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N-2634 JAN / 2001

OPERAÇÕES DE PASSAGEM
DE “PIGS” EM DUTOS

Procedimento

Cabe à CONTEC -Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do


texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
CONTEC responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.
Comissão de Normas
Técnicas Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que
deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resolução de não seguí-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo
Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da
PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter
não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
CONTEC - Subcomissão Autora.
SC - 13 As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Oleodutos e Gasodutos Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica.
As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos
Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,
Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs (formadas por
técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e
aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos
Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações
completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 18 páginas


N-2634 JAN / 2001

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para o planejamento e execução dos serviços
de lançamento, acompanhamento e recebimento de “pigs” e estabelece critérios para
definição da rotina da passagem de “pigs” em dutos rígidos e flexíveis.

1.2 Esta Norma se aplica a passagem de “pigs” nos dutos em operação com a finalidade de
realizar limpeza, separação de produto e inspeção.

1.3 Esta Norma se aplica aos dutos da PETROBRAS, a partir da data de sua edição.

1.4 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

O documento relacionado a seguir é citado no texto e contém prescrições válidas para a


presente Norma.

PETROBRAS N-505 - Lançador e Recebedor de “Pig” para Duto.

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.18.

3.1 Aba do Copo

Região do copo do “pig” responsável pela vedação entre o copo e a parede interna do duto.

3.2 Ângulo de Ataque

Ângulo de inclinação das cerdas da escova em relação à parede interna do duto; pode ser
positivo ou negativo, conforme a FIGURA 1.

FIGURA 1 - “PIG” ESCOVA

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3.3 By-pass

Orifício que permite a passagem do fluido através do “pig”.

3.4 Capa do “Pig”

Revestimento de poliuretano elastomérico aplicado nos “pigs” de espuma para aumentar a


resistência à abrasão e fixar acessórios.

3.5 Copo do “Pig”

Elemento responsável pela vedação entre o “pig” e a parede do duto. É fixado no corpo do
“pig” e seu diâmetro é maior do que o diâmetro interno do duto.

3.6 Corpo do “Pig”

Estrutura do “pig” onde são fixados os vedadores e acessórios.

3.7 Escova

Elemento de limpeza incorporado ao “pig”, utilizado para a remoção de depósitos mais duros
como asfaltenos, carbonatos, sulfatos, óxidos de ferro, coque, asfalto, e outros.

3.8 Esfera

Tipo de “pig” de formato esférico.

3.9 Faca

Acessório normalmente empregado em “pigs” para a remoção de depósitos macios.

3.10 Indicador de Passagem de “Pig”

Dispositivo montado no duto para indicar a passagem do “pig”.

3.11 Interferência

Diferença entre o diâmetro externo do “pig” e o diâmetro interno do duto, também chamado
sobre-diâmetro.

3.12 “Pig”

Equipamento que se desloca por dentro de um duto impulsionado pelo fluxo do fluido.

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3.13 “Pig” de Espuma

Fabricado em espuma de poliuretano com capacidade de passagem por restrições severas


existentes no duto.

3.14 “Pig” Gel

Composto de gel com alta viscosidade, utilizado para remover, manter em suspensão e
deslocar detritos com capacidade de passar em restrições severas existentes no duto.

3.15 “Pig” Instrumentado

Equipamento provido com instrumentos, para passagem interna ao duto, com capacidade
de adquirir e registrar uma ou mais das seguintes informações: amassamentos, ovalizações,
acessórios (válvulas, drenos, suspiros), raios de curvatura, espessura da parede, cavas,
mossas, sulcos, pontos de contato metálico, coordenadas, temperatura e pressão.

3.16 Placa Calibradora (“Gauging Plate”)

Disco metálico, deformável com diâmetro externo menor do que o diâmetro interno do duto,
a ser instalado em “pig” cuja finalidade é identificar restrições no duto.

3.17 Rastreamento de “Pig” (“Pig Tracking”)

Dispositivos sinalizador que indica a sua posição ao longo do duto.

3.18 Tampa

Acessório de fechamento das câmaras de lançamento e recebimento de “pig” que permite


acesso ao interior da câmara.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 A passagem de “pigs” deve ser realizada nos dutos considerados aptos para essa
operação. Devem ser definidos o coordenador e a finalidade da operação, e levantados ou
atualizados os itens 4.1.1 a 4.1.3.

4.1.1 Características construtivas do duto.

a) nome do duto ou do trecho;


b) diâmetro nominal;
c) extensão;
d) espessura de parede;
e) raios mínimo de curvatura;
f) curvas reversas;
g) derivações (existência de grades);
h) verificar a distância entre derivações próximas;

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i) menor diâmetro interno (considerar as válvulas);


j) revestimento interno;
k) válvulas existentes, registrar:
- quantidade;
- localização;
- tipo;
- modelo;
- diâmetro interno;
- dimensões do obturador;
- altura da haste;
l) lançadores e recebedores de “pigs”:
- determinar os locais de lançamento e recebimento;
- analisar os desenhos;
- verificar as dimensões (comprimentos e diâmetros);
- checar existência dos acessórios: drenos, suspiros, caixa de coleta e válvula
de alívio;
- verificar os diâmetros, posições das derivações, existência de grades e
by-pass;
- verificar o espaço disponível nas áreas de acesso;
- checar existência de instrumentação que pode danificar ou ser danificada
pelo “pig”;
- dispositivos de combate à incêndio próximos aos lançadores e recebedores;
- verificar a existência de indicadores de passagem de “pigs” e condições de
operação.
m) perfil do duto:
- verificar se o duto passa por alguma estação intermediária e em que
condições; considerar a instrumentação, acessórios e acidentes (válvulas,
derivações e outras instalações);
- levantar os pontos notáveis do duto e respectivos acessos: válvulas,
derivações, trechos submarinos, curvas de raio pequeno, provadores de
corrosão, travessias, cruzamentos, cavalotes, carretéis.

4.1.2 Características operacionais do duto:

a) pressão (máxima, normal e mínima);


b) vazão/ velocidade (máxima, normal e mínima);
c) temperatura (máxima e mínima);
d) produtos bombeados;
e) tempo de operação da linha;
f) volume total da linha (m3);
g) volume por metro (m3/m);
h) injeção de inibidor;
i) operacionalidade dos lançadores e recebedores de “pigs”:
- certificar-se da operacionalidade dos equipamentos que compõem o sistema
lançador e recebedor;
- verificar se o sistema de drenagem dos lançadores e recebedores está
operando normalmente (escoamento), principalmente quando a drenagem é
feita para uma caixa de coleta;
- avaliar como a retirada de amostras sucessivas pode ser executada, para
acompanhar a aproximação do “pig” através da quantidade de material
carreado;
- checar se o sistema de combate à incêndio, próximo aos lançadores e
recebedores está operando sem problemas;

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- definir a responsabilidade das operações dos lançadores e recebedores, e


providenciar a mão-de-obra de apoio necessária;
j) verificar a existência de cesta para recebimento de “pig” de espuma;
k) verificar se as válvulas automáticas de gasodutos estão com os dispositivos de
travamento instalados;
l) verificar a existência de marco de referência para instalação de magnetro e/ou
indicadores de passagem de “pigs”.

Nota: Manter aferidos os dispositivos indicadores de posição das válvulas (aberta ou


fechada).

4.1.3 Histórico do duto:

a) levantar o histórico de passagens de “pigs” verificando: tipos de “pigs”,


freqüência e periodicidade;
b) levantar o histórico de inspeção e manutenção do duto; relacionar os eventos
relevantes, que devem ser considerados para esta operação, tais como
restrições de diâmetro, reparos efetuados, integridade estrutural, estado de
limpeza do duto, suspeitas de avarias, depósitos de incrustações.

4.2 Critérios para Utilização de “Pigs”

4.2.1 Periodicidade

Recomenda-se definir a periodicidade da passagem de “pig” em função do histórico do duto.


Essa operação deve ser realizada em intervalos máximo de 6 meses para “pig” de limpeza.

4.2.2 Especificação dos “Pigs”

Os principais tipos de “pigs” são indicados no ANEXO C.

4.2.2.1 “Pigs” de Espuma

As seguintes informações devem ser observadas na especificação de um “pig” espuma:

a) tipo do poliuretano: poliéster;


b) especificar que a espuma de poliuretano deve ter células abertas;
c) densidade da espuma em kg/m³ conforme a TABELA 1 a seguir:

TABELA 1 - DENSIDADES DAS ESPUMAS DE POLIURETANO

baixa densidade d ³


média densidade 60 kg/m³ < d  ³
alta densidade d > 160 kg/m³

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d) diâmetro do “pig”, acrescido do respectivo sobre-diâmetro conforme


especificado na TABELA 2:

TABELA 2 - SOBRE-DIÂMETROS

Diâmetro Nominal Sobre-Diâmetro


(in) (in)
1a6 0,250
8 a 16 0,375 a 0,500
18 a 24 0,750 a 1,000
26 a 48 1,000 a 2,000

e) comprimento do “pig” (1,5 a 2 x DN);


f) informar se o “pig” deve ser fornecido com capa ou sem capa;
g) informar se o “pig” vai ser fornecido com escova, lixa ou sem esses
acessórios;
h) material da escova (plástico ou aço), quando utilizada;
i) ângulo de ataque da escova (positivo ou negativo), se utilizada.

4.2.2.2 “Pigs” de Copo e “Pigs” de Discos

As seguintes informações devem ser observadas na especificação de um “pig”:

a) tipo do “pig” (modular ou integral);


b) tipo do vedador (disco, copo pistão, copo cônico e suas variantes);
c) número de vedadores;
d) espaçamento entre os vedadores;
e) material do corpo do “pig”;
f) material dos vedadores;
g) raio de curvatura mínimo da tubulação;
h) dureza do vedador: 60 ShA a 80 ShA;
i) dureza do disco-guia: 80 ShA a 95 ShA.

4.2.3 Cuidados no Armazenamento

4.2.3.1 Os “pigs” devem ser estocados em ambientes fechados e arejados, nunca expostos
à luz solar, de acordo com as seguintes condições:

a) temperatura: 10 °C a 30 °C;
b) umidade relativa: 60 % a 70 %.

4.2.3.2 O armazenamento do “pig” e seus componentes deve ser feito de modo a evitar a
deformação dos elementos de poliuretano. Devem ser adotados os seguintes critérios:

a) os copos dos “pigs” devem ser armazenados com as abas voltadas para cima;
b) “pigs” modulares de corpo metálico devem ser armazenados suportados pelo
corpo;
c) “pigs” integrais ou “pigs” modulares com corpo não metálico devem ser
suportados pela base.

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5 OPERAÇÃO DE PASSAGEM DE “PIG”

5.1 Planejamento

5.1.1 Devem ser elaborados procedimentos destinados a disciplinar as atividades das


operações de passagem de “pigs”.

5.1.2 Devem participar da elaboração dos procedimentos as seguintes áreas:

a) programação operacional;
b) operação;
c) controle operacional;
d) manutenção;
e) inspeção;
f) segurança industrial;
g) meio ambiente.

5.1.3 Planejamento das Corridas

5.1.3.1 Definir a finalidade da operação, podendo ser limpeza, secagem, separação ou


inspeção.

5.1.3.2 Definir os técnicos e os Órgãos responsáveis pela coordenação e planejamento da


operação; relacionar também os outros Órgãos envolvidos na execução dos serviços.

5.1.3.3 A quantidade e os tipos de “pigs” a serem utilizados são definidos em função das
informações levantadas nos itens 4.1.1 a 4.1.3.

5.1.3.4 Quando não se conhece as condições internas ou exista a possibilidade de grande


volume de resíduos no duto, a limpeza com a utilização de “pigs” deve ser feita de maneira
progressiva (inicia-se com “pig” espuma até copo ou disco) em função do risco de
aprisionamento do “pig”.

5.1.3.5 Estabelecer a velocidade do “pig” adequado ao tipo de operação atendendo aos


limites recomendados pelo fabricante.

5.1.3.6 Estabelecer:

a) data e hora de lançamento;


b) tempo de corrida estimado;
c) data e hora estimadas de recebimento;
d) produtos a serem bombeados durante a corrida;
e) vazão (velocidade e volume acumulado);
f) pressão;

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g) temperatura;
h) pontos de acompanhamento do “pig” no campo.

5.1.3.7 Recomenda-se não interromper o bombeamento durante a passagem de “pigs”, em


função do risco de aprisionamento.

5.1.4 Controle da Corrida

5.1.4.1 Verificar a instrumentação e acessórios disponíveis para o controle e


acompanhamento da corrida.

5.1.4.2 Verificar a disponibilidade de pontos de coleta de amostras e acessórios para


verificação de resíduos em suspensão nas corridas destinadas à limpeza do duto.

5.1.4.3 Deve ser elaborado um documento para registro da corrida do “pig” contendo as
informações pertinentes a finalidade da operação tais como:

a) data da corrida;
b) hora de lançamento;
c) produto;
d) vazão e volume acumulado;
e) pressão do duto nos pontos de lançamento e recebimento do “pig”;
f) velocidade do “pig”;
g) temperatura do produto nos pontos de lançamento e recebimento do “pig”;
h) distância percorrida (posição do “pig” ao longo do duto);
i) horários estimados e reais da passagem do “pig” pelos pontos de
acompanhamento e de chegada;
j) registro das variáveis em intervalos máximos de 30 minutos e em todas as
passagens pelos pontos críticos do duto;
k) os “pigs” rotineiros de separação de produtos e de limpeza devem ter seus
intervalos de verificação e registro das variáveis de controle ajustados para
intervalo compreendido entre 30 minutos e 2 horas;
l) dados do “pig”, tais como: tipo, vedador, corpo, acessórios e by pass;
m) dados do recebimento do “pig”, tais como: condição do “pig”, quantidade, forma
e aspecto do resíduo e análise físico/química do resíduo.

5.1.4.4 Prever remoção dos instrumentos e acessórios internos que possam prejudicar a
passagem do “pig”.

5.1.5 Inspeção da Pista do Duto

5.1.5.1 Verificar se as válvulas de bloqueio do duto estão completamente abertas e com


by-pass fechados.

5.1.5.2 Para passagem de “pig” instrumentado e de limpeza deve-se estabelecer pontos de


rastreamento. Especial atenção deve ser dado às válvulas de bloqueio, às travessias de rios
e aos trechos submarinos.

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5.1.6 Estruturas de Apoio

5.1.6.1 Definir as equipes e seus respectivos locais de acompanhamento.

5.1.6.2 Providenciar meios de transporte e de comunicação para as equipes de


acompanhamento, caso a corrida seja rastreada.

5.1.6.3 Providenciar recipiente para a coleta de amostra de resíduos junto ao recebedor.

5.1.6.4 Providenciar meios para a lavagem do “pig”, logo após sua retirada do recebedor.

5.1.6.5 Providenciar dispositivos para introduzir ou retirar o “pig” dos lançadores ou


recebedores.

5.1.6.6 Verificar a necessidade de montar dispositivo de apoio ou elevação de carga para a


manipulação do “pig”.

5.1.6.7 Recomenda-se dispor de um “pig” sinalizador (“pig tracking”) adequado para


localizar “pigs” no duto.

5.1.6.8 Para recebimento de “pig” de espuma, verificar a existência de cesta, conforme


norma PETROBRAS N-505 e sistema de combate a incêndio.

5.2 Lançamento do “Pig”

5.2.1 O lançamento do “pig” deve ser efetuado após a estabilização das condições
operacionais e seguir o procedimento estabelecido no ANEXO A.

5.2.2 As seguintes tarefas devem ser cumpridas:

a) verificar se todas as etapas do planejamento foram atendidas;


b) providenciar a permissão de trabalho (PT);
c) verificar pelo alinhamento existente do duto se o lançador está isolado
(válvulas fechadas);
d) despressurizar e drenar o lançador;
e) abrir a câmara do lançador;
f) introduzir o “pig” na câmara até a redução;
g) fechar a câmara do lançador;
h) encher a câmara com o produto e equalizar a pressão;
i) abrir totalmente a válvula de bloqueio da câmara do lançador (C);
j) abrir a válvula de by-pass (B) de lançamento;
k) bloquear a válvula do duto (O);
l) certificar-se do lançamento do “pig” por meio do indicador de passagem de
“pig” e instrumentos da sala de controle;

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m) isolar o lançador;
n) despressurizar e drenar o lançador.

5.3 Recebimento do “Pig”

5.3.1 O recebimento do “pig” deve seguir o procedimento estabelecido no ANEXO B.

5.3.2 As seguintes tarefas devem ser cumpridas:

a) verificar se todas as etapas do planejamento foram atendidas;


b) providenciar a permissão de trabalho (PT);
c) instalar cesta metálica para recebimento de “pig” espuma;
d) encher a câmara do recebedor com o produto equalizando a pressão e
retirando o ar pelos suspiros (S);
e) fechar os suspiros (S) e válvulas de equalização (E);
f) abrir totalmente a válvula de bloqueio da câmara do recebedor (C);
g) abrir a(s) válvula(s) do by-pass (B1 e B2);
h) bloquear a válvula do duto (O);
i) certificar-se do recebimento do “pig” por meio do indicador de passagem de
“pig”, instrumentos da sala de controle e ruídos;
j) certificar se o “pig” está no interior da câmara do recebedor;
k) abrir a válvula do duto (O);
l) fechar as válvulas de bloqueio (C) e by-pass (B1 e B2) isolando a câmara do
recebedor;
m) despressurizar e drenar a câmara do recebedor;
n) abrir a tampa da câmara do recebedor;
o) retirar o “pig”;
p) fechar a tampa da câmara do recebedor;
q) encher a câmara com o produto e equalizar a pressão para teste de vedação
da tampa;
r) despressurizar e drenar a câmara do recebedor.

5.4 Acompanhamento do “Pig”

A passagem do “pig” deve ser acompanhada pelo controle operacional através dos
parâmetros de escoamento e registrada no documento de acompanhamento citado no item
5.1.4.3.

5.4.1 Recomenda-se o acompanhamento das corridas de “pigs” de inspeção e de limpeza


ao longo de toda faixa do duto.

5.4.2 “Pigs” de inspeção devem possuir dispositivos que permitam a sua localização no
interior do duto.

5.5 Relatório de Passagem de “Pig”

5.5.1 Com a finalização da operação de passagem dos “pigs”, devem ser reunidos os
registros de acompanhamento das corridas. Cada operação deve ser registrada em relatório
específico, o qual deve constar do histórico do duto.

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5.5.2 Devem ser compilados os dados do acompanhamento das corridas pela


coordenadoria da operação de passagem e elaborado o relatório de operação de passagem
de “pigs”.

5.5.3 O relatório de operação de passagem de “pig” deve conter no mínimo as seguintes


informações.

a) título do relatório;
b) data da emissão;
c) período de operação;
d) finalidade da operação;
e) identificação do duto;
f) trecho da corrida;
g) diâmetro nominal do duto;
h) extensão do duto;
i) volume do duto;
j) seqüência contendo quantidade e tipo de “pigs” utilizados;
k) conclusões;
l) recomendações.

5.5.4 Os documentos de registro de corrida, conforme item 5.1.4.3 devem ser anexados ao
relatório de operação de passagem do “pig”.

_____________

/ANEXO A

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ANEXO A - TABELA E FIGURA

S PI 1 S PI 1
PI 2 XI S XI S PI 2 XI S
S S
LANÇADOR LANÇADOR/RECEBEDOR
G G
C C
D D D D
E O E O
B B1 B2

FIGURA A-1 - LANÇAMENTO DE “PIG”

TABELA A-1 - PROCEDIMENTO DE LANÇAMENTO

Fase Ação Por quê? Notas


Despressurização
do Lançador Certificar-se do fechamento completo das seguintes
válvulas: do lançador (C), dos drenos (D), dos
Isolar o lançador.
suspiros (S) do by-pass (B) ou (B1)/(B2) e de
equalização (E).

Verificar as pressões internas indicadas nos Avaliar estanqueidade do


manômetros PI1 e PI2. sistema.

Controlar despressurização -
Abrir as válvulas dos suspiros (S) e drenos (D). 1) e 2)
esvaziar a câmara.
Verificar se o sistema de
Acompanhar o escoamento do produto. coleta está operando 3)
adequadamente.

Assegurar-se de que o lançador esteja Evitar risco de acidente por


completamente despressurizado através do ocasião da abertura da tampa
manômetro (PI1), drenos e suspiros. do lançador.
Verificar através dos drenos e dos suspiros se não há
passagem de produto pelas válvulas (C), (B), (B1 e Evitar vazamento do produto.
B2) ou (E).
Colocação
Abrir com cuidado a tampa (G) do lançador. Evitar vazamento do produto. 4)
do “Pig”
Verificar o estado do anel de vedação ou junta e dos
Garantir a estanqueidade.
dispositivos de segurança da tampa (G).

Colocar o “pig” na câmara até que o vedador frontal Garantir o lançamento do


esteja bem pressionado junto à redução. “pig”.

Fechar a tampa (G) do lançador, fechar as válvulas


Evitar vazamento.
de dreno (D).
(CONTINUA)

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(CONCLUSÃO)

TABELA A-1 - PROCEDIMENTO DE LANÇAMENTO

Fase Ação Por quê? Notas


Lançamento Encher o lançador, purgar o
do “Pig” ar, equalizar as pressões e 5)
Abrir as válvulas de equalização (E).
evitar o deslocamento do 8)
“pig”.
Certificar-se do completo
Acompanhar a purga do ar através das válvulas de
enchimento do lançador e da
suspiro (S), fechando-as tão logo o produto comece a
equalização das pressões 6)
ser escoado. Acompanhar a pressurização do
lançador através dos manômetros (PI1) até atingir o
para permitir a abertura da 7)
válvula (C) sem que ocorra o
valor igual à pressão do duto.
deslocamento do “pig”.
Verificar a estanqueidade dos acessórios da
Evitar vazamentos.
instalação.
Verificar se o indicador de passagem de “pig” (XIS)
Confirmar o lançamento do
está acionado para indicar a passagem do “pig” antes
“pig”.
de abrir a válvula do lançador (C).
Abrir completamente a válvula do lançador (C)
Permitir a passagem do “pig”
certificando-se de que ela esteja completamente
sem danificá-lo.
aberta.
Abrir completamente a válvula do by-pass [(B) ou Permitir o alinhamento do
(B1)]. fluxo pelo lançador.
Fechar a válvula do duto (O) até o lançamento do
Impulsionar o “pig”.
“pig”.
Verificar a indicação do indicador de passagem de Certificar-se do lançamento
“pig” (XIS) e instrumentos da sala de controle. do “pig”.
Redirecionar o fluxo fora do
Abrir completamente a válvula do duto (O).
lançador.
Fechar as válvulas do lançador (B) ou (B1), (C) e (E).
Despressurização Controle de despressurização 1)
do Lançador Abrir as válvulas dos suspiros (S) e drenos (D).
- esvaziar a câmara. 2)
Verificar se o sistema de
Acompanhar o escoamento do produto. coleta está operando 3)
adequadamente.
Assegurar-se de que o lançador esteja Evitar risco de acidente por
completamente despressurizado através do ocasião da abertura da tampa
manômetro (PI1), drenos (D) e suspiros (S). do lançador.
Fechar as válvulas dos suspiros (S) e drenos (D). 2)

Notas: 1) Em operações com GLP, drenar o produto na fase líquida contido nos
lançadores antes de despressurizá-los. O objetivo é de reduzir o descarte de
GLP para a atmosfera, aumentando a segurança de operação e diminuindo a
poluição atmosférica, recomenda-se utilizar nitrogênio ou GLP na fase vapor
para purgar a fase líquida do interior do lançador para o sistema de drenagem
fechada, afim de minimizar o posterior descarte do produto por ocasião da
abertura do equipamento.
2) Recomenda-se a elaboração de procedimentos locais visando a segurança
operacional e do meio ambiente, quando do lançamento de “pigs” com GLP e
gás natural.

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3) Quando não existir sistema fixo de coleta deve-se providenciar um sistema


móvel para receber o produto que está sendo drenado do lançador.
4) Durante a abertura do lançador, não é permitido a presença de quaisquer
pessoas em frente a tampa (G).
5) No caso de ser necessário encher o lançador com GLP na fase líquida,
estando esta instalação despressurizada, fazê-lo bem lentamente, a fim de
evitar a ocorrência de baixa temperatura decorrente da expansão do produto.
6) Cuidados adicionais devem ser tomados para evitar derrame de produto sobre
o lançador ou sobre o solo.
7) Nas operações envolvendo gás natural, recomenda-se purgar com gás inerte o
ar do interior do lançador.
8) Caso não exista(m) válvula(s) de equalização (E) abrir lentamente as válvulas
de by-pass (B1 e B2).

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/ANEXO B

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ANEXO B - TABELA E FIGURA

PI 1 PI 1 S
PI 2 XI S PI 2 XI S XI S CESTA
S CESTA S
RECEBEDOR RECEBEDOR/LANÇADOR
G C
G
C
D D D D
O E B1 O E
B2 B2 B1

FIGURA B-1 - RECEBIMENTO DE “PIG”

TABELA B-1 - PROCEDIMENTO DE RECEBIMENTO

Fase Ação Por quê? Notas


Pressurização Abrir as válvulas de equalização (E). Encher o recebedor. 1)
do Recebedor Purgar o ar contido no
Abrir os suspiros (S). 2) e 3)
recebedor.
Fechar os suspiros (S). Pressurizar o recebedor.
Recebimento Abrir completamente as válvulas do recebedor (B1)
Alinhar o recebedor. 4)
do “Pig” ou (B2) e (C).
Alinhar o fluxo pelo
Fechar a válvula do duto (O).
recebedor.
Armar o indicador de passagem mecânico de “pig”
Confirmar a chegada do “pig”. 5)
(XIS).
Confirmar a chegada do “pig” no recebedor. 17)
Remoção Abrir completamente a válvula do duto (O) logo após
Alinhar o fluxo bilateralmente.
do “Pig” a entrada do “pig” no recebedor.
Fechar completamente a válvula do recebedor (C), do Desalinhar e isolar o
6)
by-pass (B1) e (B2) e válvula de equalização (E). recebedor.
Abrir as válvulas dos suspiros (S) e drenos (D). Aliviar a pressão interna do
Acompanhar a queda de pressão no manômetro recebedor e escoar o produto 3) e 7)
(PI1). do interior do recebedor.
Abrir a tampa do recebedor (G). Remover o “pig”. 8) e 9)
Retirar o “pig” do recebedor. No caso de “pig” espuma 10), 11)
Para inspecionar e limpar.
retirar também a cesta. e 12)
Fechamento Verificar o estado da vedação (anel, junta e
do Recebedor dispositivos de segurança), estado e limpeza da Garantir a estanqueidade. 13)
superfície de encaixe e vedação.
Possibilitar o enchimento para
Fechar a tampa (G) do recebedor, válvulas de
teste de estanqueidade do
suspiros (S) e drenos (D).
recebedor.
Teste de Encher o recebedor e
Abrir as válvulas de equalização (E).
Estanqueidade equalizar as pressões.
14)
para Liberação
Verificar a estanqueidade do recebedor. Evitar vazamento.
Operacional
Despressurização Abrir as válvula dos suspiros (S) e drenos (D).
do Recebedor 15) e 16)
Fechar as válvulas dos suspiros (S) e drenos (D).

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Notas: 1) Caso não existam as válvulas de equalização (E), abrir lentamente as válvulas
do by-pass, (B1) e (B2).
2) No caso de ser necessário encher o recebedor com GLP na fase líquida,
estando esta instalação despressurizada, fazê-lo bem lentamente, a fim de
evitar a ocorrência de baixa temperatura decorrente da expansão do produto.
3) Recomenda-se a elaboração de procedimentos locais visando a segurança
operacional e do meio ambiente quando do recebedor de “pigs” com GLP e gás
natural.
4) Para o recebimento de “pig” instrumentado, a válvula (B1) deve permanecer
bloqueada.
5) Para a constatação da passagem de “pigs” pela válvula (C) do recebedor
recomenda-se operação assistida pela equipe responsável, além da utilização
de indicadores e rastreadores de “pigs”.
6) A válvula (C) deve ser acionada observando-se quaisquer obstruções à
finalização de seu curso. Caso seja constatada alguma restrição, repetir o
alinhamento do recebedor para eliminar o problema. Mantendo a restrição,
adotar um procedimento local.
7) Atentar para o possível entupimento dos drenos em virtude do acúmulo de
detritos carreados pelo “pig”. Ocorrendo tal fato, adotar procedimento local para
sua desobstrução.
8) Deve ser utilizados ferramentas e acessórios próprios para a retirada do “pig” e
dos resíduos carreados.
9) Durante a abertura do recebedor, não é permitido a permanência de
operadores em frente a tampa (G).
10) Os resíduos susceptíveis à combustão quando em contato com atmosfera
devem ser retirados e acondicionados conforme procedimentos de
segurança.
11) Deve-se registrar em formulário próprio as condições do “pig”, a quantidade,
forma e aspecto do material recolhido no recebedor. Havendo variações no
aspecto, quantidade e forma, devem ser adotados os procedimentos locais
para o tratamento de resíduos.
12) Recomenda-se o registro fotográfico ou em vídeo sempre que o equipamento
for avariado durante a operação.
13) Utilizar materiais de vedação da tampa (G) compatíveis com os tipos de
produtos.
14) No caso de ser necessário encher o recebedor com GLP na fase líquida,
estando esta instalação despressurizada, fazê-lo bem lentamente, a fim de
evitar a ocorrência de baixa temperatura decorrente da expansão do produto.
15) Recomenda-se a elaboração de procedimentos locais visando a segurança
operacional e do meio ambiente quando do recebimento de “pigs” com GLP e
gás natural.
16) Quando não existir sistema fixo de coleta, deve-se providenciar um sistema
móvel para receber o produto que está sendo drenado do recebedor.
17) No caso de “pig” instrumentado abrir a válvula do by-pass (B1) e restringir a
válvula do by-pass (B2) a fim de aproximar o “pig” da tampa (G) do
recebedor.

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ANEXO C - FIGURAS

Tipos de Pigs

Instrumentados
Convencionais
Baixa
densidade
Sem capa
Perda de Especiais
Geométrico
Média espessura -térmico
Espuma
densidade -pressão
-inercial
Com capa -umbilical
Alta -correntes
parasitas
densidade

Disco
Magnético Ultra- som
- convencional
“Solid - alta resol.
Copo cast”
Elastômero pistão

Eixo
polímero
Copo
Misto
cônicos
Modular

Eixo
aço
Esferas

FIGURA C-1 - TIPOS DE “PIGS”

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