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UFCD 8523– Transportes na Cadeia de Abastecimento

Formador: Mário Mascarenhas

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DESIGNAÇÃO DA UFCD: Transportes na cadeia de abastecimento

CÓDIGO DA UFCD: 8523

CARGA HORÁRIA: 25 horas

Objetivos

Definir o conceito de transporte e a sua relação com o tempo e o espaço.

Explicar a importância dos transportes na economia e na sociedade.

Caracterizar o sistema de transportes.

Explicar os traços característicos e condicionantes da organização do mercado de


transportes.

Identificar as atividades mais relevantes desenvolvidas pelos operadores de


transporte.

Identificar as soluções de transporte, avaliando opções e combinações multimodais.

Explicar a importância dos transportes na cadeia de abastecimento.

Conteúdos

Conceito de transporte

Definição de transporte

Elementos presentes no transporte (meio; infraestrutura; força-motriz; motivo)

Serviço: ótica da procura vs ótica da oferta

Relação com a valorização do espaço e do tempo

Os transportes na economia e na sociedade

Os transportes ao longo da história

Papel dos transportes no funcionamento da economia

Papel dos transportes e a organização das sociedades

Peso dos transportes na produção, no emprego, no orçamento das famílias

Externalidades dos transportes (ocupação do espaço, impacto ambiental,


sinistralidade, …)

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O sistema de transportes

Elementos base do sistema: veículos, equipamentos, e infraestruturas, operação e


gestão, inovação

Modos e tipos de transporte

As atividades nucleares do operador de transporte.

Traços comuns da organização dos mercados de transportes

Modos de transporte, características, vocações e potencialidades

Rodoviário; ferroviário; marítimo; navegação interna; aéreo; tubular; combinações


multimodais

Tipos de transporte

Relacionados com característicos dos bens a transportar (relação peso/volume;


valor; riscos associados, …)

Relacionados com particularidades dos mercados e requisitos dos clientes.

Transportes e logística

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Conceito/definição de Transporte

Basicamente, quando se fala de transporte expõe-se a movimentação de cargas entre


dois pontos diferentes. Assim, o transporte é o fenômeno que consiste em
movimentar cargas, que podem ser mercadorias, produtos, insumos, etc., e também
pessoas, animais e outros seres viventes, de um ponto inicial para um destino.

Usualmente, utiliza-se o termo transporte para designar o deslocamento para o


trabalho, escola, para atividades de lazer, compras, o deslocamento de encomendas e
cargas diversas e outra gama de fenômenos semelhantes e de evidente importância na
vida cotidiana. A preocupação de desenvolver meios para possibilitar esses
deslocamentos existe desde a Antiguidade, quando os homens já tinham preocupação
com as rotas comerciais, com a marcha dos exércitos, com o provimento de água e
outros recursos naturais etc. (MUMFORD, 1998). Apesar disso, o desenvolvimento de
um campo de estudos exclusivamente voltado para o transporte, com profissionais e
estudiosos voltados para o tema, é bastante recente, tendo tido seu início no século
XX. À medida que esse campo (Transportes) de estudo avança, espera-se
correspondente amadurecimento e crescente nível de formalização. Diante disso, as
definições pouco precisas providas pelo senso comum não se fazem mais suficientes.
De início, algumas questões surgem, a exemplo do que é transporte e qual sua
distinção em relação a outros deslocamentos (como em “o que diferencia a viagem de
uma pessoa para seu trabalho e um pedaço de madeira carregado pela força das águas
de um rio?”). Se não abordadas a contento, questionamentos sobre a relevância e
legitimidade do campo de estudos poderiam surgir, fundadas em visões providas por

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outras ciências e linhas de investigação. O que aqui se entende é que o campo pode
evitar os riscos de reducionismos a ciências mais maduras (ou seja, evitar o
“economicismo”, “psicologismo”, “fisicalismo”, “sociologismo”, etc). Em outras
palavras, apesar de fazer uso de teorias de diversas origens, há incomensurabilidade
no fenômeno Transporte em relação às abordagens das demais ciências.

Elementos presentes no transporte (meio; infraestrutura; força-motriz; motivo)

Os meios de transporte são os meios técnicos pelos quais é feito o deslocamento de


pessoas, animais e mercadorias pelo espaço. Eles se aperfeiçoaram com o passar do
tempo, seguindo o avanço tecnológico e as demandas da sociedade, sendo ainda
fundamentais para a economia de um território. Os fluxos acontecem por meio das
redes de transporte, que compõem os modais rodoviário, ferroviário, marítimo, aéreo,
aquedutos.

Os meios de transporte são formas utilizadas pela população para realizar diferentes
deslocamentos pelo espaço. O crescimento econômico mundial resultou na necessidade
de desenvolvimento de modais de transporte mais eficientes. Atualmente, os principais
modais de transporte são:

transporte rodoviário;

transporte aéreo;

transporte ferroviário;

transporte aéreo.
Maritimo

Infraestrutura é o conjunto de serviços essenciais para o desenvolvimento


socioeconômico de uma cidade, estado ou país.

Infraestrutura de transportes reúne os modais de transporte e toda a estrutura


necessária para que a circulação de pessoas e mercadorias aconteça com maior rapidez
e menor custo. Estradas, ferrovias, hidrovias, aeroportos, portos fluviais e marítimos,
fazem parte dos serviços existentes na infraestrutura de transportes.

As infraestruturas logísticas são citadas como um importante impulsionador para o


desenvolvimento económico de um país. A seleção da localização de uma infraestrutura
para as operações é uma decisão fundamental no planeamento estratégico das
empresas. As localizações são decididas de forma ampla e duradoura, com impacto em
diversas decisões operacionais e logísticas. Os elevados custos associados à aquisição de

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propriedades e construção de infraestruturas fazem com que os projetos sejam
investimentos a longo prazo. As infraestruturas mais eficazes dependem da seleção do
local, tendo como base os investimentos de capital, mão-de-obra e que minimize o custo
e o tempo de transporte. A acessibilidade do transporte é importante para obter, por
exemplo, emprego, educação, cuidados de saúde e interação social. Uma boa
acessibilidade é certamente um fator importante na exploração de potenciais vantagens
relativas a destinos e respetivo tempo de trânsito. A qualidade da infraestrutura de
transporte em termos de capacidade, tempo de viagem e conectividade, determina a
qualidade e vantagem de um local em relação a outros locais, que é normalmente
medida como acessibilidade.

As empresas e operadoras de transportes são responsáveis pelas complexas


construções de infraestruturas. Seja trabalhando num projeto rodoviário, ferroviário,
portuário ou aeroportuário, os intervenientes do setor devem atingir os seus objetivos
de investimento e, ao mesmo tempo, garantir os mais altos níveis de segurança e
confiança. Seguindo regulamentos e legislação rigorosa, devem projetar uma
infraestrutura duradoura, muitas vezes além da vida útil originalmente espectável. Isto
torna a manutenção e a integridade dos ativos como duas das preocupações principais.

Serviço: ótica da procura vs ótica da oferta

O serviço de oferta e procura, quer seja no transporte de pessoas ou cargas tem que
estar adaptado às infraestruturas, ao tipo de carga e aos motivos. Normalmente,
quanto mais desenvolvido é o pais, melhores condições vai ter a nível de
infraestruturas de transportes.

Muitas vezes a oferta não consegue corresponder á procura.

Relação com a valorização do espaço e do tempo

Dependendo da prioridade dada por cada em presa para o seu negócio, em alguns
casos o tempo pode ser um pouco secundário ( apesar de haver sempre prazos a
cumprir ), dando mais valor a uma maior capacidade de carga ( espaço ), como pode
ser o caso de um navio, onde consegue levar mais carga mas demora mais tempo.

Se falarmos de transporte de pessoas, o que é mais valorizado será o tempo do


transporte.

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As principais funções do transporte na logística estão ligadas às dimensões de tempo e
nas formas de aperfeiçoar a utilização do espaço. O transporte de mercadorias tem sido
utilizado para disponibilizar produtos onde existe demanda em potencial, dentro de um
prazo adequado às necessidades do consumidor. Mesmo com o avanço de tecnologias
que permitem a troca de informações em tempo real, o transporte continua sendo
fundamental para que se consiga atingir os principais objetivos logísticos, que consistem
em ter o produto, na quantidade demandada, em tempo adequado, no lugar
especificado ao menor custo possível.

O transporte é o responsável por toda essa movimentação que a logística necessita, é


considerado por muitos como a atividade primordial devido a sua importância nos
custos logísticos, já que ele é quem determina o prazo, a quantidade e o custo da
operação.

Os transportes na economia e na sociedade

O transporte é a atividade logística mais importante simplesmente porque ela absorve,


em média, de um a dois terços dos custos logísticos. É essencial, pois nenhuma empresa
moderna pode operar sem providenciar a movimentação de suas matérias-primas ou de
seus produtos acabados de alguma forma.

Desta forma, transporte refere-se aos vários métodos para se movimentar produtos.
Algumas alternativas de populares são os modos rodoviário, ferroviário e aeroviário. A
administração da atividade de transporte geralmente envolve decidir-se quanto ao
método de transporte, aos roteiros e à utilização da capacidade dos veículos.

O Transporte é considerado um item importante para a economia de qualquer país


senão o mais importante do custo logístico das organizações. É um sistema de suma
importância para o desenvolvimento de uma nação, isso porque o transporte cruza
fronteiras e longas distâncias, coisa que, sem o transporte seria difícil de atingir certas
localidades, nações e etc. Na maioria dos países menos desenvolvidos, a produção e o
consumo ocorrem ali mesmo, não dando chance para o transporte se desenvolver, ou
seja, participar da transação.

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O transporte tem desempenhado um papel fundamental na busca pelo
desenvolvimento de uma sociedade, pois permite uma rápida mobilidade de pessoas,
bens e serviços, uma maior dispersão geográfica de atividades produtivas, sendo esse o
motivo de ser considerada a principal e a atividade industrial mais ativa no mundo.

Ter um transporte eficiente é fator decisivo na economia mundial, pois um sistema falho
afeta o setor agrícola, dificulta a integração nacional, retarda o crescimento
socioeconômico, prejudica a segurança nacional; limita também, a eficiência dos
programas de assistência técnica e dificulta o comercio internacional.

Fazendo uma comparação entre a economia de países desenvolvidos com a economia


de países em desenvolvimento observa-se o importante papel do transporte na
amplitude das atividades econômicas. A busca por melhorias no sistema de transporte
vem com o intuito de aumentar as chances de competição pelo mercado, tentando
garantir a economia uma escala de produção, o que causaria uma redução nos custos e
o que poderia refletir no preço final pago pelo consumidor ou na maior margem de lucro
por parte da indústria.

O transporte é um dos elementos mais notórios das operações logísticas, que cuida de
todas as atividades de movimentação e armazenamento que facilitam o fluxo de
produtos desde o ponto de aquisição da matéria prima até o ponto de consumo final
assim como todos os fluxos de informações que colocam os produtos em movimento,
com o propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a um custo
aceitável pelo mercado.

Os transportes ao longo da história

Os meios de transporte não ficaram estagnados. Conforme o tempo passou e as


necessidades dos homens mudaram, a forma de se transportar também evoluiu. Hoje,

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pode-se dizer que a distância foi vencida: a velocidade permitiu ao homem chegar cada
vez mais longe em menos tempo.
Para chegar a esse estágio de tamanha eficiência, os transportes precisaram evoluir de
acordo com os conhecimentos que a humanidade ia adquirindo. O exemplo mais
extraordinário é a Expansão Marítima, no século XV. O conhecimento adquirido para
construir um meio de transporte aquaviário tornou possível a saída dos europeus do seu
continente. Esse fato deu início a descoberta de novas terras como a América.
No século XIX, o trem se tornou popular e após inúmeros tentativas de seu
desenvolvimento, o inglês George Stephenson foi o responsável pela criação da
locomotiva a vapor. No início não era um meio de transporte veloz, viajando
aproximadamente 45Km/h. Isso tornava as viagens inseguras e suscetíveis a roubos. No
fim do século e com os avanços tecnológicos, o trem foi considerado um dos meios mais
modernos de transporte. Com a criação do motor a vapor, houve uma evolução no
transporte marítimo com a construção de barcos movidos a essa tecnologia, em
destaque para o engenheiro francês Isambard Kingdom Brunel.
O primeiro automóvel criado na Alemanha, por Carl Benz, em 1886, foi se aprimorando
e durante todo século XX, não parou de ser renovado, no design, na tecnologia e na
acessibilidade.
Uma das revoluções do transporte aéreo, foi a criação do avião. O responsável por esse
feito foi Santos Dumont, um brasileiro que em 1906 voou sobre o céu de Paris em seu
14-bis. A partir dele, novas inovações foram realizadas para a melhoria desse meio de
transporte no mundo.
Ainda no século XX, a ambição do homem o levou ao espaço. A corrida espacial entre
EUA e URSS possibilitou a rápida evolução dos transportes espaciais. Os foguetes, naves
e ônibus espaciais que desenvolveram não tardou em transportar astronautas para lua
e tornar uma realidade a sua saída constante da Terra para pesquisas.

Revolução Industrial

Os transportes evoluíram principalmente durante a Revolução Industrial, a partir de


1760. Inicialmente, a maioria das invenções estava restrita à Inglaterra e com a 2ª
Revolução Industrial (1850-1900), conquistou outros países da Europa, na América e na
Ásia. Inclusive no transporte marítimo e terrestre, com a criação dos navios e da
locomotiva.
Com a 3ª Revolução Industrial que aconteceu a partir de 1900, o mundo participou dessa
etapa evolutiva da história e muitos inventos foram aperfeiçoados.
Destaques da Evolução do Transporte
• Invenção da Roda: com data aproximada de sua mais antiga utilização de
3500 a.C, pelo povo da Suméria, seu invento proporcionou ao ser humano
maior mobilidade, já que anteriormente, o transporte era muito limitado em
técnicas com troncos de madeira;

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• Surgimento do Barco a Vapor (1807): a máquina a vapor foi essencial para
muitos meios de transporte, especialmente os navios. O primeiro barco a
vapor bem sucedido, foi inaugurado pelo americano Robert Fulton e era
chamado de Clermont. Dentro do transporte marítimo, o vapor era capaz de
movimentar essas máquinas pelos oceanos;
• Surgimento do Transporte Ferroviário (1830): O transporte ferroviário
tornou-se popular a partir de 1830 e um dos principais inventores foi George
Stephenson, criador da locomotiva a vapor;
• Invenção do Automóvel Moderno (1886): o alemão Karl Benz foi o
responsável pela criação do primeiro automóvel de três rodas movido à
gasolina;
• Surgimento da Aviação Comercial (1926): o avião abriu a nova fase de
revolução nos transportes e sua criação é atribuída a três pessoas, os irmãos
americanos Wilbur e Orville Wright (1903) e Santos Dumont (1906). Com
esse meio de transporte, a população não precisa mais utilizar apenas os
navios para fazer longas viagens;
• Início do Transporte Espacial (1926): o transporte espacial começou a ser
introduzido pelo americano Robert H. Gooddard, criador dos primeiros
foguetes de combustível líquido.

Os 5 Revolucionários dos Meios de Transporte


1) George Stephenson
George Stephenson foi o responsável pela criação da locomotiva à vapor que funcionaria
em uma estrada de ferro. Ele se formou em engenharia em 1812. Pensando em
substituir a locomotiva puxada à cavalo, construiu em 1814 a locomotiva Blucher, com
6,5 toneladas para o transporte de carvão. Logo em 1821, é indicado para a construção
da primeira linha de Stockton a Darlington, na Inglaterra. Foi em 27 de setembro de 1825
que circulou o primeiro trem em sua estrada de ferro.
Anterior a Stephenson, outros inventores como Richard Trevithick, Joseph Cugnot e
John Blenkinsop tiveram grande contribuição na criação desse meio de transporte, mas
George conquistou maior popularidade. Tanto é que em 1826, tornou-se engenheiro-
chefe da ferrovia Liverpool-Manchester, liderando a construção da estrada que foi
finalizada em 1829. No mesmo ano, participou de um concurso de protótipos de
locomotivas de Rainhill e foi vencedor. Sua locomotiva foi chamada de Rocket, que
significa foguete, pois atingia uma velocidade de 50 km por hora. Ele criou uma fábrica
de locomotivas em Newcastle e muitos de seus projetos receberam a contribuição do
filho Robert Stephenson. George morreu em 12 de agosto de 1848.
A criação da máquina a vapor (motor a vapor) foi atribuída e melhorada por vários
inventores, dentre eles estão James Watt, Thomas Newcomen e Trevithick. Essa criação
foi fundamental para o desenvolvimento do barco a vapor, do americano Robert Fulton,
chamado de Clermont.

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2) Étienne Lenoir
A história da evolução dos automóveis é longa, mas um dos grandes inventores que
contribuiu com a criação do automóvel foi Étienne Lenoir. Ele foi um inventor e
construtor belga que criou o motor de combustão interna, movido à gás. Sua invenção
posteriormente tornou-se melhor devido ao inventor alemão Nikolaus Otto que criou
os motores à gasolina. O invento desse motor foi o pontapé inicial para a construção dos
carros modernos.
Em 1886, o engenheiro alemão Karl Benz criou um carro de três rodas movido a gás ou
petróleo e no fim do século XIX abriu sua fábrica de carros. Gottlieb Daimler, também
engenheiro alemão, tornou-se seu concorrente criando uma fábrica semelhante. Logo
depois, vieram a se unir. A partir deles, ocorreu o início da criação dos carros modernos.
No princípio, havia ainda uma disputa entre os carros à vapor e à gasolina. Mas o que
prevaleceu foi o movido à gasolina. O responsável por baratear e padronizar os
automóveis foi o americano Henry Ford. Em 1908, ele desenvolveu o Modelo T, cujos
veículos eram confiáveis e com preços acessíveis.

3) Isambard Brunel
Isambard Kingdom Brunel, arquiteto e engenheiro visionário francês do século XIX,
ganhou notoriedade por revolucionar a tecnologia do transporte, através da construção
de inúmeras ferrovias (trilhos de trem), túneis, pontes e navios, como os transatlânticos.
Sua atuação foi predominante na Revolução Industrial britânica. Sua contribuição foi
muito importante para a atualidade.
No Reino Unido, Brunel é considerado um engenheiro revolucionário, pois seu legado
transformou tecnologicamente os meios de transporte. Alguns de seus ousados projetos
foram posteriormente concretizados, pois a tecnologia da época era insuficiente para
executá-los com eficiência. Dentre seus principais feitos, estão:
• Great Western Railway: estrada ferroviária que interligava Bristol a Londres
e aumentava a velocidade dos trens, sem comprometer a segurança;
• The Great Steamship Company: Companhia aberta para construir o maior
navio de passageiros, já visto na época;
• SS Great Western: A principal descoberta de Brunel em relação a esse
projeto, é que quanto maior é o barco, menor é o consumo de combustível.

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A inauguração do SS Great Western foi importante para a construção de
navios maiores no futuro. Ia da Europa à América em 15 dias;
• SS Great Britain: Embarcação construída pela The Great Steamship Company
e inaugurada em 1843, com capacidade para quase 700 pessoas. Sua viagem
para Nova Iorque durava 14 dias;
• SS Great Eastern: Terceiro transatlântico construído, com rota alterada
(Índia). Entretanto, uma explosão gerou transtornos no percurso e impediu
que a embarcação chegasse ao destino, ficando parada no oceano por
muitos anos.
4) Alberto Santos Dumont
A invenção do avião passa por vários inventores. Leonardo da Vinci foi responsável pela
produção de projetos semelhantes a veículos como o helicóptero e o paraquedas, mas
seus projetos não saíram do papel. Os responsáveis por transformar o sonho de voar em
realidade está atribuído à Alberto Santos Dumont e também aos Irmãos Wright, em
alguns países. No início do século XX, houve uma disputa para a construção de uma
máquina voadora.
Em 1903, os irmãos Wright, nos Estados Unidos, criaram um avião que voou 12
segundos, numa altura de 37 metros com o auxílio de uma catapulta. Já em 1906,
Alberto Santos Dumont, após vários testes, realizou o primeiro voo de sucesso. Voou 60
metros por meio de seu avião 14-Bis em meio a um espetáculo visto pela população
parisiense.
Dumont nasceu na fazenda dos pais, na cidade hoje chamada de Santos Dumont, em
Minas Gerais, no dia 20 de julho de 1873. E, desde a infância adquiriu vocação pelas
máquinas da fazenda do pai. Aos 18 anos, em 1891, foi para Paris concluir seus estudos
sobre aviação. Ele voou com dirigíveis e balões. Muitas vezes, entrou em depressão por
ver que suas invenções haviam sido usadas como máquinas de guerra. Morreu aos 59
anos, no dia 23 de julho de 1932.
5) Elon Musk
Elon Reeve Musk nasceu na África e é um canadense-americano, um empresário,
inventor e engenheiro responsável pela criação de empresas como a Space-X, a primeira
empresa comercial que oferece viagens ao espaço e a Tesla Motors, que trabalha na
construção de carros elétricos. É co-fundador da PayPal e Zip2, além de outros
investimentos. Foi responsável também pela idealização do Hyperloop, um meio de
transporte rápido com cápsulas que flutuariam por meio de tubos.
Space-X
A Space Exploration Technologies foi fundada em 2002, com sede na Califórnia e é
liderada por Musk. É uma empresa que trabalha no desenvolvimento de foguetes e
naves espaciais para missões na órbita da Terra e também, para outros planetas.
Ganhou destaque mundial a partir das suas realizações, sendo responsável por realizar
testes de naves espaciais à orbitar a Terra em 2010 e também enviar cargas para a
Estação Espacial Internacional (ISS).

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Outro marco histórico foi o envio com sucesso em maio de 2012 da espaçonave Dragon
com cargas para a ISS, que retornou com segurança à Terra. A partir daí, a nave passou
a reabastecer regularmente a estação espacial e realizar missões para a NASA. Com isso,
a empresa fechou um contrato com a NASA e futuramente, o objetivo é levar uma
tripulação para o espaço. A empresa trabalha também com o Falcon, que será o foguete
mais poderoso do mundo. Um dos desafios da Space-X é construir foguetes reutilizáveis
para que os gastos com veículos espaciais diminua, além de deixá-los mais seguros para
a exploração do espaço.
Tesla Motors
A Tesla Motors é uma empresa criada em 2003 por um grupo de engenheiros do Vale
do Silício com a missão de trazer ao mundo um transporte sustentável. Ela realiza a
produção de carros elétricos tais como o Tesla Roadster, o primeiro modelo, Modelo S
e Modelo X. Os primeiros modelos de motores se basearam na criação do motor de
indução AC, patenteado por Nikola Tesla, em 1888. Elon Musk é um dos co-fundadores
desta empresa.
Hyperloop
O Hyperloop faz parte de um projeto futurístico do empresário que inicialmente iria
interligar Los Angeles a São Francisco, sendo 615 km em 35 minutos ou menos. Se trata
de um sistema de transporte de passageiros que funciona por meio de cápsulas que
flutuarão por túneis. Esses tubos ficariam em uma via acima do solo em postes de
sustentação e cada cápsula seria capaz de comportar 28 passageiros.

Papel dos transportes no funcionamento da economia

Percebeu-se que o setor de transportes é essencial para o bom funcionamento da


economia. Se os bens não podem alcançar seus mercados, então os agentes
econômicos não podem se especializar e, consequentemente, o rendimento será
menor. Se o transporte é caro, então o preço dos bens vai subir e a demanda será
menor. Isto implicará em menores padrões de vida. Se as pessoas não podem se
mover livremente em todo o país, então as suas escolhas são limitadas e a sua
qualidade de vida será menor.

Se a infraestrutura de transportes é precária, prazos de entrega, a integridade dos


produtos transportados, a eficiência operacional no sistema logístico são
comprometidos.

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Papel dos transportes e a organização das sociedades

Considerando a evolução do sistema capitalista ao longo dos séculos e as


transformações que permitiram a integração mundial, podemos dizer que, sob muitos
aspetos, a evolução da Globalização é, pois, uma série contínua de evolução nos meios
de transporte. Portanto, a questão dos transportes na era da Globalização envolve uma
dinâmica de transformações cada vez mais aceleradas e produtoras de uma
interdependência.

Aliados à evolução nos sistemas de comunicação, os meios de transporte permitiram a


ocorrência daquilo que se assinalou como a compressão do tempo e do espaço, em que
as distâncias do mundo “encurtaram”, ou seja, podem ser mais facilmente percorridas,
reduzindo gastos e também tempo em deslocamentos e emissão de mensagens. Com
isso, a globalização gerou o desencadeamento de uma rede de fluxos de informações e
serviços que interliga vários pontos do globo entre si.

Essa questão da interdependência entre os sistemas de transporte e a globalização


explica-se pelo fato de as práticas humanas modificarem-se a partir da transformação
das técnicas. São as técnicas e os objetos técnicos que atuam no processo de
constituição das práticas sociais e na transformação do espaço geográfico. Com a
evolução do capitalismo, as técnicas reproduzidas nos meios de transporte foram
ganhando novas formas, funções e tecnologias mais avançadas.

Inicialmente, nas últimas décadas do século XV até o início do século XVI, os meios de
transporte eram limitadores do alcance das práticas comerciais até mesmo na
comercialização de produtos perecíveis. O desenvolvimento da navegação marítima
permitiu, além da expansão colonial europeia, uma maior amplitude em termos
comerciais, passando a integrar diferentes regiões do planeta por diferentes rotas. A
produção de matérias-primas e de produtos manufaturados e o consequente
desenvolvimento das sociedades puderam, então, consolidar-se no período chamado
de Capitalismo Comercial.

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Peso dos transportes na produção, no emprego, no orçamento das famílias

Se os bens não podem alcançar seus mercados, então os agentes económicos não
podem se especializar e, consequentemente, o rendimento será menor. Se o
transporte é caro, então o preço dos bens vai subir e a demanda será menor. Isto
implicará em menores padrões de vida. Se as pessoas não podem se mover livremente
em todo o país, então as suas escolhas são limitadas e a sua qualidade de vida será
menor.

Sem acesso aos transportes, não há acesso a matérias primas, e consequente vários
postos de trabalho podem ficar em causa.

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Externalidades dos transportes (ocupação do espaço, impacto ambiental,
sinistralidade,..)

Os transportes desempenham um papel vital na sociedade e na economia. A nossa


qualidade de vida depende de um sistema de transportes eficiente e acessível.
Simultaneamente, os transportes são uma fonte fundamental de pressões ambientais
na União Europeia (UE) e contribuem para as alterações climáticas, a poluição
atmosférica e o ruído. Também ocupam grandes faixas de terra e contribuem para a
expansão urbana, a fragmentação de habitats e a impermeabilização das superfícies.

Os transportes consomem um terço de toda a energia final na UE. A maior parte dessa
energia provém do petróleo. Isto significa que os transportes são responsáveis por
uma grande parte das emissões de gases com efeito de estufa da UE e contribuem
significativamente para as alterações climáticas

Os automóveis, as furgonetas, os camiões e os autocarros produzem mais de 70 % das


emissões globais de gases com efeito de estufa provenientes dos transportes. O
restante provém principalmente da navegação e da aviação.

Os transportes continuam também a ser uma fonte significativa de poluição


atmosférica, especialmente nas cidades.

A poluição sonora é outro grande problema de saúde ambiental associado aos


transportes. O tráfego rodoviário é a fonte de ruído mais generalizada, havendo mais
de 100 milhões de pessoas afetadas por níveis nocivos nos países membros da AEA. O
tráfego aéreo e os caminhos de ferro são também importantes fontes de ruído.

Além disso, as infraestruturas de transporte têm um impacto grave na paisagem, uma


vez que dividem as zonas naturais em pequenas parcelas, com graves consequências
para os animais e as plantas.

O sistema de transportes

Elementos base do sistema: veículos, equipamentos, e infraestruturas, operação e


gestão, inovação

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Modos e tipos de transporte

O transporte consiste numa atividade muito importante para a satisfação dos clientes,
visto que fornece a criação das utilidades de tempo e de lugar. De facto, o movimento
entre dois pontos cria a utilidade de lugar, enquanto a rapidez, tal como a consistência
da própria movimentação, cria a utilidade de tempo (Lambert, 2007). Por conseguinte,
e para a criação dessas duas utilidades, as duas funções principais apresentadas pelo
transporte são: a movimentação e a reposição dos stocks de produto (Bowersox &
Closs, 2007). A movimentação consiste na transferência dos produtos de uma
determinada origem a um determinado destino. A reposição do stock dos produtos, e
ainda que seja uma função incomum no transporte, ocorre de um modo temporário,
visto que pode ser menos custoso manter produtos, que serão movimentados num
curto espaço de tempo, carregados no meio de transporte do que descarregar e
recarregar os veículos. Para percorrer um caminho bem mais longo e manter todos os
produtos armazenados no veículo nesse mesmo caminho (Lambert & Stock, 1992). No
entanto, é pertinente salientar, ainda, que são as economias de escala e as economias
de distância que norteiam todas as operações, bem como a gestão do transporte. De
facto, a economia de escala é alcançada quando se procede para a diluição dos custos
de transporte (fixos) pelo peso da sua carga; já a economia de distância é atingida com
a dissolução dos custos de transporte (fixos) pela distância percorrida (Bowersox &
Closs, 2007).

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Tipos de Transporte

No que diz respeito aos tipos de transporte existentes, estes são essencialmente,
cinco: 1) ferroviário; 2) rodoviário; 3) hidroviário; 4) dutoviário; 5) aéreo (Bowersox &
Closs, 2007).

O transporte ferroviário é realizado pelos comboios, sendo que uma das suas
principais vantagens consiste no facto de apresentar a capacidade de transportar, e de
um modo eficiente, uma grande tonelagem por grandes distâncias, o que se traduz
numa economia de escala e de distância. No entanto, consiste num meio de transporte
que implica investimentos fixos substanciais, traduzindo-se num meio bastante
dispendioso na movimentação de pequenas quantidades de mercadoria. Verifica-se
também uma pequena flexibilidade no trajeto, o que pressupõe a necessidade de um
outro meio de transporte para a movimentação da mercadoria para e dos terminais
(Ferreira, 2012).

Já o transporte rodoviário apresenta a flexibilidade enquanto seu principal benefício.


Efetivamente, os camiões podem operar em todos os tipos de estrada, fornecer
qualquer tipo de combinação entre o ponto de origem e de destino, movimentar
produtos de variados tamanhos e pesos, bem como as várias distâncias,
proporcionando, de igual modo, velocidades em percursos de curta distância.
Contudo, a principal desvantagem deste meio de transporte reside na inferior
capacidade de cargas, tal como na ineficiência apresentada em trajetos de longa
distância (apresenta um elevado custo variável) (Bowersox & Closs, 2007).

Por outro lado, o transporte hidroviário esta relacionado com a movimentação na


água, podendo ser dividido em diferentes categorias: fluvial, por lagoas e marítimo. A
sua principal prerrogativa remete para sua capacidade de movimentar cargas grandes
e em amplas distâncias com baixas taxas de fretes (apresenta um custo variável baixo).
Porém, as suas desvantagens estão relacionadas com a sua falta de tempestividade,
com a provável necessidade de utilização conjunta de outros meios de transporte de e
para as vias navegáveis e com a maior necessidade de embalagens terciárias nas
mercadorias (idem).

O transporte dutoviário (que ocorre por dutos/tubos) apresenta dois benefícios


principais: a sua disponibilidade, visto que operam sem qualquer tipo de interrupções,
e a ausência de viagem de regresso sem qualquer mercadoria. Quanto às suas
desvantagens, este meio de transporte apresenta um alto custo fixo (que resulta do
direito de acesso, da construção e da necessidade de controlar as estações), uma
pequena flexibilidade e uma limitação no transporte de produtos gasosos, líquidos ou
de uma mistura semifluida (Ferreira, 2012).

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Já o transporte aéreo apresenta a rapidez e a qualidade enquanto vantagens, e o alto
custo e a capacidade limitada enquanto desvantagens. De facto, a utilização de espaço
nas aeronaves que transportam passageiros regulares, e em substituição da
contratação de um jato particular, submete o embarque a voos padrão e acaba por
reduzir a capacidade e a flexibilidade, diminuindo a desvantagem do seu alto custo
(Bowersox & Closs, 2007).

Os tipos de transporte são os seguintes:

Transporte terrestre

Este tipo de transporte é composto por veículos capazes de se movimentar por via
terrestre. Podem ser equipados com motor ou com propulsão humana ou animal. Esse
tipo de transporte é o mais utilizado e é utilizado para se locomover pela cidade no dia
a dia.

Por outro lado, a nível comercial, é muito útil para o transporte de mercadorias entre
cidades vizinhas. Além disso, dada a infraestrutura, compete em custos com o
transporte marítimo em termos de países do mesmo continente. Possui grande
flexibilidade logística com acesso a quase qualquer ponto.

Alguns exemplos desses transportes são:

o Bicicleta.
o Velocípede.
o Carro.
o Autocarro.
o Camioneta.
o Bicicleta.
o Trator.
o Todo-o-terreno.
o Reboque.
o Comboio.
o Metro.

Transporte marítimo

Este grupo é formado por veículos que se deslocam pelo mar. Tanto na superfície
quanto abaixo dela.

Da mesma forma, a nível comercial, é o transporte internacional de mercadorias por


excelência. Isso, devido ao seu baixo custo e grande capacidade de deslocamento por
viagem. Como desvantagem, pode-se considerar a lentidão e a necessidade de outros
meios de transporte para o transporte da mercadoria.

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Alguns exemplos desses transportes são:

o Navio.
o Barco.
o Jangada.
o Barco.
o Balsa.
o Submarino.

Transporte aéreo

Este tipo de transporte é composto por veículos capazes de se movimentar por via
aérea. Normalmente transporta passageiros junto com mercadorias.

Este tipo de transporte oferece uma vantagem importante devido à sua velocidade.
Por isso, o custo do seguro é mais barato. Também tem uma grande disponibilidade de
voos. No entanto, é o meio de transporte com menor capacidade de transporte. Além
disso, os custos de transporte são mais elevados.

Transportes e logística

No sentido lato, o termo Logística é utilizado para explicitar todos movimentos de bens
físicos realizados entre duas localizações distintas. Contudo, é importante frisar que,
desde os seus primórdios, a logística desenvolvida para fins de carácter militar até á
sua aplicação no âmbito empresarial, sofreu uma alteração significativa no seu vasto
leque de atividades, as quais se relacionam com bens, serviços e informação (Lummus
et al., 2001). No século XX, mais concretamente na década de 80, o conceito de Gestão
Logística encontra-se limitado a um ínfimo número de empresas que almejavam a
coordenação da informação com a gestão interna dos materiais. Porém, e na década
de 90, designadamente na sequência do impacto dos fatores referidos anteriormente,
a Gestão da Cadeia de Logística assumiu um carácter bastante estratégico no processo
de criação de valor.

De acordo com o Council of Logístics Management (2007), a Gestão Logística consiste


numa parte da Gestão da Cadeia de Abastecimento que planeia, implementa e
controla de um modo eficiente e eficaz o fluxo direto e inverso, bem como a
armazenagem dos produtos, serviços e de toda a informação relacionada, desde o
ponto de origem até ao ponto de consumo, com o intuito de satisfazer todas
exigências dos clientes. No que diz respeito às suas atividades, a Gestão Logística inclui
transportes primários e secundários, a gestão da frota, a armazenagem, o handling, o
planeamento da procura/oferta e a gestão dos serviços subcontratados. Porém, a
função logística pode, inclusive, englobar o aprovisionamento (procurement), o
planeamento da produção e tarefas, a embalagem, a montagem e o serviço ao cliente.
Em suma, esta função logística envolve vários níveis de planeamento e de execução

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(estratégico, tático e operacional), consistindo numa função integrada que coordena e
otimiza todas as atividades com outras funções, designadamente de marketing,
vendas, de produção, de finanças e de tecnologia de informação (Marçal, 2006).

De acordo com a visão mais tradicional (visão funcional) os materiais, os recursos


financeiros e a informação fluem ao longo dos processos, com o intuito de satisfazer
nas necessidades em cada um dos pontos da própria Cadeia Logística.

Relativamente a esta visão em particular, Beamon (1999) argumenta que se encontra


prioritariamente focada na otimização do aprovisionamento de matérias-primas, bem
como na distribuição dos produtos ao cliente.

• Fornecedor

• Produtor

• Distribuidor

• Retalhista

• Cliente Final

• Produto, informação e recursos Financeiros

Beamon (1999) argumenta, ainda, que nesta estrutura tradicional da Cadeia Logística
eram abordados os pontos seguintes:

▪ Produção/Sistema de Distribuição: que consiste no planeamento de todas as


atividades direta ou indiretamente relacionadas com a produção e/ou distribuição;

▪ Níveis de Stock: que determina a quantidade armazenada de matérias-primas,


produtos semiacabados e produtos acabados;

▪ Número de níveis da cadeia logística: que inclui decisões de integração


vertical/horizontal;

▪ Número de Centros de distribuição: em conjunto com o número de centros de


produção (fábricas); ▪ Relação comprador/vendedor: que avalia todos os aspetos
críticos da relação existente entre comprador e vendedor;

▪ Especificação e diferenciação do produto: que resulta de uma panóplia de iniciativas,


frequentemente provenientes do Departamento de Vendas e de produtor distribuidor
retalhista cliente final marketing, definido todas as especificações desse mesmo
produto. No entanto, tais especificações podem ser modificadas através da análise da
viabilidade (técnica e financeira).

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No que diz respeito a projeto e à gestão de sistemas logísticos, Bowersox e Closs
(2007) preconizam que cada empresa deve, em simultâneo, atingir pelo menos os
seguintes objetivos:

Resposta rápida: nomeadamente um atendimento breve e o cumprimento dos prazos


que foram previamente estabelecidos;

Variância mínima: isto é uma cultura do produto/serviço padronizado ou sem qualquer


tipo de variação;

Stock mínimo: ou seja, utilizado do stock apenas em situações de extrema emergência;

Consolidação da movimentação: mais concretamente o aperfeiçoamento dos


processos e a sua transformação em sólidos e competitivos;

Qualidade: designadamente a preocupação se o serviço/produto satisfaz todos os


requisitos apresentados pelo cliente;

Apoio ao ciclo de vida: isto é, alargar o ciclo de vida do produto/serviço em questão.

Atividades da Logística

Tradicionalmente, considera-se apenas três atividades logísticas que asseguravam o


desempenho das empresas: o transporte, a armazenagem e a gestão de stocks. Porém,
na atualidade, e de acordo com o que é argumentado por Moura (2006), a logística
passou a alargar a sua influência para além do processo de produção, dos
fornecedores e dos seus clientes, passando, inclusive, a desempenhar tarefas que
tradicionalmente eram consideradas como pertencendo ao contexto da produção, do
marketing e das finanças.

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