal de transportes para se tornar um pólo de
desenvolvimento, sua infra-estrutura ganha a oportunidade de acesso a mercados e a turistas
inatingíveis se a acessibilidade proporcionada pelo transporte aéreo.
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3. Conclusão
Duma fase conclusiva podemos dizer que, relações dos transportes têm para o turismo, cujo
desde a criação da roda, com viabilização e agilidade nos transportes de cargas, desejo inicial
do homem, e primeira função dos transportes, a qual evolui para transladar pessoas, bens, e
outros. E neste sentido tem como ênfase, também no sistema de transporte que mais cresce,
em virtude do tempo menor da duração da viagem e comodidade, o transporte aéreo,
evidenciando que as conquistas na quantidade e qualidade dos transportes estimulam o
turismo aquecendo a demanda e contribuindo também para o desenvolvimento social e
económico de todas as cidades, estados e países.
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4. Bibliografia
Monterey, Guido (2004). A origem, evolução e transportes. 5ª Edição, São Paulo. Porto
editora.
Ruschmann, Doris (2001). Turismo e planejamento sustentável: a protecção do meio
ambiente. 7. 5ª Ed. Campinas: Papirus.
A lockwood; S. Medlik (2003). Turismo e Hospitalidade no Século XXI. 1ª Edição. Barueri,
SP: Manoele.
Beni, Mario Calos (1998). Análise Estrutural do Turismo. 2. Ed. São Paulo: Senac.
La Torre, Francisco (2002). Sistemas de Transportes Turístico. São Paulo: Roca. Tradução:
Cláudia Bruno Galvãn.
Page, Stephen (2001). Transporte e turismo. trad. Roberto Cataldo Costa – Porto Alegre:
Bookman.
Palhares, Guilherme Lohmann (2001). Transporte Aéreo e Turismo. 3ª Edição São Paulo:
Aleph.
Paolillo, André Milton (2002). Os transportes, 2ª Edição. São Paulo. Coleção ABC do
Turismo.
Sancho, Amparo (2001). A introdução ao turismo. trad: Dolores Martin Rodriguez Corner.
São Paulo: Roca.
Thomazi, Silvia Maria (2006). Introdução ao estudo de arranjo produtivo local. São Paulo:
Aleph.