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[Gestão da Segurança]
0720
desempregados
DURAÇÃO:
25h
Manual de Apoio
0720 – Gestão da Segurança
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Ficha Técnica:
2017
Coordenador/a Cientifico/a:
Luísa Maria Braga Mouro
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Índice
Enquadramento......................................................................................................5
Destinatários.......................................................................................................5
Objetivos Específicos..............................................................................................6
Objetivos Gerais...................................................................................................6
Conteúdos Programáticos.......................................................................................6
Carga horária.....................................................................................................7
Capítulo I – Legislação nacional e europeia......................................................................8
Capítulo XX – Auditorias...........................................................................................37
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Saber mais........................................................................................................38
Referências Bibliográficas.........................................................................................40
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Enquadramento
O manual da unidade de formação “ 0720 – Gestão da Segurança” está organizado por secções:
Esta forma de apresentação permite uma consulta rápida e direcionada. Para que possa consolidar os
conhecimentos adquiridos com a leitura deste manual propomos que realize os exercícios práticos fornecidos
pelo formador durante a sessão de formação.
Destinatários
São destinatários deste manual os/as formandos/as que frequentem a unidade “5431 – Importância, Objetivos e
Fundamentos de Segurança e Saúde no Trabalho ” bem como outras pessoas que pretendam adquirir
competências ou atualizar/reciclar conhecimentos na área de formação.
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Objetivos Específicos
A unidade de formação “0720 – Gestão da Segurança” tem por objetivo dotar o/a formando/a com as
competências necessárias para:
Objetivos Gerais
A unidade de formação 0720 – Gestão da Segurança tem por objetivo dotar o/a formando/a com as
competências necessárias para:
Conteúdos Programáticos
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Carga horária
25 Horas
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A segurança e saúde do trabalho inscreve-se no âmbito das políticas sociais, sendo que os tratados originais das
Comunidades Europeias, CECA, CEE e CEEA, visavam objetivos de natureza económica e comercial. É, contudo, a
partir do Tratado da CEE que surge uma dinâmica no âmbito da segurança e saúde do trabalho.
O Tratado CEE explicitava no seu art.º 2º a necessidade de se promover um desenvolvimento harmonioso das
atividades económicas e, também, um acelerado aumento do nível de vida. Contudo, esta intervenção não foi,
em si mesma, suficiente para garantir o desenvolvimento social que era entendido como consequência natural
do crescimento económico.
Paralelamente, os art.ºs nr.ºs 117 e 118 que contemplavam matérias inerentes à saúde e segurança, não se
mostram suficientes para desencadear o enquadramento normativo e garantir o suporte jurídico adequado para
o desenvolvimento destas questões.
As Diretivas que apareceram sobre a segurança dos produtos eram fundamentadas no art.º 100, visando facilitar
as livres trocas comerciais, mas, na prática, tiveram um efeito perverso, pois deram lugar a normas nacionais
que, de facto, acabavam por inviabilizar a livre circulação pretendida.
Por estas razões a “oportunidade” para a segurança, higiene e saúde do trabalho surge quando, na Conferência
de Chefes de Estado e de Governo, realizada em Paris, em 1972, se formularam alguns considerandos e
princípios destinados ao estabelecimento de um programa de ação social, onde se indicava que:
A expansão económica não é um fim em si mesmo, mas deve traduzir-se por uma melhoria da qualidade do
nível de vida;
Uma ação vigorosa no domínio social tem a mesma importância que a realização da união económica e
monetária, pelo que se convidavam as instituições comunitárias a empreenderem um programa de ação social.
A orientação base para este Programa apontou para a “melhoria das condições de vida e trabalho que permitam
a sua igualização no progresso”. E, assim, a humanização das condições de vida e de trabalho, passa,
normalmente, pela:
Melhoria da Higiene e Segurança do Trabalho;
Eliminação progressiva dos riscos físicos e psíquicos nos locais de trabalho.
Na sequência deste desenvolvimento, uma resolução do Conselho, de 21 de Janeiro de 1974, apontava para o
estabelecimento de um programa de segurança, higiene e saúde no trabalho.
E, por Decisão do mesmo Conselho, de 27 de Junho de 1974, foi criado o Comité Consultivo para a Segurança,
Higiene e Proteção da Saúde no Local de Trabalho, cujas funções se circunscrevem ao âmbito do Tratado CEE e
que serve de órgão de consulta destinado a apoiar a ação de Comissão na matéria em causa.
Diretiva sobre Sinalização de Segurança
O desenvolvimento normativo comunitário processa-se a partir desta época, aparecendo, em 1977, uma Diretiva
do Conselho sobre Sinalização de Segurança, aliás complementada por uma Diretiva da Comissão, em 1979,
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Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, que regulamenta o regime jurídico da promoção da segurança e saúde no
trabalho, nos termos do artigo 284.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
fevereiro (alterado pela Lei n.º 42/2012, de 28 de agosto)
Lei n.º 3/2014, de 28 de janeiro, que procede à segunda alteração à Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, que
aprova o regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho, e à segunda alteração ao Decreto-Lei
n.º 116/97, de 12 de maio, que transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva 93/103/CE, do Conselho, de 23
de novembro, relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde no trabalho a bordo dos navios de pesca
Declaração de Retificação n.º 20/2014, de 27 de março, que retifica a Lei n.º 3/2014, de 28 de janeiro
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Decreto-Lei n.º 88/2015, de 28 de maio, que altera o Decreto-Lei n.º 141/95, de 14 de junho, que estabelece as
prescrições mínimas para a sinalização de segurança e de saúde no trabalho, alterado pela Lei n.º 113/99, de 3
de agosto; a Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, que aprova o regime jurídico da promoção da segurança e
saúde no trabalho, alterada pelas Leis n.os 42/2012, de 28 de agosto, e 3/2014, de 28 de janeiro; o Decreto -Lei
n.º 24/2012, de 6 de fevereiro, que consolida as prescrições mínimas em matéria de proteção dos trabalhadores
contra os riscos para a segurança e a saúde devido à exposição a agentes químicos no trabalho e transpõe a
Diretiva n.º 2009/161/UE, da Comissão, de 17 de dezembro de 2009; e o Decreto-Lei n.º 301/2000, de 18 de
novembro, que regula a proteção dos trabalhadores contra os riscos ligados à exposição a agentes
cancerígenos ou mutagénicos durante o trabalho.
Lei n.º 146/2015, de 9 de setembro, que regula a atividade de marítimos a bordo de navios que arvoram
bandeira portuguesa, bem como as responsabilidades do Estado português enquanto Estado de bandeira ou do
porto, tendo em vista o cumprimento de disposições obrigatórias da Convenção do Trabalho Marítimo, 2006, da
Organização Internacional do Trabalho, transpõe as Diretivas 1999/63/CE, do Conselho, de 21 de junho de 1999,
2009/13/CE, do Conselho, de 16 de fevereiro de 2009, 2012/35/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de
21 de novembro de 2012, e 2013/54/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de novembro de 2013, e
procede à segunda alteração aos Decretos-Leis n.os 274/95, de 23 de outubro, e 260/2009, de 25 de setembro,
e à quarta alteração à Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, e revoga o Decreto-Lei n.º 145/2003, de 2 de julho.
Lei n.º 28/2016, de 23 de agosto, combate as formas modernas de trabalho forçado, procedendo à décima
primeira alteração ao Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, à quinta alteração
ao regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho, aprovado pela Lei n.º 102/2009, de 10 de
setembro, e à terceira alteração ao regime jurídico do exercício e licenciamento das agências privadas de
colocação e das empresas de trabalho temporário, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 260/2009, de 25 de setembro.
Portaria n.º 97/2017, de 7 de março, procede à atualização anual das pensões de acidentes de trabalho, para o
ano de 2017.
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Boas políticas de saúde e segurança ocupacional são essenciais para os colaboradores, mas também são cada
vez mais importantes para os seus clientes e outras partes interessadas. A certificação em saúde e segurança
ocupacional através da OHSAS 18001 é um forte sinal do compromisso.
A certificação OHSAS 18001 permite às organizações gerir os riscos operacionais e melhorar o seu desempenho.
A norma oferece orientações sobre avaliações de saúde e segurança e sobre como gerir os aspectos de saúde e
segurança das atividades de seu negócio de forma mais eficaz, levando em consideração a prevenção de
acidentes, a redução de riscos e o bem-estar de seus colaboradores.
Trabalhar com a SGS para auditar e obter sua certificação em saúde e segurança do trabalho, promova um
ambiente de trabalho seguro e saudável. Aumente também a segurança dos colaboradores e a qualidade do
ambiente de trabalho dos mesmos, além de demonstrar a sua conformidade com as atuais exigências legais.
Muitas organizações realizaram “diagnósticos” ou “auditorias” para avaliar o respetivo desempenho em SST.
Estes diagnósticos e auditorias poderão, por si só, não ser suficientes para dar à organização a garantia que o
respetivo desempenho não só cumpre como continuará a cumprir os correspondentes requisitos legais e de
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política. Para serem eficazes têm de ser realizados no quadro de um sistema de gestão estruturado e integrado
na organização.
A presente Norma pretende fornecer às organizações os elementos de um sistema de gestão da SST eficaz que
possa ser integrado com outros requisitos de gestão e auxiliar as organizações a alcançar objetivos de SST e
económicos.
A presente Norma não se destina a ser usada para criar barreiras ou entraves comerciais nem para ampliar ou
alterar as obrigações legais de uma organização.
A presente Norma especifica requisitos para um sistema de gestão da SST, a fim de permitir a uma organização
desenvolver e executar uma política e os objetivos que têm em conta os requisitos legais e informação sobre os
riscos da SST. Pretende-se que seja aplicável a todos os tipos e dimensões das organizações e considerar as
diversas circunstâncias geográficas, culturais e sociais.
A presente Norma baseia-se no modelo de sistema de gestão do tipo “Plan”, “Do”, “Check”, “Act” – PDCA.
O sucesso do sistema depende do compromisso de todos os níveis e funções da organização, e especialmente
da gestão de topo. Um sistema deste tipo permite a uma organização desenvolver uma política da SST,
estabelecer objetivos e processos para atingir os compromissos da política, desenvolver as ações necessárias
para melhorar o respetivo desempenho e demonstrar a conformidade do sistema com os requisitos da presente
Norma.
A finalidade última da presente.
Norma é dar suporte e promover boas práticas de SST, em equilíbrio com as necessidades sócio-económicas.
A presente Norma clarifica alguns aspetos da primeira edição e tomou em devida consideração os requisitos
das Normas NP EN ISO 9001, NP EN ISO 14001 e do documento Linhas de Orientação ILO-OSH (Organização
Internacional do Trabalho), bem como de outras normas ou publicações sobre sistemas de gestão da SST para
aumentar a compatibilidade destas normas em benefício dos respetivos utilizadores.
A demonstração da aplicação bem-sucedida da presente Norma pode ser usada por uma organização para
assegurar às partes interessadas que adota um sistema de gestão da SST apropriado.
Fazer uma avaliação cuidadosa das necessidades da organização em função dos meios de que dispõe;
Não esquecer que o sistema é delineado mais para se aperfeiçoar do que para se Justificar;
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Assegurar que as auditorias contribuam para um processo de melhoria contínua e não se tornem unicamente
Lembrar que o nível de desempenho de um sistema de gestão da SST funciona unicamente em função do
nacional, devendo a organização assegurar que o sistema inclua uma análise das disposições regulamentares e
que tais disposições sejam integradas nos programas consoante a sua evolução;
Providenciar para que a formação profissional em matéria de SST para a implementação do programa de
SGSST seja concretizada numa base de continuidade a todos os níveis, desde os administradores de topo até
São necessários canais de comunicação entre os diferentes níveis da organização para que o sistema se
enfoque nas pessoas. As informações e as preocupações em matéria de SST devem circular nos dois sentidos,
devendo dar-se a devida consideração às que são transmitidas pelos operários e permitir que cheguem ao topo
da hierarquia;
Um SGSST não pode funcionar devidamente sem que exista um diálogo social efetivo (envolvimento e
consulta diretos). Deve ser dada oportunidade aos trabalhadores e aos seus representantes de participarem
amplamente na gestão da SST na organização, seja no contexto de comités de segurança e saúde ou de outros
todos os interessados.
Os serviços de inspeção do trabalho são ainda, no que se refere às relações laborais e a SST, o principal elo
oficial entre o sistema nacional de SST e as organizações. Com formação profissional adequada, poderiam ter
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um papel decisivo na garantia de que os programas de SGSST, incluindo os mecanismos de verificação, estejam
em
Por segurança no trabalho entende-se o conjunto de métodos que visam controlar os riscos associados ao local
de trabalho e ao processo produtivo, quer ao nível dos equipamentos e matérias-primas, que ao nível dos
equipamentos e matérias-primas, quer ao nível do ambiente de trabalho, etc. o objetivo primordial é a
prevenção de acidentes de trabalho. A higiene do trabalho entende-se por conjunto de métodos e de boas
práticas “não médicas”, importantes para a prevenção de doenças profissionais. Nomeadamente, o controlo de
agentes físicos, químicos e biológicos.
A atividade do serviço de segurança e de saúde no trabalho visa (Artigo n.º73-A, Lei n.º 3/2014, de 28 de
Janeiro):
Assegurar as condições de trabalho que salvaguardem a segurança e a saúde física e mental dos
trabalhadores;
Desenvolver as condições técnicas que assegurem a aplicação de medidas de prevenção;
Informar e formar os trabalhadores no domínio da segurança e saúde no trabalho;
Informar e consultar os representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho ou, na
sua falta, os próprios trabalhadores.
Entidade Empregadora
O empregador deve assegurar a vigilância da saúde do trabalhador em função dos riscos a que estiver
potencialmente exposto no local de trabalho.
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O empregador deve zelar, de forma continuada e permanente, pelo exercício da atividade em condições de
segurança e de saúde para o trabalhador, tendo em conta os seguintes princípios gerais de prevenção (Artigo
n.º 15, Lei n.º 3/2014, de 28 de Janeiro)
Evitar os riscos;
Planificar a prevenção como um sistema coerente que integre a evolução técnica, a organização do
trabalho, as condições de trabalho, as relações sociais e a influência dos fatores ambientais;
Identificação dos riscos previsíveis em todas as atividades da empresa, estabelecimento ou serviço, na
conceção ou construção de instalações, de locais e processos de trabalho, assim como na seleção de
equipamentos, substâncias e produtos, com vista à eliminação dos mesmos ou, quando esta seja
inviável, à redução dos seus efeitos;
Integração da avaliação dos riscos para a segurança e a saúde do trabalhador no conjunto das
atividades da empresa, estabelecimento ou serviço, devendo adotar as medidas adequadas de proteção;
Combate aos riscos na origem, por forma a eliminar ou reduzir a exposição e aumentar os níveis de
proteção;
Assegurar, nos locais de trabalho, que as exposições aos agentes químicos, físicos e biológicos e aos
fatores de risco psicossociais não constituem risco para a segurança e saúde do trabalhador;
Adaptação do trabalho ao homem, especialmente no que se refere à conceção dos postos de trabalho,
à escolha de equipamentos de trabalho e aos métodos de trabalho e produção, com vista a,
nomeadamente, atenuar o trabalho monótono e o trabalho repetitivo e reduzir os riscos psicossociais;
Adaptação ao estado de evolução da técnica, bem como a novas formas de organização do trabalho;
Substituição do que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso;
Priorização das medidas de proteção coletiva em relação às medidas de proteção individual;
Elaboração e divulgação de instruções compreensíveis e adequadas à atividade desenvolvida pelo
trabalhador.
Trabalhadores
Cumprir as prescrições de segurança, higiene e saúde no trabalho estabelecidas nas disposições legais e
em instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho, bem como as instruções determinadas com
esse fim pelo empregador;
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Zelar pela sua segurança e pela sua saúde, bem como pela segurança e pela saúde das outras pessoas
que possam ser afetadas pelas suas ações ou omissões no trabalho, sobretudo quando exerça funções
de chefia ou coordenação, em relação aos serviços sob o seu enquadramento hierárquico e técnico;
Utilizar corretamente e de acordo com as instruções transmitidas pelo empregador, máquinas,
aparelhos, instrumentos, substâncias perigosas e outros equipamentos e meios postos à sua disposição,
designadamente os equipamentos de proteção coletiva e individual, bem como cumprir os
procedimentos de trabalho estabelecidos;
Cooperar ativamente para a melhoria do sistema de segurança e de saúde no trabalho, tomando
conhecimento da informação prestada pelo empregador e comparecendo às consultas e aos exames
determinados pelo médico do trabalho;
Comunicar imediatamente ao superior hierárquico ou, não sendo possível, ao trabalhador designado
para o desempenho de funções específicas nos domínios da segurança e saúde no local de trabalho as
avarias e deficiências por si detetadas que se lhe afigurem suscetíveis de originarem perigo grave e
iminente, assim como qualquer defeito verificado nos sistemas de proteção;
Em caso de perigo grave e iminente, adotar as medidas e instruções previamente estabelecidas para tal
situação, sem prejuízo do dever de contactar, logo que possível, com o superior hierárquico ou com os
trabalhadores que desempenham funções específicas nos domínios da segurança e saúde no local de
trabalho.
O trabalhador tem direito à prestação de trabalho em condições que respeitem a sua segurança e a sua saúde,
asseguradas pelo empregador ou, nas situações identificadas na lei, pela pessoa, individual ou coletiva, que
detenha a gestão das instalações em que a atividade é desenvolvida (Artigo 5.º, Lei n.º 3/2014 de 28 de
janeiro).
O plano de segurança e saúde é um instrumento fundamental na segurança do trabalho, devendo ser elaborado
quando a obra começa a ser projetada. Este plano deve ser desenvolvido por iniciativa do dono de obra.
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Durante a execução da obra, as especificações das medidas de segurança que têm de ser aplicadas no estaleiro
fazem parte das responsabilidades do executante. Além disto, o executante tem também de propor, quando
achar necessário, a complementaridade das medidas previstas. Em ambas as situações, os seguintes pontos têm
de ser considerados para garantir a segurança:
Quando o plano da obra em execução é realizado, a entidade executante pode aplicar soluções alternativas às
propostas na fase de projeto do plano de segurança. No entanto, as alterações têm de ser justificadas e não
podem representar uma diminuição nos níveis de segurança.
As alterações e especificações realizadas durante a fase de execução têm de ser validadas tecnicamente pelo
coordenador de segurança e aprovadas pelo dono da obra. Só depois da aprovação do plano de segurança e
saúde, a entidade executante pode iniciar a implantação do estaleiro e o início das obras.
O plano de segurança e saúde, assim como as alterações neste, têm de estar acessíveis no estaleiro a
subempreiteiros, trabalhadores independentes e representantes de trabalhadores.
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Conhecer o processo de trabalho no local analisado: os trabalhadores: número, sexo, idade, formações de
segurança e saúde, jornada; os instrumentos e materiais de trabalho; as atividades exercidas; o ambiente.
• Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação específica dos riscos ambientais.
• Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia. Medidas de proteção coletiva; medidas de
organização do trabalho; medidas de proteção individual; medidas de higiene e conforto: banheiro,lavatórios,
vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer.
• Identificar os indicadores de saúde, queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos
mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, doenças profissionais diagnosticadas, causas mais freqüentes
de ausência ao trabalho.
• Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.
Gerais
A entidade empregadora tem de criar condições para que os trabalhadores possam desempenhar as suas
funções em segurança. Além de ser responsável pela criação de um plano de segurança e saúde no trabalho, as
entidades empregadores têm ainda de fornecer os equipamentos de protecção individual, conhecidos como EPI.
Dentro do plano de segurança e saúde no trabalho, as entidades empregadoras têm de definir medidas de
evacuação, de combate a incêndios e de primeiros socorros. É também responsabilidade das entidades
patronais suportar integralmente os custos das despesas com a segurança e a saúde dos trabalhadores.
Para garantir a segurança dos trabalhadores, devem ser tidos em conta alguns princípios de segurança como:
Identificação dos riscos nas atividades desempenhadas e nos equipamentos, substâncias e produtos
utilizados;
Combate aos riscos na origem, para eliminar ou reduzir a exposição a estes e aumentar os níveis de
proteção;
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A Segurança e Saúde no trabalho (SST) é uma disciplina que trata da prevenção de acidentes e de doenças
realização da avaliação de riscos, esta está estipulada no artigo 15º da referida Lei, segundo a qual “o
empregador deve zelar, de forma continuada e permanente, pelo exercício da atividade em condições de
segurança e saúde para o trabalhador, tendo em conta os seguintes princípios gerais de prevenção (de
1 Evitar os riscos
Planificar a prevenção como um sistema coerente que integre a evolução técnica, a organização do trabalho, as
2 condições de trabalho, as relações sociais e a
influência dos
Identificação fatores
dos riscosambientais
previsíveis em todas as atividades da empresa, estabelecimento ou serviço, na conceção ou
construção de instalações, de locais e processos de trabalho, assim como na seleção de equipamentos, substâncias e
3 produtos, com vista à eliminação dos mesmos ou, quando esta seja inviável, à redução dos seus efeitos
Integração da avaliação dos riscos para a segurança e a saúde do trabalhador no conjunto das atividades da
4 empresa, estabelecimento ou serviço, devendo adotar as medidas adequadas de proteção;
5 Combate aos riscos na origem, por forma a eliminar ou reduzir a exposição e aumentar os níveis de proteção;
Assegurar, nos locais de trabalho, que as exposições aos agentes químicos, físicos e biológicos e aos fatores de risco
a
6 psicossociais não constituem risco para segurança e saúde do trabalhador;
Adaptação do trabalho ao homem, especialmente no que se refere à conceção dos postos de trabalho, à escolha de
7 equipamentos de trabalho e aos métodos de trabalho e produção, com vista a, nomeadamente, atenuar o trabalho
monótono e o trabalho repetitivo e reduzir os riscos Psicossociais;
8 Adaptação ao estado de evolução da técnica, bem como a novas formas de organização do trabalho;
O serviço de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST) tem como finalidades a gestão dos riscos
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conducente à realização pessoal e profissional, insere-se numa matriz de desenvolvimento que integra
como pilar fundamental as adequadas condições de segurança e saúde nos locais de trabalho, geridas de
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Efetuar a vigilância de saúde dos trabalhadores e das condições ambientais dos locais de trabalho;
Efetuar a vigilância de saúde dos trabalhadores e das condições ambientais dos locais de trabalho;
Informar e consultar os representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho ou, na sua falta, os próprios
trabalhadores;
Colaborar com a organização na assessoria sobre matérias de Segurança e saúde no trabalho. Desenvolver as condições
técnicas que assegurem a aplicação das medidas de prevenção;
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O empregador é responsável pela segurança e saúde de todos os seus trabalhadores (Art.15º), a quem cabe
definir e instituir uma Política de Saúde e Segurança do Trabalho (por vezes também denominada como Política
de Saúde Ocupacional) para a sua empresa/estabelecimento.
Esta Política deverá estar vertida em documento escrito, datado e assinado pelo empregador, visando a
responsabilização das chefias, a todos os níveis, assim como a divulgação e o incentivo dos trabalhadores e
outras partes interessadas. No processo de definição/elaboração da Política, deve-se privilegiar a participação
dos trabalhadores e prever a sua atualização, sempre que necessário.
Entre outros aspetos, a Política de Segurança e Saúde do Trabalho deve assegurar o compromisso da
empresa/estabelecimento quanto:
b) À aplicação das necessárias medidas de prevenção e proteção que evitem/minimizem os danos para a saúde
dos trabalhadores, tendo por base a gestão dos riscos profissionais.
f) À partilha dos princípios de SST com toda a cadeia de produção e comercialização e em todas as
comunidades onde opera
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O planeamento é fundamental em matérias de SST, porquanto que a improvisação é inimiga da prevenção. Esta
fase é composta por quatro requisitos a seguir apresentados.
A organização deve estabelecer e manter procedimentos para a identificação sistemática dos perigos, avaliação
dos riscos e a implementação das necessárias medidas de controlo.
A organização deve assegurar-se que os resultados destas avaliações e os efeitos destes controlos são
considerados quando estabelecer os seus objetivos de SST.
As atividades ou trabalhos de risco elevado (artigo 79 Lei 102/2009 e Lei 3/2014) porque possui
atividades:
graves;
As atividades de risco elevado e porque tem mais de 30 trabalhadores é obrigado a possuir serviços
internos (artigo 78 Lei 102/2009 e Lei 3/2014) de segurança e saúde no trabalho exclusivamente com
trabalhadores da sua responsabilidade. Este serviço faz parte da estrutura da instituição e funciona na
dependência do empregador.
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Riscos físicos
São efeitos gerados por máquinas, equipamentos e condições físicas, caraterísticas do local de trabalho que
podem causar danos à saúde do trabalhador. Os agentes físicos encontram-se subdivididos em: ruído,
vibrações, ambiente térmico e radiações ionizantes e não ionizantes.
A exposição ao ruído pode causar surdez, fadiga, irritabilidade, alteração de ritmos cardíacos, perturbações
gastrointestinais, etc. As vibrações podem conduzir a problemas articulares, alterações neurovasculares,
problemas urológicos e problemas na coluna.
Os sintomas vulgarmente associados ao ambiente térmico quente são a desidratação, fadiga física, distúrbios
neurológicos e problemas cardiovasculares. No ambiente térmico frio são as feridas, gretas e necrose da pele,
agravamento das doenças reumáticas e problemas respiratórios.
Nas radiações ionizantes, consoante a intensidade da dose recebida, os tipos de lesões ou doenças são a
anemia, cancro, leucemia, alterações genéticas, etc. Nas radiações não ionizantes são as queimaduras,
conjuntivite, cataratas, cancro na pele, entre outros.
Riscos químicos
São representados pelas substâncias químicas que se encontram nas formas líquido, sólido e gasoso, contidos
no ar, água ou alimentação e classificam-se em: poeiras, gases, fumos, vapores, névoas e neblinas. Os
contaminantes químicos ficam em suspensão no ar e podem penetrar no organismo do trabalhador por via
respiratória, digestiva, epiderme e por via ocular (alguns produtos químicos que permanecem no ar causam
irritação nos olhos e conjuntivites, o que mostra que a penetração dos agentes químicos também pode ocorrer
por esta via).
A exposição a estes riscos pode provocar irritação na pele e olhos, queimaduras, perturbações cutâneas, etc.
Riscos biológicos
Ocorrem por meio de microrganismos como bactérias, fungos, vírus, parasitas, germes, entre outros, que em
contacto com o homem são capazes de desencadear doenças devido à contaminação e pela própria natureza
de trabalho. Estes microrganismos podem dar origem a doenças como infeções intestinais, gripes, hepatite,
meningite, etc.
Riscos ergonómicos
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Riscos psicossociais
Resultam da interação entre o indivíduo, as suas condições de vida e as suas condições de trabalho. Podemos
destacar como riscos psicossociais a sobrecarga de trabalho mental e físico, sobrecarga horária, monotonia,
assédio moral e violência, insegurança no emprego, stress, entre outros.
A exposição e estes riscos tem consequências nefastas para a saúde dos trabalhadores, quer a nível fisiológico,
mental ou psicológico. Os sintomas associados são o stress, esgotamento, dificuldades de concentração e
propensão para cometer erros, problemas em casa, abuso de álcool e drogas, problemas de saúde física,
nomeadamente, doenças cardiovasculares e problemas músculo-esqueléticos.
Pelo exposto, o trabalho deve ser realizado num ambiente seguro e saudável e as condições de trabalho devem
ser consistentes com o bem-estar dos trabalhadores. Em muitos casos, o efeito da exposição a estes riscos é
silencioso.
O empregador tem a obrigação de garantir a segurança e saúde dos trabalhadores em todos os aspetos
laborais, através de medidas adequadas que incluem: prevenção dos riscos laborais, informação e formação aos
trabalhadores.
seguinte modo: perigo/fator risco é “a propriedade intrínseca de uma instalação, atividade, equipamento, um
agente ou outro componente material do trabalho com potencial para provocar dano”; risco é “a
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que provoca efeitos adversos na saúde ou causa danos materiais. Pode ter origem em produtos químicos
(propriedades intrínsecas), numa situação de trabalho com utilização de escada, em eletricidade, num cilindro
de gás comprimido (energia potencial), numa fonte de incêndio ou, mais simplesmente, num chão
escorregadio.
Um “fator de risco” é uma fonte de efeito adverso potencial ou uma situação capaz de causar efeito
adverso em termos de saúde, lesão, ambiente ou uma sua combinação) ou; um “perigo” é uma fonte,
situação, ou ato com potencial para o dano em termos de lesão ou afeção da saúde, ou uma combinação
destes (Uva e Graça, 2004). Risco é a possibilidade ou a probabilidade de que uma pessoa fique ferida ou
sofra efeitos adversos na sua saúde quando exposta a um perigo, ou que os bens se danificam quem ou se
percam. A relação entre perigo e risco é a exposição, seja imediata ou a longo prazo, e é ilustrada por uma
equação simples:
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Dotar o país de referências estratégicas de um quadro jurídico global, com vista à criação de condições de
trabalho que assegurassem a efetiva prevenção de riscos e doenças profissionais;
Dar cumprimento integral às obrigações decorrentes da ratificação da Convenção nº 155 da Organização
Internacional do Trabalho, sobre Segurança, Saúde dos Trabalhadores e Ambiente de Trabalho;
Institucionalizar formas eficazes de participação e diálogo de todos os interessados nesta matéria;
Subsequentemente, muitos diplomas foram publicados, destacando-se o Decreto-Lei nº. 109/2000 de 30 de
Junho, que veio redefinir o regime de organização e funcionamento das atividades de Segurança, Higiene e
Saúde do Trabalho (SHST), anteriormente estabelecido pelo Decreto-Lei nº. 26/94, de 1 de Fevereiro e
ratificada pela Lei nº. 7/95, de 29 de Março.
A regulamentação destas atividades nas empresas levantou questões relacionadas com a qualificação dos Técnicos
de Segurança e Higiene do Trabalho e do seu papel nas organizações. Estes profissionais terão como missão planear,
implementar, coordenar e controlar as atividades de gestão da prevenção e de proteção contra riscos profissionais,
em consonância com o sistema de Certificação, obrigatório desde 30 de Agosto de 2000.
O Decreto-Lei nº. 100/2000, de 30 de Junho, veio dar cumprimento ao disposto na Lei-Quadro (Decreto-Lei nº.
441/91, de 14 de Novembro), estabelecendo normas de acesso à certificação Profissional e Homologação dos Cursos
de segurança e Higiene.
O reconhecimento dos Técnicos Superiores de Segurança e Higiene no Trabalho pressupõe a aquisição e o
desenvolvimento de competências, nos termos previstos naquele diploma legal, de modo a garantir a prática de
elevados padrões de excelência numa área de importância crescente para a qualidade como a Segurança e a Higiene
no Trabalho.
Princípios fundamentais
Toda a atividade de prevenção passou a ter uma matriz de referência, baseada num conjunto de princípios
fundamentais (princípios gerais de prevenção):
Evitar os riscos;
Avaliar os riscos que não podem ser evitados;
Combater os riscos na origem;
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Em todo o contexto, a avaliação dos riscos assume um papel fundamental, porque é a partir deste processo que se
devem determinar as abordagens preventivas, tendo em conta:
As prioridades de intervenção;
As necessidades de informação e formação;
As medidas técnicas e organizativas;
O controlo periódico das condições de trabalho;
O grau de exposição dos trabalhadores aos riscos;
As necessidades da vigilância da saúde dos trabalhadores.
A conjugação de todas estas abordagens supõe, naturalmente, o planeamento, para que seja garantida a
adequabilidade e a eficácia das medidas, a par dos seus bons resultados ao nível da gestão empresarial.
A Diretiva-Quadro aponta, assim, a necessidade das empresas desenvolverem a capacidade de gestão, nela integrando
a prevenção dos riscos profissionais, como forma do empregador reunir, organizar e rentabilizar um conjunto de
meios suficientes e adequados à promoção de níveis de segurança, saúde e bem estar elevados.
Ora, é nesse contexto que surge o conceito de Serviços de Prevenção, enquanto sistema de gestão que dê qualidade e
coerência às atividades a desenvolver e obtenha a sua perfeita integração no processo produtivo, na organização da
empresa e no seu processo de desenvolvimento.
A Diretiva-Quadro acentua todo este conjunto de princípios enformadores da filosofia da gestão da prevenção,
deixando aos Estados Membros a liberdade de definirem em concreto os sistemas de organização dos serviços de
prevenção na empresa.
Refira-se ainda, que esta Diretiva considera como fundamental o papel que deve ser desempenhado pelos próprios
trabalhadores. Partindo da consideração de que os trabalhadores não são o objeto da prevenção, mas, sim, atores da
prevenção, define como dimensões fundamentais do seu envolvimento, a informação e a formação, devendo o campo
da sua participação estender-se à consulta e à cooperação em diversos domínios das atividades preventivas.
Por fim, importa referir que após a realização do Ano Europeu para a Segurança e Saúde no Local de Trabalho, em
1992, e já no âmbito desta Diretiva e das Diretivas especiais dela decorrentes, o 4º Programa de Acão, adotado pela
Comissão em 1996 com um horizonte temporal até ao ano 2000, vem colocar o acento tónico na informação, no apoio
às PME’s, no reforço da proteção dos trabalhadores a par do desenvolvimento da capacidade competitiva das
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Hoje em dia, a importância dada à Segurança e Saúde no Trabalho (SST), tem vindo a crescer no entanto, para a
maioria dos empregadores e colaboradores, ainda é vista como uma obrigação imposta pela legislação
nacional.
Mas a SST é mais do que isso, é um compromisso dos empregadores, proporcionando as condições adequadas
de trabalho e dos colaboradores com sua produtividade, para atingir o objetivo comum, que é o sucesso da
empresa!
As empresas investem em SST, porque isso lhes permite evitar lesões e doenças decorrentes do trabalho, o que
representa um indicador chave para o sucesso da empresa.
Abaixo são apresentadas algumas das vantagens para as empresas que apostam numa boa SST, e face à
sociedade, mercado, clientes e colaboradores:
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Conforme o artigo 9º da Lei nº 102/2009, de 10 de Setembro, para além da integração de conteúdos sobre SST
nos planos curriculares dos vários níveis de ensino, por forma a criar uma cultura de prevenção aplicável à vida
adulta, é da responsabilidade do Estado Português incluir também esta temática na educação e formação
profissional, especialmente nas que são dedicadas a empregadores e trabalhadores, mas nunca esquecendo a
informação e formação do público em geral. No artigo 10º da Lei supra referida, contempla-se também um
investimento cada vez mais acentuado no que diz respeito a investigação e formação especializada nas áreas da
segurança e saúde no trabalho, através da promoção do conhecimento, apoio à criação de estruturas,
intercolaboração entre estruturas e organismos, divulgação e partilha de informação científica e técnica e, ainda,
o incentivo individual para o investimento em estudos nesta área.
Em contexto de empresa, importa identificar que obrigações existem para o empregador e para o trabalhador,
no que diz respeito às condições de segurança e saúde no trabalho. A Lei nº 102/2009, de 10 de Setembro, nos
seus artigos 15º e 17º enumera um conjunto de obrigações que abaixo se resumem:
- Ao empregador compete:
Reger-se pelos princípios gerais da prevenção durante o exercício da atividade (identificação, avaliação
e combate/redução dos riscos profissionais, priorizar medidas de proteção e intervenções, minimização
da exposição ao risco, adaptação do trabalho ao Homem e organização do trabalho contemplando
também a prevenção de riscos psicossociais e ergonómicos, elaboração e divulgação de instruções e
orientações, preferencialmente incluindo os trabalhadores );
Considerando que um sistema de comunicação desempenha uma alavanca fundamental num processo de
mudança comportamental das organizações e dos indivíduos que as integram, facilmente se constata a
importância da comunicação interna no sucesso de um programa de prevenção de acidentes, de valorização da
saúde e do bem-estar dos trabalhadores.
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Alguns exemplos dos diferentes tipos de comunicação presentes em nosso cotidiano profissional são:
Conversas;
Apresentações;
E-mails
Fax;
Palestras/cursos;
Símbolos/signos/códigos de segurança.
Esta diversidade de formas de comunicação exige grande atenção de nossa parte, uma vez que as
possibilidades de obtermos êxito ou fracasso em nossas atividades profissionais são enormes.
O ponto principal é que cada um de nós deve ser o grande responsável pela nossa comunicação, seja a que
recebemos ou a que enviamos.
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Querendo ou não somos responsáveis pelas mensagens que enviamos e recebemos. Quando emitimos uma
opinião, mandamos um e-mail ou mesmo realizamos uma palestra, estamos projetando signos e códigos que
expressam nossa personalidade, habilidades, capacidades, além de outros aspetos a nós pertinentes. Por isso, é
fundamental nos aprimorar cada vez mais para que possamos, sim, fazer um bom trabalho - expressar nossos
conhecimentos de forma adequada e positiva para os públicos que interagem connosco em nossas esferas
pessoal e profissional.
Portanto, para evitar erros no trabalho decorrentes da má comunicação, você precisa ter as ideias em ordem
antes de se comunicar. Saber o que falar antes de fazê-lo é, então, muito importante.
Capítulo XIII – Controlo de documentos e dados
Uma descrição dos principais elementos do sistema de gestão da segurança e saúde do trabalho e
suas interações, e referências a documentos relacionados;
Documentos, incluindo registos, definidos como necessários pela organização para assegurar o
planeamento, a operação e o controlo eficazes dos processos relacionados com os seus riscos para a
SST.
NOTA É importante que essa documentação seja proporcional ao respetivo nível de complexidade, perigos e
riscos e mantido no mínimo requerido para garantir a eficácia e eficiência.
Os documentos requeridos pelo sistema de gestão da segurança e saúde do trabalho e pela presente Norma
devem ser controlados. Os registos são um tipo específico de documentos e devem ser controlados de acordo
com os requisitos constantes em 4.5.4.
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Capítulo XIV – Controlo operacional
A organização deve identificar as operações e atividades que estão associadas aos perigos identificados e
em que seja necessário aplicar medidas de controlo para gerir os riscos para a SST. Tal deverá incluir a
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Capítulo XV – Resposta a emergências
Ao planear a sua resposta a emergências a organização deve ter em consideração as necessidades das
A organização deve também testar periodicamente os seus procedimentos para resposta a situações de
emergência, sempre que praticável e envolver as partes interessadas relevantes conforme apropriado.
preparação e resposta a emergências, em particular após a realização periódica dos testes e após a
Capítulo XVI – Ações corretivas
A organização deve estabelecer, implementar e manter um ou mais procedimentos para tratar as não
conformidades reais e potenciais e para implementar as ações corretivas e as ações preventivas. Este(s)
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Quando as ações corretivas e preventivas identificam novos perigos ou alterações nos existentes ou a
propostas devam ser tomadas através do processo de avaliação de riscos antes da sua implementação.
Todas as ações, corretivas ou preventivas, destinadas a eliminar as causas de não conformidades reais e
potenciais devem ser as apropriadas à dimensão dos problemas e proporcionais aos riscos para a SST
encontrados.
A organização deve assegurar que são efetuadas todas as alterações necessárias na documentação do
sistema de gestão da segurança e saúde do trabalho, decorrentes das ações corretivas e preventivas.
Capítulo XVII – Medidas de monitorização da performance
Se for requerido equipamento de monitorização para medir e monitorizar o desempenho, a organização deve
estabelecer e manter procedimentos para a calibração e a manutenção desse equipamento, conforme
apropriado. Devem ser conservados os registos das atividades de calibração e de manutenção bem como os
respetivos resultados
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Capítulo XVIII – Acidentes, incidentes, não conformidades, ações corretivas
e preventivas
Um acidente de trabalho não é um acontecimento fortuito, cuja responsabilidade se possa imputar a um acaso,
a uma “fatalidade”.
Acidente - Acontecimento não intencional que provoca danos corporais, danos materiais ou perdas de
produção.
Sempre que um dano corporal necessitar de cuidados médicos ou de enfermagem é um acidente, mesmo que o
acidentado, por razões diversas, não tenha procurado esses cuidados.
A investigação de incidentes e acidentes torna-se pois um elemento essencial para a determinação dos níveis de
risco existentes nas operações das organizações. A essência do controlo de perdas manifesta-se na correta
investigação das causas dos incidentes e acidentes de Trabalho (IIAT) com a apropriada melhoria contínua e
adequado envolvimento da gestão. Compreende-se que a IIAT se reveste de uma importância acrescida para as
organizações que pretendem ser competitivas.
Segundo Vincoli “Uma investigação de acidentes é um esforço metódico para recolher e interpretar factos. É um
olhar sistemático à natureza e extensão do acidente, dos riscos assumidos e das perdas envolvidas.
É um inquérito ao como e porquê da ocorrência de tal evento. Como uma das funções básicas da investigação
de acidentes é prevenir a ocorrência futura de eventos similares, é também um processo de planeamento para
explorar as ações que podiam ter sido tomadas para prevenir ou minimizar a recorrência do acidente.”
Para que a IIAT possa ser uma ferramenta tão produtiva quanto possível para a gestão, é necessário que
primeiro sejam estabelecidos os parâmetros dentro dos quais essa mesma investigação deve decorrer, é
essencial que exista um modelo operacional que potencie os ganhos de eficiência e eficácia, e que permita
obter resultados dentro dos constrangimentos e realidades encontradas.
Se tomarmos como referência Jeffrey W. Vincoli e James Thornhill, poderemos verificar que ambos sustentam a
mesma relevância na necessidade de preparação e existência de um modelo operacional de IIAT que possibilite
ganhos de eficiência e de tempo aquando da ocorrência de incidentes ou acidentes.
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de 4 de Setembro
Considera-se que uma doença profissional é aquela que resulta diretamente das condições de trabalho e que
causa incapacidade para o exercício da profissão ou morte. As doenças profissionais em nada se distinguem das
outras doenças, salvo pelo facto de terem a sua origem em fatores de risco existentes no local de trabalho.
Existe uma Lista de Doenças Profissionais, aprovadas através do Decreto Regulamentar n.º 76/2007, de 17 de
Julho, embora a Lei também considera que a lesão corporal, a perturbação funcional ou a doença não incluídas
na lista serão indemnizáveis, desde que se provem serem consequência, necessária e direta, da atividade
exercida e não representem normal desgaste do organismo (Código do Trabalho, n.º 2 do art. 310).
A organização deve estabelecer e manter registos, na medida em que sejam necessários para demonstrar a
conformidade com os requisitos do seu sistema de gestão da segurança e saúde do trabalho e desta Norma, e
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Capítulo XX – Auditorias
A organização deve assegurar que as auditorias internas ao sistema de gestão da segurança e saúde do trabalho
O(s) programa(s) de auditorias deve(m) ser planeado(s), estabelecido(s), implementado(s) e mantido(s) pela
considerar:
A seleção dos auditores e a realização das auditorias deve assegurar a objetividade e a imparcialidade do
processo de auditoria.
A Gestão de topo deve rever o sistema de gestão da segurança e saúde do trabalho da organização em
intervalos planeados, para assegurar a sua contínua adequação, suficiência e eficácia. Estas revisões devem
segurança e saúde do trabalho, incluindo a política de SST e os objetivos de SST. Devem ser mantidos
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a) Os resultados das auditorias internas e avaliações de conformidade com os requisitos legais e com
outros requisitos que a organização subscreva;
b) Os resultados da participação e consulta (veja-se 4.4.3);
c) As comunicações de partes interessadas externas, incluindo reclamações;
d) O desempenho da SST da organização;
e) O grau de cumprimento dos objetivos;
f) O estado das investigações de incidentes, das ações corretivas e preventivas;
g) As ações de seguimento resultantes de anteriores revisões pela gestão;
h) Alterações de circunstâncias, incluindo desenvolvimentos nos requisitos legais e outros requisitos
relacionados com a SST;
i) Recomendações para melhoria.
As saídas das revisões pela gestão devem ser coerentes (consistentes) com o compromisso de melhoria
contínua da organização e devem incluir quaisquer decisões e ações relativas a possíveis alterações em:
Saber mais
Medidas de Prevenção
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o Garantir uma adequada manutenção dos sistemas de renovação de ar, bem como dos sistemas de ar
condicionado.
Conclusão
Qualquer empresa de hoje em dia conhece bem as implicações e requisitos legais quando se fala em HSST-
Higiene, Segurança e Saúde no trabalho, tendo consciência de que uma falha neste âmbito dentro da empresa,
pode gerar automaticamente o pagamento de uma multa por incumprimento legal.
A Higiene, Segurança e Saúde no trabalho é um conjunto de ações que nasceu das preocupações dos
trabalhadores da indústria em meados do século 20, pois as condições de trabalho nunca eram levadas em
conta, mesmo que tal implicasse riscos de doença ou mesmo de morte dos trabalhadores. Numa época em que
a indústria era a principal atividade económica em Portugal, os trabalhadores morriam ou tinham acidentes
onde ficavam impossibilitados para toda a vida, simplesmente porque a mentalidade corrente era a de que o
valor da vida humana era para apenas útil para trabalhar e porque não existia qualquer legislação que
protegesse o trabalhador.
O cenário demorou tempo a mudar e apenas a partir da década de 50/60, surgiram as primeiras tentativas sérias
de integrar os trabalhadores em atividades devidamente adequadas às suas capacidades, e dar-lhes
conhecimento dos riscos a que estariam expostos aquando do seu desempenhar de funções.
Atualmente a dimensão que encontramos neste âmbito é muito diferente, sobretudo porque a Lei-Quadro de
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho faz impender sobre as entidades empregadoras a obrigatoriedade de
organizarem os serviços de Segurança e Saúde no Trabalho.
Desta forma, para além de análises minuciosas aos postos de trabalho a empresa tem que garantir também as
condições de saúde dos trabalhadores (como a existência de um posto médico dentro de cada empresa), e
ainda garantir que são objeto de estudo as investigações de quaisquer tipos de incidentes ocorridos, sendo
sempre analisada a utilização ou não de equipamentos de proteção individual (vulgo EPI).
Em resumo, todas as atividades de HSST se constituem como as atividades cujo objetivo é o de garantir
condições de trabalho em qualquer empresa “num estado de bem-estar físico, mental e social e não somente a
ausência de doença e enfermidade” (de acordo com a Organização Mundial de Saúde.)
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Referências Bibliográficas
AA VV., Compilação de dados estatísticos sobre sinistralidade laboral e doenças profissionais em Portugal , Ed.
UGT, 2012
AA VV., Participação dos Trabalhadores na Segurança e Saúde no Trabalho: Guia Prático, Ed. Agência Europeia
para a Segurança e Saúde no Trabalho, 2012
AA VV., Qualificação de Técnicos Superiores de Higiene e Segurança no Trabalho: Manual de Formação, Ed.
Associação Industrial Portuguesa – Confederação Empresarial, 2007
Espiga, M., Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho: textos de apoio , Ed. CECOA
Sites Consultados
O Portal da Construção
http://www.oportaldaconstrucao.com
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