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Os modais de transporte nas cidades de Ilhéus e Itabuna:

Estruturas, desafios e oportunidades

Ione Souza Santos


ione.eps@gmail.com
Juliano Zaffalon Gerber
juliano_zg@hotmail.com

Resumo: A evolução da Logística Empresarial no Brasil ocorre de forma constante e


significativa, assumindo um papel chave no planejamento estratégico tanto das políticas
públicas, quanto das organizações e consequentemente no progresso do país. No entanto, a
complexidade do tema Logística, formada por fatores como as diversas modalidades de
transporte, a sua relação com os demais setores das organizações, da infraestrutura
requerida, da multidisciplinaridade exigida dos gestores, da quantidade de variáveis
envolvidas num processo decisório, entre outros, tornam desafiador o processo decisório,
seja para os gestores públicos quanto privados, ou mesmo para investidores e pesquisadores.
Neste contexto, este artigo visa realizar um levantamento das atuais infraestruturas logísticas
de transporte da região que compreende as cidades de Itabuna e Ilhéus, das potencialidades
e oportunidades socioeconômicas, e dos desafios dos multimodais desta região. As
informações deste trabalho visam auxiliar gestores empresariais e públicos, além de
investidores e pesquisadores, a traçarem seus planejamentos de investimentos e ações
futuros.
Palavras-chave: Logística de transporte; Sul da Bahia; Multimodalidade; Infraestrutura.

1. Introdução
De acordo com os dados do Programa de Logística e Transporte da Bahia
(PELTBAHIA, 2004), o estado vem apresentando um desenvolvimento econômico
reconhecido no cenário nacional, resultado de uma política fiscal austera que lhe tem
assegurado credibilidade no meio empresarial nacional e internacional. Dessa forma, obteve-
se a interiorização, bem como a diversificação dos parques industriais, fortaleceram-se pólos
agrícolas e agroindustriais, expandiram-se pólos de informática, consolidou-se a indústria do
turismo, desenvolvimentos que estão em plena fase de maturação que se refletem também nas
cidades de Ilhéus e Itabuna, significativos representantes do nascimento deste novo ciclo
econômico na região sul da Bahia.
Neste novo quadro, Ilhéus e Itabuna demonstram potencialidades econômica e de
infraestrutura para a criação de mais empregos e renda nos setores da agropecuária, têxtil,
alimentícia, celulose, movelaria, etanol, eletroeletrônicos, mineração, turismo e petróleo, e
sobretudo na expansão e desenvolvimento da estrutura que auxilia no abastecimento e
distribuição destas riquezas, como é o caso da logística de transportes, notadamente
reconhecido pela proximidade de rodovias e do mar, existência e projetos de aeroportos,
portos, dutovias e ferrovias (ALBAN, 2002; PELTBAHIA, 2004). Em especial, o comércio e

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a presença de indústrias do ramo de calçados, têxtil, alimentícia em Itabuna, o cacau, o pólo
de informática, os setores de confecções, calçados, chocolates e o turismo em Ilhéus, dão uma
amostra da potencialidade e necessidade de existência de uma adequada infraestrutura de
transportes, que atenda as atuais necessidades e as novas exigências que se fazem necessárias
em uma economia em expansão, de forma que atenda ao abastecimento de matérias-primas e
insumos e dê o adequado suporte ao abastecimento de insumos e escoamento da produção.
Gómez (2009) corrobora essa afirmativa ao dizer que o transporte é uma das principais
funções logísticas, pois além de representar a maior parcela dos custos logísticos na maioria
das organizações, tem papel fundamental no desempenho de diversas dimensões do Serviço
ao Cliente. Do ponto de vista de custos, representa, em média, cerca de 60% das despesas
logísticas, o que em alguns casos pode significar duas ou três vezes o lucro de uma
companhia, como é o caso, por exemplo, do setor de distribuição de combustíveis.
Neste sentido, a análise das atuais infraestruturas, das potencialidades, desafios e
oportunidades dos atuais modais e da multimodalidade na região tomam dimensões de caráter
estratégico, visto que, por intermédio das ferrovias, rodovias, aerovias, hidrovias e dutovias,
bem como da multimodalidade, tomam-se significativas decisões de investimentos,
investimentos de longo prazo, tanto público quanto privado, que geram empregos, promovem
a circulação das riquezas e do incremento de todos setores da economia, além de integrar as
diversas regiões do estado, do país e do mundo.
Diante disso, este artigo pretende mapear os modais de transporte da macro região que
compreende as cidades de Itabuna e Ilhéus, identificando as principais estruturas, atividades
empresariais, produtos e serviços que possuem estreito relacionamento com a logística de
transporte. Obtendo desta forma um portfólio com a atual estrutura, investimentos e
intervenções programadas para os modais dutoviário, ferroviário, aquaviário, rodoviário,
aeroviário, além da multimodalidade, nas principais cidades da região sul do estado da Bahia,
Itabuna e Ilhéus. Como resultado, busca-se reunir informações de caráter estratégico que
contribuam nas tomadas de decisões de longo prazo, tanto do setor público quanto privado,
fortalecendo pois, pesquisas e a política de infraestrutura de transportes da região,
proporcionando um novo e significativo posicionamento competitivo ao estado e país,
sustentado por uma logística de transportes diferenciada.

2. Método de Pesquisa
Como opção metodológica para o desenvolvimento deste trabalho foi utilizada a
abordagem de estudo de caso com características predominantes dos tipos de pesquisa
exploratória e descritiva (YIN, 2001). As etapas a serem cumpridas são: Em primeira
instância deverá ser feito uma ampla revisão bibliográfica sobre a logística de transporte, a
multimodalidade e as atividades relacionadas à área, permitindo a reflexão acerca dos temas
que servirão de alicerces para a pesquisa. Na etapa seguinte, a revisão bibliográfica será
direcionada aos órgãos dos setores públicos e privados ligados à logística de transporte, para a
identificação da atual situação de cada modal, o planejamento das melhorias e as expansões
planejadas e aprovadas para implantação. Serão foco desta etapa os planejamentos federais,
estaduais e municipais, bem como as iniciativas privadas relevantes neste estudo. Em seguida,
é realizado o levantamento da economia local, para identificar suas relações com a logística
de transportes. Nesta etapa, os prestadores de serviços logísticos atuais e planejados nas

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cidades de Itabuna e Ilhéus são investigados. A etapa final apresenta uma a compilação dos
dados obtidos.
Analisado pelas perspectivas de Silva e Menezes (2005); Marconi e Lakatos (1990),
este trabalho pode ser classificado da seguinte forma: Quanto a sua natureza, este trabalho é
uma Pesquisa Aplicada, pois objetiva gerar conhecimentos para aplicações práticas cujos
resultados são voltados para a solução de problemas específicos. Através da Pesquisa aplicada
é possível aliar o trabalho científico com as necessidades econômicas e sociais do local
estudado.
Do ponto de vista de seus objetivos este estudo é classificado de acordo com Gil
(2002) como Pesquisa Exploratória, pois visa proporcionar maior familiaridade com o
problema com vistas a torná-lo explícito e a construir hipóteses ou desenvolver teorias,
constituindo a primeira etapa de uma investigação mais ampla. Vergara (1998), ressalta que
este tipo de pesquisa é indicada quando não existe muito conhecimento acumulado e
sistematizado na área.

3. Logística de Transporte
Dentre as várias abordagens da logística, pode-se destacar como uma das principais a
logística de transporte, sendo que em grande parte das organizações há um grande
investimento nesta área. Nesse sentido Pozo (2007), afirma que em toda organização é
necessário que haja uma atenção especial no que diz respeito à movimentação tanto dos
insumos como dos produtos semi-acabados e acabados afim de que possam chegar ao destino
na hora certa, na quantidade requisitada, no local indicado, com qualidade e a um custo
aceitável, seja aos clientes internos como os externos, de uma forma eficiente e eficaz.
Portanto, para que as empresas se mantenham competitivas no mercado é fundamental que
aprimorem seus processos logísticos. Isto é importante, pois, em muitos casos, o custo
logístico corresponde a cerca de 11% de suas vendas (BALLOU, 2006). Percebe-se então que
os investimentos neste setor são vantajosos, uma vez que os custos logísticos de transporte
representam uma parcela significativa dos custos totais de uma organização.
Cientes da importância da logística de transportes, as empresas passam a direcionar
mais esforços na escolha dos modais de transportes adequando-os para que atendam as suas
necessidades e a dos seus clientes com menor custo possível e com qualidade. Assim,
segundo Nazário (2000), deve-se escolher um modal que cumpra com as expectativas de
flexibilidade e velocidade que foram solicitados no serviço. De acordo com Bowersox et al.
(2006) e Fleury et al. (2003) para a escolha correta do modal de transporte é preciso se atentar
para algumas especificações como a velocidade, capacidade, confiabilidade, disponibilidade e
frequência, além de preço e qualidade.
Neste contexto, destacam-se os modais de transporte: rodoviário, ferroviário,
hidroviário, aeroviário e dutoviário e a combinação de dois ou mais modais, caracterizando
assim o transporte intermodal ou multimodal. Nestes casos, os modais são utilizados para se
completarem, necessitando que atuem de forma harmônica e sincronizada. Vale ressaltar que
para cada um dos modais existem substanciais distinções tanto na infraestrutura requerida de
instalação e funcionamento como na capacidade de transporte da carga que estes suportam,
além de possuírem características singulares que fazem com que cada um apresente vantagens

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e desvantagens em relação ao outro (BOWERSOX et al, 2006; BERTAGLIA, 2003;
FLEURY et al, 2003).
Portanto, devido à complexidade do assunto que envolve tanto os custos que a
logística de transporte pode representar para a empresa, como os diferentes aspectos que
devem ser levados em consideração para a escolha dos modais, faz-se necessário uma análise
mais atenta destes e outros critérios antes da decisão de utilização dos modais pela empresa.
Além disto, é importante ressaltar que o uso integrado dos diversos modais pode ser favorável
no que diz respeito à otimização do tempo de trânsito e a minimização de custos.
De uma visão macro da logística de transporte, parte-se à apresentação das
perspectivas socioeconômica e logística da região de Itabuna e Ilhéus no tópico a seguir.

4. Região de Itabuna e Ilhéus/BA: Da visão socioeconômica à logística de transporte


No presente tópico será abordada uma contextualização das condições
socioeconômicas dos municípios de Itabuna e Ilhéus buscando auxiliar na análise da formação
e atual situação da logística de transporte nestas localidades, servindo como ponto inicial para
a compreensão da necessidade de investimentos para a recuperação e melhoria dos modais já
existentes e no planejamento de novas infraestruturas.
De acordo com a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE, 2010) os municípios de Itabuna e Ilhéus estão situadas na Messoregião Sul do estado,
podendo ser denominada de Microrregião Itabuna-Ilhéus. Além disto, segundo a
Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), pertencem a região
econômica do Litoral Sul, que é tradicionalmente voltada para uma economia agrária centrada
principalmente na monocultura do cacau, entretanto, também representa o centro comercial e
de serviços desta região.
Segundo Santos (2010), a Microrregião de Itabuna-Ilhéus é a maior arrecadadora
regional do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, isto ocorre devido ao Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) relacionado a grande produção econômica
destes municípios. Para exemplificar a importância econômica da região para o estado, o autor
afirma que somente na agricultura no ano 2000 os volumes de produção de culturas
permanentes e temporárias foram estimados em 140,5 milhões de reais, um número
significativo para o estado. Sendo assim, pode-se perceber que a economia está intimamente
ligada a produção agrícola, tendo ênfase no plantio do cacau e posteriormente também no seu
processamento, mesmo diante da crise cacaueira, que em 2006 correspondeu a 85% da
exportação da Região Litoral Sul da Bahia. Atualmente, empresas como as transnacionais
Cargil Cacau Ltda, Joanes Industrial S/A e a Barry Callebut são as principais exportadoras
deste segmento, segundo Menezes e Carmo Neto (1993) são responsáveis, respectivamente,
por 1,97%, 0,89% e 0,84% destas exportações no estado.
Entretanto, apesar da economia local ser historicamente voltada para a exportação do
cacau, há um crescimento acentuado com relação à exportação de produtos de outros
segmentos, tais como: soja, têxtil, café, especiarias, móveis, pesca e aquicultura, além de
máquinas e equipamentos eletrônicos (MDIC, 2011). Esta diversidade da economia está
ocorrendo em virtude do crescimento do número de empresas e indústrias que estão se
instalando tanto em Itabuna, quanto em Ilhéus.

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De acordo com o Relatório Anual do Governo do Estado da Bahia de 2012, disponível
no site da Secretaria do Planejamento (SEPLAN, 2013), das empresas recém-implantadas na
Bahia, 40% estão instaladas na Região de Salvador e 60% estão no restante do estado, destas,
553 estão situadas em Ilhéus e 731 em Itabuna, com destaque para a empresa italiana
Sofitalia, que atua no setor de móveis e é a segunda maior exportadora de assentos estofados,
a Trifil, do setor têxtil que exportou uma média de 11 milhões de dólares nos anos de 2005 e
2006 e as empresas do Polo de Informática de Ilhéus (PII) (OLIVEIRA, 2009 apud PROMO,
2007). As Figuras 1 e 2 apresentam um resumo dos setores e empresas de pequeno, médio e
grande porte, situadas nas cidades de Itabuna e Ilhéus respectivamente, informações obtidas
no Guia Industrial do Estado da Bahia (FIEB, 2012).
Cidade de Itabuna
Setor Principais Empresas Funcionários
Têxtil Trifil;Equilibrio; L'ecole; Claudia Roupas Profissionais; Traços & Formas; 3088
Artimanha; Frutas Cristalizadas Doce da Mata; Confecção Davilla.
Alimentos Massas Vesper; DPAM; Delfi; Leite Grapiuna; Brascau Indústria e 754
Comercio de Alimentos Ltda; Chocolate Jeanne; Mucibaby; Santa Barbara
Agrícola Ltda; Granja Central; Delivery; Chocolates Mata Atlântica Ltda;
Bisflor; Fiplast; Geny Art's; Leite Boa Hora.
Máquinas e Alaska Câmaras Frigorificas; Dimetal; Chiller Refrigeração; Secebel; Casa 106
Equipamentos da Refrigeração, Colossal Ind; Com de Produtos Agropecuários Ltda.
Eletrônico Unisom Indústria Eletrônica Ltda; Prosonik Reparos. 30
Móveis Design Moveis; Cadeira e Cia; Tecmed; Marcenaria Bom Jesus; Carpintaria 50
São Pedro.
Metal- Plinius Serviços; NPC Metalúrgica; Manumetal; Comercial Minas Aço de 75
mecânica Produtos Siderúrgicos; Brasmontec; Cacau Carrocerias; Telas Grapiuna.
Serviços Free Hand; Emasa; Papelaria e Editora Beta; Reciclar; Diário Bahia; Meta; 1098
Sorveteria Danubio Azul; Continental; Gráfica Mais; Renova; Intervig.
Cosmético Esmalte Kissex; EIEL; Resicau; Sensure Distribuidora. 30
Construção Peixoto Monteiro Engenharia Ltda; União Pedreira e Mineração; Itaprel; 560
Civil Apolo Metais; Sondasolo; Tela Sul Inprenor; Comercial de Materiais de
Construção Juarana Ltda; Freire Premoldados; Granitu's & Cia; Chame
Pedreira; Casapropria Construtora Ltda; Pilar Engenharia; Runa Patrimonia;
NTR Engenharia Ltda.
Esportivo Penalty. 446
TOTAL 6237
FIGURA 1 – Quadro das empresas de Itabuna. Fonte: Adaptado do Guia Industrial do Estado da Bahia (2012).

Cidade de Ilhéus
Setor Principais Empresas Funcionários
Têxtil By Colors; Atlântico Sul Ind e Comercio; Dyllamara; Fausta Confecções. 39
Alimentos Empório do Sabor; Barry Callebaut; Cacau do Céu - Chocolates Finos; 962
Camarão Dumar; Cargill Agrícola; Chocolate Caseiro Ilheus; Disbom
Sorvetes; Sabor do Pão; Chocolate Itacaré; Pescaria Frutos do Mar; Meu
Rei; Joanes Industrial S/A Produtos Químicos e Vegetais; Domani; Paiva
Lima Industria de Produtos Alimentícios Ltda. 
Máquinas e AXT Telecomunicações Ltda; Comtac Bahia; Link do Brasil; Livetech; 273
Equipamentos Nortcom.
Eletrônico 2M Tecnologia; Accept; AP Router; Bitway; Chipnet Computadores; Daten; 1318
DHM Comercio e Industria; Dynatech; Hitech Computadores; GDE;
Handytech; Home Tech; Invix do Brasil; Kelow Informática; LI Tecnologia
Industria e Comercio; Login; Marlin Industrial; Novadata; O I W
Informática; Positivo Informática S/A; Skytech; Gertec; Unicoba.

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Móveis Marca Brasil Paletes; Mobili; Bahia Arte. 37
Metal- Ajax Serviços Expressos; Metalúrgica Pirâmide; Rayane Vidros e Alumínio. 46
mecânica
Serviços Gráfica Azul; Lumiplack; Climatize; Chame Areal; Gráfica Três Irmãos. 38
Cosmético Avatim; Esmalte Novo Toque. 69
Construção Argamassas Topmassa; Cerâmica Iguape; Cicon Construtora e 422
Civil Incorporadora Ltda; Areial Guanabara; Redimix; HP Terraplenagens; M2
Construções; MV. Construtora; Oceânica de Ilheus; Pequi Pré-moldados.
Materiais Mucambo. 303
cirúrgicos
TOTAL 3527
FIGURA 2 – Quadro das empresas de Ilhéus. Fonte: Adaptado do Guia Industrial do Estado da Bahia (2012).
Vale ressaltar que no município Ilhéus também se destaca no setor serviços, segundo
dados do IBGE (2010), com relação ao PIB municipal daquele ano, de um total de 2,2 bilhões
de reais, uma parcela de 1,2 bilhões de reais se deve a este setor. Pode-se atribuir o bom
desempenho deste segmento principalmente ao fato de Ilhéus ser um importante destino
turístico da Bahia. Segundo consta nos dados do Boletim do Sistema de Informações e
Estatísticas do Estado da Bahia em 2012, disponível no site da Secretaria do Turismo, o fluxo
de embarque e desembarque no aeroporto de Ilhéus no presente ano foi de 526.574 pessoas,
ocupando desta forma o terceiro lugar no estado no que se refere a fluxo aeroportuário,
perdendo apenas para Salvador e Porto Seguro. Além disto, ainda de acordo este relatório, de
outubro de 2011 a abril de 2012, Ilhéus recebeu, junto com Salvador, 34 cruzeiros marítimos,
registrando um total de 36.778 passageiros na cidade. Deste modo, somando o total de turistas
que o município recebe, passa a ocupar o posto de terceiro maior destino receptor, tanto no
que diz respeito a fluxo doméstico, como internacional.
Neste contexto, em virtude da quantidade e diversidade de produção, originadas pelo
eixo Itabuna–Ilhéus e regiões próximas, e por possuir um significativo potencial de
crescimento, fica evidente a necessidade da especial atenção aos modais de transporte, de
forma que sejam, e/ou se tornem, eficientes e capazes de escoar toda essa produção, seja
manufatureira ou de serviços, como é o caso da indústria de turismo. Entretanto, para que haja
qualquer tipo de planejamento é preciso verificar as condições de funcionamento das atuais
infraestruturas dos modais e o que está por acontecer, para isto, nos subtópicos a seguir serão
apresentadas as condições de operação de cada modal de transporte de Itabuna e Ilhéus, além
dos investimentos atuais e futuros.
4.1 Modal Rodoviário
Dentre as rodovias federais e estaduais que pertencem a região de Itabuna e Ilhéus
destacam-se: a BR-251 cuja extensão vai desde o estado da Bahia até o Mato Grosso com
uma malha de 1.515,2 km, a BR-101 que atravessa o estado baiano de norte a sul passando
por Itabuna, com 850 km de extensão, a BR-415/BA-262, é parte federal e parte estadual, liga
os municípios de Vitória da Conquista/BA às cidades de Itabuna e Ilhéus, possui uma
extensão de 201 km, a BA-001 que percorre o litoral do estado da Bahia até Salvador com
658,2 km e a BA-262 com extensão aproximada de 280 km ligando diversas cidades a Ilhéus.

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Em uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Transporte em 2010 (CNT,
2010), que teve como um dos principais objetivos avaliar as rodovias brasileiras estaduais e
federais quanto a sua pavimentação, sinalização e geometria viária, foi identificado que de
uma forma geral as rodovias do estado da Bahia carecem de manutenção e investimentos. Na
Tabela estão os resultados da pesquisa que considera os aspectos acima mencionados e que
estão diretamente relacionados com a atual situação vivida pelos municípios Itabuna e Ilhéus,
a exceção é a BA-001.
Tabela 1 – Dados das rodovias estaduais e federais que interceptam Itabuna e Ilhéus.
Origem/Destino Extensão
Rodovia Geral Pavimento Sinalização Geometria
na Bahia Pesquisada
BA-262/ Vitória da Conquista/Ilhéus 76 km Regular Regular Ruim Regular
BR-415
BR-101 Ilhéus/Vitória da Conquista 976 km Regular Bom Ruim Regular
BR-251 Ilhéus/Buerarema 61 km Regular Bom Regular Ruim
BA-262 Ilhéus/Aritaguá 263 km Regular Regular Péssimo Ruim
Fonte: Adaptado de Pesquisa de rodovias – CNT (2010).

Assim como para a maior parte do Brasil, o modal rodoviário é de suma importância
para a região de Itabuna e Ilhéus, pois através dele, diretamente ou indiretamente, circulam
quase todas as cargas importadas e exportadas da região. Destaque para o escoamento dos
grãos para o porto de Ilhéus, como é caso da soja, que é produzida no oeste baiano e segue via
BR-415 até o porto. Apesar disto, a BR-101 e a BR-415 permanecem como vias simples de
mão dupla, apresentando dificuldades para suportar o fluxo intenso de veículos na região.
De acordo com os dados fornecidos no caderno de Infraestrutura Econômica e
Logística (SEPLAN, 2011), foram aplicados cerca de 673 milhões de reais na construção,
restauração, recuperação e manutenção das rodovias, aeródromos e pontes através do
Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (DERBA). Ainda segundo o
relatório, foram realizadas a recuperação de 1.022km de estradas e construídas seis pontes,
totalizando 108,2m em diversas rodovias estaduais, dentre estas estão as rodovias BA-415 e
BA-262. Como intervenção futura no modal rodoviário na região, identifica-se a duplicação
da BR-415, obra que não sai do papel pois depende da resolução de questões envolvendo
impactos ambientais que a execução da obra causaria. As demais rodovias federais e estaduais
estão tendo intervenções ainda tímidas voltadas no sentido de recuperação.
4.2 Modal Dutoviário
Segundo a SEPLAN (2011), o governo estadual está investindo cada vez mais na
infraestrutura necessária para a distribuição do gás natural, isto tem ocorrido principalmente
pela crescente demanda das empresas da capital e do interior. Sendo que uma das principais
metas é a distribuição do gás natural na região sul e extremo sul do estado, num esforço para
cooperar com o desenvolvimento industrial, comercial e automotivo da região, contribuindo
desta forma na atração de novas empresas e beneficiando as existentes em razão do preço
mais competitivo do gás natural.
De acordo com a Companhia de Gás da Bahia (BAHIAGÁS, 2012), através de um
investimento de 8 milhões de reais, foi criada a Estação de Tratamento de Custódia (ETC) de
Itabuna. A ETC de Itabuna entrou em operação em 2011, dando início ao Programa de
Interiorização do Gás Natural Canalizado do estado da Bahia, sendo também a primeira
estação ligada ao Gasoduto de Integração Sudeste-Nordeste (GASENE), projeto Nacional que

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visa integrar as malhas de transporte de gás natural das regiões sudeste-nordeste ligando três
estados, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia. Os investimentos da Bahiagás, para a região
de Itabuna giram em torno de 200 mil reais e prevêem uma capacidade de volume diário de
500 mil m³. Entretanto, no início de 2013 atua com um volume médio diário de 60 mil m³
atendendo empresas de Itabuna como Trifil, Nestlé, Delfi, Posto Universal, fábricas da
indústria cacaueira de Ilhéus, além de postos de combustíveis da região.
4.3 Modal Ferroviário
Desde o inicio de 2011, está em construção a Ferrovia de Integração Oeste-Leste
(FIOL) pela VALEC - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, empresa pública do
Ministério dos Transportes (MT). A malha ferroviária da FIOL terá a extensão de 1.516 km, e
irá interligar Figueirópolis/TO ao Porto Sul/Ilhéus. Do total desta malha, 1.100 km serão
construídos na Bahia passando por 49 municípios, incluindo Itabuna (SEPLAN, 2011).
Dentre as inúmeras vantagens desta obra, destacam-se o suporte ao desenvolvimento
das regiões produtoras de grãos, no Oeste, e a indústria mineral, em expansão no Sudoeste da
Bahia. Em Ilhéus, estima-se a dinamização do escoamento da produção do minério de ferro
vindo de Caetité/BA e Tanhaçu/BA, além de diversos produtos importantes, tais como:
fertilizantes, derivados de petróleo e biocombustíveis (SEPLAN, 2011).
O 4º Balanço do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão referente à
transportes, divulgou que o trecho referente a Ilhéus-Caetité/BA já está 8% concluído e tem
sua entrega marcada para junho de 2014. Para este projeto estão sendo utilizados recursos do
Plano Nacional de Viação da ordem de R$ 6 bilhões. Por enquanto o investimento está
dividido em três etapas, a primeira já foi concluída, de 2007-2010 foram utilizados 725,9
milhões de reais e na segunda etapa de 2011-2014 serão gastos 3,1 bilhões de reais e na
terceira etapa pós 2014 o restante da verba (PAC 2, 2012).
4.4 Modal Aeroviário
O Aeroporto de Ilhéus – Jorge Amado, desde 1981, é um dos três aeroportos do estado
administrado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), os demais
são de responsabilidade do governo do estado da Bahia (INFRAERO, 2012). Segundo os
dados disponíveis no site da Infraero, o aeroporto é voltado para o turismo e opera com oito
vôos diários, mais vôos da aviação geral. As empresas de aviação que atuam no aeroporto são
a Avianca Brasil, Azul, Gol e Trip.
O Anuário Estatístico Operacional 2011 (INFRAERO, 2012), apresenta o fluxo do
volume de cargas e correios no Aeroporto de Ilhéus, sendo este de aproximadamente 1.532
toneladas, com cargas destinadas principalmente para as empresas do Polo de Informática e
agricultores da região. Apesar disto, o aeroporto de Ilhéus não é capaz de atender a demanda
de toda a região, pois teve seu funcionamento prejudicado pela limitação de comprimento da
pista e das condições de urbanização próximas ao aeroporto, assim em 2009, a Infraero e o
governo do estado da Bahia firmaram parceria para a construção de um novo aeroporto em
Ilhéus que pretende atender o transporte de passageiros e cargas com uma infraestrutura
formada de terminais de cargas, galpões industriais, terminal de cargas alfandegado para
operador aeroportuário e acessos a rodovias. Segundo o relatório do SEPLAN (2011), a
estimativa de investimento para a construção do novo aeroporto em Ilhéus é de cerca de 300
milhões de reais.

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O novo aeroporto de Ilhéus visa sanar deficiências do atual aeroporto, tais como
posicionamento em área urbana, que impede a expansão, atendimento mais adequado às
demanda para um horizonte de no mínimo de vinte anos da região, estrutura adequada para o
recebimento e despacho de mercadorias, entre outros. Além disto, o novo aeroporto será
internacional, estará dentro dos padrões do Plano Diretor Aeroportuário e vai ser integrado ao
Porto Sul, proporcionando mais uma alternativa logística para a região.
4.5 Modal Hidroviário
Principal porto exportador de grãos do estado da Bahia, movimentando cerca de 1
milhão toneladas de carga por ano, o Porto de Ilhéus é via de escoamento dos grãos oriundos
do Oeste baiano e da produção cacaueira da região de Ilhéus. É também, junto com Salvador,
porto de escala de cruzeiros marítimos ratificando pois sua singular importância na economia
do estado. Mediante sua importância, foi realizado até o ano de 2012 um investimento de 100
milhões de reais para modernização, ampliação e melhoria da infraestrutura e aumento da
capacidade de movimentação de cargas do Porto de Ilhéus (PELTBAHIA, 2004; IBGE, 2010;
CODEBA, 2012).
Embora venham sendo realizados esforços de melhoria na atual estrutura do Porto de
Ilhéus, algumas limitações tornam sua expansão quase inviável do ponto de vista económico,
como por exemplo, sua localização em mar aberto. Essas limitações, aliadas a crescente
produção escoada pelo porto, tornaram-se imprescindível encontrar uma alternativa para o
escoamento destas cargas e como resposta a esses fatos, surge a proposta de construção de um
novo porto em Ilhéus, o Porto Sul.
De acordo com o relatório do SEPLAN 2011, a construção do Porto Sul será realizada
com recursos da União estimados em cerca de 3 bilhões de reais. Para tal propósito, foram
realizadas avaliações ambientais do projeto através do Estudo de Impactos Ambientais (EIA)
e do Relatório de Impacto Ambientais (RIMA), diversas reuniões têm sido feitas com os
diversos segmentos da sociedade que serão afetados com a obra e os resultados destas
atividades foram a obtenção da Licença Prévia e da Licença de Implantação em 2012.
A infraestrutura do Porto Sul contará com quatro grandes setores: o Porto Público
(PP), que são terminais para o armazenamento e movimentação de cargas do tipo granéis
sólidos como a soja e fertilizantes, combustíveis como o etanol, minério de ferro, contêineres
e cargas em geral, a Zona de Apoio Logístico (ZAL), local em que estarão os pátios de
armazenamento das cargas e do minério, a Área de Proteção Ambiental (APA), destinada à
proteção da diversidade biológica e à sustentabilidade do uso dos recursos naturais, além do
Terminal de Uso Privativo (TUP) para a exportação de minério de ferro da Bahia Mineração
(BAMIN). Estima-se que o empreendimento deva gerar cerca de 2,5 mil empregos diretos e
indiretos . O porto deverá ter uma capacidade de exportação de 75 milhões de toneladas/ano e
de importação de 5 milhões de toneladas/ano, desta forma procurará atender as especificações
das grandes rotas internacionais. Além de auxiliar o Porto de Ilhéus no escoamento da
produção agrícola da Bahia, estima-se atender a demanda dos estados da região Centro-Oeste
do Brasil, além de etanol, fertilizantes, carvão, produtos siderúrgicos, clínquer, contêineres e
cargas em geral. Com isto, planeja-se arrecadar cerca de R$ 50 milhões em ICMS, cerca de
cinco vezes mais do que Ilhéus arrecadou em 2011 (SEPLAN, 2011; PORTO SUL, 2012).

5. A Multimodalidade na Região de Ilhéus e Itabuna/BA

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Neste tópico será apresentada a situação da multimodalidade na região sob a
perspectiva da necessidade de sua implantação e dos benefícios que sua consolidação irá
trazer tanto para a melhoria da infraestrutura logística como para o desenvolvimento da
Região de Ilhéus e Itabuna/BA.
A importância da multimodalidade, entre outros aspectos, está associada com a sua
capacidade de unir as vantagens de mais de um modal de transporte, sejam elas relacionadas
aos serviços ou aos custos. Segundo Nazário (2000), apesar de haver um aumento
significativo do uso de soluções logísticas que apreciem a utilização da multimodalidade, as
iniciativas que envolvem esta prática sofrem com diversos problemas infraestruturais e de
regulamentação, destacam-se a eficiência dos portos, os terminais de integração entre os
modais e a regulamentação da operação de transporte utilizando mais de um modal.
Segundo o Relatório Anual do Governo do Estado da Bahia (2012), a estabilização de
portos e ferrovias em outros estados do Nordeste tem aumentado a disputa pelos
investimentos privados e fluxo de cargas. Esta situação tem despertado cada vez mais o
governo da Bahia da necessidade de investir na logística de transporte. Deste modo, o
desenvolvimento da multimodalidade no estado tem papel fundamental no planejamento que
visa suprir a demanda da atividade produtiva crescente da Bahia e estados adjacentes.
De acordo com o SEPLAN (2011), o complexo logístico a ser formado em torno dos
projetos do Porto Sul, Ferrovia de Integração Leste-Oeste (FIOL) e o novo aeroporto de
Ilhéus, integrado aos modais rodoviário (BR 101, BR 251 e BR 415) e dutoviário GASENE,
irão redesenhar o mapa dos modais de transporte da Bahia. Estas obras fazem parte de um
planejamento estratégico de desconcentração da produção no estado.
Aliado a isto, o complexo multimodal modernizará a infraestrutura logística e
enfatizará as vantagens competitivas do estado como destino de investimentos privados,
auxiliando na dinamização da economia. Todos os benefícios citados através deste marco
para a logística de transporte da Bahia irão colaborar para que a região de Itabuna e Ilhéus se
consolide como um importante polo industrial e de serviços, quiçá, tornando-se uma
Plataforma Logística.

6. Conclusões
Neste trabalho foram mapeadas e analisadas as infraestruturas dos modais de
transporte da região de Itabuna e Ilhéus, tratou-se também das potencialidades e
oportunidades que a região oferece e como se dá a relação entre o transporte e o
desenvolvimento econômico. Além disto, foram identificados quais são os entraves, desafios
e planejamentos para o progresso dos modais e da multimodalidade.
Como resultado verificou-se que a região apresenta economia diversificada, onde
antes existia uma hegemonia da exportação de cacau. A presença da indústria têxtil, de
máquinas e equipamentos eletrônicos, móveis, alimentos, turismo, aliados a crescente
produção de grãos como a soja e a produção de regiões vizinhas com destaque ao minério e
etanol, têm alavancado a economia das cidades de Itabuna e Ilhéus, exigindo assim uma
infraestrutura logística adequada.
Deste modo, ao apreciar o modal rodoviário, especificamente as BR-101, BA-262 e
BA-415/BR-415, observa-se a necessidade de reparos e manutenção. Por enquanto não existe

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nenhum projeto que visa a ampliação ou construção de uma nova rodovia para esta região,
entretanto, está sendo estudado a duplicação da BR-415 que liga Vitória da Conquista/BA as
cidades de Itabuna e Ilhéus. Esta obra visa desafogar o transito em razão da grande
movimentação do fluxo de cargas concentradas neste trecho.
Em relação ao modal dutoviário, os investimentos do governo para a interiorização da
distribuição do gás natural levado através do projeto GASENE, corroboraram para a
implantação de uma Estação de Tratamento de Custódia - ETC na cidade de Itabuna. Isto
beneficiou diversas empresas da cidade, de Ilhéus e demais regiões que agora conseguem
combustíveis a um preço mais acessível.
Os municípios de Itabuna e Ilhéus também contarão com as vantagens oriundas da
criação de um novo aeroporto em Ilhéus, que servirá como principal meio de movimentação
de cargas nesse tipo de modal, operando a nível internacional, com estreita ligação com o
Porto Sul. Atividades estas que o atual aeroporto não é capaz de realizar devido as suas
restrições de espaço e localização.
Outro modal que estará integrado ao Porto Sul é o ferroviário por meio da Ferrovia de
Integração Oeste-Leste (FIOL), sua construção atenderá tanto aos produtores de grãos do
oeste como as indústrias mineradoras do sudoeste baiano, favorecendo a cidade de Ilhéus
devido o escoamento da produção estar destinada ao Porto Sul.
Por último, sobre o modal hidroviário, foi constatado que o Porto de Ilhéus apresenta
deficiências quanto a sua infraestrutura e possui problemas de expansão. Apesar disto, ainda é
muito significativo para o estado e recebe investimentos para a sua melhoria, porém, o grande
projeto deste modal é a construção do Porto Sul, que visa atender uma demanda
significativamente maior de cargas, integrada os demais modais.
A Figura 3 apresenta os pontos mais relevantes de intervenções e planejamento da
infraestrutura de cada modal na região.
Modal Informações mais relevantes
Rodoviário - Recuperação da malha rodoviária, BA-262/BR-415, BR-101, BR-251, BA-262 e BA-101;
- Projeto de duplicação da BR-415.
Aquaviário - Investimentos para a modernização do Porto de Ilhéus;
- Construção do Porto Sul em Ilhéus.
Aeroviário - Construção do Aeroporto Internacional de Ilhéus.
Dutoviário - Expansão do GASENE na região;
- Implantação da Estação de Tratamento de Custódia (ETC) em Itabuna.
Ferroviário - Construção da Ferrovia de Integração Leste-Oeste (FIOL).
Multimodalidade - Criação do complexo multimodal na região.
FIGURA 3 – Quadro de informações sobre os modais de transporte de Itabuna e Ilhéus.

Como última análise, observa-se que, sob a perspectiva da logística de transportes, a


região de Ilhéus e Itabuna é privilegiada e próspera, com boa localização geográfica, faz uso e
está ampliando todos os modais de transporte. Embora existam problemas, têm-se obras em
andamento, projetos sendo executados e em fase final de planejamento que farão da região um
significativo centro logístico nacional e internacional.
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