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UFCD 0405

NOVAS
TECNOLOGIAS MANUAL
NA ATIVIDADE
DO ARMAZÉM
Formador:
INDICE
Frase de Abertura …………………………………………………….………………………………………………… 2
Descrição da UFCD ………………………………………………………………………………………………………3
1 – Introdução ……………………………………………………..……………………………………………………. 5
2 - Objetivos das tecnologias ………………………………………………………………………………….…. 6 2

2. 1 - Sistemas informáticos para o registo de mercadorias ……………………………………..… 7


2. 2 - Introdução de mercadorias no sistema ……………………………………………………………… 8
2. 3 - Controlo de stocks …………………………………………………………………………………………….. 8
2. 4 - Localização das mercadorias no armazém ………………………………………………………. 11
3 - Sistemas Informáticos para a receção de mercadorias …………………………………….…. 17
3. 1 – Scanners ……………………………………………………………………………………………………….… 18
3. 2 - Registo manual das entradas …………………………………….……………………………………. 20
3. 3 - Programação de receções ……………………………………………………………………………….. 21
4 - Manuseamento e armazenagem ………………………………………………………………………… 24
4.1 - Localização aleatória das mercadorias ………………………………………………………….…. 26
4. 2 - Sistemas de manuseamento de mercadoria ……………………………………………………. 27
5 - Recolha da mercadoria ……………………………………………………………………………………….. 34
5. 1 - Percursos de picking ……………………………………………………………………………………….. 34
5. 2 - Sistemas automáticos de recolha de mercadorias …………………………………………… 36
6 – Embalamento …………………………………………………………………………………………………….. 39
6.1 - Sistemas de etiquetagem …………………………………………………………………………….…… 40
6.2 - Embalamento de mercadorias (equipamento e processos) ……………………………… 42
7 - Expedição da mercadoria ………………………………………………………………………………….… 45
7.1 - Processos para a expedição de mercadoria …………………………………………….……….. 45
7.2 - Equipamento de expedição ……………………………………………………………………...……... 45
7.3 - Sistemas automáticos de expedição de mercadorias …………………………………..…… 47
Conclusão ………………………………………….…………………………………………………………………….. 50
Bibliografia ………………………………………………………….…………………………………………………… 51

UFCD 0405 NOVAS TECNOLOGIAS NA ATIVIDADE DO ARMAZÉM


Frase de Abertura

2
“A primeira regra de qualquer tecnologia utilizada nos negócios é que a
automação aplicada a uma operação eficiente aumentará a eficiência. A
segunda é que a automação aplicada a uma operação ineficiente
aumentará a ineficiência.”
Bill Gates

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Descrição da UFCD

UFCD – 0405 – Novas Tecnologias da Atividade do Armazém

Objetivos 2

Identificar as potencialidades tecnológicas para operar no armazém.

Conteúdos

Objetivos das tecnologias


Sistemas informáticos para o registo de mercadorias
Introdução de mercadorias no sistema
Controlo de stocks
Localização das mercadorias no armazém
Sistemas Informáticos para a receção de mercadorias
Scanners
Registo manual das entradas
Programação de receções
Manuseamento e armazenagem
Localização aleatória das mercadorias
Sistemas de manuseamento de mercadoria
Recolha da mercadoria
Percursos de picking
Sistemas automáticos de recolha de mercadorias
Embalamento
Sistemas de etiquetagem
Embalamento de mercadorias (equipamento e processos)

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Expedição da mercadoria
Processos para a expedição de mercadoria
Equipamento de expedição
Sistemas automáticos de expedição de mercadorias

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1 – Introdução

O presente manual refere-se ao tema das novas tecnologias na política de


armazenagem. Decorre da necessidade dos formandos terem uma base de apoio ao
módulo. 2

O manual abordará as questões essenciais das novas tecnologias na armazenagem,


definindo-a de forma clara e concisa, na tentativa de esclarecer o papel que tem na
economia e nas organizações, descrevendo ainda o papel importante que detém na
cadeia logística.

Um dos objetivos primordiais deste manual é também tentar sensibilizar os


formandos, da importância que esta atividade têm para a criação de riqueza e
emprego reconhecendo que é uma profissão em expansão e com um futuro risonho.

Um sistema logístico tem como objetivo a criação de valor para o cliente. Todo o
processo de disponibilização do produto ao cliente assenta, entre outras, num
conjunto de atividades de armazenagem e transporte que permitem cumprir com a
proposta de valor anunciada.

A gestão de armazém vai permitir minimizar os custos inerentes a esta atividade para
um determinado nível de serviço ao cliente.

A visão tradicional sobre os sistemas de armazenagem é de que devem providenciar os


meios para manter inventários de um determinado material nas quantidades
requeridas, no ambiente mais apropriado e ao menor custo possível.

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2 - Objetivos das tecnologias

A revolução provocada pelo desenvolvimento das novas tecnologias no final deste


século está a atingir diversas profissões. Algumas desapareceram, outras surgiram e a
grande maioria sofreu algum tipo de transformações nestes tempos da tecnologia 2

digital.

Essa mutação do trabalho proporcionou facilidades e diminuição de erros para muitas


profissões. Na área farmacêutica, por exemplo, a tecnologia dá oportunidade à
pesquisa e à produção de diversos medicamentos, preventivos ou não. As mudanças
de hoje são muito rápidas e a quantidade de informações produzidas é muito grande,
de modo que há necessidade de uma atualização constante por parte do trabalhador.

Na área médica não é diferente. O homem é surpreendido por aparelhagens e


soluções que auxiliam o processo de tratamento. A maior vantagem das mudanças é
poder avaliar os pacientes mais precisamente e realizar terapias com mais
assertividade. No entanto, por outro lado, a “fase manual “ainda tem as suas
vantagens. Utilizando as mãos durante os atendimentos, os profissionais médicos têm
mais sensibilidade sobre a estrutura do tratamento e mais perceção sobre as reações
que o corpo do indivíduo está a ter.

Já em profissões que possuem como objeto de trabalho uma máquina, as mudanças


tecnológicas colaboram com o profissional da área, oferecendo-lhe prática e conforto.
Um fotógrafo, antes acostumado a ficar imóvel por um longo tempo em frente a uma
câmara grande e desajeitada, agora conta com as máquinas digitais portáteis, leves e
que possuem muita precisão e programas informatizados com recursos para adaptar a
foto, flexibilizando as ideias e a criatividade do autor da imagem. Alguns trabalhos
fotográficos são uma corrida contra o tempo, e a prática dos aparelhos tecnológicos
ajuda muito. Em algumas áreas da fotografia profissional, a tecnologia digital é
imprescindível, como no fotojornalismo onde há uma corrida contra o tempo e o
imediatismo no trabalho é fundamental.

Mas, junto às mudanças boas, vêm também os dilemas, como o da substituição do


trabalho humano pela máquina, por exemplo. E quando isso não ocorre, a
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problemática gira em torno da atualização, do treino e da especialização dos
trabalhadores, além de mais competitividade.

2. 1 - Sistemas informáticos para o registo de mercadorias


2

Sistemas de informação gestão da armazenagem

Tal como já vimos, as funções básicas do armazenamento são:

 Movimentação

 Armazenamento

 Transferência de informação

 Em cada uma delas o computador está presente!

Na realidade, num armazém totalmente computadorizado, todas as atividades


desenvolvidas interagem com o sistema:

 Nomeadamente a receção, controlo de qualidade, armazenamento,

 Recolha por encomenda, embalagem e expedição...

 A importância da informação na gestão de um armazém é significativa

Tipicamente um armazém pode obter melhorias na sua gestão da seguinte forma:

 Aumento da eficiência do equipamento de movimentação do material


aumentando a utilização do espaço do armazém

Mas como é que a informação pode “fluir” dentro de um armazém?

 Através de uma LAN - Local Area Network, sistema de comunicação local, que
permite a transmissão de informação entre um número e variedade de aparelhos,
como terminais, processadores de texto, leitores de código-de-barras, robots, tapetes
rolantes, veículos autómatos, AS/RS...

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 Independentemente da tecnologia usada, os objetivos são: melhor controlo
sobre a informação e maximizar a eficiência e eficácia do armazém!

2. 2 - Introdução de mercadorias no sistema 2

Com o crescente número de empresas e, consequentemente com o aumento da


competitividade e da produtividade, o papel da gestão das tenologias da informação e
comunicação (TIC) surge como resposta a estas necessidades.

A utilização destas tecnologias aplicadas à logística são várias, como computadores,


comunicações, software, mecanismos de input/output, entre outras, que têm vindo a
desempenhar um papel importante nas empresas, apoiando as tomadas de decisão e a
gestão das organizações.

2. 3 - Controlo de stocks

Os Enterprise Resource Planning Systems (ERPs), são sistemas de planeamento de


recursos da empresa e consistem num pacote de software comercial que permite
desenvolver e gerir o negócio de forma a integrar os diversos departamentos de uma
empresa.

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Surgiu com o intuito de obter aumento na produtividade, redução de custos tornando
a cadeia de abastecimento mais eficiente, mas sobretudo numa perspetiva de
vantagem competitiva em relação a concorrência.

Este sistema surge nos sistemas desenvolvidos nos Estados Unidos da América, nos
anos 90, para a área de materiais e produção. Este sistema surgiu com o objetivo de 2

eliminar a redundância de operações, de cargas administrativas e burocráticas,


mediante a automatização de processos, permitindo maior consistência da
informação, e possibilitando, em tempo-real, desenvolver e gerir o negócio de forma
integrada.

A vantagem na utilização deste tipo de software, está no facto de possuir a capacidade


de integrar num único sistema a informação de diversas áreas funcionais, o que
permite realizar várias atividades em simultâneo. As ERPs resultam numa maior
facilidade em reduzir erros, contribuindo para a redução do ciclo, ou seja, o tempo de
aprovisionamento dos materiais desde a sua entrada até à sua saída, facilitando a
partilha de informação comum, reduzindo custos e aumentando a produtividade.

A dificuldade neste sistema centra-se na dificuldade na sua implementação, sendo


uma tarefa difícil e complexa, obrigando as empresas muitas vezes a vastos períodos
de adaptação, testes e controlo e implica uma grande investimento em software,
hardware, custos de implementação e manutenção, formação

O warehouse management system ou sistema de gestão de armazém consiste num


sistema de apoio à gestão dos processos de armazenagem.

Este sistema permite uma monitorização de forma mais rápida e eficiente dos
movimentos nos armazéns, desde as operações de receção, conferência, picking,
expedição, resultando numa redução de erros de stock.

O funcionamento deste sistema inicia-se com a entrada de um artigo em armazém,


registado na base de dados e imediatamente disponível no sistema após leitura de um
leitor ótico. Todos os processos inerentes à armazenagem são controlados com a ajuda
de terminais portáteis, responsáveis pela leitura dos códigos dos artigos e assim
assegurando a rastreabilidade do produto.

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Durante o tratamento das receções e das expedições de mercadoria, o sistema de
gestão informa em tempo-real os operadores onde devem ser colocados ou retirados
artigos. Através deste sistema também é possível o controlo de stocks, na medida em
que permite emitir avisos de excesso e de ruturas de stock e data de validade,
permitindo o reaprovisionamento do armazém a tempo e horas.
2

Estes processos são realizados com o auxílio de tecnologias de comunicação wireless,


mais concretamente equipamentos portáteis de leitores óticos permanentemente
ligados ao sistema central, permitindo um controlo de tarefas em tempo real
reduzindo os erros significativamente.

Os sistemas de identificação por rádio (RFID) permitem identificar e acompanhar


automaticamente objetos, produtos ou bens, comunicando com estes através de sinais
de ondas de rádio.

Este sistema consiste numa etiqueta eletrónica, ou microchip colocada no objeto,


onde através da frequência de rádio comunica para uma antena registando a sua
passagem pela sua zona de leitura.

A origem desta tenologia remonta à década de trinta do século passado durante a


segunda guerra mundial, quando os Ingleses, Alemães e Japoneses utilizavam
tecnologia semelhante, através dos seus radares de modo a permitir identificar os
aviões, e se estes pertenciam ou não às forças Aliadas – denominada por IFF
(Identification Friend or Foe).

Exemplo do uso desta tecnologia presentemente em Portugal, é o sistema de cobrança


de portagens, denominada “via verde”.

A aplicação desta tecnologia na gestão da cadeia de abastecimento apresenta um


grande potencial estratégico para o desenvolvimento de modelos integrados, o que se
traduz num aumento da eficácia e eficiência, redução de recursos e tempos de
processamento permitindo a rastreabilidade dos produtos e disponibilizar dados em
tempo-real através da tecnologia RFID com a internet a informação dos mesmos
qualquer que seja o local onde se encontrem ao longo de toda a cadeia.

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Há uma vantagem óbvia dos sistemas RFID em relação aos códigos de barras. Os
códigos de barras têm de ser deliberadamente lidos com a ajuda humana, enquanto as
tags RFID podem ser lidas automaticamente sem envolvimento humano.

Essa característica das tags RFID implicam vários benefícios:

2
• Os dados podem ser obtidos de forma contínua e, portanto, eles são mais
dados obtidos apenas em intervalos específicos (como contagens de inventário) e
pontos específicos na cadeia de abastecimento (como enviar ou receber artigos);

• Não envolver um humano no processo significa que as leituras podem ser


menos caras e geralmente mais precisas;

• Os códigos de barras requerem linha de visão para a sua leitura, enquanto as


etiquetas RFID podem ser lidas em qualquer orientação, desde que estejam dentro do
alcance do leitor. As implicações desta última caraterística, em combinação com a
anterior dão o seguinte:

o Velocidade - muitas etiquetas podem ser lidas simultaneamente num


computador, em vez de leitura de uma etiqueta de cada vez;

o O conteúdo de meios de transporte diferentes, (como reboques, caixas,


paletes, carrinhos de compras) podem ser lidos automaticamente, sem a abertura e
classificação do que está dentro do transporte;

o Localização - leitores de RFID podem fornecer informações sobre a localização


aproximada.

Com RFID, é possível saber o que se têm em stock num armazém a cada momento, tal
como numa planta de produção ou numa loja de retalho, tendo-se possibilidade de
reduzir os erros na gestão de inventários, ter menos roturas e mais produtividade.

2. 4 - Localização das mercadorias no armazém


Todos os armazéns têm fluxos de entrada, fluxos de saída e fluxos entre as diferentes
áreas que constituem um armazém.
Um armazém genérico é composto por cinco grandes áreas, entre as quais circulam
vários fluxos:
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Receção
• Recebe as mercadorias e remete-as para três áreas diferentes: zona de reserva;
zona de separação e preparação de pedidos; ou são cross-docked para a área de
expedição.
2

Zona de reserva
• Recebe os produtos da área de receção e reabastece a área de separação e
preparação de pedidos.
Zona de separação e preparação de pedidos
• Recebe os produtos tanto da área de receção como da zona de reservas e
processa os mesmos para as zonas de separação e preparação de pedidos de menos de
uma caixa e acumulação, separação, embalagem e unificação.

Case picking
• Recebe os produtos e envia todos os que estão processados por case picking
para a zona de separação e preparação de pedidos.

Broken case picking


• Recebe os produtos e envia todos os que estão processados por broken case
picking para a zona de separação e preparação de pedidos.

Zona de acumulação, separação, embalagem e unificação (order-picking)


• Processa todos os pedidos vindos da zona de separação e preparação de
pedidos e reenvia-os para a área de expedição.

Expedição
• Recebe os produtos enviados diretamente da área de receção, por cross-
docking, tal como todos os produtos vindos da zona de separação e preparação de
pedidos.

É de notar que em qualquer zona do armazém e em qualquer percurso possam existir


outros fluxos, nomeadamente de produtos extraviados e danificados.

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Deve-se considerar como filosofia de armazenamento que os produtos pesados,
volumosos ou de difícil manuseamento devem ser armazenados perto do seu local de
utilização, isto porque os custos de manipulação de produtos pesados ou volumosos é
sempre maior, sendo este um incentivo para minimizar a distância de manipulação.

Nesta filosofia também se devem considerar as variações na altura de teto, isto porque 2

de zona para zona, dentro de um armazém existe uma relação direta entre se a altura
do teto e o produto a ser armazenado, especificamente os produtos pesados e
volumosos devem ser armazenados nas zonas em que o teto tem uma altura mais
baixa, enquanto que os produtos mais leves e de fácil manuseamento devem ser
armazenados em zonas cujo teto é mais alto.

Se forem consideradas estas parametrizações verificar-se-á uma gestão e um


manuseamento mais correto e produtivo, o enfoque é feito também tendo em
consideração os metros cúbicos disponíveis no armazém a serem utilizados,
respeitando sempre as restrições existentes a nível da capacidade de carga do piso.

Assim, os produtos leves podem ser armazenados em zonas mais altas do que os
produtos pesados e volumosos, dependendo apenas da capacidade de carga do piso.

A filosofia de tamanho afirma também que o tamanho de um local de armazenamento


se deve ajustar ao tamanho do material a ser armazenado, ou seja, nunca armazenar
um produto que ocupa 3 metros cúbicos num local com capacidade para armazenar
um produto que ocupa 9 metros cúbicos.

É necessário a existência de uma larga variedade de tamanhos, a nível de


armazenamento, de modo a que produtos diferentes possam ser armazenados de
forma diferente.

Não se deve ter em consideração o tamanho físico de um só produto mas sim a


quantidade total a ser armazenada desse mesmo produto, pois os layouts e métodos
de armazenamento variam com a quantidade, e é completamente diferente
armazenar 2 paletes de um determinado produto e armazenar 200 paletes desse
mesmo produto.

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Nos armazéns de forma geral, devem ser tomadas medidas de segurança para impedir
o acesso não autorizado ao armazém, uma vez que pessoas estranhas ao serviço
podem colocar em causa todos os procedimentos de segurança.

Assim, devem ser tidas em consideração as seguintes instruções:

2
o Durante as horas de trabalho o acesso poderá ser feito através de cartões de
banda magnética. Estes deverão conter algumas instruções gerais de segurança
relacionadas com a organização da emergência do edifício;

o Fora das horas de trabalho devem ser fechadas à chave as portas e janelas do
armazém bem como dos escritórios;

o As chaves do armazém devem estar guardadas no escritório ou portaria, não


devem estar acessíveis a qualquer pessoa. Terão que estar devidamente etiquetadas e
de fácil acesso em caso de emergência.

A segurança num armazém não depende única e exclusivamente do tipo de atividades


que são exercidas diariamente no mesmo (relacionadas com a movimentação de
mercadorias).

Desta forma, devem ser evitadas, dentro do armazém (mais concretamente na zona de
movimentação de mercadorias, receção e expedição), as atividades que não tenham
que ver com o armazenamento propriamente dito, e devem realizar-se em espaços ou
secções apropriadas, tais como:

o A manutenção e reparação de veículos e máquinas.

o Controlo de qualidade.

o Etiquetagem.

o Inspeção e separação de mercadorias

o Etc.

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São considerados produtos perecíveis os produtos alimentícios, alimentos in natura,
produtos semi-preparados ou produtos preparados para o consumo que, pela sua
natureza ou composição necessitam de condições especiais de temperatura para a sua
conservação.

Os produtos perecíveis são considerados aptos para o consumo durante alguns dias, 2

dependendo da sua natureza, se forem conservados em ambiente refrigerado com


temperatura ao redor de 4ºC. Porem, não superior a 6°C ou aquecido acima de 65°C.

Já os produtos perecíveis pré-embalados são normalmente conservados em ambiente


refrigerado e, dependendo de suas características, poderão permanecer aptos para o
consumo em prazos que variam de alguns dias a várias semanas.

O armazenamento de produtos perecíveis tem por objetivo minimizar a intensidade de


seu processo vital evitando, por exemplo, o ataque de patógenos, danos fisiológicas e
a desidratação.

Todo o produto armazenado implica gastos com energia, funcionários, limpeza, entre
outros. Manter uma camara de refrigeração em funcionamento constante requer um
gasto extra de energia, o que torna os custos de manutenção da camara maiores que
do depósito. Estes custos somados representam o custo de armazenamento.

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Existem muitos fatores que, somados, levam as perdas de mercadoria, entre as quais:
transporte, manipulação dos produtos e armazenamento inadequado.

As empresas que trabalham com produtos perecíveis utilizam o modelo de transporte


de materiais. Este modelo logístico exige grandes gastos para melhorias em
transportes e armazenagem; contudo, tais melhorias não resolvem os problemas de 2

uma infraestrutura industrial defeituosa.

Para apoio logístico nos processos de distribuição dos seus produtos, as empresas
costumam possuir centros de distribuição que possibilitam um posicionamento
avançado, principalmente para a entrega de bens de consumo mais imediato.

Esse mecanismo permite atender adequadamente todos os pontos de vendas, os quais


tem uma procura firme e constante, com rápido giro dos produtos, normalmente de
alta perecibilidade e com pequeno tempo para comercialização.

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3 - Sistemas Informáticos para a receção de mercadorias

A receção é o conjunto de atividades num armazém que tem como objetivo verificar,
de uma forma organizada, que o fornecedor entregou o produto correto, em boas
condições, na quantidade certa, com a qualidade exigida, no momento certo; e dar 2

entrada desse produto no armazém ou enviá-lo para outro sector da empresa.

Pode-se definir a receção como o portal das instalações, todos os materiais,


mercadorias e equipamentos que entram nas instalações passam pela área de receção.
Se esta não funcionar de modo correto então irão entrar nas instalações materiais
incorretos, danificados ou com defeito. Assim sendo a área de receção é uma zona
crítica, que se não estiver a operar corretamente pode criar dificuldades operacionais
nas instalações.

A arrumação de mercadoria dá-se após a atribuição de um local de arrumação à


palete. Esta atribuição pode ser feita pelo sistema informático ou pode ser feita
manualmente. Em qualquer dos casos deve obedecer a um conjunto de regras que
garantam a maximização da produtividade.

Independentemente da forma como é decidida a localização pode ser necessário


confirmar que a palete já foi arrumada – para indicar que já está disponível para
preparação, por exemplo.

Também pode ser necessário, no momento da arrumação, indicar um dígito ou letra


de controlo da posição, para confirmar que a palete está mesmo arrumada na posição
que deve.

É claro que esta confirmação é muito mais proveitosa se for feita utilizando rádio-
terminais. Por duas razões: pela rapidez de confirmação e pela correção, esta é
garantida pela possibilidade de leitura de um código de barras, que é bastante mais
rápido e fiável.

Pode-se mesmo dizer que sem rádio-terminais esta verificação perde todo o seu
interesse.

 A receção tem como atividades principais (Mulcahy):

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1. Marcar a data e a hora de entrega dos materiais no cais;

2. Descarregar os materiais do veículo transportador;

3. Contar o produto;

4. Verificar a qualidade do produto;


2

5. Identificar o produto;

6. Dar entrada do produto nas existências em armazém;

7. Transferir o produto para a zona de armazenagem.

3. 1 - Scanners

O uso de computadores, códigos de barras e GPS veio revolucionar a receção e


expedição, registando-se melhorias: na preparação de documentos, identificação
correta de clientes e de produtos, programação das atividades tanto por parte do
trabalhador como de equipamentos e transferências bancárias online.

Com a utilização de scanners de mão e scanners fixos é possível assegurar a


identificação correta de produtos e que esta informação esteja disponível online. Esta
nova tecnologia possibilitou melhorias: na identificação de inventário, controlo do
fluxo de produtos, transporte interno mais eficiente, atribuição precisa de pedidos de

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encomenda e manifestos das transportadoras. Com o uso de GPS foi possível melhorar
a utilização de transportadoras e a produtividade de trabalhadores e equipamentos.
Esta tecnologia baseada em frequências de rádio consiste na marcação através destas
mesmas numa transportadora, estação de trabalho e numa central de monitorização,
permitindo saber a posição exata da transportadora em qualquer dado momento.
2

As tendências de novos equipamentos para descarregamento e carregamento incluem


niveladores de cais, sistemas automáticos de descarregamento e carregamento,
equipamentos de armazém móveis e esteiras de transporte. Que têm como objetivos:
aumentar a flexibilidade dos departamentos de receção e expedição no
manuseamento dos vários tipos de transportadoras e melhorias na segurança, fluxo
dos produtos e a produtividade dos trabalhadores nos departamentos. Pode-se assim
concluir que no futuro haverá uma redução no número de empregados e espaço de
trabalho que é atribuído às operações de receção e expedição mas haverá um
aumento do número de empresas que implementam a operação de cross-docking.

Podemos afirmar com segurança que as grandes vantagens dos scanners são:

- Menor necessidade de papel

- Flexibilidade

- Maior acurácia

- Maior produtividade

- Mãos livres

- Redução de danos

- Atualização automática dos stocks

- Possibilidade de lidar com multi localizações

Mas também reconhecemos que apresentam algumas desvantagens que devemos


levar em linha de conta:

- Custo do hardware

- Requer código de barras no produto

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- Questão de normativos internacionais complicados

- Requer manutenção.

2
3. 2 - Registo manual das entradas

Quando a viatura é solicitada para entrar, devem ser executadas certas tarefas, por
forma a garantir o fluxo normal do trabalho. A decisão de permissão para a viatura
entrar, pode ser tomada pela segurança ou colaborador que estejam a gerir a portaria.
Se assim for, eles terão de estar completamente entrosados com a equipa operacional
– encarregada de gerir a operação do armazém. Vejamos em detalhe quais poderão
ser elas:

Registo da hora de entrada, para que possam ser feitas estatísticas comparando a
hora efectiva de entrada com a hora agendada. Esta estatística pode estar
contemplada num contrato logístico e haver penalizações para atrasos provocados
pelo fornecedor ou pelo armazém;

Atribuição de um cais de descarga, o cais é decidido pela operação do armazém,


conforme as circunstâncias do momento e atendendo ao local onde a mercadoria
transportada pela viatura é guardada no armazém (quanto mais perto for o cais do
local melhor);

Verificação do selo da viatura, no caso de ser uma viatura selada (devoluções de


clientes, por exemplo) é necessário verificar que o selo se mantém intacto. Este passo
poderá ser feito aqui na portaria ou então no cais de recepção.

A informação recolhida neste passo irá permitir medir o grau de adesão do


agendamento pela realidade da operação. Esta medição é feita por forma a poder-se
identificar duas áreas de responsabilidades: a dos fornecedores e a do armazém. A
responsabilidade é dos fornecedores quando estes chegam atrasados ou demasiado
adiantados, no primeiro caso impedem a recepção atempada das mercadorias – o que
é grave por dois motivos: as filosofias atuais de JIT exige uma sincronização crescente

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das várias partes da cadeia de abastecimento, sob pena de ocorrência de ruturas; o
atraso de um fornecedor pode provocar um atraso global na recepção de mercadorias,
que perdurará pelo resto do dia. No segundo caso, chegada demasiado adiantada,
pode provocar um embaraço na circulação de viaturas, especialmente se a área
reservada para viaturas em espera não for grande. As responsabilidades do armazém
2
situam-se quando a viatura chega dentro da janela prevista – tipicamente esta janela é
de mais ou menos trinta minutos face à hora agendada – e a sua descarga é atrasada
por qualquer razão.

Como é natural, a informação recolhida na portaria deve ser de grande importância, os


tempos de espera podem agravar fortemente os custos de transporte, especialmente
se forem longos. Esta informação será relevante de utilizar na negociação do contrato
logísticos com as empresas ou organizações parceiras na cadeia de abastecimento.

3. 3 - Programação de receções

O grande objetivo que este ponto irá abordar é o de determinar o modo como a
mercadoria deve ser rececionada do ponto de vista administrativo e informático.

Este procedimento tem como objetivo não só dar cumprimento a função


administrativa mas também, e dependendo do caso, indicar ao sistema informático a
chegada do artigo deixando que este decida o que será feito com ele. Ele só faz sentido
no modelo de operação clássico, uma vez que no modelo JIT, o registo informático da
mercadoria recebido é feito em tempo real.

O operador administrativo introduz, a partir do documento de recepção preenchido


pelo operador de conferência, as quantidades recebidas e rejeitadas de cada artigo;

Na conferência cega o operador administrativo introduz, a partir do documento de


recepção preenchido pelo operador de conferência, as quantidades recebidas e
rejeitadas de cada artigo;

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O computador deverá comparar a quantidade introduzida com a prevista, gerando
uma mensagem de erro e pedindo de confirmação da quantidade, no caso delas serem
diferentes;

O operador deverá solicitar a um operador de conferência uma nova contagem do


artigo, artigos ou paletes com quantidades diferentes. O resultado desta nova
contagem deverá ser introduzido no computador e recomeçado o processo, no caso de
a quantidade ainda ser diferente;

Será também gerada uma mensagem para retirar das paletes recebidas todos os
artigos que foram recebidos a mais, na quantidade em excesso.

O computador calcula a posição onde colocar cada palete recebida e imprime uma
etiqueta para colocação na palete;

Se for o caso da mercadoria não poder ficar disponível, o operador administrativo


deverá indicar que a palete está bloqueada, impedindo-a de ser servida. Isto pode
acontecer no caso de conferências qualitativas mais elaboradas, demoradas ou
dependentes de terceiros à operação do armazém;

Após todas as confirmações e correções deverá ser impressa uma etiqueta por palete
recebida, que será colocada na palete e terá o local onde ela deverá ser arrumada.

Estas etiquetas deverão ser colocadas nas paletes pelos operadores de recepção e
marcarão o início do processo de arrumação;
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Este processo de registo informático dará origem a uma nota de recepção, que será
confrontada com a fatura do fornecedor;

As diferenças verificadas da quantidade recebida contra a quantidade encomendada


serão alvo de um documento de devolução ao fornecedor;

2
No final do registo informático podem acontecer uma de duas alternativas: a
mercadoria recebida satisfez na íntegra a encomenda colocada ou não satisfez na
totalidade. No primeiro caso a encomenda é fechada no final do registo, no segundo
pode ser encaradas duas alternativas: a encomenda é fechada no final – assumindo-se
que o que não foi entregue é declarado como rutura – ou a encomenda continua
aberta – julgando-se que o remanescente da mercadoria será entregue no totalidade
ou parcialmente a posteriori.

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4 - Manuseamento e armazenagem

A armazenagem com a finalidade de obter lucro, é pelo menos tão antiga quanto a
história. Nos primeiros escritos, o homem foi descrito como tendo excesso de
alimentos armazenados e mantendo os animais como excedente para situações de 2

emergência. À medida que a civilização se foi desenvolvendo, os armazéns locais foram


introduzido.

As mercadorias encontravam-se armazenadas em ligação com os transportes,


comércio e atividades de produção. Quando o transporte se ramificou para algo muito
mais abrangente, os armazéns tornaram-se mais do que simples armazéns locais.

Quando os principais pontos comerciais se desenvolveram durante a Idade Média, a


armazenagem foi estabelecida para lidar com o armazenamento de itens enviados. O
primeiro grande entreposto comercial foi construído em Veneza, um importante
centro de rotas comerciais. Os armazéns nessa área eram explorados com fins
lucrativos por uma fraternidade de comerciantes conhecidos como Guildas. À medida
que a atividade de comércio se expandiu para além da área do Mediterrâneo, cada
cidade portuária desenvolveu o seu próprio armazém terminal. A armazenagem nos
portos das cidades vieram reduzir a quantidade de tempo que um navio ficava detido
no porto, e melhorava consideravelmente o transporte no exterior.

Após a receção das matérias-primas deve proceder-se ao seu armazenamento. Todas


as embalagens de cartão devem ser retiradas mantendo os rótulos junto dos alimentos

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Os locais destinados à armazenagem de géneros alimentícios devem ser secos, e estar

devidamente limpos, de forma a permitirem manter a qualidade higiénica e nutritiva


dos alimentos.

Assim sendo, no local de armazenamento:


2
• Os géneros alimentícios têm de ser mantidos afastados do chão e das paredes

• Os produtos devem ser arrumados de acordo com as suas características

• Os produtos cuja validade está mais perto do fim deverão ser os primeiros a serem

consumidos

• Os produtos de limpeza têm ser armazenados em local separado dos géneros

alimentícios ou em armário fechado e identificado

As regras de armazenamento são definidas de acordo com:

• Estado de conservação

• Características do alimento e o seu grau de contaminação

• Rotação de stocks – FIFO – o 1º a entrar é o 1º a sair

• Data de validade

• Ergonomia

Estado de conservação:

• Produtos secos – não requerem refrigeração. Ex.: Farinha, açúcar, arroz, batatas,

cebolas, alhos;

• Produtos Frescos – requerem refrigeração positiva. Ex.: legumes, refrigerantes,


carne,

peixe, fruta;

• Produtos congelados – requerem refrigeração negativa. Ex.: carne congelada, peixe

congelado, vegetais congelados.

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4.1 - Localização aleatória das mercadorias

Quando se armazena devem-se manter em boas condições os materiais armazenados 2

e realizar o aviamento (expedição) rapidamente e nas melhores condições de


segurança.

Existe um vasto conjunto de fatores, que condicionam a seleção do método de


armazenagem, dos quais se realçam os seguintes:

• Rotatividade dos materiais;


• Volume e peso;
• Valor;
• Ordem de entrada/saída;
• Acondicionamento e embalagem;
• Fragilidade/robustez;
• Perecibilidade.

Colocação aleatória
Nos espaços livres podem-se colocar qualquer material, não existindo lugares
marcados, mas apenas critérios gerais de localização.

Colocação por secções / tipo de produto


Os produtos devem ficar guardados por tipo de produto, dentro da secção respetiva.
Todos os materiais têm o seu espaço perfeitamente identificado para serem colocados
e não podem ser colocados noutro lugar.

Colocação por dimensão dos produtos

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Os produtos de maior dimensão (maior volume) e peso devem ficar em localizações
mais próximas do chão e das saídas e entradas.

Colocação pela rotação dos produtos


Os produtos com mais rotação, isto é, com mais procura, devem estar mais próximos 2

da entrada ou saída de mercadorias, para evitar constantes deslocações longas.

Para minimizar o trabalho e, consequentemente o custo logístico da armazenagem,


devem ficar mais próximos da saída os materiais de maior frequência de movimentos e
destes os mais pesados, os de maior volume e os de difícil movimentação.

Nos locais mais afastados da saída serão colocados os materiais de fraca frequência de
saídas; os monos e os que atravanquem as movimentações interiores devido à sua
forma ou tamanho.

Pode dividir-se o armazém em três zonas de intervenção, definidas por ordem


crescente das distâncias a percorrer pelos materiais e da dificuldade de
movimentação:

1. Na primeira zona arrumam-se os materiais movimentados mais frequentemente e


em grandes volumes.

2. Na segunda zona colocam-se os materiais de média frequência de movimentação de


grandes volumes e elevada frequência de movimentação de pequenos volumes.

3. Na terceira zona colocam-se os restantes materiais.

4. 2 - Sistemas de manuseamento de mercadoria

Os armazéns são espaços idealizados para armazenar produtos em quantidade, onde


habitualmente esse armazenamento não é feito de uma forma aleatória, isto porque
estes mesmos armazéns servem como plataformas de escoamento. Assim, pretende-
se que os mesmos tenham uma estrutura coerente e organizada permitindo com isso

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rececionar, manobrar e expedir os mais diversificados tipos de produtos com um
controlo moderado das condições ambientais e de segurança.

O armazém tem dentro de uma empresa um papel importante, contribuindo para o


bom funcionamento da cadeia logística. A missão de um armazém é expedir produtos
com qualquer configuração, para o passo seguinte da cadeia logística, sem os danificar 2

ou modificar de forma indesejável. Para isso há muitos passos a dar e, portanto,


algumas oportunidades de melhoria nas operações do armazém, que podem ser
aproveitadas. Melhorando os métodos, tem-se melhor desempenho. Se o armazém
não conseguir processar as encomendas de forma rápida, eficaz e precisa, então os
esforços de melhoria da cadeia logística da empresa irão ser prejudicados. A tecnologia
de informação e a distribuição desempenham um papel importante na melhoria das
operações do armazém. O melhor sistema de informação, no entanto, não servirá de
nada se os sistemas físicos necessários para fazer sair os produtos do armazém tiverem
restrições, forem mal utilizados ou estiverem desatualizados. Existe um determinado
número de filosofias a ter em conta num armazém que são tidas de certo modo como
linhas de orientação para o desenvolvimento eficaz do layout de um armazém. O
layout escolhido para cada armazém deverá depois ser avaliado tendo em
consideração todos os critérios específicos existentes nas filosofias que se seguem.

Similaridade – A similaridade tem como base de sustentação o facto de permitir que


os produtos que são rececionados e/ou enviados juntos devem ser armazenados da
mesma forma. Dando como exemplo uma loja de materiais de jardinagem: temos um
potencial cliente que a ela se dirige para adquirir uma espátula não terá grande
interesse em comprar um serrote, no entanto poderá ter particular interesse em
adquirir fertilizantes ou sementes. O ato de comprar um produto da mesma área pode
levar a adquirir um outro, inclusive por associação de ideias e também, considerando a
influência que a colocação de produtos em prateleiras tem no cliente. Assim o serrote
deverá ser arrumado na mesma área onde se encontram os martelos, pregos, etc. Por
vezes, determinados itens são rececionados juntamente, provavelmente vindos do
mesmo fornecedor; esses itens devem ser armazenados juntamente. Geralmente eles
necessitam de um armazenamento e respetivo método de tratamento similar, e por
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isso o seu armazenamento no mesmo local vai resultar numa manipulação e utilização
de espaço mais eficientes. Como em todas as teorias existem exceções, nesta a
exceção tem a ver com a semelhança e com a funcionalidade. Nesta filosofia de
similaridade, um exemplo disso são os interruptores; um interruptor pode ser
semelhante a tantos outros, mas em termos de funcionalidade pode ser diferente
2
como é o caso dos elétricos de 2, 3 ou 4 vias. São bastante semelhantes a todos os
outros mas funcionam de forma diferente. Caso o seu armazenamento fosse efetuado
perto dos outros, poderia provocar erros na separação e preparação de pedidos e em
todas as operações posteriores

Tamanho – Acerca do tamanho deve-se considerar como filosofia de armazenamento


que os produtos pesados, volumosos ou de difícil manuseamento devem ser
armazenados perto do seu local de utilização, isto porque os custos de manipulação de
produtos pesados ou volumosos é sempre maior, sendo este um incentivo para
minimizar a distância de manipulação. Nesta filosofia também se devem considerar as
variações na altura de teto, isto porque de zona para zona, dentro de um armazém
existe uma relação direta entre a altura do teto e o produto a ser armazenado,
especificamente os produtos pesados e volumosos devem ser armazenados nas zonas
em que o teto tem uma altura mais baixa, enquanto que os produtos mais leves e de

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fácil manuseamento devem ser armazenados em zonas cujo teto é mais alto. Se forem
consideradas estas parametrizações verificar-se-á uma gestão e um manuseamento
mais correto e produtivo, o enfoque é feito também tendo em consideração os metros
cúbicos disponíveis no armazém a serem utilizados, respeitando sempre as restrições
existentes a nível da capacidade de carga do piso. Assim, os produtos leves podem ser
2
armazenados em zonas mais altas do que os produtos pesados e volumosos,
dependendo apenas da capacidade de carga do piso.

A filosofia de tamanho afirma também que o tamanho de um local de armazenamento


se deve ajustar ao tamanho do material a ser armazenado, ou seja, nunca armazenar
um produto que ocupa 3 metros cúbicos num local com capacidade para armazenar
um produto que ocupa 9 metros cúbicos. É necessário a existência de uma larga
variedade de tamanhos, a nível de armazenamento, de modo a que produtos
diferentes possam ser armazenados de forma diferente. Não se deve ter em
consideração o tamanho físico de um só produto mas sim a quantidade total a ser
armazenada desse mesmo produto, pois os layouts e métodos de armazenamento
variam com a quantidade, e é completamente diferente armazenar 2 paletes de um
determinado produto e armazenar 200 paletes desse mesmo produto.

Características – Os produtos têm todos eles característicos diferentes o que vai


permitir o seu armazenamento e manipulação de diferentes maneiras, no entanto não
podemos ignorar essas mesmas características ocorrendo numa má gestão de
armazenamento.

Tem de se ter em consideração os diversos tipos de produtos:

• Produtos perecíveis – quando se fala de produtos perecíveis estamos a falar de


matéria com um prazo de validade curto, porque o seu conteúdo é rapidamente
degradado, logo o seu processo de armazenamento tem de ser controlado de outra
maneira e tendo sempre em linha de conta a sua perda.

• Materiais frágeis e de forma estranha – considerando a características de


alguns produtos em que predomina a forma do produto, o seu armazenamento não
pode ser efetuado tendo só em linha de conta o tipo de armazenamento definido
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anteriormente, alguns produto não se encaixam nas áreas de armazenamento
previamente definidas, mesmo quando diversos tamanhos de armazém estão
disponíveis. Produtos com formas estranhas, levam a problemas com o seu
manuseamento e armazenamento. Quando se é confrontado com produtos com
formas diferentes o armazenamento dos mesmos dever-se-á criar um espaço aberto.
2
Por outro lado se os produtos a serem armazenados forem produtos frágeis, ou se
existirem elementos externos tal como a humidade, alta devem ser feitos
ajustamentos adequados no respetivo armazém.

• Materiais perigosos – Ao efetuar o manuseamento e armazenagem de


produtos considerados perigosos, dando como exemplo, produtos químicos
inflamáveis, gás entre muitos outros tem de se ter em consideração o seu
armazenamento num espaço separado e isolado, a juntar a esse armazenamento tem
de ser consideradas as regras de segurança, considerando sempre o seu isolamento de
modo a minimizar o risco de exposição dos trabalhadores.

• Itens de segurança – A principal premissa param todos os materiais em


armazém leva-nos a dizer que qualquer produto pode ser alvo de furto. Mas se forem
considerados os materiais com alto valor unitário essa premissa torna-se superior,
para minimizar este risco é criada uma proteção adicional na área onde se efetua o
armazenamento.

• Compatibilidade – pelas características de alguns produtos deve-se considerar


o seu armazenamento em locais distintos. Quando se fala por exemplo de produtos
químicos pode-se considerar alguns que não são perigoso se estiverem sozinhos, mas
que em contacto com outros materiais químicos poder-se-ão tornar perigosos,
podendo levar a reações que podem colocar em risco o armazém e os respetivos
produtos. Consideramos também outro tipo de produtos para dar o exemplo de que
não são só os produtos perigosos como também outros produtos carecem de espaço
físico diferenciado de modo a não serem “contaminados”, como exemplo, ao termos
no mesmo espaço de refrigeração manteiga e peixe a manteiga rapidamente absorve o
odor do peixe. Deste modo ocorríamos num erro de armazenamento. O facto de
ambos precisarem de refrigeração levar-nos-ia a agrupá-los no mesmo espaço no
entanto, tem de se ter sempre em consideração o item da compatibilidade.
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• Utilização de espaço – Quando se fala em ergonomia de espaço, tem de se
considerar todas as necessidades necessárias e ideais para o armazenamento dos
produtos. Para efetuar o planeamento da armazenagem ou acomodação dos produtos
bem como a otimização no seu manuseamento tem de ser desenvolvido um layout
que irá permitir a maximização da utilização do espaço de armazenamento conjugado
2
com o nível de serviço prestado e também com o tipo de produto a ser armazenado. A
conjugação de todos estes fatores vai permitir uma maior qualidade no serviço
prestado bem como, uma maior celeridade dos mesmos. Quando se fala do layout
devem ser considerados vários fatores:

• Conservação do espaço – o fator de conservação do espaço vai permitir a


utilização de maior quantidade de produto por metro cúbico, minimizando o
honeycombing. Existe uma relação direta entre o aumento da concentração do espaço
e a flexibilidade, registando-se também um aumento da capacidade de manusear
grandes encomendas. A utilização do metro cúbico vai aumentar, armazenando,
permitindo armazenar os materiais na altura e profundidade apropriadas, este fator
vai contribuir para minimizar o honeycombing. O honeycombing ocorre também a
partir da movimentação incorreta de materiais do armazém.

• Limitações de espaço – A utilização do espaço será limitada pela construção do


armazém considerando as vigas, os detetores de fumos, os sprinklers, a altura do teto,
capacidade de carga do piso, postes, colunas. Em consideração deve-se ter também a
altura de segurança de empilhamento de materiais. Ao efetuar-se a construção ou
remodelação de um espaço para armazenamento tem de se ter presente a capacidade
de carga do piso, elemento de grande importância para uma estrutura com vários
pisos, para que não existam riscos e, não tenha uma repercussão negativa no
armazenamento de materiais tem de se considerar o posicionamento dos postes e
colunas de maneira harmoniosa de modo a que ao armazenamento seja feito de uma
forma compacta em torno da estrutura. Uma das vertentes a ter em linha de conta são
as alturas de segurança de empilhamento de materiais, estas pode-se dizer que estão
diretamente relacionadas com o conteúdo e estabilidade dos mesmos, se o material a
ser armazenado tiver características frágeis o tipo de armazenamento terá de ser
diferente, isto é para cada tipo de material tem de existir uma forma adequada de

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armazenagem, não descurando nunca a relação com o espaço envolvente e a sua
segurança. Quando se fala em empilhamento e segurança, focamos os materiais cujas
características próprias só permitem o tratamento manual, nesses casos a sua
disposição no armazém deve ser feita de um modo que os operadores possam
manuseá-los sem dificuldade, em segurança e de uma forma célere.
2

• Acessibilidade – a acessibilidade e as limitações de espaço encontram-se


relacionadas na estrutura de um armazém, o enfoque que por vezes é dado na
utilização de espaço origina nalguns casos uma dificuldade aos materiais. Na
construção de um armazém deve ter sempre presente o layout do mesmo, devem
existir e fazer-se cumprir os objetivos previamente definidos para uma boa
acessibilidade aos produtos que irão estar armazenados naquele local. Quando se fala
em acessibilidade consideram-se os corredores por onde irão passar pessoas,
empilhadores entre outros, para além disso tem de se considerar a localização de
portas, de modo a que o seu acesso por entre os corredores seja direto. Pretende-se
com esta estrutura ganhar tempo, evitando maiores dificuldades nas movimentações e
perdas de tempo, para além disso os corredores devem sempre ser estruturados tendo
em conta a sua largura, essa largura deve ser criteriosamente definida tendo em
consideração espaço e desperdício, isto quer dizer que têm de ter dimensões em que
seja possível a movimentação mas, ao mesmo tempo não devem ter desperdício de
espaço, têm de ser adaptados ao tipo de equipamento que vai ser utilizado para que
todo o processo seja eficaz.

Ordem – O princípio da ordem salienta o facto de que um bom “warehouse keeping”


começa com a ideia de um house keeping. Seguindo o raciocínio que serve de base ao
princípio da ordem, os mesmos corredores que devem ser construídos considerando a
boa acessibilidade e as limitações de espaço também devem ser devidamente
identificados com uma sinalética própria (Fita de corredor ou tinta), para que não
ocorram situações de intromissão no espaço definido previamente como corredor de
acesso, o que iria provocar uma maior dificuldade por parte dos operadores ao seu
acesso. Os espaços sem material, espaços vazios deve ser evitado, logo devem ser
corrigidos, isto é, se um espaço é projetado para ter 5 paletes e, no processo de
armazenamento, 1 palete viola o espaço disponibilizado para uma outra palete, vai

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resultar daqui um espaço vazio. Devido a isso, apenas 4 paletes podem ser
armazenadas na área.

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5 - Recolha da mercadoria

5. 1 - Percursos de picking

O picking, também conhecido por order picking (separação e preparação de pedidos)


2
pode ser definido como a atividade, na qual um pequeno número de produtos, é
extraído de um sistema de armazenagem, para satisfazer um certo número de pedidos
de clientes independentes. Os processos de picking tornaram-se uma parte importante
do processo da cadeia de abastecimento. Esta atividade é vista como a mais intensiva
e dispendiosa em quase todos os armazéns, onde o custo de separação e preparação
dos pedidos é estimado em até 55% da despesa total de funcionamento do armazém.
Como esta atividade envolve custos significativos e pode influenciar e afetar os níveis
de satisfação do cliente, tem havido um número crescente de melhorias do processo,
propostas para ajudar as empresas com essa questão da cadeia de abastecimento.

Existem cinco níveis de picking com base no tamanho da unidade que está a ser
recolhida. São eles (Halsey, 1998):

• Pallet picking - recuperação completa de paletes;

• Layer picking - recuperação das camadas de caixas de paletes;

• Case picking - recuperação completa de caixas da armazenagem;

• Split-case picking - recuperação de embalagens internas das caixas em


armazenamento;

• Broken-case picking – recuperação de itens individuais de armazenamento.

Para se compreender melhor a importância da atividade de picking é importante


apresentar-se a sua relação com as principais atividades de armazenagem. Todos os
tipos de armazéns possuem as seguintes funções (Medeiros, 1999):

• Receção de produtos;

• Armazenagem de acordo com as necessidades;

• Recolha de produtos de acordo com as encomendas dos clientes;

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• Preparação dos produtos para expedição.

A atividade de picking dentro de um armazém, é considerada como uma das mais


cruciais. Dependendo do tipo de armazém, 30% a 40% do custo de mão-de-obra está
diretamente associado à atividade de picking. Associado ao custo, o tempo desta
atividade contribui substancialmente para o tempo de ciclo da encomenda, que é o 2

intervalo de tempo entre a receção de uma encomenda e a entrega, ao cliente, dos


produtos referentes à encomenda.

Com o crescente aumento da competitividade e das exigências e necessidades dos


consumidores, surgiram diversos novos requisitos para a atividade de armazenagem.
Estas consequências podem ser referidas em certas disposições gerais, que são
contempladas nos mais diversos sectores (Medeiros, 1999):

• Aumento do número de SKU's: os números de produtos com que as empresas


trabalham atualmente aumentaram, devido a maiores exigências dos clientes.

• Crescimento do número de encomendas: os clientes passaram, cada vez mais, a


trabalhar em filosofias de um reabastecimento sem interrupções, com o objetivo de
reduzir os seus níveis de stocks. Lotes mais pequenos implicam um crescimento no
número de encomendas no mesmo período de tempo.

• Armazéns de grandes dimensões: as empresas iniciaram um estilo de operação


com um número mais reduzido de pontos de venda e depósitos, centralizando os seus
stocks e obtendo reduções de custos com a consolidação da carga.

• Entrega no dia seguinte: existe uma necessidade cada vez maior da diminuição
do tempo de reabastecimento dos clientes.

Para lá destas disposições, a qualidade do produto torna-se um pré-requisito e serviços


como o comércio pela Internet e entrega ao domicílio fizeram crescer o nível de
exigência e produtividade das funções de armazenagem e transporte.

Deste modo, para assegurar uma operação que satisfaça as necessidades do cliente, a
atividade de picking deve ser flexível, servindo-se de sistemas de controlo e
monitorização que assegurem os níveis de serviço e qualidade adequados.

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5. 2 - Sistemas automáticos de recolha de mercadorias

A armazenagem é constituída por um conjunto de funções de recepção, descarga,


carregamento, arrumação e conservação de matérias-primas, produtos acabados ou 2

semiacabados. Uma vez que este processo envolve mercadorias, este apenas produz
resultados quando é realizada uma operação, nas existências em trânsito, com o
objetivo de lhes acrescentar valor. Pode-se definir a missão da armazenagem como o
compromisso entre os custos e a melhor solução para as empresas. Na prática isto só é
possível se tiver em conta todos os fatores que influenciam os custos de
armazenagem.

A qualidade de serviço, a rentabilização dos espaços nos armazéns, a gestão do stock e


as novas normas impostas pela CE, são fatores preponderantes, que incentivam as
empresas a investir em soluções informáticas. Nenhuma tecnologia permite uma
resolução perfeita de todos os problemas, mas pode ajudar a reduzir drasticamente os
erros humanos e a aumentar a produtividade de todos os processos de uma empresa
logística.

Um bom sistema de gestão de armazém ou WMS (Warehouse Management System),


permite um melhor controlo dos stocks, reduz erros, otimiza processos e a utilização
dos espaços. Com uma concorrência cada vez mais feroz, este ganho de eficiência
pode ser vital no sector da distribuição, tendo em conta a necessidade de reduzir ao
máximo os custos de operações e os stocks em armazém.

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O aumento de encomendas personalizadas de baixo volume também condiciona
exponencialmente a eficiência dos processos de armazenamento. A perca de tempo
para a procura de pequenos artigos, os stocks parados e as zonas aleatoriamente
vazias são fontes de improdutividade. O WMS é o sistema de informação que planeia,
programa e controla as operações do armazém. Abrange todas as funções, desde a
2
chegada do veículo ao pátio, o recebimento dos materiais, passando pela arrumação,
separação de pedidos, reposição e controle de stock, inventário, programação e
controle de frotas. Baseia-se fundamentalmente numa base de dados estruturada,
onde todos os artigos e localizações estão referenciados e respetivamente associados.

Quando é dada a entrada de um item em armazém (palete, caixa, etc.), o seu código
único, „bilhete de identidade‟ do produto, é lido com a ajuda de um leitor e a sua
informação detalhada é registada na base de dados (origem, data de validade, peso
etc.). O artigo fica então imediatamente disponível no sistema e pode ser de seguida
arrumado numa zona devidamente identificada. Todos os processos internos
(arrumação, reposicionamento, picking, cross docking, inventários, etc.) são
controlados com a ajuda de terminais (podendo ser portáteis), que lêem
simultaneamente os códigos dos objetos e as suas localizações respetivas. A leitura do
código de destino é sempre obrigatória para assegurar se forma rápida e fácil o
rastreio do produto.

Ao conhecer exatamente a localização dos artigos e as suas datas de entrada, o


sistema de gestão pode, por exemplo, na saída da mercadoria, sugerir quais os artigos

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que têm de ser levantados em primeiro lugar, aumentando assim a rotatividade dos
produtos em armazém e evitando a estagnação dos mesmos. Este processo permite
assim um controlo contínuo da mercadoria no armazém, avisando mais
atempadamente a existência de desvios nas empresas. No que diz respeito a
vantagens, um sistema de gestão de armazém promove a realização de inventários
2
cíclicos ao longo do ano, funcionando como um sistema de gestão em tempo real,
durante períodos normalmente improdutivos, evitando a paralisação da empresa
durante vários dias para um controlo de inventário anual. O sistema também torna
possível a emissão de alertas quando os stocks atingem certos valores. Emite assim
avisos de ruturas de stock, ou de stock que atingiu a data limite.

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6 - Embalamento

A embalagem é um item de grande importância para a logística, pois é essencial para


atingir o objetivo logístico de disponibilizar o produto no tempo certo, em condições
adequadas e ao menor custo possível. 2

A Embalagem tornou-se um item fundamental na vida de qualquer pessoa,


principalmente nas atividades de empresas. O desenvolvimento da embalagem, pode
dizer-se, que se deveu à necessidade do Homem armazenar os bens necessários à sua
sobrevivência, como a água e os alimentos. Portanto, a evolução da embalagem
acompanhou a evolução da espécie Humana.

Hoje em dia, as embalagens estão presentes em todos os produtos, com formas e


funções variadas, acompanhando a evolução das tecnologias utilizadas para a sua
criação, que as vão tornando cada vez mais eficientes e práticas.

A embalagem tem um papel estratégico na logística:

- Além de criar vínculos visuais e emocionais com o consumidor,

- Gera benefícios na apuração final do produto, dá-lhe a proteção necessária ao


produto durante a armazenagem, Faz com que haja mais espaços nos armazéns;

- Facilita a identificação dos produtos e

- Gera menos custo por que evita o trabalho com correções.

A organização do trabalho de preparação é muito importante. Esta importância tem


vindo a subir nos últimos tempos, com o aumento da necessidade de sincronização
dentro da cadeia de abastecimento

Para que isto funcione é necessário haver uma disciplina na receção das encomendas.
Ou seja as encomendas afins deverão estar disponíveis a partir de uma determinada
hora, para que possam ser agrupadas e planeada a sua preparação.

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Devido a este facto é absolutamente importante que as janelas de receção de
encomendas e entrega de mercadoria estejam perfeitamente definidas para cada
cliente. Esta informação deverá constar no contrato logístico.

Temos de considerar com cuidado qual é a forma como a mercadoria será preparada.
É esta atividade que utiliza a maior parte da força de trabalho e de facto é a atividade 2

mais dispendiosa. Os produtos podem ser preparados para um cliente ou para uma
unidade produtiva anexa ao armazém. Para efeitos de modelação ambas as situações
são iguais.

Os principais objetivos da preparação devem ser:

• Preparar os produtos solicitados de forma mais rápida e eficiente possível.

• Colocar a mercadoria preparada no local próprio para expedição. A expedição


pode envolver apenas uma movimentação interna para a unidade produtiva.

Por vezes ouvimos abordarem a questão da pré-embalagem. Esta atividade é realizada


nos armazéns onde os produtos são recebidos a granel, e que consequentemente têm
de ser embalados em embalagens unitárias comerciais mais pequenos ou serem
agrupados com outros produtos, sob a forma de sortido de produtos, para posterior
armazenamento.

6.1 - Sistemas de etiquetagem

De acordo com as regulamentações legais, aquele que coloca o produto no mercado é


responsável pela sua qualidade e segurança. Colocar o produto no mercado significa
apresentar os bens a serem vendidos aos clientes, armazenar e entregá-los,
recorrendo a quaisquer outras formas de introduzir esses bens no mercado, sendo a
única exceção a venda direta. A informação, que o criador da etiqueta tem de colocar

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na etiqueta logística, deve estar sujeita às regulamentações legais. A Etiqueta Logística
GS1, criada pelo produtor ou em seu nome, deve ser considerada como parte da
unidade logística. Não deve ser danificada ou destruída em nenhuma etapa da cadeia
de abastecimento, desde que a unidade logística mantenha o seu estado inicial.

As recomendações que se seguem aplicam-se a todas as unidades logísticas, tais como, 2

paletes, parcelas ou caixas. Regra geral, para o seu correto transporte e


armazenamento, o código de barras deverá estar colocado, em pelo menos, num dos
lados da unidade logística. No entanto, recomenda-se que sejam colocados códigos
de barras, com a mesma informação, em duas faces contíguas, nas seguintes
situações:

 O processo de impressão não implica demasiados custos (por exemplo em caixas


onduladas ou papel canelado pré-impresso);

 Um dos requisitos da cadeia de abastecimento é que o símbolo esteja sempre visível


(por exemplo as paletes são armazenadas com o lado maior ou menor para a frente.

Nas paletes

Para todos os tipos de paletes, incluindo paletes completas com um único item
comercial (como por exemplo um frigorífico ou um máquina de lavar loiça), a altura
recomendada para a colocação do código de barras está entre 400 mm e 800 mm a
partir da base da palete. Para paletes com menos de 400 mm de altura, o código de
barras deve ser colocado o mais acima possível. O símbolo, incluindo as margens
claras, deve ter pelo menos 50 mm desde a aresta vertical, de forma a evitar danos no
mesmo.

Nas caixas de transporte

Nas caixas (unidades de expedição) a colocação do símbolo pode variar ligeiramente.


No entanto, a colocação ideal do código de barras é a 32 mm desde a base natural do
item. O símbolo, incluindo as suas zonas brancas, deve ter pelo menos 19 mm para

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cada aresta vertical, de forma a evitar danos no mesmo. Em embalagens menores, que
podem ser acondicionadas automaticamente no transporte, a etiqueta deve ser
colocada na superfície mais larga.

6.2 - Embalamento de mercadorias (equipamento e processos)


2

As quatro funções principais que a embalagem deve satisfazer são de:

Proteção,

Conservação,

Informação

Função associada ao serviço ou à conveniência na utilização

Função de proteção

A embalagem é antes de mais um recipiente que contém o produto e que deve


permitir:

• O seu transporte,

• Distribuição e manuseamento,

• Protegendo-o contra choques, vibrações e compressões que ocorrem em todo


o circuito.

A embalagem deve também proteger o produto contra:

• Adulteração ou

• Perda de integridade,

• Quer sejam acidentais quer sejam provocadas, através de sistemas de evidência


de abertura, como bandas, selos, tampas com anel de rutura, tampos com botão
indicador de vácuo, etc.

FUNÇÃO DE CONSERVAÇÃO:

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A embalagem deve manter:

• A qualidade

• E a segurança do produtos,

• Prolongando a sua vida-útil e


2

• Minimizando as perdas de produto por deterioração.

Para isso, a embalagem deve controlar fatores:

• Como a humidade,

• O oxigénio,

• A luz e ser uma barreira aos microrganismos presentes na atmosfera

• A envolvente e impedir o seu desenvolvimento no produto.

FUNÇÃO DE INFORMAÇÃO:

• A embalagem é também, por excelência, o veículo de informação sobre o


produto tanto para o consumidor:

• Nome e tipo do produto, quantidade, data de consumo, responsável pela


colocação no mercado, dá informação nutricional e dá instruções de armazenamento
doméstico, de preparação e uso.

Assim como dos diferentes elementos da cadeia de distribuição e venda do produto,


tais como:

• Gestão de stocks,

• Instruções de armazenamento e de manuseamento,

• Preço

• A identificação e rastreabilidade do produto

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O investimento por parte da empresa numa embalagem mais eficiente e eficaz,
conduz à poupança:

Embalagens mais leves podem baixar custos de transporte


2
Um planeamento cuidado da relação embalagem/volume ocupado

Pode levar á redução de custos no armazenamento e nos transportes

Embalagens mais “protetoras” dispensam tratamento especial na sua movimentação e


evitam danos nos produtos

A utilização de materiais de embalagem mais amigos do ambiente contribuem para a


redução dos custos de eliminação da embalagem e para uma boa da empresa

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7 - Expedição da mercadoria

7.1 - Processos para a expedição de mercadoria

A expedição é uma atividade do armazém que se realiza depois de a mercadoria ser 2

devidamente separada e inclui as seguintes tarefas (Tompkins et al., 1996, p. 393):


1. Verificar se o pedido do cliente foi completamente atendido;
2. Embalar a encomenda adequadamente para ser expedida;
3. Preparar os documentos de remessa (lista dos artigos embalados e destino da
encomenda);
4. Pesar as mercadorias, para calcular os custos de transporte;
5. Juntar as encomendas por transportadora;
6. Carregar os camiões (tarefa muitas vezes realizada pelas transportadoras).
A expedição pode ser também definida como uma conduta por onde passa o artigo de
maior valor nas instalações. Este artigo não é o produto final mas sim o produto
vendido. O objetivo das instalações é produzir um determinado bem ou serviço.
Quando este atinge o estado final (acabado ou vendido), a expedição realiza então as
operações finais. Os problemas que surgem na expedição podem variar desde o mau
funcionamento, danificação de produtos prontos a serem expedidos e a expedição de
quantidades erradas, todos resultando numa má imagem da empresa. Assim, é
importante que a expedição seja uma atividade bem planeada e funcional (Tompkins
et al., 1984, p. 303-304).

7.2 - Equipamento de expedição

Há uma expedição de material sempre que o destino é exterior e, portanto, há


transporte de material.

Expedição - É a atividade que assegura as boas condições de acondicionamento do


material durante o transporte, assim como o carregamento eficiente do material no
meio de transporte utilizado.

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A expedição é a operação fundamental da gestão física de stocks porque está
diretamente relacionada com a ENTREGA.

A organização da própria movimentação e do armazenamento devem, por isso,


condicionar-se a uma mais eficaz e pronta Expedição. Toda a organização física do
armazém assenta na possibilidade de facilitar a saída rápida dos artigos do armazém. 2

Na verdade, diz-se que o armazém não é um local "onde os artigos estão", mas antes
um local "por onde os artigos passam". Deve comportar-se como um canhão. Este
serve para disparar projéteis, o armazém serve para entregar (disparar) artigos. Assim,
para que a saída dos produtos seja rápida e eficaz, é necessário:

• Pouca burocracia;

• Itinerários de saída desimpedidos;

• Espaços curtos a percorrer em especial nos artigos mais movimentados;

• Saída fácil da pilha, prateleira ou suporte;

• Contagem local facilitada;

• Unidade de armazenagem igual à unidade de saída;

• Meios de movimentação rápidos e seguros;

• Facilidade de acesso ao material armazenado e sua localização.

A Entrega está, como já foi referido, intimamente ligada à expedição. Considerámo-la


como uma operação distinta porque a entrega pode revestir-se de aspetos de
distribuição. Se o armazém é, acima de tudo, um prestador de serviços para "clientes
internos", importa organizar a entrega da forma como estes clientes fiquem melhor
servidos. Muitas vezes este serviço determina que se estabeleçam regras que o próprio
"cliente" deve respeitar no seu interesse direto.

Por exemplo, é importante que os pedidos ao armazém se façam com a antecedência


necessária para que a expedição possa ser preparada e executada para que a entrega
aconteça no momento exato em que o utilizador necessita do artigo.

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Esta antecedência pode e deve permitir que se organize fisicamente a própria entrega
no local de expedição, ou na forma como previamente tiver sido acordada. Antes de
transportar os produtos aos pontos de venda, é necessário verificar que as
encomendas estão completas e que os produtos apresentam os requisitos de
qualidade necessários. Uma vez feita esta análise, os produtos devem ser colocados
2
em contentores apropriados para o seu transporte. O material expedido deve ser
acompanhado de uma guia de transporte e de uma guia de remessa (original e
duplicado), que indica o destinatário, o local convencionado para a entrega e
discrimina para cada item a quantidade expedida do respetivo artigo. O destinatário,
ao rececionar o material, deve visar o duplicado da guia de remessa e devolvê-lo ao
emissor (expedidor).

7.3 - Sistemas automáticos de expedição de mercadorias

Diversos princípios que são aplicados na atividade de receção poderão ser utilizados na
atividade de expedição embora estes sejam sempre no sentido inverso, entre os quais
temos: carregamentos diretos (inverso do descarregamento direto), preparação prévia
da receção de produtos (pré-receção) e ordenação de produtos nos locais apropriados.
Existem ainda alguns princípios que são tidos como de boa prática, que são:
agrupamento e fixação segura de cargas, carregamento automatizado e a gestão de
cais.

Deste modo os princípios mencionados atuam como um guia da operação de


expedição que lhe proporcionará uma maior dinâmica, pois pretende-se simplificar o
fluxo de material para a expedição e assim assegurar de que satisfazendo as condições
impostas se realiza o mínimo de trabalho. Os princípios da expedição são:

- Escolher unidades de movimentação com base na sua eficiência de custo e espaço:

Para caixas soltas - O poder de optar entre agrupar paletes de madeira (que têm como
características serem retornáveis, rentáveis e descartáveis), de metal que têm como
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características a durabilidade e capacidade de carga, de plástico (que têm como
características a durabilidade, limpeza e cor) e paletes com possibilidade de serem
empilhadas (que têm como características a poupança de espaço, mas não são
duráveis nem suportam objetos pesados). Os fatores a ter em conta quando se
seleciona o tipo de caixa são: custo inicial, custos de manutenção, facilidade no
2
manuseamento, impacto ambiental, durabilidade e por fim a qualidade oferecida na
proteção do produto que contém;

Para artigos soltos - Algumas das opções para agrupar artigos soltos são: tabuleiros
empilháveis ou rebatíveis e caixas de cartão. Os fatores a ter em conta quando se
seleciona a opção mais correta incluem o impacto ambiental, custo inicial, custo do
ciclo de vida, limpeza e a qualidade oferecida na proteção do produto que contém.

Algumas considerações finais:

1. Agrupar e acondicionar artigos soltos em caixas ou tabuleiros, para além de


existir uma carga unitária para facilitar o manuseamento de mercadorias, deve existir
um meio para que o artigo seja acondicionado seguramente dentro da unidade de
carga. Para os artigos soltos em caixas ou tabuleiros isso pode ser feito com esferovite,
plásticos com bolhas, jornal e almofadas de ar. Os fatores de seleção serão: impacto
ambiental, custo inicial, custo do ciclo de vida, reutilizáveis e a qualidade oferecida na
proteção do produto que contém;

2. Agrupar e acondicionar as caixas soltas em paletes, embora o processo mais


comum seja o de embrulhar as caixas na palete com tela de plástico expansível
também podem ser usadas cintas de velcro entre outros, sendo que estas têm o selo
ambiental.

3. Agrupar e acondicionar as paletes soltas nos camiões, os processos mais


comuns são placas de espuma e madeira.

3. Eliminar a preparação da operação de expedição e executar o carregamento


diretamente para os camiões, pois tanto na receção como na expedição é na
preparação que se vai utilizar mais mão-de-obra e espaço. Para facilitar a carga direta
das paletes nos camiões podem usar-se empilhadoras para retirar as paletes do
armazém e carregar os veículos, evitando assim a preparação.
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4. Minimização das áreas necessárias para a preparação da expedição através do
uso de prateleiras, pode-se também preparar a carga diretamente em prateleiras
reduzindo assim as necessidades de área.

5. Dar instruções aos condutores sobre os percursos dentro das instalações


reduzindo a burocracia e tempo, através do uso de smart cards é possível melhorar a 2

gestão da expedição e dos condutores dos camiões. Outro método será a utilização de
pontos de acesso on-line com informação do estado da encomenda e disponibilidade
de acesso aos horários dos cais.

6. Utilização de parcelas de pequena dimensão em certas operações de expedição


- o espaço de trabalho para a expedição e ordenação de parcelas de dimensão
reduzida será obviamente diferente do que um espaço em que se realizam
carregamento de mercadorias.

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Conclusão

Este manual tem como propósito facilitar a aprendizagem dos formandos, bem como a
interação com as temáticas apresentadas. Após a finalização deste manual podemos
concluir, que o mesmo é uma ferramenta importante para um conhecimento mais 2

factual. Abordando temas teóricos, mas também práticos.

Neste sentido, para tornar o manual um veículo facilitador de aprendizagem, foi


utilizada uma linguagem técnica, contudo simples, para isso foi, crucial abordar os
temas com informação recolhida da bibliografia relativa ao tema Logística.

Por último referir que informação exata e em abundância é determinante para uma
boa Gestão de armazéns, ou seja, dependendo da estratégia que cada empresa adota,
a aplicação das melhores normas de gestão (procura de melhores formas de negócio)
depende de cada área de negócio.

De salientar ainda que cada organização decide, que estratégias adotam em relação ao
software, contudo, de referir, que as empresas (organizações) que melhor
aperfeiçoarem os seus sistemas de gestão de armazém, serão as que melhor
performance atingem, quer em termos comerciais como financeiros.

As várias ferramentas de análise, como os relatórios de estatísticas de fluxos em


armazém, ou gráficos explícitos, proporcionam aos responsáveis logísticos uma melhor
gestão das encomendas. Com o aumenta do controlo da mercadoria, os erros de
entrega e os desvios em armazém são consideravelmente reduzidos. Finalmente, a
informatização de todos estes processos logísticos dá a oportunidade de introduzir
novas regras numa organização resistente à mudança. Ao quebrar métodos de
trabalho arcaicos, a evolução de uma empresa torna-se possível, adotando métodos
muito mais eficazes.

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