Você está na página 1de 14

Gestão na qualidade e segurança nos Serviços de Saúde

Atividade 6 - Tema 7 - M302


Luara Maria
Questões norteadoras:
1. Defina quais são os pilares de qualidade na área de saúde? Descreva-os.
2. Descreva quais aspectos devem ser considerados na avaliação de qualidade? Analise cada um e
exemplifique dentro de um serviço de saúde.
3. Por que se deve combinar a análise da estrutura, processo e resultado na avaliação de qualidade?
4. Como deve ser feita a avaliação de qualidade, exemplificando os indicadores de estrutura,
processo e resultado?
5. Defina quais são as características que um bom indicador deve ter?
6. Definir segurança do paciente, incidentes com e sem danos e as metas internacionais de
segurança.
7. Discutir a política nacional de segurança do paciente, o papel dos Núcleos de Qualidade e
Segurança do Paciente e a atuação do enfermeiro.

Objetivos:
1. Definir qualidade e seu pilares na saúde;
2. Discutir sobre o foco na qualidade pela análise de estrutura, processo e resultado na gestão da
saúde;
3. Discutir sobre os indicadores de qualidade na saúde, suas características, avaliação e controle;
4. Explicar o papel do enfermeiro com a qualidade do atendimento;
5. Definir segurança do paciente, incidentes com e sem danos e as metas internacionais de
segurança;
6. Discutir a política nacional de segurança do paciente, o papel dos Núcleos de Qualidade e
Segurança do Paciente e a atuação do enfermeiro.

1. Defina quais são os pilares de qualidade na ➔ Sua avaliação ocorre através de estudos
clínicos controlados.
área de saúde? Descreva-os.
➔ O limite máximo de benefício, na atenção a
➔ Qualidade em saúde: é um conceito
um certo problema, corresponde àquele
abordado em termos de um conjunto de
atingido pela estratégia mais eficaz.
atributos desejáveis.
➔ O conhecimento da eficácia de uma
➔ Donabedian propõe 7 atributos chamados
tecnologia em saúde diz respeito à melhoria
de pilares da qualidade: eficácia,
possível sobre um problema específico de
efetividade, eficiência, otimização,
saúde, em uma população definida, à luz do
aceitabilidade, legitimidade e equidade.
conhecimento existente.
➔ Eficácia:
➔ Efetividade:
➔ É medida pelo benefício produzido por sua
➔ A melhoria observada no estado de saúde
aplicação, sob condições ideais, aos
de uma população pela aplicação de uma
problemas de indivíduos de uma população.
tecnologia a um problema de saúde, em

1
condições reais, corresponde ao conceito de em termos de medidas de efetividade e de
efetividade. indicadores de resultado.
➔ Medidas de eficácia e efetividade são ● Ex: supondo uma comparação de uma
fornecidas pelos mesmos indicadores de intervenção A com outra B, a relação de
resultados, selecionados conforme os custo-efetividade incremental é dada por
objetivos das tecnologias avaliadas e (CA-CB)/(EA-EB).
segundo a população. ○ Avaliar o custo adicional do uso de A,
➔ A efetividade é um atributo de maior como alternativa ao uso de B, por ano de
interesse na avaliação da provisão diária de sobrevida a mais resultante, ou pode
cuidados de saúde, servindo a eficácia como caso de doença a mais prevenida.
um parâmetro para consideração do quanto ◆ Análise de custo-utilidade → é uma
os resultados observados se distanciam dos extensão do custo-efetividade para casos
resultados idealmente esperados. onde a medida de efetividade é anos de
◆ Uma certa alternativa tecnológica A, menos sobrevida.
eficaz que B, pode estar associada a uma ● Diferencia-se na ponderação, no ajuste,
efetividade maior em um certo contexto, e de anos de sobrevida por um fator, que
portanto, ser mais indicada. expressa a qualidade dessa sobrevida.
➔ Eficiência: ● Esse fator varia entre 0 para morte e 1 para
➔ É uma medida que contrapõe recursos vida, em condições plenas.
utilizados e resultados obtidos, no uso de uma ● A medida mais clássica em análises de
tecnologia ou serviço de saúde. custo-utilidade volta-se ao custo adicional
➔ É dada por análises de custo-benefício, por ano de sobrevida, ajustado por
custo-efetividade e custo-utilidade, definidas qualidade (QALY - quality adjusted life
no âmbito da avaliação tecnológica year) adicional.
empregadas na solução ou na redução de ➔ 3 possuem interesse especial para a rotina de
um problema de saúde. trabalho nos laboratórios de controle de
◆ Nessas 3, a comparação de uma alternativa qualidade em saúde: eficácia, efetividade e
que representa a prática prevalente com eficiência.
outra menos empregada, é tida pela análise
➔ Controle de qualidade em saúde: tem por
do custo e dos benefícios adicionais dessa
objetivo verificar a aderência dos indicadores
alternativa, mas é preciso avaliar se os
de qualidade aos padrões definidos e corrigir
custos adicionais justificam os benefícios
desvios.
adicionais.
◆ É usado para manter ou mudar uma
◆ Análise de custo-benefício → os custos e
situação diagnosticada pelo processo de
benefícios são medidos em unidade
avaliação.
monetária.
◆ Decorre da avaliação e busca implementar
● Crítica: dificuldade em se atribuir valores
medidas de melhoria da qualidade de
monetários a resultados da provisão de
práticas e serviços de saúde ou de
cuidados de saúde (aumento na
prevenção de problemas potenciais.
expectativa de vida, prevenção de
◆ Deve estar centrado nas relações entre
doenças, etc).
processo e resultados da prestação de
◆ Análise de custo-efetividade → considera
cuidados de saúde, mas não deve ignorar
custos em unidade monetária e benefícios
aspectos relevantes da estrutura existente.
2
◆ Pode ser formado sob a perspectiva da ◆ Ainda que o princípio da garantia de
garantia de qualidade ou da melhoria qualidade oriente as práticas de auditoria,
contínua de qualidade (MCQ). certificação/acreditação da qualidade, e
◆ A abordagem da garantia de qualidade se mesmo da própria Vigilância em Saúde,
concentra em elementos relevantes de existem desafios no sentido de uma maior
cada um dos processos que se deseja incorporação, por provedores de cuidados
monitorar em uma organização de atenção de saúde, da lógica da MCQ.
à saúde, satisfazendo-se com a observância ◆ Situações traçadoras: situações que podem
dos padrões definidos para os indicadores corresponder a diagnósticos, intercorrências
considerados. ou procedimentos } captação de processos
◆ Ex: controle da infecção cirúrgica em um que precisam de métodos de controle.
hospital brasileiro, com base no indicador ◆ Em geral, envolve a seleção aleatória de
“taxa de infecções em cirurgias limpas”. produtos, casos ou situações observados no
◆ A MCQ envolve toda a estrutura de uma sistema de produção de cuidados de
organização de saúde e considera flexíveis saúde, e assim, permite a identificação e a
o nível de qualidade a se atingir e os análise de problemas que acometem todo
próprios indicadores de qualidade. o sistema a um custo factível.
◆ A ideia de aprimoramento contínuo não ➔ A avaliação da qualidade em serviços de
impõe limites à qualidade a ser atingida → saúde é um passo importante no
conforme os níveis melhores de qualidade planejamento e na gestão dos serviços.
são atingidos, indicadores mais sensíveis às
novas melhorias podem tornar-se
necessários.
◆ A MCQ é um esforço contínuo de prover
cuidados que atendam ou excedam as
expectativas da clientela.
◆ 5 princípios que norteiam a MCQ:
● 1) O foco nos processos e sistemas
organizacionais, e não nos indivíduos,
como causas de deficiência na qualidade;
● 2) O uso de uma abordagem de solução
de problemas baseada em análise
2. Descreva quais aspectos devem ser
estatística;
● 3) A composição de grupos de trabalho considerados na avaliação de qualidade?
envolvendo profissionais com atribuições Analise cada um e exemplifique dentro de um
diversas; serviço de saúde.
● 4) O fortalecimento de funcionários da
➔ A Avaliação em Saúde produz informações
organização no sentido de identificar
quanto a adequação, efeitos e custos
problemas e oportunidades para a
associados ao uso de tecnologias, programas
melhoria dos cuidados e de tomar as
ou serviços de saúde.
decisões necessárias; e
➔ Pode subsidiar a tomada de decisão em
● 5) A ênfase na clientela e nos profissionais
relação às práticas de saúde e ao
da organização.
estabelecimento de políticas no setor.
3
➔ Pressupõe: ◆ Ex.: o número de profissionais de saúde a
◆ A seleção de problemas relevantes, e atender uma população; as condições de
sensíveis, a medidas de ação viáveis nos armazenamento de medicamentos em uma
níveis técnico, político e econômico; farmácia; o percentual de prescrições
◆ A medição de atributos pertinentes a realizadas em um serviço de saúde e
tecnologias, programas ou serviços de atendidas pela farmácia do próprio serviço;
saúde, que se constituem em alternativas a sensibilidade (probabilidade do exame
para a solução, ou a minimização, de diagnosticar a doença se o indivíduo tem a
problemas, em uma população; doença) e a especificidade (probabilidade
◆ O julgamento e a comparação do do exame ser negativo se o indivíduo não
comportamento desses atributos, como tem a doença) de um exame diagnóstico; a
critérios de apreciação da adequação, dos taxa de infecção hospitalar em um hospital;
benefícios, dos efeitos adversos e dos custos e a existência de um sistema de referência e
associados às alternativas, levando-se em contra-referência de pacientes dentro de
conta a população de referência e o uma rede de serviços de saúde.
conhecimento, ou o arsenal tecnológico ➔ Padrão: valor especificado para distinguir a
existente/disponível; e qualidade de práticas, ou de serviços de
◆ A alimentação dos processos de análise e saúde, em aceitável ou não, diante de um
de formulação de condutas, ou indicador (relação intrínseca).
recomendações, para ação gerencial ou ➔ É importante lembrar que ocorrências
governamental. individuais de eventos adversos podem
representar um sinal de alerta, mas não
ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NA devem ser vistas, necessariamente, como
AVALIAÇÃO EM SAÚDE reflexos de má qualidade.
➔ A avaliação da qualidade é feita com base ◆ Ex.: a morte materna em uma maternidade,
em indicadores categorizados em 3 grupos: mesmo com sua investigação das causas,
estrutura, processo e resultados. pode representar uma fatalidade, sem ser
➔ Através dos resultados obtidos pelos sinal de precariedade na assistência, mas 5
indicadores é possível avaliar uma dada mortes maternas, já é um indicativo forte de
situação, realizar um planejamento má qualidade.
adequado, definir melhorias necessárias, ◆ Valores destoantes do padrão esperado
obter informações que auxiliem as tomadas não determinam a deficiência na qualidade
de decisão, a melhor alocação dos recursos, da atenção à saúde, mas indicam, em
a gestão e, consequentemente, melhorar a menor ou maior grau, essa possibilidade.
qualidade da assistência oferecida. ➔ Referente: se o indicador é um critério, e o
➔ Indicadores de qualidade em saúde: são os padrão é um valor representativo de
critérios selecionados para julgar e comparar qualidade para o indicador, os significados
adequação, benefícios, efeitos adversos e de ambos dependem de características do
custos de tecnologias, serviços ou programas problema e da população-alvo das práticas,
de saúde. Isto é, vão avaliar a qualidade da ou dos serviços de saúde, sob avaliação.
assistência à saúde a uma população em ◆ Garante a construção de categorias
procedimentos específicos ou de uma rede homogêneas e replicáveis, em que as quais
de serviços. tecnologias ou serviços de saúde podem ser

4
comparados em locais e momentos ➔ Resultados: diz respeito às mudanças no
diversos. estado de saúde da população promovidas
◆ Essas categorias costumam ser pelos cuidados recebidos.
estabelecidas segundo características ◆ Avaliam os efeitos dos cuidados prestados
diagnósticas/clínicas, podendo também anteriormente na saúde do paciente e da
levar em conta características população e, também, o grau de satisfação
demográficas, geográficas ou culturais da do paciente e do prestador.
população. ➔ Na avaliação de práticas e serviços de saúde
◆ Seu uso reduz o grau de incerteza na pressupõe-se que uma estrutura adequada
consideração de indicadores e padrões de propicia um bom processo de assistência à
qualidade da assistência. saúde. E esse processo, leva a mudanças
➔ Os conceitos de indicador, padrão e favoráveis no nível de saúde da população.
referente são aplicados na avaliação dos 3 ◆ Boa estrutura → bom processo → bom
componentes, segundo Donabedian, da resultado } Probabilidade e não certeza.
produção de serviços de saúde: a estrutura, o
◆ Os resultados são produzidos sobre a saúde
processo e os resultados.
da população-alvo e são atribuídos a eles o
➔ Estrutura: abrange os recursos humanos
processo de assistência.
(número e qualificação dos profissionais),
◆ Estabelecimento de elos causais entre os
físicos (materiais) e financeiros usados na
elementos e os resultados.
provisão de cuidados de saúde, além dos
arranjos organizacionais (profissionais de
3. Por que se deve combinar a análise da
saúde) e os mecanismos de financiamento
destes recursos. estrutura, processo e resultado na avaliação de
◆ Avaliam os atributos dos locais nos quais o qualidade?
serviço é prestado, levando em ➔ Tendo em vista que uma boa estrutura
consideração conveniência, conforto, aumenta a probabilidade de se ter um bom
silêncio, privacidade e assim por diante. processo e este, por sua vez, aumenta a
➔ Processo: refere-se às atividades que probabilidade de se ter um bom resultado, é
constituem a atenção à saúde, e envolvem a válido lembrar que nem sempre isso ocorre.
interação de profissionais de saúde e ◆ A estrutura de qualidade não garante
população assistida. Ou seja, avaliam as qualidade nos processos, assim como
atividades de cuidado realizadas com o processos de qualidade não são garantia
paciente. total de bons resultados. Entretanto, indicam
◆ Dividem-se entre o cuidado técnico que bons resultados dificilmente serão
propriamente dito (utilização dos obtidos com estrutura e/ou processo
conhecimentos científicos e tecnológicos da inadequados, ou seja, não garantem,
medicina) e a relação interpessoal entre porém influem.
paciente e profissional. ➔ Portanto, devido à complexidade de um
◆ Incluem as atividades do paciente serviço de saúde, um único indicador não é
buscando o cuidado, como também as capaz de avaliar a qualidade do serviço
atividades do médico dando o diagnóstico prestado aos usuários, sendo necessário
e realizando o tratamento. elencar um grupo de indicadores de cada

5
categoria para este fim, ou pelo menos um ➔ É voltada para a ideia de que a
indicador de cada categoria. probabilidade de ocorrência de resultados
favoráveis cresce quando tecnologias em
4. Como deve ser feita a avaliação de qualidade, saúde são aplicadas corretamente.
➔ Permite elementos operacionais para a
exemplificando os indicadores de estrutura,
apreciação da qualidade de práticas e
processo e resultado? serviços de saúde, além da correção de
➔ A avaliação guia-se, prioritariamente, pelo problemas, praticamente em tempo real.
julgamento de características desse processo, ➔ Além de estarem incluídos nos protocolos de
características com poder de predição de certificação e de acreditação de unidades
resultados. de saúde, os indicadores e padrões de
➔ Indicadores de processo e de resultados processo constituem-se em elementos
devem ser complementares. centrais de sistemas de auditoria de práticas
➔ Indicadores de resultados: mortalidade, e serviços de saúde.
morbidade, incapacitação e desconforto. ➔ A existência de relações causais, bem
◆ Ex: a proporção de internações resultantes estabelecidas, entre processo de atenção à
em morte em um hospital; os anos de saúde e resultados sobre a saúde da
sobrevida; Índice de Apgar; etc. população fortalece a abordagem de
◆ Podem se formar direta ou indiretamente processo na avaliação de qualidade.
das consequências do uso de intervenções ➔ O desenvolvimento de critérios de boa
em saúde. assistência tem, no mínimo, o mérito de fazer
com que os prestadores de serviços de saúde
AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA entendam melhor suas formas de trabalho e
➔ Oferece menos informação sobre a desenvolvam abordagens mais efetivas e
qualidade da atenção à saúde, mas pode racionais.
ser importante para complementar
avaliações do processo e dos resultados. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS
➔ Cuidado para não confundir a capacidade ➔ É aquela que realmente capta mudanças no
de um serviço gerar cuidados de boa estado de saúde da população.
qualidade com a qualidade de atenção em ➔ Fundamenta-se no propósito de medir o
si mesma. cumprimento do objetivo da atenção a uma
➔ Indicadores e padrões de qualidade da população e à melhoria da saúde.
estrutura de serviços de indicadores da ➔ 2 dificuldades:
estrutura saúde costumam ser utilizados para ◆ 1) A medição do resultado em si, visto
o credenciamento de unidades de saúde. existirem situações onde respostas ao uso de
➔ Ex: existência ou não de um serviço de tecnologias, ou serviços de saúde, somente
vigilância epidemiológica em uma unidade se observam após um longo período, ou
de saúde; condições de armazenamento de onde não há clareza quanto às respostas
medicamentos na farmácia de um centro de mais relevantes; e
saúde ou hospital; número de profissionais de ◆ 2) A atribuição do resultado ao cuidado à
saúde; etc. saúde em questão. Além disso, a avaliação
de resultados é limitada no que diz respeito
AVALIAÇÃO DO PROCESSO

6
à indicação do que se deve fazer face a 6. Definir segurança do paciente, incidentes com
achados desfavoráveis.
e sem danos e as metas internacionais de
➔ Os efeitos produzidos por cuidados de saúde
na população-alvo são idealmente
segurança.
rastreados por indicadores de resultado. ➔ Segurança do paciente: pode ser definida
➔ Esses indicadores ao apontarem áreas como a ausência de dano potencial ou
potenciais de problema, devem ser desnecessário para o paciente, associada
complementados por indicadores de aos cuidados em saúde e à capacidade de
estrutura e de processo, visando a adaptação das instituições de saúde em
identificação de fatores que possam explicar relação aos riscos humanos e operacionais
a existência dessas áreas. inerentes ao processo de trabalho.
➔ Na inviabilidade do uso de indicadores de ➔ Preocupações relativas à temática
resultado, os de processo são os mais úteis “Segurança do Paciente” podem ser
para a predição do grau de cumprimento identificadas desde Florence Nightingale, em
dos objetivos de cuidados de saúde, pois 1863, no livro "Notes on hospitals".
oferecem mais informação. ➔ Um grande avanço ocorreu nos anos 90,
quando James Reason trouxe importante
contribuição para a compreensão de como
5. Definir quais são as características que um
os erros ocorrem, ao destacar que um erro é
bom indicador deve ter.
fruto de falha no sistema e, por isso, deve ser
➔ Um bom indicador deve ter as seguintes abordado de forma holística.
características, segundo Bittar (2001): ➔ Os estudos de Reason ficaram notórios em
◆ 1)Objetividade: deve ter um objetivo claro, 1999 com o relatório do Instituto de Medicina,
expressando de forma simples e direta a chegando a chamar a atenção das
situação a que se refere; instituições de saúde para a necessidade do
◆ 2)Simplicidade: fácil de calcular, de buscar fortalecimento de uma cultura de segurança
os dados e analisá-los; a nível organizacional, como medida
◆ 3)Validade: cumprir o propósito de fundamental ao processo de melhoria da
identificar as situações que devem ser segurança do paciente no contexto
melhoradas; hospitalar.
◆ 4)Sensibilidade: o grau no qual o indicador ➔ Em 2004, a OMS criou o projeto “Aliança
é capaz de identificar todos os problemas mundial para a segurança do paciente”, com
existentes; e o objetivo de alertar para a melhoria da
◆ 5)Baixo custo: indicadores cujo valor segurança do paciente na assistência e o
financeiro é alto inviabilizam sua execução. comprometimento político, além de apoiar
➔ No setor saúde os indicadores podem avaliar no desenvolvimento de políticas públicas e
o estado de saúde de uma população ou o práticas para segurança do paciente em
desempenho dos serviços de saúde. todo o mundo.
◆ A soma destas duas informações permite ◆ Desde então, na América Latina, há uma
conhecer a situação sanitária de uma proposta da OPAS para que se articulem, a
população. fim de cumprir as ações previstas na nessa
aliança.

7
➔ Uma das ações de maior impacto no Brasil ➔ A SP diz respeito a uma forma de perceber,
ocorreu em 2007, quando a ANVISA elaborou pensar e sentir de um grupo → cultura de
proposta com o objetivo de identificar os segurança.
tipos específicos e a natureza dos problemas ◆ A organização da instituição não deve estar
de segurança nos serviços de saúde, para se baseada na punição e culpa, pois isso pode
adequarem às recomendações da OMS. causar omissão.
➔ Em 2013, a ANVISA em parceria com o ◆ É necessário elevar o nível de
Ministério da Saúde, lançou o Programa comprometimento da gerência e dos
Nacional de Segurança do Paciente, que profissionais, bem como forte espírito de
tem o objetivo de promover e apoiar a coesão entre os departamentos.
implementação de iniciativas voltadas à ➔ O papel do enfermeiro é um facilitador na
segurança do paciente em diferentes áreas identificação de riscos de EA.
da atenção, organização e gestão de ◆ Um evento tem maior probabilidade de ser
serviços de saúde, por meio da implantação relatado se ele tiver provocado dano ao
da gestão de risco e de Núcleos de paciente e, pelo fato dos enfermeiros serem
Segurança do Paciente nos estabelecimentos os que mais conhecem o sistema de relato
de saúde. de EA da instituição, são esses os
➔ Foram elencadas sugestões para a melhoria profissionais que mais relatam.
dos procedimentos e processos de trabalho
baseadas em princípios atuais de segurança
do paciente, como a definição de
protocolos, barreiras de risco, identificação
do paciente, dose unitária e dupla
checagem.
◆ Destacam-se também recomendações que
envolvem a conduta profissional, tais como:
dedicação, comprometimento e
consciência no trabalho, respeito e carinho.
➔ Em 2005 a Unidade dos Recursos Humanos METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA
para a Saúde, da OPAS, criou a Rede ➔ Foram estabelecidas pela Joint Commission
Internacional de Enfermagem e Segurança International (JCI), em parceria com a OMS.
do Paciente (RIENSP), no Chile, com o ➔ Objetivo: promover melhorias específicas na
objetivo de traçar tendências e prioridades segurança do paciente por meio de
no desenvolvimento da enfermagem na área estratégias que abordam aspectos
da “Segurança do paciente” e discutir problemáticos na assistência à saúde,
cooperação e intercâmbio de informações apresentando soluções baseadas em
entre os países e necessidades de evidências para esses problemas.
fortalecimento do cuidado de enfermagem a
partir de evidências científicas.
◆ Desafios: criação de Comitês de SP.
➔ A REBRAENSP surgiu em 14 de maio de 2008,
após a criação da RIENSP.

8
➔ São elas: ◆ Importante: o número do quarto não pode
➔ Identificação correta do paciente: ser utilizado para identificar o paciente
➔ O que é? apenas como localizador.
◆ É um dos primeiros cuidados para uma ➔ Comunicação efetiva:
assistência segura, sendo o ponto de ➔ O que é?
partida para a correta execução das ◆ A segurança da assistência depende de
diversas etapas de segurança. uma comunicação entre os colaboradores.
◆ Deve ser capaz de identificar corretamente ◆ É importante padronizar como, por quem e
o indivíduo como sendo a pessoa para a para quem são transmitidas as informações
qual se destina o serviço (medicamentos, acerca do paciente (prescrições verbais,
sangue ou hemoderivados, exames, resultados de exames críticos e transição de
cirurgias e tratamentos). cuidados), bem como a forma de registro
◆ Inclui 3 informações distintas utilizadas para dessas informações, de maneira que ocorra
identificação do paciente antes de cada de forma clara e oportuna, sem
ação assistencial: número de ambiguidades, com a certeza da correta
prontuário/atendimento, nome completo e compreensão por parte do receptor da
data de nascimento, a fim de garantir que o informação.
cuidado seja realizado no indivíduo certo. ◆ Importante: essa informação deve ser
◆ A identificação acontece no momento da registrada em prontuário.
admissão (internação e Pronto ➔ O que medimos?
Atendimento), por meio de pulseira de ◆ Para verificar o cumprimento desta meta
identificação de coloração branca. medimos os seguintes indicadores:
➔ O que medimos? ● Proporção de prescrições verbais e
◆ Para verificar o cumprimento desta meta telefônica.
medimos os seguintes indicadores: ● Proporção de registro de comunicação de
● Taxa de eventos adversos devido a falhas resultados críticos de exames diagnóstico.
na identificação do paciente. ● Proporção de registro de transição do
● Proporção de pacientes com pulseiras cuidado.
padronizadas entre os pacientes atendidos ➔ O que fazer para melhorar esse processo?
nas instituições. ◆ Registrar as informações do paciente no
➔ O que fazer para melhorar esse processo? prontuário, que é um documento legal e
◆ Para garantir a segurança do cuidado, é contém todas as informações do processo
importante: assistencial, desde a admissão até a alta.
● Manter a pulseira de identificação até a ◆ Envolver o paciente no processo de
alta. cuidado, esclarecendo todas as suas
● Verificar se as informações estão corretas e dúvidas. Isso pode evitar falhas.
legíveis. ➔ Melhorar a segurança dos medicamentos:
● Certifique-se de que a equipe assistencial ➔ O que é?
faça a conferência de sua identificação ◆ As práticas para melhorar da segurança de
antes de qualquer atendimento. medicamentos no CHAS envolvem a
● Envolver o paciente no processo de padronizar procedimentos para garantir a
cuidado, esclarecendo todas as suas segurança de armazenamento,
dúvidas. Isso pode evitar falhas. movimentação e utilização de

9
medicamentos de alto risco e que possuem out, um conjunto de ações que envolve
nome, grafia e aparência semelhantes, todas as fases do procedimento cirúrgico.
prevenindo a ocorrência de uma ➔ O que medimos?
administração inadvertida. ◆ Percentual de pacientes que recebeu
➔ O que medimos? antibiótico profilaxia no momento
◆ Taxa de erros na prescrição de adequado;
medicamentos. ◆ Número de cirurgias em local errado;
◆ Taxa de erros na dispensação de ◆ Número de cirurgias em paciente errado;
medicamentos. ◆ Número de procedimentos errados;
◆ Taxa de erros na administração de ◆ Taxa de mortalidade cirúrgica
medicamentos. intra-hospitalar ajustada ao risco; e
◆ Taxa de eventos adversos relacionada a ◆ Taxa de adesão à Lista de Verificação
medicação. ➔ O que fazer para melhorar esse processo?
➔ O que fazer para melhorar esse processo? ◆ Nas cirurgias que envolvem lateralidade, o
◆ A segurança no uso de medicamentos inclui médico marcará o local correto no corpo
a checagem da identificação do paciente do paciente antes que este seja
com a prescrição médica. encaminhado ao centro cirúrgico.
◆ Fique atento à realização desse passo: ◆ Fique atento à realização desse passo:
confirmação dos dados da pulseira com o ● Confirmação dos dados da pulseira com o
prontuário. prontuário.
◆ Envolver o paciente no processo de ● Checagem da identificação do paciente
cuidado, esclarecendo todas as suas e o procedimento cirúrgico.
dúvidas. Isso pode evitar falhas. ◆ Envolver o paciente no processo de
➔ Cirurgia segura: cuidado, esclarecendo todas as suas
➔ O que é? dúvidas. Isso pode evitar falhas.
◆ O conceito de cirurgia segura envolve ➔ Reduzir o risco de infecção associado ao
medidas adotadas para redução do risco cuidado:
de eventos adversos que podem acontecer ➔ O que é?
antes, durante e depois das cirurgias. ◆ A infecção relacionada à assistência à
Eventos adversos cirúrgicos são incidentes saúde (IRAS) é aquela adquirida em função
que resultam em dano ao paciente. dos procedimentos necessários à
◆ A OMS estabeleceu um programa para monitorização e ao tratamento de
garantir a segurança em cirurgias que pacientes em hospitais, ambulatórios,
consiste na verificação de itens essenciais centros diagnósticos ou mesmo em
do processo cirúrgico. assistência domiciliar (home care).
● Objetivo: garantir que o procedimento seja ◆ Mesmo quando se adotam todas as
realizado conforme o planejado, medidas conhecidas para prevenção e
atendendo aos cinco certos: paciente, controle de IRAS, certos grupos apresentam
procedimento, lateralidade (lado a ser maior risco de desenvolver uma infecção.
operado, quando aplicável), ● Entre esses casos estão os pacientes em
posicionamento e equipamentos. extremos de idade, pessoas com diabetes,
◆ Importante: fazer a checagem de câncer, em tratamento ou com doenças
segurança no check-list cirúrgico ou time imunossupressoras, com lesões extensas de

10
pele, submetidas a cirurgias de grande ◆ Orientar acompanhantes e/ou familiares da
porte ou transplantes, obesas e fumantes. importância da antissepsia das mãos.
➔ O que medimos? ◆ Treinar incansavelmente toda equipe
◆ O monitoramento das IRAS permite que os multiprofissional.
processos assistenciais sejam aprimorados e ◆ Envolver o paciente no processo de
que o risco dessas infecções possa ser cuidado, esclarecendo todas as suas
reduzido. dúvidas. Isso pode evitar falhas.
◆ Nesse sentido, a higienização das mãos é ◆ Procurar saber como fazer a antissepsia das
um procedimento essencial. mãos.
● OMS: considera a necessidade de ➔ Reduzir o risco de danos aos pacientes
higienização das mãos, por todos os resultante de quedas:
profissionais de saúde, em 5 momentos ➔ O que é?
diferentes, incluindo antes e depois de ◆ Avaliação de risco de queda:
qualquer contato com o paciente, ● Inclui a identificação de pacientes com
conforme mostra a figura abaixo. risco – em função das condições clínicas,
dos medicamentos prescritos e dos
tratamentos – e a adoção de medidas
preventivas, conforme esse risco.
● É realizada a partir da admissão, com base
nas condições clínicas e necessidades do
paciente. Todos os pacientes são
orientados quanto aos riscos e às medidas
de prevenção. Além disso, o nosso
ambiente hospitalar está sendo adequado
para diminuir o risco das quedas
relacionadas à estrutura física e mobiliário,
◆ É medido: o que inclui o quarto e o banheiro do
● Consumo de preparação alcoólica para paciente.
as mãos: monitoramento do volume de ➔ O que medimos?
preparação alcoólica para as mãos ◆ Proporção de pacientes com avaliação de
utilizado para cada 1.000 pacientes dia. risco de queda realizada na admissão.
● Consumo de sabonete monitoramento do ◆ Número de quedas com danos.
volume de sabonete líquido associado ou ◆ Número de quedas sem danos.
não a antisséptico utilizado para cada ◆ Índice de quedas.
1.000 pacientes-dia. ➔ O que fazer para melhorar esse processo?
● Percentual (%) de adesão: número de ◆ Avaliar, no momento da admissão, o risco
ações de higiene das mãos realizados de queda do paciente (pacientes
pelos profissionais de saúde/número de internados, pacientes no serviço de
oportunidades ocorridas para higiene das emergência e pacientes externos).
mãos, multiplicado por 100. ◆ Uma vez identificado o risco de queda,
➔ O que fazer para melhorar esse processo? orientar pacientes e familiares sobre as
◆ Disponibilizar preparação alcoólica em medidas preventivas individuais, e entregar
lugares estratégicos do hospital. material educativo específico.

11
◆ Pacientes e acompanhantes devem seguir ◆ IV - produzir, sistematizar e difundir
as orientações dadas pela equipe conhecimentos sobre segurança do
multiprofissional. paciente; e
◆ Identificação todo paciente com riscos para ◆ V - fomentar a inclusão do tema segurança
queda. do paciente no ensino técnico e de
◆ Retirar todos objetos ou mobiliário que possa graduação e pós-graduação na área da
levar a uma queda e evitar uso de tapetes saúde.
na instituição. ➔ Adota as seguintes definições:
◆ Colocar sinalização visual para ◆ I - Segurança do Paciente: redução, a um
identificação de risco de queda, a fim de mínimo aceitável, do risco de dano
alertar toda equipe de cuidado. desnecessário associado ao cuidado de
◆ Envolver o paciente no processo de saúde;
cuidado, esclarecendo todas as suas ◆ II - dano: comprometimento da estrutura ou
dúvidas. Isso pode evitar falhas. função do corpo e/ou qualquer efeito dele
◆ Notificar imediatamente ao Núcleo de oriundo, incluindo-se doenças, lesão,
Segurança do Paciente caso ocorra um sofrimento, morte, incapacidade ou
evento de queda. disfunção, podendo, assim, ser físico, social
ou psicológico;
7. Discutir a política nacional de segurança do ◆ III - incidente: evento ou circunstância que
poderia ter resultado, ou resultou, em dano
paciente, o papel dos Núcleos de Qualidade e
desnecessário ao paciente;
Segurança do Paciente e a atuação do ◆ IV - Evento adverso: incidente que resulta
enfermeiro. em dano ao paciente;
➔ A Portaria n° 529, de 1° de abril de 2013, ◆ V - Cultura de Segurança: configura-se a
institui o Programa Nacional de Segurança do partir de cinco características
Paciente (PNSP). operacionalizadas pela gestão de
➔ Objetivo geral: contribuir para a qualificação segurança da organização:
do cuidado em saúde em todos os ● a) cultura na qual todos os trabalhadores,
estabelecimentos de saúde do território incluindo profissionais envolvidos no
nacional. cuidado e gestores, assumem
➔ Objetivos específicos: responsabilidade pela sua própria
◆ I - promover e apoiar a implementação de segurança, pela segurança de seus
iniciativas voltadas à segurança do colegas, pacientes e familiares;
paciente em diferentes áreas da atenção, ● b) cultura que prioriza a segurança acima
organização e gestão de serviços de saúde, de metas financeiras e operacionais;
por meio da implantação da gestão de ● c) cultura que encoraja e recompensa a
risco e de Núcleos de Segurança do identificação, a notificação e a resolução
Paciente nos estabelecimentos de saúde; dos problemas relacionados à segurança;
◆ II - envolver os pacientes e familiares nas ● d) cultura que, a partir da ocorrência de
ações de segurança do paciente; incidentes, promove o aprendizado
◆ III - ampliar o acesso da sociedade às organizacional; e
informações relativas à segurança do
paciente;

12
● e) cultura que proporciona recursos, cursos de formação em saúde de nível
estrutura e responsabilização para a técnico, superior e de pós-graduação.
manutenção efetiva da segurança; e ➔ Fica instituído, no âmbito do Ministério da
◆ VI - gestão de risco: aplicação sistêmica e Saúde, Comitê de Implementação do
contínua de iniciativas, procedimentos, Programa Nacional de Segurança do
condutas e recursos na avaliação e controle Paciente (CIPNSP), instância colegiada, de
de riscos e eventos adversos que afetam a caráter consultivo, com a finalidade de
segurança, a saúde humana, a integridade promover ações que visem à melhoria da
profissional, o meio ambiente e a imagem segurança do cuidado em saúde através de
institucional. processo de construção consensual entre os
➔ Constituem estratégias de implementação do diversos atores que dele participam.
PNSP: ➔ Compete ao CIPNSP:
◆ I - elaboração e apoio à implementação de ◆ I - propor e validar protocolos, guias e
protocolos, guias e manuais de segurança manuais voltados à segurança do paciente
do paciente; em diferentes áreas, tais como:
◆ II - promoção de processos de capacitação ● a) infecções relacionadas à assistência à
de gerentes, profissionais e equipes de saúde;
saúde em segurança do paciente; ● b) procedimentos cirúrgicos e de
◆ III - inclusão, nos processos de anestesiologia;
contratualização e avaliação de serviços, ● c) prescrição, transcrição, dispensação e
de metas, indicadores e padrões de administração de medicamentos, sangue
conformidade relativos à segurança do e hemoderivados;
paciente; ● d) processos de identificação de
◆ IV - implementação de campanha de pacientes;
comunicação social sobre segurança do ● e) comunicação no ambiente dos serviços
paciente, voltada aos profissionais, gestores de saúde;
e usuários de saúde e sociedade; ● f) prevenção de quedas;
◆ V - implementação de sistemática de ● g) úlceras por pressão;
vigilância e monitoramento de incidentes na ● h) transferência de pacientes entre pontos
assistência à saúde, com garantia de de cuidado; e
retorno às unidades notificantes; ● i) uso seguro de equipamentos e materiais;
◆ VI - promoção da cultura de segurança ◆ II - aprovar o Documento de Referência do
com ênfase no aprendizado e PNSP;
aprimoramento organizacional, ◆ III - incentivar e difundir inovações técnicas e
engajamento dos profissionais e dos operacionais que visem à segurança do
pacientes na prevenção de incidentes, com paciente;
ênfase em sistemas seguros, evitando-se os ◆ IV - propor e validar projetos de
processos de responsabilização individual; e capacitação em Segurança do Paciente;
◆ VII - articulação, com o Ministério da ◆ V - analisar quadrimestralmente os dados do
Educação e com o Conselho Nacional de Sistema de Monitoramento incidentes no
Educação, para inclusão do tema cuidado de saúde e propor ações de
segurança do paciente nos currículos dos melhoria;

13
◆ VI - recomendar estudos e pesquisas cuidado; e uso seguro de equipamentos e
relacionados à segurança do paciente; materiais.
◆ VII - avaliar periodicamente o desempenho
do PNSP; e PAPEL DO ENFERMEIRO
◆ VIII elaborar seu regimento interno e ➔ Nas instituições de saúde o enfermeiro pode
submetê-lo à aprovação do Ministro de ser considerado facilitador no processo de
Estado da Saúde. identificação de riscos de EA, o que se
➔ O CIPNSP instituições é composto por configura em elemento chave nesse
representantes, titulares e suplentes, do processo, dado o seu protagonismo na
Ministério da Saúde, da Fiocruz, COFEN, CFM, assistência.
ANVISA, ANS, CONASS, CONASEMS, etc. ➔ Entende-se que à medida que os enfermeiros
assumem seu papel de liderança junto à
NÚCLEOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE (NSP) equipe, há evidências de melhoria da
➔ Constituído por equipe multidisciplinar, assistência, portanto, devem relatar
visando desenvolver uma mudança de comparar e mensurar os fatos e suas
cultura de segurança, dentro das instituições consequências dos EA.
e o fortalecimento das redes, Rede de ➔ Além disso, o enfermeiro é o responsável
Enfermagem e Segurança do Paciente técnico pela equipe de enfermagem frente
(internacional, nacional e regional), ao seu conselho de classe, e irá responder a
promovendo a comunicação rápida e possíveis processos judiciais relacionados à
efetiva das evidências, experiências e ocorrência de EA.
recomendações destinadas a garantir a ➔ Deve haver a substituição do
segurança. questionamento de “quem falhou?” por “o
➔ Resolução da Diretoria Colegiada nº que aconteceu?” e se basear em diminuir a
36/2013: o NSP é a instância do serviço de incidência do erro.
saúde criada para promover e apoiar a
implementação de ações voltadas à Referências Bibliográficas
segurança do paciente, consistindo em um
BRASIL. Ministério da Saúde. Documento de
componente extremamente importante na
referência para o Programa Nacional de
busca pela qualidade das atividades
Segurança do Paciente. Brasília: Ministério da
desenvolvidas nos serviços de saúde.
Saúde, 2014.
➔ A Portaria MS/GM nº 529/2013 estabelece
que um conjunto de protocolos básicos,
definidos pela OMS, devem ser elaborados
e implantados: prática de higiene das
mãos em estabelecimentos de Saúde;
cirurgia segura; segurança na prescrição,
uso e administração de medicamentos;
identificação de pacientes; comunicação no
ambiente dos estabelecimentos de Saúde;
prevenção de quedas; úlceras por pressão;
transferência de pacientes entre pontos de

14

Você também pode gostar