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Fracionamento de produtos:
Usar as instalações de armazenagem para fracionar volumes ou para o transbordo (cross-
docking) é o contrário de utilizá-las para a consolidação de carga.
O fracionamento de cargas surgiu devido à economia que temos quando transportamos da
fábrica ao armazém de distribuição em caminhões de grande capacidade (carreta, bi-trem,
tri-trem, etc..) e neste ponto a carga é fracionada e embarcada em veículos menores (Kombi,
van, caminhão toco, etc.). Outra situação que contribuiu para o uso do fracionamento foi a
proibição de caminhões de grande porte transitar em centros urbanos de nossas principais
cidades.
Combinação
O uso do armazém para combinação acontece quando a empresa tem fábricas em outras
regiões e necessita agrupar todos os produtos para entregar aos clientes. Usualmente a este
tipo de armazém dá-se o nome de Depósito de Agrupamento ou Centro de Distribuição.
Acesse este site que contém um boa matéria sobre armazenagem:
<http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/armazenagem-e-
logistica/26231/ >
Equipamentos utilizados na armazenagem
Visite o Site da Águia Equipamentos para conhecer melhor os equipamentos
existentes:<http://www.aguiasistemas.com.br/>
MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
Para que tenhamos o produto acabado para o cliente, a matéria-prima tem que ser
transformada ou ser beneficiada, para que isso ocorra pelo menos um dos três elementos
básicos de produção: homem, máquina ou material, deve mover-se. Se não ocorrer esta
movimentação não se pode pensar em termos de um processo produtivo.
Toda movimentação de materiais deve atender alguns objetivos básicos, tais como:
- Redução de custos por meio de redução de mão-de-obra, materiais e despesas-gerais;
- Aumento da capacidade produtiva por meio do ganho de eficiência na melhor distribuição
dos materiais;
- Melhorar as condições de trabalho por meo do aumento da segurança na movimentação
de materiais e pela redução do esforço físico por parte dos funcionários;
- Melhorar a distribuição dos produtos com a localização estratégica dos materiais, melhoria
na distribuição e, por consequência, melhoria nos serviços prestados aos usuários.
Para se manter eficiente um sistema de movimentação de materiais, existem ainda certas
“leis” que, sempre dentro das possibilidades, devem ser levadas em consideração. São elas:
- Disponha a trajetória dos materiais de forma qual a mesma seja a sequência de operações;
- Reduza as distâncias e transportes pela eliminação de zigue zagues no fluxo dos materiais;
- Reduza a frequência de transporte manual. O transporte mecânico custa menos que as
operações de carga e descarga, levantamento e armazenamento;
- Evite manipular os materiais tanto quanto possível ao longo do ciclo de processamento;
- Leve sempre em conta a segurança dos operadores e o pessoal circulante, quando
selecionar o equipamento de transporte de materiais;
- Use equipamento padronizado na medida do possível. O custo inicial é mais baixo, a
manutenção é mais fácil e mais barata e a utilização desse equipamento é mais variada por
ser mais flexível que equipamentos especializados;
- O valor de determinado equipamento para o usuário é proporcional à sua flexibilidade, isto
é, capacidade de satisfazer ao transporte de vários tipos de cargas, em condições variadas
de trabalho;
- Mantenha o equipamento ocupado tanto quanto possível;
- Use a gravidade sempre que possível. Pequenos trechos motorizados de transportadores
podem elevar a carga a uma altura conveniente para suprir trechos longos de transportes por
gravidade;
- Use o espaço “sobre cabeças” sempre que for possível. Empilhe cargas ou utilize suportes
especiais para isso;
- Selecione equipamentos na base de custos totais e não somente do custo inicial mais baixo,
ou do custo operacional, ou somente de manutenção. O equipamento escolhido deve ser
aquele que apresenta o menor custo total para uma vida útil razoável e a uma taxa de retorno
do investimento adequado.
Vídeo 3 - Sem Libras
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Fonte: o autor.
Exemplo prático:
Uma empresa metalúrgica consome diariamente 4 peças de um item de estoque. Esta
empresa trabalha todos os dias sem folga (30 dias ao mês) e mantém um estoque de
segurança de 160 peças do item. Sabendo-se que o fornecedor deste material demora 3
meses para entregar o pedido e que são feitos 3 pedidos ao ano, determine:
a) Consumo Anual;
b) Intervalo de Ressuprimento;
c) Lote de compra;
d) Estoque médio;
e) Estoque máximo;
f) Ponto de ressuprimento.
Resolução:
O primeiro passo para a resolução é listar todas as variáveis que temos, tais como:
- Consumo diário: 4 peças/dia
- Tempo de ressuprimento: 3 meses
- Estoque de segurança: 160 peças
- Cadencia de Compras: 3
Agora, vamos resolvendo cada item:
a) Consumo Anual:
Este item nós resolvemos assim: se gasto 4 peças/dia eu multiplico por 30 e acho o consumo
mensal, ou seja, 120 peças/mês, se eu multiplicar o consumo mensal por 12, teremos o
consumo anual, ou seja, Q = 1.440 peças/ano.
b) Intervalo de ressuprimento:
Neste caso temos que utilizar a formula: CC = 12/IR, ou seja IR=12/CC => IR= 12 / 3
IR= 4 meses (isto quer dizer que compro de 4 em 4 meses).
c) Lote de compra:
Neste caso temos que utilizar a formula: CC = Q/LC, ou seja LC=Q/CC => IR= 1440 / 3
LC = 480 peças (isto quer dizer que toda vez que compro, eu faço pedidos de 480 peças)
d) Estoque médio:
Neste caso temos que utilizar a formula: EM = (LC/2) + ES, ou seja EM = (480 / 2) + 160
EM= 400 peças (isto quer dizer que eu mantenho em média 400 peças em meu estoque)
e) Estoque máximo:
Neste caso temos que utilizar a formula: EMax = (LC) + ES, ou seja EMax = 480 + 160
EM= 640 peças (isto quer dizer que eu posso ter no máximo 640 em meu estoque)
f) Ponto de ressuprimento ou ponto de pedido:
Neste caso temos que utilizar a formula: PR = (D x TR) + ES
Temos que ter um cuidado especial quando utilizamos a fórmula acima: as unidades dos
termos em parênteses deverão ser compatíveis, ou seja, se utilizarmos D como demanda
mensal, deveremos usar o TR como tempo em mês.
Neste caso, iremos usar o tempo em meses e a demanda mensal, ficando a resolução desta
maneira:
TR = (120 X 3) + 160
TR = 520 peças (isto quer dizer que meu estoque mínimo é de 520 peças, ou seja, quando
meu estoque atingir 520 peças eu deverei emitir uma ordem de compra de 480 peças que é
o meu lote de compra).
Vamos praticar um pouco ? Resolva o exercício:
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Em nosso exemplo, podemos dividir as classes segundo sua importância relativa como consta
no gráfico e no quadro abaixo:
A aplicação prática dessa classificação ABC pode ser vista quando, por exemplo, reduzimos
20% do valor em estoques dos itens A (apenas dois itens), reduzindo o valor total em 20%
* 80,1% = 16%; enquanto uma redução de 50% no valor e estoques dos itens C (sete itens)
reduzirá o valor total em 50% * 4,3% = 2,2%. Podemos concluir que para uma redução de
custos de estoques é muito mais fácil se focamos os itens A.
De acordo com Bertaglia (2009) a razão da classificação ABC é restringir o foco. Administrar
centenas ou milhares de itens pode equivaler a enormes estruturas internas, que irão
aumentar o custo final dos produtos ou dos serviços.
ESTOQUE DE SEGURANÇA
Conceito
Estoque mantido devido às incertezas de demanda ou consumo, com o objetivo de garantir
um fluxo contínuo da cadeia de suprimentos da empresa, eliminando assim qualquer
deficiência de abastecimento de matérias-primas ou produto acabado. Com o
dimensionamento adequado do estoque de segurança, poderemos aumentar as nossas
vendas e o nível de atendimento ao cliente.
A determinação e dimensionamento dos estoques adicionais são feitos através da projeção
estimada de consumo e de cálculos estatísticos. Estabelece-se o grau ou nível de atendimento
desejado para cada item ou grupo, ou seja, a parcela da demanda total realmente atendida,
de acordo com a política da empresa, assim, delimita-se o nível do estoque mínimo, uma vez
que ele é tanto maior quanto maior for o grau de atendimento.
“A definição do estoque de segurança depende do grau de exatidão da previsão de consumo
e do grau de atendimento, porém, dificilmente ambos os casos são determinados com 100%
de certeza”. (DIAS, 2005).
Desse modo, uma previsão de demanda muito precisa, bem como a redução nos prazos de
reposição, são essenciais para minimizar os níveis dos estoques de segurança. Contudo,
Ballou (2006) ressalta que, “se os prazos de entrega e a demanda pudessem ser previstos
com certeza absoluta, não haveria necessidade de nível algum de estoque de segurança”.
Cálculo de estoque de segurança
Existem várias maneiras de calcularmos o estoque de segurança, nós vamos estudar um
método, onde o calculo é feito com a seguinte fórmula:
Onde o fator de segurança é obtido por meio de uma tabela de coeficientes relacionados à
distribuição normal da variação da demanda, conforme gráfico abaixo:
Vamos calcular o estoque de segurança necessário para atender 98% dos pedidos.
O primeiro passo é calcularmos o desvio-padrão da tabela. Vale lembrar que este desvio-
padrão é o populacional e não amostral, quando você utiliza o calculo do desvio-padrão há
HP 12C ela irá calcular o desvio-padrão amostral, o que resultará em um valor maior que o
desvio-padrão populacional. Podemos usar a função de desvio-padrão populacional do Excel
(DESVPAD.P).
Agora, iremos calcular o desvio-padrão de maneira manual. Para iniciar, vamos calcular a
demanda média do período (em nosso caso são os 10 períodos), depois o desvio da demanda
real em relação à demanda média. Após este cálculo devemos elevar ao quadrado todos os
desvios e fazer a totalização. Desta totalização iremos calcular a média, ou seja, dividir o
total dos desvios ao quadrado por 10. Para finalizar, iremos extrair a raiz quadrada, o
resultado será o desvio-padrão que iremos utilizar para o cálculo do desvio-padrão. Abaixo
segue a tabela com todos os cálculos:
O próximo passo é encontrar o fator de segurança para o atendimento de 98%, ou seja, um
nível de serviço igual a 98% e ai podemos calcular o estoque de segurança.
Podemos concluir que, para garantir o atendimento de 98% dos pedidos, apesar de todas as
incertezas da demanda, teremos que alocar 412 caixas como estoque de segurança.
CUSTO DE ESTOCAGEM
Embora o estoque de materiais seja indispensável para um perfeito funcionamento do
processo de fabricação e o equacionamento da produção e das vendas, ele tem um custo. De
acordo com Ballou (2006), três classes gerais de custos são importantes para a determinação
da política de estoque: os custos de aquisição, de manutenção e de falta de estoques.
Os custos de aquisição ou de pedido são aqueles relacionados com a compra de mercadorias
para reposição dos estoques. Essa envolve uma variedade de custos relacionados como mão
de obra para emissão e processamento do pedido, material utilizado na sua elaboração e
custos indiretos que são todas as despesas ligadas indiretamente com o pedido.
Os custos de manutenção ou de armazenamento abrangem todos os custos de
armazenamento e movimentação dos materiais. Envolve o custo dos espaços, condições de
armazenagem, movimentação interna, controles, capital, seguro, transportes, deterioração,
obsolescência, perdas e extravios. (GONÇALVES, 2010.
Já os custos de falta de estoques ocorre quando um pedido não pode ser atendido em
decorrência da falta de estoque. Esses custos podem ser determinados por meio da perda de
lucro por incapacidade de suprir a demanda, de custos adicionais por substituição de
materiais, de multas e encargos por não cumprimento do prazo de entrega e da perda de
lucro por quebra de imagem da empresa. “São custos que devido à intangibilidade de sua
natureza, fica difícil calculá-los com exatidão”. (BALLOU, 2006).
Dias (2005) acrescenta a essas três classes o custo total, que é o somatório do custo de
armazenagem e do custo de pedido. Toda teoria de dimensionamento e controle de estoque
baseia-se em minimizar ao máximo o custo total dado por essa equação.
Cálculo do Custo de Estocagem
Atualmente ainda existem empresas que desconhecem o quanto custa manter os seus
estoques. Vamos ver agora um exemplo de como podemos determinar este custo.
No cálculo de custo de estocagem devemos levar em consideração três custos distintos: custo
do item, custo da armazenagem e o custo da emissão de ordens de compras ou ordens de
produção.
Vamos agora aos cálculos de cada custo envolvido na fórmula acima:
Custo do Item:
O custo de item é o cálculo de quanto a empresa ganharia se aplicasse o dinheiro no mercado
financeiro, em vez de comprar os itens do estoque.
Custo de Armazenagem:
Este custo refere-se ao valor gasto na armazenagem dos itens do estoque
Para levantarmos o custo unitário da emissão de um pedido ou ordem de compra, devemos levar em
consideração os seguintes itens:
- Aluguel;
- Mão-de-Obra;
- Insumos (papel, tinta impressora, materiais de escritórios, etc...);
- Luz, água e gás;
- Seguros;
- Depreciação de equipamentos.
O custo unitário será a soma dos custos de estrutura para emissão dividido pela quantidade
de ordens de compra ou de produção emitidas por mês.
LOTE ECONÔMICO DE COMPRAS
O modelo que iremos estudar é o modelo mais simples que ocorre quando todos os aspectos
da situação são conhecidos com certeza. Se a demanda anual por um produto é de 1.000
unidades, ela é precisamente de 1.000 – não 1.000 mais ou menos 10%. Além disso, os
custos de pedidos e os de armazenagem são conhecidos e constantes. Apesar da consideração
de certeza completa raramente ser válida, ela fornece um bom ponto de partida para a nossa
cobertura dos modelos de estoques.
O lote econômico de compras é a melhor quantidade a ser comprada ou produzida levando
em conta os custos de item, armazenagem e de emissão de ordem de compras ou produção.
Veja a representação gráfica abaixo: Gráfico 1 – Lote Econômico de Compras.
Fonte: o autor.
Exemplo de cálculo:
O consumo de um produto é de 12.000 unidades/ano. O fornecedor se comprometeu a
entregar o produto mantendo o preço unitário constante ao longo do ano em R$ 3,50. O
índice de estocagem é estimado em 20% para o período e que o custo de cada pedido é de
R$ 100,00. Calcular o lote econômico.
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JUST-IN-TIME (JIT)
O just-in-time é um método de gestão da produção desenvolvida no Japão na década de
1970. A primeira empresa a utilizar foi a indústria automobilística Toyota. De acordo com
Bertaglia (2009), o just-in-time é um conjunto integrado de atividades cujo objetivo é
fabricar altos volumes de produção usando um estoque mínimo de matéria-prima, material
de embalagem, estoques intermediários e produtos terminados.
De acordo com Dias (2005), os objetivos do JIT são os seguintes: