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ARMAZENAMENTO,
ESTOQUE E
DISTRIBUIÇÃO
Charlene Bitencourt
Soster Luz
Sistemas de gestão
de armazenagem
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Parte substancial do faturamento de empresas que administram um
alto volume de mercadorias depende diretamente de uma boa gestão
de armazenagem. A partir do uso de tecnologias como o Sistema de
Gerenciamento de Armazém (WMS), do controle de estoque baseado
em métodos do tipo PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) e UEPS
(Último que Entra, Primeiro que Sai) e de sistemas de distribuição como
cross-docking e transit point, a gestão de armazenagem pode resolver
problemas e evitar perdas que comprometeriam a competitividade no
mercado e a redução de custos de uma empresa.
Neste capítulo, você vai entender o uso desses sistemas e métodos para
buscar as melhores formas de planejar e controlar os acúmulos de recursos
nas cadeias de suprimentos, operações e processos. Além disso, a partir
destes estudos, você vai poder repensar as propostas de organização
de ambientes produtivos e o equilíbrio entre o custo de mercadorias e
o de serviço ao cliente.
O gerenciamento de armazém
No armazém, há necessidade de gerenciar a entrada, a saída e a localização
de produtos, entre outras questões inerentes à gestão de materiais. Dessa
forma, a tecnologia da informação exerce importante papel na logística de
2 Sistemas de gestão de armazenagem
RECEBIMENTO MOVIMENTAÇÃO
ARMAZENAGEM
ENDEREÇAMENTO
CROSS-
-DOCKING SUPORTE
EMBALAGEM
ETIQUETAGEM
CARREGAMENTO SEPARAÇÃO
O sistema WMS tem controle total das mercadorias dentro do armazém. No recebi-
mento, é feito o registro das mercadorias, que na sequência já podem ser direcionadas
ao local mais adequado do armazém. Com o WMS as informações são precisas, e é
possível saber, por exemplo, quais produtos vendem mais e quais ficam mais tempo
no estoque, o que possibilita desenvolver uma previsão mais assertiva de vendas. A
expedição também se torna mais eficiente com o WMS, que mostra exatamente onde
a mercadoria está no armazém e registra o momento e a condição exata de sua saída.
4 Sistemas de gestão de armazenagem
Cross-docking
Cross-docking, como visto anteriormente, é o processo de receber os produtos
e já direcioná-los para as entregas, sem estocá-los (Figura 3). O objetivo é
evitar o custo de armazenagem. Segundo Nogueira (2015), cross-docking é o
“processo onde produtos são recebidos em uma dependência, ocasionalmente
junto com outros produtos, que são separados conforme o mix para o mesmo
destino, onde são enviados na primeira oportunidade, sem uma armazenagem
longa”. O mix se refere aos diferentes produtos de um pedido. O conceito de
cross-docking do autor mostra que o produto pode ser mantido no armazém
até ser expedido, porém esse tempo é menor do que no fluxo tradicional, no
qual o produto fica no estoque e aguarda pedido para sair do armazém.
Figura 3. Cross-docking.
Fonte: Adaptado de NOGUEIRA, 2015.
Transit point
O transit point é um processo muito similar ao cross-docking, porém consegue
enxugar ainda mais o tempo da mercadoria no armazém. No transit point,
a mercadoria entra e já tem pedidos de destinos; assim, vai imediatamente
para a expedição. O transit point é necessário para distribuir as mercadorias
em um caminhão de grande porte para outros veículos menores, de destinos
diversos, por exemplo. Assim, pode-se entender o transit point como um
local de passagem de produtos, que recebe as mercadorias e as separa para
as empresas que já têm o destino definido.
Diferentemente do cross-docking, no transit point geralmente entra um
grande volume de mercadorias para ser separado conforme os destinos. Assim,
o transit point tem larga utilização para entregas de cargas consolidadas,
pois antes mesmo da mercadoria chegar no armazém os pedidos já estão
prontos. Dessa forma é possível traçar rotas econômicas, consolidando várias
mercadorias para serem entregues, mesmo que em veículos pequenos. Assim,
poupa-se tempo e custo com combustível, por exemplo.
Acesse o link a seguir para saber mais sobre a operação de cross-docking nos armazéns:
https://goo.gl/KbrUit
Acesse o link a seguir e saiba como a armazenagem pode ser estratégica por meio
da utilização do transit point:
https://goo.gl/TZLXpA
Sistemas de gestão de armazenagem 9
CAXITO, F. (Org). Logística: um enfoque prático. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
CHING, H. Y. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 2001.
CORRÊA, Henrique Luiz. Gestão de redes de suprimentos. São Paulo: Atlas, 2010.
MILLENNIUM. Automação avançada de cross-docking. Disponível em: <http://e-mil-
lennium.com.br/automacao-avancada-de-cross-docking/>. Acesso em: 07 abr. 2018.
NOGUEIRA, A. de S. Cross-docking. 2015. Disponível em: <http://portallogistico.com.
br/2015/04/27/cross-docking-39781/>. Acesso em: 07 abr. 2018.
TADEU, H. F. B. (Org.). Gestão de estoques: fundamentos, modelos matemáticos e
melhores práticas aplicadas. São Paulo: Cengage Learning, 2010.
Leituras recomendadas
LACERDA, L. Armazenagem estratégica: analisando novos conceitos. Disponível em:
<http://www.ilos.com.br/web/armazenagem-estrategica-analisando-novos-concei-
tos/>. Acesso em: 09 abr. 2018.
MARQUES, J. R. Qual a diferença entre transit point e cross-docking? Disponível em:
<http://www.ibccoaching.com.br/portal/qual-diferenca-entre-transit-point-e-cros-
sdocking/>. Acesso em: 07 abr. 2018.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.