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PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO
ÍNDICE
1 - CONCEITO DE MANUTENÇÃO............................................................................3
2 - HISTÓRICO DA MANUTENÇÃO..........................................................................7
3 - ORGANIZAÇÃO, PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA
MANUTENÇÃO...............................................................................................................8
3.1 - Organização da Manutenção......................................................................................9
3.2 – Planejamento da Manutenção..................................................................................19
3.3 - Programação e controle da Manutenção..................................................................24
4 - CONFIABILIDADE E QUALIDADE NA MANUTENÇÃO...............................28
5 - CUSTOS NA MANUTENÇÃO................................................................................32
6 – INDICADORES DE MANUTENÇÃO...................................................................33
7 - TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS NA MANUTENÇÃO.................................37
8 - PLANEJAMENTO DE PARADAS PARA MANUTENÇÃO..............................39
8.1 - Tipo e porte das Paradas Para Manutenção..............................................................39
8.2 - Identificação dos Geradores de Escopo de Uma Parada..........................................41
8.3 - Etapas do Processo de Planejamento de Paradas de Manutenção............................41
9 - GERENCIAMENTO DE PROJETOS...................................................................54
9.1 - Grupos de Processos................................................................................................55
9.2 - Áreas de Conhecimento do Gerenciamento de Projetos..........................................55
10 - FERRAMENTAS DE PLANEJAMENTO...........................................................58
10.1 - Origens das Técnicas de Diagrama PERT.............................................................58
10.2 - Origens das Técnicas do Diagrama CPM..............................................................59
10.3 - Diferenças entre os dois métodos...........................................................................59
10.4 - Método PERT- CPM no Brasil..............................................................................60
10.5 - Como construir um diagrama PERT – CPM..........................................................61
10.6 - Caminho crítico de um projeto...............................................................................66
10.7 - Cronogramas e Nivelamento de Recursos.............................................................71
10.8 - Estrutura Analítica de Projetos – EAP...................................................................97
10.9 - Ciclo do PDCA ou Diagrama de Deming..............................................................98
10.10 - Softwares para Planejamento de Paradas ou Empreendimentos..........................99
11 - PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO NO SAP-R3....................................102
11.1 - Módulo PM - Planejamento da Manutenção da Rotina.......................................103
11.2 - Módulo PS - Planejamento de Paradas Programadas ..........................................107
SIGLAS..........................................................................................................................112
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1. CONCEITO DE MANUTENÇÃO
O dicionário Aurélio define a manutenção como sendo “as medidas necessárias para a
conservação ou permanência de alguma coisa ou de uma situação” ou ainda “como os
cuidados técnicos indispensáveis ao funcionamento regular e permanente de motores e
máquinas”.
A manutenção começa muito antes do dia da primeira pane. Deve atuar desde a
concepção do equipamento através dos conceitos de manutenabilidade, confiabilidade,
disponibilidade e durabilidade.
A missão da manutenção tem que estar ligada à missão da organização e deve ser abordada
de uma forma mais geral, como responsável pelo funcionamento das instalações, dentro de
condições que garantam, basicamente, a qualidade dos produtos finais e a produtividade dos
processos.
É preciso primeiro pensar na função manutenção dentro do fluxo produtivo para depois se
alocar tarefas e responsabilidades a pessoas ou órgãos de uma empresa.
• Operação
• Manutenção
• Suprimento
• Financeiro
• Jurídico
• Recursos humanos
• Etc.
Dependendo do porte de cada empresa, tais órgãos têm tamanhos diversos e podem,
inclusive, abrigar mais de uma função. A definição exata das atividades englobadas em cada
função também varia conforme a empresa. No entanto, com esse sistema, barreiras são
inconscientemente criadas entre os órgãos, dificultando o relacionamento e a cooperação,
tornando-os cada vez mais estanques.
Mais recentemente, a implantação da filosofia de gestão pela Qualidade Total, dando ênfase
nos processos e pregando a participação de todos os empregados em todos os assuntos da
empresa, tem se mostrado como uma forma de reagir a esta rigidez. Esta filosofia encara
primeiramente as atividades e funções e depois analisa como seria a melhor forma de
executá-las na empresa, independentemente da chamada estrutura hierárquica. Uma vez que
ainda não se encontrou substituto (pelo menos consagrado) para o organograma, depois de
avaliada a função manutenção e seus processos distribuem-se as atividades pelos órgãos da
empresa.
As atividades de manutenção podem ser subdivididas em tarefas mais simples e básicas, tais
como:
• Apuração de custos
• Especificação de serviços, contratação e fiscalização
• Planejamento e programação de serviços
• Atualização de histórico de equipamentos
• Especificação de materiais
• Elaboração de desenhos e projetos
• Elaboração e controle do plano de manutenção preventiva
• Elaboração de listas de sobressalentes e recomendações de estoque
• Controle e operação de máquinas de campo
• Gerenciamento de arquivos em geral
• Emissão de relatórios diversos
• Análises de dados
• Execução de reparos de equipamentos de todos os tipos
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Muitas destas tarefas, justamente por serem básicas, não diferem muito nos seus conceitos
fundamentais, daquelas realizadas por outros órgãos funcionais de uma empresa.
A fase de partida, por sua vez, não é apenas um período de teste de desempenho técnico,
mas também um período de aprendizagem onde as principais deficiências do projeto que
possam afetar a disponibilidade do equipamento são localizadas e estudadas. Finalmente,
deve-se manter um sistema adequado de aprendizagem ao longo de toda a vida operacional
do equipamento.
no estado no qual ele pode executar suas funções requeridas, sob condições de uso
especificadas, quando a manutenção é executada sob condições determinadas e mediante os
procedimentos e meios prescritos.
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2. HISTÓRICO DA MANUTENÇÃO
Em 1914 a manutenção era executada pelo próprio pessoal da operação tendo uma
importância secundária. Com a primeira guerra mundial, Henry Ford desenvolveu e criou
equipes para atender as exigências do sistema produtivo, garantindo assim o funcionamento
dos equipamentos.
A manutenção evoluiu nos últimos 30 anos se dividindo em três gerações (primeira, segunda
e terceira), cada uma se destacando nos seguintes aspectos:
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A função Planejamento é uma função dinâmica, onde nem sempre a realização de uma obra
corresponderá exatamente ao planejado inicialmente, pois os rendimentos considerados nas
tarefas são estimados, e frequentemente ocorrem imprevistos, variando o volume de serviços
e também ocorrendo retrabalhos. A evolução da obra deverá considerar estas ocorrências
através de retorno de informações ao planejador pelos executantes e ou supervisores de
modo que esta interação resulte uma via de duas mãos entre o planejamento e a execução.
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Caracteriza-se pela ação, sempre após a ocorrência da falha, que é aleatória, e sua adoção
leva em conta fatores técnicos e econômicos. Do ponto de vista do custo de manutenção, a
manutenção corretiva é mais barata do que prevenir falhas nos equipamentos, porém pode
causar grandes perdas por interrupção da produção.
É comum a adoção da manutenção corretiva para algumas partes menos críticas dos
equipamentos, porém é preciso dispor dos recursos necessários – peças de reposição, mão-
de-obra e ferramental para agir rapidamente, ou seja, a manutenção corretiva pode ser
aplicada para equipamentos que não comprometam o sistema produtivo (qualitativo ou
quantitativo) ou a integridade física do funcionário.
FIGURA 1.1
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Pode-se perceber que, em média, ainda um terço dos recursos da manutenção são aplicados
em corretivas, o que significa quebras e falhas de equipamentos e paradas não programadas.
As manutenções atualmente buscam por estruturas cada vez mais leves, ou seja:
A manutenção é organizada para atender uma necessidade da instalação ou então por uma
atitude ou filosofia da alta direção que conhece os problemas e pretende resolvê-los de
maneira adequada. Portanto, a manutenção deve ser organizada e gerenciada de forma
coerente, de forma que cada funcionário tenha sua função especifica.
A estrutura centralizada é aquela onde todas as operações são planejadas e dirigidas por um
único Departamento. As oficinas para onde convergem as solicitações de serviços, são
centralizadas e as equipes de manutenção atendem todos os setores ou unidades de operação.
Setores de staff, como projetos, orçamentos, custos e planejamento, fazem parte do
departamento que, usualmente, é dirigido por um gerente, em posição hierárquica igual ao
gerente de produção. Ambos estão subordinados, neste esquema, ao diretor de Produção.
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A estrutura mista (ou integrada), onde combinamos o sistema centralizado com o sistema
descentralizado, os Engenheiros e Gerentes procuram equilibrar a prestação de serviços e o
custo de manutenção, visando solucionar e resolver os problemas.
A estrutura matricial se dá com o atendimento aos postos de trabalho realizado por equipes
multidisciplinares, com ênfase na integração da Manutenção e da Produção. A organização
matricial proporciona uma maior eficiência e especialização, mas, ao mesmo tempo, requer
mais esforços de concordância a fim de evitar conflitos.
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3.1.1.Tendências da Manutenção:
As figuras abaixo bem ilustram a tendência da manutenção desde a década de 1950 e no sentido do
século XXI:
Na figura 1.2 verificamos que a filosofia inicial da manutenção era apenas reparar quando o
equipamento quebrava. Já, após 1960 passou-se a ter a preocupação custo aliado com a
busca de maior vida útil dos equipamentos e maior disponibilidade. E de meados de 1980
em diante, com o objetivo de aumentar a disponibilidade das plantas, passou-se a aplicar
técnicas de Total Productive Maintenance (quebra zero) e de Manutenção Centrada em
Confiabilidade. Em paralelo, com o fortalecimento de organizações ligadas ao Meio
Ambiente e maior rigor de legislações relativas a acidentes, foi desenvolvida a preocupação
com o meio ambiente e o risco a pessoas, equipamentos e qualidade do produto.
Terceira Geração
. Maior Disponibilidade e
Confiabilidade da Planta
. Maior Segurança
. Melhor qualidade do
Produto
. Preocupação com o
Segunda Geração Meio Ambiente.
. Maior Vida Útil dos
. Maior Disponibilidade da
Equipamentos.
Planta.
. Maior efetividade dos
. Maior vida dos Equipamentos
Custos.
Primeira Geração . Custos Menores
. Reparar quando
quebra
(ênfase na preventiva) ( TPM, MCC, Qualidade e
Confiabilidade)
Figura 1.2
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Já, na figura 1.3, mostramos as técnicas de manutenção que têm sido aplicadas de 1950 para cá.
Como podemos ver, foi só a partir da década de 1960 que passou a haver preocupação expressiva
com a manutenção preventiva.
Terceira Geração
. Monitoramento sob
Condição (preditiva)
. Estudos de Risco
. Análise de Modos de
Falha e Defeitos.
. Sistemas Especialistas.
Segunda Geração . Equipes Multi-Especia-
lizadas.
. Revisões Programadas
. Projetos voltados para a
. Sistemas complexos para
Confiabilidade e Manute-
programar e Controlar
nibilidade.
Primeira Geração os Serviços.
. Computadores Pequenos
. Computadores Grandes e
. Reparar quando ocorre e Rápidos.
Lentos.
a Quebra.
( TPM, Qualidade e Confia-
(ênfase na preventiva) bilidade)
Figura 1.3
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Gerenciar Programar
Recursos Contabilizar/Reg Serviços
Serviços e
Recursos
Gerenciar
Administrar
Execução de
Carteira /
Serviços
Contratos
Controle Administrar
de Padrões Estoques
Figura 1.4
No panorama das empresas de hoje, existem muitas estruturas de manutenção que podem ser
influenciadas pela área de negócio da empresa, sua localização geográfica (facilidades de
contratação, compra de peças etc.) e até mesmo pela diretriz organizacional da mesma.
Porém existe um conjunto mínimo de atividades que todos os Órgãos de Manutenção (com
pessoal próprio ou terceirizado) desempenham. Numa análise preliminar deste conjunto de
atividades, podemos identificar três possíveis blocos de atuação:
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GERÊNCIA DE
MANUTENÇÃO
Ferramentaria
Figura 1.5
Cabe notar que a estrutura acima é de atividades, e não necessariamente de pessoas, porque,
dependendo do porte da empresa, várias atividades podem ser desempenhadas por uma
única pessoa, ou uma mesma atividade pode ser desempenhada por várias pessoas.
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Naturalmente, a estrutura de sua empresa pode ser diferente do proposto, mas, num órgão
clássico de manutenção existe a maioria das atividades propostas acima, mesmo que em uma
estrutura setorial distinta.
“O real propósito do planejamento efetivo não é fazer planos, mas mudar o microcosmo, o
modelo mental carregado na cabeça de quem tem que tomar decisões” e “O Planejamento
Estratégico é um objeto transacional. Os gerentes podem prever as conseqüências de suas
ações e treinar novos desafios sem precisar realizar experimentos com o mundo real” (De
Geus, 1988, Head of Planning da Royal Dutch/Shell Group Companies).
• Fazer um roteiro
• Estudar e calcular
• Prognosticar; examinar com antecedência e enxergar antecipadamente
Com o advento da Revolução Industrial não havia mais um executante, mas sim executantes
de tarefas básicas que compunham o processo produtivo, surgindo daí a necessidade de uma
ferramenta para ordenar, organizar e acelerar esse processo de produção.
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• Detalhamento dos serviços: nesta fase são definidas as principais tarefas, os recursos
necessários e o tempo de execução para cada uma delas
• Microdetalhamento dos serviços: nesta fase são incluídas ferramentas e máquinas de
elevação ou carga que podem se constituir em gargalos ou caminhos críticos na
cadeia de programação
• Orçamento dos Serviços: nesta fase se definem os custos dos recursos humanos,
hora/máquina e de materiais para a execução do serviço
• Facilitação dos serviços: consiste na análise prévia dos orçamentos e aprovação dos
custos do serviço a ser executado.
• Classe A (alta prioridade): são equipamentos que quando sujeitos a falhas, podem
ocasionar risco de morte ou danos ao ser humano e ao meio ambiente. Portanto vitais
e únicos para o processo
• Classe B (média prioridade): são equipamentos que quando sujeitos a falhas podem
ocasionar graves perdas de produção
• Classe C (baixa prioridade): são equipamentos que quando sujeitos a falhas
acarretam apenas os custos do reparo, não devendo entrar no plano de manutenção
preventiva
Planejamento de Serviços:
Este processo é quase instantâneo para serviços simples, mas pode demandar até meses, no
caso de planejamento de uma complexa parada de manutenção. Assim, para melhor entendê-
lo, convém analisarmos os processos internos de que ele é composto. Mas antes, vejamos o
significado da palavra "serviço" no contexto aqui exposto:
Os sistemas que gerenciam os serviços do dia a dia normalmente usam apenas a vinculação
término / início. Já, os mais modernos sistemas de gerência de serviços de parada (e/ou
projetos) usam os 4 tipos de vinculações acima.
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Orçar Serviços: Um processo útil à manutenção é o que permitiria uma orçamentação prévia
dos serviços sem maiores dificuldades. Para viabilizar este processo por computador, é
necessário que as tabelas de recursos (humanos e de máquinas) tenham os custos (facilmente
atualizáveis) por hora (ou pelo menos que permitam facilmente levantar o custo unitário).
As tabelas de materiais também devem ter seus custos atualizados, bem como se deve ter
acesso a custos de execução por terceiros. Convém não esquecer que a estrutura tem um
custo chamado "indireto" que é o custo da folha das chefias, do staff técnico e
administrativo, e que se deve ter uma noção do percentual de acréscimo aos custos diretos
que este custo indireto representa.
Planejamento x Organização
Vale esclarecer que no cotidiano das pessoas em geral o termo planejamento é muito
confundido com o termo organização. Se a coisa está bem organizada, dizem que está bem
planejada.
Planejamento x Programação
• O que fazer
• Como fazer (tecnologia, conhecimento técnico, procedimentos)
• Com quem fazer – com qual especialidade
• Com quanto fazer – quantidade de recursos humanos, materiais e tempo
• Riscos e ações para eliminação ou mitigação dos mesmos
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Primeiro programa-se os serviços com prioridade mais alta, depois os da segunda prioridade
e assim por diante, até esgotar a tabela de recursos. Cabe lembrar que muitos serviços
poderão ter data marcada para sua execução, e outros não poderão ser programados por
impedimentos (ou bloqueios) diversos (falta de material, falta de ferramentas, necessita de
mais planejamento, não pode liberar).
A experiência tem mostrado que onde há poucas pessoas para gerenciar muitos serviços, o
ideal é um sistema com programação mecanizada. De preferência que permita fazer
pequenos ajustes manuais na programação. Na Petrobras existe um sistema deste tipo, no
qual, tradicionalmente, o usuário modifica a programação de 5 a 20 % das tarefas
programadas. As demais o usuário aceita como vem do computador.
E nas estruturas em que boa parte da manutenção foi terceirizada? Aí depende de como
funciona a terceirização. Se a contratada responsável pela manutenção elabora a sua própria
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programação, o problema passa a ser dela. Caso contrário, dependendo do porte da estrutura,
pode até ser recomendável a programação de serviços mecanizada.
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O programa de manutenção deve ser bem elaborado e detalhado, a fim de não deixar
dúvidas para as pessoas que trabalham com o software; para isto devem-se levar em conta as
seguintes características:
Ao longo do dia constata-se que determinados serviços não poderão ser executados. Estes
serviços deverão ser considerados como "impedidos". Paralelamente, é necessário verificar
se há serviços que estavam "impedidos", mas que já podem ser executados. Além disto, é
necessário avaliar, se, em função da quantidade de serviços, as equipes definidas estão no
tamanho adequado (podem estar superdimensionadas ou sub-dimensionadas). Também é
necessário saber que serviços estão sendo concluídos para fazer a "Apropriação de
Serviços".
Este processo abrange o controle de serviços padrões (Ordens de Trabalho Padrão), cadastro
de procedimentos e outros padrões pertinentes à manutenção. Os softwares mais modernos
costumam ter um módulo de serviços padrões e um módulo de procedimentos. É
recomendável utilizar estes módulos e, dentro do possível, padronizar serviços e rotinas de
execução dos serviços. Isto minimiza significativamente o tempo do homem na frente do
computador.
Administrar Estoques:
O controle de Estoques, na maioria das empresas, foi informatizado antes que o restante da
manutenção. Adicionalmente, em muitas organizações, a área de Estoques, é desvinculada
da manutenção.
Desde há muito tempo existem sistemas mecanizados de boa qualidade que atendem a
administração de estoques, entretanto, muitos softwares de manutenção já têm um módulo
relativo a estoques, pois o planejamento e execução de serviços têm forte dependência da
área de material. Assim, caso a organização venha a adquirir um software destes e já tenha
a área de material atendida por software próprio, acaba necessitando desenvolver interfaces.
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• Seleção do sistema
• Definição das funções e padrões de desempenho
• Determinação das falhas funcionais e de padrões de desempenho
• Análise dos modos e efeitos das falhas
• Histórico de manutenção e revisão da documentação técnica
• Determinação de ações de manutenção – política, tarefas, freqüência.
A diminuição das quebras não programadas, com a predição do estado dos equipamentos,
aliado ao uso dos recursos de lubrificação, da organização, padronização, planejamento das
intervenções, além da quase obrigatoriedade de um planejamento computadorizado do
sistema de manutenção, é a tônica atual dentro da manutenção centrada na confiabilidade.
• Melhoria da qualidade
• Redução de custos
• Melhoria do atendimento ao cliente
• Moral do grupo
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Não se pode deixar passar a adoção de novos paradigmas, a gestão da qualidade total e, sim,
abrir os olhos para a competitividade, para não passar o negócio e o emprego.
É preciso sair com urgência do estágio de mudança de cultura, que é lento e inadequado ao
cenário atual, para o novo paradigma que é a cultura de mudança, ou seja, é preciso estar
permanentemente receptivo e ser proativo nas quebras dos paradigmas que já fizeram
sucesso no passado, mas já não se aplicam aos tempos atuais.
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O mercado atual é bastante competitivo, as empresas têm que estar sempre buscando novas
alternativas para ficarem mais competitivas, por sua vez o trabalhador também tem que estar
em constantes mutações. Os trabalhadores para manter seus empregos ou empregabilidades,
devem ter habilidades que o mercado necessita: estarem dispostos de modo constante e
permanente, adquirirem e dominarem novas habilidades. Devem adotar uma postura
buscando fortalecer suas habilidades interpessoais e possuírem compreensão global de como
suas empresas situa-se no mercado. Portanto o trabalhador deve estar sempre buscando
mudar seus hábitos e buscar um conjunto de novas habilidades. É imprescindível que os
trabalhadores tenham as seguintes habilidades:
Para se atingir a manutenção classe mundial não basta que as organizações melhorem seus
indicadores empresariais; elas precisam evoluir mais rápido que os concorrentes para poder
passarem e se manter à frente.
Ações proativas das equipes de manutenção em relação às falhas são cada vez maiores
tendendo a tornar o gerenciamento da manutenção algo mais cientifico e previsível.
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• Os custos de manutenção
• A organização da manutenção
• O quadro de pessoal da manutenção
• Programas de treinamento para o pessoal
• O uso de ordens de serviço ou de ordens de trabalho
• Planejamento e programação dos trabalhos de manutenção
• Programa de manutenção preventiva
• O uso de técnicas de manutenção preditiva
• Atendimento da manutenção corretiva
• O almoxarifado e ferramentaria
• Relatórios de manutenção
• Informatização e automatização do sistema de manutenção
• Tratamento dado ao cliente
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5. CUSTOS NA MANUTENÇÃO
Para manter a disponibilidade dos equipamentos é preciso utilizar peças de reposição,
materiais de consumo, energia, mão-de-obra de gerenciamento e execução, serviços
subcontratados, entre outros recursos. Portanto é importante distinguir claramente os custos
de manutenção dos investimentos. Os custos de manutenção podem ser:
O acompanhamento dos custos de manutenção dever ser feito através de gráficos de fácil
visualização, mostrando os seguintes aspectos:
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6. INDICADORES DE MANUTENÇÃO
A essência do gerenciamento é que não podemos gerenciar aquilo que não podemos medir.
Sistemas de medição envolvem aspectos objetivo e subjetivo, quantitativo e qualitativo,
intuitivo e explícito, difícil e fácil, bom senso e regras de decisão ou mesmo inteligência
artificial. O principal objetivo da medição é melhorar, razão pela qual os sistemas de
medição e avaliação devem enfocar a melhoria contínua.
O estilo e as preferências desempenharão papel cada vez mais importante sobre o modo de
medirmos e o modo de representarmos os resultados das medições. Estamos começando a
compreender como diferentes pessoas coletam e processam informações (Wonder &
Donovan, 1984; Hampton, 1981; Moms, 1979; Wnght, 1980; Myers & Myers, 1986). Esta
compreensão nos ajudara a modelar sistemas de medição para gerentes e equipes gerenciais
específicos. Todos os pilotos devem adaptar-se essencialmente aos mesmos painéis de
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Existe uma grande quantidade de indicadores em uso nas diversas empresas do mundo, com
o objetivo de aferir o desempenho da manutenção. No entanto, para facilitar nosso estudo,
resolvemos levantar um elenco de 28 indicadores utilizados universalmente e acompanhados
pela Associação Brasileira de Manutenção – ABRAMAN (publicados regularmente em um
Documento Nacional que é distribuído nos Congressos Brasileiros de Manutenção
promovidos por essa entidade. São os seguintes indicadores:
Custos de Manutenção
CMFT - Custo de Manutenção p/ Faturamento
CMIV - Custo de Manutenção p/ Investimento
CRPS - Custo Relativo de Pessoal Próprio
CRMT - Custo Relativo de Material
CRCT - Custo Relativo de Contratação
CROT - Outros Custos Relativos
Equipamentos / Materiais
DISP - Disponibilidade de Equipamentos
IMEQ - Idade Média dos Equipamentos (Anos)
MTMS - Materiais - Movim. estoque (meses)
Atividades De Manutenção
TBMC - Trabalho em Manutenção Corretiva
TBPT - Trabalho em Man. Prevent. p/ Tempo
TBPE - Trabalho em Man. Prevent. p/ Estado
OAPM - Outras Atividades Pessoal de Manut.
PSPT - Pessoal Manutenção / Total
Distribuição De Pessoal
PSPT - Pessoal Manutenção / Total
PSCT - Pessoal Contratado / Total
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Formação De Pessoal
PSSP - Pessoal Nível Superior / Pes. Manut.
PSQL - Pessoal Qualificado / Pessoal Manut.
PSNQ - Pessoal Não Qualificado / Pes. Man.
PSTR - Pessoal em Treinamento
Organização Da Manutenção
OGCT - Organização - Manutenção Centraliz.
OGDC - Organização - Manutenção Descent.
OGMS - Organização - Manutenção Mista
Segurança Na Manutenção
TFAC - Taxa de Freqüência de Acidentes
TGAC - Taxa de Gravidade de Acidentes
Na Petrobras, além de parte dos indicadores acima, na Manutenção são usados os seguintes
indicadores:
operações apropriadas
Cumprimento da programação = × 100%
operações planejadas
- Tempo Médio para Reparo – TMPR – É o somatório do número de dias para reparo do
objeto em um dado período de tempo, dividido pelo número de reparos.
Este indicador é útil na área de produção de óleo e gás. Como há vários tipos de petróleo
produzidos, bem como gás, há uma tabela de conversão das quantidades produzidas de cada
tipo de petróleo ou gás para um determinado tipo de óleo equivalente para poder se
comparar na empresa e com outras empresas.
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• Aumento da qualidade
• Redução de custos
• Transferência de processos suplementares a quem os tenham como atividade-fim
• Aumento da especialização
• Redução de estoques, quando se contrata com fornecimento de material
• Flexibilidade organizacional
• Melhor administração do tempo para gestão do negócio
• Diminuição do desperdício
• Redução de áreas ocupadas
• Melhor atendimento
obra. Neste tipo de contratação as empresas fornecem mão de obra não qualificada
para a função, sendo a mais barata. Com isso os índices de produtividade, qualidade,
atendimento e comprometimento tendem a cair. Este tipo de contrato tem uma
relação de alto risco empresarial e normalmente a relação cresce unilateralmente, é
uma política “perde-perde”;
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PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO
A importância econômica de uma parada é muito grande para o resultado final da refinaria,
quer pelos elevados valores de lucros cessantes envolvidos, quer pela grande quantidade de
recursos financeiros dispendidos neste tipo de obra. Assim sendo, é importante que estas
paradas sejam realizadas no menor prazo possível e que a duração da intervenção ocorra
conforme previsto no seu planejamento.
• Executar limpeza interna, inspeção e reparos de equipamentos que não são possíveis
de realizar com as Unidades em operação e que permitam a continuidade operacional
com os equipamentos nas condições de projeto (segurança)
• Avaliar e registrar as condições físicas dos equipamentos para garantia de segurança
dos próprios equipamentos, das pessoas e do meio ambiente para próxima campanha
• Atender exigências legais (NR-13)
• Introduzir modificações de melhorias do processo, atualização tecnológica e
aumento de produção e ou qualidade dos produtos
• Introduzir maior confiabilidade, maior segurança, maior produção e redução de
perdas ao longo da campanha
Parada Programada:
É a Parada para uma Manutenção Planejada da Unidade, visando restaurar e/ou melhorar as
condições dos equipamentos e instalações. A Parada Programada pode ser classificada em
Parada Programada Geral ou como Parada Programada Parcial.
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PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO
Parada Programada Geral - É toda Parada de unidade planejada para ser realizada no
vencimento da campanha, com perda total da produção, para execução de serviços de
manutenção geral podendo incorporar projetos de melhoria operacional ou de ampliação de
capacidade (revamp). Representa o marco de final de uma campanha e início de outra nova.
Parada Programada Parcial - É toda parada previamente planejada para dentro do período da
campanha, podendo ocasionar perda total ou parcial da produção, para execução de
serviços de manutenção e ou projetos em um equipamento específico, descoqueamento de
fornos ou troca de catalisador. Esta Parada é necessária para que a unidade consiga cumprir
a sua campanha previamente estabelecida. No Abastecimento, para ser caracterizada como
‘Parada Programada Parcial’, a parada deverá ser programada simultaneamente com a
‘Parada Programada Geral’, ou seja, na ocasião em que a ‘Parada Programada Geral’ é
cadastrada no N-56, cadastra-se a ‘Parada Programada Parcial’.
Sinistro:
a) Pequeno porte
a) Médio porte
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PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO
a) Órgãos operacionais:
b) Órgãos de Manutenção:
b) Órgãos de Projetos:
• Alterações de projetos
c) Inspeção de equipamentos
• Alterações de projetos
• Procedimentos novos exigindo tarefas inéditas ou inovadoras
• Treinamentos, PCMO e outros
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PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO
Todos estes processos, a exemplo dos processos identificados no PMBOK, são estruturados
de forma a apresentarem entradas e saídas (inputs e outputs).
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PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO
A figura abaixo exemplifica as etapas do planejamento e execução de uma parada e a sua evolução
incremental.
No Abastecimento, as Paradas são compostas por sete fases (processos) sendo que uma fase
contém uma serie de ações que geram um produto, resultado ou serviço e descrevem o que
fazer para gerenciar a Parada:
Todas estas fases deverão ter um marco de fechamento, através da realização de reuniões
entre o Grupo I da UN, os Comitês de Parada e participantes da AB-RE.
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PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
Cada uma destas Atividades é composta de diversas tarefas distribuídas ao longo das sete
Fases da Parada Programada. Para cada Fase da Parada Programada, existe um Anexo
específico, onde são descritos o como e o porquê da execução das Tarefas inerentes a Fase.
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
Este cronograma deve ter o conteúdo mínimo que são as ações necessárias a se executar
todas as fases e atividades descritas no fluxograma do Processo de Planejamento da Parada e
deverá também ser particularizado quanto a prazos e atividades específicas em função da
particularidade e complexidade da parada.
• Pedidos de Serviços
• Projetos a serem executados
• Atendimento a recomendações de SMS
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d) Contratação de Serviços:
• Plano de Contratação
• Elaboração das especificações técnicas
• Processos licitatórios
• Definição das Contratadas
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h) Serviços de Pré-Parada
• Mobilizações de contratadas
• Montagens de equipamentos;
• Pré-fabricações de tubulações
• Preparação e instalação de dispositivos
• Montagens de andaimes
i) Serviços de Pós-Parada
• Conclusão de serviços;
• Relatórios de Contratadas;
• Avaliação da Parada
• Relatório final do Planejamento
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
Uma das particularidades de uma parada reside no fato de que o escopo é desconhecido no
início do processo de planejamento. À medida que o mesmo avança, este escopo passa a ser
clarificado, justificado e validado. Quando se planeja uma parada, inicia-se com uma lista
diferenciada de diversos trabalhos provenientes de solicitações de diversas áreas – todos eles
desconectados. Primeiramente, validam-se os trabalhos (através de um processo de
justificação, esclarecimento e categorização), e posteriormente é feito o planejamento de
cada trabalho e os mesmos são integrados dentro de um único cronograma de parada, a
partir de trabalhos individuais. Somente quando são completados estes passos, é que
definimos o projeto com uma credibilidade aceitável.
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V. Obtém Materiais
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
9. GERENCIAMENTO DE PROJETOS
O PMI “Project Management Institute” é um organismo internacional que estabelece o que
existe de mais moderno de conceituação na área de planejamento e gestão com abrangência
de todo o ciclo de vida do projeto ou empreendimento desde sua criação (inicio) até seu
termino ou conclusão.
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De acordo com o conceito do PMBOK, Parada Programada para manutenção de uma planta
industrial é tipicamente um projeto, pois:
1) Processo de Iniciação
2) Processo de Planejamento
3) Processo de Execução
5) Processo de Encerramento
1) Integração
2) Escopo
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3) Tempo
4) Custo
O Gerenciamento do custo assegura que o projeto deverá ser concluído dentro do orçamento
aprovado.
5) Qualidade
6) Recursos Humanos
7) Comunicação
8) Riscos
9) Aquisições
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Ainda segundo o PMBOK, para que um projeto seja bem sucedido a equipe do projeto deve:
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O resultado deste trabalhou fez com que os Projetos terminassem em 1960, 50% antes da
data fixada anteriormente, com a viagem inaugural do submarino USS George Washington
partindo da base de Charleston SC.
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Dos trabalhos deste GT surgiram o diagrama de flechas, os eventos, as folgas nos eventos e
atividades e o caminho crítico. O projeto-piloto foi a construção de uma indústria química
da Dupont, em Louisville, Kentucky. Como resultado, o "Grupo - Teste CPM" despendeu
apenas cerca de 30% do esforço originalmente previsto para a execução normal dos
trabalhos.
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Desta forma são considerados para determinação da duração esperada de uma tarefa três
tempos:
a = tempo otimista;
b = tempo mais pessimista;
m = tempo mais provável;
Já o método CPM considera que a tarefa tem durações e quantidade de recursos bem
conhecidos, não tendo a conotação estatística. O prazo tem aspectos determinísticos; as
pessoas que determinam as durações dispõem de experiências suficientes para estabelecer
com aceitável precisão qual o valor que deva ser estabelecido para duração de uma
determinada tarefa.
Ressalvadas estas diferenças, tanto o modelo PERT como o CPM são semelhantes, por que
ambos tem como saída um cronograma.
Representamos abaixo o diagrama relativo à troca de um pneu furado pela dupla João (J) e
Maria (M) no modelo Norte Americano:
Guardar Macaco
M
(1Min)
1 2 3 4 5 6 7 8 9
J J J J J J J J
(2 min) (5 min) (3 min) (2 min) (4 min) (3 min) (2 min) (2 min)
M M
(3 min) (3 min)
Representamos abaixo o diagrama relativo à troca de um pneu furado pela dupla João (J) e
Maria (M) no modelo Francês:
Guardar
macaco
M(1Min)
Retirar Guardar
Estepe Roda furada
M(3min) M(3min)
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
a) Duas atividades não podem ter “NÓS” iniciais e finais iguais devido à identificação das
atividades, pelos programas de computadores, serem através dos números de cada “NÓ”. A
solução encontrada foi a criação de tarefas “fictícias” ou fantasmas com duração zero.
A A
B B Ficticia
Errado Certo
b) Dependência parcial:
A D
A C v
Ficticia
B D B C
Toda atividade deverá ter seu NÓ inicial e final. Caso haja necessidade de se iniciar uma
atividade após ter ocorrido algum tempo depois do inicio de sua antecessora, recomenda-se
dividi-la em duas.
B C
A
D
E
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
Esta regra vale também para o modelo Francês, pois causam erros nas operações dos
programas de computador.
Atualmente existem 2 (dois) métodos para elaboração das redes que formarão os
cronogramas dos projetos definidos pelo PMI – Project Management Institute:
Este e o método mais usado para diagramas de rede dos cronogramas no qual as atividades
são representadas por caixas ou retângulos chamados “NÓS” e as setas que unem estes
“NÓS” mostram as dependências entre elas. É também chamado de atividade no nó (ANN)
O MDP é importante por possibilitar 4 (quatro) tipos de relação de dependência ou
precedência:
A B C
Inicio D E G H Fim
F I
Exercício nº. 1
Construir um diagrama MDP para a cadeia de atividades com suas respectivas predecessoras
descritas na tabela:
F
A G
E
In Fi
B C D
Neste método as atividades são representadas por setas conectadas aos nos para mostrar as
suas dependências. É Chamado de atividade na seta (ANS). Somente pode-se usar
dependências do tipo Término para Inicio, podendo exigir o uso do conceito de atividades
fantasmas para permitir certos relacionamentos de dependência.
Exemplo:
B C
A
D E G H
Inicio Fim
I
F
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Exercício nº. 2
Construir um diagrama MDS para a cadeia de atividades com suas respectivas predecessoras
descritas na tabela:
2 F G5
A G
1 E
B 6
D
C
3 4
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
A metodologia de cálculo de redes busca a definição das datas de inicio e término (no mais
cedo e no mais tarde) de cada atividade do Projeto, conforme:
Datas de Datas de
Inicio Término
PDI PDT Onde:
UDI UDT
Inicio 1 6 7 9
Quando tivermos mais de um caminho, devemos escolher o que for maior PDI p/ próxima
atividade
F 2d H 8d
3 4 8 15
G 4d
4 7
Dessa forma o cálculo da "data mais cedo" de um projeto parte-se da data de inicio arbitrada
em ZERO e aplicando a regra do passo à frente considerando o maior valor quando se tem
mais de uma atividade chegando ao Nó ou Evento.
Portanto, deveremos considerar a data de final da rede como sendo a UDT de todas as
atividades que a ela se ligarem e então subtrair a duração da atividade e somarmos ‘1’
Para calcularmos a UDI da atividade, ou seja, UDI = UDT – Duração da atividade +1
E 3d H 5d Término
7 9 10 14
(19)
12 14 15 19
Quando temos mais de uma sucessora devemos escolher o caminho que leve o menor UDT
das atividades sucessoras:
D 10d
7 16
10 19
A 6d E 3d
1 6 7 9
4 9 12 14
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
Exemplo prático de calculo das datas mais cedo e mais tarde Diagrama tipo MDS:
5 2
2
4
3 2 3 2 4
2 4
1
4 2
4 2
5 10 12
0 3 5 8 10 14
3 2 3 2 4
3
0 2 5 8 4 4 10 14
2
1 2
4
5 6
7
4
3
6 12
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
Exemplo de cálculo das datas mais cedo e mais tarde diagrama de Rede tipo MDP:
C(3) H(3)
E(3) K(4)
C 3 H 3
9 11 16 18
A 8 B 4 F 3 I 2 L 3
1 8 9 12 13 15 16 17 19 21
D 3 G 3 J 1
9 11 12 14 15 15
E 3 K 4
9 11 12 15
C 3 H 3
9 11 16 18
13 15 16 18
A 8 B 4 F 3 I 2 L 3
1 8 9 12 13 1E5 16 17 19 21
1 8 9 12 13 15 17 18 19 21
D 3 G 3 J 1
9 11 12 14 15 15
11 13 14 16 18 18
E 3 K 4
9 11 12 15
12 14 15 18
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
a) Folga Total:
É o tempo que uma atividade pode atrasar sem comprometer o prazo do projeto como um
todo. O cálculo da folga total de cada atividade do projeto é feita da seguinte maneira:
Data de inicio mais tarde (UDI) menos a data de início mais cedo (PDI) ou a data de
término mais tarde (UDT) menos a data de término mais cedo (PDT).
b) Folga Livre:
É o tempo que uma atividade pode atrasar sem afetar qualquer outra atividade sucessora à
atividade em questão ou seja é a diferença entre a data de inicio mais cedo (PDI) da
atividade sucessora e a data de termino mais cedo (PDT) da atividade em questão, menos 1.
Construir o diagrama PERT, calcular as datas mais cedo e mais tarde de cada atividade e os
dois tipos de folgas assinalando o caminho crítico, conforme atividades da tabela:
FT=UDI-PDI ou
FT=UDT-PDT
FL= PDI (sucessora) – PDT( atividade em questão) - 1
Atividades FT FL Atividades FT FL
A 0 0 H 5 0
B 0 0 I 5 5
C 0 0 J 0 0
D 3 3 K 0 0
E 0 0 L 10 0
F 5 0 M 10 10
G 5 3 N 0 0
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
B 3 C 4 F 3 G 3
9 11 12 15 18 20 21 23
9 11 12 15 23 25 26 28
A 8 D 4 E 2 J 5 K 6 N 3
1 8 9 12 16 17 18 22 23 28 29 31
1 8 12 15 16 17 18 22 23 28 29 31
H 3 I 1 L 3 M 3
9 11 12 12 13 15 16 18
14 16 17 17 23 25 26 28
Após calculadas as datas mais cedo, mais tarde e as folgas das atividades, poderemos
construir o cronograma no mais cedo, ou seja, vamos admitir que todas as atividades se
iniciem na data mais cedo. Desta forma construiremos um histograma dos principais
recursos envolvidos, como a maioria das atividades estão alocadas na sua data mais cedo, é
provável que haja um pico de recursos no inicio da obra.
O Cronograma no mais cedo e o histograma dos principais recursos servem de base para a
estimativa de recursos na fase de Nivelamento, ou seja na otimização da aplicação de mão
de obra.
Exercício nº. 4:
Com base na tabela de atividades efetuar a construção do diagrama PERT, calcular as datas
mais cedo e mais tarde das atividades, assinalar o caminho critico e fazer os cronogramas e
histogramas associados no mais cedo e nivelados.
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
C H
3 3
0 5 8 10 17 20
A E F I M
4 3 2 3 3
0 B 5 8 14 17 20
5 G J
4
12 5
5 D L
4
5 2 12
H 3
11 13
18 20
C 3 F 3 I 3
1 3 9 10 11 13
6 8 11 14 15 17
Inicio A 4 E 3 G 4 J 5 M 3 Fim
0 0 1 4 6 8 9 12 13 17 18 20 21 21
0 0 0 5 6 8 9 12 13 17 18 20 21 21
B 5 D 2 L 3
1 5 6 7 13 16
1 5 11 12 17 20
Cronograma Nivelado:
Nom 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
A F
B
C
D F F
E
F F F F F
G
H
I F F F F
J
L F F F F
M
Histograma nivelado
8
7
6
5
4 A
3 C D I H
2 B F L
1 E G J M
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
Todo projeto pode ser representado por um diagrama de flechas, cada uma representando uma tarefa ou
atividade. Por outro lado, toda divisão de manutenção possui um efetivo, para cada tipo de
mão-de-obra.
Se tentarmos realizar todas as tarefas, iniciando no seu tempo mais cedo possível, o provável e
que a ocupação da mão-de-obra seja maior no início do diagrama, e menor ao seu final.
Recurso
Dias
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
O ideal seria que a distribuição de recursos fosse o mais constante possível durante o decorrer
do projeto, ou seja, que fosse o melhor nivelamento possível. O método do caminho crítico nos
proporciona os meios para que possamos, se não atingir, pelo menos nos aproximar deste
objetivo. Este nivelamento é feito tentando-se deslocar as tarefas com folga dentro da folga
permitida, com o objetivo de forçar uma distribuição de recursos o mais constante possível ao
longo do tempo.
Isto pode ser mais adequadamente visualizado através de um exemplo ilustrativo, tal como
apresentamos a seguir.
EXEMPLO
2 3
D=4
CA=1 SO=4 D=2
D=3 CA=2 SO=3
CA=2 SO=3
D=8
D=1 CA=4 SO=1 D=5
CA=0 SO=2 CA=1 SO=3
5 6
D=4
CA=0 SO=1
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
b) Fazer o diagrama de utilização dos tipos de mão-de-obra, considerando que cada atividade
comece o mais cedo possível;
c) Procurar uma nova distribuição das tarefas com folga, de modo que execute o projeto no
tempo anteriormente calculado, mas considerando uma disponibilidade máxima em qualquer
época de seis caldeireiros e seis soldadores.
a) Inicialmente calcularemos as Datas Mais Cedo (DMC) e Datas Mais Tarde (DMT):
b) O diagrama no mais cedo é uma representação da ocupação de cada tipo de mão-de-obra, dia
a dia, onde todas as tarefas se iniciam na data mais cedo do seu respectivo evento inicial.
Assim por exemplo, no primeiro dia do projeto, tem início as tarefas 1-2, 1-4 e 1-5, e o total da
mão-de-obra necessária é de 4 caldeireiros e 8 soldadores.
Marcaremos cada tarefa nestes gráficos, na sua faixa de duração, e com o numero de
caldeireiros ou soldadores necessários. Assim por exemplo, a tarefa 4-6 será marcada entre os
dias 2 e 10, com ordenada de 4 para caldeireiros e 1 para soldador. Ainda que a ordem de
marcação das tarefas não influa na solução final, iniciaremos pelo caminho crítico, porque as
tarefas deste, na fase de nivelamento de recursos, não poderão ser deslocadas, por não
possuírem folga.
Caldeireiros
4 -7
7 -8 8 -9
1 -2 3 -8
2 -3
4 -6
1 -4
5 -9
Soldadores:
7 11--55
5 -6
7 -8
1 -2
5 8 -9
2 -3
3 -8
1 -4
4 -6 5 -9
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
Ainda para facilitar a etapa seguinte, a de nivelamento de recursos, foi marcada a folga total no
canto superior de cada bloco correspondente a uma tarefa. A folga total indica o numero
máximo de dias que a atividade poderia atrasar sem que o projeto como um todo se atrasasse.
c) Pode-se observar no diagrama no mais cedo que, em relação aos caldeireiros, há dias em que
precisaremos de sete caldeireiros (dias 2-3, 6-7, 9-10), até dias em que é utilizado apenas um
(os dois últimos dias). Com relação aos soldadores, há desde a ocupação de 8 soldadores (dias
1 e 6-n), até a ocupação de 3 (os 2 últimos dias).
Nosso objetivo é tentar encontrar uma forma de realizar o projeto ainda em 15 dias, mas com
uma utilização de cada tipo de recurso mais regular e limitada a seis caldeireiros e oito
soldadores.
Isto pode ser alcançado atrasando-se tarefas com folga. Não existe, porém, qualquer algoritmo
que possa vir a orientar-nos: o método é um quebra-cabeça de armar, tão mais complicado
quanto maior o número de tarefas e a quantidade de tipos diferentes de recursos.
I) Ao atrasar uma tarefa, é necessário atrasar aquelas que dela dependem. Assim, por exemplo,
ao atrasar 4-7, a sua sucessora também terá que sê-lo, só se iniciando depois que a tarefa acabe.
II) O atraso de uma tarefa no gráfico de caldeireiros terá que acarretar atraso idêntico da
mesma atividade no gráfico de soldadores.
Estas duas regras, bastante trabalhosas quando há múltiplos recursos, dificultam em muito o
nivelamento para diagramas com grande quantidade de tarefas e tipos de recursos. Isto porque,
ao nivelar caldeireiros, às vezes desnivelam-se soldadores, ou vice-versa.
Esta é a razão pela qual os problemas práticos de nivelamento de recursos, com centenas de
tarefas e uma dezena de tipos diferentes têm que ser processados necessariamente no
computador. Mas, mesmo sendo processados no computador, é recomendável termos um bom
conhecimento teórico do assunto para melhor utilizar os recursos dos softwares utilizados.
Este problema, porém, é simples, e objetiva mostrar, na prática, o que ocorre dentro de um
programa de planejamento de tarefas e nivelamento de recursos.
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
Caldeireiros
1 -2 4 -7 3 -8
7 -8
2 -3
4 -6 8 -9
1 -4
5 -9
Soldadores
5 -6
5 8 -9
1 -2
2 -3
3 -8
7 -8
11 --55
1 -4
4 -6 5 -9
Em segundo lugar, só para mostrar que a solução encontrada não é única, basta notar que 8-9
poderia se realizar ainda um dia depois, e que, neste caso 7-8 e 3-8 poderiam atrasar um dia,
que 7-8 e 3-8 poderiam ser realizadas em ordens trocadas, e que 5-6 poderia ser atrasada em até
três dias em relação à solução encontrada. Assim, a solução acima mostrada está longe de ser a
única.
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
Se for possível realizar esta operação, facilitaremos o nivelamento de recursos. Isto só é válido
quando não dispomos de software de computador adequado para nivelamento de recursos.
Programação:
É a maneira pela qual as informações do planejamento tais como descrição dos serviços,
durações, datas e horas de inicio e término previstos e recursos necessários, ferramentas,
procedimentos, percentual de avanço etc., são passadas para as equipes de execução
incluindo todos os interessados tais como supervisores, segurança, operação, inspeção e
coordenadores etc., podendo ser diária, semanal ou até mensal dependendo das
características da obra.
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
Exemplo de Programação:
Supervisor Item Descrição da tarefa Duração Situação Inicio Fim Apoios Recursos
Manoel 1 P-22505
Pedro 2 P-22506
Ivo 3 V-22501
Apropriação
Controle
De posse das informações oriundas do campo via apropriação de serviços o planejador irá se
necessário replanejar os serviços, emitir programação para o período seguinte, atualizar o
cronograma e a curva “S” de avanço físico.
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
A Curva “S” de avanço físico constitui juntamente com o Cronograma de barras valiosa
ferramenta de acompanhamento, por ser simples de construir e de fácil entendimento é
muito utilizada no acompanhamento de serviços de montagem e de manutenção de Parada.
Para que possamos ter o controle do andamento dos serviços, necessária se faz a construção
da curva S também para o(s) caminho crítico(s) da Parada e não somente uma curva geral,
pois esta nos dá apenas a evolução do total dos Hhs previstos enquanto aquela nos mostra
como estamos em relação a evolução do caminho crítico, ou seja, do cumprimento do prazo
da parada.
a) Construção da Curva S
Para construir a curva S de uma frente de serviços ou de uma rede PERT usa-se a alocação
dos recursos estabelecida no cronograma nivelado, calculando período a período o produto
da quantidade da mão de obra pela duração da atividade, o resultando desta operação é a
quantidade Hh aplicados no período, efetuando a somatória acumulada e total transforma-se
estes valores acumulados em cada período em percentual de execução dos serviços
Com os valores calculados podemos plotar num gráfico a Curva “S” prevista sendo
colocados no eixo “X”os períodos (dias, semanas ou mês) e no eixo “Y”os percentuais
acumulados correspondentes aos períodos.
Previsto
Curva " S" - Serviços de Manutencao da Torre
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38
Periodos
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
Durante a execução dos serviços, com base na apropriação dos mesmos, faz- se o cálculo
dos percentuais de Hh executados período a período que plotados no mesmo gráfico da
curva prevista nos dará a curva realizada.
Desta forma se a curva de serviços realizados estiver acima da curva prevista indica que
estamos adiantado em relação ao previsto, se estiver abaixo significa que estamos com o
projeto atrasado.
90
80
70
60
Percentuais
50
40
30
20
10
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38
Periodos
Exercício nº. 5
Consideramos neste exercício uma torre hipotética de pequeno porte, pertencente a uma
unidade de processo de lubrificantes. Seus internos bandejas formam um cartucho que é
retirado por ocasião da parada de manutenção para limpeza, inspeção e reparos.
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
Hh diarios 28 24 22 16 16 0 4 4 20 20 14 14 30 22 24 26 4 8 4 300
Percentuais de execucao diaria 9,3 8 7,3 5,3 5,3 0 1,3 1,3 6,7 6,7 4,7 4,7 10 7,3 8 8,7 1,3 2,7 1,3 100
Percentuais Acumaulados 0 9,3 17 25 30 35 35 37 38 45 51 56 61 71 78 86 95 96 99 100
Periodos 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38
Histograma Nivelado:
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38
15
14
13 3
12
11
10
9 10
2
8
7
6 16
5 8
4 11
3 13 17 18
2
1 1 4 5 6 7 9 12 14 15 19
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38
Hh diarios 24 24 26 16 16 0 4 4 20 20 14 14 14 6 8 26 20 24 20 300
Percentuais de execucao diaria 8 8 8,7 5,3 5,3 0 1,3 1,3 6,7 6,7 4,7 4,7 4,7 2 2,7 8,7 6,7 8 6,7 100
Percentuais Acumaulados 0 8 16 25 30 35 35 37 38 45 51 56 61 65 67 70 79 85 93 100
Periodos 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38
Percentuais Realizados 0 6 14 23 32
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
Previsto
Curva " S" - Serviços de Manutencao da Torre
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38
Periodos
Curva “S” C r o n. N i v e l a d o
Previ
Real
100
90
80
P
e 70
r
c
60
e
n
t 50
u
a
i 40
s
30
20
10
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38
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00 Periodos
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
O PERT estatístico tem por fim efetuar cálculos onde se verifica a probabilidade de se
concluir um projeto ou parte dele em determinado tempo de duração.
Tempo otimista (a): é a menor duração factível para realização de uma tarefa
Tempo médio (Te) : é o tempo arbitrado para execução de uma tarefa caso estivéssemos
utilizando o diagrama CPM, corresponde ao que na estatística chamamos de MODA ou seja
o valor mais freqüente de uma distribuicao
Tempo pessimista (b): é o tempo que uma tarefa levaria considerando a pior hipótese , com
equipe mal preparada e outros contratempos possíveis.
A média ponderada ou tempo esperado é obtida considerando que os três tempos estejam
sobre uma curva de distribuição probabilística representada pelo gráfico abaixo onde f(t) é a
freqüência de ocorrencia.
a = tempo otimista;
b = tempo mais pessimista;
m = tempo mais provável;
Te= (a+4m+b) /6
O tempo Te é tempo que divide a área do grafico em duas regiões de igual área , ou seja ,
há 50% de probabilidade de ocorrer um tempo acima de Te e 50% de probabilidade de
ocorrer um tempo abaixo de Te
δ = (b-a)/6
δ2 = ((b-a)/6)2
Desmonstra-se, em estatística, que a variância da soma de uma serie de variáveis aleatórias
é igual a soma das variâncias de todas as variáveis aleatórias:
Var (ΣΣXi) = ΣVar (Xi)
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
Ou ainda:
K=(Ti-Te)/ Σ(Xi)
O PERT CUSTO é uma extensão da técnica CPM ou PERT TEMPO, que relaciona o tempo e
os recursos sobre uma base comum de planejamento. É uma ferramenta valiosa na
contabilidade de custos e na distribuição de recursos disponíveis.
Num diagrama PERT em que se envolvam custos, representa-se ao lado de cada tarefa não só
sua duração básica como durações alternativas, junto com os custos e recursos incorridos em
cada uma. Assim, uma dada tarefa pode ter as seguintes informações:
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
Claro está que uma redução na duração da tarefa encarece os custos em função das
complexidades acarretadas por esta redução de tempo tais como mais pessoas a gerenciar, mais
infra-estrutura para estas pessoas, potenciais horas extras, e outros fatores.
CUSTO
Dois pontos são especialmente importantes neste gráfico: as chamadas “Duração Acelerada” e
a “Duração Normal”
A Duração ou Tempo Acelerado é aquele limitado pelas restrições físicas. Assim, por exemplo,
há um limite no número de pessoas que se pode alocar validamente numa tarefa para diminuir
seu tempo. Se tentarmos colocar mais pessoas, elas mais se atrapalharão do que propriamente
ajudarão umas às outras. A Duração Acelerada é o tempo correspondente ao método de
executar a tarefa o mais rapidamente possível.
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
O Tempo ou Duração Normal é aquele em que a tarefa é realizada com seu menor custo
possível. Assim, por exemplo, o menor custo possível é, às vezes, realizar a tarefa com uma
única pessoa, no horário normal, sem interrupções. Realizar a tarefa com esta mesma pessoa,
mas em horários intermitentes, só elevaria simultaneamente o tempo e o custo, o que, presume-
se, não é do interesse de ninguém.
Neste trabalho consideraremos apenas o caso especial em que a curva que une a Duração
Normal e a Duração Acelerada seja uma linha reta. Ainda que esta aproximação seja por vezes
grosseira, sabemos também que qualquer curva pode ser aproximada, por segmentos, por linhas
retas, ou seja, “linearizada”. Dado um número suficiente de pontos intermediários, esta
aproximação pode ser bastante razoável em termos de precisão. Pode ter, pelo menos, uma
precisão maior do que aquela usada para determinar o custo da atividade (tarefa).
No modelo-exemplo, apresentado a seguir, todas as tarefas, com exceção de uma, tem retas
unindo o Tempo Normal e o Tempo Acelerado. Uma das atividades, a G, tem um ponto
intermediário, para que exemplifiquemos adequadamente o tratamento matemático da
linearização.
Iremos determinar a forma mais econômica de realização do projeto, sabendo-se que os custos
indiretos, incluindo o custo de perda de produção, custos de supervisão, etc., são os seguintes:
Supondo que todas as durações entre a duração normal e a acelerada sejam possíveis, tentemos
descobrir o menor custo para a realização do projeto em 22, 21, 20, 19, 18, 17, 16, 15, 14 e 13
dias, respectivamente
.
Duração Normal Duração Acelerada
Tarefa Duração Custo Duração Custo Dependência
A 12 300 10 420
B 6 700 4 840
C 4 200 2 360
D 8 900 6 1000 B
E 4 600 2 760 B
F 6 400 4 500 C, E
G* 8 500 3 960 A, D
H 15 100 8 380 B
J 1 0 1 0 F, G, H
* A tarefa G é uma curva de 3 pontos. O ponto intermediário é 6 e seu custo é 660. Quadro B3
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
SOLUÇÃO
A primeira etapa da solução é desenhar o diagrama de flechas, calcular os tempos mais cedo e
mais tarde de cada evento, as folgas totais de cada tarefa, o caminho crítico e a tabela com os
custos de aceleração de cada tarefa.
A G
Dur = 12 a 10 dur= 8 a 3
DMC=0 DMC=14 a 10
DMT=2 a 0 DMT=14 a 10
D
Custo = 300 a 420 Custo = 500 a 960
Dur = 8 a 6
DMC=6 a 4
DMT=6 a 4
Custo = 900 a 1000
B H J
Dur = 6 a 4 Dur = 15 a 8 Dur = 12 a 10
DMC=0 DMC =6 a 4 DMC=22 a 13
DMT=0 DMT=7 a 5 DMT=22 a 13
custo= 700 a 840 Custo = 100 a 380 Custo = 300 a 420
E
dur= 4 a 2
DMC=6 a 4
DMT=12
custo= 600 a 760
C F
Dur = 4 a 2 Dur = 6 a 4
DMC =0 DMC =10 a 6
DMT=12 a 7 DMT =16 a 9
Custo = 200 a 360 Custo = 400 a 500
Podemos verificar que o projeto pode ter uma duração normal de 23 dias (22 + 1 da tarefa J) ou
uma duração acelerada máxima de 14 dias (se todas as tarefas do caminho crítico e quase
críticos forem aceleradas).
* Devido a ser uma curva de 3 pontos, a tarefa G tem 2 custos de aceleração: 80, 21 entre 8 e 6
dias, e 100 entre 6 e 3 dias.
Podemos perceber que o caminho crítico, quando todas as tarefas têm sua duração normal, é a
seqüência B-D-G-J. Quando todas as tarefas têm duração acelerada a seqüência A-G-J também
fica crítica (porque a DMT da tarefa A passa para ZERO)..
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
Aceleração: Inicialmente vamos fazer um levantamento do custo de aceleração por dia das tarefas:
Tarefa Duração Custo Duração Custo Acel. Folga Total Custo Acel/Dia
Acel.
A 12 300 10 420 2 60
B 6 700 4 840 0 70
C 4 200 2 360 12 80
D 8 900 6 1000 0 50
E 4 600 2 760 6 80
F 6 400 4 500 6 50
G* 8 500 3 960 0 80 - 100*
H 15 100 8 380 1 40
J 1 0 1 0 0 0
Quadro B4
* Como a G é uma curva de 3 pontos, tem 2 custos de aceleração, 80 entre 8 e 6 dias e 100
entre 6 e 3 dias.
Para realizar esta aceleração, é preciso acelerar uma das tarefas do caminho crítico. Sendo
nossa intenção aumentar de um mínimo o custo do projeto, entre B, D e G escolheremos a que
tem menor custo de aceleração, que é a D (50). Esta será, então, a tarefa a ser acelerada.
b) De 22 para 21 dias
Nesta situação, passamos a ter 2 caminhos críticos: o anterior e o formado pelas tarefas B e H.
Para acelerar o projeto, temos que optar entre uma de duas alternativas: ou acelerar em cada
caminho crítico a tarefa de menor custo de aceleração, ou acelerar uma tarefa comum a ambos
os caminhos críticos.
As tarefas de menor custo de aceleração são a D no primeiro dos caminhos e H no caminho que
se tomou agora crítico. A soma dos custos de aceleração destas 2 tarefas é 90. Pode-se,
alternativamente, acelerar a tarefa B, comum aos dois caminhos críticos, que acelerará ambos a
um custo incremental de apenas 70. Devido a seu menor custo, esta última será a alternativa
escolhida (acelerando em um dia a tarefa B).
c) De 21 para 20 dias
Passamos a contar agora com três caminhos críticos: o B-D-G-J, o A-G-J e o B-H-J. Não há
qualquer tarefa comum aos três caminhos. Assim sendo, ou aceleramos em cada caminho a
tarefa com o menor custo de aceleração, ou conseguimos alguma alternativa acelerando tarefas
comuns a dois caminhos. Vejamos como está o diagrama quando o projeto dura 21 dias:
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
A G
dur = 12 a 10
dur = 8 a 3
DMC = 0
DM C = 12 a 10
DMT = 0
DM T = 12 a 10
C u s to = 3 0 0 a 4 2 0
C u s to = 5 0 0 a 9 6 0
D
du r= 7 a 6
DMC = 5 a 4
DMT = 5 a 4
C u s to = 9 5 0 a 1 0 0 0
B H J
d u r= 5 a 4 dur = 15 a 8 dur = 1
DMC = 0 DMC = 5 a 4 DM C = 20 a 13
DMT = 0 DMT = 5 a 5 DM T = 20 a 13
C u s to = 7 7 0 a 8 4 0 C u s to = 1 0 0 a 3 8 0 C u s to = 0
E
dur = 4 a 2
DMC = 5 a 4
DM T = 10 a 7
C u s to = 6 0 0 a 7 6 0
F
C dur = 6 a 4
dur = 4 a 2 DMC = 9 a 6
DMC = 0 DM T = 14 a 9
DM T = 10 a 7 C u s to = 4 0 0 a 5 0 0
C u s to = 2 0 0 a 3 6 0
Se acelerarmos em cada caminho crítico sua tarefa com menor custo de aceleração,
escolheremos em B-D-G-J a tarefa D, em B-H-J a tarefa H, e em A-G-J a tarefa A. 0 custo total
em acelerar estas três tarefas será de 50+60+40 = 150.
Por outro lado se acelerarmos tarefas comuns a dois caminhos críticos, nossa escolha começará
ou por B, comum a B-D-G-J e B-H-J ou G, comum a A-G-J e B-D-G-J. .
Por outro lado, se acelerarmos G, teremos acelerado os caminhos B-D-G-J e A-G-J. Teríamos
ainda que acelerar uma tarefa no caminho B-H-J, no caso H, a de menor custo de aceleração. O
custo total em acelerar estas duas tarefas será de 80 + 40 = 120.
Sendo este o menor custo global de aceleração, a solução será acelerar as tarefas G e H.
d) De 20 para 19 dias
e) De 19 para 18 dias
Conquanto os caminhos críticos continuem os mesmos, houve uma variação nos custos de
aceleração das tarefas: ao atingir o ponto intermediário de sua curva, o custo de aceleração de
G aumenta de 80 para 100. O custo então de acelerar G e H passa a ser de 100+40=140.
Passando então exatamente por todas as etapas percorridas na aceleração do projeto de 20 para
19 dias, apenas com esta diferença nos custos, verificamos que a solução mais econômica será
acelerar A e B, a um custo global de aceleração de 70+60 = 130.
f) De 18 para 17 dias
Ainda que os caminhos críticos continuem os mesmos três, nova modificação ocorreu: B,
acelerada quando da passagem de 22 para 21 dias, e agora de 19 para 18 dias, atingiu sua
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
duração acelerada, não podendo mais diminuir. Assim, a única solução de aceleração de tarefas
comuns a mais de um caminho crítico e a da aceleração de G e H, já agora a um custo de
100+40 = 140. Como sabemos que a aceleração das tarefas de menor custo de aceleração em
cada um dos 3 caminhos críticos leva a um custo global de aceleração de 150, a solução
escolhida será de acelerar G e H.
h) De 15 para 14 dias
Há aqui duas modificações. A tarefa G atingiu o seu limite de aceleração, não podendo mais ser
diminuída. E o diagrama do projeto tem um novo caminho crítico, B-E-F-J, o quarto caminho
crítico. Para acelerar o projeto, será necessário acelerar os quatro caminhos críticos.
Para finalizar o exemplo, notemos que, no caminho crítico B-D-G-J, a tarefa D, a única que
ainda podia ser acelerada, atingiu com esta passagem sua menor duração (foi acelerada agora e
quando da passagem de 23 para 22 dias).
Por não podermos mais acelerar este caminho crítico, o projeto não poderá ter uma duração
global inferior a 14 dias.
A G
dur = 10
dur = 3
DMC = 0
DM C = 10
DMT = 0
DM T = 11 a 10
C u s to = 3 0 0 a 4 2 0
C u s to = 5 0 0 a 9 6 0
D
d u r= 6
DMC = 4
DMT = 4
C u s to = 9 5 0 a 1 0 0 0
B H J
d u r= 4 dur = 9 a 8 dur = 1
DMC = 0 DMC = 4 D M C = 13
DMT = 0 DMT = 4 a 5 D M T = 13
C u s to = 7 7 0 a 8 4 0 E C u s to = 1 0 0 a 3 8 0 C u s to = 0
dur = 4 a 2
DMC = 4
DMT = 4 a 7
C u s to = 6 0 0 a 7 6 0
F
C dur = 5 a 4
dur = 4 a 2 DMC = 8 a 6
DMC = 0 DMT = 8 a 9
DMT = 4 a 7 C u s to = 4 0 0 a 5 0 0
C u s to = 2 0 0 a 3 6 0
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
Os custos indiretos mais comuns são: o custo de administração do projeto (o gerente do projeto
e a equipe de planejamento, por exemplo), custos estes que não podem ser atribuídos a
qualquer tarefa particular; e, por exemplo, no caso da manutenção, o custo de perda de
produção ou lucro cessante, que tende a ser tão menor quanto mais rapidamente terminar a
manutenção.
Notar que, ao contrario dos custos diretos das tarefas, que são tão maiores quanto menores as
durações das mesmas, os custos indiretos são crescentes à medida que o projeto tem uma
duração maior. Isto sugere fortemente a existência de um ponto ótimo intermediário na soma
dos valores correspondentes das duas curvas.
Tarefas 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14
A Duração 12 11 10
Custo 300 360 420
B Duração 6 5 4
Custo 700 770 840
C Duração 4
Custo 200
D Duração 8 7 6
Custo 900 950 1000
E Duração 4
Custo 600
F Duração 6 5
Custo 400 450
G Duração 8 7 6 5 4 3
Custo 500 580 660 760 860 960
H Duração 15 14 13 12 11 10 9
Custo 100 140 180 220 260 300 340
J Duração 1
Custo 0
Custo Direto 3700 3750 3820 3940 4060 4190 4330 4470 4610 4810
Custo Indireto 1700 1500 1360 1220 1080 960 840 720 650 600
Custo Total 5400 5250 5180 5160 5140 5150 5170 5190 5260 5410
A tabela acima nos mostra um resumo de todas estas passagens, incluindo ai os custos
indiretos. Vemos que o custo ótimo global, incluídos custos diretos e indiretos é de 5140,
correspondente a 19 dias. Na tabela, considerar um traço como um sinal de que não houve,
naquela passagem, alteração na duração da tarefa.
O método do caminho crítico-custo tem aplicabilidade maior nos projetos de grande duração.
Nestes projetos, usualmente, cada tarefa representa um conjunto de atividades, que são
atribuídas a uma pessoa, com uma estimativa de tempo e de orçamento.
Nos projetos de duração menor (dias), tal não é feito, porque a transformação de dinheiro em
recursos (mão-de-obra, equipamentos) pressupõe certo intervalo de tempo. Nestes projetos,
então, cujo exemplo mais comum é a manutenção de equipamentos, utiliza-se outra
metodologia, em que cada tarefa tem uma duração específica, e os recursos necessários a sua
realização estão especificados diretamente em tipo de mão-de-obra (caldeireiros, soldadores, ou
pintores, por exemplo) e tipo de equipamento.
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
Por exemplo: A construção de uma Unidade de Processo pode ser dividida em duas partes,
ou seja, em obras civis e montagem eletromecânica.
A atividade de obras civis pode ser subdividida em fundações, alvenarias, Instalações
elétricas e hidráulicas e Acabamento.
Cada um destes níveis ainda poderá ser sucessivamente dividido até aos níveis mensuráveis
de tempo, recursos e custos permitindo um orçamento detalhado. A aplicação da EAP
facilita em muito a montagem dos diagramas PERT, com a conseqüente melhora na
avaliação real da duração da OBRA.
Montagem de Uma
Unidade de Processo
Montagem
Obras civis Eletromecânica
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Planejar (Planing = P); Fazer (Do= D); Verificar (Check =C); Ação (Action =A)
• Define as metas
• Define os métodos para atingir as metas
• Educar e treinar
• Executar a tarefa e coletar dados
• Verificar e avaliar resultados
• Atua na correção
A(Action) P(Plan)
Definir as metas
Definir
Atuar corretivamente os
métodos que
permitirão atingir
as metas propostas
Educar e
Treinar
Verificar os resultados
da tarefa executada
Executar a tarefa
Coletar dados D(DO)
C (ChecK)
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Este detalhamento serve de INPUT para alimentação de Softwares especializados que tem
como principal objetivo servir de ferramenta para o gerenciamento do Projeto como um
todo:
a) Nivelamento de recursos, permitindo otimização dos recursos e emissão de
histogramas de recursos;
b) Avaliação de custos e orçamentação;
c) Visualização dos caminhos críticos do Projeto
d) Emissão de cronogramas físicos associados ao histograma de recursos;
e) Gráficos de consumo de recursos.
f) Programação e acompanhamento da execução de tares;
g) Atualização constante do cronograma através de atualização e replanejamento das
atividades;
h) Elaboração de curvas de acompanhamento previstas e realizadas;
i) Elaboração e emissão de diagramas PERT
O melhor Software de Planejamento é aquele que você domina e tem em mãos, porém um
bom software de planejamento deve ter as seguintes características:
Sure Trak:E um sistema simplificado do Primavera, foi muito usado no BRASIL, porém
pouco usado na PETROBRAS; hoje já não existe no mercado.
Ms-Project:E um dos softwares mais populares do mundo. Apresenta uma facilidade muito
grande, pois não exige muito tempo de treinamento para iniciantes. Apresentam grandes
vantagens para Replanejamento e Emissão de relatórios tais como Listas, Cronogramas,
Diagrama PERT e curvas de acompanhamento, aliado ao custo relativamente baixo das
Licenças. Atualmente as Paradas de manutenção das Refinarias são detalhadas em MS
Project.
Microplanner X-Pert: Programa pouco usado na PETROBRAS. Sua interação com o usuário
é bem diferente dos demais softwares. Tem como diferença básica no conceito de atribuição
de custos aos recursos, considera os recursos alocados na obra como um todo e não somente
os Hh atribuídos às tarefas como nos demais softwares.
Project Scheduler: Sistema muito usado nos EUA. Constitui um excelente sistema de
planejamento, porém no Brasil não e muito conhecido.
A sigla ERP, traduzida literalmente, significa algo como “Enterprise Resource Planning" ou
“Planejamento de Recursos da Empresa”, o que pode não refletir o que realmente um
sistema ERP se propõe a fazer. Esses sistemas, também chamados no Brasil de Sistemas
Integrados de Gestão Empresarial, não atuam apenas no planejamento.
É um sistema que atua num banco de dado único que interage com um conjunto integrado de
aplicações múltiplas, consolidando todas as operações do negócio da organização.
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ERP é uma ferramenta de trabalho onde são inseridos dados sobre fatos novos que ocorrem
na empresa e o sistema fornece informações decorrentes. Podem ser considerados fatos
novos: movimentos de estoque, pagamentos, produção, recebimentos, decisões de crédito,
vendas, compras, contratos entre outros. Podem ser consideradas informações decorrentes:
notas fiscais de saída, notas fiscais de entrada, contas a receber, contas a pagar, fluxo de
caixa, recomendações de compras, estatísticas de venda, pedidos faturáveis, comissões
devidas, contabilidade e informações gerenciais.
• Gestão de serviços
• Avisos de manutenção conforme datas ou contadores
• Planejamento da manutenção
• Lista de materiais para a manutenção
• PM – Módulo de Manutenção
• MM – Módulo de materiais
• PS – Módulo de Projetos
• CO – Módulo de Controladoria e Custos
• FI – Módulo Financeiro e Orçamentário
• PP – Módulo de Produção
• JVA – Módulo de Joint-Venture
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Pelo fato de uma Parada ser tratada como um Projeto e o Módulo PS - Project System é a
ferramenta que suporta todas as fases de um Projeto, facilitando e tornando eficiente o seu
controle e gerenciamento, utilizamos o módulo PS para o Planejamento de Paradas.
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Oferece excelentes recursos para manutenção preventiva e preditiva, bem como para a
manutenção rotineira, além de incorporar facilidades que permitem uma programação
mecanizada dos serviços em bases diária, semanal ou em outro período definido pelo
usuário.
Plano de Manutenção:
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Todos os ciclos são baseados no Tempo ou todos são baseados em Performance, porém
todos com a mesma unidade de medida. Aplica-se para ciclos com freqüências diferentes
que resultam em intervenções com operações diferentes.
TIPOS DE PLANOS
• Plano de Ciclos Individuais Um plano de ciclo individual é a forma mais
– Baseado no tempo( ex. a cada 45 dias); simples de planejamento da manutenção. Ele
– Baseado na Performance (contador)
define um ciclo de manutenção, dependente de
(Exemplo: A cada 4000 h de uso). tempo ou baseado na performance, que especifica
os intervalos nos quais devem ser executadas as
intervenções previstas no Plano de Manutenção,
por exemplo, um plano de ciclo anual ou um
plano de ciclo a cada 100.000 km.
Planos de estratégia:
Plano de Estratégia
Os planos de estratégia permitem planejar
• Pacotes
intervenções de manutenção periódicas
ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIA
baseadas na performance, com base nas PACOTES PACOTES
1 30 DIAS 1 1000 h
medições atualizadas do contador atribuído ao
B
2 60 DIAS 2 4000 h
equipamento ou local de instalação, ou
3 360 DIAS 3 8000 h
dependentes do tempo, com base em tempo de
ESTRATÉGIA
calendário. PACOTES
1 mês 1
Com os planos de estratégia dependentes de
C
2 6 meses
tempo, a manutenção ocorre em alguns
3 12 meses
intervalos específicos, por exemplo, a cada
dois meses, a cada seis meses e assim por diante. Com os Planos de Manutenção baseados
na performance / medição do contador, as intervenções de manutenção são planejadas para
ocorrer quando o contador totalizar determinadas medições, por exemplo, a cada 100, 600 e
4000 horas de operação. Neste caso, as intervenções são planejadas de acordo com a posição
do contador na hora da programação e com a estimativa anual definida para o contador.
Cada intervalo planejado é definido como um Pacote. Define-se uma estratégia agrupando
Pacotes de manutenção. Assim, uma estratégia pode ser, por exemplo, de um, seis e vinte
meses. Uma Estratégia precisa que todos os Pacotes de manutenção compartilhem a mesma
dimensão. Para cada plano é atribuído uma Estratégia e uma ou mais Lista de Tarefas. Para
cada Operação da Lista de Tarefas é atribuído um Pacote da Estratégia do plano.
PACOTES
1 30 DIAS
Item de permitem planejar a prestação de serviços de
A
2 60 DIAS Manutenção
3 360 DIAS
manutenção para clientes com os quais existe
contrato destes serviços.
Compressor
PLANO Alternativo de Gás
MAN. PREV.
COMP. ALT. GAS
ROTEIRO DE MAN.
10 MEDIR X X X
PREV
100
20 CHECAR X
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Como já dissemos pelo fato de uma Parada ser tratada como um Projeto e o Módulo PS é a
ferramenta que suporta todas as fases de um Projeto, utilizamos o módulo PS para fazermos
o Planejamento de Paradas Programadas (também Paradas não programadas e Sinistros).
Adicionalmente, toda Parada Programada no R/3 terá uma política de tratamento de custos
detalhada em documento específico elaborado pelo módulo de CO do Projeto Sinergia.
Uma parada, no R/3, no seu nível mais alto, será constituída de um ou mais elementos PEP.
A cada elemento PEP podemos associar uma ou mais Redes de Atividade (ainda na
abrangência do módulo PS do R/3). E, a cada atividade da Rede de Atividades podemos
associar uma ou mais Ordens de Manutenção. E cada Ordem de manutenção pode ter
operações com interdependência (as atividades da rede tem interdependência de forma
análoga às operações de uma Ordem), e com materiais, contratos e mão de obra (Centros de
Trabalho) associados.
Temos que criar o Elemento PEP principal para acumular todos os custos da parada.
Na primeira etapa, criar um PEP, com estimativa dos custos da parada, baseada no escopo e
históricos de paradas anteriores. A estimativa dos custos serve de insumo na elaboração do
PAN (Plano Anual de Negócio). Numa segunda etapa o detalhamento poderá contemplar
uma visão mais operacional, para acompanhamento dos serviços a serem executados.
Abaixo dos Elementos PEP serão criadas as redes de atividades, contendo durações,
recursos e interdependência. A REDE é composta de atividades e as atividades contêm,
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dentre outros, os seguintes atributos: Datas de Início e Término, Custos, Recursos (os
recursos são definidos através de Centros de Trabalho), Relações de Interdependência
(dependências Start-Finish, Finish-Start, Start-Start e Finish-Finish).
Cada atividade de uma rede é semelhante a uma Operação (tarefa) de uma Ordem de
Manutenção. Como a atividade não tem o campo Objeto (Local de Instalação ou
Equipamento), caso se deseje acompanhar o histórico de intervenções em parada nos
objetos, é necessário criar Ordens de Manutenção como filhas das Atividades.
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Conforme visto acima, a Ordem PM em Paradas será sempre associada a atividades da rede.
Mas a Liquidação de Custos de uma Ordem de manutenção em Parada será sempre feita
para um PEP.
Todos os custos realizados em redes também serão liquidados para os respectivos PEPs
(Planos Estruturados de projeto).
11.2.2. Definições
a) Elemento PEP:
Os elementos PEP são os objetos usados para o planejamento e atualização de dados reais.
Como o plano da estrutura do projeto é estruturado hierarquicamente, os dados podem ser
compactados e exibidos para os elementos PEP de nível superior correspondentes.
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Para criar e modificar o plano da estrutura do projeto pode-se usar o Project Builder ou o
painel de planejamento do projeto (facilidades inerentes ao R/3 no âmbito PS). Os projetos
podem ser processados em modo tabular ou gráfico.
b) Rede de Atividades
Cada atividade de uma rede é semelhante a uma Operação (tarefa) de uma Ordem de
Manutenção, e tem alguns campos adicionais. Pode-se fazer nivelamento de capacidade
(nivelamento de recursos), determinar datas mais cedo, datas mais tarde, caminho crítico e
rede PERT a exemplo do que se faz no MS-Project. As facilidades oferecidas por Elementos
PEP e Redes podem ser representadas pelo seguinte quadro:
c) Custos
Os custos também podem ser planejados de diversas formas no Módulo PS, sempre
objetivando atender o nível de detalhamento requerido. Os planejamentos possíveis são:
d) Project Builder
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Para visualizar Elementos PEP, Redes, Ordens associadas a atividades de rede, suas
operações e mais os materiais planejados, utiliza-se a transação do R/3 com o código CN41.
SIGLAS
Brainstorming – são reuniões realizadas por um grupo de pessoas que tem um objetivo pré-
determinado, definindo assim planos de ação indo de encontro ao objetivo.
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PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO
PS – Project System - Módulo do software SAP. É a ferramenta que suporta todas as fases
de um Projeto
Seis M – ferramenta da qualidade utilizada para analisar a falha. Seis M significa máquina,
mão de obra, meio ambiente, material, método e medida.
WBS – Work Breakdowm Structure Estrutura, também conhecida como Estrutura Analítica
de Projeto (EAP)
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